- - - - ACTA N.º 20/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, realizada no dia onze de Outubro de dois mil e dez. - - - - Aos onze dias do mês de Outubro do ano de dois mil e dez, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos Amaro, como Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. - - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTA:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador, Dr. Luís Manuel Tadeu Marques que, por se encontrar em representação do Município na assinatura de documentos oficiais com o Senhor Secretário de Estado dos Desportos, não pode estar presente na reunião. - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. - - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º 19/2010, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor Presidente da Câmara, por não ter estado presente na respectiva reunião. 2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3. INFORMAÇÕES 3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE - - - - 3.1.1) DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NAS JUNTAS DE FREGUESIA EM MATÉRIA DE GESTÃO DA ÁGUA:- Entregou aos Senhores Vereadores, para conhecimento e análise, cópia de uma proposta de minuta de protocolo de delegação de competências, a celebrar com as Juntas de Freguesia, no âmbito da exploração e gestão do sistema de distribuição de água domiciliária. Referiu o Senhor Presidente que, após a reunião com os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista àcerca deste tema, reuniu com os nove Presidentes 1 de Junta, conversaram e prevaleceu o bom senso que todos devem ter em assuntos desta complexidade. Ele próprio - continuou o Senhor Presidente - realçou perante todos que havia discutido esta matéria com os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, bem como a concordância com o princípio de que deve haver uma igualização de todas as tarifas nas freguesias do concelho, independentemente de algumas especificidades. Assim, após uma cuidada reflexão, entenderam propor a presente minuta de protocolo às nove freguesias, entregue numa reunião realizada há dias atrás. Este documento tem a ver, fundamentalmente, com a delegação de competências, pois à luz da Lei, ao assinarem o mesmo, assumirão toda a responsabilidade da qualidade da água, das análises, de todo o tipo de investimentos e, naturalmente, da arrecadação da respectiva receita. Porém, impõe-se a condição de que a igualização dos preços da água se fará gradualmente até 2013, sendo que as tabelas fornecidas pressupõem um crescimento nas tarifas de 5%, até essa altura, como já se disse. Foi este o cenário colocado e, por isso, a ideia é que se, e quando, for assinado este protocolo com cada uma das Juntas de Freguesia, esta proposta irá ser presente ao Órgão Deliberativo do Município para aprovação. Teve a oportunidade de transmitir aos Senhores Presidentes de Junta – prosseguiu - de que existe um argumento que considera sério, pois todos sairam de uma campanha eleitoral há um ano e ninguém discutiu este caso. Deste modo, o Executivo e as Juntas de Freguesia estão eleitos até 2013, pelo que, cada uma por si, deverá acertar as tarifas de modo a que, a partir daquela data, tudo se processe com base na igualdade de preços para todo o concelho. Referiu que a minuta de protocolo que entregou aos Senhores Vereadores é a genérica, existindo dois modelos que contêm uma especificidade. Falamos de Vila Cortês da Serra, pela questão do pagamento da energia eléctrica consumida na estação elevatória e de Vila Nova de Tazem, cuja água vem também da Senhora do Desterro e que deverá ser paga à empresa Águas do Zêzere e Côa. 2 Solicitou aos Senhores Presidentes de Junta para que, durante o mês de Outubro, analisassem a situação de modo a que, até final do ano económico de 2010, possa ser submetido à Assembleia Municipal. Por fim, manifestou aos Senhores Autarcas que, caso decidam pela não assinatura do protocolo, toda a administração da gestão da água, passará para a responsabilidade da Câmara, com a consequente cobrança de receitas. - - - - 3.1.2) PROCESSO BELLINO & BELLINO:- Na sequência dos esclarecimentos prestados na última reunião de Câmara, pelo Senhor VicePresidente, em relação ao Processo Bellino & Bellino, entendeu o Senhor Presidente pedir um parecer à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a fim de clarificar alguns pontos, a saber: “Em relação a esse processo, o chamado Bellino & Bellino e no qual sempre participei na qualidade de Presidente da Câmara, é sabido que o Tribunal entendeu que a denúncia que então fiz, em representação do Município, foi caluniosa. Os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista suscitaram, nas reuniões de 22 de Fevereiro e de 22 de Março, dúvidas acerca das despesas inerentes ao processo em que fui julgado e condenado em multa, por virtude da queixa para a salvaguarda dos indeclináveis e legítimos interesses do Município que apresentei, deviam ser pagas por mim próprio. Ao terem questionado ficaram de apresentar esses tais pareceres ou a resposta do Senhor Dr. Juiz ou algum parecer jurídico, mas como não o fizeram, entendi solicitar à CCDRC, um parecer a quem caberia a responsabilidade pelo pagamento das despesas originadas pelo processo. E a CCDRC emitiu um parecer, que recebi há três ou quatro dias atrás, dizendo que “cabiam ao Autarca.” Não obstante esse parecer, a própria CCDRC entende que ele não é vinculativo para as Autarquias que dispõem da mais ampla autonomia deliberativa a tal respeito. Nessa circunstância, poderia resguardar-me numa deliberação, provavelmente no sentido de ser a Câmara Municipal de Gouveia a custear as aludidas despesas, com a probabilidade de poder ser aprovada. Então estaria resguardado nessa deliberação. Mas, não pretendo fazer 3 isso, como também não quero que este assunto se transponha para o ano económico seguinte, como de resto já foi dito e eu queria reafirmar. Nesse sentido, informo a Câmara de que decidi solicitar ao Tribunal de Contas que emita um parecer sobre a regularidade da despesa suportada pela Câmara Municipal de Gouveia, no âmbito do aludido processo e no quadro circunstancial existente à data dos factos, objecto do processo identificado. Mas, coerentemente, com o que tenho afirmado, se o Tribunal de Contas não se pronunciar em tempo, ou seja, até ao dia 31 de Dezembro, eu depositarei nos cofres da Câmara o valor respeitante ao processo.” 3.2 INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA - - - - 3.2.1) PROCESSO BELLINO & BELLINO:- Em relação ao processo Bellino & Bellino, esclareceu que a divergência levantada na altura, não foi em relação às custas do processo, mas apenas em relação ao pagamento da multa. Entendiam os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, como dizia a sentença do Meretíssimo Juíz, de que a condenação vinha direccionada ao cidadão Álvaro Amaro e não ao Presidente da Câmara. Deste modo, solicitaram esclarecimentos ao Meretissimo Juíz da Comarca de Gouveia que respondeu de que não se iria pronunciar sobre um caso que já tinha transitado em julgado, embora tenha referido que era pertinente a questão, pelo que, nesta conformidade, decidiram dirigir-se à tutela, pelo que aguardam uma resposta. - - - - 3.2.2) AUSÊNCIA DO SENHOR PRESIDENTE NA ÚLTIMA REUNIÃO DE CÂMARA:- Relativamente à ausência do Senhor Presidente na última reunião de Câmara, ficou claro, para os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, de que quando não está o Dr. Álvaro Amaro, não se decide nada, porquanto parte da ordem de trabalhos transitou para a presente reunião. Por outro lado, sentem-se muito mal, pois da primeira vez quando esta situação aconteceu, os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista ausentaram-se da reunião, com o prejuízo de que, depois, passa para a opinião pública que foi uma atitude irreflectida, falta de educação e não é disso que se trata. Prepararam a última reunião, contando que o Senhor Presidente estivesse presente. Por isso, não custava nada avisar da sua ausência, nem que fosse uma ou duas horas 4 antes e que quem iria conduzir a reunião seria o Senhor Vice-Presidente. Não havia problema nenhum, como não houve, mas os trabalhos não decorreram com normalidade ou, pelo menos, não resolveram nada, porque não prepararam a reunião, para esse efeito. Deste modo, solicitou, uma vez mais, que de futuro, fossem avisados sempre que o Senhor Presidente da Câmara não pudesse estar presente, pois quanto à ausência do Senhor Vice-Presidente ou de outro Vereador, caberá ao mesmo informar do facto ao Senhor Presidente e, isso, não os afecta muito na preparação e condução dos trabalhos. - - - - 3.2.3) ÁGUA DA REDE:- Abordou novamente a questão da má qualidade da água, considerando que a Autarquia não prestou a devida informação aos municipes, daí insistir de que é preciso dizer se, a mesma, está ou não em condições, pois colocam-se algumas dúvidas na medida em que continua a receber, em sua casa, a água com cheiro, mesmo que esteja em condições para consumir, pois até na própria comida se nota isso. É preciso esclarecer o que vamos fazer, em termos futuros e o que é que vai acontecer com a qualidade da água. Usou da palavra o Senhor Presidente concordando com o que o Senhor Vereador Armando Almeida acabou de dizer pois, de facto, é preciso dar conhecimento às Juntas de Freguesia de que a água é potável. Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe da Divisão de Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, confirmando que a água de abastecimento continua potável, apesar de, quanto à qualidade, serem detectáveis alterações nos parâmetros sabor e cheiro, sendo que, estas variações se enquadram dentro dos limites regulamentares previstos na legislação aplicável. De facto, estas alterações, sendo detectáveis pelo consumidor comum, nomeadamente o cheiro e coloração, têm como efeito imediato pôr-se em causa a potabilidade da água distribuída, o que não será correcto. Referiu ainda que quando o problema decorrente dos incêndios na encosta da serra se colocou, ponderou-se a possibilidade de publicitar a eventual alteração na qualidade da água, pelo que se consultou a empresa Águas do Zêzere e Côa 5 que, face à possibilidade de o problema poder vir a agravar-se, aconselhou a que se aguardasse o desenrolar dos acontecimentos, por forma a não criar um alarmismo despropositado na população, razão que levou à não publicitação deste problema potencial. Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que se a água está potável, é preciso informar as pessoas desse facto, tendo o Senhor Eng.º António Mendes respondido que só quando acontece o inverso é que a Autarquia é obrigada a informar. Face à excepcionalidade da situação – disse o Senhor Presidente - não é descabido que a Empresa Águas do Zêzere e Côa transmita o que se está a passar para que se publique no Jornal e se envie para as Juntas de Freguesia até porque se aproxima mais uma época de chuvas que pode levar a que essa situação se mantenha. - - - - 3.2.4) LEITURAS DOS CONTADORES:- Questionou, novamente, sobre como pensa a Câmara resolver o problema dos erros de leituras dos contadores de água, nomeadamente sobre o ressarcimento de quem já pagou metros cúbicos a mais. Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que estamos perante uma situação complexa, mediante a qual temos que ser justos, pois já não se trata da receita que, eventualmente, poderá entrar para os cofres do Município, por ter sido defraudado nalguns casos, mas sim, como resolver este sentido de justiça em relação ao tempo que já passou. Já fez um apelo técnico porque, muito sinceramente, lhe é dificil dar uma orientação política do que fazer. Honestamente, não é capaz de resolver a questão sem que tenham este processo concluído. É claro, que não tem que ver com o que vai acontecer no processo de inquérito, que está a decorrer, mas ajudará a tomar uma posição e dela será dado conhecimento. - - - - 3.2.5) PDM:- Pretendia ser informado acerca do ponto de situação do PDM que se encontra em revisão e qual a data prevista para a conclusão desse documento, para que possam estudar esta problemática, tão importante para o concelho. 6 Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que não arriscava a dar informação sobre a data de aprovação final da revisão do PDM. Naturalmente, que é um instrumento de planeamento bastante importante para o concelho, solicitando ao Senhor Eng.º António Mendes que prestasse os devidos esclarecimentos sobre este assunto. Usou da palavra o Senhor Eng.º António Mendes informando que o processo de revisão do PDM foi enquadrado numa alteração legislativa e por isso encontramse os Serviços a preparar um documento, que será submetido a reunião de Câmara, a fim de decidir por que tramitação se pretende optar na prossecução da sua continuidade. Retomou a palavra o Senhor Presidente solicitando ao Senhor Eng.º António Mendes que, logo que esse documento esteja pronto, o mesmo deverá ser submetido a reunião de Câmara. - - - - 3.2.6) CARTA EDUCATIVA:- Relativamente à Carta Educativa que considera muito importante pois a sua opinião é de que um Centro Escolar para todo o Concelho, incluindo ou excluindo a área geográfica de Vila Nova de Tazem, resolverá, futuramente, o assunto das escolas do escalão etário a que se destinam. São, no entanto, contra a alteração da tipologia da Escola Básica Integrada, para ali se fazer um Cento Escolar, pois constou-lhe que havia essa perspectiva ou tentativa. Considera que nem o mobiliário, nem as instalações, nem a própria tipologia da escola se adaptam a um Centro Escolar. Teve a oportunidade de visitar algumas escolas do concelho – continuou o Senhor Vereador - entre elas a Escola Primária de Vinhó, que frequentou como aluno, considerando que é preciso adaptá-la e actualizá-la aos tempos actuais. Hoje em dia, os Centros Escolares, são espaços concebidos para crianças daquele escalão etário, pois para o pré-escolar e para o 1.º ciclo, são diferentes da escola que se está a concluir na Zona das Amarantes. Deste modo, chamou a atenção para a necessidade de se começar a preparar a construção de uma escola nova, moderna e actual para os alunos, a ser considerada nessa Carta Educativa. 7 É também de opinião que quer a Direcção das Escolas, quer os Técnicos ligados à educação deviam ser chamados ao debate para a resolução deste problema. Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, relativamente à alteração de tipologia da Escola Básica Integrada para Centro Escolar, não corresponde à verdade. Recentemente teve uma reunião com a Senhora Directora Regional de Educação, no sentido de a sensibilizar para a questão do protocolo dos transportes escolares que ainda não está assinado, tendo-lhe a Senhora Directora transmitido que se tratava de um assunto que extravasava as suas competências, indo dar conta ao Senhor Secretário de Estado. Nessa reunião o Senhor Presidente aproveitou para lhe falar acerca da Carta Educativa, a qual se encontra no processo final de revisão e, tudo quanto lhes possam ter dito de que a Câmara pensa isto ou pensa aquilo, assegura que não corresponde à verdade. Porém, como é seu dever e, a seu tempo, através do maior debate possível, seja nos órgãos próprios, seja no Conselho Municipal de Educação, agora com uma nova realidade que é a entrada em funcionamento da nova escola no próximo ano lectivo e a influência que isso tem em relação às opções que os encarregados de educação possam ter, a Carta Educativa deverá ser amplamente debatida antes de chegar à reunião de Câmara, a fim de chegarem a um maior consenso, pois é isso que devem procurar, admitindo, perfeitamente, que haja visões estratégicas diferentes. Compete à Autarquia a sua elaboração, embora seja a Direcção Regional de Educação a quem compete a sua homologação. - - - - 3.2.7) TRANSPORTES ESCOLARES:- De seguida abordou o assunto dos transportes escolares, em relação ao qual, considera que se continua a oferecer um serviço sem qualidade. Tem conhecimento de que, muitas vezes as empresas, se escudam na Lei e na possibilidade de os autocarros terem plataformas permitindo que os alunos possam viajar de pé. Salvo melhor opinião, entende, que esse tipo de autocarros, são mais utilizados nos transportes urbanos dentro das cidades e não podem, por exemplo, à quinta-feira, que é considerado o dia em que existe sempre sobre-lotação, obrigar-se os alunos, a partir de Rio Torto, a viajarem de pé no autocarro. As empresas têm que fazer desdobramentos, pois é isso que está na Lei. 8 Ainda ao nível dos transportes escolares, informou que, naquele dia, haviam surgido problemas por causa das vinhetas, por isso era bom que se resolvesse de vez esta situação, pois todos os anos acontecem estes constrangimentos. Este ano está a demorar mais tempo, certamente, devido às mudanças para os MegaAgrupamentos. Usou da palavra a Senhora Vereadora Laura Costa informando que, na sequência do pedido feito à PSP e à GNR, no sentido de procederem à realização de vistorias aos autocarros, naquele mesmo dia, foi feita uma vistoria pela PSP aos autocarros à saída da Escola Secundária e não foi registada nenhuma anomalia. Serão realizadas novas vistorias na próxima quarta-feira, à hora de almoço, e novamente na quinta-feira, que são os dias considerados, por eles, mais difíceis. Foi ainda informada, pela PSP, de que estes circuitos são considerados interurbanos e como tal os alunos podem circular de pé. Mas como ficou com algumas dúvidas, entendeu solicitar um parecer jurídico, tanto à ANTROP como ao IMTT, para se certificar da legalidade do transporte que está a ser feito pelas empresas. - - - - 3.2.8) CENTENÁRIO DA REPÚBLICA:- Relativamente às comemorações do Centenário da República, no dia 5 de Outubro, considerou que foi realmente um grande dia, não sabendo se o programa terá continuidade, pelos menos ao nível das palestras que estavam anunciadas e não se realizaram. Por outro lado, tiveram conhecimento de que foi aprovada a proposta de edição de postais alusivos ao tema e que não chegaram a ser distribuídos. Pretendiam ainda ser informados, sobre os custos de todos os eventos e actividades desenvolvidas e a desenvolver no âmbito destas comemorações. Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, referindo que, sem querer ser juiz em causa própria, poderia dizer que as comemorações do Centenário da República em Gouveia, decorreram com dignidade, muito embora registe que, mesmo a nível nacional, esta temática, pela situação que o País atravessa, não foi galvanizadora para este acontecimento. Relativamente à edição dos postais, eram, efectivamente, para serem apresentados nesse dia, mas houve uma pequena falha da parte da Comissão, relativamente à sua distribuição. Será aproveitado um outro momento para dar a 9 conhecer os postais que estão editados e que se encontram na Biblioteca Municipal. Há ainda um conjunto de outras iniciativas, pelo menos, a realização de mais duas palestras que a Comissão gostaria de levar a efeito. Houve, contudo, neste período e nomeadamente no dia 5 de Outubro indisponibilidade da parte dos oradores para estarem presentes, quer da personalidade que havia sido proposto pela Comissão Distrital que estava a colaborar com a Comissão Nacional para esse efeito, quer da personalidade que o Senhor Presidente da Câmara e a própria Comissão Concelhia tinham entendido que poderia ser o orador do Dia 5 de Outubro. Contra factos não há argumentos - continuou o Senhor Vereador – e, não havendo disponibilidade da parte das pessoas, nada se podia fazer. Mas gostaria muito e pensa que fala em nome da Comissão Concelhia de, até Abril de 2011, existirem mais algumas ocasiões que assinalem a passagem do Centenário por Gouveia e aí se poderem realizar as conferências que estavam previstas para esta altura. Relativamente aos custos, o maior, diz respeito ao painel erigido para perpetuar o Centenário da República, da autoria da Senhora Arquitecta Isabel Manta, não tendo, naquele momento, informação exacta sobre os mesmos. Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, de facto, a Comissão Distrital, através do Senhor Governador Civil, lhe transmitiu que o orador nacional que estava para se deslocar a Gouveia, não estava disponível nesta altura. São assuntos da Comissão Distrital que temos que respeitar. Nunca esteve no nosso espírito fazer alguma conferência no dia 5 de Outubro, porque havia a perspectiva da sincronização com a Comissão Distrital. E se não fosse a 5, seria a 3 ou a 4. Apesar de tudo, o Município acabou por inaugurar uma grande infraestrutura desportiva e uma pequena obra que irá perpétuar o Centenário e até requalificar uma parte do Parque Infantil, que muito nos orgulha. Não haverá muitos concelhos, onde tal se tenha verificado. Independentemente das palestras que possam ocorrer, como Presidente da Câmara, sempre mostrou toda a disponibilidade à Comissão. 10 - - - - 3.2.9) ENCERRAMENTO DE EMPRESAS DO CONCELHO:- Sendo o objectivo de todos, promover o desenvolvimento sustentado do concelho, criar postos de trabalho e fixar as pessoas, é com algum desagrado que tiveram conhecimento do encerramento da empresa Irmãos Martins, de Vila Nova de Tazem, com mais de vinte postos de trabalho e a paralização da empresa Refrige, associada à empresa Coca-Cola, embora esta empresa não tivesse feito um grande investimento no nosso concelho. Isto tudo, conhecendo os problemas económicos que existem no nosso concelho, é de opinião que a Câmara não pode ficar indiferente a estas situações. Tem que ter sensibilidade a este problema, não sabendo se através dos trabalhadores, se através das entidades empregadoras e qual é a ajuda que, nestes casos, o Município pode dar, não sabendo se já foi efectuada ou não. Usou da palavra o Senhor Presidente informando que, no que diz respeito à empresa Refrige, embora tenha insistido, existe de facto algum atraso relativamente às previsões apontadas pelos seus responsáveis. No que se refere ao encerramento da empresa Irmãos Martins, sobre o qual o Senhor Vereador Armando Almeida fez um pequeno comentário dizendo que “a Câmara Municipal tem que ter sensibilidade”, o Senhor Presidente respondeu que terá essa sensibilidade até ao limite. Agora, não pode é ter a sensibilidade por outras entidades e, neste caso pelo Governo da República, que tem que a ter para situações deste tipo. Ainda hoje mesmo, na cidade da Guarda, acabou de dizer isso, publicamente. É claro que, numa visão partidária, certamente. Neste momento em que o Orçamento de Estado está quase a sair, estamos na expectativa de ver o que vai acontecer. Nenhuma Câmara do País e nenhum dos autarcas eleitos, seja de que partido for e em que terra for, seguramente, não deixarão de estar preocupados e empenhados para que não feche a empresa A ou a empresa B e que se criem outras empresas. Certamente que todos ficaram satisfeitos que uma casa que estava fechada àcerca de 3 anos, tenha agora reaberto num comércio, independentemente de criar muitos ou poucos postos de trabalho. 11 Como, naturalmente, ficam sensíveis e preocupados se há mais 10 ou 20 famílias que caem no desemprego. É terrível, é muito mau e devemos mostrar a nossa sensibilidade, a nossa solidariedade, concerteza, mas não bastamos por nós, porque como sabe tem que haver outros mecanismos quanto a incentivos ao investimento. Não tem, como já atrás disse, qualquer informação em relação à Refrige, pese embora as datas e os tempos que eles tinham estipulado estarem ultrapassados, mas também não tem indicação de que nada será feito. “Temos que estar preparados para o que está aí, não querendo discutir, nesta reunião de Câmara, o modo como o nosso País está preparado, ou não, para aquilo que nos tem batido à porta.” – Concluiu o Senhor Presidente. 3.3 INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ SANTOS MOTA - - - - 3.3.1) QUIOSQUE DO PARQUE INFANTIL:- Chamou a atenção para o facto de não lhe ter sido remetido o documento relativo à cedência do quiosque do Parque Infantil para a DLCG – Empresa Municipal. Usou da palavra o Senhor Presidente, informando que existe uma deliberação de Câmara, datada de 12 de Maio de 2008, do anterior mandato, a qual aprovou a transferência do Parque Infantil para a DLCG – Empresa Municipal, que não tem data limite. Após a análise dos documentos, verifica-se que há aqui, sob o ponto de vista formal, algo que pode ser discutível, provavelmente, o Município, neste mandato, teria que ter deliberado essa mesma transferência de competências, para habilitar a DLCG, a fazer este contrato. Interveio a Senhora Chefe da Divisão de Finanças e Património, Dra. Alice Ferrão, referindo que, como a deliberação em causa não diz que é apenas para um ano, se pressupõe que pode ter validade até que seja revogada. De seguida o Senhor Presidente procedeu à entrega de cópia da deliberação de Câmara e do contrato. Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota, chamando a atenção para o facto de, aquando da aprovação dos contratos de delegação de 12 competências para a DLCG – Empresa Municipal, não estava prevista a transferência daquele espaço, daí a sua interrogação. Respondeu o Senhor Presidente dizendo que é uma interrogação legítima. Juridicamente existe a dúvida, ou houve o erro de não se ter incluído nessa transferência de competências ou admite-se que essa deliberação aprovada em 2008, se mantem válida até à sua revogação. Interveio novamente o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que seria necessário esclarecer esse assunto, dado que o aluguer está feito, é válido por um ano, daí ser preciso saber até que ponto esse contrato é legal, pois caso não seja, dever-se-á proceder à abertura de um novo concurso para que haja transparência. Em conclusão, dirigiu-se o Senhor Presidente à Senhora Chefe da Divisão de Finanças e Património, Dra. Alice Ferrão, dizendo que seria necessário clarificar juridicamente este assunto, no sentido de averiguar se a deliberação aprovada em 2008 é válida e proceder em conformidade. 4. EXPEDIENTE - - - - Não se analisou expediente na presente reunião. 5. DELIBERAÇÕES - - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA APRESENTADA PELOS SENHORES VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIALISTA:- “PROPOSTA DE DEVOLUÇÃO AOS MUNICIPES, NO ANO DE 2011, DE 3% DO IRS”:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que já haviam debatido e reflectido sobre este assunto na última reunião de Câmara, tendo transitado para esta reunião porque pelos vistos não teria sido agendada previamente, apesar dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista entenderem que aquele era o momento certo pois, de acordo com a Lei, teria que ser indicada a taxa a aplicar em 2011, até 30 de Novembro, após submissão à última sessão da Assembleia Municipal. Foi-lhes transmitido, pelo Senhor VicePresidente, que se poderia agendar uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal, para aprovar esta matéria. 13 Deste modo, atendendo ao rendimento das famílias e verificando-se que, noutros concelhos, se propôs esta devolução do IRS, entendem os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, manter a proposta e sujeitá-la a votação. Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que a proposta não é original, porquanto a Autarquia há três anos atrás, aprovou uma proposta de redução de 3% do IRS, a favor dos munícipes. E, com meridiana clareza, confessou que, de acordo com a monitorização feita, lhe permite dizer que, seguramente, a enormíssima maioria das pessoas nem sequer se apercebeu dos muito poucos euros que viram na redução do IRS. E, aprovou essa proposta, sem nenhuma questão política, porque senão teriam feito política com isso. Daí que a análise também fria que fizeram é de que não tem nenhum efeito e por isso é que alguns Municípios, muito poucos o fizeram na altura e considera que agora muito menos o fazem, justamente porque o resultado não se fez sentir. E, nesse sentido, por um lado, mas atendendo também ao facto de estarmos numa situação em que queremos tentar um certo nível de investimento, embora de uma maneira comedida face às circunstâncias que estão aí e às más notícias que se anunciam para o Orçamento de Estado para 2011, não é o momento oportuno para votar favoravelmente esta proposta, pois não se sabe qual é o efeito para o Município de Gouveia. Por estas razões é intenção do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata votarem contra a proposta. De seguida o Senhor Presidente da Câmara colocou à votação a proposta apresentada pelos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista “Proposta de Devolução aos Munícipes, no ano de 2011, de 3% do IRS”, tendo sido a mesma reprovada, com três votos a favor dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com três votos contra do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, tendo o Senhor Presidente da Câmara exercido o voto de qualidade, nos termos do n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. 6. OBRAS 14 - - - - 6.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE RATIFICAÇÃO DO DESPACHO DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA RELATIVO À APROVAÇÃO DO PROJECTO, CADERNO DE ENCARGOS E PROGRAMA DE CONCURSO E PROCEDIMENTO AUTORIZAÇÃO DE ADMINISTRATIVO ABERTURA PARA O DO RESPECTIVO LANÇAMENTO DA EMPREITADA DE “CAMINHO NATURAL: GOUVEIA (CURRAL DO NEGRO) – FOLGOSINHO – COVÃO DA PONTE (LIMITE DO CONCELHO)”, BEM COMO À NOMEAÇÃO DO RESPECTIVO JURI DO CONCURSO E NOMEAÇÃO DO TÉCNICO PARA A FISCALIZAÇÃO DA OBRA:- Usou da palavra o Senhor Presidente começando por referir que se trata de uma obra que será um tributo a Gouveia e à Serra da Estrela. Uma opção estratégica de futuro que considera fundamental, pois nunca mais Gouveia terá outra qualquer hipótese de ligação ao outro ponto da Serra da Estrela, que foi estudada durante estes anos. Porém, quer sublinhar que esta obra só se fará se a candidatura ao QREN for aprovada e com financiamento a 80%. É esta uma oportunidade histórica, apesar das dificuldades financeiras como anteriormente referiu, face à diminuição das receitas do Município. Apesar disso, há escolhas que devemos fazer e esta é uma obra que considera, estrategicamente, importante, pelo que, apresenta ao restante Executivo a ratificação do seu despacho. O recurso a este mecanismo legal, na abertura do concurso, que é uma peça obrigatória do processo de candidatura, ficou a dever-se à urgência de, através da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, termos uma resposta da Gestão do PO Centro sobre o financiamento e respectiva taxa. Estas, são as condições básicas e essenciais, para que a candidatura se possa desenvolver e daí a urgência na abertura do concurso. Por outro lado, foi informado que os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista votariam contra a presente obra, o que significa, nessa circunstância, mesmo que ainda pudessem dispor de algum tempo ou esperar os quinze dias, pelos vistos, não se adiantaria muito em relação à posição que já anunciaram na reunião anterior. 15 De maneira que, não havendo, porventura, razões de diálogo que permitissem o consenso em relação a esta obra e havendo, por outro lado e, mais importante, a urgência tendente à apresentação da candidatura, propôs o Senhor Presidente a ratificação do presente despacho. Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida, apresentando algumas dúvidas, em relação ao facto de estarem a votar um despacho do Presidente da Câmara, questionando se não será um exceder das competências. Fazer um despacho em que determina e depois o Executivo ratifica ou vota o despacho, considera que se deve votar é a proposta. A posição dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista em relação a este projecto, ao contrário do que referiu o Senhor Presidente, põe apenas em causa a oportunidade da obra, porque gerir os destinos da Câmara, gerir os projectos, gerir o investimento, é por prioridades. Entendem que este projecto, no seu todo, às tantas nem é prioritário, para não falar no seu valor de mais de 2 milhões e 500 mil Euros e mesmo que venha a ser comparticipado em 80%, a Câmara vai ter que despender mais de meio milhão de euros e “de onde é que vem o financiamento para isto” – Questionou o Senhor Vereador. Mesmo ao nível do impacto ambiental – continuou o Senhor Vereador Armando Almeida – põem em dúvida o parecer do PNSE, porque isto é mesmo no “coração” da Serra que, na opinião dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, têm impactos negativos, para além de que não tiveram tempo de estudar bem o assunto. Na última reunião de Câmara disseram e voltam a afirmar que até entendiam uma ligação Curral do Negro – Folgosinho. Devia colocar-se esta oportunidade pois havia vantagens desta ligação, mas já não entendem os outros troços que aparecem e não sabem se isto, realmente, traz alguma utilidade aos Casais de Folgosinho. Consideram, ainda, que se trata de um investimento que tem que ter um estudo, um projecto próprio que envolva ainda alguns residentes, os próprios Casais, assim como, deviam ter conhecimento se a pavimentação é a betuminoso ou macadame, ou outro tipo de piso. O projecto devia ser estudado de outra maneira. 16 Daí que, por estes motivos, entendem os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, votar contra o presente projecto. Usou novamente da palavra o Senhor Presidente, assegurando que a presente proposta de ratificação, se enquadra dentro da Lei. Depois referiu que ninguém é obrigado a estar de acordo com os pareceres seja de que entidade do Estado for. “Quero dizer que desenvolvemos este projecto e, desde o princípio, dei orientações no sentido de que não queríamos que houvesse um projecto e depois se remetesse ao PNSE para obter o parecer, porque já sabíamos que ía ter o seu prazo próprio de análise, devolução e emendas. Desde o início que entendi que se devia envolver aquela entidade no sentido de analisar passo a passo e demorou cerca de ano e meio. Faço questão de deixar registado em Acta, na pessoa da Senhora Arquitecta Maria da Paz que acompanhou este processo, o papel de cooperação do PNSE, em relação a uma visão estratégica deste projecto. “Em segundo lugar” - continuou o Senhor Presidente – “a observação do Senhor Vereador Armando Almeida tem a minha total oposição, mas isso é a riqueza da democracia. O Senhor Vereador Armando Almeida referiu que “ainda podíamos pensar na hipótese de fazer a ligação Curral do Negro-Folgosinho”. Devo dizerlhe, que este projecto nasceu e foi crescendo, recordando uma discussão que, há oito anos, numa sessão da Assembleia Municipal tive com eleitos do PS e que de resto já remonta mesmo antes de eu ter chegado, que era a chamada “Estrada Verde”. Quando cheguei à Câmara, a “Estrada Verde” da maneira como a conheço e como estava pré-desenhada, através de um estudo muito prévio, excluía o Concelho de Seia. Discordei e disse que só daria qualquer aval à “Estrada Verde” se contemplasse os chamados capilares que são, justamente, a ligação a Folgosinho e a ligação Folgosinho-Gouveia. Pois bem, como não sei se alguma vez haverá a tal “Estrada Verde”, vamos em Gouveia, com estas condições, fazer o “Caminho Natural: Gouveia (Curral do Negro)-Folgosinho-Covão da Ponte (Limite do Concelho)”. Embora o projecto tenha esse valor” - continuou – “a minha esperança, é de que quando colocada a concurso este venha a baixar como tem acontecido em relação a todos os 17 procedimentos que têm sido colocados na Plataforma Concursal. Ao reduzir o valor, significa que baixará, naturalmente, o que representam os 20%. Um Município como o de Gouveia, com as dificuldades financeiras que todos lhe reconhecemos que, estrategicamente considera que tem uma obra que demorará cerca de dois a dois anos e meio a executar, segundo a sua estimativa, terá como componente nacional cerca de 400 mil euros. Se a baixa da praça se der como se tem verificado nos últimos concursos, significa que se o Município, não tiver 400 mil euros em dois anos e meio para fazer uma obra desta grandeza, então estamos, de facto, num estado que mais vale cruzarmos os braços. Quero afirmar que nunca mais se irão reunir estas condições, ou seja, o financiamento a 80%, prazo de execução dois anos e meio, sendo que os 20% irão representar menos do que o valor estimado, a verificarem-se as condições de mercado a que temos assistido.” – Terminou o Senhor Presidente. Posto isto, deliberou a Câmara, por maioria, com três votos contra dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a favor do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, tendo o Senhor Presidente da Câmara exercido o voto de qualidade, ao abrigo do n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à ratificação do despacho do Senhor Presidente da Câmara, nos termos do n.º 3 do art.º 68.º do citado diploma legal e que a seguir se transcreve: “DESPACHO Dr. Álvaro dos Santos Amaro, Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, de acordo com a alínea f), do nº 1, do Artigo 68º, da Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, considerando: • Que o projecto de “CAMINHO NATURAL: GOUVEIA (CURRAL DO NEGRO) – FOLGOSINHO – COVÃO DA PONTE (LIMITE DO CONCELHO)”, se reveste de uma importância Municipal significativa, constituindo a sua construção um forte impulso de desenvolvimento concelhio alicerçado nas actividades agrícola, florestal, turística, no âmbito 18 da ligação rodoviária intermunicipal, na vertente de preservação ambiental e conservação da natureza e no esforço de consolidação do povoamento. • Que no actual quadro é possível aproveitar a oportunidade única de candidatar a obra ao Programa Operacional Maiscentro, Candidatura ao Regulamento Especifico – Gestão Activa de Espaços Protegidos e Classificados. • Que desta candidatura poderá resultar uma comparticipação de 80% do valor da obra se forem impreterivelmente cumpridos requisitos de urgência da sua aprovação, ainda no ano 2010, sendo que é assumido que a execução da obra apenas terá prossecução se vier a ser efectivada a aprovação da candidatura e garantida a comparticipação em causa. • Que a urgência ditada pela aprovação da candidatura tem dependência directa da fase concursal da obra pública, sendo conhecida a demora associada a estes processos e imprevisível a sua duração, por não depender exclusivamente da entidade contratante, o que dita a importância do aproveitamento rigoroso do tempo e fundamenta a opção da decisão com recurso ao presente despacho, que se remeterá à posterior ratificação. Determino: • A aprovação do programa do procedimento, caderno de encargos e projecto, nos termos do artigos 41º e 42º, do CCP, da empreitada “CAMINHO NATURAL: GOUVEIA (CURRAL DO NEGRO) – FOLGOSINHO – COVÃO DA PONTE (LIMITE DO CONCELHO)”; • A opção por concurso público dando cumprimento ao Artigo 38º, do mesmo diploma legal e a sua instrução em conformidade com os artigos 130º e seguintes do CCP; • A Nomeação do seguinte Juri do Concurso: o Dr. Luís Manuel Tadeu Marques – Vice-presidente da Câmara Municipal de Gouveia - Presidente o Eng.º António Manuel Monteiro Mendes – Chefe de Divisão de Infraestruturas e Ambiente – Efectivo 19 o Eng.º José Luís Oliveira Mendes – Técnico Superior do Município de Gouveia – Efectivo o Prof. Joaquim Lourenço de Sousa – Vereador do Município de Gouveia - Suplente o Vítor António Rodrigues Matos do Souto – Urbanista – Suplente • A nomeação do Sr. Eng.º António Manuel Monteiro Mendes para a fiscalização da obra, caso o processo venha a atingir a fase de execução. PREÇO BASE: 2.563.885,69€ Gouveia, 29 de Setembro de 2010” Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. - - - - 6.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE RATIFICAÇÃO DO DESPACHO DO SENHOR PRESIDENTE RELATIVO À APROVAÇÃO DO CONJUNTO DE ERROS E OMISSÕES ACEITES DA EMPREITADA DE “INFRAESTRUTURAÇÃO DOS ARRUAMENTOS ENVOLVENTES AO PALÁCIO DA JUSTIÇA DE GOUVEIA”:- Deliberou a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à ratificação do despacho do Senhor Presidente da Câmara, nos termos do n.º 3 do art.º 68.º do citado diploma legal, que a seguir se transcreve: “DESPACHO De acordo com o nº 3 do Artigo 68º, da Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e tendo em consideração o processo de Concurso Publico “INFRAESTRUTURAÇÃO DOS ARRUAMENTOS ENVOLVENTES AO PALÁCIO DA JUSTIÇA DE GOUVEIA” a decorrer e, para observância do cumprimento dos prazos previstos no Artigo 61º do CCP, aprovo os conjuntos de erros e omissões aceites e anexos ao presente despacho, de acordo com a apreciação técnica, para efeitos de continuidade do respectivo processo de concurso. Gouveia, 6 de Outubro de 2010” 20 Os documentos relativos ao conjunto de erros e omissões referidos em epígrafe, encontram-se anexos à presente acta e dela ficam a fazer parte integrante. - - - - 6.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DA MINUTA DE CONTRATO REFERENTE À EMPREITADA “LOTEAMENTO DA ZONA INDUSTRIAL DAS AMARANTES”, BEM COMO DAR PODERES À OFICIAL PÚBLICO E AO SENHOR PRESIDENTE PARA A OUTORGA DO RESPECTIVO CONTRATO:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista votam a favor a presente proposta, porque é de realçar este investimento. Consideram que são propostas como esta que podem atrair investimento para o concelho e trazer o tal desenvolvimento sustentável que todos desejam. Em relação a este ponto, manifestam a total concordância e o sacrifício financeiro que se fizer, que seja em relação a projectos deste género. Para cumprimento do n.º 1 do artigo 98.º do Código da Contratação Pública e alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, delibera a Câmara, por unanimidade e, em minuta, de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação da minuta do contrato respeitante à Empreitada de “Loteamento da Zona Industrial das Amarantes”, elaborada pelo Júri do Concurso, nos termos e de acordo com o documento que se encontra anexo à presente acta e dela fica a fazer parte integrante. Mais se deliberou dar poderes ao Senhor Presidente da Câmara para marcar a data, hora e local em que ocorrerá a outorga do contrato, bem como dar poderes à oficial público, Dra. Alice Oliveira Ferrão e ao Senhor Presidente da Câmara para outorgarem o respectivo contrato escrito. - - - - 6.4) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA SEMANA DE 2010/09/24 a 2010/10/07: ARQUITECTURA:- De José Carlos Guerreiro Ferreira de Almeida, de Lagarinhos, para Alteração e Ampliação de Moradia.- Deferido de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 21 ESPECIALIDADES:- De Carla Susana Damásio dos Santos Mendonça, de Nabais, para Reconstrução e Alteração de Moradia; De Joaquim Tenreiro Vieira, de Folgosinho, para Alteração e Ampliação de Edifício destinado a TER – Casa de Campo; De Jorge Filipe Damásio dos Santos, de Nabais, para Reconstrução e Alteração de Moradia; De Pedro Alexandre Lameiras Fonseca, de Rio Torto, para Construção de Moradia. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. APROVAÇÃO GLOBAL:- De António Lopes Amaral, de Vila Nova de Tazem, para Construção de Arrumos e Alpendre; De DUDAC – Comércio e Indústria Confecções Lda., de Nespereira, para Alteração ao Projecto Inicial; De Joaquim de Brito Figueiredo, de Nabais, para Construção de Arrumos e Alpendre. Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA - - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 193, referente ao dia oito de Outubro, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: Em Operações Orçamentais – Duzentos e vinte e dois mil, cento e catorze euros e trinta cêntimos (€222.114,30); Em Documentos – Sessenta e oito mil, cento e cinquenta e oito euros e oitenta e cinco cêntimos (€68.158,85). - - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de despesas a que se referem as requisições números 902 a 936, bem como os pagamentos no montante de trezentos e vinte e nove mil e trezentos e vinte e quatro euros e sessenta e seis cêntimos (€329.324,66) a que se referem as Ordens de Pagamento números, 1724, 2805, 3082, 3242, 3244, 3288, 3309, 3311, 3312, 3331, 3332, 3342 a 3348, 3352 a 3379, 3381 a 3401, 3403 a 3442, 3445 a 3447, 3449 a 3453, 3455 a 3469, 3475, 3476, 3478 a 3504, 3506, 3507, 3509, 3510, 3512 a 3516, 3518, 3543 a 3547, 3553, 3554, 3556, 3558 a 3567, 3569 a 3581, 3583 a 3586. - - - - E não havendo mais assunto a tratar, pelo Senhor Presidente foi declarada encerrada a reunião, pelas dezassete horas, da qual para constar se lavrou a presente acta, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos termos do 22 n.º 2 do mesmo artigo. A Chefe de Divisão A Câmara Municipal 23