GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
BETA-2-MICROGLOBULINA
Procedimento Operacional Padrão
Data da 1ª versão: novembro de 2013
SORO, PLASMA.
Nefelometria
Versão: 2.0
B2M
Data da efetivação: 02/12/2013
POP n.º: I 22
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Elaborado por: Tatiana Baccin
Revisado por: Carina Mota
Aprovado por: Mara Rieck Silveira
1. Sinonímia
Beta 2 Microglobulina, b2M
2. Aplicabilidade
Aos técnicos e bioquímicos do setor de imunologia
3. Aplicação clínica
A beta-2-microglobulina é uma proteína presente na superfície de todas as células nucleadas,
principalmente linfócitos, fazendo parte da molécula HLA. Sua presença é necessária para a
inserção da molécula de HLA na membrana celular, além de estabilizar a cadeia pesada do
HLA. Está presente normalmente no plasma, urina e líquor. É liberada durante o processo de
renovação das membranas celulares. Por ser uma molécula muito pequena, 11.800 Daltons, é
bem filtrada pelos glomérulos. A maior parte, no entanto, é reabsorvida e depois degradada
pelas células epiteliais tubulares dos túbulos proximais, o que faz com que seja considerada
um marcador sensível da capacidade de filtração glomerular do rim, especialmente em
crianças. Se existe uma alteração tubular a concentração urinária de beta-2-microglobulina
aumenta. Uma concentração sérica muito elevada em pacientes de hemodiálise pode levar a
uma beta-2 microglobulina amiloidose.
Existe um aumento progressivo dos valores normais com a idade. Níveis séricos altos
podem ser encontrados em diversas patologias inflamatórias, como hepatites, artrite
reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, AIDS, sarcoidose e em pacientes com leucemias,
linfomas e alguns tumores sólidos e patologias que cursam com a diminuição da filtração
glomerular.
Níveis urinários altos podem ocorrer em pacientes com desordens renais tubulointersticiais,
como intoxicação por metais pesados, drogas quimioterápicas, aminoglicosídeos, infecções
urinárias altas e rejeição a transplantes, sendo a sua dosagem indicada para o diagnóstico e
acompanhamento da doença.
A beta-2-microglobulina sérica é também um excelente marcador de prognóstico do mieloma
múltiplo e para o controle da evolução e terapia de neoplasias linfáticas.
4. Princípio do teste
As partículas de poliestireno, revestidas com anticorpos anti beta-2-microglobulina humana,
ao serem misturadas com amostras contendo a beta-2-microglobulina formam agregados que
dispersam a luz irradiada. A intensidade da luz dispersa depende da concentração da
respectiva proteína na amostra. A avaliação é feita por comparação com um padrão de
concentração conhecida.
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5. Amostra
5.1 Preparo do paciente
Jejum não necessário
5.2 Tipo de amostra
Soro e plasma com heparina ou EDTA
5.3 Colheita
Observar as precauções universais para punção venosa.
Quantidade mínima de sangue: 2 ml
Quantidade ideal de sangue: 5 ml
5.4 Preservação e transporte
As amostras são estáveis por 8 dias refrigeradas a 2-8 0C.
Para o transporte observar as normas de segurança legais. Observar para que amostra esteja
livre de fibrina.
5.5 Identificação da amostra
Etiqueta com código de barras gerada pelo sistema de gerenciamento de dados do LAC.
5.6 Armazenamento
Amostras estáveis por 2 meses à temperatura inferior a –180C.
Amostras que apresentam turvação após o descongelamento devem ser clarificadas por
centrifugação a 15000 x g por 10 minutos.
5.7 Amostras inadequadas
Amostras inativadas, lipêmicas, muito hemolisadas, com contaminação bacteriana e mal
identificadas.
As amostras de soro devem estar completamente coaguladas, livres de fibrina.
6. Reagentes e materiais
Reagentes do kit
N Latex beta-2-microglobulina: suspensão de partículas de poliestireno revestidas de Ac
monoclonais de rato contra a beta-2-microglobulina humana.
N-Reagente Suplementar L: pipetar 2,0 ml do N reagente complementar L/B(TAMPA
BRANCA) para um frasco com N Reagente complementar L/A(TAMPA VERDE) e
misturar agitando levemente.
Calibrador N proteína-Standard SL
Reagentes e material do Sistema BN:
a) Solução R Reaction Buffer;
b) Solução D Diluent;
c) Cubetas de reação/leitura
d) Cubetas de diluição.
Controles
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a) Controle de proteínas SM e SH
6.1 Preparo
Todos os reagentes são prontos para uso.
Antes do primeiro uso misturar cuidadosamente o N Latex beta-2-microglobulina.
6.2 Estabilidade
Estáveis até a data de vencimento.
Depois de aberto o reagente é estável até 4 semanas desde que os frascos estejam firmemente
fechados.
6.3 Armazenamento
a) Calibradores e controles armazenados a 2-8°C (calibradores retornar ao refrigerador após
o uso);
b) Conjunto de reagentes (kit do teste) armazenados a 2-8°C;
c) Solução D: armazenar a temperatura ambiente;
d) Solução R: armazenar a temperatura ambiente;
Não congelar reagentes, controles e calibradores.
7. Equipamentos
Automatizados DADE BEHRING BN, Centrífuga e pipetas automáticas.
8. Calibração
Os procedimentos estão detalhados nos POPEs da nefelometria.
9. Procedimento (passo a passo)
Os procedimentos, com e sem interfaceamento, estão detalhados nos POPEs da nefelometria.
10. Controle de qualidade
10.1 Interno
Controle de proteínas do kit: devem ser utilizados após a preparação de uma curva de
referência, após a abertura de um novo kit e em cada rotina.
Os resultados podem ser visualizados no LAB JOURNAL e ficam armazenados no programa
do equipamento.
Os resultados dos controles são gravados no computador junto com os resultados das
amostras, e registrados na planilha de controle de qualidade – FORM I – 10.
10.2Externo
Vide tabela PCIQ/PAEQ.
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11. Resultados
11.1 Unidades
mg/L
11.2 Cálculos
NA
11.2 Critérios de aceitação
O intervalo de aceitabilidade do Controle Interno é igual à Média, mais ou menos 2 Desvios
Padrão.
12. Valores de referência
1,09 a 2,53 mg/l
13. Valores críticos
Não se aplica.
14. Especificações de desempenho
14.1 Sensibilidade:
É o limite inferior da curva de referência e depende, assim, da concentração das proteínas no
N Proteína Standard SL.
14.2 Especificidade;
Não se conhecem reações cruzadas do anticorpo utilizado.
14.3 Precisão:
O coeficiente de variação total para interensaio ficou entre 2,2-3,6% utilizando-se 2
correlações diferentes de controle e 3 concentrações de pool de soro. Para intra-ensaio a
variação foi de 1,7 a 3%.
14.4 Linearidade
Não se aplica.
15. Fontes Potenciais de Variabilidade
Turvações e partículas nas amostras podem perturbar a determinação.
16. Limitações do método
Os soros ou plasmas podem conter anticorpos heterófilos que originam resultados
erroneamente elevados ou baixos nos ensaios imunológicos em geral, de modo que este
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ensaio foi concebido para que esta influência seja mínima, mas, não é possível garantir a
supressão total de seus efeitos. Deste modo, um resultado em desacordo com o quadro
clínico ou resultados anteriores deve ser interpretado com reservas.
17. Interpretação dos resultados
Pelos diversos fatores que podem causar sua elevação no sangue (ver item 3) a utilização
diagnóstica da dosagem sérica da beta-2-microglobulina requer uma clara formulação clínica
do problema e a exclusão de outras doenças relevantes.
18. Biossegurança
Obedecer às normas de segurança vigentes no laboratório e usar equipamentos de proteção
individual
19. Anexos
Planilhas do Controle de Qualidade (FORM I - 10).
20. Bibliografia
Bula do teste.
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