geral Olímpia e Nilso Buogo são casados e trabalham juntos para ajudar os mais carentes Nilso e Olímpia Buogo susana küster [email protected] Uma parceria que rende solidariedade para os moradores carentes de Lages. Assim é o casal Nilso e Olímpia Buogo, do programa Lages 100 Fome. Ele arrecada e distribui alimentos e ela faz roupas de bebê e crianças. Desde 2003, o programa que foi criado por Ari Martendal, é desenvolvido em Lages. Em 2005, o casal Nilso e Olímpia Buogo assumiram e, desde então, não param de ajudar as pessoas. O Lages 100 Fome atua fortemente em 40 bairros, onde são feitos sopões, semanalmente, por voluntários. “Nosso trabalho é levar comida para os grupos”, diz Nilso. Em alguns bairros, o sopão é feito mais de uma vez por semana, em outros, são doadas cestas básicas como um complemento alimentar para os mais carentes. Nilso acredita que em torno de 15 mil pessoas são atendidas por mês com os sopões, fora os eventos que ocorrem no Dia das Crianças e no Natal. “É dado lanche, doces e brinquedos. É uma festa grande. Neste ano, será dia 14 de dezembro, para 600 crianças do Morro Grande, Penha e Habitação”, comenta Olímpia. Ela dedica seu tempo livre para produzir enxovais para mulheres que engravidam e não têm condições de comprar roupas. “Também vamos nas creches ver qual criança é carente para doar roupa. Nos hospitais também deixamos as peças”, diz. Em contato com os assistentes sociais da prefeitura e os agentes de saúde dos postos, a parceria do casal cria uma rede de solidariedade. No inverno, o cuidado é redobrado, com a distribuição de cobertores de lã e mantas. O programa recebe ajuda de empresários, governo estadual e prefeitura. “No ano passado, distribuímos 170 mil pães. Neste ano, vai dar menos devido à tempestade de granizo, pois a estrutura ficou danificada e paramos em outubro”, lembra Nilso. Olímpia recebeu, neste ano, ajuda de duas senhoras da Samt na costura das roupas. “Não temos verba para costura atualmente. Há quatro anos, o Raimundo Colombo ajudou e até hoje temos material que foi comprado com o dinheiro”, completa. Os dois veem a cidade como um lugar com muitas pessoas carentes, mas alertam para aproveitadores que têm condições de trabalhar, mas ficam esperando comida e roupa de graça. “Focamos nossas ações onde tem idoso, doente e criança. Já conhecemos quem é oportunista”, explica ele. O acompanhamento feito pela equipe do programa deixa claro que a ajuda com alimentos e roupas é até a situação se estabilizar, o que leva geralmente três meses. “Os que se acomodam, mandamos ir à luta”, conta Olímpia. Sabemos que tem gente que se acomoda e espera comida e roupa de graça. Por isso, deixamos claro que o acompanhamento é por três meses. Depois disso, nem que não goste, tem que ir à luta”, diz Olímpia. Irmã Maria Bona Neste ano, ela completou 90 anos de idade, 68 deles foram dedicados à vida religiosa. 3 Susana Küster Segunda-feira, 8 de dezembro de 2014