Segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Profissionalismo e boa educação são o caminho para
conseguir vaga de emprego
Embora as experiências descritas no currículo sejam a garantia de que o candidato tem muito a
oferecer, a postura profissional perante os recrutadores também é importante na luta pelo cargo
Do Correio Braziliense
Publicação: 30/12/2013 09:52 | Atualização: 30/12/2013 11:12
Entre os primeiros erros cometidos na hora de entrevistas de trabalho, especialistas em recrutamento são
unânimes em afirmar que chegar sem ter informações a respeito da empresa e do cargo que se pretende ocupar é
o mais comum
Assim como em toda avaliação, entrevistas de emprego exigem preparo prévio e certos cuidados do
candidato para garantir bons resultados na luta pela vaga. Em meio às perguntas a respeito da
carreira e do interesse da pessoa pela função disputada, demonstrar profissionalismo, educação e
honestidade ajuda a evitar tropeços que podem custar a eliminação do processo seletivo.
“O sucesso nessa situação vem de três fatores: o que se diz, a maneira como se responde às
perguntas e a postura apresentada. A principal dica é não se mostrar à vontade demais no momento,
mas também não parecer duro e retraído durante a conversar”, analisa a coach e consultora
organizacional Melissa Camargo Kotovski.
Embora as experiências descritas no currículo sejam a garantia de que o candidato tem muito a
oferecer, a postura profissional perante os recrutadores também é importante na luta pelo cargo. Um
comportamento simples e educado é bem visto, como levantar-se na hora em que alguém entra no
local, oferecer um aperto de mão firme e manter o contato visual ao falar. “Posturas adequadas
ajudam a mostrar confiança e atenção ao momento, o que rende pontos positivos”, diz o gerente da
divisão Finanças e Contabilidade da Robert Half, Danylo Hayakawa.
Pesquisa
Entre os primeiros erros cometidos na hora de entrevistas de trabalho, especialistas em recrutamento
são unânimes em afirmar que chegar sem ter informações a respeito da empresa e do cargo que se
pretende ocupar é o mais comum. Para evitar esse tropeço, que pode tirar o profissional do processo
de seleção, a dica é pesquisar o histórico da empresa, as funções a serem exercidas na vaga em
aberto e a cultura da companhia em relação ao visual e ao comportamento dos empregados. “Você
precisa demonstrar que teve a iniciativa de se informar antes e é de bom tom que isso aconteça, até
para saber se o perfil do local realmente lhe interessa”, diz Luis Fernando Martins, gerente
executivo da Page Personnel.
Em maior ou menor grau, o nervosismo será sempre um sintoma dos candidatos. Por isso, o preparo
e a confiança nesses momentos fazem toda a diferença. Para Hayakawa, focar em respostas
objetivas e em estruturar as conquistas e as realizações da própria carreira de maneira sucinta
ajudam a manter o controle em momentos de tensão. Segundo Melissa Kotovski, o primeiro passo
para lidar com os nervos sob essas circunstâncias é conhecer bem os pontos descritos no currículo e
estar preparado para as perguntas básicas que podem surgir. “Quanto mais segura a pessoa estiver
de si, melhor será o controle das emoções”, explica.
Entre outros erros clássicos durante as entrevistas está a falta de profissionalismo ao falar dos
antigos empregos. Apesar de ser comum aparecerem questionamentos a respeito de funções
anteriores, os detalhes devem ser fornecidos de maneira respeitosa e controlada. “É melhor explicar
as situações e os motivos de maneira honesta. Se for o caso de criticar alguma situação, procure não
citar nomes ou personalizar o problema”, indica a consultora Sheila Nowicki, da Nowicki
Consultoria em RH.
Além das habilidades
Mesmo que a seleção procure pelo profissional mais apto para a vaga de acordo com suas
habilidades, o visual apresentado no encontro com os recrutadores também é objeto de análise.
Embora existam cargos e empresas flexíveis a respeito da escolha de roupas de trabalho, em uma
entrevista de emprego o bom senso e o conservadorismo ainda imperam na identidade visual. Para
acessórios, perfume e maquiagem, a dica é a mesma: evite objetos muito chamativos, aposte em
fragrâncias discretas e em tons leves. “É como ir a uma festa. Você não quer chamar a atenção, mas
se adequar ao ambiente, tanto no caso dos homens quanto das mulheres. Não custa cuidar do visual
e investir em roupas sociais com tons discretos”, comenta Sheila Nowicki.
Além dos cuidados com o que vestir, outros aspectos visuais como piercings, tinturas de cabelo e
tatuagem precisam ser levados em conta. Morgana Fernandes, 22 anos, se encaixa em duas dessas
situações. A jovem possui duas tatuagens — uma no ombro e outro nas costas — e usa piercing,
mas explica que tira o acessório e cobre as imagens no corpo para as entrevistas. “Eu procuro ser a
mais neutra possível, pois sei que tem gente que tem preconceito”, afirma. Morgana conta que em
uma situação deixou as tatuagens a mostra por descuido, mas que isso não a desclassificou.
“Normalmente, eu conto esses detalhes na hora e pergunto se a empresa aceita essa postura”,
esclarece. Ela acaba participar de um processo seletivo para o cargo de vendedora e aguarda ser
chamada.
Luis Fernando Martins, gerente executivo da Page Personnel, confirma que detalhes como esses não
costumam excluir de cara os candidatos, mas que isso depende da cultura de onde se pretende
trabalhar. “O problema seria aparecer no ambiente com algo muito chamativo à mostra. É preciso
entender que há a necessidade de seguir aos padrões de dress code da empresa”, completa.
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