F i l t r os P as s i vos O f i l t r o é um cir cuito que per mite a pas s agem de s inais apenas em deter minadas fr eqüências . Ele pode s er clas s ificado em: • • • • F iltr o F iltr o F iltr o F iltr o Pas s a B aix as (F.P.B .) Pas s a Altas (F.P.A.) Pas s a F aix a (F.P.F .) Rej eita F aix a (F.R.F.) Os filtr os s ão cons ider ados pas s ivos quando s ão for mados apenas por dis pos itivos pas s ivos , como r es is tor es , capacitor es e indutor es . Outr a car acter ís tica dos filtr os pas s ivos é o fato de o ganho de tens ão s er s empr e menor ou igual a 1 (ou 0db), j á que não pos s uem nenhum dis pos itivo ativo capaz de amplificar os s inais . F i l t r o P as s a B ai x as – F .P .B . Um filtr o pas s a baix as (F .P.B .) ideal tem uma cur va de r es pos ta em fr equência como mos tr ada na figur a abaix o: A Cu r va de R es pos t a em F r equ ên ci a do F i l t r o P as s a B ai x as I deal v 0 ùc ù Par a as fr eqüências abaix o da fr eqüências de cor te (ù c), o ganho é igual a um, is to é, a tens ão de s aída é igual a tens ão de entr ada. Par a fr eqüências acima da fr equência de cor te, o ganho é zer o, is to é a tens ão de s aída s er á nulo. Por ém, na pr ática, não é pos s ível cons tr uir - s e um filtr o com um cor te tão br us co na r es pos ta em fr equência. F i l t r o P as s a B ai x as com Ci r cu i t o R L O cir cuito RL s ér ie, como mos tr ado abaix o, funciona como um filtr o pas s a baix as , pois nas baix as fr eqüências , o indutor compor ta- s e como uma r es is tência baix a (X L < < R), fazendo com que a maior par te da tens ão r ecaia s obr e o r es is tor de s aída. Já nas fr eqüências altas , o indutor compor ta- s e como uma r es is tência alta (XL > > R), fazendo com que a tens ão no r es is tor de s aída s ej a muito pequena. Filtros Passivos 1 L R VE VS F i l t r o P as s a B ai xas com Ci r cu i t o R L Nes te cir cuito, a ex pr es s ão da tens ão de s aída V s (tens ão no r es is tor ) em função da tens ão de entr ada V E é dada por : Av = R ⋅ VE R + JωL Av = Vs R = V E R + JωL Des ta for ma, o ganho de tens ão des te filtr o é: Dividindo- s e o numer ador e o denominador por R, tem- s e: AV = 1 ωL 1 + j R A ex pr es s ão do ganho de tens ão des te filtr o pode s er apr es entada em função de s ua fr equência de cor te: Ganho de T ens ão: A V = 1 ω 1 + j ωc Fr equência de Cor te: ω C = R L Como podemos obs er var , o ganho de tens ão é um númer o complex o e , por tanto, pos s ui um módulo e fas e. As s im, o ganho de tens ão s er á r epr es entado gener icamente por um númer o complex o na for ma AV = AV á As expressões do módulo e da fase do ganho de tensão em função da frequência são dadas por: Módulo: AV = 1 1+ ( Fase: ω 2 ) ωC α = −arctg ω ωC A partir da expressão do módulo do ganho em função da freqUência, pode-se esboçar a curva de resposta em frequência AV x ù des te filtro, cons iderando-se que: Filtros Passivos 2 ù =0 ◊ AV = 1 AV 1 ù = ù C ◊ AV = 0,707 ω → ∞ ⇒ Av → 0 ùC 0 1 2 = 0,707 ù Resposta em Frequência do F.P.B. (Módulo) Obs er vação: A fr eqüência de cor te é também conhecida como fr equência de meia potência, pois é nes s a fr equência que a potência de s aída é a metade da potência de entr ada. A par tir da ex pr es s ão da fas e do ganho em função da fr equência, pode- s e es boçar o gr áfico á x ù , cons iderando-se que: 0 á ù =0 ◊ -arctg 0 = 0° ùC ù = ù C ◊ á = -arctg 1 = -45º ù -45° -90° ω → ∞ ⇒ α → −90° Resposta em frequência do F.P.B. (fase) A cur va de r es pos ta em fr equência (Módulo) des te filtr o pode, também, s er dada em decibel(dB ), calculando- s e o módulo do ganho de tens ão por : AV(dB ) = 20.log AV As s im: ù =0 ◊ AV (dB) = 20.log 1 = 0dB ù = ù C ◊ A V (dB) = 20. log 1 2 ω = 10.ω C ⇒ Av(dB ) = 20. log ω = 100.ω C ⇒ Av (dB ) = 20. log = −3dB 1 10ω C 1 + ωC 1 2 ≅ 20. log 2 1 100 ≅ 20. log = −20dB 1 2 = −40dB 100 100ω C 1 + ωC Pode- s e então, es boçar a cur va de r es pos ta em fr equência (módulo) AV(dB ) x ù Filtros Passivos 3 0 AV(dB) ùC 10ù C 100ù C -3 ù Resposta em Frequência do F.P.B. (Módulo em dB) -20 -40 Pelos r es ultados obtidos , per cebe- s e que, a par ti da fr equência de cor te ù C, cada vez que a fr equência aumenta de um fator igual a 10, o ganho diminui em 20dB. D i agr am a de B ode Uma for ma s imples e pr ática de r epr es entar a cur va de r es pos ta em fr equência de um filtr o é atr avés do diagr ama de B ode (pr onuncia- s e B ode). Es te diagr ama r epr es enta o módulo do ganho AV(dB ) em função da fr equência, fazendos e a apr ox imação por tr echos de r etas (as s íntotas ). A figur a abaix o mos tr a o Diagr ama de B ode do filtr o pas s a baix as analis ado. 0 AV(dB) -3 ùC 10ù C 100ù C ù Diagrama de Bode do F.P.B. -20 -40 Des tes gr áficos , podemos concluir que: a) A es cala do ganho de tens ão é linear , mas a es cala de fr equência é logar ítmica, devendo o gr áfico s er feito em papel monolog. b) Na fr equência de cor te, o ganho de tens ão é de – 3dB em r elação ao patamar . c) Acima da fr equência de cor te, o ganho diminui à tax a de 20 dB por década. d) D) Us ando a apr ox imação de r etas (diagr ama de B ode), o maior er r o cometido é de 3 dB na fr equência de cor te. E x em pl o: Dado o cir cuito a s eguir , pede- s e: Filtros Passivos 4 L = 100mH VE VS R = 1KÙ a) Fr equência de cor te em r d/s e em Hz. ωC = R 1.10 3 = = 10 4 rd / s L 100.10 −3 fC = ω C 10 4 = = 1592 Hz 2π 2π b) E x pr es s ão complex a do ganho AV = 1 1 1 = = ω ωL ω .0,1 1 + j 1 + j 3 1 + j 4 10 R 10 c) Expressão do módulo do ganho 1 1 AV = = 2 ω ω 1 + ( )2 1+ 4 ωC 10 e) Es boçar o gr áfico do módulo do ganho em dB em função da fr equência 0 AV(dB) -3 104 105 106 ù -20 -40 e) A fr equência quando a difer ença de fas e entr e a entr ada e a s aída é – 45° . α = −arctg ω ω ω ω ⇒ −45° = −arctg 4 ⇒ tg 45° = 4 ⇒ 1 = 4 ⇒ ω = 10 4 rd / s = ω C ωC 10 10 10 F i l t r o P as s a B ai x as com Ci r cu i t o R C O cir cuito RC s ér ie, como mos tr ado na figur a abaix o, funciona como um filtr o pas s a baix as , pois nas baix as fr eqüências , o capacitor de s aída compor ta- s e como uma r es is tência alta (X C> > R), fazendo comque a maior par te da tens ão r ecaia s obr e ele. Filtros Passivos 5 Já nas altas fr eqüências , o capacitor compor ta- s e como uma r es is tência baix a (X C< < R), fazendo com que a tens ão na s aída s ej a muito pequena. Nes te cir cuito , a ex pr es s ão da tens ão R de s aída VS (T ens ão no capacitor ) em função da tens ão de entr ada VE é dada por : VE C VS − jX C VS = .V E R − jX C F i l t r o P as s a B ai xas com Ci r cu i t o R C Des ta for ma, o ganho de tens ão des te filtr o é: 1 V − jX C jω .C AV = S = Dividindo- s e o numer ador e o denominador por R e = 1 V E R − jX C R+ jω .C s implificando a ex pr es s ão , tem- s e: AV = 1 1 + jω .R.C A ex pr es s ão do ganho de tens ão des te filtr o pode s er apr es entada em função de s ua fr equência de cor te, com s egue: Gan h o de T en s ão: AV = F r equ ên ci a de Cor t e: 1 1+ j ωC = ω ωC 1 RC Como o ganho de tens ão é um númer o complex o, ele pode s er r epr es entado gener icamente na for ma AV = AV á. As expressões do módulo e da fase do ganho de tensão em função de frequência são dadas por: Módulo AV = Fase 1 1+ ( α = −arctg ω 2 ) ωC ω ωC Como se vê, estas expressões são iguais às do filtro passa baixas com circuito RL analisado anteriormente, com a ressalva de que as freqüências de corte são calculadas de formas diferente, pois elas dependem dos dispositivos utilizados nos filtros (RL ou RC). Desta forma, o esboço das curvas de resposta em frequência (módulo: AV x á e fas e: á x ù ) des te filtro, tem o mes mo as pecto que as do filtro anterior, como mos tra a figura abaixo: Filtros Passivos 6 AV 0 1 Módulo 0,707 0 ùC á ùC ù -45° -90° ù Resposta em frequência do F.P.B. (fase) A cur va de r es pos ta em fr equência (módulo) des te filtr o pode, também, s er dada em decibel (dB ), calculando- s e o módulo do ganho de tens ão por : AV(dB ) = 20.log AV Pode- s e, então es boçar a cur va de r es pos ta em fr equência (em módulo) AV(dB ) x ù , e na for ma nor mal em diagr ama de bode: 0 AV(dB) ùC 0 10ù C 100ù C -3 AV(dB) ùC 10ù C 100ù C -3 ù -20 -20 -40 -40 Normal ù Diagrama de B Diagrama de Bode E x em pl o: - Pr oj etar um filtr o pas s a baix a com fc = 1KHZ . S ol u ção: - Adotando- s e R= 10K Ù , tem-se: fC = 1 1 1 ⇒C = = = 16nF 2π .R.C 2π .R. f C 2π .10.1031.103 Usando o valor comercial mais próximo C=15nF, a frequência de corte sofrerá uma pequena alteração, porém insignificante face às tolerâncias dos dispositivos, como pode ser observado a seguir: fC = 1 1 = = 1,061KHz 2π .R.C 2π .10.10315.10 − 9 F i l t r o P as s a Al t as – F .P .A. Filtros Passivos 7 Um filtr o pas s a altas (F .P.ª ) ideal tem uma cur va de r es pos ta em fr equência, como mos tr ada na figur a abaix o. AV Curva de Resposta em frequência do Filtro Passa Altas Ideal 1 0 ùc ù Par a fr eqüências abaix o da fr equência de cor te (ù c), o ganho é zer o, is to é, a tens ão de s aída é nula. Par a fr eqüências acima da fr equência de cor te, o ganho é igual a um, is to é, a tens ão de s aída é igual à tens ão de entr ada. Por ém, na pr ática, não é pos s ível cons tr uir - s e um filtr o com um cor te tão br us co na r es pos ta em fr equência. F i l t r o P as s a Al t as com Ci r cu i t o R L O cir cuito RL s ér ie, como mos tr ado na figur a baix o, funciona como um filtr o pas s a altas , pois nas baix as fr eqüências , o indutor de s aída compor ta- s e como uma r es is tência baix a (X L < < R), fazendo com que a tens ão s obr e ele s ej a muito pequena. Já, nas altas fr eqüências , o indutor compor ta- s e como uma r es is tência alta (X L > > R), fazendo com que a tens ão de s aída s ej a muito alta. R L VE Filtro Passa Altas com Circuito RL VS Nes te cir cuito, a ex pr es s ão da tens ão de s aída VS (T ens ão no indutor ) em função da tens ão de entr ada VE é dada por : Av = jω .L ⋅ VE R + JωL Av = Vs jϖ .L = V E R + JωL Des ta for ma, o ganho de tens ão des te filtr o é: Dividindo- s e o numer ador e o denominador por R, tem- s e: AV = 1 R 1 − j ω .L A ex pr es s ão do ganho de tens ão des te filtr o pode s er apr es entada em função de s ua fr equência de cor te: Filtros Passivos 8 Ganho de T ens ão: A V = 1 ω 1 − j C ω Fr equência de Cor te: ω C = R L Como podemos obs er var , o ganho de tens ão é um númer o complex o e , por tanto, pos s ui um módulo e fas e. As s im, o ganho de tens ão s er á r epr es entado gener icamente por um númer o complex o na for ma AV = AV á As expressões do módulo e da fase do ganho de tensão em função da frequência são dadas por: AV = Módulo: 1 ω 1+ ( C )2 ω Fase: α = arctg ωC ω A partir da expressão do módulo do ganho em função da freqUência, pode-se esboçar a curva de resposta em frequência AV x ù des te filtro, cons iderando-se que: ω =0⇒ AV 1 0,707 ωC → ∞ ⇒ AV → 0 ω ù = ù C ◊ AV = ùC 0 ù ω →∞⇒ 1 2 = 0,707 ωC → 0 ⇒ Av → 1 ω Resposta em Frequência do F.P.A. (Módulo) A par tir da ex pr es s ão da fas e do ganho em função da fr equência, pode- s e es boçar o gr áfico á x ù , cons iderando-se que: ω =0⇒ á -90° ù = ù C ◊ á = arctg 1 = 45º -45° 0 ωC → ∞ ⇒ α → 90 ω ùC ù ω → ∞ ⇒ α → −0° Resposta em frequência do F.P.A. (fase) A cur va de r es pos ta em fr equência (Módulo) des te filtr o pode, também, s er dada em decibel(dB ), calculando- s e o módulo do ganho de tens ão por : AV(dB ) = 20.log AV Filtros Passivos 9 As s im: ω ω = C ⇒ Av (dB) = 20. log 100 ω= ωC ⇒ Av (dB ) = 20. log 10 1 100ω C 1 + ωC 1 10.ω C 1 + ωC 2 ω =⇒ ω C ⇒ Av (dB) = 20. log ω = 10.ω C ⇒ Av(dB) = 20. log ≅ 20. log 2 ≅ 20. log 1 = −3dB 2 1 ω 1 + C 10.ω C 2 1 = −40dB 100 2 1 100 − 20dB ≅ 20. log 1 = 0dB Pelos r es ultados obtidos , pode- s e per ceber que, cada vez que a fr equência aumenta de um fator igual a 10, o ganho aumenta em 20dB , até chegar à fr equência de cor te ù C. Pode- s e então, es boçar a cur va de r es pos ta em fr equência (módulo) AV(dB ) x ù , na forma normal e como diagrama de Bode. AV(dB) 0 ù C/100 AV(dB) ù C/10 ù C 10ù C 0 ù -3 ù C/100 ù C/10 ù C 10ù C ù -20 -20 -40 -40 Resposta em Frequência do F.P.A. (Módulo em dB) Ex emplo: Dado o cir cuito a s eguir , pede- s e: R = 10KÙ VE L=10mH VS a) Fr equência de cor te em r d/s e em Hz ω C 10 6 R 10.10 3 6 ωC = = = 10 rd / s f = = = 159,15kHz C L 10.10 −3 2π 2π b) E x pr es s ão complex a do ganho Filtros Passivos 10 Diagrama de Bode do F.P.A. 1 AV = 1− j R ω .L = 1 1 = 3 10.10 10 6 1− j 1 − j ω ω .10.10 −3 c) Ex pr es s ão do módulo do ganho 1 AV = ωC 2 ) ω 1 = 2 10 6 1 + ω d) A tensão de saída para VE = 5 1+ ( 0° V e ù = 1,5. ù C Módulo do ganho: 1 1 AV = = = 0,83 2 ωC 2 1 1+ ( ) 1+ 1,5ω c 1,5 Fase e do ganho: ω 1 α = arctg C = arctg = 33,7 1,5ω C 1,5 Par a ù = 1,5. ù C : AV = 0,83 33,7° V Por tanto, a tens ão de s aída nes ta fr equência vale: VS = AV VE = 0,83 33,7° . 5 0° = 4,15 33,7° V e) Es boçar o gr áfico do módulo do ganho em dB em função da fr equência. AV(dB) 0 -3 10 4 10 5 10 6 10 7 ù (rd/s) -20 -40 F i l t r o P as s a Al t as com Ci r cu i t o R C O cir cuito RC s ér ie, como mos tr ado abaix o, funciona como um filtor pas s a altas , pois nas baix as fr eqüências , o capacitor compor ta- s e como uma r es is tência alta (X C> > R), fazendo com que a tens ão s obr e o r es is tor de s aída s ej a muito pequena. Já, nas altas fr eqüências , o capacitor compor ta- s e como uma r es is tência baix a (XC< < R), fazendo com que a tens ão de s aída s ej a muito alta. Filtros Passivos 11 Nes te cir cuito, a ex pr es s ão da tens ão de s aída V S (tens ão no r es is tor ) em função da tens ão de entr ada V E é dada por : C VE VS R VS = Des ta for ma, o ganho de tens ão de entr ada V E é dada por : Filtro Passa Altas com Circuito RC Av = Vs R = = VE R − JX C R .VE R − jX C R i jω .C Dividindo- s e o numer ador e o denominador por R e s implificando a ex pr es s ão, tems e: R+ AV = 1 R 1 − j ω .R.C A ex pr es s ão do gan h o de t en s ão des te filtr o pode s er apr es entada em f u n ção de s u a f r equ ên ci a de cor t e: Ganho de T ens ão: A V = 1 ω 1 − j C ω Fr equência de Cor te: ω C = 1 R.C Como podemos obs er var , o ganho de tens ão é um númer o complex o e , por tanto, pos s ui um módulo e fas e. As s im, o ganho de tens ão s er á r epr es entado gener icamente por um númer o complex o na for ma AV = AV á As expressões do módulo e da fase do ganho de tensão em função da frequência são dadas por: Módulo: AV = 1 1+ ( Fase: ωC 2 ) ω α = arctg ωC ω Como se vê, estas expressões são iguais às do filtro passa altas com circuito RL analisado anteriormente, com a ressalva de que as frequências de corte são calculadas de forma diferentes, pois elas dependem dos dispositivos utilizados nos filtros (RL ou RC). Desta forma, o esboço das curvas de resposta em frequência (módulo:AV x ù e fas e: á x ù ) des te filtro, tem o mes mo as pecto que as do filtro anterior, conforme a figura baixo: Filtros Passivos 12 AV á -90° 1 0,707 -45° 0 0 ùC ùC ù ù Resposta em frequência do F.P.A. (fase) Resposta em Frequência do F.P.A. (Módulo) A cur va de r es pos ta em fr equência (Módulo) des te filtr o pode, também, s er dada em decibel(dB ), calculando- s e o módulo do ganho de tens ão por : AV(dB ) = 20.log AV Pode- s e então, es boçar a cur va de r es pos ta em fr equência (módulo) AV(dB ) x ù , na forma normal e como diagrama de Bode. AV(dB) 0 ù C/100 AV(dB) ù C/10 ù C 10ù C 0 ù -3 ù C/100 ù C/10 ù C 10ù C ù -20 -20 -40 -40 Resposta em Frequência do F.P.A. (Módulo em dB) Diagrama de Bode do F.P.A. Ex emplo: Pr oj etar um filtr o pas s a altas com f c = 200Hz: C VE R VS Adotando- s e C= 0,1 uF , tem- s e: 1 1 1 fC = ⇒R= = = 8 KΩ 2π .R.C 2π .C. f C 2π .0,1.10 −6.200 Us ando o valor comer cial mais pr óx imo R= 8k2 Ù , a fr equência de cor te s ofr er á uma pequena alter ação, por ém ins ignificante face às toler âncias dos dis pos itivos , como pode s er obs er vado à s eguir : 1 1 fC = = = 194 Hz 2π .R.C 2π ..8,2.10 3.0,1.10 −6 Filtros Passivos 13 I n t egr ador e D i f er en ci ador Os cir cuitos integr ador es e difer enciador es s ão muito utilizados par a ger ar for mas de onda muito es pecíficas como a tr iangular e a impuls iva, a par tir de uma onda quadr ada. T ais for mas de onda têm muitas aplicações na eletr ônica. Pelo nome des tes cir cuito, ver ifica- s e que o integr ador e o difer enciador ex ecutam eletr icamente, r es pectivamente, as funções integr al e der ivada nos s inais de entr ada. I n t egr ador O integr ador é um filtr o pas s a baix as oper ando numa fr equência muito maior que a fr equência de cor te.Des ta for ma, a função de s aída r epr es enta a integr al da função de entr ada. Cas o a funão de entr ada s ej a uma onda quadr ada com fr equência f> > fc, a s aída do integr ador apr es entar á uma onda pr aticamente tr iangular , como mos tr a a figur a abaix o. O funcionamento é bas tante s imples . Cons ider ando o capacitor inicialmente des car r egado VC(0) = 0, em t = 0 é aplicada uma tens ão pos itiva na entr ada com amplitude VE (0) = E. As s im, o capacitor começa a s e car r egar com uma cons tante de tempo T < < τ R VE C VS Circuito Integrador V E 0 -VE T/ 2 T 3T/ 2 t 2 T Vc Como a fr equência da onda quadr ada é muito maior que a fr equência de cor te do filtr o, ou s ej a, T < < τ , antes do capacitor s e car r egar completamente, a tens ão de entr ada muda s eu valor par a VE (T /2) = - E. Então, o capacitor , que s e encontr ava com a tens ão VC(T /2)= VC, pas s a a s e des car r egar com a mes ma cons tante de tempo, até atingir o valor negativo VC(T )= - VC em τ = T , e as s im s uces s ivamente. Como vis to anter ior mente, a car ga do capacitor não é linear .Por tanto, quanto -Vc maior for a cons tante de tempo do cir cuito em r elação ao per íodo da tens ão Forma de Onda do Circuito Integrador de entr ada, mais a for ma de onda no capacitor s e apr ox ima da onda tr iangular , pois maior é a linear idade, embor a a s ua amplitude s ej a menor . 0 T/2 T 3T/2 2 T t E x em pl o: Dado o filtr o pas s a baix as a s eguir , qual deve s er a fr equência da onda quadr ada de entr ada par a que o cir cuito funcione como integr ador , ou s ej a, par a que a for ma de onda no capacitor s ej a apr ox imadamente uma onda tr iangular ? Filtros Passivos 14 S ol u ção: 1 1 fC = = = 226 Hz 2π .R.C 2π ..1,5.10 3.0,47.10 −6 Par a funcionar como integr ador , a fr equência de entr ada tem de s er muito maior que f C. Na pr ática, is to é pos s ível cons ider ando- s e a fr equência pelo menos 10 vezes maior que a fr equência de cor te, is to é: f ≥ 2,26kHz R 1 k5 Ù VE C 0 ,4 7 u F VS Circuito Integrador D i f er en ci ador O di f er en ci ador é um filtr o pas s a altas oper ando numa fr equência muito menor que a fr equência de cor te. Des ta for ma, a função de s aída r epr es enta a der i vada da função de entr ada. Cas o a função de entr ada s ej a uma onda qu adr ada com fr equência f< < f c, a s aída do difer enciador apr es entar á uma onda pr aticamente i m pu l s i va, como mos tr a a figur a abaix o: Nes te cas o, o pr incípio de funcionamento é bas eado no fato de que o capacitor é um cur to cir cuito par a var iações muito br us cas de tens ão, o que ocor r e nos ins tantes em que a tens ão de entr ada var ia de – E par a E e vice- ver s a, fazendo com que es s as var iações apar eçam na s aída do cir cuito, or a na for ma de impuls os pos itivos , or a na for ma de impuls os negativos . C VE R VS Circuito Diferenciador V E 0 -VE T/ 2 T 3T/ 2 t 2 T Vc 0 -Vc T/2 T 3T/2 2 T t Forma de Onda do Circuito Diferenciador Filtros Passivos 15 A par tir des tas var iações , como a tens ão de entr ada per manece cons tante por um tempo T /2, ele atua como um cir cuito aber to. S endo T > > τ , o capacitor des car r ega- s e r apidamente, dando o as pecto mos tr ado na figur a ao lado. E x em pl o: Dado o filtr o pas s a altas a s eguir , qual deve s er a fr equência da onda quadr ada de entr ada par a que o cir cuito funcione como difer enciador ? S ol u ção: 1 1 fC = = = 4,823kHz 2π .R.C 2π .3,3.10 3.10.10 −9 Par a funcionar como difer enciador , a fr equência de entr ada tem de s er muito menor que f C. Na pr ática, is to é pos s ível cons ider ando- s e a fr equência pelo menos 10 vezes menor que a fr equência de cor te, is to é: f ≤ 482,3kHz C= 1 0 n F R = 3 ,3 kÙ VE VS Circuito Diferenciador Ci r cu i t os R L C Ci r cu i t os R L C S ér i e O cir cuito RLC s ér ie é for mado por um r es is tor , um indutor e um capacitor ligados em s ér ie como mos tr a a figur a abaix o, cuj a cor r ente foi cons ider ada, ar bitr ar iamente, como tendo fas e inicial nula. i v,i ù R vR L vL vL vR C vR vC vC Circuito RLC Série Diagrama Fasorial Em um cir cuito RLC s ér ie, a tens ão total aplicada é a s oma vetor ial das tens ões no r es is tor , capacitor e indutor , is to é: v = vR + vL + vC Com r elação ao diagr ama fas or ial, s abe- s e que: • • • A tens ão no r es is tor es tá em fas e com a cor r ente; A tens ão no indutor es tá adiantada de 90° em r elação à cor r ente; A tens ão no capacitor es tá atr as ada de 90° em r elação à cor r ente. Filtros Passivos i 16 Por tanto, as tens ões VL e VC es tão defas adas de 180° entr e s i, s endo que a s oma vetor ial delas é a difer ença entr e s eus módulos , com fas e igual à da tens ão de maior módulo. Por ex emplo, cons ider ando que VL > VC, tem- s e que: v L + v C = ( VL - VC ) 90° A figur a abaix o, mos tr a o diagr ama de tens ões obtido a par tir do diagr ama fas or ial da figur a anter ior e o r es pectivo diagr ama de impedância, cons ider ando que VL > VC. vL V VL -VC Z Ö vR V T X = (VL − VC ) I Ö R= (a) Diagrama de Tensões VR I (b) Diagrama de Impedâncias Da figur a anter ior , pode- s e obter o m ódu l o da t en s ão t ot al aplicada pelo ger ador : V = VR2 + (VL − VC ) 2 Como VL > VC. A defas agem Ö da tens ão do ger ador em r elação à cor r ente é pos itiva, por ém menor que 90° , devido à influência do r es is tor . I s to s ignifica que a fas e da impedância é também pos itiva, car acter izando um cir cuito indutivo, no qual a r eatância indutiva pr edomina s obr e a capacitiva. No cir cuito RLC s ér ie, a i m pedân ci a com pl ex a equ i val en t e do cir cuito pode s er calculada por : Z = R + j (X L − X C ) ou 1 Z = R + j ω .L − ω .C O m ódu l o da i m pedân ci a equ i val en t e do cir cuito vale: Z = R 2 + (X L − X C ) 2 Filtros Passivos ou 17 1 Z = R 2 + ω .L − ω .C 2 A f as e da i m pedân ci a equ ival en t e do cir cuito vale: φ = arctg (X L − X C ) 1 ω .L − ω .C φ = arctg R ou R O fator de potência do cir cuito pode s er obtido do diagr ama de impedância e vale: FP = cos φ = R Z De tudo o que foi vis to até aqui, podemos tir ar algumas conclus ões ger ais : * Cas o XL > XC ◊ * Cas o XL < XC ◊ * Cas o XL = XC ◊ o cir cuito é indutivo (Ö> 0° ); o cir cuito é capacitivo (Ö< 0° ); o cir cuito é r es is tivo (Ö= 0° ). Es ta última condição (X L = X C) é chamada de r es s on ân ci a. Ci r cu i t o R es s on an t e Um cir cuito r es s onante é aquele que apr es enta a m en or opos i ção pos s ível à pas s agem de cor r ente elétr ica numa deter minada fr equência f o, denominada de f r equ ên ci a de r es s on ân ci a do cir cuito. I s to s ignifica que as fr eqüências maior es e menor es que f 0 encontr ar ão maior opos ição por par te do cir cuito r es s onante. A figur a abaix o mos tr a um ci r cu i t o r es s on an t e s ér i e no qual é aplicada uma tens ão alter nada numa deter minada fr equência. i R v(t) L C Quando a fr equência de tens ão é tal que X L = X C, a r eatância indutiva é anulada pela r eatância capacitiva, j á que es tão defas adas de 180° . I s to s ignifica que o cir cuito compor ta- s e como s e fos s e uma r es i s t ên ci a pu r a. A f r equ ên ci a de r es s on ân ci a f 0 , na qual es te fenômeno ocor r e, pode s er deter minada da s eguinte for ma: X L = X C = ω 0 .L = Circuito Ressonante Série Como ω 0 = 2π . f 0 , tem- s e que: Filtros Passivos 18 1 1 ⇒ ω 02 = ⇒ ω 0 .C L.C ω0 = 1 L.C f0 = 1 2π L.C Fr equência de r es s onância do cir cuito ◊ Os gr áficos da figur a anter ior ( Z = f( ù ) e i= f(ù )) mos tr am o compor tamento do cir cuito r es s onante s ér ie em função da fr equência. Z Circuito Capacitivo Circuito Indutivo IM = V R R 0 ùo ù 0 ù0 ù (a) Gráfico da Impedância (b) Gráfico da Corrente Comportamento do Circuito Ressonante Série Des ta figur a, podem- s e tir ar as s eguintes conclus ões : * Na fr equência de r es s onância ù 0 , o cir cuito é pur amente r es is tivo e a opos ição à cor r ente é mínima, r es ultando numa cor r en t e m áx i m a I M ; * Abaix o da fr equência de r es s onância, a impedância é capaci t i va ( X C> X L ) e a cor r ente es tá adiantada em r elação à tens ão aplicada; * Acima da fr equência de r es s onância, a impedância é i n du t i va ( X L > X C) e a cor r ente es tá atr as ada em r elação à tens ão aplicada. L ar gu r a de F aix a ( L F ) e F at or de Qu al i dade ( Q) Define- s e l ar gu r a de f ai x a ( L F ) ou banda de fr equência, como s endo: LF = f CS − f ci Onde fcs ◊ fr equência de cor te s uper ior fci ◊ fr equência de cor te infer ior Na fr equência de cor te, o valor da cor r ente é apr ox imadamente 70,7% da cor r ente de r es s onância I M, como mos tr a o gr áfico abaix o: Filtros Passivos 19 E s te valor 70,7% cor r es ponde i IM a IM , ou a uma queda de 3dB 2 na cor r ente máx ima. A lar gur a de faix a depende da qualidade da bobina. Uma bobina ideal tem r es is tência ôhmica nula, por ém, na pr ática, o fio da bobina pos s ui r es is tência. O fator de qualidade QL de uma bobina é definido como s endo: V = R 0,707.IM fci 0 fo f fcs QL = Largura de Faixa do Circuito Ressonante X Lo RB X LO = 2π . f o .L ◊ r eatância da bobina na fr equência de r es s onância R B ◊ r es is tência ôhmica da bobina Onde: O f at or de qu al i dade Q do cir cuito é dado por : Q= Onde: X Lo RT R T ◊ r es is tência ôhmica total do cir cuito A lar gur a de faix a do cir cuito es tá r elacionada com o fator de qualidade atr avés da ex pr es s ão: LF = fo Q Por tanto, quanto maior é a qualidade da bobina, menor é a lar gur a da faix a ou mais aguda é a cur va i= f( ù ), is to é, melhor é o cir cuito r es s onante, pois ele s e tor na mais s eletivo, como mos tr a a figur a abaix o: V IM = R i 0,707.IM Q2 Q1 > Q2 0 f0 f LF1 LF2 Filtros Passivos 20 Qualidade do Circuito Ressonante E x em pl o: 1) E m um Cir cuito RLC s ér ie, tem- s e: R= 100 Ù , L= 1mH e C= 0,1uF. S e a tens ão do ger ador é 10 0° V, pedem- s e: a) Fr equência de r es s onância do cir cuito S olução: 1 1 fo = = = 15,915kHz 2π L.C 2π 10 −3.10 − 7 b) A cor r ente for necida pelo ger ador na fr equência de r es s onância. S olução: - Na r es s onância, o cir cuito é s omente r es is tivo, por tanto: Z = R= 100Ù I= V 10 = = 100mA Z 100 c) O ângulo de defas agem entr e tens ão do ger ador e cor r ente na r es s onância. S olução: - Na r es s onância, o cir cuito é s omente r es is tivo e, por tanto, o ângulo de defas agem é zer o ( Ö = 0). d) A cor r ente e defas agem s e f = 20k Hz S olução: X L = 2 ð.f.L = 2 ð.20.10 3 .10 - 3 = 125,7 Ù XC = 1 1 = = 79,6Ω 2π . f .L 2π .20.103.10− 7 Z = R + jω .L − j 1 = 100 + j125,7 − j 79,6 ⇒ z = 100 + j 46,1Ω = 110∠24,7 Ω ω .C v 10∠0 = = 90,9∠ − 24,7 mA Z 110∠24,7 Por tanto: i= Como X L > X C, nes ta fr equência o cir cuito é indutivo (20kHz > fo). e) Cor r ente e defas agem s e f = 10kHz S olução: X L = 2 ð.f.L = 2 ð.10.10 3 .10 - 3 = 62,8 Ù Filtros Passivos XC = 21 1 1 = = 159,2Ω 2π . f .C 2π .10.103.10 − 7 Z = R + jω .L − j 1 = 100 + j 62,8 − j159,2 ⇒ Z = 100 − j 96,4Ω = 138,9∠ − 43,9 mA ω .C v 10∠0 i= = = 72,3∠43,9 mA Z 138,4∠ − 43,9 Por tanto: Como X C > X L , nes ta fr equência o cir cuito é capacitivo (10kHz < f o). 2- Em um cir cuito RLC s ér ie, tem- s e: VR = 6V; VC = 20V; VL = 12V e i = 10 0° mA. Pede- s e: a) A impedância complex a: S olução: R= VR 6 = = 600Ω I 10.10 −3 XC = VC 20 = = 2kΩ I 10.10 −3 Z = R + jω .L − j XL = VL 12 = = 1,2kΩ I 10.10 − 3 ∴ X C = − j 2kΩ 1 = 0,6 + j1,2 − j 2 = 0,6 − j 0,8kΩ = 1∠ − 53o kΩ ω .C b) T ens ão aplicada no cir cuito S olução: v = Z .i = 1∠ − 53 .10∠0 = 10∠ − 53 V c) Diagr ama Fas or ial v,i VL(12V) VR(6V) VC-VL(8V) I (10mA) V(10V) ù VC(20V) Filtros Passivos 22 ∴ X L = j1,2kΩ 3- Dado o cir cuito r es s onante a s eguir , pedem- s e: R=10Ù a) Fr equência de r es s onância S olução: L=100uH 1 1 = = 212,68kHz 2π L.C 2π 100.10 − 6.5,6.10− 9 fo = v RB = 8Ù b) F ator de qualidade da bobina S olução: C = 5,6nF X Lo = 2 ð.212,68.10 3 .100.10 - 6 = 133,63 Ù QL = X Lo 133,63 = = 16,7 RB 8 c) F ator de qualidade do cir cuito i S olução: Q= X Lo 133,63 = = 7,42 RT 10 + 8 IM 0,707.IM d) Lar gur a de faix a do cir cuito S olução: LF = fo = 212,68.103 = 28,66kHz Q 0 198,35 212,68 227,01 F(kHz) LF = 28,66kHz e) Valor de R par a que a lar gur a de faix a s ej a 10% da fr equência de r es s onância LF = fo 212,68.10 3 ⇒ 21,268.10 3 = ⇒ Q = 10 Q Q Ci r cu i t o R L C P ar al el o Filtros Passivos 23 Q= X Lo 133,63 ⇒ 10 = ⇒ R = 5,363Ω R + RB R +8 O cir cuito RLC par alelo é for mado por um r es is tor , um indutor e um capacitor ligados em par alelo, como mos tr a a figur a abaix o, cuj a tens ão foi cons ider ada, ar bitr ar iamente, como tendo fas e inicial nula. i iR v iL R L C Circuito RLC Paralelo Em um cir cuito RLC par alelo, a cor r ente total for necida pelo ger ador é a s oma vetor ial das cor r entes no r es is tor , capacitor e indutor , is to é: v,i ù iC iR IC i = iR + iL + iC v Com r elação ao diagr ama fas or ial, s abe- s e que: * A cor r ente no r es is tor es tá em fas e com tens ão; iL (b) Diagrama Fasorial * A cor r ente no indutor es tá atr as ada de 90° em r elação à tens ão; * A cor r ente no capacitor es tá adiantada de 90° em r elação à tens ão. Por tanto, as cor r entes i L e i C es tão defas adas de 180° entr e s i, s endo que a s oma vetor ial delas é a difer ença entr e s eus módulos , com fas e igual à da cor r ente de maior módulo. Por ex emplo, cons ider ando que I C > I L , tem- s e que: i C + i L = (I C- I L ) 90° A figur a abaix o mos tr a o diagr ama de cor r entes obtido a par tir do diagr ama fas or ial da figur a anter ior e o r es pectivo diagr ama de impedância, cons ider ando que I C > I L. Filtros Passivos 24 v,i iC 1 1 = Z V ù i (IC - IL) 1 (I L − I C ) = X V Ô Ô v iR 1 IR = R V iL (a) Diagrama de Correntes (b) Diagrama de Impedâncias Correntes e Impedância no Circuito RLC Paralelo Da figur a (a), pode- s e obter o m ódu l o da cor r en t e t ot al for necida pelo ger ador : I = I R2 + (I C − I L ) 2 Como I C > I L , a defas agem Ô da cor r ente em r elação à tens ão é pos itiva, por ém menor que 90° , devido à influência do r es is tor . I s to s ignifica que a fas e da impedância é negativa, car acter izando um cir cuito capacitivo, no qual a r eatância capacitiva pr edomina s obr e a indutiva. No cir cuito RLC par alelo, a impedância complex a equivalente do cir cuito pode s er calculada por : 1 1 1 1 = + + Z R jX L − jX C Des envolvendo- s e es ta ex pr es s ão, obtém- s e a i m pedân ci a com pl ex a: Z= R. X L . X C X L . X C + jR.(X L − X C ) Z= ou ω .R.L ω .L + jR (ω 2 .L.C − 1) O m ódu l o da i m pedân ci a equ i val en t e do cir cuito vale: Z= R. X L . X C φ = −arctg ou (X L − X C )2 + R 2 .( X L − X C )2 ( ) R. ω 2 .L.C − 1 ω .L O f at or de pot ên ci a do cir cuito pode s er obtido do diagr ama de impedância da figur a (b), e vale: FP = cos φ = Filtros Passivos 1 1 R⇒ Z FP = 25 Z R Nes te cas o, as conclus ões que podem s er tir adas s ão as s eguintes : • • • Cas o X L > X C ◊ Cas o X L < X C ◊ Cas o X L = X C ◊ o cir cuito é capacitivo ( Ô < 0° ); o cir cuito é indutivo ( Ô > 0° ); o cir cuito é r es is tivo ( Ô = 0° ). Es ta última condição também cor r es ponde à r es s on ân ci a do cir cuito. Par a o cir cuito RLC par alelo valem também as ex pr es s ões da fr equência de r es s onância ( ù o ou f o), is to é: ωo = 1 L.C fo = ou 1 2π L.C Mas nes te cas o, como os dis pos itivos es tão em par alelo, os gr áficos da impedância e da cor r ente (Z = f(ù ) e i= f(ù )) s ão como mos tr a a figur a abaix o: Z Circuito Indutivo Circuito Capacitivo i R Im = V R ù ùo (a) Gráfico da Impedância ùo (b) Gráfico da Corrente ù Comportamento do Circuito Ressonante Paralelo Des ta figur a, podem- s e tir ar as s eguintes conclus ões : • Na fr equência de r es s onância ù o, o cir cuito é pur amente r es is tivo e a opos ição à cor r ente é máx ima, r es ultando numa cor r ente mínima I m; • Abaix o da fr equência de r es s onância, a impedância é i n du t i va ( X C > X L ) ; • Acima da fr equência de r es s onância, a impedância é capaci t i va ( X L > X C) . E x em pl o: 1- Dado o cir cuito a s eguir , pedem- s e: Filtros Passivos 26 i R 1kÙ v = 20∠0oV XL 200Ù IR XC 500Ù iL IC a) Cor r ente complex a em cada componente e cor r ente total S olução: iR = v 20∠0° = = 20∠0° = 20mA R 10 3 iL = v 20∠0° = = 100∠90° = − j100mA X L 200∠90° iC = v 20∠0° = = 40∠90° = j 40mA X C 500∠ − 90° i = i R + iC + i L = 20 + j 40 + − j100 = 20 − j 60 = 63,25∠ − 71,6°mA b) I mpedância complex a S olução: Z= v 20∠0° = = 316,2∠71,6°Ω i 63,25.10 −3 ∠ − 71,6° c) Diagr ama Fas or ial S olução: v,i IC(40mA) IR(20mA) 71,6° IL-IC (60mA) V(20V) i (63,25mA) ù IL(100mA) Filtros Passivos 27 Filtros Passivos 28