18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia PAISAGENS CONTEMPORÂNEAS EM PRÁTICAS ARTÍSTICAS DISCURSIVAS Felipe C M Prando Mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos, PPGAV, UDESC Resumo: O propósito deste artigo é pensar a paisagem contemporânea através das questões e procedimentos apresentados em proposições artísticas contemporâneas. Articulando-se em diferentes territorialidades intertextuais e problematizando as experiências e práticas discursivas estabelecidas, essas proposições pensam o espaço como algo sempre em processo, como um permanente „tornar-se‟. Neste sentido o conceito e a prática artística do non-site, proposto e desenvolvido por Robert Smithson, serve de base como referência para novas articulações sobre a desterritorialização da noção de site-specific. palavras-chave: paisagem contemporânea, site-specific, non-site. Abstract: The purpose of this article is to think about the contemporary landscape issues and procedures in contemporary artistic proposals. These propositions think the space as something always in process, as a permanent 'becoming'. In different intertextual territorialities, they problematize the discursive experiences and practices established. In this sense the concept and artistic practice of non-site proposed and developed by Robert Smithson is taken as a reference for the deterritorialization concept of sitespecific. key words: contemporary landscape, site-specific, non-site. A paisagem é um modo de organizar visualmente o mundo, resultante de processos culturais. Um ato de criação, um território processado intelectual e esteticamente. A palavra paisagem, segundo Lucy LIPPARD (2003:60), “é usada indistintamente para uma cena enquadrada/imaginada diretamente pelo olhar (uma narrativa), ou uma cena enquadrada/imaginada para ser olhada (um quadro). A paisagem é um conceito ocidental e utilizado para a recepção do mundo ideologicamente enquadrado/imaginado”. Durante os anos 1960-70 os trabalhos de Land Art e site-specific alteraram profundamente a idéia de paisagem. Vários artistas (Michel Heizer, Richard Serra, Carl Andre, Nancy Holt, Denis Oppenheim, Robert Smithson e outros) e diversificados procedimentos artísticos deslocaram a idéia de 439 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia paisagem contribuindo para desenraizá-la, e deixá-la “à mercê” dos processos culturais. Estes procedimentos artísticos nos anos 60-70 reconheceram que as paisagens são transitórias tanto em seu aspecto físico como conceitual. Os projetos artísticos a partir deste período passaram a pensar a paisagem através da mobilidade, transitoriedade e transformação. As proposições destes artistas contribuíram com o desenvolvimento do conceito de site-specific como um procedimento de investigação, “uma maneira de agir e pensar” (KWON, 2002:166), e não como uma categoria artística que afirma a especificidade de um meio de produção artística. As práticas site-specific podem ser entendidas como práticas context-specific (BARRETO, 2008: 80), pois tratam justamente da especificidade de contexto para a construção de proposições artísticas. Os conceitos site-oriented, por Miwon Kwon, bem como o functionalsite, por James Meyer, pensam práticas de artistas como Christian Philipp Muller, Andrea Fraser, Francis Alÿs como atualizações/desdobramentos da noção de site-specific. Compreendem processos artísticos que trabalham a partir de espaços compreendidos como redes de discursos (institucionais, políticos, antropológicos, urbanístico, etc.) estabelecendo diferentes conversas com o espaço e circuito artístico. Estas proposições contemporâneas pensam a paisagem contemporânea ao enfatizar possibilidades discursivas do espaço em contraposição a uma noção literal, física. Os espaços (sites), por estas proposições, “acabam achando sua âncora „localizacional‟ no âmbito do discurso” (KWON, 1997). Nos últimos 30 anos a definição operante de site foi (KWON, 1997) “transformada de uma localidade física – enraizada, fixa, real – para um vetor discursivo – desenraizado, fluido, virtual”. Os processos artísticos orientados para lugares específicos (site-oriented) lidam justamente com a idéia de mobilidade discursiva do site. O site é (KWON, 1997) “estruturado (inter)textualmente mais do que espacialmente, e seu modelo não é um mapa mas um itinerário, uma seqüência fragmentária de eventos e ações através de espaços, ou seja, uma narrativa nômade cujo percurso é articulado pela passagem do artista”. Essa transformação do site “textualiza espaços e espacializa discursos”. 440 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia Nas práticas artísticas de site-oriented e functional-site “o contexto [do espaço] vaza para dentro das ações artísticas” (BARRETO, 2008:82), que se abrem às pressões sociais, econômicas e políticas. A desmaterialização do site provoca outra desmaterialização, a do trabalho de arte, bem como uma progressiva desestetização (recuo do prazer visual) sendo mais verbo/processo que substantivo/objeto (KWON, 1997). Todavia, o conceito de non-site construído por Robert Smithson pode ser entendido como uma “experiência primeira que traz à tona uma forma híbrida e desterritorializada da noção de site-specific” (MELIM, 2004:17). O conceito de non-site criou-se na prática artística de Smithson a partir da necessidade de transpor seus projetos de terra (Land Art) para espaços fechados (galerias). A princípio o non-site de um espaço artístico (galeria, museus, publicações, televisão, etc.), remeteria a um site dentro de um espaço não-artístico (estradas abandonadas, minas de carvão, e outros lugares percorridos pelo artista). É possível entender estes deslocamentos nos projetos de Smithson, pois a mobilidade e a transitoriedade da paisagem, tanto em seu aspecto topográfico, quanto conceitual, sempre foram elementos com os quais trabalhava, a ponto de afirmar que “o deserto é menos „natureza‟ do que conceito, um lugar que engole as fronteiras” (SMITHSON, 2006:193). Sobre os Earthworks afirma tratar-se de uma arte da incerteza, porque a instabilidade, de modo geral, tornou-se importante; e quando perguntado sobre os elementos de destruição do seu trabalho respondeu que “ele já está destruído. É um lento processo de destruição. O mundo está se destruindo lentamente. A catástrofe vem subitamente, mas lentamente” (SMITHSON, 2006:280). O tempo e o fenômeno da entropia são centrais para articulação de seus trabalhos. Na realização do projeto “Os Monumentos de Passaic” (1967) trabalhou com várias transformações da paisagem: a) com a degradação do espaço e construções encontradas neste espaço (paisagem industrial em ruínas); b) semântica ao denominar as ruínas de monumentos; c) com a “transposição” do lugar específico para um espaço expositivo que neste caso foi um artigo composto de texto, fotografias, mapas e a reprodução de uma pintura, que foi publicado na revista Artforum, dez/1967. A paisagem já era pensada a partir de uma idéia de espaço que existe em processo, apreensível 441 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia pela articulação de experiências e práticas discursivas, e a superposição dessas. Seus “Os Monumentos de Passaic” (1967) são gerados pelo trabalho do artista ao articular diferentes discursos. A paisagem “Os Monumentos de Passaic” existe como uma proposição artística intertextual (imagens, escritas, cartografias) articulada entre espaços físicos (topográficos), e espaços discursivos (históricos, artísticos, econômicos, geográficos). A prática artística, e o modo como Smithson pensava esta prática, eram contextuais, com no exemplo do “Spiral Jetty” em percebe a necessidade de deixar o lugar falar, ou em suas palavras “deixar o lugar determinar o que iria construir” (SMITHSON, 1996:145). A realização de expedições improvisadas para várias regiões como o propósito de explorar lugares que possibilitassem pensar/construir trabalhos, foi uma marca do processo de trabalho de Smithson e seus contemporâneos. Assim como “Os Monumentos de Passaic” (1967), e “Spiral Jetty” (1970) praticamente todos os projetos de Robert Smithson pressupunham o deslocamento, a viagem, a experiência no/com o local. Assim foi com “Pine Barrens” (1968), e “Mono Lake” (1968) quando viajou com Nancy Holt e Michel Heizer. A experiência da viagem/deslocamento era considerada já parte constitutiva da prática artística. Esta idéia da experiência como uma experiência artística já havia sido comentada por Tony Smith num momento de ruptura crítica com a arte moderna, questionando a natureza convencional da arte: “A experiência da estrada era algo organizado, mas não reconhecido socialmente. Eu pensei para mim que deveria estar claro que este é o fim [propósito] da arte. A maior parte da pintura parece muito pictórica depois disso. Não há maneira de poder articular, simplesmente há que experimentá-lo” (apud FOSTER 2001: 55). Tony Smith falava da experiência vivida por ele ao realizar uma viagem noturna e deparar-se com o final da estrada. Este comentário aponta para outro modo de pensar a arte, e uma nova possibilidade de percepção artística, não contemplativa, mas vivida e experimentada. Os projetos realizados ao retornar destes sites contribuíram para ele pensar o conceito de non-site. Caso de “Mono Lake” onde a escultura, o mapa, o vídeo editado por Nancy Holt em 2004. O non-site, fragmentos tomados da paisagem e „moldados‟ dentro da galeria, quebra a polaridade existente entre o dentro e o fora, e abre a possibilidade para um terceiro que poderia conter 442 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia ambos. As transposições do site para um non-site não são registros/decalques do site, representações, fechados sobre si mesmo, mas verdadeiras cartografias que permitem pensar a construção de novas territorialidades artísticas abertas e conectáveis em suas dimensões, reversíveis e suscetíveis de receberem modificações constantemente. Os registros-cartográficos são muitas vezes a única possibilidade de acesso ao trabalho que se constrói desde a viagem/deslocamento. Richard Long durante uma avaliação de uma escultura sua por Anthony Caro “explicou que o que estava na exposição era a metade de uma escultura, composta de duas partes separadas. „Ok. Então traga-me a outra parte‟, Caro respondeu. „Não posso, ela está no topo do Bem Nevis‟ (Ben Nevis é uma montanha na Escócia), retrucou Long” (HARRISON, 2003:120). A outra parte da escultura não mostrada é o que foi experimentado (deslocamento/visita) pelo artista, e que não têm como ser mostrado, apenas vivenciado. Long percebe que a caminhada e a experiência no lugar são também parte da sua proposição artística, e assim como Robert Smithson acaba possibilitando o acesso ao seu trabalho através de registros-cartográficos construídos através de fotografias, vídeos e escrita. Apesar de desenvolver projetos ao ar livre Robert Smithson não achava que do ponto de vista artístico fosse mais livre no deserto do que dentro de uma sala, e isto o provocava a pensar o que denominou como sendo a “dialética interior-exterior”, que pode ser entendida também como a relação entre o non-site e o site. O conceito de non-site foi construído inicialmente como “earthworks indoor”. SMITHSON afirmava que entre o site e o non-site há um vasto campo metafórico e que “viajar” neste espaço (non-site) é uma grande metáfora; “digamos que alguém vai para uma viagem fictícia decida ir para um site do non-site. A viagem passa a ser inventada, imaginada, artificial e, por isso, se poderia chamar um não ir para uma viagem a partir de um nonsite” (SMITHSON, 1996:364). Na maneira como SMITHSON trabalha o non-site há um deslocamento produzido por uma substituição de lugar possibilitada pela articulação discursiva. A localização física é um destino para ser visto e/ou deixado para trás. O non-site não é uma tentativa de produzir uma analogia ou uma transposição realista de lugares: “o non-site de Mono Lake [...] Os mapas são coisas muito evasivas. Esse mapa do Mono Lake é um mapa que indica 443 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia como chegar a parte alguma [..] o próprio non-site é uma canal quadrado que contém a pedra-pome e as cinzas coletadas perto da beira do lago, em lugar chamado Black Point” (SMITHSON, 2006:284). Ilustração 1 - Robert Smithson - Nonsite, Line of Wreckage, Bayonne, New Jersey, Installation view, 1968 A cartografia articulada em vídeos, escritos, fotografias, mapas, pedras, areia, e outras coisas a partir da experiência física dos deslocamentos podem ser pensadas como linhas de fuga que rompem com raízes e que operam novas conexões. Este movimento do site ao non-site ao produzir novos/outros encontros, arranjos e funções provoca uma desterritorialização. Para DELEUZE e GUATTARI (1997:224) a desterritorialização é o movimento pelo qual se abandona o território, e a reterritorialização é o movimento de construção do território. “Pensar é desterritorializar. Isto quer dizer que o pensamento só é possível na criação, e para criar algo novo é necessário romper com o território existente, criando outro” (HAESBAERT, 2007:130). A reterritorialização, que acompanha a desterritorialização é a o novo conceito, a obra criada. O território não é fechado, pois se constrói sobre um espaço aberto e infinito, sem fronteiras. Os projetos de non-site pensados inicialmente para espaços físicos fechados, como galerias e museus, foram estendidos para outras propostas. Em “Hotel Palenque” (1969-72) o non-site não foi uma galeria, mas uma sala de aula/auditório onde Robert Smithson realizou uma leitura, com apresentação de slides, para estudantes de arquitetura da Universidade de Utah no ano de 1972. Hoje este trabalho é apresentado como uma instalação com a projeção de slides e a voz do artista gravada durante esta leitura. Já em 1967 “Os Monumentos de Passaic” foram apresentados na revista Artforum. Em projetos 444 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia como Spiral Jetty há uma sobreposição de non-sites em vídeos, fotografias, apresentados em museus e galerias, e fotografias e textos publicados em revistas. Robert Smithson, durante os anos 1968 e 1970, esteve envolvido em vários projetos que pensavam o espaço expositivo além do cubo brando da galeria buscando novas estratégias para apresentar trabalhos artísticos, outros espaços-veículos para a arte. Três projetos merecem destaque: exposições organizadas por Seth Siegelaub (Mar, 1969, NY; Jul, Ago, Sep, 1969, NY) que não ocorriam mais no espaço físico da galeria cubo branco. O espaço expositivo, de realização do trabalho, ocorria no catálogo-publicação. O espaço de realização/apresentação dos trabalhos não ocorria no espaço físico de uma galeria cubo branco, mas tão somente numa publicação/galeria. O que era apresentado nesta publicação não era uma documentação de um trabalho apresentado numa galeria, ou num museu, pois a publicação estava substituindo estes lugares. Ilustração 2 - Seth Siegelaub - 1969 march 1969 [one month] Em 1970 Smithson participa do projeto “955,000, The Vancouver Art Gallery, January 13 to February 13, 1970”. Esta exposição organizada por Lucy Lippard ocorre ainda hoje, pois apesar ser anunciada com ocorrendo num período de tempo pré-determinado, num suposto espaço físico cubo branco, a exposição ocorre em fichas. Lucy Lippard convidou artistas para exporem num espaço do tamanho de um ficha/fichário. Do mesmo modo que para Seth Siegelaub o espaço expositivo é a publicação, para Lucy Lippard são estas 445 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia fichas, e ambas as exposições são portáteis, e podem ser visitadas ainda hoje, em seus “originais” que são múltiplos, ou em suas reproduções. Ilustração 3 - Lucy Lippard, “955,000, The Vancouver Art Gallery, January 13 to February 13, 1970” Ilustração 4 - Robert Smithson, in “955,000, The Vancouver Art Gallery, January 13 to February 13, 1970” O outro projeto do qual Robert Smithson também participou foi a Galeria Televisiva (Fernsehgalerie). Gerry Schum ao elaborar este projeto pensava em utilizar a televisão como um meio artístico, democratizando a recepção da arte. Os projetos apresentados na Galeria Televisiva eram desenvolvidos para serem exposto-exibidos na televisão. A primeira exposição realizada foi “Land Art” com participação de artistas como Richard Long, Dennis Oppenheim, Walter de Maria, Jan Dibbets e Robert Smithson. A exposição ocorreu/”foi ao ar” no dia 15 de abril de 1969, através da emissora SFB de Berlim, às 22hs e 40min, e durou 35 minutos. 446 18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia Ilustração 5 - Gerry Schum, Galeria Televisiva, exposição "Land Art" Os non-sites começaram a existir em proposições artísticas como Spiral Jetty, Mono Lake e Monumentos de Passaic e eram constituídos de documentos/registros-cartográficos, de algum modo poderiam remeter a um site. Em outras proposições passam a existir sob a forma de projetos independente de qualquer possibilidade de indexação a outro site, deste modo os non-sites tornam-se referências de si mesmo, adquirindo toda a realidade destes fragmentos. Referencias Bibliográficas: BARRETO, Jorge Menna. Consciência Contextual. In: Revista Urbânia 3, São Paulo: Editora Pressa, p. 79-94, 2008. DELEUZE, Gilles e GUATARRI, Felix. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995. ________. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. 5. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1997. FOSTER, Hal. El Retorno de lo Real: La vanguardia a fines de siglo. Madrid: Ediciones Akal, 2001. HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do ‘fim dos territórios’ à multiterritoriedade. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 2007. HARRISON, Charles. O ensino da arte conceitual, in: Revista Arte e Ensaio nº 10, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003. LIPPARD, Lucy. 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