Densidade, riqueza e composição florística de jardins de formiga em dois ambientes de terra firme na Amazônia Central Manoela Lima de Oliveira Borges Introdução nectários extraflorais que são exploradas e Jardins de formiga são notáveis defendidas pelas formigas (Davidson & exemplos de mutualismo entre plantas e Epstein, 1989; Hölldobler & Wilson, 1990; Yu, formigas (Hölldobler & Wilson, 1990). Esses 1994; Santos, 1999). A defesa de frutos, jardins consistem em uma associação entre sementes e exudados de nectários extraflorais um agregado de plantas epífitas e formigas é arborícolas (Hölldobler & Wilson, 1990). A experimentais onde a planta recebe estímulos vantagem dessa associação para a planta externos ainda é um tema muito discutido (Hölldobler & perturbações pelas formigas. A resposta por Wilson, 1990), no entanto para alguns autores, parte das formigas é praticamente imediata: as algumas quando formigas patrulham as folhas das epífitas em associadas aos jardins apresentam maior busca da origem das perturbações (Santos, tamanho rápido 1999; Mundin et al., 2007) e são capazes de (Davidson, 1988; Yu, 1994). Isso se deve ao localizar os herbívoros. Esse comportamento fato de que os jardins são formados por uma diminui as chances de danos nas plantas mistura de solo, material vegetal, fezes de (Davidson & Epstein, 1989; Hölldobler & vertebrados e secreções naturais produzidas Wilson, 1990; Yu, 1994; Santos, 1999; Mundin pelas formigas, o que funciona como um meio et al., 2007). espécies e de epífitas crescimento mais um fato que comprovado são por interpretados estudos como nutritivo para as epífitas crescerem e Os principais fatores que influenciam o ancorarem suas raízes (Kleinfeldt, 1978; estabelecimento e a densidade de jardins de Davidson, 1988; Hölldobler & Wilson, 1990; formiga em um dado ambiente são a Yu, 1994), e dessa forma oferecer estabilidade quantidade de luz incidente e o tipo de habitat e uma estrutura reforçada para os jardins de (Davidson, 1988; Yu, 1994). Em um estudo formiga (Kaufmann & Maschwitz, 2006). realizado na Amazônia peruana, Davidson Uma outra vantagem para as epífitas (1988) constatou que jardins de formiga é que dentre as espécies que crescem nos estiveram mais concentrados em estratos jardins de formiga, existem aquelas que inferiores, sendo mais comuns em áreas com possuem alta incidência luminosa, como margens de estruturas importantes como 1 rios, lagos e pântanos, bem como em clareiras vegetais associadas (Orivel et al., 1997; e floresta perturbada. O autor também Santos, 1999; Vieira et al., 2006; Vantaux et constatou que a existência de agregações de al., 2007). O objetivo deste estudo foi jardins de formiga dependeu principalmente do investigar se a densidade de jardins de tipo de habitat em que estes se encontravam formiga e a riqueza e composição florística como clareiras em floresta primária e floresta dos jardins de formigas difere entre dois secundária dominada por certas espécies ambientes fisicamente distintos, baixio e borda pioneiras. florestal, em uma floresta de terra firme na A composição florística, bem como a Amazônia Central. Considerando que os riqueza de espécies vegetais associadas aos jardins de formiga são mais abundantes em jardins de formiga difere em relação ao tipo de ambientes com maior incidência luminosa, é habitat, à altura do dossel, ao emaranhado de esperado que 1) estes ocorram mais em borda trepadeiras no ambiente, ao tamanho dos florestal; 2) que a composição florística seja jardins de formiga, tipo de formiga associada e distinta também em função da diversidade local de diferentes e 3) que a riqueza de epífitas seja epífitas (Davidson, 1988; Davidson et al., maior na borda florestal. e específica entre ambientes 1990). Em geral, as epífitas que colonizam jardins de formiga são muito diversas, sendo os taxa mais neotropicais comuns Peperomia nas Material & métodos florestas macrostachya Área de estudo (Piperaceae), Codonanthes spp. O estudo foi realizado na Reserva do (Gesneriaceae), Codonanthopsis spp. Km 41, administrada pelo Projeto Dinâmica (Gesneriaceae), Philodendron spp. (Araceae), Biológica Ficus spp. (Moraceae), Anthuryum spp. (PDBFF/INPA), 80 Km ao norte de Manaus (Araceae), longifolia (2°26’25’’S, 59°45’43’’O). Essa reserva é uma (Bromeliaceae) e Epiphyllum spp. (Cactaceae) área de mata primária coberta por floresta (Kleinfeldt, 1978, 1986; Davidson, 1988; Yu, tropical úmida de terra firme e caracteriza-se 1994). Muitas dessas epífitas raramente são por três tipos de ambientes: platô, vertente e achadas fora dos jardins de formiga, sugerindo baixio. A área de baixio recebe menor que elas realmente são especializadas neste incidência de luz, possui maior umidade em sistema (Davidson, 1988). decorrência da presença de igarapés, o dossel Streptocalix de Fragmentos Florestais Os poucos estudos realizados com é característico de floresta madura (30 ~ 37 m) jardins de formiga enfocam o comportamento e o subbosque é dominado por plantas dos insetos e sua relação com as espécies pertencentes às famílias Marantaceae, 2 Rapateaceae, Arecaceae e Heliconiaceae Análises estatísticas Para comparar a densidade de jardins (Laurance, 2001). A reserva possui uma borda ao longo de formiga entre o baixio e a borda florestal foi da estrada de acesso que caracteriza-se por feito um teste t. Para comparar a ocorrência ser um ambiente com maior incidência de luz, das espécies de epífitas mais abundantes nos temperatura mais alta, baixa umidade, dossel jardins de formigas do baixio e da borda relativamente baixo (10 ~ 15 m) e dominância florestal foi realizado um teste exato de Fisher de espécies pioneiras (Vieira, 2004). A região com recebe em média 2.200 mm de chuva (Codonanthes anualmente, mais concentradas de novembro crassifolia) e Philodendron megalophyllum. a maio (estação chuvosa) e menos intensas Como o número de espécies observadas não de junho a outubro (estação seca). As é um bom preditor do número de espécies de temperaturas oscilam entre as mínimas de 19 um sistema por ser consistentemente viciado, a 21º e máximas de 35 a 39º, com média para estimar a riqueza do baixio e da borda anual de 26º C (Laurance, 2001). florestal foi utilizada a técnica de Jackknife as epífitas Codonanthes calcarata + spp. Codonanthes Essa técnica, além de permitir comparações por estimar uma variância corrige o vício na Coleta de dados Foram amostrados dois tipos de amostra (Margurran, 2004). ambientes na Reserva: um na borda florestal ao longo da estrada de acesso à Reserva e Resultados outro no interior da floresta em área de baixio. Para comparar a densidade de jardins de Densidade de jardins de formiga entre o baixio formiga foram feitos seis transectos de 100 m e a borda florestal separados por 50 m em cada ambiente. Em A densidade de jardins de formiga cada transecto foi feita a contagem dos jardins (XBaixio = 5,833, SDBaixio = 4,622; XBorda = 5,833, de formiga. Após a contagem dos jardins de SDBorda = 7,859) não diferiu significativamente formiga nos transectos, foi realizada a coleta entre baixio e borda florestal (t = 0; p = 1). dos jardins que estavam localizados até aproximadamente 6 m de altura para estimar a Composição florística e riqueza dos jardins de riqueza e composição de epífitas nos dois formiga ambientes. As epífitas presentes nesses jardins de formiga foram coletadas Foram amostrados 21 jardins de e formigas, nove provenientes de baixio e doze identificadas ao nível taxonômico mais baixo provenientes da borda florestal ao longo da possível. estrada de acesso à reserva. A riqueza de 3 espécies vegetais encontrada nestes jardins ocorreram todas as nove morfoespécies. A foi de nove morfoespécies de epífitas, sendo família Gesneriaceae esteve presente em que mais 41,8% das amostras, seguida de Araceae com freqüentes (Tabela 1). Nas áreas de baixio 25,5% e Piperaceae com 12,7%. A riqueza por ocorreram sete dessas nove morfoespécies jardim de formiga variou de uma a cinco encontradas, enquanto na borda florestal espécies (média de 2,5). quatro morfoespécies foram Tabela 1. Espécies observadas nos 21 jardins de formigas coletados, organizadas por ordem de freqüência nos jardins e freqüência de ocorrência por ambiente. Espécie Família Freqüência jardins % nos Freqüência borda % na Freqüência baixio % Codonanthes crassifolia Gesneriaceae 21,8 0,7 0,3 Codonanthes calcarata Gesneriaceae 16,4 0,2 0,8 Philodendron megalophylum Araceae 16,4 0,7 0,3 Peperomia macrostachya Piperaceae 12,7 0,6 0,4 Anthurium spp Araceae 9,1 0,4 0,6 Guzmania spp. Bromeliaceae 3,6 0,5 0,5 Codonanthopsis spp. Gesneriaceae 3,6 0,5 0,5 sp. 1* 1,8 1,0 0 sp. 2* 1,8 1,0 0 no * plantas não identificadas. Com relação à ocorrência das Codonanthes spp. e Philodendron espécies mais abundantes o baixio e a borda megalophyllum não mostraram especificidade florestal foram muito similares. Dentre as de ambiente. Codonanthes spp. ocorreram em espécies encontradas, quatro ocorreram em 16,7 % dos jardins de formiga da borda e em densidades muito baixas e apenas duas foram 100 % dos jardins de formiga de baixio (n = exclusivas de um dos ambientes amostrados, 21; Teste Exato de Fisher: p = 0,486). sendo consideradas como espécies raras Philodendron megalophyllum ocorreu em 50 % (Tabela 1). Mesmo as espécies mais dos jardins de formiga localizados na borda e abundantes em 66,7 % dos jardins de formiga do baixio (n consideradas nesse estudo, 4 = 21; Teste Exato de Fisher: p = 0,660). Essas que em baixio, nove e sete espécies diferenças podem ser explicadas apenas pelo respectivamente. Todas as espécies que acaso. ocorreram no baixio também ocorreram na Com relação à riqueza observada de borda florestal. No entanto, a riqueza estimada espécies vegetais, em ambiente de borda através do Jackknife foi maior na borda florestal o número de espécies foi maior do florestal que no baixio (Figura 1). 16 15 Número de espécies 14 13 12 11 10 9 8 7 Baixio Borda Figura 1. Estimativa de riqueza de espécies de plantas epífitas de jardins de formiga em áreas de baixio e borda florestal. Os quadrados representam as médias encontradas e as linhas indicam os intervalos de confiança. Discussão quantidade de incidência luminosa (Davidson, 1988). Teoricamente, baixios são locais com Ao contrário do esperado, não houve menor incidência de luz (Laurance, 2001) e, diferença na densidade de jardins de formiga neste caso, a similaridade encontrada entre os entre ambiente de baixio e borda florestal. A ambientes pode ter sido causada pela hipótese de que em locais com maior presença de clareiras nos baixios amostrados. intensidade luminosa a densidade de ninhos Jakovac (2006), em um estudo seria maior foi refutada. Uma possível realizado na mesma reserva, constatou que a explicação é que existe uma estratificação composição florística dos jardins foi dominada com relação à localização dos ninhos por quatro espécies mais comuns, enquanto (Davidson, 1988). Maiores densidade de as outras espécies registradas ocorrem jardins podem ser achados em estratos ocasionalmente ou até raramente, mas inferiores quando estes recebem grande sempre em função da presença das mais 5 comuns. A autora registrou como espécies formiga contêm substâncias orgânicas voláteis mais que comuns, Peperomia macrostachya, Codonanthes calcarata, Philodendron atraem específicas as espécies dos de formigas jardins e, megalophillum e Anthurium ttrinerve. Outros surpreendentemente, repelem qualquer outro autores (Hölldobler & Wilson, 1990; Davidson, tipo de formiga (Davidson, 1988; Davidson et 1988; Vieira-Neto et al., 2006) já haviam al., 1990). enfatizado essas espécies como componentes A hipótese de que a riqueza é maior de jardins de formigas em outras florestas na borda florestal foi corroborada. Bordas tropicais. (2006) caracterizam-se por ter dossel relativamente observou um efeito do ambiente com relação à baixo e com alta incidência luminosa. Esses composição de epífitas. Em ambientes de fatores são importantes não só para o interior de floresta, foram mais comuns estabelecimento dos jardins de formiga, mas espécies também No entanto, tolerantes Jakovac à sombra, como que vão definir as espécies Philodendron megalophyllum e Peperomia associadas aos jardins (Davidson, 1988; macrostachya, enquanto na borda florestal, Davidson et al., 1990). Codonanthes crassifolia e Anthuryum trinerve, importante que define a riqueza de espécies espécies tolerantes a grandes quantidades de de epífitas associadas aos jardins de formiga é irradiação luminosa, foram dominantes. o tamanho dos ninhos (Davidson, 1988; Um outro fator No presente estudo, não houve Davidson et al., 1990). No baixio, eu observei diferença de composição de epífitas entre os que os jardins de formiga acessíveis para ambientes espécies coleta foram muito menores do que os da dominantes nos jardins de formiga são as borda florestal. Segundo a hipótese da mesmas estabelecidas em estudos anteriores facilitação proposta por Hernandez-Rosas (Hölldobler & Wilson, 1990; Davidson, 1988; (2001), a colonização dos jardins de formiga é Vieira-Neto et al., 2006; Jakovac, 2006). Neste facilitada caso, uma possível explicação é que as substrato em conseqüência à ocupação prévia formigas associadas aos jardins de formiga por outras espécies, ou seja, as espécies mais têm preferência por certos tipos de sementes comuns de epífitas podem facilitar a chegada e frutos (Davidson, 1988) e, dessa forma elas de outras plantas. No caso desses jardins estariam sempre procurando essas mesmas muito pequenos, as plantas não tiveram a sementes e frutos, independente do ambiente. chance de chegar ao sistema e se associarem Um fato que reforça a preferência das com as plantas já estabelecidas mais comuns formigas por certas sementes e frutos é que e que colonizam primeiro. Outra possível as epífitas especializadas em jardins de explicação é de que na borda florestal a amostrados, e as pelo desenvolvimento de um 6 diversidade de epífitas seja maior, logo a Eduarda pelo apoio e amizade durante o disponibilidade e diversidade de propágulos curso. Aos queridíssimos amigos feitos também sejam maiores. Segundo Hubbell durante essa convivência intensa e divertida: (2006), os propágulos são diferentemente ao Alisson pela paz constante; à Wanessinha distribuídos ao longo de gradientes ambientais pelos carinhos e por essa paz emanada nas florestas e, portanto, quanto maior a sempre; à Fabi Uberlândia pela ajuda no disponibilidade desses propágulos, maior a projetinho final com os jardins de formiga (foi probabilidade das formigas os encontrarem. uma saga!) e também pelo par de chinelos Com este trabalho pode-se concluir emprestados e que salvaram a pátria!; à Ana que as hipóteses acima apresentadas não são Paula pelas traduções, risadas e momentos de mutuamente excludentes e poderiam ser mais companheirismo; à Let´s porque ela é mesmo bem exploradas em estudos futuros. Seria muito legal e apesar de eu não ter tido a interessante tentar elucidar essas lacunas de chance, eu teria feito uma “manual noturna” conhecimento sobre os jardins de formiga por ela; à Fabi Manaus porque ela é uma partindo do princípio de que o ambiente, assim figura mesmo, doida e cheia de amor (de ping- como a preferência das formigas por espécies pong) pra dar; à Débora porque esse “jeitão de que lhes confiram algum recurso alimentar e Débora” é irresistível; à Maíra porque além de um suporte adequado para o ninho, são os ser uma fofa, ela também tem a boca suja e principais fatores que definem como a eu não me senti tão sozinha; ao Toyoyo associação ocorre. porque ele é uma figura que me fez rir demais; ao Biu por ser essa alma sebosa de Agradecimentos “catigoria”, eita risadinha gostosa!!!; ao Billy(onário) porque ele é um cabeção da Gostaria de agradecer muito ao por...e eu quero ser como ele quando eu Glauco e ao Zé pela oportunidade de ter crescer; ao Tora pela sua educação e participado do EFA e dizer que eu aprendi um delicadeza sempre; ao Pedro porque logo de monte de coisas e que com certeza eu vou cara eu vi que ele era dos meus; ao Fumaça fazer o máximo de esforço para colocá-las em pela sua espontaneidade assustadora sempre; prática. enorme ao Murilo pelo bom humor sempre: à Tatá pela aprendizado de tudo: de ecologia, de amizade, amizade e atenção sempre; à Melina Rasta de de Bolinhas porque ela foi muito companheira e perseverança...agradeço muito também a porque eu também quero ser como ela quando todos os professores. Ao Cabocão, Léo eu crescer; ao Dé e Juju pela grande amizade Marajó, Sr. Cardoso, Machu Picchu e dona e momentos de sapiência emanados durante Sem paciência, dúvida de foi um convivência, 7 suas funções de “bonitores”; à Bia querida por Jakovac, A.C.C. 2006. Jardins suspensos da ser simplesmente assim; ao Léo porque os Amazônia: composição florística e seus comentários sobre a vida sempre foram sucessão de espécies em jardins de os melhores; ao Igarafest por ter descansado formiga. Livro do curso de campo nossas mentes...Pessoal, gostaria de encerrar “Ecologia da Floresta Amazônica” (G. os meus agradecimentos dizendo que isso é Machado & J.L.C. Camargo, eds.), só para loucos, só para loucos.... INPA/PDBFF, Manaus. Kaufmann, E. & U. Maschwitz. 2006. Ant- Referências bibliográficas gardens of tropical Asian rainforests. Naturwissenschaften, 93: 216–227 Davidson, D.W. 1988. Ecological studies of Kleinfeldt, S.E. 1978. Ant-gardens: the neotropical ant gardens. 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