TANTO EM 30
AS TRÊS DÉCADAS
DA ADVB/SC
TANTO EM 30
AS TRÊS DÉCADAS
DA ADVB/SC
COORDENAÇÃO GERAL
P AT R O C Í N I O
REALIZAÇÃO
TANTO EM 30
AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC
Laudelino José Sardá
Editor
Beth Karam
Coordenação e pesquisa
Flávio de Sturdze (história ADVB) e
Mário Pereira (perfil dos premiados)
Te x t o s
Amaline Mussi e
Jucélia Fernandes
Revisão
Manoela Gemael e Marina da Penha Mello
Apoio pesquisa
Denise Schnorrenberger
Marcus Vinícius Corrêa
Roberta Bello Adam
Tais Biavatti
Apoio ADVB/SC
Fo t o s :
Arquivo ADVB/SC
Reprodução e fotos adicionais:
Editoração:
Capa:
Tempo Editorial
Officio
Quadra Comunicação
Referências bibliográficas
A D V B 2 0 a n o s , 2 0 0 4 , C o m i d i a Pr o j e t o s E s p e c i a i s e E d i t o r a L t d a
5 0 A n o s d a Fi e s c – U m a h i s t ó r i a v o l t a d a p a r a a i n d ú s t r i a
catarinense, 2000, Editora Expressão
5 0 A n o s d e Va n g u a r d a – A H i s t ó r i a d a Pr o p a g u e , 2 0 1 3 , E d i ç ã o
Pr o p a g u e
T17 Tanto em 30 : as três décadas da ADVB/SC / coordenação e
pesquisa Beth Karam.- Palhoça : Ed. Unisul, 2014.
225 p. : il. Color. ; 26 cm
Inclui bibliografias.
ISBN 978-85-8019-047-2
1. Marketing – Santa Catarina - História. 2. Vendas – Promoção – Santa Catarina - História. I. Karam, Elisabeth, 1955-.
CDD (21. ed.) – 658.8
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul
NOVEMBRO | 2014
Uma entidade viva,
fiel aos seus princípios
A ADVB de Santa Catarina atravessou os últimos 30 anos esbanjando vitalidade. A história da economia do nosso Estado, costurada
ombro a ombro com a história da entidade, descrita em ricos e curiosos
detalhes, e, ao mesmo tempo, com a maestria de uma narrativa sintética e
encadeada, faz o leitor viajar no tempo, em um só fôlego.
Conhecer esta inspiradora história, cheia de nuances de empreendedorismo e arrojo sem igual, nos enche de orgulho. Divulgar esses 30 anos
de superação de uma entidade onde todos são apaixonados e, por isso, voluntários, é missão das mais nobres e motivadoras. Todavia, participar como ator, escrever alguns capítulos e deixar algum legado no breve espaço
do mandato de presidente executivo é ainda mais gratificante e uma das
maiores honrarias que um associativista pode receber.
Tive o privilégio de conhecer o embrião da ADVB de Santa Catarina
desde as suas primeiras reuniões, ainda informais. Acompanhei, pela imprensa da época, a iniciativa do publicitário e professor de marketing
Eurides Antunes Severo, que, em reunião histórica aos 11 de julho de 1984,
lançou a pedra fundamental dessa associação, a que hoje tenho orgulho
de também chamar “nossa entidade”. Participei ativamente de quase todos
os eventos descritos nessa obra e sempre acompanhei, com brilho nos
olhos, os grupos de abnegados diretores voluntários, que se revezavam na
condução dos destinos da ADVB de Santa Catarina, uma entidade cada vez
mais madura e representativa dos empreendedores.
À época, eu já havia sido inoculado pelo vírus do associativismo, e, dentro da minha profissão de publicitário, comecei militando na Associação
Catarinense de Propaganda. Mais tarde, já como empreendedor, no
Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Santa Catarina.
Juarez Antônio
Beltrão Campos
PRESIDENTE EXECUTIVO ADVB/SC
G E S TÃ O 2 0 1 2 / 2 0 1 3
Também atuei na Federação Nacional das Agências de Propaganda e, por
fim, no Conselho Executivo das Normas Padrão – Cenp. Mas, e a ADVB? Bem,
a ADVB nunca saiu dos meus pensamentos: afinal, como empresário de publicidade, uma entidade com mais “clientes” do que “concorrentes” era, sem
sombra de dúvida, onde todos gostaríamos de estar.
Mas não bastava querer, nem pensar. Na ADVB, era preciso ser convidado a participar, e foi assim que, em 2008, fui honrado com um convite
para integrar o Conselho Deliberativo da entidade: um grupo de 50 empresários, gente de altíssima reputação. O presidente do Conselho à época era
o empresário Leonardo Fausto Zipf e o portador do convite, o secretário do
Conselho e também conselheiro, o jornalista Carlos Stegemann.
No início de 2010, a então presidente executiva Maria Carolina Linhares
me convidou para integrar sua diretoria. Finalmente, pude respirar e conhecer de perto o trabalho e os desafios diários desse grupo de diretores. Uma
experiência que me fascinou e me transformou. Mergulhei na missão de tal
forma que, ao longo dos dois anos do mandato, com o aval da Maria Carolina,
fui o nome de consenso para liderar a próxima gestão.
Então, o que parecia um sonho distante tomou forma em 9 de março
de 2012, quando assumi o cargo mais honroso, e, por isso mesmo, mais desafiador, desta fantástica entidade.
Essa obra consegue retratar, com fatos e dados jornalísticos, quão difíceis e desafiadores foram esses últimos 30 anos, não só no Brasil, mas,
em especial, em Santa Catarina. E isso traduz, ainda com mais ênfase,
quão forte e decidido teve de ser cada novo grupo de diretores para, encarando todas as dificuldades, ir construindo, ano a ano, uma entidade
que hoje é modelo no Brasil.
Ao término desta obra, o leitor mais atento consegue perceber, quase
incrédulo, que a entidade cujo objetivo, entre outros, era, segundo o empresário Luis Nozar, um dos fundadores, “colocar Santa Catarina no mapa
do marketing brasileiro”, sim, fez história no Brasil. A lista de personalidades
e celebridades nacionais e internacionais que ajudaram a contar essa espetacular história é invejável em todos os aspectos. E, definitivamente, Santa
Catarina entrou no mapa do marketing brasileiro.
A marca ADVB/SC é respeitadíssima. Goza de uma reputação ímpar no
nosso Estado. Ser reconhecido por ela, publicamente, nas distintas premiações ao longo desses 30 anos, faz de qualquer empresa ou empresário, alvo de admiração, respeito e orgulho.
Igualmente, manter esse nível de reputação e credibilidade, ano após
ano, com uma profusão de eventos e entidades brotando em cada cidade,
é o maior e sempre constante desafio dos novos grupos que recebem essa
honrosa missão de continuar mantendo a ADVB de Santa Catarina fiel aos
seus princípios, traçados em 1984.
Essa obra consegue dar uma dimensão enorme à ADVB. Ao mesmo
tempo que nos enche de orgulho, nos desafia a fazer melhor. Todos nós,
que já tivemos esse privilégio de, ao presidir a entidade, liderar líderes, ganhamos uma motivação extra para, mais uma vez voluntariamente, ajudar
a pensar a entidade para os próximos 30 anos, ao longo dos quais os desafios serão outros, inimagináveis agora.
O Conselho Vitalício, juntamente com o Conselho Deliberativo, tem a liberdade de fazer esse delicioso exercício de futurologia e dar a sua contribuição para as próximas diretorias. O que esperar da entidade nos próximos
anos? Os pilares do Reconhecimento, Capacitação e Relacionamento se
manterão inalterados? Como superar o eterno desafio da sustentabilidade financeira numa entidade sem fins lucrativos e conduzida por voluntários?
A ADVB de Santa Catarina, ao completar trinta anos de atividades ininterruptas, apresenta-se no auge da sua vitalidade e da sua maturidade.
Registro com muito orgulho o meu sincero agradecimento pela oportunidade de poder fazer parte dessa fantástica história de empreendedorismo
e de superação. Também fica o registro de agradecimento às equipes de
funcionários, sempre prontos e bem-dispostos na execução das tarefas e
atividades cotidianas da ADVB. E um agradecimento maior a todos aqueles
que, anonimamente, também deram sua contribuição, por menor que tenha sido, para que essa entidade tenha alcançado esses elevados níveis de
prestígio junto à sociedade catarinense.
Estamos todos de parabéns.
Orgulho e
responsabilidade
Ter sido eleito para a gestão 2014/2015 da ADVB/SC é muito mais
que um orgulho e um prazer, é, na verdade, uma grande responsabilidade.
Afinal, após quase 30 anos de gestão de um grupo tão seleto de presidentes à frente desta brilhante instituição e a realização de eventos de magnitude nacional e até internacional, minha missão e da minha equipe tem de
estar traduzida em um projeto ousado e criativo.
Digo e repito que estamos aqui, devendo respeitar, aprender o trabalho brilhantemente realizado pelas gestões anteriores, e atualizá-lo.
Ter a grande sorte de ter sido eleito presidente no ano em que nossa ADVB/SC completa 30 anos – 2014, exigirá um envolvimento muito
grande deste belo grupo de amigos e voluntários, meus diretores e vice-presidentes regionais.
Nossa equipe, além de realizar tudo aquilo que já vem sendo executado durante todos esses anos, resolveu criar algumas ações específicas para
que possamos também deixar o nosso legado.
Resolvemos ampliar o número de vice-presidências regionais com o
forte e comprometido objetivo de levar o mundo de marketing e vendas
para todos os rincões de Santa Catarina. Esse movimento produzirá uma
amplitude da marca da ADVB/SC e incrementará nossos projetos regionais,
permitindo que possamos obter a crescente participação dos dirigentes
do mundo do marketing e das vendas.
Outra ação inovadora foi a criação da diretoria de relacionamento com
o mercado Brasil, com sede em São Paulo. Nesse caso, chamamos um catarinense que atua neste mercado para dar visibilidade à nossa ADVB/SC, mostrando, através de São Paulo, o brilhantismo das empresas catarinenses.
Octavio René
Lebarbenchon Neto
PRESIDENTE EXECUTIVO ADVB/SC
G E S TÃ O 2 0 1 4 / 2 0 1 5
Estaremos promovendo eventos em São Paulo, para que investidores
brasileiros e estrangeiros possam conhecer ainda mais nosso Estado através
das empresas catarinenses, em especial na área de marketing e vendas.
Finalmente, nossa gestão que, como disse, terá a grande sorte de ocorrer no aniversário dos 30 anos da ADVB/SC, também tem como meta realizar um grande evento de caráter internacional sobre marketing e vendas,
criando um novo conceito nesse segmento e colocando Santa Catarina no
mapa dos grandes eventos dessa área no Brasil.
Assim, esperamos realizar, no mínimo, o que até agora foi feito pelas
gestões anteriores, nunca esquecendo nossos pilares que fundamentam e
dão formato à ADVB/SC, quais sejam: reconhecimento, relacionamento e capacitação. Pilares que transformaram a ADVB/SC em um exemplo de instituição cujo reconhecimento é percebido em todo o território nacional.
Contribuição para
o desenvolvimento
Em 1956, na esteira do enorme impulso desenvolvimentista que
o Governo JK fazia o país vivenciar, um grupo de empresários nacionais e de
executivos de corporações brasileiras e estrangeiras resolveu criar uma entidade que propiciasse às nascentes equipes de vendas das organizações um
conhecimento sistematizado das técnicas de vendas e marketing. Surgia, assim, a ADVB, com sede em São Paulo, e o declarado objetivo de ministrar cursos, fazer encontros de profissionais de vendas, visando, fosse por meio de
experiências trocadas ou transmitindo conhecimento teórico, o atendimento ao mercado consumidor e, por natural consequência, o incremento das
vendas e ampliação do respectivo espaço no mercado.
O exemplo de São Paulo frutificou em outros três estados: Rio Grande
do Sul, Pará e Paraná. Com o intercâmbio de experiências e conhecimentos
com entidades congêneres dos Estados Unidos e da América Latina, as então quatro entidades cresceram, fortaleceram-se e consolidaram-se como
organizações indispensáveis ao progresso das empresas, sob a ótica dos
desempenhos na área de vendas.
Passaram-se mais de duas décadas e, nos anos oitenta, muitos estados do
Brasil, mercê das necessidades dos mercados locais e da iniciativa voluntária de
líderes dos mais distintos campos de atuação empresarial, começaram a debater a criação de ADVBs estaduais. Dentre várias de que tive oportunidade de
participar nos primeiros anos da década 1980/1990, com toda certeza, o destaque fica por conta da de Santa Catarina, tal o nível de atuação e a importância político-empresarial que ela possui. Sem nenhuma atitude de menosprezo
Miguel Ignatios
PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO
NACIONAL DAS ADVBS – FENADVB
ou redução de nível das ações das que possuem, aproximadamente, a mesma
idade que a de Santa Catarina, o fato concreto e de óbvio entendimento é que
a entidade catarinense se consolidou como protagonista legítima do desenvolvimento do Estado, em parceria com outras organizações representativas dos mais diversos setores produtivos locais. As realizações da
ADVB/SC repercutem nacionalmente, tanto pela qualidade quanto pelas
parcerias que os sucessivos presidentes, diretores e conselheiros que a lideraram lograram formar e consolidar.
Tenho plena convicção do importante papel que a entidade exerce
junto aos setores empresariais e governamentais e do quanto ela contribui
para o desenvolvimento do Estado, dentro da contemporânea concepção
da sustentabilidade e do progresso da sociedade.
Desta forma, registro minha alegria por ter participado, desde os primeiros momentos, da formação da ADVB/SC e contribuído, ao longo destas três décadas, para seu progresso e crescimento.
A luta é perene para uma entidade como a nossa, que abriga TODOS os
setores produtivos do Estado, uma vez que seu caráter não sindical, ao mesmo tempo que lhe provê a indispensável liberdade de ação, lhe aumenta a
responsabilidade, tanto conceitual quanto material, obrigando, a que todos
aqueles que nela trabalham, voluntariamente, dediquem redobrados esforços para a consecução dos seus propósitos e objetivos.
Essa é a intrínseca motivação que nos move e nos une, para sempre!
Trinta anos
exemplares
Santa Catarina é cada vez mais um Estado de oportunidades. Ocupamos apenas 1% do território nacional, mas estamos em posição de destaque em segmentos fundamentais da economia brasileira e
no desenvolvimento social. Nas últimas três décadas, pequenas e grandes empresas vêm se reinventando e outras marcas que são referência
mundial se instalaram aqui. A chegada desses investimentos é tão importante à geração de empregos quanto aos avanços da tecnologia, dos
processos de gestão, da atualização profissional com a participação efetiva das nossas universidades e escolas técnicas. E tudo isso faz Santa
Catarina crescer em renda e qualidade de vida.
Alguns segmentos importantes da nossa economia, como o da madeira
e o cerâmico, estão reencontrando o caminho para a conquista de novos
mercados. A indústria metalmecânica conta com empresas que mudaram
os nossos referenciais de tecnologia, eficiência na produção e capacitação profissional. São exemplos como a GM, que já está produzindo motores em Joinville, e a BMW, uma grife mundial em design e tecnologia,
que deve começar a produzir nos próximos meses em Araquari. Outra gigante do setor é a fábrica de caminhões Sinotruck que, ao entrar em operação na Serra, estabelecerá uma nova cadeia produtiva, um novo patamar de desenvolvimento na região.
O turismo tem batido recordes. A maçã alcança uma boa safra com
qualidade competitiva em nível mundial. A agroindústria vive uma boa fase, com a histórica conquista do mercado japonês através da comercialização de carne suína. Há, sem dúvida, um conjunto de fatores que ajuda
Raimundo Colombo
G O V E R N A D O R D E S A N TA C ATA R I N A
Santa Catarina a ter e a manter esse ritmo de desenvolvimento como o
Pró-Em­prego, o Prodec e as ações diretas do governo estadual na busca de
parcerias para viabilizar novos negócios.
Nosso Estado tem regiões com características geográficas e culturais bem
definidas. Isso nos favorece na medida em que nos permite manter uma
produção diversificada e inovadora, com o desafio de conquistar novos
mercados. Mas, para que isso aconteça, são necessários projetos empresariais ousados, pessoas treinadas e um governo disposto a investir na infraestrutura, criando um elo com o mercado.
Santa Catarina é o Estado que apresenta os melhores índices de crescimento
econômico e de desenvolvimento humano. A infraestrutura, capaz de sustentar essa evolução permanente e irreversível, ganha melhorias e novas dimensões, como o porto de Imbituba, o aeroporto de Jaguaruna, a conclusão
da duplicação da BR-101 e a modernização de outras rodovias federais e estaduais. Em razão disso, o Estado atrai novos investimentos, como, por exemplo, o que deverá viabilizar a produção de fertilizantes a partir do carvão, exigindo a aplicação de mais de 3 bilhões de dólares.
As três últimas décadas foram significativas à afirmação de Santa Catarina como uma referência em qualidade de vida. A ADVB/SC é um testemunho e
partícipe desse crescimento, promovendo eventos com expets de renome
nacional e internacional, que nos permitiram avançar em conhecimento e
em aplicação de técnicas de marketing, contribuindo ao alcance da competitividade internacional para as nossas empresas.
Os 30 anos, idade da ADVB/SC, marcaram Santa Catarina no contexto da
inovação, empreendedorismo, desenvolvimento de ciência e tecnologia e
qualidade de vida. Com certeza, nós catarinenses estaremos dando novos
exemplos nas próximas três décadas.
Muito além
das vendas
O muro de Berlim caiu, a guerra fria terminou, o Brasil se redemocratizou, pacotes econômicos seguiram-se até a inflação ser controlada, uma nova Constituição foi promulgada, a internet provocou uma verdadeira revolução, o desenvolvimento tecnológico ganhou velocidade
nunca antes vista, a concorrência global se acirrou radicalmente. Nos últimos 30 anos, muita coisa mudou no mundo e no Brasil. E o ritmo das transformações se acelera cada vez mais.
Ao longo desse tempo, o industrial de Santa Catarina provou sua competência, mantendo os investimentos e a aposta num futuro melhor para
o Estado. Com capacidade para muito mais do que produzir com qualidade, o setor soube adaptar-se aos novos tempos, traçar estratégias inovadoras e seguir em frente, fazendo da indústria forte uma das marcas de Santa
Catarina, uma terra onde o segmento tem papel decisivo para o desenvolvimento. Com 47 mil empresas e 762 mil trabalhadores, o setor gerou no
ano passado R$ 6,15 bilhões em ICMS e IPI, respondeu por 54% das exportações e por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Isso tudo, apesar dos custos de produção que só crescem, impulsionados por uma carga tributária que não se justifica, por uma infraestrutura
precária e por níveis de produtividade baixos, decorrentes dos investimentos inadequados na educação dos trabalhadores e do ambiente de baixo
estímulo à inovação. Mas o industrial catarinense não desiste. Nos locais
mais distantes do Estado surgem novos empreendimentos ou são ampliados projetos que só dão certo em função de trabalho duro e capacidade
empreendedora. Quase que por teimosia.
Glauco José Côrte
PRESIDENTE DA FIESC
Quando as questões externas às empresas, como as que acabamos de
citar, impedem a indústria de Santa Catarina de competir por preço, ela investe na força de suas marcas, na diferenciação de seus produtos, em redes
de varejo para agregar valor à produção. E segue obtendo sucesso nas suas
vendas no Brasil e no exterior, chegando a mais de 190 países.
Mais que isso, a indústria catarinense mostra seu comprometimento
com o desenvolvimento estadual, ao responder com entusiasmo à provocação da Fiesc, que elegeu a educação como ponto central de sua
agenda na busca da competitividade e lançou o movimento A Indústria
pela Educação. A ação de protagonista na defesa de um salto de qualidade no nível de formação do trabalhador será um legado inestimável para
as próximas gerações.
É dessa forma que o setor mostra sua força e seguirá gerando resultados que nos enchem de orgulho. E, o mais importante, com influência direta na melhoria da qualidade de vida dos catarinenses.
Súmario
TANTO EM 30
AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC
18
Galeria de Presidentes
22
O início
49
Os primeiros anos
81
Consolidação
95
Capacitação
103
Eventos e relacionamento
123
Reconhecimento
136
Prêmios
139
Personalidade de Vendas
163
Top de Marketing e Vendas
193
Top Turismo
201
Top Exportação
209
Empresa Cidadã
Eurides Antunes Severo
Presidente da Diretoria Executiva
1984 – 1985
Roberto da Luz Costa
Presidente da Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Deliberativo
1990 - 1993
1994 – 2003
Carlos Wolowski Mussi
Presidente da Diretoria Executiva
1998 – 1999
Luis Maria Sainum Nozar
Presidente da Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Deliberativo
1986 – 1989
1990 – 1993
Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraíso
Presidente da Diretoria Executiva
1994 - 1997
José Carlos Portella Nunes
Presidente da Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Deliberativo
2000 - 2001
2004 - 2007
Derly Massaud de Anunciação
Presidente da Diretoria Executiva
1997
Giancarlo Tomelin
Presidente da Diretoria Executiva
2002 – 2005
Galeria de
Presidentes
Natanael Santos de Souza
Presidente da Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Deliberativo
2006 - 2007
2014 - 2016
Maria Carolina Linhares
Presidente da Diretoria Executiva
2010 – 2011
Leonardo Fausto Zipf
Presidente do Conselho Deliberativo
2008 – 2010
Juarez Antônio Beltrão Campos
Presidente da Diretoria Executiva
2012 – 2013
Carlos Joffre do Amaral Netto
Presidente da Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Deliberativo
2008 - 2009
2011 - 2013
Octavio René Lebarbenchon Neto
Presidente da Diretoria Executiva
2014 - 2015
Oinício
Felizmente, 1984 não confirmou as arrepi­
antes premonições do romance de George
Orwell publicado 35 anos antes, embora os
rumos desencontrados da economia na­
quele ano dessem motivos de sobra aos bra­
sileiros para sentirem-se personagens de
um cenário sombrio e desanimador, de on­
de parecia impossível enxotar o fantasma
da inflação galopante que assombrava o
país desde a década anterior. Os tempos
ufanistas do “milagre” haviam escoado pelo
ralo na primeira metade dos anos 1970, dei­
xando como herança para a década seguin­
te um quadro simplesmente surreal na área
econômica: em dez anos, o país amargou
uma inflação média anual de 330%, que se
recusava a retroceder mesmo com a adoção
de 17 mudanças nas regras cambiais, 13 al­
terações na política salarial, três moedas di­
ferentes e mais de 50 ajustes nos mecanis­
mos de controle de preços.
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Na página 20, detalhe da ata
manuscrita que deu origem ao
documento que cria a ADVB/SC
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Logicamente, Santa Catarina não escapou dos
efeitos dolorosos da crise nacional, agravada pela elevação dos juros
internacionais em decorrência da segunda alta do preço do petróleo,
embora, em alguns segmentos, o impacto tenha sido menos rigoroso
do que em outros.
Talvez por isso, muitos analistas e empresários ressalvem que, embora os
anos 1980 no Brasil sejam conhecidos como “a década perdida”, em Santa
Catarina, apesar de tudo, verificou-se nessa época um fortalecimento significativo da estrutura industrial, com grandes empresas consolidando liderança
no mercado nacional e abrindo espaços no exterior.
Seja como for, a recessão que se instalou no princípio da década de
1980 e reduziu, de forma drástica, as taxas anuais de crescimento do país,
estacionadas em apenas 1,2% nos oito primeiros anos, fez encolher também a economia estadual, depois de ela ter evoluído acima da média
brasileira ao longo dos anos 1970, chamados de “anos de ouro da indústria catarinense”. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial
do Estado cresceu invejáveis 17,6% no primeiro quinquênio e 7,2% no seguinte, no qual Santa Catarina deu também um salto gigantesco nas exportações, passando a participar com 4,3% no volume total comercializado pelo país no mercado internacional.
Foi um tempo que deixou saudade – pelo menos no que diz respeito
ao desempenho da economia. Na década seguinte, os números eram bem
outros, mas, mesmo assim, prevalecia em amplos segmentos a convicção
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de que, graças à qualidade de seus produtos, as empresas catarinenses não
necessitavam investir para divulgar melhor as suas marcas.
Era certamente uma visão parcial, para não dizer pouco realista do
quadro do momento, pois, embora a excelência do parque industrial catarinense fosse um fato inquestionável, notadamente nas áreas têxtil, metalmecânica, agroindustrial, química e cerâmica, a capacidade de produção
de bens e serviços era infinitamente superior ao poder de compra da população no mercado recessivo dos anos 1980.
Na época, o marketing era utilizado, basicamente, apenas por grandes
empresas brasileiras estabelecidas em São Paulo e multinacionais sediadas
no país. Mas suas possibilidades como propulsor de vendas já eram reconhecidas por profissionais da área e por publicitários em Santa Catarina,
que procuravam estimular sua adoção no âmbito estadual.
E foi a partir dessa nova visão da gestão de negócios que um grupo de
34 profissionais das áreas de vendas e propaganda, insuflados pelo
publicitário e professor de marketing Eurides Antunes Severo, constituiu, numa reunião histórica realizada em 11 de julho de 1984, uma associação de classe que os integrasse de forma permanente, facilitando
a difusão do marketing no meio empresarial catarinense.
Nascia aí a Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil – seccional
Santa Catarina (ADVB/SC) – que, posteriormente, incorporou o termo
Marketing ao nome, com os objetivos de promover a troca de experiências e
incentivar a capacitação e a atualização do empresariado, de modo a ajudá-lo,
mediante a utilização da nova ferramenta mercadológica, a enfrentar um
mercado cada vez mais competitivo e em constante transformação.
Um desses pioneiros, o empresário e especialista em marketing Luis
Nozar, foi indicado para coordenar a comissão executiva encarregada de
encaminhar o processo de instalação definitiva da associação e dela faziam
parte, ainda, a professora de marketing Jane Iara Pereira da Costa, o publiNa página seguinte,
a ata de 11 de julho de
1984, que institui a
comissão para criar a
ADVB/SC
citário Roque Calage Neto e o relações-públicas Rodrigo Villasboas.
Contaram também com o apoio de Miguel Ignatios e Günther Staub, das
ADVBs de São Paulo e do Rio Grande do Sul, bem como do entusiasmo por
eles transmitido, para levar adiante a nova entidade.
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De acordo com o estatuto aprovado pelos fundadores, a administração da ADVB/SC compete à Diretoria Executiva, composta por um diretor-presidente, até três diretores vice-presidentes e um número de diretores e
vice-presidentes regionais que o gestor julgar necessário. A diretoria é eleita para um mandato de dois anos, com direito a uma única reeleição. Já o
Conselho Deliberativo é composto por todos os ex-diretores-presidentes,
considerados membros natos, e 50 membros eleitos. O diretor-presidente
é normalmente eleito entre os quadros de diretorias anteriores. Encerrada
sua gestão, também é de praxe ele ser eleito para a presidência do Conselho
Deliberativo. A entidade é mantida pelas mensalidades pagas pelos associados e pelos eventos que promove.
A semente da ADVB, porém, é um pouco anterior. Esses mesmos profissionais vinham ensaiando os primeiros passos nessa direção havia algum tempo, com a promoção de encontros informais dos quais participavam proprietários ou gestores de empresas de comunicação e
propaganda e diretores das áreas comercial e financeira. Reuniam em
média de 10 a 30 pessoas, mas, às vezes, o número de presentes chegava a 50 e, excepcionalmente, se aproximava de 100. Promoviam troca
de experiências e debates, mas tudo acontecia de maneira informal, e
eles sentiam necessidade de profissionalizar esse tipo de atividade.
Na época, conta Antunes Severo, havia no Estado associações de radialistas,
das agências de propaganda, de empresários e muitas outras, cada qual congregando pessoas de um determinado segmento, mas inexistia uma entidade que reunisse diferentes categorias. “E nós idealizamos uma associação que
congregasse profissionais ligados ao marketing em todas as suas formas:
vendas, promoção, propaganda, comunicação, administração.”
“Um dos grandes objetivos da criação da ADVB foi colocar Santa
Catarina no mapa do marketing brasileiro”, afirma Nozar, porque, segundo
ele, as indústrias catarinenses eram líderes em vários segmentos competitivos e vendiam seus produtos nos mercados nacional e internacional, mas
“não vendiam” o Estado Santa Catarina. “Não davam importância ao made
in SC. Por exemplo, a cerâmica catarinense era vendida em São Paulo, mas
nada ligava essa venda a Santa Catarina, ou seja, a imagem do Estado não
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
ganhava nada com isso.” Assim, recorda, “Santa Catarina era esquecida para
palco de qualquer grande evento. As coisas aconteciam em Porto Alegre e
Curitiba, e não aqui, e as contas publicitárias das grandes empresas catarinenses estavam com agências paulistas.”
A visão que Antunes Severo tem do quadro da época não é diferente:
“Marketing é uma coisa, sucesso das empresas é outra. Santa Catarina era na
época o Estado mais industrializado do país, proporcionalmente, e as empresas catarinenses detinham grandes fatias do mercado porque os empresários eram competentes e queriam progredir, então faziam bons produtos.
Mas isso não quer dizer que utilizassem ferramentas mercadológicas para isso. Santa Catarina tinha na época grande destaque empresarial pela qualidade e vendia tudo o que produzia, e isso levava o empresariado a acreditar
que não precisava de marketing e a considerá-lo um gasto desnecessário.
Mas nós antevíamos que essa supremacia poderia ser futuramente comprometida devido aos esforços de marketing desenvolvidos em São Paulo, por
exemplo, e queríamos evitar que isso viesse a acontecer.”
O marketing tivera uma penetração um tanto tímida no Brasil, a partir da
introdução dos primeiros cursos de Administração na Fundação Getúlio
Vargas (FGV), em São Paulo, no início dos anos 1950, depois de sua consolidação definitiva nos Estados Unidos, após o fim da II Guerra Mundial, quando
os empresários daquele país perceberam que seu sucesso nas vendas dependeria dos esforços que dispensassem para satisfazer a demanda dos consumidores. Em outras palavras, entenderam que, num mercado dominado
pela concorrência, eles teriam de “vender” o que produziam, e que, para isso
acontecer, o aumento da produtividade e da rentabilidade deveria ser subordinado a pesquisas de mercado, formulação de produtos, distribuição, divulgação, promoção e controle de resultados.
A nova doutrina mercadológica foi conquistando espaços no país, e,
quando a ADVB/SC foi criada, o livro A Era da Incerteza, do economista norte-americano John Kenneth Galbraith, tinha lugar de destaque na mesinha
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O jornal O Estado de 13 de
abril de 1984 registra uma
das primeiras reuniões dos
profissionais das áreas de
venda e marketing em que
se debateu a criação de
uma associação para
congregá-los
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dos marqueteiros nos grandes centros. Eles enxergavam em sua principal
recomendação prática – a de que se devia aprender a conviver com a crise
e as limitações do momento e a administrá-las – a solução mágica para
contornar as dificuldades impostas pelo mercado nacional.
Traduzida para o “marquetês”, e endossada pelo “papa” do marketing
Philip Kotler, a assertiva orientava as empresas a posicionarem-se no mercado
dentro de objetivos mais realistas, mediante a adoção de novas estratégias
mercadológicas, condizentes com o novo perfil de consumo que se esboçava. Exatamente aquilo que preconizavam os pioneiros da ADVB/SC.
Mesmo com a economia no fundo do poço, na política sopravam ventos favoráveis em 1984, ano em que foi criada a ADVB/SC. A ditadura instaurada no país exatos 20 anos antes dera nítidos sinais de flexibilização, as
eleições diretas para governador haviam sido restabelecidas em 1982 e tudo indicava que o país iria eleger no ano seguinte um civil para a Presidência,
pondo fim ao ciclo dos generais-presidentes.
Apesar das volumosas manifestações exigindo Diretas Já pelo país inteiro, o Congresso Nacional rejeitara em 26 de abril a Emenda Dante de
Oliveira, remetendo ao Colégio Eleitoral a escolha do próximo presidente.
De qualquer modo, representava um grande avanço, uma vez que a disputa iria ocorrer entre candidatos civis.
As forças de sustentação do governo militar davam mostras de fragmentação, e políticos importantes que defendiam o regime de 1964, como José
Sarney, Marco Maciel, Aureliano Chaves e o catarinense Jorge Bornhausen,
abandonaram o PDS para formar o PFL e apoiar o candidato do PMDB no
Colégio Eleitoral. O clima de abertura patrocinado pelo general João Figueiredo
ampliava as liberdades individuais a cada novo dia, a ponto de permitir a criação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Dado o encaminhamento necessário, a comissão pró-ADVB/SC
rea­lizou sua primeira eleição. Com o auditório do Tribunal de
Contas do Estado lotado, Antunes Severo assumiu em 14 de setembro de 1984 a presidência da nova entidade, para um mandato de um ano, congregando os dirigentes de venda catarinenses. Apresentou, na ocasião, os objetivos que ela iria perseguir:
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“Estudar, difundir e aplicar os princípios e métodos de informação,
formação e desenvolvimento de profissionais nas diversas áreas de
vendas e marketing.”
“Aprimorar o nível dos profissionais das áreas envolvidas, através de
atividades que possibilitem a coleta sistemática de informações, a
troca, a análise e a crítica de experiências, o estudo e a divulgação de
técnicas nas áreas de vendas e marketing.”
“Colaborar com os poderes públicos em assuntos de interesse técni­
co e profissional e participar, coordenar e promover cursos, congres­
sos, palestras, seminários e pesquisas, dentro e fora do Estado e do
país nas áreas de vendas e marketing.”
“Realizar concursos e promoções para incentivar, dignificar e pre­
miar os desempenhos mercadológicos nas diversas áreas de vendas
e marketing.”
“Fomentar, no Estado, o interesse pelas modernas técnicas existentes
nas diversas áreas de vendas e marketing e sua aplicação, considera­
das as peculiaridades do mercado catarinense.”
Faziam parte da diretoria, como vice-presidentes, Jane Iara Pereira
da Costa, Luis Nozar e Rodrigo Villasboas, e também os professores de
marketing Ronaldo Valente Canalli e Marcos A. da Silva e o executivo
William Jorge Rigotto.
Os presentes foram contagiados naquela noite pelo entusiasmo dos
discursos, antecipando as vantagens que a nova associação pretendia trazer para o mercado local. Terreno fértil para isso havia de sobra, uma vez
que Santa Catarina possuía o segundo maior parque industrial do país,
atrás apenas de São Paulo, e sua economia, ao contrário da de outros
Estados, apresentava crescimento positivo. Para completar o ciclo, foi dito
na ocasião, caberia ao empresariado aprimorar os mecanismos de vendas
para melhor comercializar seus produtos.
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Nas páginas seguintes,
a reunião de 14 de setembro
de 1984 que empossou
Antunes Severo na
presidência da entidade
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Enquanto a nova associação dava seus primeiros passos, as águas do
Rio Itajaí-Açu, que haviam subido 15m46 em agosto, tinham voltado ao
seu leito normal e Blumenau, praticamente recuperada das cheias e com
as floreiras das janelas enfeitadas de gerânios vermelhos, realizava a 1ª
Oktoberfest. A festa de tradição germânica, e, por isso mesmo, regada a
inesgotáveis barris de chope e animada por bandinhas típicas, foi promovida pela iniciativa privada local e apoiada pelo poder público, com o objetivo de recuperar a economia e mostrar ao resto do país a garra da população no processo de reconstruir a cidade arrasada.
Tivessem os organizadores do evento consciência disso, ou não, o fato
é que, naquele momento, lançavam mão de técnicas de marketing para
“vender” a ideia que desejavam transmitir. A festa foi um sucesso e acabou
incorporada ao calendário turístico da cidade, gerando um incremento
anual na economia local semelhante ao das vendas de Natal.
No mês seguinte, uma comitiva da ADVB/SC participou, em São Paulo,
do Primeiro Encontro Brasileiro de Marketing, onde empresários e profissionais da área, de várias partes do país, discutiram a situação político-econômica nacional e apontaram o marketing como ferramenta
fundamental na retomada do desenvolvimento brasileiro.
Os catarinenses voltaram entusiasmados com tudo que viram e ouvi-
ram. O clima fervilhante do intercâmbio de ideias verificado no evento
paulistano não saía da cabeça de Severo e de Nozar e os levou a idealizar a
realização, em Florianópolis, do 2º Encontro Brasileiro de Marketing, por
acreditarem que a iniciativa iria ajudar a projetar o nome da ADVB no Estado
e o de Santa Catarina no plano nacional.
O encontro de marketing acabou não acontecendo devido a entraves
de toda ordem, mas eles não abandonaram o projeto de realizar um grande evento na área para consolidar o nome da ADVB.
Nos meses seguintes, a entidade realizou uma série de encontros, palestras, cursos e seminários no âmbito local, e o próprio Severo passou a assinar
uma coluna da ADVB nos jornais O Estado e Gazeta, em que defendia a utilização do marketing pelas empresas para fortalecer o mercado catarinense.
“Santa Catarina é um excelente produtor, um dos melhores consumidores,
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
mas é, também, um dos mais acanhados vendedores”, observou Severo em
uma dessas colunas, na qual incitou o empresariado a adotar uma política de
comercialização mais definida.
O ano de 1984 havia fechado com uma inflação acumulada de 223,90%
– a mais alta verificada até então – e a economia estagnada. A boa notícia
para a parcela – amplamente majoritária – da população ansiosa por mudanças era a aproximação da data em que, depois de 20 anos, o Brasil voltaria a ter um presidente civil, e todos faziam contagem regressiva aguardando a chegada de 15 de março de 1985.
Divididos entre Paulo Maluf – do PDS, representando a situação – e
Tancredo Neves – do PMDB, encarnando a mudança –, os brasileiros mostravam-se eufóricos, apesar de a economia estar em frangalhos e a eleição
que se avizinhava dar-se pela via indireta.
Com o slogan da renovação “Muda Brasil” repercutindo nas ruas,
Tancredo foi eleito, mas não chegou a assumir. Morreu em 21 de abril, vitimado pela doença que o consumia em segredo, e seu vice, o ex-presidente nacional da Arena José Sarney, agora disposto a “rever” tudo o que havia
defendido até então, foi o primeiro civil a assumir a Presidência da República
depois da deposição de João Goulart, em 31 de março de 1964.
Vivia-se em um novo Brasil em 1985, é verdade, mas a conjuntura
econômica permanecia como dantes – melhor dizendo, estava um pouco pior, conforme testemunhou a inflação daquele ano, de 235,11%, quase 12 pontos percentuais acima da registrada no ano anterior. Mesmo assim, alicerçada no excelente desempenho de sua economia na década
anterior, Santa Catarina mantinha a liderança nacional em vários produtos, e as exportações iam de vento em popa, permitindo a muitas empresas driblar os efeitos da crise.
Em agosto daquele ano, ao fazer um retrospecto das atividades nos primeiros meses da jovem associação, Severo destacou sua satisfação de constatar a receptividade do empresariado à filosofia da ADVB: “O estudo, a difusão
e a aplicação de princípios e métodos de informação, no sentido do desenvolvimento dos profissionais de vendas e marketing do Estado de Santa
Catarina.” E atribuiu esse resultado ao “trabalho voluntário – desprendido, mas
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Coluna da ADVB/SC
publicada no jornal O
Estado de 14 de agosto
de 1985: mais um meio
de difundir o conceito de
marketing em Santa
Catarina
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pertinaz – de um grupo de profissionais que sacrificaram horas de lazer e convívio familiar” para propagar essas ideias no Estado.
A pauta de eventos da ADVB/SC ao longo de 1985 foi bastante recheada. Seus membros continuavam reunindo-se periodicamente e novos associados foram sendo incorporados, principalmente representantes de veículos de comunicação, da área de vendas de empresas e de agências de
publicidade, além de professores universitários da área, diretores comerciais,
gerentes, pessoas do setor comercial e donos de negócios.
Solidificavam-se aos poucos as propostas iniciais da associação, de
promover a troca de experiências e a capacitação dos integrantes em encontros, cursos e palestras, nos quais ensinamentos de marketing eram disseminados em consonância com a forma como a atividade era praticada
no Rio e em São Paulo.
Naquele ano, por exemplo, a diretoria da ADVB aprovou a realização
do curso Marketing: Necessidades e Estratégias e realizou uma série de encontros, que tiveram como palestrantes empresários e gestores de destaque, como Armando Gonzaga, presidente da Comissão de Turismo da
Associação Comercial de Florianópolis; Conrado Coelho Filho, presidente
da Associação Empresarial do Distrito Industrial de São José; o empresário
Jorge Freitas, da Intelbras, de São José; Carlos Passoni Júnior, presidente do
Sistema Codesc e do Banco do Estado (Besc); Estácio Ramos, diretor-superintendente da RBS/SC; Airton Oliveira, presidente da Citur e José Matusalém
Comelli, diretor do jornal O Estado.
Em setembro de 1985, a ADVB elegeu sua nova diretoria, tendo como
presidente Luis Nozar, que tomou posse em novembro. Ele foi reeleito
para um segundo biênio, permanecendo no cargo até 1989.
A nova Diretoria Executiva, da qual faziam parte também o publicitário
Cláudio Vieira, o empresário Alaor Tissot e os profissionais da área comercial e financeira Luís Nolasco, Paulo Veloso, Ricardo Tapado, Paulo Freitas,
Gilberto Severo, Luiz Pina Pereira, Geraldo Nilson e Abílio Teixeira, prosseguiu com a promoção de encontros e cursos – os seguintes foram Marketing
e Introdução ao Planejamento Mercadológico –, ao mesmo tempo que
concentrava seus esforços nos preparativos do grande evento idealizado
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para consolidar o nome da ADVB/SC – o seminário Brasil 86, os Novos
Desafios do Marketing, que reuniu mais de 200 pessoas no Hotel Plaza, na
cidade de Itapema, nos dias 28 e 29 de novembro de 1985.
Antecipando o que seria o encontro, Nozar declarou, dias antes de sua
realização: “Representará uma tomada de posição, uma nova postura, um
novo momento no marketing brasileiro, indubitavelmente. Vamos assentar
as bases e cristalizar as ideias e os conceitos de como vamos enfrentar os
desafios dos próximos anos, que, sem dúvida, submeterão a dura prova a
capacidade do nosso empresariado e de nossos profissionais.”
Severo também apostou alto na promoção: “Mais que um encontro de
empresários e profissionais de todo o país e da América Latina, o Brasil 86 vai
ser, com certeza, o grande fórum de debate e reflexão do novo cidadão brasileiro e latino-americano. O temário abrangente irá proporcionar profunda
reflexão sobre os rumos a serem tomados pelos mercados interno e de exportação do Brasil. Devido ao momento político – eleição de prefeitos, votação da Constituinte pelo Congresso Nacional – é muito oportuno que empresários e profissionais de marketing, olhando o futuro próximo sob os
ângulos da estratégia e da tática, reflitam sobre as grandes linhas que deverão ser seguidas, principalmente pelo mercado interno brasileiro.”
Com a presença do governador Esperidião Amin – um dos palestrantes – e do secretário de Indústria e Comércio, Etevaldo Silva, durante dois
dias representantes de ADVBs do país, empresários, publicitários e profissionais da área de marketing de Santa Catarina e de outros Estados e também da Argentina, Uruguai e Paraguai discutiram a importância estratégica dos mercados da região Sul (SC, RS e PR) na economia nacional e os
rumos do marketing no país. A promoção recebeu patrocínio do governo
do Estado e das empresas RBS, Varig e Embraco.
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Diretoria da gestão 1986/1987:
Claudio Vieira, Luis Nolasco,
Paulo Veloso, Ricardo Tapado,
Abílio Teixeira, Alaor Tissot e
Luis Nozar
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Num rápido balanço dos resultados do encontro, Nozar afirmou que o
Brasil 86 mostrou ao mercado que a ADVB/SC era uma entidade “séria e
competente”, num momento em que “Santa Catarina começava a despertar para o cenário nacional com seus polos bem localizados: carvão e cerâmica no Sul, agroindústria no Oeste, metalmecânico no Norte, ao mesmo
tempo que muita gente de fora estava vindo para cá”. E embora o conceito
de marketing ainda estivesse ligado à propaganda exclusivamente, observou: foi importante discutir essas ideias não só com publicitários, mas com
profissionais de todas as áreas que integram o marketing.
Além disso, a associação, que até então ocupava espaços cedidos
por empréstimo, obteve com o Brasil 86 recursos financeiros para
alugar uma sala, editar publicações e custear suas atividades. “Até
então, a ADVB não tinha sede, não tinha dinheiro, possuía apenas
uma sigla forte. Foi graças ao encontro em Itapema que a associação conseguiu sobreviver”, declarou Nozar.
O sucesso do encontro encorajou a diretoria da ADVB/SC a promover no-
vos eventos arrojados. O principal deles, na época, foi o Prêmio Top de
Marketing, já realizado pelas ADVBs de outros Estados, que é apontado por
Nozar como um dos pontos altos de sua gestão, ao lado do processo de intercâmbio com empresários e políticos nas diversas regiões do Estado, e da consolidação da ADVB/SC como uma entidade dinâmica, voltada a promover e
aprimorar as diferentes ferramentas do marketing.
A diretoria da ADVB/SC se esmerou em dar uma conotação nitidamente catarinense à primeira edição do certame destinado a avaliar as melhores
soluções de marketing adotadas pelas empresas, o que se verificou, também, no troféu concedido aos vencedores: uma escultura de madeira e pedras semipreciosas, representando figuras de líderes da Guerra do
Contestado, confeccionadas pelo artista plástico Mano.
Além de representar uma inovação no mundo empresarial de Santa
Catarina, por ser a primeira vez que as empresas do Estado tinham a criatividade das soluções mercadológicas avaliadas por profissionais de vendas e
marketing – afirma Nozar –, “o Top de Marketing conferiu à ADVB maior visibilidade e ela pôde apresentar melhor seus objetivos ao meio empresarial,
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Na página anterior,
Brasil 86, os Novos Desafios
do Marketing, o primeiro
grande evento realizado
pela ADVB/SC e que
viabilizou financeiramente
a associação
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O presidente Luis Nozar
com os troféus do
primeiro Prêmio Top de
Marketing, em 1986, que
reproduzem figuras da
Guerra do Contestado
confeccionadas pelo
artista catarinense Mano
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conquistando cada vez mais a sua confiança. A atuação da entidade e a clareza de seus objetivos tornaram-se sinônimo de respeito.”
Também em sua gestão, o processo de interiorização da ADVB/SC deu-se, inicialmente, por meio de caravanas empresariais que visitavam empresários e políticos nas diversas regiões do Estado, para trocar experiências e
debater com eles aspectos relacionados à economia, ao mercado e à conjuntura política, em palestras, encontros, cursos e seminários.
“O programa não teve sequência, mas nos auxiliou muito naquele momento. Era preciso que empresários e profissionais da área estabelecidos nos
A caravana empresarial vai a
Blumenau promover o
intercâmbio e troca de
experiências, iniciativa que
deu início à estadualização da
associação. Acima, em
Criciúma, Guido Búrigo e Luis
Nozar são recebidos por Dilor
Freitas, do Grupo Cecrisa
mais diversos pontos de Santa Catarina acompanhassem a pujança da nossa
economia. Entendíamos que, após a consolidação desse trabalho de troca
de experiências, seria possível melhorar os índices econômicos de um Estado
que já se projetava no contexto nacional”, afirma Nozar.
A receptividade foi excelente, a entidade conquistou associados novos
em todas as regiões e, pouco tempo depois, criou sua Regional Sul, com sede em Criciúma, atraindo quase duas centenas de empresários, executivos,
comerciantes, industriais, homens de venda e de marketing para a eleição da
primeira diretoria local. Na ocasião, Nozar acentuou a importância daquele
posto avançado da ADVB para o incremento do desenvolvimento da região,
a qual elegera recentemente a cerâmica como carro-chefe do setor produtivo em vista do declínio da exploração do carvão mineral.
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O ano de 1986 começou sob a égide do Plano Cruzado, o primeiro plano
econômico em larga escala da Nova República, lançado em 28 de fevereiro, com o objetivo de conter a inflação, em torno de 14% ao mês, que teimava em se mostrar irreversível. Elaborado pelo ministro da Fazenda,
Dilson Funaro, determinava, em linhas gerais, congelamento de preços e
serviços e da taxa de câmbio, reforma monetária – o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado, com valor correspondente a mil unidades da moeda
anterior –, congelamento de salários e suspensão da correção monetária.
O resultado imediato das novas medidas foi levar os brasileiros a acreditar
que a inflação anual de três dígitos havia acabado da noite para o dia, como
num passe de mágica, provocando uma euforia no consumo. Com os preços
tabelados e o aumento real do poder de compra da classe média, em função
da correção automática dos salários, mais de 20 milhões de novos consumidores ingressaram no mercado e, em pouco tempo, a capacidade industrial
não dava conta da demanda. Em outras palavras, depois de muitos anos, novamente tornou-se fácil vender, e essa nova realidade provocou, inicialmente,
uma retração do mercado nas agências de propaganda.
Transcorridos quatro meses de aparente estabilidade, no entanto, o plano mostrou suas fragilidades. As mercadorias, cujos preços haviam sido congelados, desapareceram das prateleiras, dando início a um processo de desabastecimento, enquanto os fornecedores passaram a cobrar ágio sobre os
produtos, embora o governo insistisse em proclamar a “inflação zero”. Aquele
era um ano eleitoral – em 15 de novembro seriam eleitos governadores, senadores e deputados federais e estaduais – e, de olho nas urnas, o governo
sustentou o congelamento de preços até outubro. Politicamente, deu certo:
o PMDB elegeu os governadores na maioria dos Estados mais importantes e
quase dois terços dos deputados e senadores no país todo.
Mas, passados seis dias das eleições, o Plano Cruzado II liberava os preços e autorizava aumentos dos impostos sobre alguns produtos e das tarifas de serviços públicos e da carga fiscal, além de determinar uma reindexação da economia. Num único dia, os brasileiros foram “contemplados”
com aumentos de 120% nos preços dos telefones e da energia, 60% da gasolina, 100% das bebidas e dos cigarros e 80% dos automóveis.
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Com as novas medidas para conter a inflação e o consumo, era hora,
novamente, de os marqueteiros entrarem em ação, participando do planejamento das empresas, para que elas se adequassem ao novo momento e
às perspectivas de um futuro muito incerto. A inflação acumulada daquele
ano, de 65,04%, estava longe de retratar a realidade, pois havia sido represada, e as consequências atrozes dessa política se fizeram sentir no bolso
da população já nos primeiros meses do ano seguinte.
Também em Santa Catarina, o PMDB saiu vitorioso das urnas, elegendo governador o ex-prefeito de Joinville e ex-deputado Pedro Ivo Campos,
o que promoveu uma verdadeira reviravolta no quadro político estadual.
Na economia, as empresas de Santa Catarina adotaram estratégias defensivas em busca da redução de endividamentos, afetando o nível de empregos, que se manteve praticamente estável por longo tempo, apesar do significativo aumento populacional. Ao mesmo tempo, alteraram a matriz de
exportações, incorporando à pauta produtos elaborados, com maior valor
agregado, como motocompressores, pisos e azulejos, papel kraft, materiais
elétricos, refrigeradores e calçados.
A política cambial brasileira do momento, contudo, em nada colaborava com os esforços dos exportadores. A taxa de câmbio, oficialmente congelada, estava sobrevalorizada, favorecendo o aumento das
importações e prejudicando as exportações. E, em 20 de fevereiro de
1987, diante da queda das reservas cambiais a níveis críticos, o Brasil
decretou moratória unilateral, suspendendo o pagamento do serviço
da dívida aos bancos privados.
Em consequência, os preços dispararam no mercado interno, e, sem
condição de controlá-los, o governo restabeleceu a indexação. Janeiro de
1987 havia registrado uma inflação de 16,8% e o índice inflacionário cresceu nos meses subsequentes. O aumento dos salários não acompanhava o
dos produtos, a ponto de um salário-mínimo ser insuficiente para comprar
a cesta básica de 13 itens. Com a população perdendo o poder real de
compra e as empresas começando a reduzir seus quadros, o país entrava
em recessão, incentivando grande parte do empresariado a investir na ciranda financeira em vez de na produção.
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“O cenário era preocupante e não se sabia o que viria a seguir” – recorda
Nozar – e a ADVB reforçou os debates em torno da retomada do desenvolvimento nos encontros periódicos que promovia para discutir a situação do
país. Foi num desses eventos que o governador Pedro Ivo Campos confirmou a mais de 100 pessoas sua determinação de promover demissões para
adequar o número de funcionários públicos às “reais necessidades”.
A medida antipática fazia parte, segundo ele, de um programa de
austeridade administrativa e de corte nos gastos públicos, para recuperar
as finanças do Estado, também elas afetadas pela crise nacional. Na ocasião, Pedro Ivo reclamou do tratamento dispensado a Santa Catarina, “um
Estado padrão e sem grandes bolsões de miséria”, mas sempre considerado em segundo plano. “Somos a figura de enteada, cujo lugar é na cozinha, com um vestido de chita”, comparou.
O convidado seguinte foi o ministro da Educação, Jorge Bornhausen,
que falou sobre a Educação na Constituinte, assunto que mobilizava o país
todo e estava na pauta do dia dos encontros da ADVB/SC.
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Desde o início, os
eventos promovidos
pela ADVB se tornam
um fórum privilegiado
para a discussão das
questões mais atuais
e repercutem também
na imprensa
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Em junho de 1987 havia ficado claro para todos que o Cruzado II fora
apenas mais um plano fracassado de estabilização econômica, e seu idealizador-mor, Dilson Funaro, foi substituído no Ministério da Fazenda por Luiz
Carlos Bresser Pereira. Não resolveu quase nada e o Brasil teria de aguardar
até 1994 para o Plano Real recolocar a economia nos eixos.
Para desânimo geral, 1987 fechou com uma inflação de 415,83%, e
quem manifestou alguma esperança de que ela não fosse passar desse patamar inacreditável teve decepção no ano seguinte, quando chegou a absurdos 1037,56%, sem dar o menor sinal de que iria recuar.
Em meio a esse cenário extremamente adverso, Nozar tratou de
aplicar uma injeção de otimismo nos empresários e, em declaração ao jornal O Estado, instou-os a adotar “um pouco mais de agressividade” para conquistar novos mercados, dizendo-se confiante
de que, dessa forma, seria possível repetir a taxa de crescimento da
produção industrial catarinense do ano anterior, de 6%, alcançada
num quadro também inflacionário e recessivo.
Quem soube ler nas entrelinhas entendeu que boa parte da “agressivi-
dade” a que ele se referia significava lançar mão das possibilidades do mar­
keting para ampliar as vendas. Previsão acertada, pois, em 1989, ano em
que ele transferiu a presidência da ADVB/SC para o publicitário Roberto
Costa, vice-presidente na sua gestão, a inflação acumulada foi a mais alta
da história, de 1.782%, mas os resultados da indústria catarinense poderiam facilmente ser atribuídos à de um país de economia sólida e estável, o
que nem de longe era o caso do Brasil naqueles dias.
Alguns indicadores do desempenho da indústria catarinense mostram isso. A Sadia respondia por 40% das exportações brasileiras de carne
de aves e suíno, praticamente duplicando o faturamento em relação a
1980. A Ceval foi apontada como a quinta maior exportadora brasileira e
Santa Catarina liderava o ranking de crescimento industrial no país, passando da oitava para a quinta posição entre os Estados exportadores. As
indústrias do Sul catarinense detinham 50% das exportações nacionais
de revestimentos cerâmicos, enquanto a agroindústria conquistava os
mercados do Oriente Médio e do Sudeste Asiático e dominava 13% do
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mercado mundial de carne de frango. Consolidado como segunda maior
concentração industrial têxtil do mundo, o Vale do Itajaí vendia 80% do
total exportado pelo país no setor. A Consul produzia metade dos refrigeradores fabricados no Brasil e 35% dos aparelhos de ar condicionado.
20% do ferro fundido no país eram processados por empresas de Santa
Catarina, lideradas pela Tupy, de Joinville, cidade onde também eram fabricados 50% dos tubos e conexões de PVC do país.
O estatuto registra o
compromisso da entidade
de difundir em Santa
Catarina a prática das
modernas ténicas de vendas
e marketing, além de
promover o aprimoramento
dos profissionais da área,
fomentar o relacionamento
e a difusão de ideias
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Os
primeiros
anos
1989 foi um ano de grandes transformações
no cenário internacional, com o esfacela­
mento da União Soviética, o fim da guerra
fria e a queda do muro de Berlim. No Brasil
ocorreu a primeira eleição direta para presi­
dente desde 1960. Filiado a uma sigla inex­
pressiva, o PRN, o “caçador de marajás”
Fernando Collor de Melo aglutinou o apoio
dos segmentos conservadores da socieda­
de e derrotou o “sapo barbudo” Luiz Inácio
Lula da Silva do – ainda – temido PT.
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Na página 48, Antunes Severo,
Luis Nozar, Roberto Costa e
Paulo Prisco Paraíso: os quatro
primeiros dirigentes
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Collor assumiu em 15 de março de 1990 e, no
dia seguinte, instituiu o plano que levou seu nome e combinava liberação fiscal e financeira com medidas radicais para a estabilização da inflação. A medida de maior impacto na população foi o chamado “confisco”
da poupança, que pegou todo mundo de surpresa ao congelar, por 18
meses, todos os depósitos no overnight, na conta corrente e na poupança superiores a 50 mil Cruzados Novos. Faziam também parte do pacote
a substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro, a criação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o congelamento de preços e salários, a
eliminação de incentivos fiscais em vários setores, o aumento de preços
dos serviços públicos, a liberação do câmbio e o anúncio da intenção de
demitir 360 mil servidores públicos para reduzir gastos.
O Brasil ainda estava perplexo e inseguro diante do novo elenco de
medidas econômicas, principalmente porque a inflação não dava sinais
de recuo, quando Roberto Costa assumiu, em 6 de julho de 1990, o primeiro dos dois mandatos que exerceu na presidência da ADVB/SC, onde permaneceu até 1993.
Em seu discurso de posse, que teve palestra do publicitário Mauro Salles,
ele assinalou que o país vivia um momento histórico importante diante do
“vigoroso programa de estabilização econômica”, instituído por Collor, mas
ressaltou que nada garantia que os resultados seriam positivos.
“Um aspecto, porém, é certo: esse programa impõe a nós todos mais
trabalho e, especialmente, uma revisão do nosso comportamento diante
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Na posse de Roberto Costa
em seu primeiro mandato,
o convidado especial foi o
publicitário Mauro Salles,
um dos muitos palestrantes
de renome que fizeram dos
eventos da ADVB/SC um
fórum de discussão das
questões nacionais e
internacionais
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do mercado. A passividade ou a indecisão nos levará ao fracasso. Não
adianta fazermos coro com os queixumes de sempre. É preciso redescobrir a razão de ser de nossa atividade e, em particular, de nossa entidade
representativa. É fundamental que possamos demonstrar capacidade interna para assumir integralmente, dentro do nosso Estado, através de
empresas prestadoras de serviços aqui instaladas, a missão de modernizar o nosso marketing. “
Nesse sentido, ele defendeu uma tomada firme de posição “para ajudar Santa Catarina a ingressar de maneira definitiva no cenário do Primeiro
Mundo”, reclamando que tal meta era dificultada pela “fuga do processo
decisório neste campo para outros centros, por incapacidade nossa de defender, de maneira articulada e competente, o direito de nos tornarmos
parceiros do empresariado”.
No cenário nacional, a retirada de 80% da moeda de circulação provocou uma forte redução no comércio e na produção industrial nos primeiros meses do governo Collor, ao mesmo tempo que a inflação continuava
a crescer, só vindo a ceder depois de nove meses, assim mesmo estacionando num patamar mensal de 20%.
O governo logo se viu numa encruzilhada: caso mantivesse o congelamento por mais tempo, acabaria jogando o país numa recessão, devido
à redução dos ativos; e, se optasse por remonetizar a economia, mediante o descongelamento, corria o risco de um retorno da inflação aos índices anteriores.
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Em Santa Catarina, aconteceram novas alterações no quadro político
em 1990. O governador Pedro Ivo Campos faleceu em fevereiro, e o vice,
Casildo Maldaner, também do PMDB, completou o mandato. Os aliados
tradicionais PDS e PFL, rompidos em 1985, voltaram a se unir e derrotaram
o PMDB nas urnas, elegendo o pefelista Vilson Kleinübing para o Governo
e o pedessista Esperidião Amin para o Senado.
Depois das eleições nos Estados, o governo federal tentou uma nova
cartada para controlar a economia, abrindo brechas para aumentar o fluxo
de dinheiro, mas não soube controlar a remonetização, que ocorreu de maneira muito rápida, despertando novamente a inflação. O fracasso do plano
original, para o qual também contribuiu a incapacidade do governo em conter suas despesas, levou ao Plano Collor II, em janeiro de 1991, que reeditou
os congelamentos e adotou novas ferramentas fiscais.
Mesmo assim, a queda na inflação decorrente das novas medidas sobreviveu apenas quatro meses, e a taxa voltou a subir em maio, catapultando a economista Zélia Cardoso de Mello do Ministério da Fazenda, substituída pelo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Marcílio Marques
Moreira, que, imediatamente, editou um novo plano de estabilização econômica – o terceiro em menos de um ano e meio.
A ADVB/SC acompanhava com apreensão os rumos incertos da economia nacional ao mesmo tempo que Roberto Costa procurava imprimir uma
administração cada vez mais dinâmica à associação. Com o lançamento do
informativo Ideias ADVB em 1991, a entidade ampliou sua penetração em
todo o Estado e conseguiu duplicar o número de associados.
Ao longo daquele mesmo ano, o fórum de debates se fortaleceu e ganhou o nome de Almoço de Ideias, reunindo mais de 1.100 participantes para
ouvir as palestras de oito personalidades estaduais e nacionais: o governador
Vilson Kleinübing; o diretor-executivo do Ibope, Carlos Augusto Montenegro;
o diretor-executivo do Bamerindus, Sérgio Reis; o diretor de Marketing do
Unibanco, Carlos Henrique Furquim; o presidente da RBS, Nélson Sirotsky; o
ex-presidente da Autolatina e presidente do Conselho de Administração da
Tupy, Wolfgang Sauer; o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissat; e o publicitário Washington Olivetto, diretor de criação da W/Brasil.
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O informativo Ideias ADVB,
lançado em 1991, para
difundir por todo o Estado as
realizações e as propostas
da associação
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Os encontros periódicos, a partir de 1991, recebem
o nome de Almoço de Ideias e reúnem um público
cada vez maior. Na página anterior, alguns dos
convidados do evento: o publicitário Washington
Olivetto, o governador Vilson Kleinübing e o diretor
do Ibope Carlos Augusto Montenegro. Acima, o
presidente do PSDB Tasso Jereissati, à esquerda, o
empresário Wolfgang Sauer e, abaixo, o
empresário Nélson Sirotsky e o diretor do
Bamerindus Sérgio Reis
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Marketing em seus diferentes níveis, publicidade e propaganda, política
e economia faziam parte do temário constante desses encontros. Wolfgang
Sauer, palestrante no mês de outubro, preferiu substituir as considerações
que faria sobre marketing, conforme previsto no temário original, por uma
reflexão sobre o que chamou de o “atoleiro em que estamos”.
Ele se referia ao fato de o país estar em crise permanente havia dez
anos, com um Estado falido e a iniciativa privada abalada por cinco
choques econômicos em quatro anos, redundando numa queda
de 4% do PIB nacional no ano anterior. A única saída para o país
poder ingressar no processo de globalização em curso, preconizou, seria abrir a economia ao capital estrangeiro.
Pouco antes de 1991 chegar ao final, com a inflação reduzida a um ter-
ço em relação ao ano anterior, mas assim mesmo em indigeríveis 480,2%,
a ADVB/SC lançou, entre outubro e novembro, o projeto Profissionalização
do Menor Carente, em convênio com a Fundação Besc e o apoio da
Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e do Senac, e o ADVB Mulher, com o
objetivo de estimular e valorizar a participação feminina na sociedade, mediante a realização de cursos, palestras e eventos dirigidos a este público
específico. Concomitantemente, dava prosseguimento ao processo de interiorização, iniciado durante a gestão de Luis Nozar.
Não bastassem os descaminhos da economia, com o Plano Marcílio fazendo água por não conseguir conter a hiperinflação que voltara a se instalar no país, em meados de 1992 a crise havia contaminado também o cenário político. O movimento “Fora Collor” ganhava as ruas capitaneado
pelos caras-pintadas e o presidente foi apeado do poder em 29 de setembro, quando a Câmara dos Deputados aprovou seu impeachment, por denúncias de corrupção e tráfico de influência. Foi substituído pelo vice,
Itamar Franco, e, quatro dias depois, Marcílio Marques Moreira transferia a
cadeira a Gustavo Krause. Em outubro do mesmo ano, o Brasil perdia um
de seus políticos mais importantes, o presidente nacional do PMDB, Ulysses
Guimarães, morto num acidente aéreo.
Com minguados 9% de aprovação popular e cercado apenas pelo
grupo mais íntimo, Collor, que só renunciaria ao cargo em 29 de dezembro,
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A ADVB/SC se une à
Fundação Besc, à Fundação
Maurício Sirotsky Sobrinho e
ao Senac para implantar o
projeto Profissionalização
do Menor Carente e dar ao
adolescente a oportunidade
de treinamentos e cursos
ainda estertorava na Casa da Dinda quando a ADVB/SC, sob o comando de
Roberto Costa, realizou, de 4 a 6 de novembro de 1992, um dos maiores
evento já sediados em Santa Catarina. Aberto pelo chanceler Fernando
Henrique Cardoso e encerrado pelo ex-secretário de Estado norte-americano e Prêmio Nobel da Paz de 1973, Henry Kissinger, na ocasião administrador do Centro Internacional de Assuntos Estratégicos, o 1º Congresso de
Marketing do Cone Sul reuniu cerca de mil participantes de vários países
em Florianópolis, e foi destaque na mídia.
Naqueles dias começara a soprar ventos de mudança no país e, embora ninguém arriscasse prever como seria o governo Itamar, o simples afastamento de Collor era motivo suficiente para estabelecer um clima generalizado de esperança. Talvez por isso, a belíssima interpretação do Hino
Nacional, por Bibi Ferreira, tenha contagiado os presentes na abertura do
congresso, e palavras de otimismo tenham sido a tônica dos discursos de
FHC e do governador Vilson Kleinübing.
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Seguiram-se 30 horas de palestras, a cargo de 20 conferencistas nacionais e estrangeiros, que abordaram temas como globalização, a implantação do Mercosul – cuja semente fora lançada em 26 de março do ano anterior, quando os presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai
firmaram o Tratado de Assunção – e o papel do marketing na nova realidade econômica e social. Entre os convidados, o ex-ministro chileno Hernan
Buchi, que reordenou a economia do seu país; o chanceler argentino para
o Mercosul, José Miguel Anacoreta Correia; e o designer Hans Donner, autor do visual da Rede Globo. Utilizando a tecnologia mais avançada na época, o professor Nicholas Negroponte, fundador e diretor do Laboratório de
Mídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), fez uma palestra
transmitida diretamente de Boston, em que apontou a tendência de mobilidade cada vez maior da computação.
Participaram ainda do evento os governadores do Rio Grande do
Sul, Alceu Colares, e do Paraná, Roberto Requião, os presidentes da
Associação dos Dirigentes de Empresas da Argentina, Manuel Cao Corral,
da Associação dos Dirigentes de Marketing do Uruguai, Jorge Abulchaja,
da Associação dos Empresários Cristãos do Paraguai, Gabriel Cosp, da
ADVB/RS, Renato Malcon, do Besc, Mércio Felsky, e do Banestado, Heitor
Wallace, além de representantes do Banrisul, BRDE, Consul e Brahma –
entidades patrocinadoras do congresso.
Na palestra de encerramento – três dias depois de o democrata Bill
Clinton vencer o republicano George H. W. Bush nas eleições presidenciais nos Estados Unidos –, o também republicano Henry Kissinger defendeu a unificação do Tratado Norte-americano de Livre Comércio
(Nafta), que reúne Estados Unidos, Canadá e México, com o Mercosul,
de modo a formar “uma grande comunidade americana”, o que, segundo afirmou, poderia ser o primeiro passo para diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo.
A aglutinação de países em torno de interesses econômicos comuns já havia sido tratada por Roberto Costa durante o encontro, ao
afirmar: “A tendência da nova ordem mundial é a formação de blocos
para que os países sejam mais fortes juntos, favorecendo resoluções dos
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Bibi Ferreira interpreta o Hino
Nacional na abertura do 1º.
Congresso de Marketing do Cone
Sul, um dos maiores eventos já
sediados em SC. À esquerda, o
ex-secretário de Estado dos
Estados Unidos Henry Kissinger ao
lado de Luis Nozar e, abaixo,
Roberto Costa, Fernando Henrique
Cardoso e Vilson Kleinübing
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problemas internos com maior facilidade.” No mesmo tom, o presidente
do congresso e do Grupo RBS em Santa Catarina, Pedro Sirotsky, considerou o encontro uma contribuição empresarial para a consolidação do
Mercosul e conclamou os presentes a interpretar os novos tempos “não
como ameaça, mas como oportunidade” e procurar “entender esses
mercados, perceber suas idiossincrasias, para que possamos participar
plenamente desse mercado comum.”
Com efeito, a ADVB/SC já vinha acompanhando com interesse as
negociações em torno da consolidação do bloco econômico do
Cone Sul desde a assinatura dos primeiros termos de intenções
entre os países-membros. Em abril do mesmo ano, Roberto Costa
voltou a abordar a questão do Mercosul ao fazer um balanço das
atividades da entidade no discurso que proferiu ao ser reeleito para um segundo mandato (1992/1993), em solenidade que reuniu
cerca de 450 pessoas, entre empresários, políticos e associados de
todas as regiões do Estado, e que teve palestra de Jorge Bornhausen.
“A ADVB cresceu, envolveu-se com as questões catarinenses e se con-
solidou. Essas evidências, contudo, não são maiores que os desafios da nova diretoria que neste momento é empossada. Nesta década que encerra
o século 20, não podemos limitar nossa visão a esse pequeno, porém audacioso e competente Estado de Santa Catarina. Dentro de dois anos, estarão sendo removidas as barreiras tarifárias e definitivamente instituído o
Mercosul. Santa Catarina, cuja performance econômica destaca-se no
ranking brasileiro, reúne todo um potencial para ocupar os espaços a serem abertos pelo Mercosul.”
Os encontros periódicos promovidos pela ADVB/SC atraíam um número cada vez maior de empresários para as palestras de personalidades
das áreas política e econômica especialmente convidadas. Entre elas, o
prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, o secretário nacional de Comunicações,
Nelson Marchezan, o deputado federal e ex-ministro da Economia, Fazenda
e Planejamento, Delfim Netto, e o governador do Ceará, Ciro Gomes. Entre
os convidados, também políticos e homens públicos catarinenses, como o
prefeito de Florianópolis, Sérgio Grando, entre outros.
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Na página anterior,
os vencedores do Top de
Marketing 1992 e 1993
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Por mais profundas e bem intencionadas que fossem, as discussões,
no entanto, pouco podiam contra o agravamento da crise nacional. Mesmo
tendo Itamar Franco substituído várias vezes o ministro da economia, o
ano de 1993 registrou uma inflação acumulada de 2700%, a mais alta da
história do Brasil. Além disso, ao mesmo tempo que as barreiras alfandegárias eram removidas, facilitando a livre circulação de mercadorias entre os
Roberto Costa assume seu
segundo mandato, em
cerimônia que teve palestra
de Jorge Bornhausen.
Abaixo, o prefeito de
Curitiba Jaime Lerner, o
secretário de Comunicações
Nelson Marchezan, o
ex-ministro Delfim Netto,
Roberto Luiz Bogus, Carlos
Augusto Salles e o prefeito
Sérgio Grando. Políticos e
empresários nos eventos
da associação
países, a indústria brasileira se ressentia das consequências da abertura comercial imposta pelo ex-presidente Collor, com a drástica redução do imposto sobre importações. O quadro, posteriormente agravado pela valorização da moeda com o Plano Real, favoreceu a entrada no país de produtos
importados e tornou proibitivas as exportações.
Estado exportador por excelência, Santa Catarina acusou o golpe, sobretudo na área têxtil, onde o contingente de trabalhadores foi reduzido à metade do que era nos anos 1980. Com essas adversidades todas, porém, a produção industrial catarinense foi a que mais cresceu no país, apresentando
uma taxa acumulada de 26,2% entre 1992 e 1997, enquanto a nacional ficou
em 16,8%. Ao mesmo tempo, as exportações do Estado duplicaram nos anos
1990, em boa parte devido aos negócios realizados com a Argentina, que
ocupava a 28ª posição entre os parceiros comerciais de Santa Catarina na década anterior, saltando para a segunda posição.
Em meio à crise generalizada e às incertezas de como seria o amanhã, a ADVB/SC adquiriu em 1993 – quando completou nove anos de
existência – sua sede própria, com o lucro obtido no 1º Congresso de
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Marketing do Cone Sul. As novas instalações, um amplo conjunto de cinco salas no segundo andar do recém-construído Centro Comercial
Irmãos Daux, na rua Presidente Nereu Ramos, no centro de Florianópolis,
incluíam um auditório, uma sala de cursos com capacidade para 30 pessoas, uma sala de reuniões e amplo espaço administrativo. Na inauguração, em 15 de setembro, estiveram presentes o governador Vilson
Kleinübing, empresários e políticos.
A associação também desenvolveu naquele ano extremamente difícil
um alentado calendário de atividades, iniciado em fevereiro com o seminário Mercosul – uma Nova Realidade para Pessoas e Empresas, realizado em
Florianópolis, em parceria com o Bamerindus, que teve uma segunda edição, em Joinville, em julho, e trouxe o diretor da Making Fomento
Internacional e coordenador no Brasil do Primeiro Intercâmbio do Cone Sul
e diretor do Jornal Cone Sul – Cono Sur, Maurênio Stortti. No seminário, foram discutidas as implicações jurídicas decorrentes da formação de blocos
econômicos como a Comunidade Europeia e o Mercosul e a nova realidade
empresarial que começava a ganhar corpo.
Roberto Luiz Bogus, primeiro brasileiro a assumir a direção comercial
da Fiat Automóveis no Brasil, foi o primeiro palestrante de 1993 no Almoço
de Ideias, revelando as estratégias da empresa para ampliar as vendas. No
almoço seguinte, o diretor superintendente da Xerox do Brasil, Carlos
Augusto C. Salles, contou, na palestra “Na contramão da crise”, como a empresa aproveitou a abertura de mercado à importação para superar os
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A inauguração da sede
própria, a palestra do
governador do Ceará Ciro
Gomes e o informativo
Ideias ADVB que registra a
instalação do Fórum de
Integração do Cone Sul
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tempos difíceis. Depois foi a vez de o comandante Rolim Adolfo Amaro,
presidente da TAM, mostrar as estratégias adotadas pela companhia aérea
para alcançar um crescimento de 6%.
Treze de agosto costuma ser considerado uma data cabalística, e foi
exatamente nesse dia que o presidente nacional do PT e candidato à
Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou a mais de
200 participantes do Almoço de Ideias as propostas de seu partido para a
retomada do crescimento nacional e destacou a necessidade de a população recuperar a confiança no governo federal.
Ainda no embalo do sucesso do 1º Congresso de Marketing do Cone
Sul, foi instalado, em julho, o Fórum de Integração do Cone Sul, abrigado
num espaço na sede da ADVB/SC durante os dois anos em que foi presidido por Pedro Sirotsky, tendo Roberto Costa de vice. O organismo reunia
empresários brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios, com a missão
de acelerar o processo de integração econômica mediante a abertura de
canais de comunicação e o incentivo à formação de parcerias entre os setores produtivos dos países-membros.
Sua primeira atividade, já na data de instalação, foi o painel Cone Sul: o
Desafio da Integração, em promoção conjunta com a ADVB/SC e a Fiesc,
que teve como palestrantes Pedro Sirotsky e os presidentes da Fiesc,
Osvaldo Moreira Douat, do Conselho de Empresários da América Latina
(Ceal), Roberto Teixeira da Costa, e do Instituto de Pesquisas Cicmas (Centro
de Investigación de Comunicaciones Masivas), José Crespo. Preocupado
com a lentidão dos países integrantes em consolidar o mercado comum
do Cone Sul, Pedro Sirotsky defendeu a necessidade de a iniciativa privada
assumir “a vanguarda do processo de integração” do bloco.
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Lula apresenta suas propostas
como candidato à presidência
da República e o comandante
Rolim Adolfo Amaro,
presidente da TAM, fala sobre
as estratégias de
desenvolvimento adotadas
pela empresa aérea
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Antes de acabar 1993, um novo evento passou a integrar o calendário
anual da ADVB/SC, acompanhando o que já havia em outras ADVBs: o
Prêmio Homem de Vendas (que, em 1999, teve o nome mudado para
Personalidade de Vendas), a única premiação da entidade que tem a participação do mercado na escolha do vencedor, pois as outras são feitas
mediante a apresentação de cases que são julgados por um júri. A escolha
recai sobre o executivo que se destacou naquele ano pelo sucesso mercadológico obtido com a utilização de técnicas de marketing e vendas, em
uma eleição realizada em duas etapas distintas: integrandes da ADVB, premiados nas edições anteriores, presidentes de empresas e de entidades
da área apresentam cada qual uma lista tríplice; desses nomes selecioPrêmio Homem de Vendas, que
depois passou a se chamar
Personalidade de Vendas
nam-se os cinco mais votados, que são, então, submetidos à escolha entre
o colegiado da etapa anterior e mais prefeitos de Santa Catarina e representantes de associações da área de comunicação. O mais votado é escolhido. O almoço de entrega do primeiro prêmio, em dezembro, em Jaraguá
do Sul, contou com presença maciça de empresários, políticos e profissionais de todo o Estado. Eles ouviram o palestrante convidado, o ex-ministro
Gustavo Krause, dizer em seu discurso que o Brasil atravessava “um processo de amadurecimento político”.
Ainda em 1993, a ADVB deu prosseguimento ao processo de interiorização, através da instalação das regionais Norte, com base em Joinville, e
do Vale do Itajaí, com base em Blumenau. E, no âmbito da Regional Sul,
realizou um ciclo de palestras nas cidades de Tubarão, Araranguá e
Criciúma, em parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas
de Santa Catarina, cujo tema foi “Desafio: Renovar Para Ganhar Clientes”.
Além disso, desenvolveu 15 programas de aperfeiçoamento para diversas categorias de profissionais da área de vendas e marketing e ofereceu nada menos que 57 cursos in company, com disciplinas como informática nas vendas, técnica de telemarketing, administração participativa,
desenvolvimento gerencial, contabilidade, marketing básico, gerência de
produto, marketing de varejo, marketing industrial, marketing de turismo,
marketing para o vendedor, técnicas de venda, relações de trabalho e supervisão de vendas.
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No fim daquele ano, apesar de a inflação média mensal ter sido superior a 35%, começava-se a vislumbrar uma possível luz no fim do túnel.
Nomeado em maio para o Ministério da Fazenda, com o compromisso
de acabar com a inflação – ou, ao menos, reduzi-la –, Fernando Henrique
Cardoso cercara-se de um grupo de economistas respeitados e, em
agosto, promovera a sétima mudança de moeda no país, substituindo
o Cruzeiro pelo Cruzeiro Real, repetindo a prática de cortar três zeros
para promover ajuste de valores. Era o embrião do Plano Real, o qual
seria editado oficialmente em 30 de julho do ano seguinte.
Foi nesse clima de expectativa que, ao fazer um balanço de suas duas
gestões à frente da ADVB, Roberto Costa declarou: “O Brasil atravessa uma
das fases mais dinâmicas de sua história. Os acontecimentos se atropelam
de forma acelerada, trazendo lições e ensinamentos sobre os quais vai se
construir a nossa realidade, uma vez ultrapassado este penoso período de
transição. É justamente a partir desse fundo de poço que as forças que aqui
representamos podem e devem reagir, num trabalho firme, democrático e,
sobretudo, perseverante em sua luta a favor do mercado.”
No mesmo discurso, destacou o importante papel da entidade que
presidia: “Nesses 10 anos, a ADVB foi uma força fundamental a serviço da
evolução das práticas de marketing em nosso Estado. O marketing entendido não como uma simples função de um departamento, e sim como um
objetivo estratégico empresarial, com reflexos significativos na própria
economia de Santa Catarina. A ADVB, nos últimos tempos, foi na verdade
um grande fórum para o estudo e o debate de ideias em todos os campos
– o econômico, o político, o social.”
O “extraordinário aprimoramento” das técnicas de marketing em Santa
Catarina foi lembrado na mesma época, em editorial do informativo Ideias
ADVB, que lhe atribuía boa parte do sucesso alcançado também pelas pequenas e médias empresas estaduais premiadas com o Top de Marketing.
“Sem dúvida, foi o talento de pessoas que possibilitou aos pequenos
alcançar a mesma estatura de marketing de muitos gigantes empresariais”,
assinalava o texto de Roberto Costa, acrescentando que a prática comprovara a veracidade da afirmação do engenheiro norte-americano David
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Prisco Paraíso assume seu
primeiro mandato, Luis
Nozar aplaude. Abaixo,
uma das palestras de
Esperidião Amin
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Packard, de que “o primeiro mandamento do marketing eficaz é que a força
propulsora do desenvolvimento dos negócios não é o dinheiro nem a tecnologia e sim a imaginação das pessoas”.
Ainda segundo suas palavras, “o marketing começou a ter respeito
porque o empresário via que a entidade se mexia, realizando cursos,
promovendo palestras e encontros. Transmitimos a ideia de que as empresas, mesmo as médias, poderiam se beneficiar se usassem uma estrutura de marketing profissional. A ADVB plantou a ideia de que o marketing poderia ajudá-las a crescer.”
No ano em que a ADVB/SC comemorou seu décimo aniversário,
entrou em vigor o Plano Real – que poria fim à inflação de duas décadas
– e, na esteira de seu sucesso, seu principal idealizador, o ex-ministro da
Fazenda no governo de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, foi
eleito presidente do Brasil.
Nada mais natural, portanto, que as recentes mudanças na economia
nacional estivessem na pauta de todas as discussões, e, por isso mesmo, foram a peça de resistência no cardápio da ADVB/SC – que ao longo deste e
dos seguintes anos e diretorias, realiza anualmente uma média de 20 eventos, reunindo um público aproximado de 5 mil pessoas.
Enquanto no primeiro deles, em fevereiro, o senador Esperidião Amin,
presidente nacional do PPR, mostrou-se cético diante das medidas em andamento na área econômica e chamou de “eleitoreiro” o plano de FHC,
coube ao secretário nacional da Receita Federal, Osíris Lopes Filho, no encontro seguinte, transmitir palavras de otimismo aos empresários catarinenses e tranquilizá-los quanto às novas medidas tributárias anunciadas
pelo Governo Federal.
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A ADVB/SC consolidara sua posição em uma década e era reconhecida no Estado e fora dele como uma entidade séria e atuante quando o empresário e administrador Paulo Prisco Paraíso tomou posse na presidência,
em abril, para o primeiro de seus dois mandatos. Diretor financeiro na gestão anterior, à frente da ADVB/SC Prisco Paraíso ampliou o quadro de associados e criou novos eventos, dando destaque ao tema da retomada do
crescimento econômico nas palestras, seminários, conferências e debates
que a associação promovia com regularidade.
Ele também incentivou uma maior integração da ADVB/SC com outras entidades, como Fiesc, FCDL e universidades, entre elas a Escola
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), realizando eventos e cursos
em conjunto, de modo a fortalecer seu suporte técnico para apoiar o desenvolvimento do mercado mediante a formação e a capacitação de dirigentes de empresas e profissionais do setor.
Esse processo de disseminação e troca de informações e experiências
envolveu também um novo impulso à regionalização, levando a associação a áreas do Estado onde ela era menos conhecida, e à maior difusão da
“marca” ADVB, por meio de uma interação mais constante com os veículos
de comunicação.
A proximidade com a mídia – parceira importante da ADVB/SC desde o seu surgimento – desempenhou papel fundamental na divulgação
de seus eventos e promoções, em inserções gratuitas no espaço comercial de jornais, rádios e emissoras de televisão, além de proporcionar cobertura a grande parte desses acontecimentos. A entidade igualmente
sempre contou com apoio de empresas privadas de um modo geral e do
poder público, sob a forma de patrocínios.
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A festa na premiação do Top
de Marketing 1994. Abaixo,
Osíris Lopes Filho, secretário
nacional da Receita Federal
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Prisco Paraíso criou ainda a diretoria feminina e investiu no aprimoramento da sede da entidade, a qual ganhou uma moderna rede de telefonia e um sistema de informática de última geração.
Em suas duas gestões, a escolha dos palestrantes assim como a seleção dos temas a serem abordados obedecia a uma pauta formulada de
acordo com os assuntos mais palpitantes do momento. O governador
Antônio Carlos Konder Reis foi um dos convidados. E, quando tarifas bancárias, diferença cambial entre dólar e real e os altos juros se haviam tornado as grandes preocupações dos homens de negócios, a ADVB/SC trouxe
para o Almoço de Ideias o diretor de Normas e Organização do Sistema
Financeiro do Banco Central, Cláudio Ness Mauch, que explanou as regras
do jogo no novo quadro da política monetária nacional.
Idêntico critério foi adotado na escolha do palestrante quando o país
O Almoço de Ideias continua
sendo o palco de debates
com personalidades, como
o governador Antônio
Carlos Konder Reis (na foto
com Prisco Paraíso); Cláudio
Ness Mauch, do Banco
Central; Octávio Florisbal,
da Rede Globo (nesta
página); o ministro Odacir
Klein, o governador Paulo
Afonso Vieira e o ministro
Luiz Felipe Lampreia
sentiu o primeiro impacto realmente significativo do novo plano econômico. No mês seguinte à adoção do real como nova unidade monetária,
em 1º de julho de 1994, a inflação – que havia acumulado 815,60% no
primeiro semestre –, apresentou uma taxa de apenas 6,08% – a menor
em muitos anos. O convidado para falar sobre a nova realidade econômica foi o senador José Eduardo de Andrade Vieira, que mostrou confiança
no Plano Real por ter instaurado “uma moeda forte, que resistiu a todos
os impactos internos e externos”. Essa mesma confiança contagiou o
eleitorado, que optou por eleger FHC para a Presidência da República
em outubro daquele ano.
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E, um mês após as eleições, o diretor executivo do Datafolha, Antônio
Manuel Teixeira Mendes, fez um balanço das pesquisas eleitorais. Mas a novidade que mais empolgou os participantes foi trazida pelo convidado seguinte, embora não passasse de previsão. O superintendente comercial da
Rede Globo, Octávio Florisbal, antecipou a duplicação do faturamento do
mercado publicitário – estagnado entre 1982 e 1992 – nos dois anos seguintes, caso a estabilidade econômica se mantivesse. Da mesma forma,
quando surgiram as primeiras discussões das parcerias público-privadas
(PPPs), o governador eleito, Paulo Afonso Vieira, deu uma palestra com o
tema “Governo e Iniciativa Privada: A Busca da Parceria Ideal”.
Outros convidados dos encontros foram o ministro dos Transportes,
Odacir Klein, falando da duplicação da BR-101, obra reivindicada havia anos
pelos empresários, para facilitar o escoamento de parte da produção catarinense, e o ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, esclarecendo
as tarifas de exportação, quando a alíquota do imposto de importação sobre
os carros e mais de 100 produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos havia
saltado de 32% para 70%. Naquele ano, acompanhando o crescimento nacional, as exportações de Santa Catarina foram de 2,6 bilhões de dólares, elevando
de 5,52% para 5,70% a participação do Estado no total exportado pelo Brasil.
A diretoria comandada por Prisco Paraíso deu sequência a iniciativas
introduzidas em gestões anteriores, como o programa Profissionalização
do Adolescente Carente, criado em 1991, que já havia habilitado e colocado no mercado mais de 200 jovens carentes.
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O vice-presidente da
República Marco Maciel fala
de política. Na página
seguinte, Alexis Stepanenko
e Maximiano Gonçalves
Filho participam de
seminários promovidos para
a capacitação e atualização
dos associados
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Ao mesmo tempo, as regionais (Norte, Vale do Itajaí e Sul) desenvolveram programações próprias em vários pontos do Estado. Em março de
1995, a Regional Norte promoveu, em Joinville, uma palestra do diretor do
Departamento de Defesa do Consumidor e Direito Econômico da
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Alvacyr
Henrique Resende, que teve como tema o “Código de Defesa do
Consumidor no Âmbito do Mercosul”.
A escolha de Resende como palestrante não foi aleatória, pois o conhecimento das leis de defesa do consumidor no novo mercado comum
era fundamental para o empresariado, o qual tinha os olhos voltados para
as perspectivas comerciais oferecidas pelos países vizinhos. A Regional elegeu o assunto a partir de pesquisa realizada junto ao empresariado para
conhecer suas necessidades de informação, um hábito que adotara como
norma antes de elaborar seu calendário de eventos.
Também despertaram grande interesse nos empresários as informações sobre a reforma constitucional, transmitidas pelo vice-presidente da
República, Marco Maciel, no Almoço de Ideias organizado em junho pela
Regional do Vale do Itajaí, durante o qual ele informou que o governo enviaria ao Congresso, no segundo semestre, a segunda etapa da reforma, da
qual faziam parte as mudanças fiscais.
Em 1995, os resultados do Plano Real eram uma realidade concreta e a
economia apresentava-se estabilizada no que diz respeito, principalmente,
à evolução da inflação, que fechou o ano num índice calculado entre
23,21% e 15,25%, de acordo com os critérios adotados nos diferentes levantamentos. Qualquer que fosse a taxa real, o acumulado de 12 meses era
inferior à inflação mensal dos últimos anos do período pré-Plano Real.
O novo quadro econômico gerou imediatamente um aumento da demanda de consumo, inserindo no mercado a classe C, a qual, também
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imediatamente, se transformou em alvo dos empresários. Para o marketing, a estabilização da economia representou a necessidade de maior utilização dos instrumentos específicos da área para fazer frente a um mercado mais competitivo, observa Prisco Paraíso.
Foi nesse contexto que a ADVB/SC promoveu, ao longo do ano, diversos
seminários dentro do Ciclo Marketing em Debate, que teve como tema “O
mercado brasileiro pós-Real”. Na ocasião, Roberto Costa criticou os empresários por não se preocuparem em produzir mercadorias com preços acessíveis para esse novo segmento de mercado, “aberto e inexplorado”.
E previu que a estabilidade da moeda iria favorecer a ampliação da
parte das verbas de publicidade destinada pelas empresas para marketing e promoções – no Brasil ela era de apenas 15% do total, enquanto
50% iam para propaganda, ao passo que nos Estados Unidos promoção
e marketing direto ficavam com 50%.
No Seminário Qualidade de Serviço ao Cliente, os diferentes aspectos do emprego do marketing nas empresas foram o tema predominante nas palestras do diretor superintendente do Banco Bamerindus,
Belmiro Valverde Jobim Castor (“A prestação de serviços como diferencial estratégico de marketing”), e do diretor comercial da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos, Alexis Stepanenko (“Qualidade de
Serviço e Satisfação do Cliente”).
O seminário seguinte reuniu o gerente de grupo de marcas premium da Souza Cruz, Francisco Barreto, e o presidente da Divisão de
Cerâmica do Grupo Cecrisa, Antônio Maciel Neto, que demonstrou confiança nos resultados do Plano Real e aconselhou as empresas a investirem na qualidade dos produtos, em serviços, em canais de distribuição e em recursos humanos, alertando que acabara o tempo de aplicar
em estoques e ganhar com a inflação.
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Venkat Padmanabhan,
professor de marketing da
Stanford University, faz
palestra no Seminário
Marcas de Sucesso
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Já o seminário Estratégias de Marketing para uma Economia Globalizada
teve como palestrantes o diretor da FTX Consultoria Econômica, Roberto
Fendt, com o tema “Globalização e Competitividade”, e o presidente da
Fenasoft Feiras de Informática, Maximiano Gonçalves Filho, que falou sobre
“Estratégias de Marketing e Globalização”.
Além desse ciclo, mais um seminário foi realizado, Marcas de Sucesso,
que trouxe a Santa Catarina Venkat Padmanabhan, professor de marketing
da Stanford University. O desafio da globalização também foi abordado em
palestra do professor de Economia da USP, Eduardo Gianetti, na entrega do
Prêmio Homem de Vendas daquele ano.
Uma palestra do consultor de empresas Roberto Shinyashiki iniciou em
agosto as atividades da diretoria feminina, que teve na programação, nos meses seguintes, a deputada Marta Suplicy, para falar da participação do Brasil na
IV Conferência Mundial da Mulher, e a psicóloga e psicoterapeuta Lúcia Leão,
que analisou os modelos e padrões culturais que influenciam de forma negativa a atuação da mulher no mercado de trabalho.
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Roberto Shinyashiki inaugura a programação da diretoria feminina.
Marta Suplicy, Maria Helena Matarazzo, Ala Szerman, Suzana
Modesto Duclós, Glória Kalil, Nélida Piñon e Adelina Clara Hess de
Souza - empresárias, políticas, escritoras e psicoterapeutas debatem
os diferentes aspectos da mulher na sociedade
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Antônio Kandir é o
convidado de Prisco Paraíso
ao assumir seu segundo
mandato
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Em promoção da Regional Norte, em setembro, o professor da
Fundação Getúlio Vargas e consultor de marketing no varejo Adão de
Souza afirmou que só recentemente a mentalidade do marketing havia
chegado ao comércio, que passara a prestar atenção no consumidor e valorizar os produtos e serviços oferecidos. Mais uma vez, a Regional elegia
com precisão o palestrante para a ocasião: naquele momento, Joinville verificava uma alteração significativa na estrutura do comércio varejista, com
a abertura de 300 novas lojas em shopping centers, alterando os hábitos
da população e mudando as relações de consumo. O convidado seguinte
da Regional foi o consultor Francisco Britto, que enfocou o tema “Marketing
de relacionamento: uma ferramenta de negócios”.
Prisco Paraíso foi eleito para um segundo mandato e tomou posse em
março de 1996, em solenidade na qual o deputado federal Antônio Kandir
falou sobre a economia brasileira. Política continua em pauta com palestra
de Ciro Gomes na Regional Sul, mas, no evento seguinte, os adevebistas
decidiram relaxar um pouco e realizaram um Almoço de Ideias com assunto mais ameno: “A arte da integração mundial através do futebol”, apresentado pelo presidente da Fifa, João Havelange.
Conjuntura nacional, marketing e perspectivas comerciais, no entanto,
voltaram à tona nos demais encontros realizados ao longo do ano: no
Almoço de Ideias de junho, o publicitário Mauro Salles, ao falar sobre “A nova realidade do marketing”, alertou que Santa Catarina não sabia “vender
com competência a sua imagem”. No seguinte, o novo embaixador do
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Brasil em Portugal, Jorge Bornhausen, discorreu sobre “O Marketing e a
Diplomacia”. Outros convidados naquele ano foram o presidente do complexo editorial Abril, Roberto Civita, que falou sobre a modernização das
comunicações, internet e mudanças na circulação de informações, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
Mantendo a pauta dinâmica do ano anterior, a diretoria feminina realizou em 1996 uma série de painéis de ideias: “Mercado de trabalho –
um desafio feminino”, com Lúcia Leão, “Encontros, Desencontros &
Reencontros”, com a socióloga e sexóloga Maria Helena Matarazzo,
“Experiência Empresarial no Ramo da Estética e Cosméticos”, com a empresária Ala Szerman, e “Aspectos Atuais da Cirurgia Plástica”, com o cirurgião plástico João Francisco do Valle Pereira.
Santa Catarina fechou 1996 voltando a conquistar a quinta posição no
ranking dos Estados exportadores (fora o sexto colocado no ano anterior),
mas sua participação no valor total exportado caiu, regredindo ao mesmo
patamar de 1994, de 5,52%, em função da variação positiva pouco significativa das exportações brasileiras naquele ano.
A evolução pífia dos valores exportados em 1996 foi decorrente da
abertura comercial e da redução cambial adotadas pelo governo. Ambas
foram fundamentais para reduzir a inflação – a qual caiu para uma taxa
mensal média de 0,5% no último trimestre de 1996 –, mas o impacto dessas medidas foi danoso para o comércio exterior.
Como boa parte do PIB estadual provinha das exportações, a ADVB/SC
engrossou o coro dos descontentes que pleiteavam a reversão da política
cambial, seja mediante maior proteção tarifária para a indústria nacional, seja
mediante desvalorização substancial do real. O governo não lhes concedeu
nem uma nem outra, mas adotou várias medidas para estimular as exportações. A mais importante foi a isenção do ICMS sobre produtos agrícolas e semimanufaturados, seguida da ampliação do alcance e da redução dos custos dos financiamentos à exportação concedidos pelo BNDES.
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João Havelange, Carlos
Arthur Nuzman e Roberto
Civita: temas e assuntos
variados nos eventos cada
vez mais prestigiados
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Francisco Gracioso,
Raimar Richers, Carlos
Stüpp, Maurício de Souza
e Hans Prayon. Abaixo,
Prisco Paraíso entrega o
cargo a Derly Massaud
de Anunciação
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Santa Catarina conservou até o fim da década a quinta posição entre
os Estados exportadores, com uma participação de aproximadamente 5%
do total exportado pelo país. Mas os valores decresceram ano a ano devido
à política cambial do governo federal.
O segmento feminino manteve programação intensa também em
1997, com palestras da presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida
Piñon (“A memória da mulher”), da fundadora das Empresas Dudalina,
Adelina Hess de Souza (“Retrato de Família”), e da psicoterapeuta Suzana
Duclós (“Crise – uma possibilidade de mudança”).
Talvez pela primeira vez até então no Almoço de Ideias, um palestrante
de fora de Santa Catarina citou iniciativas de empresas estaduais como exemplos bem-sucedidos de estratégias de marketing. E o elogio partiu de ninguém menos que o presidente da Escola Superior de Propaganda e Marketing
– ESPM de São Paulo, Francisco Gracioso. Ele se referia ao trabalho realizado
nas últimas décadas pelas agroindústrias e pelos plantadores de maçã de
Santa Catarina, que vislumbraram cenários futuros e consolidaram posição no
mercado nacional: em uma década, o frango passou a ocupar metade do
mercado de carne bovina, enquanto a maçã catarinense conquistou 80% do
espaço até então pertencente ao produto argentino.
Gracioso previu também um cenário amplamente favorável para a
propaganda e o marketing a partir da abertura da economia e do controle
da inflação, que haviam elevado em R$ 15 bilhões o mercado de consumo
no Brasil, projetando para os anos seguintes o surgimento de novos valores, hábitos e polos de desenvolvimento no país.
Outros convidados em 1997, para almoços de ideias ou palestras na entrega das premiações da ADVB/SC, foram o diretor do Instituto Brasileiro para
o Desenvolvimento Industrial (IBDI), Mauro Passos; o consultor de empresas
e estrategista Raimar Richers; o secretário da Fazenda, Nélson Wedekin; o
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empresário e cartunista Maurício de Souza; o presidente da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas, Carlos Stüpp; o vice-presidente do Sistema
Jornal do Brasil, Sérgio Rego Monteiro; a empresária e consultora de modas
Glória Kalil; e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau
(Acib) e vice-presidente da Hering Têxtil, Hans Prayon.
Prayon mostrou como foi possível ao setor têxtil catarinense entrar em
processo de recuperação financeira em 1996, depois de acumular prejuízos por vários anos consecutivos, devido, principalmente, ao custo elevado
da mão de obra e à “concorrência desleal” das indústrias instaladas no
Nordeste, favorecidas por subsídios fiscais. A receita para superar a crise, explicou, foi reduzir pela metade o custo da mão de obra, com a terceirização
e a formação de cooperativas, além de reestruturar as empresas para produzirem artigos mais sofisticados, com maior valor agregado, ampliando
sua competitividade em mercados mais exigentes.
Motivos particulares levaram Paulo Prisco Paraíso a deixar a presidência da ADVB/SC, em dezembro 1997, pouco tempo antes de completar
seu segundo mandato, sendo substituído pelo vice-presidente Derly
Massaud de Anunciação, que ocupou o cargo em caráter provisório, até
a eleição do novo presidente.
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Consolidação
O professor e empresário Carlos Wolowski
Mussi foi eleito em janeiro de 1998 com a
missão de diversificar as atividades e am­
pliar os quadros da entidade. “Havia a neces­
sidade de um processo de renovação e tra­
tamos de atrair associados jovens com­pro­
metidos com nosso projeto”, explica.
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A principal marca da administração de Carlos
Wolowski Mussi, que teve as regionais Itajaí, Norte e Sul, foi a criação do Prêmio
Empresa Cidadã, para homenagear empresas e empresários catarinenses que
priorizem ações voltadas à área social. Foi instituído numa época em que a
questão da responsabilidade social das organizações começava a ganhar destaque, e se equiparou em importância às duas premiações tradicionais da
ADVB/SC na época – o Top de Marketing e o Prêmio Homem de Vendas, que,
durante a gestão de Mussi, teve o nome mudado para Personalidade de
Vendas, de modo a também poder premiar mulheres.
Podem participar do Prêmio Empresa Cidadã empresas que desenvolvam projetos nas áreas de preservação ambiental, desenvolvimento
cultural e participação comunitária. Esta terceira vertente engloba trabalhos voltados ao benefício da comunidade de um modo geral, como incentivo ao esporte, e projetos de assistência a populações prejudicadas
por situações críticas, como enchentes, secas e epidemias, e a grupos de
menores ou adultos em situação de risco.
“O que fortalecemos com a criação do Prêmio Empresa Cidadã não foi o
marketing propriamente dito, mas a institucionalização da responsabilidade
social como uma questão a ser considerada pelas empresas”, explica Mussi. “A
ADVB/SC é uma premiadora de resultados, e os resultados alcançados pelas
empresas neste particular têm de ser reconhecidos, de modo a estimular outras pessoas a seguirem o exemplo, difundindo comportamentos positivos
que possam consolidar a formação cultural da sociedade.”
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Ainda no período em que Mussi presidiu a ADVB/SC, teve prosseguimento o ciclo de palestras e debates, priorizando temas técnicos e relacionados ao
momento que o país vivia. Entre os palestrantes, o secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Pedro Parente; o vice-presidente da República, Marco
Maciel; a diretora de marketing para o Cone Sul do grupo Meliá, Elizabeth
Pedro Parente faz palestra na
posse de Carlos Wolowski
Mussi, cuja gestão foi marcada
pela presença de outros
convidados, como o
ex-ministro Mailson da
Nóbrega, o jornalista Lucas
Mendes, a prefeita Angela
Amin e o vice-presidente
Marco Maciel
Wada; a prefeita de Florianópolis, Angela Amin; o ex-ministro Maílson da
Nóbrega (promoção da Regional Sul); o prefeito de Joinville, Luiz Henrique da
Silveira; e o presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria –
CNI, Stefan Bogdan Salej. O jornalista Lucas Mendes também foi palestrante,
assim como o carnavalesco Joãosinho Trinta (em Criciúma).
Ao terminar sua gestão, o Programa de Profissionalização do Menor
Carente chegava ao marco de 990 adolescentes atendidos.
O presidente Fernando Henrique Cardoso foi eleito para um segundo
mandato, em 1998, com a promessa de manter inalterada a política econômica, mas a continuidade da crise financeira mundial abalou a economia
brasileira e, em 1999, o governo alterou a política cambial, provocando
grande desvalorização do real.
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José Carlos Portella Nunes
recepciona, em sua posse, o
palestrante Jorge Bornhausen.
Abaixo, realizações e eventos
da ADVB/SC continuam
tendo espaço na mídia
Mussi foi substituído pelo seu vice-presidente executivo, o engenheiro e empresário da área de construção José Carlos Portella Nunes, eleito
em dezembro de 1999 e empossado em março do ano seguinte, em solenidade em que o senador Jorge Bornhausen deu palestra sobre o Código
de Defesa do Contribuinte. Segundo presidente da ADVB/SC escolhido fora do setor de marketing e comunicação – o primeiro foi Paulo Prisco
Paraíso –, Portella considera “importante esse ecletismo, pois a proposta da
entidade é de incentivar o marketing agregando empresários com poder
de decisão em vários ramos de atividades”.
Com a missão de promover a recuperação financeira da associação,
ele também se empenhou em acelerar a interiorização das atividades –
criou a Regional de Balneário Camboriú e fortaleceu as já existentes –, de
modo a conferir à ADVB/SC um perfil mais estadualizado. “Outras cidades
viam a associação como restrita a Florianópolis, por isso centramos esforços no sentido de levá-la ao interior todo”, explica.
Em artigo que escreveu naquele ano para o jornal Gazeta Mercantil,
Portella Nunes antecipou que o maior desafio da ADVB/SC em sua gestão, diante das transformações sociais, políticas e econômicas do país e
do mundo no início do milênio, seria enfrentar o que chamou de guerra
da globalização. “Uma guerra sem fronteiras, sem derramamento de sangue, mas nem por isso sem vítimas. Com o advento da rede mundial de
computadores, o século XXI será marcado pela revolução das revoluções,
que é a revolução da educação.”
E, nesse contexto, observou, “nada mais lógico que a ADVB/SC defina
seu foco de atuação na educação”, colaborando para a redução do contingente de cidadãos “duplamente excluídos: excluídos da sociedade de produção pós-industrial e excluídos da nova tecnologia da informática.”
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Portella apontou como instrumento prático de sua gestão com essa
finalidade o projeto de cursos, para propiciar aos empresários conhecimentos que os capacitem a enfrentar uma economia cada vez mais globalizada. “Do contrário, as empresas de capital nacional diminuirão significativamente sua participação no PIB e nossa nação tenderá a ser uma colônia
do capital internacional”, declarou.
Entre 2000 e 2001, a ADVB/SC realizou grande número de palestras, destaA crise de energia é o assunto
do momento. Para debater a
questão, Portella recebe na
ADVB/SC Luiz Gomes, da SC
Gás (à esquerda), e João
Paulo Kleinübing (à direita),
da Eletrosul. Acima, o
lançamento do livro de
Mailson da Nóbrega. Abaixo,
Francisco Amaury Olsen, da
Tigre, recebe de Esperidião
Amin o troféu Personalidade
de Vendas 2001
cando-se entre os convidados o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega,
que também lançou seu livro sobre seis anos do Plano Real; o ministro dos
Transportes Eliseu Padilha, que explanou o projeto de integração do Mercosul
através de rodovias, trens e hidrovias; e o delegado da Receita Federal em
Florianópolis, Janir Cassol, que discorreu sobre a CPMF.
A crise do setor energético, acentuada em 2001 e com desdobramentos no ano seguinte, deixou o empresariado catarinense apreensivo, levando a ADVB/SC a convidar autoridades e especialistas do setor para debater
as alternativas adotadas pelo poder público para assegurar o fornecimento
de energia às indústrias. Os esclarecimentos foram prestados pelos presidentes da Eletrobrás, Cláudio Ávila da Silva, da Eletrosul, João Paulo
Kleinübing; e da SCGás, Luiz Gomes.
Foi um tempo também de grande movimentação na Regional do Vale do
Itajaí. Em Blumenau, o vice-presidente do BNDES, José Mauro Carneiro da
Cunha, discorreu sobre a política de financiamento do banco, e o presidente
da Embratur, Caio Luiz de Carvalho, abordou as perspectivas do setor no novo
século. E, em Itajaí, foram realizados o seminário Como chegar ao Top, para
orientar as empresas sobre como deveriam apresentar seus cases, e as palestras “Motivação em Rede”, a cargo do palestrante motivacional Adonai Zanoni,
e “Gestão de Relacionamento”, com o consultor Vicente Argentino.
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O presidente seguinte foi Giancarlo Tomelin, empreendedor nas áreas
de comércio internacional e shopping centers, ex-diretor administrativo e vice-presidente em gestões anteriores, eleito em abril de 2002 para o primeiro
de seus dois mandatos. Ele integrava a ADVB/SC desde o tempo em que estudava Administração de Empresas, quando filiou à associação o diretório
central de estudantes, do qual era presidente, com o objetivo de propiciar
aos alunos, ainda no período de formação, contato direto com o marketing
e a gestão empresarial nos encontros que ela promovia.
Primeiro integrante da segunda geração adevebista a assumir o cargo,
ele tomou posse no mesmo mês, com o compromisso de fortalecer a entidade nas maiores cidades do Estado. Em seu discurso, centrado na importância do marketing, ele citou, como exemplo a ser seguido pelos profissionais de marketing, uma característica de Pelé: “Ele dizia que não ia aonde
a bola estava, mas aonde a bola iria estar”.
Na palestra que proferiu na posse de Tomelin, o presidente do
Conselho de Administração da Sadia e futuro ministro do Desenvolvimento
87
No alto, os vencedores
do Top de Marketing
2001. Acima, alguns
dos premiados no
Empresa Cidadã do
mesmo ano. Abaixo,
Giancarlo Tomelin
assume o primeiro de
seus dois mandatos
como presidente
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do Brasil, Luiz Fernando Furlan, lamentou que o Brasil, por não caracterizar a origem de boa parte dos produtos exportados, ainda carecesse de
uma marca forte no exterior. A declaração de Furlan dava a entender que
estava faltando marketing às empresas e era uma repercussão ampliada,
quase 20 anos depois, da preocupação dos pioneiros da ADVB/SC com a
maior divulgação do made in SC.
Além de priorizar a estadualização, promovendo um grande salto no
número de regionais, de quatro para sete – Sul, Norte, Oeste, Planalto, Litoral/
Norte, Blumenau e Tubarão –, Tomelin deu atenção especial às palestras nacionais e às premiações. Para diversificar um pouco a temática dos eventos,
ampliou o leque de convidados para além do mundo empresarial e governamental, trazendo gente de outras áreas, como o piloto Rubinho Barrichello
e a família Schürmann, conhecida por suas navegações em torno do mundo,
“porque falam de superação, de metas a serem alcançadas e de como atingiram seus objetivos”. Também jornalistas e articulistas nacionais marcaram
presença, como Luis Nassif e Salete Lemos.
A maior parte dos encontros, no entanto, era centrada em temas conjunturais de interesse específico dos associados. Nessas ocasiões, afirma
Tomelin, a ADVB/SC “cobrava eficiência de gestores públicos”. Com o mesmo espírito, a associação se aliou a outras entidades para pressionar o governo a realizar as reformas tributária e fiscal e buscar a estabilização econômica, mediante a administração da inflação e do câmbio.
A família Schürmann e
Rubinho Barrichello em
palestras abordando
metas e superações
Outros convidados aos eventos naquele ano foram o vice-governador,
Paulo Bauer, o qual, na posse da vice-presidência regional de Joinville, afirmou que Santa Catarina era um exemplo nacional e paraíso da pequena e
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microempresa; o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, que discutiu as perspectivas do setor energético; e o presidente da agência
JWThompson, Álvaro Novaes, que mostrou como construir marcas em
tempo de crise, na posse da vice-presidência da regional de Blumenau.
Naquele ano, a ADVB/SC ainda realizou o Primeiro Seminário de Marcas do
Sul do Brasil, em parceria com o Sebrae nacional.
Em decorrência da crise cambial de 1998, o segundo mandato de
Fernando Henrique Cardoso registrou queda na taxa de crescimento do país,
desemprego e aumento da dívida pública. Esse conjunto de fatores negativos criou um clima de desconfiança e incerteza quanto aos rumos da economia nacional, acentuado algum tempo antes das eleições seguintes, porque
havia o temor, entre os investidores, de que Luiz Inácio Lula da Silva pudesse
adotar medidas econômicas radicais, caso fosse eleito.
Para tranquilizar esses setores, Lula se comprometeu, num documento conhecido como Carta aos Brasileiros, a não fazer alterações significativas na economia. Ele derrotou o tucano José Serra no segundo
turno, em 27 de outubro, recebendo 61,27% dos votos, e o PT permanece no poder até os dias de hoje.
Em 2003, ano em que o ex-metalúrgico do ABC ocupou o Palácio do
Planalto, a ADVB/SC instituiu o Prêmio Top Exportação, para premiar empresas de Santa Catarina que se destacam na exportação de seus produtos
e na comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior.
O prêmio teve importância relevante para Santa Catarina, que vinha
ampliando mercados no exterior havia alguns anos e se mantinha na quinta posição no ranking dos Estados exportadores. Como a pauta das exportações catarinenses era em grande parte composta de produtos manufaturados, como alto valor agregado, as vendas no exterior tinham peso
significativo na contribuição média estadual no PIB nacional, de 4%. No
lançamento do prêmio, Giancarlo Tomelin apontou um crescimento de
3,45% no valor das exportações catarinenses no primeiro trimestre do ano,
89
O vice-governador
Paulo Bauer e Altino Ventura
Filho, da Eletrobrás
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Um dos grandes eventos
promovidos pela associação, o
Prêmio Top de Marketing é uma
homenagem aos que se utilizam
de técnicas de marketing para
vencer desafios. Acima, os
vencedores do ano de 2003
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em comparação com o mesmo período do ano anterior, e destacou a condição superavitária da balança comercial do Estado.
Outra novidade adotada na gestão de Tomelin foi o Fórum de Per­
sonalidades de Vendas – encontros de empresários anteriormente contemplados com o Prêmio Personalidade de Vendas, nos quais eles discutem entre si temas de interesse da categoria e transmitem experiências e
informações aos demais associados. “A principal contribuição da ADVB/SC
para os profissionais de marketing e vendas é o conhecimento, a informação, os valores éticos e a credibilidade que ela gera”, afirma Tomelin, ao explicar o objetivo da nova promoção.
Enquanto a poeira das recentes mudanças políticas ainda pairava no
ar e predominava um clima de incerteza nos setores produtivos diante do
que poderia vir a acontecer na área econômica, a ADVB/SC dirigia suas atividades no sentido de municiar os associados com informações que lhes
permitissem situar-se com mais segurança dentro do novo cenário e antecipar as repercussões no mercado das ações do governo.
Com público cada vez maior, os eventos da ADVB/SC realizados em
Florianópolis, Criciúma, Blumenau e Chapecó tiveram como palestrantes,
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entre outros, o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, e o presidente do
grupo McDonald’s no Brasil, Marcel Fleischmann.
Ainda dentro do projeto de impulsionar as ações regionalizadas, a
ADVB/SC promoveu o Seminário Mercado e Cultura, na regional de
Joinville, e a Oficina de Marketing e Comunicação, na regional Oeste.
Também naquele ano, Tomelin integrou a comitiva de entidades e empresários que foi a Brasília para reivindicar a criação de um ministério ou
secretaria especial da micro e pequena empresa.
Tomelin foi reeleito para mais um biênio e tomou posse em março de
2004. Presente à solenidade, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, deu uma palestra em tom otimista, abordando o tema “Brasil rumo ao desenvolvimento”. Ele previu certo: naquele ano o crescimento do
PIB nacional evoluiria de 1,1%, em 1993, para 5,7%. No evento, Tomelin pediu ao presidente do BC que a taxa Selic baixasse de 16% para 8%.
Ao completar 20 anos de existência, a ADVB/SC foi homenageada pela
Câmara de Vereadores de Blumenau. Na mesma cidade, a Regional realizou
várias palestras com convidados nacionais, entre eles o governador de
91
O seminário Mercado e Cultura,
realizado em Joinville, impulsiona
as ações regionalizadas.
Abaixo, Henrique Meirelles é o
convidado especial na segunda
posse de Giancarlo Tomelin, que
contou também com a presença
do ex-governador Casildo
Maldaner e do governador
Luiz Henrique da Silveira
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O consultor James Hunter,
José Carlos da Silva Pinheiro
Neto, da GM, Antônio Maciel
Neto, da Ford, e Chieko Aoki,
da Blue Tree. Abaixo, os
premiados com o troféu
Personalidade de Vendas
Roberto Barreiros (2002),
Hans Dieter Didjurgeit
(2004) e Manoel Arlindo
Zaroni Torres (2005)
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Goiás, Marconi Perillo, e o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos da
Silva Pinheiro Neto. Outros palestrantes, em Florianópolis, foram o governador Luiz Henrique da Silveira e o ex-ministro da Fazenda Mailson da
Nóbrega (também em Chapecó) e, no ano seguinte, o consultor James
Hunter, autor do livro O Monge e o Executivo, a presidente da rede Blue Tree,
Chieko Aoki, e o presidente da Ford Brasil e depois da Ford América do Sul,
Antônio Maciel Neto, responsável pelo reposicionamento da Cecrisa no
mercado nacional de revestimentos cerâmicos. Ele atribuiu à estratégia de
vendas adotada pela Ford o crescimento superior a 9% registrado no primeiro trimestre daquele ano – período no qual o mercado brasileiro de automóveis acusou queda de 10% – e o aumento de 6,6% para 12,5% na sua
participação no mercado em dois anos.
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Top de Marketing, Empresa
Cidadã e Top Exportação: os
premiados em 2004. Abaixo,
a mídia destaca o novo
prêmio da ADVB/SC
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Capacitação
Incentivar e aprimorar o mix de atividades
tradicionais da ADVB/SC – premiações, en­
contros para troca de experiências e cursos
– foi a tônica da gestão do empresário do
ramo de importação Natanael Santos de
Souza, diretor financeiro nas gestões dos
dois presidentes anteriores, e que assumiu
a presidência da entidade em março de
2006 para um mandato que se estendeu
até o fim de 2007.
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Entre os principais méritos da associação,
Natanael Santos de Souza destaca seu “caráter agregador”, ao reunir diferentes segmentos da economia em torno de um ideal comum. “A ADVB/SC
é uma associação não partidária, preocupada em concentrar todos os setores da economia, sem competitividade entre seus associados, de modo
a promover o mercado como um todo”, afirma.
Ele também ressalta a importância das diferentes premiações – “para
dar maior visibilidade no mercado” às empresas e empresários que têm seu
trabalho reconhecido e divulgado –, assim como do processo de regionalização, que tem por objetivo levar a mensagem da entidade a todos os
pontos do Estado. Por isso, as sete regionais – Joinville, Chapecó, Criciúma,
Jaraguá do Sul, Litoral-Norte, Tubarão e Vale do Itajaí – desenvolveram programação ininterrupta em sua gestão.
Embora evite eleger um aspecto particular como o mais significativo
de seu mandato, Natanael ressalta a importância do programa de educação continuada que adotou, para possibilitar aos associados uma atualização permanente num mundo em constante transformação. “A empresa é
um organismo vivo, é feita do momento em que está vivendo, e essa troca
de experiências, essa visão de mercado que os cursos e eventos proporcionam, é interessante e salutar”, afirma.
Seu Lucro está na Compra e Desenvolvendo o Líder Atual são apenas
dois exemplos dos muitos cursos específicos que ele realizou em sua
gestão. A preocupação de proporcionar capacitação constante e atualizada aos associados teve continuidade em cursos como Vendas Campeãs:
a Arte de Negociar e Vender, Como Vender Mais que uma Ideia, Marketing
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Natanael Santos de Souza
recebe o cargo de Giancarlo
Tomelin, em solenidade
prestigiada por personalidades
do mundo político como
Eduardo Pinho Moreira
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Estratégico: como Orientar-se num Mundo Hipercompetitivo, Ascensão
e Queda do Planejamento Estratégico e Liderança Estratégica para
Resultados, realizados em gestões posteriores.
Em anos seguintes, a ADVB/SC ampliou o leque de opções de aprendizado, incorporando ao seu programa de capacitação cursos mais aprofundados, principalmente a partir da consolidação da parceria com a
Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM/Sul, que possibilitou
a realização de um curso de pós-graduação em Marketing Estratégico
em 2011. Além desse, que teve uma segunda turma no ano seguinte,
houve outros quatro cursos de curta duração, sempre em parceria com a
ESPM/Sul: Fundamentos do Marketing Digital, realizado em Florianópolis
e Joinville, Gestão de Empresas Familiares, Planejamento de Mídia Digital
e Marketing para o Mercado Imobiliário.
A oferta de capacitação permanente prosseguiu com os cursos
Potencializando a Força das Vendas, Televendas, Maximização de Resultados,
Negociação, Comunicação, Marketing no Comércio, Atendimento ao
Cliente, Desenvolvendo o Líder e Como Administrar seu Tempo. A esses foram posteriormente agregadas disciplinas relacionadas às transformações
do mercado na era digital, como Marketing Digital, Gestão de Marcas em
Redes Sociais e E-commerce.
Para se ter uma ideia do alcance da iniciativa, entre 2007 e 2011, os cursos abertos e in company promovidos pela ADVB/SC formaram cerca de 500
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alunos. “A promoção da educação continuada tem sido uma das principais
preocupações da associação, por entender que o empresário deve estar em
contato permanente com as inovações e novas técnicas que surgem no
mercado a cada dia que passa”, observa Natanael. “Por isso, ela não mede esforços ao procurar o melhor para capacitar empresários e dirigentes, de modo a fortalecer o mercado em seus diferentes aspectos.”
Esta é também a visão da empresária Maria Carolina Linhares, que presidiu a ADVB/SC anos depois e é igualmente entusiasta dos resultados do
ensino continuado. “Não se pode mais dizer que já estudamos tudo o que
tínhamos que estudar. Hoje não se para de estudar, a educação acontece
durante toda a vida, para acompanhar mudanças, novas práticas etc. Todos
os grandes executivos que eu conheço nunca param de estudar, e esse
aprendizado não é mais restrito às salas de aula, pode se dar pelas facilidades da internet, por meio da troca de experiências que ampliam nosso conhecimento, ou ainda em cursos propriamente ditos.”
No biênio 2012/2013, a ADVB/SC ofereceu aproximadamente 1000
horas-aula aos associados, capacitando mais de 900 profissionais, em diversos programas. Além de três turmas em nível de pós-graduação e outras cinco em cursos de curta duração através do convênio com a ESPM/
Sul, em Florianópolis, Joinville e Chapecó, a associação firmou convênio
com a Unisul Virtual, para cursos de extensão online direcionados principalmente ao segmento de negócios, e estabeleceu parcerias com o
Instituto de Capacitação e Treinamento de Florianópolis (ICT) e a
E-commerce School.
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Liderança, estratégias de
marketing, administração
de tempo, planejamento, a
arte de negociar e vender
são assuntos de alguns dos
diversos cursos oferecidos
para capacitação e
permanente atualização
dos associados
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No sentido horário, os premiados em 2006 com o Top de Marketing,
Top Exportação, Empresa Cidadã. O Prêmio Personalidade de Vendas
foi conquistado por Sônia Hess de Souza, da Dudalina
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Os premiados com o Top de Marketing (no alto), Top Exportação
(acima), Personalidade de Vendas – Antônio Koerich, do grupo
Koerich (à esquerda, ao lado do prefeito Dário Berger), e os
agraciados com o título de Empresa Cidadã (abaixo) em 2007
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Eventos
e relacionamento
O estilo descontraído do empresário do ramo
de comunicações Carlos Joffre do Amaral
Netto, presidente da diretoria na gestão
2008/2009, se fez sentir já na solenidade de
posse, em março de 2008. A Olimpíada de
Pequim que seria realizada naquele ano ser­
viu de inspiração tanto à divulgação do even­
to, cujo convite trazia a frase “Conheça quem
vai fazer você subir no pódium da ADVB”,
quanto à cerimônia, na qual o iatista Bruno
Fontes, atleta olímpico, conduziu uma das to­
chas da Olimpíada de Atenas em 2004 até o
palco onde a nova diretoria tomou posse.
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“Fizemos uma analogia com o espírito olímpico,
para colher bons resultados”, explica Carlos Amaral, ex-diretor das áreas
de Expansão e de Eventos nas gestões anteriores. A ideia foi bem recebida pelos associados e isso o motivou a conferir uma característica temática aos eventos de sua gestão, de modo a despertar o interesse de um
público mais abrangente. “Foi uma maneira de adicionarmos um tempero, um atrativo a mais nas solenidades.”
Foi assim, por exemplo, na entrega do Top Exportação, em julho de
2008, em Itajaí, que teve como slogan “Com um banquinho e um violão,
muitos brasileiros já encantaram o mundo” e como atração especial a
cantora Elza Soares, interpretando sucessos da Bossa Nova. “Para uma
premiação que homenageia a exportação, o que melhor do que falar do
grande produto que o Brasil exporta, sua música, e quem se não Elza
Soares para comemorar os 50 anos da Bossa Nova, a música com que o
Brasil ficou conhecido lá fora?”
Na entrega do Top de Marketing, em novembro, com a presença do
governador Luiz Henrique da Silveira e apresentação do Teatro Bolshoi, o
tema foi “os clássicos da ousadia”, procurando fazer uma analogia entre o
clássico da dança e a ousadia dos cases de marketing.
Antes da premiação, foi realizado o Fórum Liderança e Marketing, com
Jóster Macedo (executivo da Tyson Foods no Brasil), Guilherme Jacob (presidente da Akakia Cosméticos) e Izael Sinem (diretor de Comunicação e
Marketing da Nestlé Brasil).
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Preceder as premiações por debates e palestras, a exemplo do que acontecia apenas no Top de Marketing, antecedido do Fórum de Personalidades
de Vendas, foi uma inovação adotada na gestão de Amaral.
Desse modo, explica, nasceu o Painel de Ideias, em que três lideranças empresariais já agraciadas com o Prêmio Personalidade de Vendas
debatem um assunto específico, “de modo a valorizar e divulgar o empreendedorismo catarinense”. A estreia deste formato foi em Jaraguá do Sul,
em maio de 2008, na posse da vice-presidência local. A segunda edição
aconteceu em agosto desse mesmo ano, em Lages, também na posse da
A Olimpíada de Pequim,
que se realizaria no mesmo
ano, serve de tema para
a cerimônia de posse de
Carlos Joffre do Amaral
Netto. A inspiração é o
espírito esportivo. O iatista
Bruno Fontes, atleta
olímpico, conduz até o
palco uma das tochas da
Olimpíada de Atenas
vice-presidência regional.
Em ADVB Ideias, outra atividade introduzida na gestão de Amaral, há apenas um palestrante e as regionais são privilegiadas – o primeiro foi realizado
com o consultor Renato Meirelles e teve como tema o marketing popular.
No mesmo ano foi também lançado o novo portal da ADVB/SC, mais
ágil, moderno e dinâmico, para facilitar a navegação, e enriquecido de notícias, artigos e de um calendário de cursos e eventos. E a sede da associação passou por uma reforma, que aprimorou a estrutura de atendimento e
dotou todas as dependências de visual novo.
Em 2008 o planeta foi sacudido pela crise econômica mundial que levou
à falência alguns grandes bancos internacionais e fragilizou vários países. E,
embora o presidente Lula tenha avaliado sua repercussão no Brasil como
“apenas uma marolinha”, o setor de marketing foi diretamente atingido.
“Acabou o dinheiro, as verbas para marketing foram reduzidas à metade, a um
terço, e as empresas tiveram que ser muito mais criativas, forçando as equipes
a trabalhar com menos dinheiro”, lembra Amaral.
O desafio foi superado, em sua avaliação, devido à grande capacidade de adaptação do marketing. “Mudou tudo no marketing com essa
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No alto, Painel de Ideias com Hans Dieter
Didjurgeit, Ninfo Valtero König e Décio da
Silva. Acima, Izael Sinem, Guilherme Jacob
e Jóster Macedo no Fórum de Liderança e
Marketing. Novos formatos, com mais
debates e trocas de experiências, nos
eventos promovidos pela associação
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A sede própria passa por uma
reforma total. Hall de entrada,
auditório, sala de reuniões e
parte administrativa recebem
um novo visual e modernos
equipamentos, aprimorando a
estrutura de atendimento
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Carlos Joffre do Amaral Netto,
Antunes Severo e Giancarlo
Tomelin, presidente e expresidentes, recebem em nome
da ADVB/SC a homenagem da
Assembleia Legislativa pelos
25 anos da associação
nova realidade, mas ele se adapta às dificuldades do mercado. Para mim,
a melhor definição de marketing é entender o mercado para atendê-lo
bem. Por isso ele está sempre mudando. Se não se adaptar, morre. Não
havia mais dinheiro, o marketing teve de conhecer e entender esse novo
consumidor, com suas restrições de consumo. Teve de se adaptar, reformular seus conceitos de como atender, como vender, onde expor o produto, que forma ele deve ter. “
Nesse ano, a associação instituiu um novo prêmio, o Top Turismo, equiparado em importância aos já existentes e seguindo a iniciativa de outras
ADVBs. A entrega do primeiro, prevista para novembro de 2008, teve de ser
transferida, devido aos desastres naturais que atingiram o Estado naquele
ano, e só aconteceu em março de 2009.
O novo prêmio foi criado para impulsionar ainda mais o turismo catarinense – “patrimônio maior de Santa Catarina”, nas palavras de Carlos
Amaral – num momento em que a atividade estava em alta. Com efeito,
em 10 anos, o número de turistas no Estado na alta temporada crescera de
2,3 milhões (1999) para 4,4 milhões, enquanto no plano nacional o setor vinha registrando uma evolução superior à da economia como um todo e
era responsável por 3,6% do PIB brasileiro.
Idealizado para premiar ideias, lideranças, iniciativas, estruturas, ações
públicas e privadas que contribuam para o incremento e a consolidação
do setor, o Top Turismo foi lançado no primeiro Seminário de Turismo, no
parque Beto Carrero World, no município de Penha, realizado em parceria
com o Governo do Estado, também interessado em criar um prêmio para
reconhecer iniciativas no setor turístico.
Numa homenagem ao empresário Sérgio Murad, conhecido popularmente como Beto Carrero e criador do Beto Carrero World, que havia
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Mais uma premiação passa
a fazer parte do calendário
de eventos: o Top Turismo,
instituído em 2008
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falecido recentemente, a ADVB/SC deu seu nome à medalha e ao diploma
entregues aos vencedores do Top Turismo, enquanto o governo do Estado
conferiu o Troféu Beto Carrero de Excelência em Turismo à personalidade,
ao município e ao empreendimento turístico do ano.
Também foi iniciativa de Carlos Amaral a instituição do Top One nos
prêmios Top de Marketing e Top Turismo, a partir de 2009, para destacar os
cases que, entre todos os premiados, receberem a maior pontuação do júri.
“Como não divulgamos a nota dos premiados, essa é uma forma de dar um
reconhecimento ao melhor dos melhores”, explica.
Em meio à crise, que insistia em não recuar, o ano de 2009 foi de festa
para a ADVB/SC, que completou 25 anos de atividades. Entre os vários
eventos e realizações para comemorar a data, a entidade recebeu em 7 de
julho uma homenagem da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em
reconhecimento à sua atuação durante um quarto de século.
A iniciativa foi proposta pelo deputado Giancarlo Tomelin, ex-presidente da associação, que destacou seu papel de “propulsora do talento
empreendedor no Estado”, por intermédio de seus prêmios, palestras e encontros. “A moeda de troca do século 21 é o relacionamento e a ADVB faz
isso há 25 anos com credibilidade”, afirmou na ocasião.
Já Carlos Amaral ressaltou que a força da entidade se deve a três bandeiras: “o reconhecimento, por meio de seus prêmios, a capacitação, por
meio de seus cursos, e o relacionamento, por meio dos encontros, onde há
troca de informações.”
Ainda em 2009, uma das promoções mais concorridas e comentadas da
ADVB/SC ao longo de sua história aconteceu quase que por acaso. Cerca de
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Fernando Henrique Cardoso faz palestra beneficente e o
dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos é utilizado na
reconstrução de uma escola de Blumenau, atingida pelas
catástrofes naturais de 2008. Na foto abaixo, Carlos Amaral e
o prefeito João Paulo Kleinübing entregam o cheque aos
representantes da Escola Professora Alice Thiele
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500 pessoas lotaram o Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, para assistir, em 2
de outubro desse ano, a uma aula especial de sociologia política do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, professor e autor de vários livros sobre mudança social e desenvolvimento no Brasil e na América Latina,
atualmente presidente do instituto que leva seu nome.
A palestra teve caráter beneficente e o dinheiro arrecadado com a
venda dos ingressos foi revertido à Escola Municipal Alice Thiele, em
Blumenau, para a recuperação da estrutura física, severamente danificada
na enchente do ano anterior. Além da reconstrução quase que total da escola, a receita da palestra permitiu também a aquisição de material esportivo para os alunos, e Amaral lembra com emoção a felicidade das crianças
quando receberam de suas mãos e das do deputado Giancarlo Tomelin, representando FHC, as bolas, chuteiras e camisetas.
O que pouca gente sabe é que FHC aceitou fazer a palestra gratuitamente a partir de uma conversa puramente informal com o presidente da
ADVB/SC, durante evento em Minas Gerais, no qual eles foram apresentados. Ao saber que Amaral era catarinense, o ex-presidente perguntou como estava o Estado depois das catástrofes naturais de 2008, quando as
chuvas intermitentes provocaram desbarrancamentos com graves consequências em várias regiões catarinenses.
– Santa Catarina está de luto – respondeu Amaral, e acrescentou: – O
presidente poderia nos ajudar.
– Como posso ajudar? – indagou FHC, solidário, mas observando que
não era mais presidente.
Os dois refletiram um pouco e acabaram optando pela palestra.
A partir do resultado em Blumenau, o espírito filantrópico foi incorporado às realizações posteriores promovidas pela associação, que, em muitos
eventos, passou a reverter parte da arrecadação a entidades beneficentes. “Se
a ADVB/SC estimula as melhores práticas sociais com o Prêmio Empresa
Cidadã, como se furtar de também promover a cidadania?”, destaca Amaral.
No mesmo ano, a ADVB/SC realizou outra palestra beneficente com
uma celebridade, novamente por mero acaso. Sabendo que o vice-governador, Leonel Pavan, iria a Nova York se encontrar com o ex-prefeito
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Rudolph Giuliani, na época pré-candidato à presidência de seu país, Amaral
entregou a ele uma carta convidando o político norte-americano a dar
uma palestra em Santa Catarina sobre segurança e gestão em turismo.
Giuliani era o prefeito no momento dos atentados de 11 de setembro e já
se tornara conhecido pelo Programa Tolerância Zero, que reduziu sensivelmente a criminalidade naquela metrópole.
Por sorte, ele estava com viagem marcada para o Brasil, onde participaria
de alguns eventos, e mostrou interesse em conhecer Santa Catarina. Exigiu
apenas que o encontro fosse fechado, somente para convidados. A promoção, em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), foi realizada em 1º de dezembro e atraiu 1.200 pessoas.
A gestão seguinte teve no comando uma mulher, a primeira a presidir a ADVB/SC. A consultora e empresária na área de gestão de pessoas
Maria Carolina Linhares tomou posse em março de 2010, sem precisar
provar que poderia sobressair pela qualidade de seu trabalho num ambiente preponderantemente masculino.
Sua capacidade já era plenamente atestada pelo trabalho que desenvolveu na condição de diretora de Eventos na gestão anterior. Grande desafio,
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Palestra beneficente do
ex-prefeito de Nova York
Rudolph Giuliani, na foto
acima com o governador
Luiz Henrique da Silveira,
Carlos Amaral e o vicegovernador Leonel Pavan
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Premiados de 2009. À esquerda, Top One de Marketing; acima,
Top de Marketing; abaixo, Top Turismo, Top One Turismo e Empresa Cidadã;
abaixo à esquerda, o Personalidade de Vendas – Marcello Corrêa Petrelli, do
Grupo Ric Record, com o governador Luiz Henrique da Silveira. Na outra
página, os eventos temáticos de 2008 que tiveram apresentação do Bolshoi e
da cantora Elza Soares. No alto, os premiados com o Top de Marketing e,
abaixo, os vencedores do Top Turismo e Empresa Cidadã e, no canto, o
Personalidde de Vendas – Acari Luiz Menestrina, da Gran Mestri
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A posse de Maria Carolina
Linhares reúne os expresidentes Natanael
Santos de Souza, Giancarlo
Tomelin, Roberto Costa,
José Carlos Portella Nunes,
Carlos Joffre do Amaral
Netto, Carlos Wolowski
Mussi e Antunes Severo
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afirma ela, foi ter de “liderar pessoas que já são líderes em seus segmentos”,
referindo-se aos demais membros da nova diretoria, todos eles “empreendedores e executivos de sucesso”.
Com nove regionais atuantes – Blumenau, Chapecó, Grande Floria­
nópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Litoral, Sul e Tubarão –, ela se empenhou em imprimir uma gestão descentralizada, participativa e por objetivos. “Minha satisfação se dá por termos superado as previsões,
aumentando em 70% o número de associados e quadruplicando o dinheiro em caixa, uma meta que tinha por objetivo tornar a ADVB/SC mais
sustentável financeiramente”, afirma.
Ela atribui o bom resultado nas finanças ao fato de ter atraído patrocinadores para os eventos da entidade, e aponta os novos serviços e benefícios que a ADVB/SC passou a oferecer como responsáveis pelo aumento
verificado no quadro de associados.
Entre eles, destaca a biblioteca virtual, com a digitalização de todos os
cases já premiados, abrindo assim um novo canal de capacitação ao disponibilizar aos associados uma fonte permanente de consulta a experiências de
sucesso. Além dessa inovação, incorporou uma série de serviços online,
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permitindo fazer inscrições para cursos e eventos, diretamente, pelo site da
entidade. Ao mesmo tempo, a ADVB/SC ingressou nas redes sociais, servindo-se da (então) nova ferramenta para melhor divulgar suas ações e atingir
um público mais abrangente.
Ao lado dos eventos tradicionais e das premiações, que continuaram
sendo precedidos dos debates iniciados nas gestões anteriores, Maria
Carolina promoveu uma série de inovações na programação. Realizou, por
exemplo, diversos workshops e seminários, como o workshop Marketing de
Relacionamento, em maio de 2010, dentro da Expogestão, em Joinville, e o
encontro Mundo 3.0, em agosto, também em Joinville, no qual as palestras
versaram sobre o mundo digital nos negócios. E, em novembro de 2011, o
Seminário Internacional de Liderança e Marketing teve como palestrantes
empresários, consultores e homens públicos.
Ainda durante sua gestão, a ADVB/SC lançou o DVD Desafios SC – Histórias
de Sucesso do Mundo dos Negócios, iniciado pela diretoria anterior e produzido pela empresa Contraponto, para resgatar e preservar a história do
marketing de Santa Catarina. Realizou também a Pesquisa Índice de
Predição de Mercado (IPM), em parceria com o Instituto Mapa, que antecipa no âmbito estadual o comportamento do mercado consumidor e as
tendências de consumo relacionadas ao poder de compra, de modo a
nortear as ações de marketing e vendas do comércio. A primeira foi realizada em 2010, para aferir o comportamento que o consumidor teria nas
compras de Natal, e a divulgação dos resultados foi acompanhada de palestra da diretora de atendimento e planejamento do Ibope, Silvia Cervellini.
Outras três edições da pesquisa foram realizadas ao longo de 2011, para
antecipar as tendências da Páscoa, do Dia das Mães e da construção civil.
Em agosto de 2010, o Fórum dos Governadores, aberto ao público,
reuniu os três candidatos mais bem situados nas pesquisas para a eleição de governador naquele ano – Raimundo Colombo, Ideli Salvatti e
Angela Amin – para que cada um apresentasse suas propostas e ouvisse
reivindicações dos presentes. Posteriormente, a diretoria da ADVB/SC
entregou ao eleito uma carta em que lembrou as promessas feitas por
ele no Fórum. “É importante que os associados possam ouvir o que os
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Eventos do ADVB Jovem, que
reúne jovens executivos em
encontros periódicos para
desenvolver empreendedorismo
e liderança. Abaixo, recorte
do jornal Notícias do Dia
de 31 de agosto de 2010
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políticos, que são as pessoas que decidem, pensam e pretendem. É também uma forma de eles ouvirem o que nós pensamos e reivindicamos,
e de cobrarmos posteriormente as promessas”, diz Maria Carolina.
“Empresários e políticos têm que estar próximos, porque, juntos, fazem
a sociedade acontecer.”
Ela ainda incorporou novos fóruns de encontros para troca de experiências, como o ADVB Jovem e a Confraria. O primeiro, criado em setembro de 2011, é um grupo composto de jovens executivos que participam
de reuniões periódicas para desenvolver empreendedorismo e liderança
a partir do contato direto com ex-presidentes da entidade. A Confraria
tem por objetivo fortalecer os laços entre os associados de maneira informal. Em cada encontro, um associado diferente abre sua empresa à visitação dos demais, conta um pouco da história do empreendimento, explica seu método de trabalho e os objetivos que busca alcançar. No final,
todos confraternizam em torno de uma mesa, saboreando uma refeição
preparada por um dos associados.
Ainda durante a gestão de Maria Carolina, a ADVB/SC incluiu entre suas
atividades três programas de aprimoramento em diferentes áreas: o Modelo
de Excelência da Gestão, voltado à disseminação de tecnologias de gestão
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nas organizações catarinenses, criado pelo Movimento Catarinense para a
Excelência; o Movimento Brasil Eficiente, que busca sensibilizar a população,
a classe política e os governantes da importância de reduzir o peso da carga
tributária sobre o setor produtivo e simplificar e racionalizar a estrutura tributária; e o Programa Carbono OK, método reconhecido internacionalmente
para quantificar a emissão de carbono num determinado evento e calcular o
número de árvores a se plantar para neutralizar seus efeitos. Ele é desenvolvido pela empresa Ambiens Consultoria Ambiental, que também se encarrega do plantio das árvores.
Ao longo dos dois anos em que Maria Carolina presidiu a ADVB/SC, a
entidade convidou figuras de destaque nacional e internacional além de
personalidades catarinenses para palestrar nos encontros. Entre eles, o
consultor de design britânico Garrick Jones, o ex-ministro da Infraestrutura
Ozires Silva, o ex-ministro da Saúde José Serra e o governador Raimundo
Colombo, o qual, logo após tomar posse, explanou suas metas administrativas para os associados.
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O governador Raimundo
Colombo e José Serra,
dois políticos em
concorridas palestras
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2010. No alto, Top de Marketing. Acima, o
Top One de Marketing. Ao lado, a plateia
do Top Turismo. Abaixo, o Fórum de
Personalidades de Vendas, o PV do ano
– Natanael Santos de Souza, da First –
e os vencedores do Empresa Cidadã
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Os vencedores 2011 do Top de Marketing
(acima), Top One de Marketing (à esquerda), Top
Turismo, Top One de Turismo, Personalidade de
Vendas – Luciano Hang, das Lojas Havan. O
Fórum Personalidades de Vendas e os
vencedores do Empresa Cidadã.
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Reconhecimento
Promover o desenvolvimento do mercado
catarinense por meio da difusão e do forta­
lecimento do marketing foi missão funda­
mental da ADVB/SC em seus 30 anos de
existência. Fiel a esse princípio, o publicitá­
rio e administrador de empresas Juarez
Antônio Beltrão Campos procurou intensi­
ficar o processo, adotando novos instru­
mentos de divulgação a partir do momen­
to em que assumiu a presidência da
entidade, em março de 2012.
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“O marketing é estratégico para toda e qualquer
empresa, independentemente do porte, pois costura tudo, interliga as
várias disciplinas e ferramentas, das vendas à concepção do produto ou
serviço. Além do que, toda empresa precisa ter um plano para crescer ou
atingir determinado mercado, e o departamento de marketing oferece
os instrumentos necessários para colocar em prática essa estratégia, seja
com publicidade, seja com assessoria de imprensa, seja com o desenvolvimento de novos produtos ou com novos canais de venda, como o e-commerce”, afirma.
Para levar adiante seu objetivo, Beltrão, diretor de Relações com
Entidades na gestão anterior, priorizou concomitantemente várias frentes de atuação. Assim, incentivou a regionalização, por meio de investimentos e parcerias com instituições de classe, ao mesmo tempo que introduziu modernizações no formato das premiações e eventos e agregou
novas atividades ao calendário da associação.
“Ouvimos as necessidades de cada região, viabilizamos cursos e eventos importantes e incentivamos a qualificação do mercado. Estamos assim
fazendo a nossa parte para o crescimento de Santa Catarina, e esse é um
trabalho do qual nos orgulhamos”, afirma.
Entre as inovações introduzidas, ele destaca a modernização tecnológica, a partir da adoção de novos instrumentos de comunicação mais ágeis,
como o software de gestão estratégica para o setor administrativo da entidade e o Talk Show, além da reformulação do portal da associação.
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Executado em parceria com a agência digital Nacional Vox, que desenvolveu a plataforma, o novo portal da ADVB/SC foi lançado em março de
2013. Com layout moderno e acrescido de novas opções, o site facilitou a
navegação, de modo a aprimorar as possibilidades de abrangência desse
canal de comunicação, ampliando a interação da entidade com seus associados e a comunidade empresarial.
Inaugurado em julho do mesmo ano, o Talk Show ADVB/SC trouxe
uma inovação aos tradicionais encontros de ideias, substituindo a palestra
que precedia tradicionalmente as discussões por um bate-papo interativo
entre os convidados – sempre presidentes de uma empresa – e a plateia,
Juarez Beltrão discursa
ao assumir o cargo e, no
alto, com toda a
diretoria da gestão
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por meio de tablet ou celular.
A primeira edição foi realizada no auditório da Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e, durante mais de duas
horas, os participantes puderam conhecer melhor a trajetória e as estratégias de gestão adotadas pelos presidentes Eduardo Sirotsky
Melzer, do Grupo RBS; César Gomes Jr, da Portobello; e Giuliano Donini,
da Marisol, e interagir com eles.
“A ADVB/SC busca fortalecer cada vez mais seu papel de geradora de
conhecimento na área de gestão de negócios. Encontros como esse, com indivíduos que comandam empresas que enfrentam os mais variados desafios, ensinam muito e são importantes em nossa estratégia”, explica Beltrão.
As vantagens do marketing virtual – facilidade de mensuração, grande
possibilidade de segmentação, diminuição do tempo do ciclo de compra,
redução de custos, entre outros – transformaram a internet em mídia preferencial para a divulgação de produtos e serviços a partir da virada do milênio.
Conforme demonstraram pesquisas realizadas pelo Ibope, as conexões na
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
internet praticamente quadruplicaram entre 2002 e 2012, com um índice de
penetração de 60% nas regiões metropolitanas do país.
Percebendo que esse novo quadro obriga o empresário a estar cada
vez mais atento às novas tendências do ambiente digital e ao papel da publicidade online para não perder espaço para concorrentes mais atualizados com as modernas tecnologias, a ADVB/SC instituiu o workshop Digital
Meeting, que teve o foco dirigido às possibilidades do e-commerce, alinhado com estratégias de marketing e vendas digitais.
O Digital Meeting foi promovido pela ADVB Jovem, a escola de lideranças que nasceu na gestão anterior e ganhou corpo na de Juarez
Beltrão, em parceria com a CDL Jovem de Florianópolis, e suas três edições contaram com a participação de especialistas na área, que ajudaram
a divulgar no Estado o conceito de comércio virtual para mais de 100
pessoas em cada uma delas.
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Dois novos eventos
criados: acima, o
primeiro Talk Show,
com César Gomes Jr,
Eduardo Sirotsky
Melzer e Giuliano
Donini. Abaixo, o
workshop Digital
Meeting
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A ADVB/SC estimula cada vez mais a realização de encontros que abordem o universo virtual, segundo o presidente, porque as chamados “PMEs
digitais” estão ganhando cada vez mais espaço – a participação dos pequenos empreendimentos passou de 5% desse mercado para 25% no período
de 2005 a 2012, e as cerca de 10 mil micro, pequenas e médias empresas já
disputam R$ 5 bilhões em negócios realizados no mundo virtual, segundo
pesquisas e empresas que atuam no e-commerce no Brasil.
Nas gestões de Maria
Carolina e Juarez
Beltrão, a Confraria é
o evento que reúne
informalmente os
associados
Ao mesmo tempo, as sete regionais – Chapecó, Criciúma, Blumenau,
Grande Florianópolis, Lages, Joinville, Tubarão – desenvolveram programação
variada e sediaram vários eventos importantes, ampliando a capilaridade da
ADVB/SC, que se firmou definitivamente na região Oeste ao estabelecer convênio com o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom), de
Chapecó, em maio de 2013. O acordo de cooperação institucional, comercial
e de relacionamento foi assinado na abertura do primeiro Encontro de Ideias
– o nome que passou a englobar os almoços e jantares de ideias – de 2013,
ele próprio uma ação conjunta entre o Sicom e a ADVB/SC.
Com isso, a associação passou a ter no sindicato uma extensão de
sua sede, com suporte logístico e operacional para atividades na região.
O presidente da ADVB/SC assinalou que “ao divulgar melhores práticas
de vendas e de gestão, o convênio contribui para o engrandecimento
das empresas do Oeste catarinense”.
A mesma parceria possibilitou ainda a realização em Chapecó de um
painel com empresários premiados com o Personalidade de Vendas – continuando o formato inaugurado em gestões anteriores de promover debate antes das premiações – que abordaram temas como competitividade
no mundo globalizado e mudanças do cenário econômico como estímulo
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
para o sucesso. Em outubro do mesmo ano, outro Encontro de Ideias em
Chapecó tratou de Marketing 6.0 e Estratégico.
Outras promoções importantes da ADVB/SC realizadas nas regionais foram as cerimônias de entrega do Prêmio Empresa Cidadã de 2012 e 2013, em
Lages, no hotel-fazenda do Sesc, em parceria com a Fecomércio. Na edição de
2013, a promoção ganhou formato novo: além de conceder troféu, certificado e selo de Empresa Cidadã, a ADVB/SC levou um representante de cada
empresa ou instituição vencedora para uma visita técnica à fábrica da Natura,
na cidade de Cajamar, em São Paulo. A Natura foi escolhida por ser uma das
empresas brasileiras que demonstram maior preocupação com as questões
de sustentabilidade. Seu fundador, Luiz Seabra, também participou de um
Encontro de Ideias, quando discorreu sobre gestão sustentável.
Por sua vez, as regionais de Criciúma e Tubarão promoveram palestras
com o jornalista especialista em economia Ricardo Amorim sobre as grandes tendências e transformações futuras da economia brasileira e mundial,
enquanto o município de Penha sediou as cerimônias de entrega do Prêmio
Top Turismo nos anos de 2012 e 2013, realizadas no Parque Beto Carrero
World. Com o mesmo espírito, a ADVB/SC participou com estande e palestra da Expogestão, em Joinville, cidade onde também realizou em 2012 o
Seminário de Liderança e Vendas e o Top de Marketing e Vendas – a nova
denominação dessa premiação, a partir da gestão de Beltrão.
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Palestra de Ricardo
Amorim aborda as
tendências da economia
brasileira e mundial.
Luiz Seabra, da Natura,
no Encontro de Ideias,
discorre sobre gestão
sustentável
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Platéia lotada para
ouvir Jörg Henning
Dornbusch, presidente
da BMW no Brasil,
sobre os benefícios
decorrentes da
instalação no Estado
de uma unidade da
empresa alemã
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Ao longo de sua história, a ADVB/SC sempre se manteve sintonizada
com as questões relacionadas à economia e ao mercado nacionais e estaduais. Assim, quando a BMW anunciou sua intenção de montar uma fábrica
em Santa Catarina, a associação convidou para o Encontro de Ideias de
maio de 2012, em Jaraguá do Sul, o presidente da empresa no Brasil, Jörg
Henning Dornbusch. A diretoria acertou em cheio na escolha do tema e do
palestrante: a presença de Dornbusch atraiu em torno de 700 pessoas ao
evento, interessadas em conhecer os benefícios decorrentes da instalação
no Estado de uma unidade da importante empresa alemã.
Da mesma forma, a entidade estava atenta quando a classe C se
transformou num importante vetor do mercado consumidor, devido à
elevação do poder aquisitivo de grande parte da população menos favorecida em decorrência da conjuntura favorável e das políticas sociais
do governo federal.
O processo, iniciado com a estabilização econômica que se seguiu ao
Plano Real, ganhou corpo na primeira década do século 21, devido ao pleno emprego, ao avanço da escolaridade e às subvenções sociais que contribuem para aumentar a renda familiar. Em 2012, pesquisa da Fecomércio/
SP apontou que, até o final da década, o crescimento do poder aquisitivo
da população ficaria mais evidente na classe C, que representava, na ocasião, 54% dos brasileiros e que detinha capacidade de consumo equivalente a 51% da renda total das famílias.
Havia grande interesse em conhecer melhor as possibilidades e o
comportamento desse novo – e crescente – contingente de consumidores, e isso motivou a ADVB/SC a promover o seminário A Nova Classe C Está
Fazendo a Diferença?, que teve presença maciça de representantes de diversos segmentos do empresariado local.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Entre as ações desenvolvidas em 2013, seu último ano na presidência da associação, Beltrão também destaca a 11ª edição do Fórum de
Personalidades de Vendas, que reuniu nada menos de 10 importantes líderes empresariais catarinenses para debater as perspectivas e tendências do mercado local, na abertura da solenidade de entrega do troféu
daquele ano, em Palhoça, no mês de junho.
“Mais uma vez reunimos, para uma análise anual do mercado catarinense, profissionais de excelência nos negócios, responsáveis por movimentar grande parte da economia do nosso Estado. Foi uma ótima oportunidade para quem queria conhecer os melhores caminhos para investir
em Santa Catarina”, ressaltou.
Em outubro 2013, foi lançado o documentário intitulado Desafios
SC – Para Mudar o Mundo, idealizado pela ADVB/SC e produzido
pela empresa Contraponto, apresentando ações de sustentabilidade no Estado. Com 56 minutos de duração, o documentário
aponta a importância da preservação do meio ambiente nas atividades empresariais e, principalmente, mostra exemplos bem-sucedidos de projetos que aliam desenvolvimento econômico e
social e sustentabilidade ambiental em várias regiões de Santa
Catarina. O documentário foi distribuído para instituições de ensino, empresas, associados e parceiros da entidade e pode também ser acessado no portal da associação.
“Com seus prêmios e a valorização de iniciativas positivas em áreas
como o marketing, as vendas, o turismo e a responsabilidade social, a
ADVB/SC assume o papel de inspiradora para que mais empresas adotem
as melhores práticas. O vídeo segue essa filosofia, de impulsionar novos
projetos de sucesso”, declarou Beltrão em seu lançamento.
A preocupação com o meio ambiente verificou-se também em outros
programas da associação, que se manteve engajada no Movimento Brasil
Eficiente, renovando as parcerias com a Bravo Consultoria – para levantamento das emissões de carbono nos quatro eventos de premiação em
2013 – e com a Apremavi, que realizou o plantio de árvores necessárias para a compensação das emissões de carbono nesses eventos.
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Os premiados de 2012. No alto, os vencedores do Top de Marketing e Vendas;
acima, do Top One de Marketing e Top One de Turismo; à direita, o
Personalidade de Vendas – Jaimes de Almeida Junior, da Almeida Júnior
Shopping Centers; abaixo, os ganhadores do Top Turismo e Empresa Cidadã
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2013. Acima, os vencedores do Top
de Marketing e Vendas; à esquerda, o
Top One de Marketing e o Top One de
Turismo; abaixo, o Personalidade de
Vendas – Denisson Moura de Freitas,
da Komeco – e os vencedores do Top
Turismo e Empresa Cidadã
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Nos dois anos que Beltrão permaneceu na presidência, a entidade recebeu 130 novos associados e verificou um crescimento de 50% na receita
decorrente de programas de capacitação. Ao transferir o cargo ao administrador Octavio René Lebarbenchon Neto, em março de 2014, Beltrão externou o orgulho da ADVB/SC de promover eventos que despertam o interesse, como nenhum outro, de representantes significativos do mundo dos
negócios e da política. “A ADVB/SC é uma marca fabulosa, nenhuma outra
consegue reunir tantos formadores de opinião.”
Seu entusiasmo ao dizer isso estava muito além de um mero exercício
de retórica: ele se baseava em dados. Ao completar 30 anos de atividades,
as palestras promovidas pela associação reúnem entre 200 e 400 pessoas,
as posses da diretoria atraem em média 300 e o público nas premiações já
chegou a 700 participantes. E o marketing – quase que um ilustre desconhecido em Santa Catarina na época da fundação da entidade – é utilizado
pela maioria das empresas locais, mesmo as menores, e recebe generosas
fatias das verbas publicitárias.
Juarez Beltrão entrega
o cargo a Octavio
Lebarbenchon Neto,
eleito para a gestão
2014/2015
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Um quadro bem diferente do verificado em seus primórdios, quando os
encontros para discutir a importância e os caminhos do marketing atraíam
não mais de 30 interessados. “A ADVB/SC deu certo porque se mostrou séria,
neutra e profissional”, sintetiza o pioneiro Luis Nozar, testemunha daquela
época. “Trinta anos de história atestam isso, hoje somos a terceira ADVB no
ranking nacional no tocante a resultados e realização de eventos.”
O mais importante, destaca Beltrão, é que esse fortalecimento aconteceu sem a ADVB/SC se afastar “dos conceitos, dos pilares e da essência” que
determinaram seu surgimento e marcaram sua trajetória até hoje: a capacitação, o reconhecimento e o relacionamento.
O empresário Leonardo Fausto Zipf, único presidente do Conselho
Deliberativo que não foi presidente da diretoria, explica que a trajetória ascendente da entidade foi construída “desde a época de Antunes Severo”,
graças a um alinhamento estratégico bem definido, “uma sequência de trabalho de todos os presidentes dando continuidade às boas coisas introduzidas pelos que os antecederam e trazendo novas ideias”.
E essa estratégia, segundo ele, consiste em participar do desenvolvimento do empreendedorismo no Estado, incentivando e orientando as empresas
a adotar as possibilidades oferecidas pelos modernos conceitos de marketing
e buscar a sustentabilidade dos negócios. “A ADVB/SC sempre foi uma parceira do empresariado catarinense e lutou por seus interesses”, afirma.
Enfim, nas palavras de Luis Nozar,
a ADVB/SC “é um case que deu certo”.
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Prêmios
Na quarta-feira, dia 19 de outubro de 2011,
a rotina de trabalho de um lavador de car­
ros de Florianópolis mudou. Os jornais, rá­
dios e TVs desde cedo anunciavam a chega­
da à cidade de uma nuvem de partículas de
cinzas do vulcão Puyehue, que havia entra­
do em erupção no dia 4 de junho no Chile e
que, devido às condições atmosféricas, lan­
çava uma nuvem de partículas desde se­
gunda-feira, a qual avançava lentamente
pela Argentina, Uruguai, Rio Grande do Sul
e Santa Catarina. Na terça-feira, foi a vez de
casas, plantas e carros de Florianópolis se
cobrirem de uma camada cinza.
Nesse dia, em vez de chegar somente no fi­
nal de tarde, de manhã cedo ele já estava a
postos no seu ponto de trabalho, a esquina
da Rua Bocaiúva com a Avenida Trompowski.
Aos que estranhavam sua presença fora do
horário habitual, retrucava:
– É que ouvi na televisão que as cinzas do
vulcão estavam chegando por aqui, en­
tão achei que muitos iriam querer lavar
seus carros logo cedo.
Ao longo dos anos, a ADVB/SC tem pre­
miado e homenageado pessoas que, co­
mo aquele lavador de carro, se posicio­
nam no lugar certo, na hora certa, com o
produto certo, para satisfazer uma neces­
sidade. De uma forma ou de outra, cada
qual à sua maneira e no seu setor, tanto
os homenageados com os prêmios da
ADVB/SC quanto o lavador de carros agem
da mesma maneira.
Nas páginas seguintes, os nomes que,
desde 1986, receberam os prêmios Top
de Marketing e Vendas, Top Turismo, Top
Exportação, Empresa Cidadã e Per­sona­
lidade de Vendas.
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Personalidade
de Vendas
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1993
Décio da Silva
P R E S I D E N T E D O CO N S E L H O D A W E G
Graduado em Engenharia Mecânica e Administração de Empresas, Décio
da Silva começou sua vitoriosa trajetória profissional como assistente na
Divisão de Controle de Qualidade do Grupo Weg, um dos maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo e, posteriormente, exerceu a
gerência dos setores de fabricação, produção e vendas. Em 1989, ascendeu
à presidência executiva, cargo que ocupou por 18 anos. Durante a sua gestão, a Weg recebeu diversos prêmios, no Brasil e no exterior, em reconhecimento à inovação, sustentabilidade e excelência dos seus produtos. Em
2008, passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração
do grupo, que se alinha entre os cinco maiores fabricantes de motores elétricos do mundo e atua nos cinco continentes.
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1994
Osvaldo Moreira Douat
P R E S I D E N T E D A D O UAT C I A . T Ê X T I L
Empresário de atuação marcante nos cenários econômicos catarinense e
brasileiro, Osvaldo Moreira Douat representou diversas entidades ao longo de sua carreira: foi presidente do Conselho Permanente de Integração
Nacional, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
representante da CNI na Comissão da Área de Livre Comércio das
Américas (Alca), membro dos conselhos nacionais do Senai e do Sesi, e
presidente do Conselho Fiscal do Sebrae Nacional. Na Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o executivo ocupou a presidência de 1992 a 1999. O fortalecimento da competitividade da indústria estadual representa uma característica marcante da sua atuação à
frente da instituição. O executivo acumula, também, experiência na presidência da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij) e do
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e do Material Elétrico de Joinville.
Douat foi, ainda, o representante empresarial brasileiro na Comissão
Mista Brasil-Alemanha. Agraciado com o título de Amigo da Alemanha,
foi responsável por levar a Florianópolis o primeiro Encontro BrasilAlemanha fora do eixo Rio-São Paulo. Com formação em Direito e
Administração de Empresas, divide-se no comando das suas empresas, a
Douat Companhia Metalmecânica, a Douat Companhia Têxtil e a Thoratex,
na área da importação e exportação de móveis.
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1995
Ninfo Valtero König
P R E S I D E N T E D A ÁT R I O H OT É I S
Filho de um sapateiro, o economista e empresário Ninfo Valtero König começou a trabalhar na pequena fábrica de calçados do pai, em Joinville, aos
oito anos de idade. Aos 12, já era oficial sapateiro. Aos 15 anos, foi trabalhar
na indústria de lingerie Lumière. Em 1965, foi contratado pela empresa
Tigre, uma referência nacional no setor de tubos e conexões. Em 1972, assumiu a gerência geral da Cipla, uma subsidiária do grupo. O executivo deixou a empresa para fundar, com mais três sócios, a Akros, que se tornou a
maior concorrente da Tigre em conexões, com uma fatia de 22,5% de mar­
ket share. A partir da década de 1990, a empresa cresceu 25,5% ao ano durante 18 anos consecutivos. König recebeu diversos prêmios por seu empreendedorismo e gestão, entre eles o prêmio nacional Personalidade da
Indústria, que é conferido pela Associação Nacional dos Comerciantes de
Material de Construção (Anamaco). Com a venda da Akros, a diversificação
dos seus negócios levou-o à presidência do Grupo Átrio Hotéis, especializado na implantação e administração de hotéis de negócios. Parceiro da
Accor, um dos gigantes da hotelaria mundial, o grupo agrega 19 hotéis,
distribuídos em 12 cidades. König criou, ainda, a Valorem Securitizadora,
que se destaca entre as empresas financeiras da região.
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1996
João Batista Sérgio Murad
P R E S I D E N T E D O PA R Q U E B E TO C A R R E R O W O R L D
Conhecido pelo nome do personagem fictício Beto Carrero, criado por ele,
o empresário João Batista Sérgio Murad sonhava em ser o “Zorro brasileiro”.
Quando criança, trabalhou em um parque de diversões inspirado nas atrações da Disney nos Estados Unidos. Murad inaugurou, em 1991, o Beto
Carrero World, um dos maiores parques temáticos do mundo, na cidade de
Penha, no litoral catarinense. O estabelecimento foi escolhido, duas vezes,
como o Melhor Parque Temático do Brasil, em premiação realizada pela revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, a maior publicação do setor de viagens do país. Em julho de 2003, Murad criou o Instituto Beto Carrero, que
desenvolveu ações por meio de projetos de responsabilidade social nas
áreas da educação e cultura, saúde e esporte, meio ambiente e geração de
emprego e renda. Alexandre Murad, filho do empresário, assumiu a presidência da companhia após a morte do pai em 2008.
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1997
Wandér Weege
P R E S I D E N T E D A M A LW E E
Apontado como um dos industriais catarinenses de maior sucesso, Wandér
Weege herdou da família de imigrantes o espírito empreendedor. Bisneto de
Carl Weege, um dos pioneiros da colonização de Pomerode, recebeu, em
2008, a Medalha do Mérito Anita Garibaldi, a maior honraria conferida pelo
Estado de Santa Catarina, por seu exemplo de trabalho e vida. Em 2013, foi
homenageado com o título de Cidadão Honorário de Resko, pequena cidade localizada no Oeste da Polônia, pelos incentivos à preservação da cultura
germânica e pomerana em Santa Catarina e no Brasil. Sob seu comando, a
Malwee se tornou uma das maiores fabricantes de roupas no país e um
exemplo de empresa sustentável. Pioneira em ações ambientalmente responsáveis, a empresa mantém, em Jaraguá do Sul, o Parque da Malwee, criado em 1978 por Wolfgang Weege, pai do executivo. O parque figura entre os
principais pontos turísticos do Estado. No Conselho de Administração da
empresa, Wander dedica-se à Vinícola Pericó, em São Joaquim, um hobby
que se transformou em case de sucesso e conquistou o primeiro lugar na
premiação Top Ten – Prêmio Melhores do Vinho de 2013.
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1998
Fernando Marcondes de Mattos
P R E S I D E N T E D O S A N T I N H O E M P R E E N D I M E N TO S T U R Í S T I CO S
Conhecido pelo sucesso do Costão do Santinho, um dos resorts mais famosos do país, o empresário Fernando Marcondes de Mattos foi um dos
pioneiros em investimentos em grandes empreendimentos turísticos em
Florianópolis. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), Mattos seguiu carreira em empresas estatais até os anos 60, quando deixou a diretoria financeira da distribuidora
de energia Eletrosul para se dedicar, integralmente, a um negócio familiar:
a fábrica de embalagens Inplac, a maior do país no mercado de adubos e
fertilizantes. Em 1991, a experiência na área da gestão financeira somou-se
ao pioneirismo no setor do turismo, e o empresário fundou o Costão do
Santinho Resort, premiado sete vezes como o melhor resort de praia do
país, e 10 vezes como o melhor hotel para eventos do Brasil.
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1999
Vicente Donini
P R E S I D E N T E D O CO N S E L H O D E A D M I N I S T R AÇ ÃO D A M A R I S O L
Conhecido pela ousadia, criatividade e responsabilidade social como gestor,
o empresário Vicente Donini fez da Marisol a mais bem-sucedida e admirada
empresa do setor do vestuário do país. Técnico em Contabilidade com especialização em Marketing e Finanças Internacionais pela Southern University
da Califórnia (EUA) e no Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom
Cabral/The European Institute of Business Administration na França, durante
a sua carreira, o executivo recebeu diversas homenagens: Líder Empresarial
de Santa Catarina, Líder Empresarial Setorial – Têxtil e Couros, Líder Empresarial
Mercosul, Empresário de Ação Social e Melvin Jones Fellow, entre outros.
Durante 29 anos, Donini desempenhou atividades profissionais no Grupo
WEG de Jaraguá do Sul, do qual foi um dos fundadores, sócio e acionista. Ele
também participou, ativamente, da diretoria das seguintes entidades empresariais: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc),
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sindicato das
Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau (Sintex), Sindicato das
Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul, Associação Comercial e Industrial
de Jaraguá do Sul (Acijs). A Marisol foi a primeira empresa do setor do vestuário a conquistar a Certificação ISO 14001 SGS, e, também, a primeira, no
Brasil, a publicar, anualmente, o Balanço Social, desde 1997, revelando ao público suas ações no campo social.
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Leonardo Fausto Zipf
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De supervisor de vendas na divisão de produtos para sorvetes à presidência da Duas Rodas, o empresário Leonardo Fausto Zipf colocou a companhia na liderança do mercado da América Latina de ingredientes para alimentos. Formado em Administração de Empresas e com especialização
em Marketing, a trajetória profissional do executivo, que começou na Duas
Rodas em 1988, inclui atuações como vice-presidente da Associação
Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul (Acijs), da ADVB/SC e da Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Os resultados alcançados por ele à frente da Duas Rodas têm sido reconhecidos, também, por
meio dos diversos prêmios recebidos ao longo da sua carreira: Líder
Empresarial Estadual em 2002 e 2008, Líder Empresarial do Setor de
Alimentos no Brasil em 2002, eleito pelos leitores da Gazeta Mercantil,
Prêmio Ingrediente Alimentício da América Latina em 2003, e Líder
Nacional do Prêmio Fórum de Líderes Empresariais em 2011. Sob o seu comando, a Duas Rodas também foi eleita uma das 100 melhores empresas
OBS: EM 2000, FORAM DOIS OS PREMIADOS.
para se trabalhar, pela revista Exame, em 2010.
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2000
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Jorge Freitas
D I R E TO R D A J F PA R
Fundada em 1976 na cidade de São José, na Grande Florianópolis, a
Intelbras estava prestes a ser fechada no início dos anos 1980, quando o
neto de Diomício Freitas, dono de um “império” do qual a empresa fazia
parte, pediu um voto de confiança ao avô e se candidatou à direção da
companhia. Sob o comando deste neto, o administrador de empresas
Jorge Luiz Savi Freitas, a Intelbras se tornou a maior fabricante de telefones e de centrais telefônicas de pequeno porte do país. Em 2012, a companhia firmou uma parceria com a Cisco, a gigante mundial do setor de
telecomunicação IP, e seguiu os planos de expansão. Líder nacional em
comunicação corporativa e um dos três maiores players do setor na
América Latina, a companhia, controlada pela holding JFPar, se destaca,
ainda, como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo pesquisa das revistas Exame, Você S/A e Época.
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2001
Francisco Amaury Olsen
C E R R O A Z U L E M P R E E N D I M E N TO S
A trajetória profissional de Francisco Amaury Olsen confunde-se com a história da Tigre, a maior fabricante de tubos e conexões da América Latina.
Olsen começou a trabalhar na empresa em 1969 como office boy. A vontade de aprender o levou a aproveitar todas as oportunidades de crescimento e, 25 anos depois, assumiu a presidência da empresa, cargo que ocupou
até 2009, quando passou a ser conselheiro do grupo. Graduado em
Administração de Empresas pela Furj/Univille em Joinville, tem curso de
extensão, na mesma área, pela Southern University, na Califórnia, Estados
Unidos. Durante a sua gestão, a Tigre figurou 11 vezes no ranking das
Melhores Empresas para Você Trabalhar da revista Exame/Você S/A. Em
2009, Olsen recebeu a Ordem do Mérito Industrial, a mais alta condecoração da indústria nacional, que homenageia as personalidades e instituições que se destacam no setor produtivo do país.
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2002
Roberto Barreiros
P R O P R I E TÁ R I O D O B OX 32
Um ícone do turismo em Florianópolis, o restaurante Box 32 nasceu de um
antigo sonho do empresário Roberto Henrique Barreiros Silva. Proprietário
de posto de gasolina na época, ele decidiu mudar de ramo e investir na
gastronomia em 1984. Com um público democrático e fiel, o Box 32 conquistou a cidade e os turistas e foi considerado como a melhor cozinha do
Estado pela revista Veja de Santa Catarina em 2009/2010. O restaurante foi
o primeiro a receber o prêmio Top de Marketing da ADVB/SC, em 1989, e,
pela segunda vez, em 2000. O empresário foi presidente do Conselho
Estadual das Entidades de Turismo (ConCNTur/SC) e recebeu da Câmara
Municipal de Florianópolis a Medalha e o Diploma Francisco Dias Velho em
comemoração aos 25 anos do restaurante
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2004
Hans Dieter Didjurgeit
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Engenheiro de segurança formado pela UFSC, engenheiro mecânico pela
Udesc e administrador de empresas pela Furb, o blumenauense Hans Dieter
Didjurgeit presidia a ADDMakler em 2004, uma das maiores corretoras de
seguros do Sul do Brasil. Fundada por Didjurgeit e pelo economista Ari
Leandro Gonçalves em 1987, a companhia apresentou um novo conceito
ao mercado segurador: o de gestão de riscos e seguros, e ficou conhecida
pelos produtos e serviços desenvolvidos sob medida para os seus clientes.
Desde 2009, a ADDMakler integra o grupo MDS Brasil, a terceira maior corretora do país, com expertise em todos os ramos de seguros, resseguros e
risco. No ano em que passou a fazer parte do grupo, a empresa era a maior
corretora do país, com capital 100% nacional e referência no mercado, principalmente na região Sul. Didjurgeit foi presidente da Associação Empresarial
de Blumenau, de 2001 a 2005, e é cônsul honorário da Alemanha. Desde
OBS: EM 2003, NÃO HOUVE PREMIAÇÃO.
2012 é presidente da União Saúde.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2005
Manoel Arlindo Zaroni Torres
P R E S I D E N T E D A T R AC T E B E L E N E R G I A
Presidente da Tractebel Energia, a maior empresa privada de geração de
energia do país, Manoel Arlindo Zaroni Torres é engenheiro eletricista formado pela Escola de Engenharia de Itajubá (MG) e especialista em
Administração Geral pelo Centro Europeu de Educação Continuada, em
Fontainebleau, na França. Em 1998, passou a integrar a diretoria da
Tractebel, onde atuou como diretor de operação. No ano seguinte, assumiu a presidência da empresa. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios e homenagens: líder setorial, em 2004 e 2005, pela Gazeta Mercantil,
medalha do mérito Carl Hoepcke pela Assembleia Legislativa de Santa
Catarina, condecoração da Ordem de Dom Leopoldo, da Casa Real da
Bélgica, Cidadão Honorário de Florianópolis, pela Câmara Municipal da
Capital, Cidadão Catarinense, pela Assembleia Legislativa de Santa
Catarina. Em 2013, a Harvard Business Rewiew apontou o presidente da
Tractebel Energia como o 29º melhor CEO do mundo.
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2006
Sônia Regina Hess de Souza
PRESIDENTE DA DUDALINA
A empresária Sônia Regina Hess de Souza foi a primeira mulher a receber o
prêmio Personalidade de Vendas da ADVB/SC, em 2008, e a primeira a receber o prêmio Personalidade de Vendas pela ADVB/Brasil em 2012. Filha
dos fundadores da Dudalina, ela assumiu a presidência da empresa em
2003, eleita pelo Conselho de Administração. Em 2005, recebeu o prêmio
Cláudia - Mulher de Negócios, a maior premiação feminina da América
Latina. Sob o seu comando, a Dudalina intensificou os investimentos em
responsabilidade social, infraestrutura e recursos humanos. Em 2008, a empresa alcançou a marca de 50 milhões de camisas produzidas e tornou-se
referência em moda masculina. O lançamento da linha exclusiva para mulheres, em 2010, representou um grande sucesso na história da Dudalina e
o início da empresa no varejo, com a inauguração da primeira loja-conceito em São Paulo. Em 2012, impulsionou o projeto Varejo, inaugurando lojas
por todo o Brasil, e 30% do total de vendas resultaram da marca Dudalina
Feminina. No ano seguinte, totalizou 93 lojas, sendo 59 próprias e 34 franquias, além de um shop in shop e um showroom em Milão, e uma franquia
no Panamá, na América Central. A companhia recebeu os prêmios Empresa
Cidadã da ADVB/SC em 2011 e 2012, o prêmio Conceito Varejista 2011, e o
prêmio 1º Lugar Middle Market da revista Isto É Dinheiro em 2013.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2007
Antônio Koerich
P R E S I D E N T E D A E U G Ê N I O R AU L I N O KO E R I C H S . A
Nono dos 13 filhos do casal Eugênio Raulino e Zita, Antônio Koerich trabalhou desde criança no primeiro armazém de secos e molhados do pai,
que ficava ao lado da casa em que vivia, em São José, na Grande
Florianópolis. Da fiambreria, inaugurada em 1956 na Capital, a uma das
maiores redes de lojas de móveis e eletrodomésticos de Santa Catarina,
os negócios da família Koerich se diversificaram e cresceram no Estado.
Empreendimentos imobiliários e uma financeira estão entre as empresas
do grupo, hoje divididas entre os irmãos. Desde 1993, Antônio é o responsável pelas Lojas Koerich e mantém o estilo conservador de gestão,
próprio da família. Sob o comando do executivo, a rede tem superado as
metas de faturamento a cada ano. No momento, conta com 85 lojas no
Estado. Além das unidades físicas espalhadas por 43 cidades catarinenses, a rede também atua no e-commerce.
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2008
Acari Luiz Menestrina
PRESIDENTE DA GRAN MESTRI
Pioneiro na formação e desenvolvimento da bacia leiteira da região Oeste,
Acari Luiz Menestrina é um dos mais atuantes e respeitados empresários do
setor de lácteos de Santa Catarina. Já recebeu diversos prêmios por seu trabalho no cenário econômico regional, entre os quais a Medalha Anita
Garibaldi, a maior distinção conferida pelo Estado, e a Medalha Carl Hoepcke.
Menestrina fundou e comandou o Grupo Cedrense, e é também o fundador
e presidente da Gran Mestri, uma referência na produção de queijos e manteiga, que recebeu, em 2012, o Top de Marketing e Vendas da ADVB/SC. Ele
é, também, fundador e gestor da AgroSopramonte Agronegócio e integra o
Lide/SC, respondendo pela pasta do Agronegócio.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2009
Marcello Corrêa Petrelli
V I C E - P R E S I D E N T E D O G R U P O R I C R E CO R D
Marcello Corrêa Petrelli assumiu a presidência executiva do Grupo RIC em
Santa Catarina em 2013. Ele foi o primeiro representante da área de comunicação a receber o prêmio da ADVB/SC. Em sua carreira, atuou como presidente de instituições ligadas ao desenvolvimento da comunicação no
Estado, como a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão
(Acaert) e o Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão de Santa
Catarina (Sert). A sua atuação profissional rendeu-lhe diversos prêmios, como o título de “Senador” da Fundação Senadinho, de Florianópolis, em
2000, o título honorário de Cidadão Catarinense e a Medalha do Mérito
Carl Hoepcke, ambos conferidos pela Assembleia Legislativa de Santa
Catarina em 2006, mesmo ano em que recebeu a Comenda Barriga Verde
da Polícia Militar. O Grupo RIC é o segundo maior conglomerado da comunicação regional e conta com emissoras de TV e de rádio, portais de conteúdo, jornais diários, editora de revistas e plataformas jovens, totalizando
mais de 20 empresas nos estados do Paraná e Santa Catarina.
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2010
Natanael Santos de Souza
PRESIDENTE DA FIRST
Presidente do Grupo First, um conjunto de sete empresas da área do comércio exterior, Natanael Santos de Souza é formado em Ciências Contábeis.
Começou a trabalhar como auxiliar de escritório, e, anos mais tarde, tornou-se sócio em uma empresa do setor. Em 1993, fundou a companhia de importação First, que trazia produtos da China, e se tornou uma das maiores
companhias de outsourcing com foco em soluções tributárias e logísticas a
importadores brasileiros. Em 2010, a empresa chegou à terceira posição no
ranking das maiores importadoras do Estado de Santa Catarina. Ao longo da
carreira, Natanael criou empresas e serviços de exportação, logística e distribuição. Em 2006, o executivo paranaense assumiu a presidência, no Brasil, da
fabricante chinesa de condicionadores de ar Midea, através de uma joint ven­
ture. O Grupo First é a 33ª maior corporação de Santa Catarina e figura entre
as mil maiores e melhores da revista Exame.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2011
Luciano Hang
D I R E TO R - P R E S I D E N T E D A R E D E D E LO J A S H AVA N
O tino comercial do empresário Luciano Hang, dono da rede varejista
Havan, permeia toda a história do empreendimento. Ele trabalhava como
vendedor na indústria têxtil em Brusque, quando, em 1986, decidiu abrir
uma pequena loja de tecidos na cidade. Na década de 1990, aproveitou a
abertura comercial do Brasil para trazer produtos importados ao país.
Assim, a Havan foi passando de atacadista de tecidos para uma loja de departamentos. O estilo ousado da gestão de Hang se revela no ritmo de
crescimento da companhia. Em 2013, agrupava 57 lojas em seis estados
brasileiros. O empresário já acumula diversas premiações em sua carreira.
Recebeu o Top Turismo ADVB/SC em 2008 e 2010. O prêmio Conceito
Varejista foi conquistado nos anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, conferido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau. Da mesma entidade
recebeu a menção Empresário 2008. E foi agraciado, em 2009, pela
Federação das Câmaras Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), com o Mérito
Lojista Catarinense na categoria Empreendedorismo.
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2012
Jaimes de Almeida Junior
CEO DA ALMEIDA JÚNIOR DE SHOPPING CENTERS
A atuação empresarial de Jaimes de Almeida Júnior tem a marca do pioneirismo desde 1993, quando inaugurou o seu primeiro empreendimento, o Shopping Neumarkt Blumenau, que já nasceu como o maior de
Santa Catarina na época. Em 2005, com a sede do Grupo Almeida Júnior
Shopping Centers já instalada em São Paulo, o fundador e CEO do grupo
definiu o Planejamento Estratégico, que levou a Almeida Júnior a se tornar a maior companhia regional de shopping centers do país, com investimentos exclusivos em Santa Catarina. Em 2013, o grupo já detinha 55%
do mercado catarinense, com unidades em Joinville, Balneário Camboriú,
Blumenau e Grande Florianópolis. Fundada em Blumenau, a Almeida
Júnior atua no mercado desde 1990. O grupo é o responsável por um dos
maiores centros de compras do Brasil, o Continente Park Shopping, inaugurado em 2012, na Grande Florianópolis.
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2013
Denisson Moura de Freitas
D I R E TO R G E R A L D A KO M E CO
Desde o início da sua vida profissional, aos 16 anos, até a direção da holding, a trajetória de Denisson Moura de Freitas sempre foi marcada pelo dinamismo, a dedicação e o talento do empreendedor na fundação e gestão
das seis empresas que compõem o grupo. O estilo dinâmico do executivo,
radicado em Florianópolis, reflete-se, também, na diversidade de setores
em que a holding atua. Além da assessoria contábil, que foi a primeira empresa fundada por Denisson em 1992, sob o guarda-chuva da Komgroup
se alinham a importação de utilidades domésticas, a fabricação de aparelhos de ar condicionado e aquecedores a gás e solares, a construção e incorporação e, ainda, uma unidade de processamento de pescados, incluindo uma das pioneiras no mercado nacional de salmão. O empresário
comanda, hoje, um dos grupos econômicos que mais crescem no Sul do
Brasil e está presente nos cinco continentes.
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Top de
Marketing e
Vendas
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1986
Bureau Catarinense de Congressos
Case: Captação de fluxos turísticos
Carlos Paulo Propaganda
Case: Lojas Bruneti
José Córdova Filho / Via Direta Comunicação
Case: Quem salva vidas precisa viver
Perdigão Agro Industrial
Case: Chester Perdigão desenvolvendo um novo hábito alimentar
Portobello
Case: O despertar de um gigante adormecido
Propague Serviços de Comunicação
Case: A primeira agência multimunicipal do Brasil
Rádio Diário da Manhã
Case: Com o coração e a técnica, foi assim que a gente chegou lá
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1987
Comutur - Comissão Municipal de Turismo de Brusque
Case: O melhor ator coadjuvante
Diário Catarinense
Case: Um jornal mercado orientado
Embraco - Empresa Brasileira de Compressores
Case: A conquista da cidadania joinvilense
Grupo Reunidas
Case: Como transportar cinco vezes a população de Santa Catarina
rodando 121,7 quilômetros por minuto
Intelbrás - Indústria de Telecomunicações Brasileiras
Case: Como o compromisso com o mercado revelou-se um caso
de sucesso empresarial
Mecril Milano - Metalúrgica Criciúma Ltda
Case: Mudança estratégica do perfil dos clientes
Tubos e Conexões Tigre
Case: Conduletes em PVC Tigre
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1988
Angeloni Supermercados
Case: A aposta no melhor para o consumidor
Cedisa Cerâmica Difrei
Case: A Cedisa está por cima
Ceval Agro Industrial
Case: Como comercializar 2% da soja produzida no mundo
Embraco - Empresa Brasileira de Compressores
Case: A conquista do mercado chinês
Rede de Comunicação Eldorado
Case: RCE - seis horas diárias de integração com a sua comunidade
Souza Cruz Departamento de Fumo
Case: Ações de comunicação social junto ao produtor rural
Zintex - Indústrias Têxteis
Case: O empreendimento Zintex
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1989
Box 32
Case: Box 32 - um caso de sucesso
Cia de Cigarros Souza Cruz
Case: Clube da Árvore
Dicave - Gartner Distribuidora Catarinense de Veículos
Case: A expansão faz a força
Fundação Pró-Turismo de Florianópolis – Protur
Case: Iniciativa privada - mais uma vez o suporte de desenvolvimento de uma
comunidade
Listel - Listas Telefônicas
Case: Renascimento da lista telefônica
Rádio Cidade FM- RCE Rede de Comunicações Eldorado
Case: A cidade amanheceu mais cidade
RBS TV Florianópolis
Case: Rod Stewart
Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina
Case: Exija a nota, exija uma vida melhor
Zintex Indústria, Comércio e Serviços
Case: Fitas elásticas tecidas impressas
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1990
Amauri Peças e Veículos
Case: Uma empresa em quinta marcha
Catarinense Seguros
Case: Crescimento acima da média
RBS TV de Florianópolis
Case: A integração de Santa Catarina pela comunicação
Zintex Indústria, Comércio e Serviços
Case: Novos caminhos
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1991
ACS Eletrônica e Comunicações
Case: Sicom - tecnologia ACS ao alcance de todos
AZ Comunicação/ Revista Expressão
Case: Revista Expressão
Rádio Continental FM (Rádio Cidade)
Case: Mais vida na cidade
Roma Hotéis e Turismo
Case: Hotel Fazenda Jomar
Zero Hora Editora Jornalística (Diário Catarinense)
Case: Santa Catarina no caminho do primeiro mundo
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1992
BBS Engenharia e Construções
Case: BBS abertura de mercado exterior
Fenasoft Feiras Comerciais
Case: No ano de recessão, Fenasoft transforma-se na maior feira de software do
mundo e põe SC na vanguarda da informática
Prosegur
Case: O cliente em primeiro lugar
Sociedade Dramático Musical Carlos Gomes
Case: Orquestra de Câmara de Blumenau
Tubos e Conexões Tigre
Case: Um caso de parceria internacional que deu certo
Tvi Televisão e Cinema
Case: Madre Paulina, súdita de Deus
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1993
Almeida Junior Empreendimentos e Participações
Case: Shopping Center Neumar
Castelmar Serviços Hoteleiros
Case: Castelmar Restaurante - o lugar certo, na hora certa
Datasul
Case: Datasul, novo tempo, novas conquistas
Habitasul Empreendimentos Imobiliários
Case: Jurerê Internacional 93
RBS TV Florianópolis
Case: Modelo empresarial catarinense
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1994
Associação Comercial e Industrial de Joinville
Case: Vote certo vote por Joinville - voto distrital na prática
Banco do Estado de Santa Catarina - Besc
Case: O banco que fala a nossa língua
Central de Telemarketing
Case: 1488 - atrás deste número vem gente
Macedo, Koerich
Case: Reposicionando a empresa - uma decisão estratégica
Multicanal Florianópolis
Case: Pioneirismo e enfoque no cliente
Sesi - Serviço Social da Indústria
Case: Programa de fidelização dos supermercados Sesi
Souza Cruz
Case: Hortas escolares - 10 anos ensinando a plantar
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1995
A Notícia Empresa Jornalística
Case: Um jornal com a cara de Florianópolis
Biguaçu Administração e Participação
Case: O marketing como elemento de motivação humana no pet
Construtora Gustavo Berman
Case: Invasão de mercado
Macedo Koerich
Case: Macedo: desafiando uma melhor rentabilidade
RBS TV – Florianópolis
Case: Duplicação BR 101
Souza Cruz
Case: Plante milho e feijão após a colheita do fumo
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1996
A.Nunes
Case: Pra chegar lá você tem que passar por aqui
Associação Comercial e Industrial de Blumenau - ACID
Case: Aumento do número de sócios da ACID
Beiramar Shopping Center
Case: Beiramar Shopping - uma coleta de sucesso
Banco do Estado de Santa Catarina - BESC
Case: Estação BESC
Café Damasco
Case: A estratégia do valor decisivo
Casa Arte
Case: Casa Arte 95/96
Cap Ferrat Veículos
Case: Cliente. O combustível da Cap Ferrat
Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis - CDL
Case: Natal das luzes 1995
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos
Case: Marketing competitivo: tecnologia da informação em ação
Datasul
Case: Datasul: consolidamos a liderança
Diário Catarinense
Case: Diário 10 anos - a comunidade em pauta
Douat Cia. Têxtil
Case: Encarando os importados
Havan Tecidos da Moda
Case: Casa Branca brasileira
Marisol Indústria do Vestuário
Case: Lilica Ripilica / Tigor T. Tigre
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1997
A Notícia Empresa Jornalística
Case: Cadernos regionais - uma aposta no jornalismo cidade
Datasul
Case: Datasul, uma empresa mundial
Editora Mares do Sul
Case: O desafio de fazer um projeto editorial regional alcançar sucesso nacional
Macedo, Koerich
Case: Frango temperado Macedo - agregando valor a um líder de mercado
Planel Engenharia e Construção
Case: Planel construindo uma marca forte
Plasc - Plásticos SC
Case: Plasc - Plásticos Santa Catarina: na vanguarda da qualidade e
liderança em plásticos flexíveis
RBS TV - Florianópolis
Case: Santa Catarina - 100 anos de história
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1998
Artplan Prime Publicidade
Case: A marca da propaganda catarinense
Associação dos Lojistas de Mueller Shopping Center
Case: Mania de raspar, desejo de comprar
Datasul
Case: A estratégia de reposicionamento no mercado globalizado
ECPO - Empresa Catarinense de
Planejamento e Obras
Case: Personal Home, o futuro da construção
Eliane - Maximiliano Gaidzinski
Case: Gres Porcelanato Eliane: um caso de sucesso que superou todas as
melhores expectativas
Fundação Universidade Reginonal de Blumenau/ Fundação
Universidade do Vale do Itajaí
Case: Supra - Sistema Universitário Prova por Área
Jornal de Santa Catarina
Case: Desafio na conquista de 20.000 assinantes
Macedo, Koerich
Case: Macedo 25 anos - a qualidade certificada
SBT Chapecó
Case: SBT meio dia
Termas Santo Anjo da Guarda
Case: O desafio de uma marca
Zero Hora Editora Jornalística - Diário Catarinense
Case: Ensino a distância
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1999
Anjo Química do Brasil
Case: Thinner Anjo
Associação Comercial e Industrial de Florianópolis - ACIF
Case: ACIF - os 84 anos de uma ONG pioneira
Associação dos Lojistas do Beiramar Shopping
Case: Beiramar Fashion como ferramenta de vendas
Berlanda Móveis e Eletrodomésticos
Case: Berlanda - uma estratégia de resultados
Delta Editora
Case: Coan Gráfica - Editora - Fotolito: soluções integradas de qualidade e
ambientalmente corretas
Editora Empreendedor
Case: Da ilha, a conquista de 1.5 milhões de consumidores/leitores
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina
Case: Promoção compre com sorte
Marisol Indústria do Vestuário
Case: Criativa até no jeito de ser
Novo Brasil Bar e Restaurante
Case: Café Cancun Florianópolis: o restaurante divertido que conquistou a cidade
Personal Books Editora
Case: Personal Books incentiva a cultura no país personalizando obras infantis
Projeto Criança Saúde
Case: Criança Saúde
RBS TV de Florianópolis
Case: Uma parceria de sucesso
SBT Florianópolis
Case: 100% regional - 100% de atenção para você
Tvi Televisão e Cinema
Case: Produzindo a diferença
Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Case: Construindo um futuro melhor
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2000
Anjo Química do Brasil
Case: Massa plástica super light anjo
Bontur Bondinhos Aéreos
Case: Parque Unipraias Camboriú - um case catarinense de sucesso
nacional e internacional
Box 32 Com. de Alimentos e Bebidas
Case: Box 32 - a consolidação da marca em nível nacional
Brasil Telecom - Telesc Brasil Telecom
Case: Programa apoio daqui: um caso de endomarketing e responsabilidade social
Compumarket
Case: Compumarket: como uma pequena empresa se transforma em solução
tecnológica para conquistar um mercado competitivo
Condomínio Civil do Mueller Shopping Center de Joinville
Case: Faça Mueller no domingo
D/Araújo & Associados Comunicação
Case: Carne suína: desafio de um novo tempo
Duas Rodas Industrial
Case: Promoção de vendas Duas Rodas 2000
Federação Catarinense de Tênis
Case: Copa Davis - a grande jogada da FCT
Global Telecom
Case: Uma história inovadora de respeito ao cliente e tecnologia de vanguarda
Multiação Call Center
Case: Multiação Call Center: desenvolvendo mercados alternativos
Paradigma Tecnologia e Orientação de Negócios
Case: Paradigma uma empresa movida a inovação
RBS Empresa de TV
Case: TVCOM - Da janela de cada casa às portas do novo mundo
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - SBOC
Case: Rumo a uma nova SBOC, relato da busca pela excelência
Unimed de Florianópolis - Coop. Trabalho Médico
Case: Unimed Florianópolis: criando diferenciais pró saúde e cidadania
Universidade do Sul de Santa Catarina- Unisul
Case: Esporte e educação: uma combinação vitoriosa. O case Unisul
Universidade Federal de Santa Catarina
Case: Hospital Universitário da UFSC - público, gratuito, com qualidade
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2001
Anjo Química do Brasil
Case: Primer PU 5:1 Anjo
Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV
Case: Acaert 2001: a boa onda da radiodifusão catarinense
Duas Rodas Industrial
Case: Programa fidelidade selecta e algemix
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina
Case: Cinco Anos da Unisul na Grande Florianópolis
Karsten
Case: Sempre limpa
Portobello
Case: Marmi Portobello - uma nova era no mercado
RBS TV Florianópolis
Case: Moleque bom de bola - bom de marca, bom de escola
Telesc Celular
Case: Master Comunicação e Marketing
Universidade do Vale do Itajaí - Univali
Case: A nova marca da qualidade da pós-graduação catarinense
Vonpar Refrescos
Case: Kuat - o guaraná do século XXI
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2002
BRDE- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
Case: BRDE - a ampliação de canais de distribuição gerando mais desenvolvimento
CBR - Comercial Brasileira de Revestimentos
Case: Sistema de impressão: soluções diferenciadas
Companhia de Gás de Santa Catarina – SC Gás
Case: O sucesso do marketing de relacionamentos
Duas Rodas Industrial
Case: Soya Ice - um novo conceito em sorvete
EBV - Empresa Brasileira de Vigilância
Case: Mudança de perfil de cliente
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Case: Exporta Fácil - o mundo pelos correios
Habitasul Empreendimentos Imobiliários
Case: Jurerê Internacional - fomentando o crescimento de Florianópolis
Palmar Empreendimentos Imobilíarios e Turísticos
Case: Palmas do Arvoredo: cada vez mais, um lugar sem igual
RBS TV de Florianópolis e Secretaria de Estado da Educação
Case: Escola Referência: estimulando inovação, multiplicando excelência
Telecelular Sul Participações
Case: Pronto T. O case que é um T grandão
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2003
Brasil Telecom
Case: Brasil Telecom. Marketing, proximidade e vínculo social:
consolidando as conquistas de marca e mercado
Consórcio Magno Martins e Etecol
Case: Centrosul - Centro de Convenções de Florianópolis:
Um marco no turismo de eventos catarinense
Diário da Manhã
Case: CBN, a ponte entre Florianópolis e o mundo da informação
Figueirense Futebol Clube
Case: O sucesso do modelo de gestão empresarial num clube de futebol
Habitasul Empreendimentos Imobiliários
Case: Amoraeville, resgatando o passado, vivendo o presente e construindo o futuro
Le Monde Comércio de Veículos
Case: Le Monde Citroen - o mundo Citroen em Santa Catarina
Organizações Golden
Case: Golden Bingo Florianópolis: marketing social e transparência
mudam conceito sobre a empresa
Portobello
Case: Cidade Universitária Pedra Branca: um novo padrão em
empreendimentos imobiliários
Sway Informática e Serviços
Case: Operação Credicard: fidelizando clientes
Zero Hora Editora Jornalística
Case: Caderno Donna DC
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2004
Box 32 Comércio de Alimentos e Bebidas
Case: Cachaça do Box 32: sabor do sucesso
Brasil Telecom
Case: Brasil Telecom: ligue 14 de Santa Catarina para todo o Brasil e para o mundo
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Case: Atendimento customizado
Energética Barra Grande
Case: Usina Hidrelétrica Barra Grande: energia para o futuro
Federação das CDLs de Santa Catarina
Case: Marketing e tecnologia para construir a nova imagem do SPC/SC
Karsten
Case: Campanha Karsten Moda para Casa
Le Monde Comércio de Veículos
Case: Festival Citroen Confiance. Uma nova maneira de vender carros usados
Metalúrgica DS
Case: Sentimentos - marketing, produto e marca
Metra Publicidade
Case: 21ª. Oktoberfest: 18 dias de lucro e alegria
Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú
Case: Turismo com sol de soluções e mar de marketing
Rádio Itapema FM
Case: Rede Itapema FM
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2005
ADDmakler
Case: ADDmakler e Pauê: associando-se a um exemplo de vida
Almeida Júnior Shopping Centers
Case: Shopping Neumarkt Blumenau
Brasil Telecom
Case: Ironman Brasil Telecom - Superação: além dos limites, além do marketing esportivo
Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó - CDL
Chapecó
Case: Dia D: marketing e associativismo transformam o comércio de Chapecó
Câmara de Dirigentes Lojistas de Criciúma - CDL Criciúma
Case: Megaliquidação
Colorminas Colorifício e Mineração
Case: Massas Cerâmicas Colorminas - uma solução para o mercado nacional
D/Araújo Comunicação
Case: D/Araújo Loducca
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Case: Projeto Módulo: novo posicionamento no ponto de venda
Gran Padania do Brasil
Case: Oportunidade de mercado: Gran Mestri, um produto ítalo-brasileiro
Jornal de Santa Catarina
Case: Jornal de Santa Catarina: novo no formato, grande no conteúdo
Karsten
Case: Karsten e Rosa Chá: uma aliança mais que estratégica
Lojas Koerich
Case: Koerich, 50 anos de tradição e vanguarda em marketing
Mercado Propaganda e Marketing
Case: Mercado - agência de estratégias e resultados
Senior Sistemas
Case: Senior Sistemas rumo ao top - a conquista do Top of Mind 2005
Unimed Florianópolis
Case: SOS Unimed - um show em eventos
184
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2006
Brasil Telecom
Case: Midiacard - divulgando Santa Catarina e gerando negócios
BZZ Serviço de Comunicação
Case: BZZ - O desafio de ultrapassar os 05 anos com sucesso
Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau - CDL Blumenau
Case: Ganhe mais em Blumenau
Editora Negócios Já - Jornal Notícias do Dia
Case: O sucesso do primeiro jornal popular da Grande Florianópolis
Esteio Pavimentação e Construção
Case: Contribuindo com o crescimento e o bem-estar da sociedade
Laticínios Cedrense
Case: Cedrense: a transformação de uma marca em sinônimo de qualidade
Mueller Eletrodomésticos
Case: Lavadora de roupas SuperPop - o lançamento da Mueller Eletrodomésticos
que inovou e conquistou o mercado
RBS Zero Hora Editora Jornalística - Diário Catarinense
Case: Diário Catarinense comemorando 20 anos de liderança: razão e emoção
voltados para o futuro
Softway Contact Center Serviços T.A.C
Case: Softway Contact Center: criatividade para expandir e gerar resultados
TV Vale do Itajaí
Case: Guarda-chuva
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2007
ADDmakler
Case: Inovação na renovação de seguros
Balneário Camboriú Shopping
Case: O shopping regional
Beto Carrero World
Case: Diversão e empreendedorismo no maior parque temático da América Latina
Brasil Telecom
Case: Marketing esportivo
Diário Catarinense
Case: Projeto multimídia – Floripa Tem
Gran Padania do Brasil
Case: Gran Mestri - o mais nobre dos queijos
OneWG
Case: A agência que melhor conhece o Sul do Brasil
Parque Vila Germânica
Case: Oktoberfest – a maior festa alemã da América
Sebrae/SC
Case: Programa de auto-atendimento Negócio Certo
Supermercados Imperatriz
Case: Centenas de produtos por poucos centavos
186
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2008
Alliance Eventos
Case: Folianópolis: desafios e alternativas para fazer acontecer
Anjo Tintas e Solventes
Case: Projeto Anjo Carbon Free
Cedrense
Case: Curta o bom do verão. Eficiente prática de campanha maximiza a comunicação
com o consumidor e garante incremento nas vendas
FCDL/SC
Case: Campanha Não empreste seu crédito
Hora de Santa Catarina
Case: Hora de Santa Catarina – o jornal da gente
Lojas Koerich
Case: Cartão de facilidades Koerich – antecipando o cadastro positivo
Midea
Case: Midea do Brasil. Lançando uma nova marca no mercado brasileiro
Mueller Eletrodomésticos
Case: Lavadora de roupas PopStock: mais prática, impossível – mais um lançamento
de sucesso da Mueller Eletrodomésticos
Rossi Residencial
Case: Mais que uma conquista, um salto na sua vida
Sebrae/SC
Case: Faça & Aconteça – universalidade de acesso: empreendedorismo e
conhecimento no topo do mercado
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2009
Avaí Futebol Clube
Case: Avaí Social Clube: compartilhando sonhos
Beiramar Shopping
Case: No coração da cidade e dos consumidores: a virada do Beiramar Shopping
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Case: PDV design – novo padrão de PDV Eliane 2009
FURB
Case: Interação FURB
Jornal Notícias do Dia
Case: Clube do Imóvel Notícias do Dia – um jeito novo de falar com
o mercado imobiliário
RBS TV
Case: Grupo RBS 30 anos em SC: uma história de amor pela comunidade
Secretaria de Estado da Assistência Social,
Trabalho e Habitação
Case: Crimes sem perdão
Senior Sistemas
Case: Nova geração senior
Shopping Mueller Joinville
Case: Shopping Mueller. Nosso shopping, nossas histórias
TopMed
Case: TopMed: pioneirismo nacional em promoção à saúde
TOP ONE
Beiramar Shopping
Case: No coração da cidade e dos consumidores: a virada do
Beiramar Shopping
188
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2010
Água Imperatriz e Mercado Propaganda e Marketing
Case: Mate a sede bonito - Estratégias para tornar a água mineral Imperatriz
a mais lembrada e consumida de Santa Catarina
Diário Catarinense
Case: Mostra Casa Nova 10 anos: muito além da arquitetura,
design de interiores e paisagismo
General Motors do Brasil
Case: Chevrolet - presença nacional, atuação regional, estratégia local
Grupo All Entretenimento
Case: Posh – o mercado de luxo em Florianópolis
its teen mídia
Case: its – um caso de comunicação para jovens que conquistou o mercado
Pauta Distribuidora e Logística
Case: A conquista do mercado nacional distribuindo produtos de
informática e fabricando computadores
Portobello
Case: Extra Fino Portobello
Ric Record SC
Case: Jornal do Meio Dia da RIC Record Santa Catarina: a conquista da
audiência e a consolidação de mercado
Schaefer Yachts
Case: Uma nova marca náutica, de Santa Catarina para o mundo
Sesc Santa Catarina
Case: Sesc – Festival Palco Giratório
TOP ONE
Água Imperatriz e
Mercado Propaganda e Marketing
Case: Mate a sede bonito - Estratégias para tornar a água mineral Imperatriz a mais
lembrada e consumida de Santa Catarina
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2011
CBN Diário
Case: CBN Diário – Liderança que se renova
Green Valley
Case: Green Valley conquista o mundo
Icon Full Marketing
Case: Reveillon Boutique - criatividade, ousadia e o reconhecimento
nacional e internacional
Imobiliária Chapecó
Case: Um sheik em Chapecó: marketing de guerrilha para
apartamentos de alto luxo
Inova Aluguel de Carros
Case: INOVA – a maior locadora catarinense
Lojas Berlanda
Case: Lojas Berlanda – A construção da maior rede de varejo de Santa Catarina
Lojas Salfer
Case: Lojas Salfer – A década de ouro
Portobello
Case: Portobello desenvolve estratégia inovadora de marketing digital
Record News SC
Case: Record News SC - A única TV aberta com jornalismo 24 horas
SC Gás
Case: Gás natural residencial: os desafios e o sucesso da implantação em Criciúma
TOP ONE:
SC Gás
Case: Gás natural residencial: os desafios e o sucesso da implantação em Criciúma
190
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2012
Brastar Premium Brands
Case: Brastar Premium Brands – Inovação constante
Gran Mestri
Case: Mais do que alta tecnologia, a Gran Mestri tem alma
Grupo Novo Brasil
Case: Grupo Novo Brasil: o maior complexo de entretenimento do Sul do Brasil
Grupo RBS
Case: Paul McCartney em Floripa: pode acreditar!
Jornal Notícias do Dia (Grupo RIC)
Case: Grupo RIC expande e inova no segmento de revistas
Lojas Koerich
Case: Chance Tripla Koerich
Portobello
Case: Inovar e investir: a fórmula que levou a Portobello à liderança absoluta!
SBT Santa Catarina
Case: SBT-SC: Interação multimídia como suporte ao crescimento de audiência
SDS - Secretaria do Desenvolvimento Sustentável
Case: É juro zero de verdade. O Programa Juro Zero e o
desenvolvimento socioeconômico catarinense
Sesi/SC
Case: Encontro de Ideias da Educação Continuada do Sesi/SC.
A educação que faz crescer
Unimed Grande Florianópolis
Case: Unimed Grande Florianópolis: mudando os planos para vender saúde
TOP ONE
Brastar Premium Brands – Inovação Constante
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2013
Blueticket
Case: Da venda online à interação com o público: como a Blueticket
aproxima as pessoas de experiências ao vivo
Central de Comunicação
Case: Central de Comunicação: liderança e referência na promoção
da mídia regional
Continente Park Shopping
Case: Continente Park Shopping: o maior e mais recente sucesso
do Grupo Almeida Junior
Döhler
Case: Döhler, um banho em resultado
Green Valley
Case: É do Brasil o melhor club de e-music do mundo!
Hemosc
Case: Hemosc e seus heróis voluntários
Its teen midia
Case: Its My Way: o maior festival de talentos musicais jovens do Sul do Brasil
RBS TV
Case: Verão Top Model: na moda e nas passarelas, de Santa Catarina para o mundo
RIC TV
Case: RICTV Record Florianópolis: a 1ª emissora de canal aberto do Sul do Brasil a
produzir e transmitir 100% HD
Telefonica/Vivo
Case: Vivo Internet Soluções de Conexão Móvel
TOP ONE
Green Valley
Case: É do Brasil o melhor club de e-music do mundo!
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Top
Turismo
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2008
Alliance Eventos
Case: Winter play: uma alternativa para o turismo sazonal em Florianópolis
Centro Sul – Centro de Convenções de Florianópolis
Case: Centro de Convenções de Florianópolis e sua contribuição ao turismo
Green Valley
Case: Green Valley
Grupo RBS
Case: Painel RBS – Soluções para o turismo em Santa Catarina
Instituto Festival de Dança de Joinville
Case: Festival de Dança de Joinville
Itá Thermas Resort e Spa
Case: Visão de oportunidade de mercado em um cenário de mudança
Lojas Havan
Case: Nosso Castelo – Ressurge um cartão postal em Blumenau
Parque Unipraias Camboriú
Case: Parque Unipraias Camboriú
Prefeitura de Rio do Sul
Case: Quatro Cantos – Conheça Rio do Sul
Tedesco Marina Garden Plaza
Case: A marina dos olhos dos catarinenses
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2009
Abav/SC - Associação Brasileira de Agências de Viagens
Case: Bem receber o turista em Santa Catarina
Fashion Hair Case: Uma perspectiva ao turismo de eventos
Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau
Case: Turismo de Eventos - Resultado de impacto na economia catarinense
Green Valley
Case: A grande conquista! Um samba diferente e ousado
Ironman Brasil Case: Ironman Brasil
Prefeitura de Pomerode
Case: Destino-referência do turismo étnico-cultural catarinense
Recanto das Águas Resort & Spa
Case: Visão empreendedora e contribuição para o turismo de eventos em Balneário
Camboriú
Restaurante Ostradamus
Case: Na rota das ostras
SC Mais - Marketing Turístico
Case: Seja bem-vindo: de rosas e sandálias, a estratégia catarinense para encantar o
turista
Vila Germânica da Prefeitura de Blumenau
Case: Oktoberfest 2009 - Tradição, alegria e geração de riqueza
TOP ONE
Ironman Brasil Case: Ironman Brasil
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2010
Abav/SC
Case: Projeto Turista Feliz
BRmídia
Case: Tourfilm Brazil
D/Araújo
Case: Fazendo acontecer no turismo
Grupo ALL Entretenimento
Case: Folianópolis: Campanha digital
Lojas Havan
Case: Natal Luz Havan. Um Show De Natal!
Planetapéia
Case: Planetapéia, uma declaração de amor e alegria e
O Concurso de Trajes Típicos
Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos
Case: Quinta dos Ganchos
Prefeitura Municipal de Pomerode
Case: Festival Gastronômico de Pomerode: o sabor da cultura e da tradição
Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul
Case: A inserção de São Francisco do Sul na rota dos cruzeiros marítimos
Setur
Case: Reveillon das Luzes
TOP ONE Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos
Case: Quinta dos Ganchos
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2011
Attitude Promo
Case: Fomentando o turismo de negócios em Santa Catarina e gerando impacto
socioeconômico em períodos de baixa sazonalidade
CDL Rio do Sul
Case: Show de Natal-Festival de corais do Alto Vale do Itajaí 2010
Florianópolis Convention & Visitors Bureau
Case: Florianópolis, a terceira cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais
Grupo RIC
Case: A contribuição do Grupo RIC para o incremento do turismo catarinense
Icon Full Marketing
Case: Reveillon Boutique - estratégia e planejamento para conquistar turistas
nacionais e internacionais
Pousada Vila do Farol
Case: Pousada Vila do Farol: uma nova luz sobre Bombinhas
Prefeitura Municipal de Rio Negrinho
Case: Natal Encantado Rio Negrinho
Prefeitura Municipal de Pomerode Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte
Case: Promovendo o turismo de Pomerode através do portal www.vemprapomerode.
com.br
Tourfilm Brazil
Case: TourfilmBrazil
Zoo Pomerode
Case: Educação ambiental, cultural, preservação e conservação das espécies animais
TOP ONE
Florianópolis Convention & Visitors Bureau
Case: Florianópolis, a terceira cidade brasileira que mais
recebe eventos internacionais
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2012
Acats
Case: Exposuper: fomentando o turismo de negócios com
qualidade e profissionalismo
Citmar
Case: Região Turística Costa Verde & Mar
Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau
Case: Abrindo novas fronteiras para o turismo segmentado em Florianópolis
Harmônica Arte e Entretenimento
Case: Maratona Cultural de Florianópolis
Inova Aluguel de Carros
Case: Blog de Rotas da Locadora INOVA promove o destino Santa Catarina
Music Park, Pacha, Posh e Stage
Case: Carnaval Music Park 2011 - A música eletrônica embalando a maior festa
popular do Brasil
Parque Vila Germânica
Case: 28ª Oktoberfest - Aqui todo mundo vira alemão
Prefeitura de Itapema
Case: Revitalização e humanização da orla de Itapema
RICTV Record
Case: Destino SC um show de turismo o ano inteiro
Sebrae/SC
Case: Turismo rural, étnico e cultural do Vale Europeu
TOP ONE Prefeitura de Itapema
Case: Revitalização e humanização da orla de Itapema
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2013
Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri)
Case: Itajaí Stopover – Volvo Ocean Race 2011/2012
Associação Visite Pomerode (Avip)
Case: Passaporte Turístico de Pomerode
Consórcio Intermunicipal de Turismo
Costa Verde & Mar (Citmar)
Case: Cicloturismo Costa Verde & Mar
Florianópolis Convention & Visitors Bureau
Case: Dez anos do Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau
Fundação Turística de Joinville
Case: Programa de Turismo Pedagógico: Viva Ciranda
Parque Colina
Case: Bondinhos Aéreos Parque Colina - Investimento em
Tecnologia Agregado ao Turismo Religioso
RICTV Record Itajaí
Case: RICTV Record Itajaí e o Carnaval 2013
Secretaria de Turismo e Lazer de São Francisco do Sul
Case: Festival Gastronômico São Chico em Sabores
Sports Do
Case: Mountain Do Praia do Rosa – Evento esportivo com potencial de multiplicador
turístico na baixa temporada
TOP ONE
RICTV Record Itajaí
Case: RICTV Record Itajaí e o Carnaval 2013
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Top
Exportação
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2003
A Kuehne&Nagel
Bell Metalurgia e Assessoria Industrial
Eliane Revestimentos Cerâmicos
First
Renar Maçãs
Seara Alimentos
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2004
Celulose Irani
Dudalina
Electro Aço Altona
Eliane Revestimentos Cerâmicos
First
Sadia
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2005
Dudalina
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Heusi Comissária de Despacho e Agenciamento
Inlogs Logística e Exportação
Jofund
Menegotti Indústrias Metalúrgicas
Ômega Brasil Assessoria Logística e Aduaneira
SAP Internacional de Processamento de Informações
Schulz
Teconvi
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2006
Bunge Alimentos
Coopercarga
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Fábio Perini
Forvm
Gomes & Beltrão
Heusi Comissária
Ômega Brasil Assessoria Aduaneira e Logística
Schulz
Teconvi
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2007
Ampe - Brusque
Colorminas
Fábio Perini
First
Laticínios Cedrense
Marisol
Ômega Brasil
Schulz
Taschibra
Teka
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2008
Ampe – Brusque
Assecex Assessoria em Comércio Exterior
Colorminas Colorifício e Mineração
Freitas Assessoria de Comércio Exterior
Gomes & Beltrão Assessoria Emp. e Repres.
Litoral Soluções em Comércio Exterior
Raumak Máquinas Schulz
208
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
Empresa
Cidadã
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
1999
Categoria: Preservação ambiental
Döhler
Case: Implantação do sistema de gestão ambiental
Instituto de Estudos Avançados - IEA
Case: Projeto de Educação Ambiental do IEA
Renar Maçãs
Case: Preservação ambiental como modelo de desenvolvimento sustentável
Souza Cruz
Case: Clube da Árvore
Sulcatarinense Mineração, Artefatos de Cimento Britagem e
Construção
Case: O caminho das pedras da cidadania socioambiental
Categoria: Participação Comunitária
Artplan Prime Publicidade
Case: Voluntários em Ação
Biguaçu Transportes Coletivos Administração e Participações
Case: Fala Usuário
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos
Case: Taça Cecrisa
Luminar Comércio e Indústria
Case: Luminar Solidária
Perdigão Agroindustrial
Case: Constituição da Associação dos Produtores
Portobello
Case: Ação Social Portobello
Planel Engenharia e Construções
Case: Empresa Cidadã
TV O Estado Florianópolis
Case: Campanha do Agasalho 99
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Dicave Automóveis
Case: Espaço do Artista Dicave
Furb - Universidade Regional de Blumenau
Case: Festival Universitário de Teatro de Blumenau
Multibrás
Case: Eletrodomésticos Arte visita a fábricas
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2000
Categoria: Preservação ambiental
A Notícia
Case: Jornal Verde
Beiramar Empresa de Shopping Center
Case: Beiramar Shopping 500 toneladas de lixo reciclado
Chapecó Cia Industrial de Alimentos
Case: Chapecó Cia Industrial de Alimentos - agente de desenvolvimento socioambiental
Natureza Central de Tratamento de Resíduos Industriais
Case: Inertização/estabilização de resíduos industriais - uma solução ecossustentável
Categoria: Participação Comunitária
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos
Case: Cecrisa Kids Empreendedorismo
Chapecó Companhia Industrial de Alimentos
Case: Programa de desenvolvimento econômico, social e ambiental de comunidades rurais
Eletrosul - Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil
Case: Projeto Casa Aberta
SBT Chapecó
Case: Maratona da Solidariedade
Souza Cruz
Case: O futuro é agora - Souza Cruz
Transporte e Turismo Gidion
Case: Aluno-Guia 2000 - formando o cidadão do novo milênio
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Case: Gestão ambiental participativa em bairro. Unesc Projeto Nossa Rua -Vila Manaus,
Criciúma/SC
Universidade do Vale do Itajaí CTTmar - Centro de Ciências Tec. Terra/Mar
Case: Gerenciamento e segurança nas praias catarinenses
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Badesc Agência Catarinense de Fomento
Case: Espaço Cultural Fernando Antônio Medeiros Beck
Cia. Industrial H. Carlos Schneider
Case: Coral Ciser
Telesc Brasil Telecom
Case: Projetos culturais incentivam as artes e a cultura catarinense
Thames Escola de Línguas - Wizard Idiomas
Case: Teatro na escola
Vanzin Industrial Auto Peças
Case: Cultura popular
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2001
Categoria: Preservação ambiental
Cia Ind. H. Carlos Schneider - Ciser Parafusos
Case: Preservação das nascentes de água do Quiriri
Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Plantas medicinais
Vonpar Refrescos
Case: Projeto Escola: latinhas recicladas, escolas equipadas
Categoria: Participação Comunitária
Brasil Telecom
Case: Telesc Brasil Telecom: a gente daqui no desenvolvimento cultural
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos
Case: Harmonia na Terra
Comércio Breithaupt
Case: Apoio ao esporte amador
Condomínio Civil do Mueller Shopping Center Joinville
Case: Mueller Joinville, um shopping solidário
Crea-SC
Case: Diagnóstico ambiental da Lagoa da Conceição
Delegacia Regional do Trabalho em Santa Catarina
Case: Ônibus da Cidadania
Jornal de Santa Catarina
Case: Se você parar, a APAE não para
Marisol
Case: Marisol em família
Nascisul Transportes
Case: Doe um real e ganhe um milhão de sorrisos
Secretaria de Estado da Saúde
Case: Município saudável
Unesc - Universidade do Extremo Sul
Case: Qualidade de vida: moradas na colina catarinense
Unibanco - União de Bancos Brasileiros
Case: Unibanco 10 anos de ação social: investindo na comunidade e na educação ambiental
Unimed Blumenau - Cooperativa de Trab. Méd.
Case: Unimed Vida
Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Amigos Saúde Mental
Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Casa da Cidadania
Univali - Universidade do Vale do Itajaí
Case: O programa da extensão comunitária da Univali
Vanzin Indústria Auto Peças
Case: Sala de Aula Vanzin
Vonpar Refrescos
Case: Cooperativa Ecos do Verde - Transformando lixo em esperança
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Big Bag Comércio e Representações
Case: Doce Poema
Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Índios Guaranis
Vonpar Refrescos
Case: Teatro na escola: a arte ensinando a viver melhor
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2002
Categoria: Preservação ambiental
Colorminas
Case: Preservar o futuro
Serviço Social do Comércio - Sesc
Case: Projeto Arte Vida Verde
Televisão Joaçaba - TV Catarinense
Case: Band Pé no Rio
Unesc
Case: Programa de Educação e Gestão Ambiental
Vanzin Industrial Auto Peças
Case: Arara Azul
Categoria: Participação Comunitária
Anjo Tintas e Solventes
Case: Anjos do Futsal
Brasil Telecom
Case: Cidadania para todos, o futuro sem limites
Cecrisa Revestimentos Cerâmicos / Koerich Engenharia
Case: Projeto Harmonia na Terra - Oficina para as futuras gerações
Luminar Comércio e Indústria
Case: Projeto Pró-Serra
Rede Brasil Sul de Comunicação - RBS TV
Case: Cidadania em Pauta
Serviço Social do Comércio - Sesc - SC
Case: Sesc Saúde ao seu alcance
Serviço Social da Indústria - Sesi
Case: Sesi Farmácia 100% social, cuidando de sua vida ajudando
a cuidar de muitas outras
Unesc
Case: Ação Adolescente
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Brasil Telecom
Case: Investir na gente daqui faz parte da nossa cultura
Habitasul
Case: Palco Habitasul
Serviço Social do Comércio - Sesc-SC
Case: Circulação e formação cultural
Unesc
Case: Espaço Cultural, toque de arte
Univali - Universidade do Vale do Itajaí
Case: Rádio Educativa Univali FM 94.9: comunicação de qualidade a serviço da cultura
e da comunidade
214
A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2003
Categoria: Preservação ambiental
Colorminas Colorifício e Mineração
Case: Reciclagem Santo Antônio do Descoberto
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Floresce Tubarão
RBS - Rede Brasil Sul - RBS Vale do Itajaí
Case: Vamos salvar o Rio Itajaí-Açu
Televisão Joaçaba - TV Catarinense
Case: Band Pé no Rio - Etapa da Consciência Ecológica
Categoria: Participação Comunitária
Alcoa Alumínio
Case: Resistência às drogas e à violência
Amanco Brasil
Case: Amanco por um mundo melhor
Centro de Integração Empresa Escola de SC
Case: Programa de iniciação ao trabalho
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Case: Projeto Social Comunitário Bem-viver / Unigam
Habitasul Empreendimentos Imobiliários
Case: Projeto Embo-y: Uma relação de vida com os Mbyá-Guarani
Jofund – Fremax
Case: Adoção da Escola Evaldo Koehler
Serviço Social do Comércio - Sesc-SC
Case: OdontoSesc - Promovento a saúde bucal em parceria com a comunidade
Sway Informática e Serviços - Softway
Case: Softway oportunizando o primeiro emprego e garantindo o segundo
Trombini Embalagens
Case: Programa Esporte Solidário
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Brasil Telecom
Case: Brasil Telecom - compromisso com a cultura catarinense
Instituto Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
Case: Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: promovendo cultura, arte e cidadania
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2004
Categoria: Preservação ambiental
A Notícia
Case: A Notícia e o compromisso ambiental
Eliane Revestimentos Cerâmicos
Case: A logística das águas
Televisão Joaçaba - TV Catarinense
Case: Band Pé no Rio
Categoria: Participação Comunitária
Associação Educacional Leonardo da Vinci - Asselvi
Case: Asselvi e a inclusão social de portadores de necessidades especiais
Centro de Integração Empresa Escola - CIEE/SC
Case: Programa de Desenvolvimento Estudantil
Eletrosul - Empresa Transmissora de Energia
Elétrica do Sul do Brasil
Case: Programa Hortas Comunitárias
Marisol
Case: Marisol fomentando o voluntariado
OBS: NESTE ANO NÃO HOUVE PREMIAÇÃO NA CATEGORIA DESENVOLVIMENTO CULTURAL
Petrobras
Case: Horta Comunitária
Rede Brasil Sul de Comunicação - RBS TV
Case: O amor é a melhor herança. Cuide das crianças
Santa Clara Participações
Case: Projeto de iniciação esportiva Donos da Bola
SC Gás
Case: SC Gás - Projeto Lixo Inteligente
Sesc
Case: Mesa Brasil Sesc-SC
Sulcatarinense Mineração Artefatos de Cimento,
Britagem e Construção
Case: Sulcatarinense - Educando para a cidadania
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Case: Sacando a cidadania
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Case: Programa de Bolsas Unisul 40 anos
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A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C
2005
Categoria: Preservação ambiental
Malwee Malhas
Case: Parque Malwee, um santuário ecológico
Parque Unipraias Camboriú
Case: Parque Escola - a diversão que educa
Petrobras Transporte - Transpetro
Case: Projeto Ecológico Cinturão Verde: aliando preservação e educação
Tractebel Energia
Case: A casa que vem das cinzas
Categoria: Participação Comunitária
Altenburg Indústria Têxtil
Case: Arte Social
Colorminas Colorifício e Mineração
Case: Colorminas parceria e projeto
Instituto Engevix
Case: Programa Engevix socioeducativo
Instituto Floripa + Futuro
Case: Projeto Floripa + Futuro
Malwee Malhas
Case: Saúde e esporte: a contribuição da Malwee para o bem-estar das comunidades
Metalúrgica Riosulense
Case: Riosulense presente na comunidade
Polícia Rodoviária do Estado de Santa Catarina
Case: Programa Cidadão no Trânsito
SCC Sistema Catarinense de Comunicação Rede TV Sul
Case: Cidadania para todos
Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau
Case: Seconci – Blumenau
Sulcatarinense
Case: Educação na empresa e na comunidade promovendo a inclusão social
Televisão Joaçaba - RBS TV
Case: Sua ajuda vale muito
TV Vale do Itajaí - TV Record Itajaí
Case: Record Cidadã
Unisul - Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina
Case: Programa de Promoção da Acessibilidade - Uma universidade sem barreiras
Vonpar Refrescos
Case: Prato Popular, restaurante comunitário de Florianópolis
Categoria Desenvolvimento Cultural
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE
Case: Espaço Cultural Governador Celso Ramos - Parceria da Cultura Catarinense
Brasil Telecom
Case: Brasil Telecom aposta no futuro da cultura catarinense
Clinimagem Diagnóstico por Imagem
Case: Sinfonia de talentos - repertório para a vida
Energética Barra Grande S.A – Baesa
Case: Usina Hidrelétrica Barra Grande: Energia para a cultura
Grupo Nação Hip Hop (Projeto Cinema na Favela)
Case: Projeto Cinema na Favela & Favela no Cinema - Ano 4
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2006
Categoria: Preservação ambiental
Celulose Irani
Case: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Usina de Cogeração
Indústria Carbonífera Rio Deserto
Case: Estação Biológica Costão da Serra
RBS TV Joinville
Case: Preservar é inteligente, preserve para o futuro
Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão de
Santa Catarina - Siecesc
Case: Preservar é possível
Sulcatarinense Mineração Artefato de
Cimento Britagem e Construção
Case: Pavimentação da SC 408: modelo bem sucedido de gestão ambiental
Categoria: Participação Comunitária
Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc
Case: Projeto Energia do Futuro - Aquecimento Solar
Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc
Case: Projeto Tô Ligado - Capacitação profissional para eletricista
Comfloresta
Case: Produção de mudas nativas, ajudando famílias e o meio ambiente
EBV Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional
Case: Geração de Cidadania
Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Case: Universidade para os alunos de escola pública
Indústria Carbonífera Rio Deserto
Case: Içara + Doce
Instituto Engevix (Prese)
Case: Prese - Programa Engevix Sócio Educativo
TV Cidade dos Príncipes
Case: Rede SC-SBT Joinville: promovendo cidadania e lazer no dia do trabalhador
TV Vale do Itajaí - TV Record Vale do Itajaí e Norte
Case: Record Cidadã - Ano 02
Vega do Sul - Arcelor Brasil
Case: Protegendo os costões
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Brasil Telecom
Case: Brasil Telecom - Aproximando pessoas através da cultura
Petrobras Transporte - Transpetro
Case: Oficinas de desenvolvimento cultural e capacitação comunitária
TV Vale do Itajaí - TV Record Vale do Itajaí e Norte
Case: Record Cidadã - Ano 02
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2007
Categoria: Preservação ambiental
Celulose Irani
Case: Ampliação da estação de tratamento de efluentes e gerenciamento
de resíduos industriais
Energética Barra Grande Baesa
Case: Programa de Educação Ambiental
Laticínios Cedrense
Case: Aproveitamento de resíduos industriais para geração de energia
Categoria: Participação Comunitária
Brasil Telecom
Case: Brasiltelecom – produzindo valor social
Celulose Irani
Case: Revitalização da Vila Campina da Alegria
Indústria Carbonífera Rio Deserto
Case: Florindo Siderópolis
Instituto OralEsthetic
Case: Todos têm o direito de sorrir
Unisul
Case: Unisul Paradesportiva – o esporte como instrumento de superação
de limites e inclusão social
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Brognoli Negócios Imobiliários
Case: Acústico Brognoli – Acreditando na música catarinense
Celulose Irani
Case: Centro Cultural Celulose Irani
TIM Celular
Case: TIM Música nas Escolas
Unisul
Case: Projeto Danceiros
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2008
Categoria: Preservação Ambiental
Acif
Case: Re-óleo – Programa Acif de reciclagem de óleo de cozinha
ArcellorMittal Vega
Case: Programa de Educação Ambiental da ArcellorMittal Vega: investimento em
estudantes, professores e na comunidade para a criação de uma nova consciência
Baesa
Case: Programa de Resgate e Preservação do Patrimônio Arqueológico
Celulose Irani
Case: Inventário de emissões e sumidouros de gases de efeito estufa em uma fábrica
de celulose e papel
Floripa Shopping Center
Case: Um shopping ambiental: ações que respeitam a comunidade e a natureza
Categoria: Participação Comunitária
Grupo RBS/Jornal de Santa Catarina, RBS TV e Rádio Atlântida
Case: Pedágio pela APAE
Latin Sports
Case: Ironman social
Norsul
Case: Investindo no esporte, formando cidadãos
Pousada Ilha do Papagaio
Case: Recategorização do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
RIC Record
Case: Dia de fazer a diferença RIC Record Santa Catarina
Samae
Case: Programa de educação e valorização da água – PROEVA
Sebrae/SC
Case: Programa de capacitação empresarial a distância – Faça e Aconteça
Unisul
Case: As plantas medicinais como alternativa à fumicultura: saúde e sustentabilidade
na região de Tubarão
WEG
Case: Centro de treinamento WEG – CentroWEG
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Associação Criciumense de Transporte Urbano – ACTU
Case: Turminha do futuro
Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
Case: Cidadania através da educação e cultura
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2009
Categoria: Preservação Ambiental
Celulose Irani
Case: Programa de Educação Ambiental Celulose Irani
Empresas Rio Deserto
Case: Projeto Novo Horizonte
Tedesco Marina
Case: Tedesco Marina Green
Transpetro
Case: Práticas pedagógicas de educação ambiental aliadas à conservação e
preservação do meio ambiente através da trilha ecológica sensitiva: a mata
atlântica como você nunca viu
Categoria: Participação Comunitária
Acaert
Case: Acaert e Radiodifusão Cidadã: rádio e TV cumprindo sua missão social
Baesa
Case: Programa Incluir: o desafio da inclusão social
Celesc
Case: Sou legal, tô ligado!
Construtora Corbetta
Case: Projeto Bola Cheia
Eletrosul
Case: Projeto Pré-Vestibular Comunitário
Enercan
Case: Fundo de Desenvolvimento Rural
RBS TV/ FCDL
Case: Pedágio do Brinquedo/ Natal Solidário 2008
TV Barriga Verde
Case: Vinhetas Educativas
Categoria: Desenvolvimento Cultural
ACTU
Case: Vozes em Canto – encantando nossa gente
ArcelorMittal Vega
Case: Concurso Escolar ArcelorMittal Vega – criação de consciência para a
preservação do meio ambiente e para o futuro sustentável
Correio Lageano
Case: Lendo e relendo com o Correio Lageano
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2010
Categoria: Preservação ambiental
Baesa - Energética Barra Grande S.A
Case: Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya
Eletrobrás – Eletrosul
Case: Programa Casa Aberta Eletrosul
Empresas Rio Deserto
Case: Projeto de Conservação Ambiental Felinos do Aguaí
Koprime
Case: Construção sustentável??? Sim, é possível!
Prosul - Projeto, Supervisão e Planejamento
Case: Plano de Manejo da RPPN Rio das Lontras
Unimed Grande Florianópolis
Case: Unimed Grande Florianópolis - A responsabilidade socioambiental
está no nosso DNA
Categoria: Participação Comunitária
Celulose Irani
Case: Projeto Broto do Galho
Grupo RBS
Case: Crack, nem pensar. O Grupo RBS mobiliza a sociedade catarinense
pela bandeira da vida
Portonave
Case: Portonave de todos: de mãos dadas pela responsabilidade social
RIC Record
Case: Campanha do Agasalho RIC Record: aqueça uma comunidade
Sesi Santa Catarina
Case: Inclusão da pessoa com deficiência na indústria
Tigre
Case: Conexão Cultural Tigre/ICRH
Topmed
Case: Programa TopMed de Responsabilidade Social: promovendo a
saúde da comunidade
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Baesa e Enercan
Case: Programa Arte na Praça
BRDE
Case: Valorizando a cultura catarinense
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2011
Categoria: Preservação ambiental
Acij
Case: Consumo inteligente energia elétrica
Eletrosul
Case: Agricultura urbana, a revolução dos baldinhos
Exit Comunicação
Case: Exit Comunicação Estratégica. Uma agência Carbon Free
FCDL SC
Case: Recicla CDL
Portobello
Case: Sustentabilidade Portobello. Todos comprometidos com o futuro
Categoria: Participação Comunitária
Baesa
Case: Programa Pessoas Especiais
Berlanda
Case: Construindo uma política de responsabilidade social
Dudalina
Case: Projeto Geração de Renda
Enercan
Case: Vida nova, benefícios da implantação da UHE Campos Novos
Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina - Feesc
Case: Centros para democratização de informações e negócios (CDIN)
Lojas Salfer
Case: Programa Salfer Solidária
Nexxera
Case: Programa de integração pelo esporte
RBS TV
Case: Campanha do Agasalho - A roupa que não serve mais, serve.
Sesc/SC
Case: Projeto Sesc Idoso Empreendedor SC
Sesi/SC
Case: Programa Atleta do Futuro
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Dicave Gartner
Case: Voluntariado e cidadania: oportunidades que transformam vidas
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2012
Categoria: Preservação ambiental
Dudalina
Case: Neutralização de gases do efeito estufa da Dudalina
Malwee
Case: Garrafas PET - o lixo que virou moda na Malwee
Portobello
Case: Portobello apresenta: maior e melhor coleção de porcelanato do mercado
Sesi
Case: Programa Papa Pílula: incentivando o descarte correto de medicamentos para
preservação do meio ambiente e da saúde
Teddy Bear
Case: Programa gardening at school
Categoria: Participação Comunitária
Baesa
Case: Programa Comunidade Saudável
Eletrobras/Eletrosul
Case: Projeto Catadores de Materiais Recicláveis - Monte Cristo
Facisc
Case: Projeto IR - Iniciativa Responsável
RBS TV
Case: Um novo olhar sobre as pessoas: valorização, comunicação diferenciada e
geração de novos negócios
Unimed Grande Florianópolis
Case: ParaUnimed: o paradesporto potencializando a inclusão social
Woa
Case: Woa - A nova marca da responsabilidade social
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Celulose Irani
Case: Grupo de teatro Flor do Mato: “Um olhar para a vida”
Enercan
Case: Projeto Música e Cidadania
Portonave
Case: Contém Cultura
Tesc
Case: Instituto Porta do Sol
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2013
Categoria: Preservação ambiental
Aurora Alimentos
Case: Gestão ambiental Aurora Alimentos, um compromisso de todos
Baesa (Energética Barra Grande S/A)
Case: Programa Nosso Lago, Nossa Vida
Celesc Distribuição
Case: Banho de Energia
FCDL-SC (Federação das Câmaras de
Dirigentes Lojistas de Santa Catarina)
Case: Recicla CDL na escola
Librelato
Case: Prêmio Librelato Ambiental 2012
Malwee Malhas
Case: Malwee - sistema inédito de tratamento de efluentes e economia anual de 200
milhões de litros de água do Rio Jaraguá
Portonave – Terminais Portuários de Navegantes
Case: Ecoponto
Categoria: Participação Comunitária
Döhler
Case: Momento Döhler
Eletrosul
Case: Programa Voluntariado Corporativo Eletrosul
Enercan (Campos Novos Energia S/A)
Case: Programa Cidadão do Futuro
Nord Eletric
Case: Valor compartilhado: consciência social
Sesi/SC
Case: Campanha Sesi Farmácia de prevenção à hipertensão arterial
Categoria: Desenvolvimento Cultural
Grupo RBS
Case: A educação precisa de respostas
Sesc/SC
Case: BiblioSesc
Unimed Grande Florianópolis
Case: Programa Cultural Unimed
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TANTO EM 30 AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC