TANTO EM 30 AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC TANTO EM 30 AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC COORDENAÇÃO GERAL P AT R O C Í N I O REALIZAÇÃO TANTO EM 30 AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC Laudelino José Sardá Editor Beth Karam Coordenação e pesquisa Flávio de Sturdze (história ADVB) e Mário Pereira (perfil dos premiados) Te x t o s Amaline Mussi e Jucélia Fernandes Revisão Manoela Gemael e Marina da Penha Mello Apoio pesquisa Denise Schnorrenberger Marcus Vinícius Corrêa Roberta Bello Adam Tais Biavatti Apoio ADVB/SC Fo t o s : Arquivo ADVB/SC Reprodução e fotos adicionais: Editoração: Capa: Tempo Editorial Officio Quadra Comunicação Referências bibliográficas A D V B 2 0 a n o s , 2 0 0 4 , C o m i d i a Pr o j e t o s E s p e c i a i s e E d i t o r a L t d a 5 0 A n o s d a Fi e s c – U m a h i s t ó r i a v o l t a d a p a r a a i n d ú s t r i a catarinense, 2000, Editora Expressão 5 0 A n o s d e Va n g u a r d a – A H i s t ó r i a d a Pr o p a g u e , 2 0 1 3 , E d i ç ã o Pr o p a g u e T17 Tanto em 30 : as três décadas da ADVB/SC / coordenação e pesquisa Beth Karam.- Palhoça : Ed. Unisul, 2014. 225 p. : il. Color. ; 26 cm Inclui bibliografias. ISBN 978-85-8019-047-2 1. Marketing – Santa Catarina - História. 2. Vendas – Promoção – Santa Catarina - História. I. Karam, Elisabeth, 1955-. CDD (21. ed.) – 658.8 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul NOVEMBRO | 2014 Uma entidade viva, fiel aos seus princípios A ADVB de Santa Catarina atravessou os últimos 30 anos esbanjando vitalidade. A história da economia do nosso Estado, costurada ombro a ombro com a história da entidade, descrita em ricos e curiosos detalhes, e, ao mesmo tempo, com a maestria de uma narrativa sintética e encadeada, faz o leitor viajar no tempo, em um só fôlego. Conhecer esta inspiradora história, cheia de nuances de empreendedorismo e arrojo sem igual, nos enche de orgulho. Divulgar esses 30 anos de superação de uma entidade onde todos são apaixonados e, por isso, voluntários, é missão das mais nobres e motivadoras. Todavia, participar como ator, escrever alguns capítulos e deixar algum legado no breve espaço do mandato de presidente executivo é ainda mais gratificante e uma das maiores honrarias que um associativista pode receber. Tive o privilégio de conhecer o embrião da ADVB de Santa Catarina desde as suas primeiras reuniões, ainda informais. Acompanhei, pela imprensa da época, a iniciativa do publicitário e professor de marketing Eurides Antunes Severo, que, em reunião histórica aos 11 de julho de 1984, lançou a pedra fundamental dessa associação, a que hoje tenho orgulho de também chamar “nossa entidade”. Participei ativamente de quase todos os eventos descritos nessa obra e sempre acompanhei, com brilho nos olhos, os grupos de abnegados diretores voluntários, que se revezavam na condução dos destinos da ADVB de Santa Catarina, uma entidade cada vez mais madura e representativa dos empreendedores. À época, eu já havia sido inoculado pelo vírus do associativismo, e, dentro da minha profissão de publicitário, comecei militando na Associação Catarinense de Propaganda. Mais tarde, já como empreendedor, no Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Santa Catarina. Juarez Antônio Beltrão Campos PRESIDENTE EXECUTIVO ADVB/SC G E S TÃ O 2 0 1 2 / 2 0 1 3 Também atuei na Federação Nacional das Agências de Propaganda e, por fim, no Conselho Executivo das Normas Padrão – Cenp. Mas, e a ADVB? Bem, a ADVB nunca saiu dos meus pensamentos: afinal, como empresário de publicidade, uma entidade com mais “clientes” do que “concorrentes” era, sem sombra de dúvida, onde todos gostaríamos de estar. Mas não bastava querer, nem pensar. Na ADVB, era preciso ser convidado a participar, e foi assim que, em 2008, fui honrado com um convite para integrar o Conselho Deliberativo da entidade: um grupo de 50 empresários, gente de altíssima reputação. O presidente do Conselho à época era o empresário Leonardo Fausto Zipf e o portador do convite, o secretário do Conselho e também conselheiro, o jornalista Carlos Stegemann. No início de 2010, a então presidente executiva Maria Carolina Linhares me convidou para integrar sua diretoria. Finalmente, pude respirar e conhecer de perto o trabalho e os desafios diários desse grupo de diretores. Uma experiência que me fascinou e me transformou. Mergulhei na missão de tal forma que, ao longo dos dois anos do mandato, com o aval da Maria Carolina, fui o nome de consenso para liderar a próxima gestão. Então, o que parecia um sonho distante tomou forma em 9 de março de 2012, quando assumi o cargo mais honroso, e, por isso mesmo, mais desafiador, desta fantástica entidade. Essa obra consegue retratar, com fatos e dados jornalísticos, quão difíceis e desafiadores foram esses últimos 30 anos, não só no Brasil, mas, em especial, em Santa Catarina. E isso traduz, ainda com mais ênfase, quão forte e decidido teve de ser cada novo grupo de diretores para, encarando todas as dificuldades, ir construindo, ano a ano, uma entidade que hoje é modelo no Brasil. Ao término desta obra, o leitor mais atento consegue perceber, quase incrédulo, que a entidade cujo objetivo, entre outros, era, segundo o empresário Luis Nozar, um dos fundadores, “colocar Santa Catarina no mapa do marketing brasileiro”, sim, fez história no Brasil. A lista de personalidades e celebridades nacionais e internacionais que ajudaram a contar essa espetacular história é invejável em todos os aspectos. E, definitivamente, Santa Catarina entrou no mapa do marketing brasileiro. A marca ADVB/SC é respeitadíssima. Goza de uma reputação ímpar no nosso Estado. Ser reconhecido por ela, publicamente, nas distintas premiações ao longo desses 30 anos, faz de qualquer empresa ou empresário, alvo de admiração, respeito e orgulho. Igualmente, manter esse nível de reputação e credibilidade, ano após ano, com uma profusão de eventos e entidades brotando em cada cidade, é o maior e sempre constante desafio dos novos grupos que recebem essa honrosa missão de continuar mantendo a ADVB de Santa Catarina fiel aos seus princípios, traçados em 1984. Essa obra consegue dar uma dimensão enorme à ADVB. Ao mesmo tempo que nos enche de orgulho, nos desafia a fazer melhor. Todos nós, que já tivemos esse privilégio de, ao presidir a entidade, liderar líderes, ganhamos uma motivação extra para, mais uma vez voluntariamente, ajudar a pensar a entidade para os próximos 30 anos, ao longo dos quais os desafios serão outros, inimagináveis agora. O Conselho Vitalício, juntamente com o Conselho Deliberativo, tem a liberdade de fazer esse delicioso exercício de futurologia e dar a sua contribuição para as próximas diretorias. O que esperar da entidade nos próximos anos? Os pilares do Reconhecimento, Capacitação e Relacionamento se manterão inalterados? Como superar o eterno desafio da sustentabilidade financeira numa entidade sem fins lucrativos e conduzida por voluntários? A ADVB de Santa Catarina, ao completar trinta anos de atividades ininterruptas, apresenta-se no auge da sua vitalidade e da sua maturidade. Registro com muito orgulho o meu sincero agradecimento pela oportunidade de poder fazer parte dessa fantástica história de empreendedorismo e de superação. Também fica o registro de agradecimento às equipes de funcionários, sempre prontos e bem-dispostos na execução das tarefas e atividades cotidianas da ADVB. E um agradecimento maior a todos aqueles que, anonimamente, também deram sua contribuição, por menor que tenha sido, para que essa entidade tenha alcançado esses elevados níveis de prestígio junto à sociedade catarinense. Estamos todos de parabéns. Orgulho e responsabilidade Ter sido eleito para a gestão 2014/2015 da ADVB/SC é muito mais que um orgulho e um prazer, é, na verdade, uma grande responsabilidade. Afinal, após quase 30 anos de gestão de um grupo tão seleto de presidentes à frente desta brilhante instituição e a realização de eventos de magnitude nacional e até internacional, minha missão e da minha equipe tem de estar traduzida em um projeto ousado e criativo. Digo e repito que estamos aqui, devendo respeitar, aprender o trabalho brilhantemente realizado pelas gestões anteriores, e atualizá-lo. Ter a grande sorte de ter sido eleito presidente no ano em que nossa ADVB/SC completa 30 anos – 2014, exigirá um envolvimento muito grande deste belo grupo de amigos e voluntários, meus diretores e vice-presidentes regionais. Nossa equipe, além de realizar tudo aquilo que já vem sendo executado durante todos esses anos, resolveu criar algumas ações específicas para que possamos também deixar o nosso legado. Resolvemos ampliar o número de vice-presidências regionais com o forte e comprometido objetivo de levar o mundo de marketing e vendas para todos os rincões de Santa Catarina. Esse movimento produzirá uma amplitude da marca da ADVB/SC e incrementará nossos projetos regionais, permitindo que possamos obter a crescente participação dos dirigentes do mundo do marketing e das vendas. Outra ação inovadora foi a criação da diretoria de relacionamento com o mercado Brasil, com sede em São Paulo. Nesse caso, chamamos um catarinense que atua neste mercado para dar visibilidade à nossa ADVB/SC, mostrando, através de São Paulo, o brilhantismo das empresas catarinenses. Octavio René Lebarbenchon Neto PRESIDENTE EXECUTIVO ADVB/SC G E S TÃ O 2 0 1 4 / 2 0 1 5 Estaremos promovendo eventos em São Paulo, para que investidores brasileiros e estrangeiros possam conhecer ainda mais nosso Estado através das empresas catarinenses, em especial na área de marketing e vendas. Finalmente, nossa gestão que, como disse, terá a grande sorte de ocorrer no aniversário dos 30 anos da ADVB/SC, também tem como meta realizar um grande evento de caráter internacional sobre marketing e vendas, criando um novo conceito nesse segmento e colocando Santa Catarina no mapa dos grandes eventos dessa área no Brasil. Assim, esperamos realizar, no mínimo, o que até agora foi feito pelas gestões anteriores, nunca esquecendo nossos pilares que fundamentam e dão formato à ADVB/SC, quais sejam: reconhecimento, relacionamento e capacitação. Pilares que transformaram a ADVB/SC em um exemplo de instituição cujo reconhecimento é percebido em todo o território nacional. Contribuição para o desenvolvimento Em 1956, na esteira do enorme impulso desenvolvimentista que o Governo JK fazia o país vivenciar, um grupo de empresários nacionais e de executivos de corporações brasileiras e estrangeiras resolveu criar uma entidade que propiciasse às nascentes equipes de vendas das organizações um conhecimento sistematizado das técnicas de vendas e marketing. Surgia, assim, a ADVB, com sede em São Paulo, e o declarado objetivo de ministrar cursos, fazer encontros de profissionais de vendas, visando, fosse por meio de experiências trocadas ou transmitindo conhecimento teórico, o atendimento ao mercado consumidor e, por natural consequência, o incremento das vendas e ampliação do respectivo espaço no mercado. O exemplo de São Paulo frutificou em outros três estados: Rio Grande do Sul, Pará e Paraná. Com o intercâmbio de experiências e conhecimentos com entidades congêneres dos Estados Unidos e da América Latina, as então quatro entidades cresceram, fortaleceram-se e consolidaram-se como organizações indispensáveis ao progresso das empresas, sob a ótica dos desempenhos na área de vendas. Passaram-se mais de duas décadas e, nos anos oitenta, muitos estados do Brasil, mercê das necessidades dos mercados locais e da iniciativa voluntária de líderes dos mais distintos campos de atuação empresarial, começaram a debater a criação de ADVBs estaduais. Dentre várias de que tive oportunidade de participar nos primeiros anos da década 1980/1990, com toda certeza, o destaque fica por conta da de Santa Catarina, tal o nível de atuação e a importância político-empresarial que ela possui. Sem nenhuma atitude de menosprezo Miguel Ignatios PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ADVBS – FENADVB ou redução de nível das ações das que possuem, aproximadamente, a mesma idade que a de Santa Catarina, o fato concreto e de óbvio entendimento é que a entidade catarinense se consolidou como protagonista legítima do desenvolvimento do Estado, em parceria com outras organizações representativas dos mais diversos setores produtivos locais. As realizações da ADVB/SC repercutem nacionalmente, tanto pela qualidade quanto pelas parcerias que os sucessivos presidentes, diretores e conselheiros que a lideraram lograram formar e consolidar. Tenho plena convicção do importante papel que a entidade exerce junto aos setores empresariais e governamentais e do quanto ela contribui para o desenvolvimento do Estado, dentro da contemporânea concepção da sustentabilidade e do progresso da sociedade. Desta forma, registro minha alegria por ter participado, desde os primeiros momentos, da formação da ADVB/SC e contribuído, ao longo destas três décadas, para seu progresso e crescimento. A luta é perene para uma entidade como a nossa, que abriga TODOS os setores produtivos do Estado, uma vez que seu caráter não sindical, ao mesmo tempo que lhe provê a indispensável liberdade de ação, lhe aumenta a responsabilidade, tanto conceitual quanto material, obrigando, a que todos aqueles que nela trabalham, voluntariamente, dediquem redobrados esforços para a consecução dos seus propósitos e objetivos. Essa é a intrínseca motivação que nos move e nos une, para sempre! Trinta anos exemplares Santa Catarina é cada vez mais um Estado de oportunidades. Ocupamos apenas 1% do território nacional, mas estamos em posição de destaque em segmentos fundamentais da economia brasileira e no desenvolvimento social. Nas últimas três décadas, pequenas e grandes empresas vêm se reinventando e outras marcas que são referência mundial se instalaram aqui. A chegada desses investimentos é tão importante à geração de empregos quanto aos avanços da tecnologia, dos processos de gestão, da atualização profissional com a participação efetiva das nossas universidades e escolas técnicas. E tudo isso faz Santa Catarina crescer em renda e qualidade de vida. Alguns segmentos importantes da nossa economia, como o da madeira e o cerâmico, estão reencontrando o caminho para a conquista de novos mercados. A indústria metalmecânica conta com empresas que mudaram os nossos referenciais de tecnologia, eficiência na produção e capacitação profissional. São exemplos como a GM, que já está produzindo motores em Joinville, e a BMW, uma grife mundial em design e tecnologia, que deve começar a produzir nos próximos meses em Araquari. Outra gigante do setor é a fábrica de caminhões Sinotruck que, ao entrar em operação na Serra, estabelecerá uma nova cadeia produtiva, um novo patamar de desenvolvimento na região. O turismo tem batido recordes. A maçã alcança uma boa safra com qualidade competitiva em nível mundial. A agroindústria vive uma boa fase, com a histórica conquista do mercado japonês através da comercialização de carne suína. Há, sem dúvida, um conjunto de fatores que ajuda Raimundo Colombo G O V E R N A D O R D E S A N TA C ATA R I N A Santa Catarina a ter e a manter esse ritmo de desenvolvimento como o Pró-Emprego, o Prodec e as ações diretas do governo estadual na busca de parcerias para viabilizar novos negócios. Nosso Estado tem regiões com características geográficas e culturais bem definidas. Isso nos favorece na medida em que nos permite manter uma produção diversificada e inovadora, com o desafio de conquistar novos mercados. Mas, para que isso aconteça, são necessários projetos empresariais ousados, pessoas treinadas e um governo disposto a investir na infraestrutura, criando um elo com o mercado. Santa Catarina é o Estado que apresenta os melhores índices de crescimento econômico e de desenvolvimento humano. A infraestrutura, capaz de sustentar essa evolução permanente e irreversível, ganha melhorias e novas dimensões, como o porto de Imbituba, o aeroporto de Jaguaruna, a conclusão da duplicação da BR-101 e a modernização de outras rodovias federais e estaduais. Em razão disso, o Estado atrai novos investimentos, como, por exemplo, o que deverá viabilizar a produção de fertilizantes a partir do carvão, exigindo a aplicação de mais de 3 bilhões de dólares. As três últimas décadas foram significativas à afirmação de Santa Catarina como uma referência em qualidade de vida. A ADVB/SC é um testemunho e partícipe desse crescimento, promovendo eventos com expets de renome nacional e internacional, que nos permitiram avançar em conhecimento e em aplicação de técnicas de marketing, contribuindo ao alcance da competitividade internacional para as nossas empresas. Os 30 anos, idade da ADVB/SC, marcaram Santa Catarina no contexto da inovação, empreendedorismo, desenvolvimento de ciência e tecnologia e qualidade de vida. Com certeza, nós catarinenses estaremos dando novos exemplos nas próximas três décadas. Muito além das vendas O muro de Berlim caiu, a guerra fria terminou, o Brasil se redemocratizou, pacotes econômicos seguiram-se até a inflação ser controlada, uma nova Constituição foi promulgada, a internet provocou uma verdadeira revolução, o desenvolvimento tecnológico ganhou velocidade nunca antes vista, a concorrência global se acirrou radicalmente. Nos últimos 30 anos, muita coisa mudou no mundo e no Brasil. E o ritmo das transformações se acelera cada vez mais. Ao longo desse tempo, o industrial de Santa Catarina provou sua competência, mantendo os investimentos e a aposta num futuro melhor para o Estado. Com capacidade para muito mais do que produzir com qualidade, o setor soube adaptar-se aos novos tempos, traçar estratégias inovadoras e seguir em frente, fazendo da indústria forte uma das marcas de Santa Catarina, uma terra onde o segmento tem papel decisivo para o desenvolvimento. Com 47 mil empresas e 762 mil trabalhadores, o setor gerou no ano passado R$ 6,15 bilhões em ICMS e IPI, respondeu por 54% das exportações e por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Isso tudo, apesar dos custos de produção que só crescem, impulsionados por uma carga tributária que não se justifica, por uma infraestrutura precária e por níveis de produtividade baixos, decorrentes dos investimentos inadequados na educação dos trabalhadores e do ambiente de baixo estímulo à inovação. Mas o industrial catarinense não desiste. Nos locais mais distantes do Estado surgem novos empreendimentos ou são ampliados projetos que só dão certo em função de trabalho duro e capacidade empreendedora. Quase que por teimosia. Glauco José Côrte PRESIDENTE DA FIESC Quando as questões externas às empresas, como as que acabamos de citar, impedem a indústria de Santa Catarina de competir por preço, ela investe na força de suas marcas, na diferenciação de seus produtos, em redes de varejo para agregar valor à produção. E segue obtendo sucesso nas suas vendas no Brasil e no exterior, chegando a mais de 190 países. Mais que isso, a indústria catarinense mostra seu comprometimento com o desenvolvimento estadual, ao responder com entusiasmo à provocação da Fiesc, que elegeu a educação como ponto central de sua agenda na busca da competitividade e lançou o movimento A Indústria pela Educação. A ação de protagonista na defesa de um salto de qualidade no nível de formação do trabalhador será um legado inestimável para as próximas gerações. É dessa forma que o setor mostra sua força e seguirá gerando resultados que nos enchem de orgulho. E, o mais importante, com influência direta na melhoria da qualidade de vida dos catarinenses. Súmario TANTO EM 30 AS TRÊS DÉCADAS DA ADVB/SC 18 Galeria de Presidentes 22 O início 49 Os primeiros anos 81 Consolidação 95 Capacitação 103 Eventos e relacionamento 123 Reconhecimento 136 Prêmios 139 Personalidade de Vendas 163 Top de Marketing e Vendas 193 Top Turismo 201 Top Exportação 209 Empresa Cidadã Eurides Antunes Severo Presidente da Diretoria Executiva 1984 – 1985 Roberto da Luz Costa Presidente da Diretoria Executiva Presidente do Conselho Deliberativo 1990 - 1993 1994 – 2003 Carlos Wolowski Mussi Presidente da Diretoria Executiva 1998 – 1999 Luis Maria Sainum Nozar Presidente da Diretoria Executiva Presidente do Conselho Deliberativo 1986 – 1989 1990 – 1993 Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraíso Presidente da Diretoria Executiva 1994 - 1997 José Carlos Portella Nunes Presidente da Diretoria Executiva Presidente do Conselho Deliberativo 2000 - 2001 2004 - 2007 Derly Massaud de Anunciação Presidente da Diretoria Executiva 1997 Giancarlo Tomelin Presidente da Diretoria Executiva 2002 – 2005 Galeria de Presidentes Natanael Santos de Souza Presidente da Diretoria Executiva Presidente do Conselho Deliberativo 2006 - 2007 2014 - 2016 Maria Carolina Linhares Presidente da Diretoria Executiva 2010 – 2011 Leonardo Fausto Zipf Presidente do Conselho Deliberativo 2008 – 2010 Juarez Antônio Beltrão Campos Presidente da Diretoria Executiva 2012 – 2013 Carlos Joffre do Amaral Netto Presidente da Diretoria Executiva Presidente do Conselho Deliberativo 2008 - 2009 2011 - 2013 Octavio René Lebarbenchon Neto Presidente da Diretoria Executiva 2014 - 2015 Oinício Felizmente, 1984 não confirmou as arrepi antes premonições do romance de George Orwell publicado 35 anos antes, embora os rumos desencontrados da economia na quele ano dessem motivos de sobra aos bra sileiros para sentirem-se personagens de um cenário sombrio e desanimador, de on de parecia impossível enxotar o fantasma da inflação galopante que assombrava o país desde a década anterior. Os tempos ufanistas do “milagre” haviam escoado pelo ralo na primeira metade dos anos 1970, dei xando como herança para a década seguin te um quadro simplesmente surreal na área econômica: em dez anos, o país amargou uma inflação média anual de 330%, que se recusava a retroceder mesmo com a adoção de 17 mudanças nas regras cambiais, 13 al terações na política salarial, três moedas di ferentes e mais de 50 ajustes nos mecanis mos de controle de preços. T A N T O Na página 20, detalhe da ata manuscrita que deu origem ao documento que cria a ADVB/SC 22 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Logicamente, Santa Catarina não escapou dos efeitos dolorosos da crise nacional, agravada pela elevação dos juros internacionais em decorrência da segunda alta do preço do petróleo, embora, em alguns segmentos, o impacto tenha sido menos rigoroso do que em outros. Talvez por isso, muitos analistas e empresários ressalvem que, embora os anos 1980 no Brasil sejam conhecidos como “a década perdida”, em Santa Catarina, apesar de tudo, verificou-se nessa época um fortalecimento significativo da estrutura industrial, com grandes empresas consolidando liderança no mercado nacional e abrindo espaços no exterior. Seja como for, a recessão que se instalou no princípio da década de 1980 e reduziu, de forma drástica, as taxas anuais de crescimento do país, estacionadas em apenas 1,2% nos oito primeiros anos, fez encolher também a economia estadual, depois de ela ter evoluído acima da média brasileira ao longo dos anos 1970, chamados de “anos de ouro da indústria catarinense”. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado cresceu invejáveis 17,6% no primeiro quinquênio e 7,2% no seguinte, no qual Santa Catarina deu também um salto gigantesco nas exportações, passando a participar com 4,3% no volume total comercializado pelo país no mercado internacional. Foi um tempo que deixou saudade – pelo menos no que diz respeito ao desempenho da economia. Na década seguinte, os números eram bem outros, mas, mesmo assim, prevalecia em amplos segmentos a convicção 23 T A N T O E M 3 0 de que, graças à qualidade de seus produtos, as empresas catarinenses não necessitavam investir para divulgar melhor as suas marcas. Era certamente uma visão parcial, para não dizer pouco realista do quadro do momento, pois, embora a excelência do parque industrial catarinense fosse um fato inquestionável, notadamente nas áreas têxtil, metalmecânica, agroindustrial, química e cerâmica, a capacidade de produção de bens e serviços era infinitamente superior ao poder de compra da população no mercado recessivo dos anos 1980. Na época, o marketing era utilizado, basicamente, apenas por grandes empresas brasileiras estabelecidas em São Paulo e multinacionais sediadas no país. Mas suas possibilidades como propulsor de vendas já eram reconhecidas por profissionais da área e por publicitários em Santa Catarina, que procuravam estimular sua adoção no âmbito estadual. E foi a partir dessa nova visão da gestão de negócios que um grupo de 34 profissionais das áreas de vendas e propaganda, insuflados pelo publicitário e professor de marketing Eurides Antunes Severo, constituiu, numa reunião histórica realizada em 11 de julho de 1984, uma associação de classe que os integrasse de forma permanente, facilitando a difusão do marketing no meio empresarial catarinense. Nascia aí a Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil – seccional Santa Catarina (ADVB/SC) – que, posteriormente, incorporou o termo Marketing ao nome, com os objetivos de promover a troca de experiências e incentivar a capacitação e a atualização do empresariado, de modo a ajudá-lo, mediante a utilização da nova ferramenta mercadológica, a enfrentar um mercado cada vez mais competitivo e em constante transformação. Um desses pioneiros, o empresário e especialista em marketing Luis Nozar, foi indicado para coordenar a comissão executiva encarregada de encaminhar o processo de instalação definitiva da associação e dela faziam parte, ainda, a professora de marketing Jane Iara Pereira da Costa, o publiNa página seguinte, a ata de 11 de julho de 1984, que institui a comissão para criar a ADVB/SC citário Roque Calage Neto e o relações-públicas Rodrigo Villasboas. Contaram também com o apoio de Miguel Ignatios e Günther Staub, das ADVBs de São Paulo e do Rio Grande do Sul, bem como do entusiasmo por eles transmitido, para levar adiante a nova entidade. 24 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 25 T A N T O E M 3 0 De acordo com o estatuto aprovado pelos fundadores, a administração da ADVB/SC compete à Diretoria Executiva, composta por um diretor-presidente, até três diretores vice-presidentes e um número de diretores e vice-presidentes regionais que o gestor julgar necessário. A diretoria é eleita para um mandato de dois anos, com direito a uma única reeleição. Já o Conselho Deliberativo é composto por todos os ex-diretores-presidentes, considerados membros natos, e 50 membros eleitos. O diretor-presidente é normalmente eleito entre os quadros de diretorias anteriores. Encerrada sua gestão, também é de praxe ele ser eleito para a presidência do Conselho Deliberativo. A entidade é mantida pelas mensalidades pagas pelos associados e pelos eventos que promove. A semente da ADVB, porém, é um pouco anterior. Esses mesmos profissionais vinham ensaiando os primeiros passos nessa direção havia algum tempo, com a promoção de encontros informais dos quais participavam proprietários ou gestores de empresas de comunicação e propaganda e diretores das áreas comercial e financeira. Reuniam em média de 10 a 30 pessoas, mas, às vezes, o número de presentes chegava a 50 e, excepcionalmente, se aproximava de 100. Promoviam troca de experiências e debates, mas tudo acontecia de maneira informal, e eles sentiam necessidade de profissionalizar esse tipo de atividade. Na época, conta Antunes Severo, havia no Estado associações de radialistas, das agências de propaganda, de empresários e muitas outras, cada qual congregando pessoas de um determinado segmento, mas inexistia uma entidade que reunisse diferentes categorias. “E nós idealizamos uma associação que congregasse profissionais ligados ao marketing em todas as suas formas: vendas, promoção, propaganda, comunicação, administração.” “Um dos grandes objetivos da criação da ADVB foi colocar Santa Catarina no mapa do marketing brasileiro”, afirma Nozar, porque, segundo ele, as indústrias catarinenses eram líderes em vários segmentos competitivos e vendiam seus produtos nos mercados nacional e internacional, mas “não vendiam” o Estado Santa Catarina. “Não davam importância ao made in SC. Por exemplo, a cerâmica catarinense era vendida em São Paulo, mas nada ligava essa venda a Santa Catarina, ou seja, a imagem do Estado não 26 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C ganhava nada com isso.” Assim, recorda, “Santa Catarina era esquecida para palco de qualquer grande evento. As coisas aconteciam em Porto Alegre e Curitiba, e não aqui, e as contas publicitárias das grandes empresas catarinenses estavam com agências paulistas.” A visão que Antunes Severo tem do quadro da época não é diferente: “Marketing é uma coisa, sucesso das empresas é outra. Santa Catarina era na época o Estado mais industrializado do país, proporcionalmente, e as empresas catarinenses detinham grandes fatias do mercado porque os empresários eram competentes e queriam progredir, então faziam bons produtos. Mas isso não quer dizer que utilizassem ferramentas mercadológicas para isso. Santa Catarina tinha na época grande destaque empresarial pela qualidade e vendia tudo o que produzia, e isso levava o empresariado a acreditar que não precisava de marketing e a considerá-lo um gasto desnecessário. Mas nós antevíamos que essa supremacia poderia ser futuramente comprometida devido aos esforços de marketing desenvolvidos em São Paulo, por exemplo, e queríamos evitar que isso viesse a acontecer.” O marketing tivera uma penetração um tanto tímida no Brasil, a partir da introdução dos primeiros cursos de Administração na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, no início dos anos 1950, depois de sua consolidação definitiva nos Estados Unidos, após o fim da II Guerra Mundial, quando os empresários daquele país perceberam que seu sucesso nas vendas dependeria dos esforços que dispensassem para satisfazer a demanda dos consumidores. Em outras palavras, entenderam que, num mercado dominado pela concorrência, eles teriam de “vender” o que produziam, e que, para isso acontecer, o aumento da produtividade e da rentabilidade deveria ser subordinado a pesquisas de mercado, formulação de produtos, distribuição, divulgação, promoção e controle de resultados. A nova doutrina mercadológica foi conquistando espaços no país, e, quando a ADVB/SC foi criada, o livro A Era da Incerteza, do economista norte-americano John Kenneth Galbraith, tinha lugar de destaque na mesinha 27 O jornal O Estado de 13 de abril de 1984 registra uma das primeiras reuniões dos profissionais das áreas de venda e marketing em que se debateu a criação de uma associação para congregá-los T A N T O E M 3 0 dos marqueteiros nos grandes centros. Eles enxergavam em sua principal recomendação prática – a de que se devia aprender a conviver com a crise e as limitações do momento e a administrá-las – a solução mágica para contornar as dificuldades impostas pelo mercado nacional. Traduzida para o “marquetês”, e endossada pelo “papa” do marketing Philip Kotler, a assertiva orientava as empresas a posicionarem-se no mercado dentro de objetivos mais realistas, mediante a adoção de novas estratégias mercadológicas, condizentes com o novo perfil de consumo que se esboçava. Exatamente aquilo que preconizavam os pioneiros da ADVB/SC. Mesmo com a economia no fundo do poço, na política sopravam ventos favoráveis em 1984, ano em que foi criada a ADVB/SC. A ditadura instaurada no país exatos 20 anos antes dera nítidos sinais de flexibilização, as eleições diretas para governador haviam sido restabelecidas em 1982 e tudo indicava que o país iria eleger no ano seguinte um civil para a Presidência, pondo fim ao ciclo dos generais-presidentes. Apesar das volumosas manifestações exigindo Diretas Já pelo país inteiro, o Congresso Nacional rejeitara em 26 de abril a Emenda Dante de Oliveira, remetendo ao Colégio Eleitoral a escolha do próximo presidente. De qualquer modo, representava um grande avanço, uma vez que a disputa iria ocorrer entre candidatos civis. As forças de sustentação do governo militar davam mostras de fragmentação, e políticos importantes que defendiam o regime de 1964, como José Sarney, Marco Maciel, Aureliano Chaves e o catarinense Jorge Bornhausen, abandonaram o PDS para formar o PFL e apoiar o candidato do PMDB no Colégio Eleitoral. O clima de abertura patrocinado pelo general João Figueiredo ampliava as liberdades individuais a cada novo dia, a ponto de permitir a criação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Dado o encaminhamento necessário, a comissão pró-ADVB/SC realizou sua primeira eleição. Com o auditório do Tribunal de Contas do Estado lotado, Antunes Severo assumiu em 14 de setembro de 1984 a presidência da nova entidade, para um mandato de um ano, congregando os dirigentes de venda catarinenses. Apresentou, na ocasião, os objetivos que ela iria perseguir: 28 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C “Estudar, difundir e aplicar os princípios e métodos de informação, formação e desenvolvimento de profissionais nas diversas áreas de vendas e marketing.” “Aprimorar o nível dos profissionais das áreas envolvidas, através de atividades que possibilitem a coleta sistemática de informações, a troca, a análise e a crítica de experiências, o estudo e a divulgação de técnicas nas áreas de vendas e marketing.” “Colaborar com os poderes públicos em assuntos de interesse técni co e profissional e participar, coordenar e promover cursos, congres sos, palestras, seminários e pesquisas, dentro e fora do Estado e do país nas áreas de vendas e marketing.” “Realizar concursos e promoções para incentivar, dignificar e pre miar os desempenhos mercadológicos nas diversas áreas de vendas e marketing.” “Fomentar, no Estado, o interesse pelas modernas técnicas existentes nas diversas áreas de vendas e marketing e sua aplicação, considera das as peculiaridades do mercado catarinense.” Faziam parte da diretoria, como vice-presidentes, Jane Iara Pereira da Costa, Luis Nozar e Rodrigo Villasboas, e também os professores de marketing Ronaldo Valente Canalli e Marcos A. da Silva e o executivo William Jorge Rigotto. Os presentes foram contagiados naquela noite pelo entusiasmo dos discursos, antecipando as vantagens que a nova associação pretendia trazer para o mercado local. Terreno fértil para isso havia de sobra, uma vez que Santa Catarina possuía o segundo maior parque industrial do país, atrás apenas de São Paulo, e sua economia, ao contrário da de outros Estados, apresentava crescimento positivo. Para completar o ciclo, foi dito na ocasião, caberia ao empresariado aprimorar os mecanismos de vendas para melhor comercializar seus produtos. 29 Nas páginas seguintes, a reunião de 14 de setembro de 1984 que empossou Antunes Severo na presidência da entidade T A N T O E M 3 0 Enquanto a nova associação dava seus primeiros passos, as águas do Rio Itajaí-Açu, que haviam subido 15m46 em agosto, tinham voltado ao seu leito normal e Blumenau, praticamente recuperada das cheias e com as floreiras das janelas enfeitadas de gerânios vermelhos, realizava a 1ª Oktoberfest. A festa de tradição germânica, e, por isso mesmo, regada a inesgotáveis barris de chope e animada por bandinhas típicas, foi promovida pela iniciativa privada local e apoiada pelo poder público, com o objetivo de recuperar a economia e mostrar ao resto do país a garra da população no processo de reconstruir a cidade arrasada. Tivessem os organizadores do evento consciência disso, ou não, o fato é que, naquele momento, lançavam mão de técnicas de marketing para “vender” a ideia que desejavam transmitir. A festa foi um sucesso e acabou incorporada ao calendário turístico da cidade, gerando um incremento anual na economia local semelhante ao das vendas de Natal. No mês seguinte, uma comitiva da ADVB/SC participou, em São Paulo, do Primeiro Encontro Brasileiro de Marketing, onde empresários e profissionais da área, de várias partes do país, discutiram a situação político-econômica nacional e apontaram o marketing como ferramenta fundamental na retomada do desenvolvimento brasileiro. Os catarinenses voltaram entusiasmados com tudo que viram e ouvi- ram. O clima fervilhante do intercâmbio de ideias verificado no evento paulistano não saía da cabeça de Severo e de Nozar e os levou a idealizar a realização, em Florianópolis, do 2º Encontro Brasileiro de Marketing, por acreditarem que a iniciativa iria ajudar a projetar o nome da ADVB no Estado e o de Santa Catarina no plano nacional. O encontro de marketing acabou não acontecendo devido a entraves de toda ordem, mas eles não abandonaram o projeto de realizar um grande evento na área para consolidar o nome da ADVB. Nos meses seguintes, a entidade realizou uma série de encontros, palestras, cursos e seminários no âmbito local, e o próprio Severo passou a assinar uma coluna da ADVB nos jornais O Estado e Gazeta, em que defendia a utilização do marketing pelas empresas para fortalecer o mercado catarinense. “Santa Catarina é um excelente produtor, um dos melhores consumidores, 32 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C mas é, também, um dos mais acanhados vendedores”, observou Severo em uma dessas colunas, na qual incitou o empresariado a adotar uma política de comercialização mais definida. O ano de 1984 havia fechado com uma inflação acumulada de 223,90% – a mais alta verificada até então – e a economia estagnada. A boa notícia para a parcela – amplamente majoritária – da população ansiosa por mudanças era a aproximação da data em que, depois de 20 anos, o Brasil voltaria a ter um presidente civil, e todos faziam contagem regressiva aguardando a chegada de 15 de março de 1985. Divididos entre Paulo Maluf – do PDS, representando a situação – e Tancredo Neves – do PMDB, encarnando a mudança –, os brasileiros mostravam-se eufóricos, apesar de a economia estar em frangalhos e a eleição que se avizinhava dar-se pela via indireta. Com o slogan da renovação “Muda Brasil” repercutindo nas ruas, Tancredo foi eleito, mas não chegou a assumir. Morreu em 21 de abril, vitimado pela doença que o consumia em segredo, e seu vice, o ex-presidente nacional da Arena José Sarney, agora disposto a “rever” tudo o que havia defendido até então, foi o primeiro civil a assumir a Presidência da República depois da deposição de João Goulart, em 31 de março de 1964. Vivia-se em um novo Brasil em 1985, é verdade, mas a conjuntura econômica permanecia como dantes – melhor dizendo, estava um pouco pior, conforme testemunhou a inflação daquele ano, de 235,11%, quase 12 pontos percentuais acima da registrada no ano anterior. Mesmo assim, alicerçada no excelente desempenho de sua economia na década anterior, Santa Catarina mantinha a liderança nacional em vários produtos, e as exportações iam de vento em popa, permitindo a muitas empresas driblar os efeitos da crise. Em agosto daquele ano, ao fazer um retrospecto das atividades nos primeiros meses da jovem associação, Severo destacou sua satisfação de constatar a receptividade do empresariado à filosofia da ADVB: “O estudo, a difusão e a aplicação de princípios e métodos de informação, no sentido do desenvolvimento dos profissionais de vendas e marketing do Estado de Santa Catarina.” E atribuiu esse resultado ao “trabalho voluntário – desprendido, mas 33 T A N T O 34 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Coluna da ADVB/SC publicada no jornal O Estado de 14 de agosto de 1985: mais um meio de difundir o conceito de marketing em Santa Catarina 35 T A N T O E M 3 0 pertinaz – de um grupo de profissionais que sacrificaram horas de lazer e convívio familiar” para propagar essas ideias no Estado. A pauta de eventos da ADVB/SC ao longo de 1985 foi bastante recheada. Seus membros continuavam reunindo-se periodicamente e novos associados foram sendo incorporados, principalmente representantes de veículos de comunicação, da área de vendas de empresas e de agências de publicidade, além de professores universitários da área, diretores comerciais, gerentes, pessoas do setor comercial e donos de negócios. Solidificavam-se aos poucos as propostas iniciais da associação, de promover a troca de experiências e a capacitação dos integrantes em encontros, cursos e palestras, nos quais ensinamentos de marketing eram disseminados em consonância com a forma como a atividade era praticada no Rio e em São Paulo. Naquele ano, por exemplo, a diretoria da ADVB aprovou a realização do curso Marketing: Necessidades e Estratégias e realizou uma série de encontros, que tiveram como palestrantes empresários e gestores de destaque, como Armando Gonzaga, presidente da Comissão de Turismo da Associação Comercial de Florianópolis; Conrado Coelho Filho, presidente da Associação Empresarial do Distrito Industrial de São José; o empresário Jorge Freitas, da Intelbras, de São José; Carlos Passoni Júnior, presidente do Sistema Codesc e do Banco do Estado (Besc); Estácio Ramos, diretor-superintendente da RBS/SC; Airton Oliveira, presidente da Citur e José Matusalém Comelli, diretor do jornal O Estado. Em setembro de 1985, a ADVB elegeu sua nova diretoria, tendo como presidente Luis Nozar, que tomou posse em novembro. Ele foi reeleito para um segundo biênio, permanecendo no cargo até 1989. A nova Diretoria Executiva, da qual faziam parte também o publicitário Cláudio Vieira, o empresário Alaor Tissot e os profissionais da área comercial e financeira Luís Nolasco, Paulo Veloso, Ricardo Tapado, Paulo Freitas, Gilberto Severo, Luiz Pina Pereira, Geraldo Nilson e Abílio Teixeira, prosseguiu com a promoção de encontros e cursos – os seguintes foram Marketing e Introdução ao Planejamento Mercadológico –, ao mesmo tempo que concentrava seus esforços nos preparativos do grande evento idealizado 36 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C para consolidar o nome da ADVB/SC – o seminário Brasil 86, os Novos Desafios do Marketing, que reuniu mais de 200 pessoas no Hotel Plaza, na cidade de Itapema, nos dias 28 e 29 de novembro de 1985. Antecipando o que seria o encontro, Nozar declarou, dias antes de sua realização: “Representará uma tomada de posição, uma nova postura, um novo momento no marketing brasileiro, indubitavelmente. Vamos assentar as bases e cristalizar as ideias e os conceitos de como vamos enfrentar os desafios dos próximos anos, que, sem dúvida, submeterão a dura prova a capacidade do nosso empresariado e de nossos profissionais.” Severo também apostou alto na promoção: “Mais que um encontro de empresários e profissionais de todo o país e da América Latina, o Brasil 86 vai ser, com certeza, o grande fórum de debate e reflexão do novo cidadão brasileiro e latino-americano. O temário abrangente irá proporcionar profunda reflexão sobre os rumos a serem tomados pelos mercados interno e de exportação do Brasil. Devido ao momento político – eleição de prefeitos, votação da Constituinte pelo Congresso Nacional – é muito oportuno que empresários e profissionais de marketing, olhando o futuro próximo sob os ângulos da estratégia e da tática, reflitam sobre as grandes linhas que deverão ser seguidas, principalmente pelo mercado interno brasileiro.” Com a presença do governador Esperidião Amin – um dos palestrantes – e do secretário de Indústria e Comércio, Etevaldo Silva, durante dois dias representantes de ADVBs do país, empresários, publicitários e profissionais da área de marketing de Santa Catarina e de outros Estados e também da Argentina, Uruguai e Paraguai discutiram a importância estratégica dos mercados da região Sul (SC, RS e PR) na economia nacional e os rumos do marketing no país. A promoção recebeu patrocínio do governo do Estado e das empresas RBS, Varig e Embraco. 37 Diretoria da gestão 1986/1987: Claudio Vieira, Luis Nolasco, Paulo Veloso, Ricardo Tapado, Abílio Teixeira, Alaor Tissot e Luis Nozar T A N T O 38 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Num rápido balanço dos resultados do encontro, Nozar afirmou que o Brasil 86 mostrou ao mercado que a ADVB/SC era uma entidade “séria e competente”, num momento em que “Santa Catarina começava a despertar para o cenário nacional com seus polos bem localizados: carvão e cerâmica no Sul, agroindústria no Oeste, metalmecânico no Norte, ao mesmo tempo que muita gente de fora estava vindo para cá”. E embora o conceito de marketing ainda estivesse ligado à propaganda exclusivamente, observou: foi importante discutir essas ideias não só com publicitários, mas com profissionais de todas as áreas que integram o marketing. Além disso, a associação, que até então ocupava espaços cedidos por empréstimo, obteve com o Brasil 86 recursos financeiros para alugar uma sala, editar publicações e custear suas atividades. “Até então, a ADVB não tinha sede, não tinha dinheiro, possuía apenas uma sigla forte. Foi graças ao encontro em Itapema que a associação conseguiu sobreviver”, declarou Nozar. O sucesso do encontro encorajou a diretoria da ADVB/SC a promover no- vos eventos arrojados. O principal deles, na época, foi o Prêmio Top de Marketing, já realizado pelas ADVBs de outros Estados, que é apontado por Nozar como um dos pontos altos de sua gestão, ao lado do processo de intercâmbio com empresários e políticos nas diversas regiões do Estado, e da consolidação da ADVB/SC como uma entidade dinâmica, voltada a promover e aprimorar as diferentes ferramentas do marketing. A diretoria da ADVB/SC se esmerou em dar uma conotação nitidamente catarinense à primeira edição do certame destinado a avaliar as melhores soluções de marketing adotadas pelas empresas, o que se verificou, também, no troféu concedido aos vencedores: uma escultura de madeira e pedras semipreciosas, representando figuras de líderes da Guerra do Contestado, confeccionadas pelo artista plástico Mano. Além de representar uma inovação no mundo empresarial de Santa Catarina, por ser a primeira vez que as empresas do Estado tinham a criatividade das soluções mercadológicas avaliadas por profissionais de vendas e marketing – afirma Nozar –, “o Top de Marketing conferiu à ADVB maior visibilidade e ela pôde apresentar melhor seus objetivos ao meio empresarial, 39 Na página anterior, Brasil 86, os Novos Desafios do Marketing, o primeiro grande evento realizado pela ADVB/SC e que viabilizou financeiramente a associação T A N T O 40 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C O presidente Luis Nozar com os troféus do primeiro Prêmio Top de Marketing, em 1986, que reproduzem figuras da Guerra do Contestado confeccionadas pelo artista catarinense Mano 41 T A N T O E M 3 0 conquistando cada vez mais a sua confiança. A atuação da entidade e a clareza de seus objetivos tornaram-se sinônimo de respeito.” Também em sua gestão, o processo de interiorização da ADVB/SC deu-se, inicialmente, por meio de caravanas empresariais que visitavam empresários e políticos nas diversas regiões do Estado, para trocar experiências e debater com eles aspectos relacionados à economia, ao mercado e à conjuntura política, em palestras, encontros, cursos e seminários. “O programa não teve sequência, mas nos auxiliou muito naquele momento. Era preciso que empresários e profissionais da área estabelecidos nos A caravana empresarial vai a Blumenau promover o intercâmbio e troca de experiências, iniciativa que deu início à estadualização da associação. Acima, em Criciúma, Guido Búrigo e Luis Nozar são recebidos por Dilor Freitas, do Grupo Cecrisa mais diversos pontos de Santa Catarina acompanhassem a pujança da nossa economia. Entendíamos que, após a consolidação desse trabalho de troca de experiências, seria possível melhorar os índices econômicos de um Estado que já se projetava no contexto nacional”, afirma Nozar. A receptividade foi excelente, a entidade conquistou associados novos em todas as regiões e, pouco tempo depois, criou sua Regional Sul, com sede em Criciúma, atraindo quase duas centenas de empresários, executivos, comerciantes, industriais, homens de venda e de marketing para a eleição da primeira diretoria local. Na ocasião, Nozar acentuou a importância daquele posto avançado da ADVB para o incremento do desenvolvimento da região, a qual elegera recentemente a cerâmica como carro-chefe do setor produtivo em vista do declínio da exploração do carvão mineral. 42 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C O ano de 1986 começou sob a égide do Plano Cruzado, o primeiro plano econômico em larga escala da Nova República, lançado em 28 de fevereiro, com o objetivo de conter a inflação, em torno de 14% ao mês, que teimava em se mostrar irreversível. Elaborado pelo ministro da Fazenda, Dilson Funaro, determinava, em linhas gerais, congelamento de preços e serviços e da taxa de câmbio, reforma monetária – o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado, com valor correspondente a mil unidades da moeda anterior –, congelamento de salários e suspensão da correção monetária. O resultado imediato das novas medidas foi levar os brasileiros a acreditar que a inflação anual de três dígitos havia acabado da noite para o dia, como num passe de mágica, provocando uma euforia no consumo. Com os preços tabelados e o aumento real do poder de compra da classe média, em função da correção automática dos salários, mais de 20 milhões de novos consumidores ingressaram no mercado e, em pouco tempo, a capacidade industrial não dava conta da demanda. Em outras palavras, depois de muitos anos, novamente tornou-se fácil vender, e essa nova realidade provocou, inicialmente, uma retração do mercado nas agências de propaganda. Transcorridos quatro meses de aparente estabilidade, no entanto, o plano mostrou suas fragilidades. As mercadorias, cujos preços haviam sido congelados, desapareceram das prateleiras, dando início a um processo de desabastecimento, enquanto os fornecedores passaram a cobrar ágio sobre os produtos, embora o governo insistisse em proclamar a “inflação zero”. Aquele era um ano eleitoral – em 15 de novembro seriam eleitos governadores, senadores e deputados federais e estaduais – e, de olho nas urnas, o governo sustentou o congelamento de preços até outubro. Politicamente, deu certo: o PMDB elegeu os governadores na maioria dos Estados mais importantes e quase dois terços dos deputados e senadores no país todo. Mas, passados seis dias das eleições, o Plano Cruzado II liberava os preços e autorizava aumentos dos impostos sobre alguns produtos e das tarifas de serviços públicos e da carga fiscal, além de determinar uma reindexação da economia. Num único dia, os brasileiros foram “contemplados” com aumentos de 120% nos preços dos telefones e da energia, 60% da gasolina, 100% das bebidas e dos cigarros e 80% dos automóveis. 43 T A N T O E M 3 0 Com as novas medidas para conter a inflação e o consumo, era hora, novamente, de os marqueteiros entrarem em ação, participando do planejamento das empresas, para que elas se adequassem ao novo momento e às perspectivas de um futuro muito incerto. A inflação acumulada daquele ano, de 65,04%, estava longe de retratar a realidade, pois havia sido represada, e as consequências atrozes dessa política se fizeram sentir no bolso da população já nos primeiros meses do ano seguinte. Também em Santa Catarina, o PMDB saiu vitorioso das urnas, elegendo governador o ex-prefeito de Joinville e ex-deputado Pedro Ivo Campos, o que promoveu uma verdadeira reviravolta no quadro político estadual. Na economia, as empresas de Santa Catarina adotaram estratégias defensivas em busca da redução de endividamentos, afetando o nível de empregos, que se manteve praticamente estável por longo tempo, apesar do significativo aumento populacional. Ao mesmo tempo, alteraram a matriz de exportações, incorporando à pauta produtos elaborados, com maior valor agregado, como motocompressores, pisos e azulejos, papel kraft, materiais elétricos, refrigeradores e calçados. A política cambial brasileira do momento, contudo, em nada colaborava com os esforços dos exportadores. A taxa de câmbio, oficialmente congelada, estava sobrevalorizada, favorecendo o aumento das importações e prejudicando as exportações. E, em 20 de fevereiro de 1987, diante da queda das reservas cambiais a níveis críticos, o Brasil decretou moratória unilateral, suspendendo o pagamento do serviço da dívida aos bancos privados. Em consequência, os preços dispararam no mercado interno, e, sem condição de controlá-los, o governo restabeleceu a indexação. Janeiro de 1987 havia registrado uma inflação de 16,8% e o índice inflacionário cresceu nos meses subsequentes. O aumento dos salários não acompanhava o dos produtos, a ponto de um salário-mínimo ser insuficiente para comprar a cesta básica de 13 itens. Com a população perdendo o poder real de compra e as empresas começando a reduzir seus quadros, o país entrava em recessão, incentivando grande parte do empresariado a investir na ciranda financeira em vez de na produção. 44 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C “O cenário era preocupante e não se sabia o que viria a seguir” – recorda Nozar – e a ADVB reforçou os debates em torno da retomada do desenvolvimento nos encontros periódicos que promovia para discutir a situação do país. Foi num desses eventos que o governador Pedro Ivo Campos confirmou a mais de 100 pessoas sua determinação de promover demissões para adequar o número de funcionários públicos às “reais necessidades”. A medida antipática fazia parte, segundo ele, de um programa de austeridade administrativa e de corte nos gastos públicos, para recuperar as finanças do Estado, também elas afetadas pela crise nacional. Na ocasião, Pedro Ivo reclamou do tratamento dispensado a Santa Catarina, “um Estado padrão e sem grandes bolsões de miséria”, mas sempre considerado em segundo plano. “Somos a figura de enteada, cujo lugar é na cozinha, com um vestido de chita”, comparou. O convidado seguinte foi o ministro da Educação, Jorge Bornhausen, que falou sobre a Educação na Constituinte, assunto que mobilizava o país todo e estava na pauta do dia dos encontros da ADVB/SC. 45 Desde o início, os eventos promovidos pela ADVB se tornam um fórum privilegiado para a discussão das questões mais atuais e repercutem também na imprensa T A N T O E M 3 0 Em junho de 1987 havia ficado claro para todos que o Cruzado II fora apenas mais um plano fracassado de estabilização econômica, e seu idealizador-mor, Dilson Funaro, foi substituído no Ministério da Fazenda por Luiz Carlos Bresser Pereira. Não resolveu quase nada e o Brasil teria de aguardar até 1994 para o Plano Real recolocar a economia nos eixos. Para desânimo geral, 1987 fechou com uma inflação de 415,83%, e quem manifestou alguma esperança de que ela não fosse passar desse patamar inacreditável teve decepção no ano seguinte, quando chegou a absurdos 1037,56%, sem dar o menor sinal de que iria recuar. Em meio a esse cenário extremamente adverso, Nozar tratou de aplicar uma injeção de otimismo nos empresários e, em declaração ao jornal O Estado, instou-os a adotar “um pouco mais de agressividade” para conquistar novos mercados, dizendo-se confiante de que, dessa forma, seria possível repetir a taxa de crescimento da produção industrial catarinense do ano anterior, de 6%, alcançada num quadro também inflacionário e recessivo. Quem soube ler nas entrelinhas entendeu que boa parte da “agressivi- dade” a que ele se referia significava lançar mão das possibilidades do mar keting para ampliar as vendas. Previsão acertada, pois, em 1989, ano em que ele transferiu a presidência da ADVB/SC para o publicitário Roberto Costa, vice-presidente na sua gestão, a inflação acumulada foi a mais alta da história, de 1.782%, mas os resultados da indústria catarinense poderiam facilmente ser atribuídos à de um país de economia sólida e estável, o que nem de longe era o caso do Brasil naqueles dias. Alguns indicadores do desempenho da indústria catarinense mostram isso. A Sadia respondia por 40% das exportações brasileiras de carne de aves e suíno, praticamente duplicando o faturamento em relação a 1980. A Ceval foi apontada como a quinta maior exportadora brasileira e Santa Catarina liderava o ranking de crescimento industrial no país, passando da oitava para a quinta posição entre os Estados exportadores. As indústrias do Sul catarinense detinham 50% das exportações nacionais de revestimentos cerâmicos, enquanto a agroindústria conquistava os mercados do Oriente Médio e do Sudeste Asiático e dominava 13% do 46 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C mercado mundial de carne de frango. Consolidado como segunda maior concentração industrial têxtil do mundo, o Vale do Itajaí vendia 80% do total exportado pelo país no setor. A Consul produzia metade dos refrigeradores fabricados no Brasil e 35% dos aparelhos de ar condicionado. 20% do ferro fundido no país eram processados por empresas de Santa Catarina, lideradas pela Tupy, de Joinville, cidade onde também eram fabricados 50% dos tubos e conexões de PVC do país. O estatuto registra o compromisso da entidade de difundir em Santa Catarina a prática das modernas ténicas de vendas e marketing, além de promover o aprimoramento dos profissionais da área, fomentar o relacionamento e a difusão de ideias 47 Os primeiros anos 1989 foi um ano de grandes transformações no cenário internacional, com o esfacela mento da União Soviética, o fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim. No Brasil ocorreu a primeira eleição direta para presi dente desde 1960. Filiado a uma sigla inex pressiva, o PRN, o “caçador de marajás” Fernando Collor de Melo aglutinou o apoio dos segmentos conservadores da socieda de e derrotou o “sapo barbudo” Luiz Inácio Lula da Silva do – ainda – temido PT. T A N T O Na página 48, Antunes Severo, Luis Nozar, Roberto Costa e Paulo Prisco Paraíso: os quatro primeiros dirigentes 50 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Collor assumiu em 15 de março de 1990 e, no dia seguinte, instituiu o plano que levou seu nome e combinava liberação fiscal e financeira com medidas radicais para a estabilização da inflação. A medida de maior impacto na população foi o chamado “confisco” da poupança, que pegou todo mundo de surpresa ao congelar, por 18 meses, todos os depósitos no overnight, na conta corrente e na poupança superiores a 50 mil Cruzados Novos. Faziam também parte do pacote a substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro, a criação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o congelamento de preços e salários, a eliminação de incentivos fiscais em vários setores, o aumento de preços dos serviços públicos, a liberação do câmbio e o anúncio da intenção de demitir 360 mil servidores públicos para reduzir gastos. O Brasil ainda estava perplexo e inseguro diante do novo elenco de medidas econômicas, principalmente porque a inflação não dava sinais de recuo, quando Roberto Costa assumiu, em 6 de julho de 1990, o primeiro dos dois mandatos que exerceu na presidência da ADVB/SC, onde permaneceu até 1993. Em seu discurso de posse, que teve palestra do publicitário Mauro Salles, ele assinalou que o país vivia um momento histórico importante diante do “vigoroso programa de estabilização econômica”, instituído por Collor, mas ressaltou que nada garantia que os resultados seriam positivos. “Um aspecto, porém, é certo: esse programa impõe a nós todos mais trabalho e, especialmente, uma revisão do nosso comportamento diante 51 T Na posse de Roberto Costa em seu primeiro mandato, o convidado especial foi o publicitário Mauro Salles, um dos muitos palestrantes de renome que fizeram dos eventos da ADVB/SC um fórum de discussão das questões nacionais e internacionais A N T O E M 3 0 do mercado. A passividade ou a indecisão nos levará ao fracasso. Não adianta fazermos coro com os queixumes de sempre. É preciso redescobrir a razão de ser de nossa atividade e, em particular, de nossa entidade representativa. É fundamental que possamos demonstrar capacidade interna para assumir integralmente, dentro do nosso Estado, através de empresas prestadoras de serviços aqui instaladas, a missão de modernizar o nosso marketing. “ Nesse sentido, ele defendeu uma tomada firme de posição “para ajudar Santa Catarina a ingressar de maneira definitiva no cenário do Primeiro Mundo”, reclamando que tal meta era dificultada pela “fuga do processo decisório neste campo para outros centros, por incapacidade nossa de defender, de maneira articulada e competente, o direito de nos tornarmos parceiros do empresariado”. No cenário nacional, a retirada de 80% da moeda de circulação provocou uma forte redução no comércio e na produção industrial nos primeiros meses do governo Collor, ao mesmo tempo que a inflação continuava a crescer, só vindo a ceder depois de nove meses, assim mesmo estacionando num patamar mensal de 20%. O governo logo se viu numa encruzilhada: caso mantivesse o congelamento por mais tempo, acabaria jogando o país numa recessão, devido à redução dos ativos; e, se optasse por remonetizar a economia, mediante o descongelamento, corria o risco de um retorno da inflação aos índices anteriores. 52 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Em Santa Catarina, aconteceram novas alterações no quadro político em 1990. O governador Pedro Ivo Campos faleceu em fevereiro, e o vice, Casildo Maldaner, também do PMDB, completou o mandato. Os aliados tradicionais PDS e PFL, rompidos em 1985, voltaram a se unir e derrotaram o PMDB nas urnas, elegendo o pefelista Vilson Kleinübing para o Governo e o pedessista Esperidião Amin para o Senado. Depois das eleições nos Estados, o governo federal tentou uma nova cartada para controlar a economia, abrindo brechas para aumentar o fluxo de dinheiro, mas não soube controlar a remonetização, que ocorreu de maneira muito rápida, despertando novamente a inflação. O fracasso do plano original, para o qual também contribuiu a incapacidade do governo em conter suas despesas, levou ao Plano Collor II, em janeiro de 1991, que reeditou os congelamentos e adotou novas ferramentas fiscais. Mesmo assim, a queda na inflação decorrente das novas medidas sobreviveu apenas quatro meses, e a taxa voltou a subir em maio, catapultando a economista Zélia Cardoso de Mello do Ministério da Fazenda, substituída pelo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Marcílio Marques Moreira, que, imediatamente, editou um novo plano de estabilização econômica – o terceiro em menos de um ano e meio. A ADVB/SC acompanhava com apreensão os rumos incertos da economia nacional ao mesmo tempo que Roberto Costa procurava imprimir uma administração cada vez mais dinâmica à associação. Com o lançamento do informativo Ideias ADVB em 1991, a entidade ampliou sua penetração em todo o Estado e conseguiu duplicar o número de associados. Ao longo daquele mesmo ano, o fórum de debates se fortaleceu e ganhou o nome de Almoço de Ideias, reunindo mais de 1.100 participantes para ouvir as palestras de oito personalidades estaduais e nacionais: o governador Vilson Kleinübing; o diretor-executivo do Ibope, Carlos Augusto Montenegro; o diretor-executivo do Bamerindus, Sérgio Reis; o diretor de Marketing do Unibanco, Carlos Henrique Furquim; o presidente da RBS, Nélson Sirotsky; o ex-presidente da Autolatina e presidente do Conselho de Administração da Tupy, Wolfgang Sauer; o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissat; e o publicitário Washington Olivetto, diretor de criação da W/Brasil. 53 O informativo Ideias ADVB, lançado em 1991, para difundir por todo o Estado as realizações e as propostas da associação T A N T O 54 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Os encontros periódicos, a partir de 1991, recebem o nome de Almoço de Ideias e reúnem um público cada vez maior. Na página anterior, alguns dos convidados do evento: o publicitário Washington Olivetto, o governador Vilson Kleinübing e o diretor do Ibope Carlos Augusto Montenegro. Acima, o presidente do PSDB Tasso Jereissati, à esquerda, o empresário Wolfgang Sauer e, abaixo, o empresário Nélson Sirotsky e o diretor do Bamerindus Sérgio Reis 55 T A N T O E M 3 0 Marketing em seus diferentes níveis, publicidade e propaganda, política e economia faziam parte do temário constante desses encontros. Wolfgang Sauer, palestrante no mês de outubro, preferiu substituir as considerações que faria sobre marketing, conforme previsto no temário original, por uma reflexão sobre o que chamou de o “atoleiro em que estamos”. Ele se referia ao fato de o país estar em crise permanente havia dez anos, com um Estado falido e a iniciativa privada abalada por cinco choques econômicos em quatro anos, redundando numa queda de 4% do PIB nacional no ano anterior. A única saída para o país poder ingressar no processo de globalização em curso, preconizou, seria abrir a economia ao capital estrangeiro. Pouco antes de 1991 chegar ao final, com a inflação reduzida a um ter- ço em relação ao ano anterior, mas assim mesmo em indigeríveis 480,2%, a ADVB/SC lançou, entre outubro e novembro, o projeto Profissionalização do Menor Carente, em convênio com a Fundação Besc e o apoio da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e do Senac, e o ADVB Mulher, com o objetivo de estimular e valorizar a participação feminina na sociedade, mediante a realização de cursos, palestras e eventos dirigidos a este público específico. Concomitantemente, dava prosseguimento ao processo de interiorização, iniciado durante a gestão de Luis Nozar. Não bastassem os descaminhos da economia, com o Plano Marcílio fazendo água por não conseguir conter a hiperinflação que voltara a se instalar no país, em meados de 1992 a crise havia contaminado também o cenário político. O movimento “Fora Collor” ganhava as ruas capitaneado pelos caras-pintadas e o presidente foi apeado do poder em 29 de setembro, quando a Câmara dos Deputados aprovou seu impeachment, por denúncias de corrupção e tráfico de influência. Foi substituído pelo vice, Itamar Franco, e, quatro dias depois, Marcílio Marques Moreira transferia a cadeira a Gustavo Krause. Em outubro do mesmo ano, o Brasil perdia um de seus políticos mais importantes, o presidente nacional do PMDB, Ulysses Guimarães, morto num acidente aéreo. Com minguados 9% de aprovação popular e cercado apenas pelo grupo mais íntimo, Collor, que só renunciaria ao cargo em 29 de dezembro, 56 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C A ADVB/SC se une à Fundação Besc, à Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e ao Senac para implantar o projeto Profissionalização do Menor Carente e dar ao adolescente a oportunidade de treinamentos e cursos ainda estertorava na Casa da Dinda quando a ADVB/SC, sob o comando de Roberto Costa, realizou, de 4 a 6 de novembro de 1992, um dos maiores evento já sediados em Santa Catarina. Aberto pelo chanceler Fernando Henrique Cardoso e encerrado pelo ex-secretário de Estado norte-americano e Prêmio Nobel da Paz de 1973, Henry Kissinger, na ocasião administrador do Centro Internacional de Assuntos Estratégicos, o 1º Congresso de Marketing do Cone Sul reuniu cerca de mil participantes de vários países em Florianópolis, e foi destaque na mídia. Naqueles dias começara a soprar ventos de mudança no país e, embora ninguém arriscasse prever como seria o governo Itamar, o simples afastamento de Collor era motivo suficiente para estabelecer um clima generalizado de esperança. Talvez por isso, a belíssima interpretação do Hino Nacional, por Bibi Ferreira, tenha contagiado os presentes na abertura do congresso, e palavras de otimismo tenham sido a tônica dos discursos de FHC e do governador Vilson Kleinübing. 57 T A N T O E M 3 0 Seguiram-se 30 horas de palestras, a cargo de 20 conferencistas nacionais e estrangeiros, que abordaram temas como globalização, a implantação do Mercosul – cuja semente fora lançada em 26 de março do ano anterior, quando os presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai firmaram o Tratado de Assunção – e o papel do marketing na nova realidade econômica e social. Entre os convidados, o ex-ministro chileno Hernan Buchi, que reordenou a economia do seu país; o chanceler argentino para o Mercosul, José Miguel Anacoreta Correia; e o designer Hans Donner, autor do visual da Rede Globo. Utilizando a tecnologia mais avançada na época, o professor Nicholas Negroponte, fundador e diretor do Laboratório de Mídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), fez uma palestra transmitida diretamente de Boston, em que apontou a tendência de mobilidade cada vez maior da computação. Participaram ainda do evento os governadores do Rio Grande do Sul, Alceu Colares, e do Paraná, Roberto Requião, os presidentes da Associação dos Dirigentes de Empresas da Argentina, Manuel Cao Corral, da Associação dos Dirigentes de Marketing do Uruguai, Jorge Abulchaja, da Associação dos Empresários Cristãos do Paraguai, Gabriel Cosp, da ADVB/RS, Renato Malcon, do Besc, Mércio Felsky, e do Banestado, Heitor Wallace, além de representantes do Banrisul, BRDE, Consul e Brahma – entidades patrocinadoras do congresso. Na palestra de encerramento – três dias depois de o democrata Bill Clinton vencer o republicano George H. W. Bush nas eleições presidenciais nos Estados Unidos –, o também republicano Henry Kissinger defendeu a unificação do Tratado Norte-americano de Livre Comércio (Nafta), que reúne Estados Unidos, Canadá e México, com o Mercosul, de modo a formar “uma grande comunidade americana”, o que, segundo afirmou, poderia ser o primeiro passo para diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo. A aglutinação de países em torno de interesses econômicos comuns já havia sido tratada por Roberto Costa durante o encontro, ao afirmar: “A tendência da nova ordem mundial é a formação de blocos para que os países sejam mais fortes juntos, favorecendo resoluções dos 58 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Bibi Ferreira interpreta o Hino Nacional na abertura do 1º. Congresso de Marketing do Cone Sul, um dos maiores eventos já sediados em SC. À esquerda, o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger ao lado de Luis Nozar e, abaixo, Roberto Costa, Fernando Henrique Cardoso e Vilson Kleinübing 59 T A N T O 60 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C problemas internos com maior facilidade.” No mesmo tom, o presidente do congresso e do Grupo RBS em Santa Catarina, Pedro Sirotsky, considerou o encontro uma contribuição empresarial para a consolidação do Mercosul e conclamou os presentes a interpretar os novos tempos “não como ameaça, mas como oportunidade” e procurar “entender esses mercados, perceber suas idiossincrasias, para que possamos participar plenamente desse mercado comum.” Com efeito, a ADVB/SC já vinha acompanhando com interesse as negociações em torno da consolidação do bloco econômico do Cone Sul desde a assinatura dos primeiros termos de intenções entre os países-membros. Em abril do mesmo ano, Roberto Costa voltou a abordar a questão do Mercosul ao fazer um balanço das atividades da entidade no discurso que proferiu ao ser reeleito para um segundo mandato (1992/1993), em solenidade que reuniu cerca de 450 pessoas, entre empresários, políticos e associados de todas as regiões do Estado, e que teve palestra de Jorge Bornhausen. “A ADVB cresceu, envolveu-se com as questões catarinenses e se con- solidou. Essas evidências, contudo, não são maiores que os desafios da nova diretoria que neste momento é empossada. Nesta década que encerra o século 20, não podemos limitar nossa visão a esse pequeno, porém audacioso e competente Estado de Santa Catarina. Dentro de dois anos, estarão sendo removidas as barreiras tarifárias e definitivamente instituído o Mercosul. Santa Catarina, cuja performance econômica destaca-se no ranking brasileiro, reúne todo um potencial para ocupar os espaços a serem abertos pelo Mercosul.” Os encontros periódicos promovidos pela ADVB/SC atraíam um número cada vez maior de empresários para as palestras de personalidades das áreas política e econômica especialmente convidadas. Entre elas, o prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, o secretário nacional de Comunicações, Nelson Marchezan, o deputado federal e ex-ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, Delfim Netto, e o governador do Ceará, Ciro Gomes. Entre os convidados, também políticos e homens públicos catarinenses, como o prefeito de Florianópolis, Sérgio Grando, entre outros. 61 Na página anterior, os vencedores do Top de Marketing 1992 e 1993 T A N T O E M 3 0 Por mais profundas e bem intencionadas que fossem, as discussões, no entanto, pouco podiam contra o agravamento da crise nacional. Mesmo tendo Itamar Franco substituído várias vezes o ministro da economia, o ano de 1993 registrou uma inflação acumulada de 2700%, a mais alta da história do Brasil. Além disso, ao mesmo tempo que as barreiras alfandegárias eram removidas, facilitando a livre circulação de mercadorias entre os Roberto Costa assume seu segundo mandato, em cerimônia que teve palestra de Jorge Bornhausen. Abaixo, o prefeito de Curitiba Jaime Lerner, o secretário de Comunicações Nelson Marchezan, o ex-ministro Delfim Netto, Roberto Luiz Bogus, Carlos Augusto Salles e o prefeito Sérgio Grando. Políticos e empresários nos eventos da associação países, a indústria brasileira se ressentia das consequências da abertura comercial imposta pelo ex-presidente Collor, com a drástica redução do imposto sobre importações. O quadro, posteriormente agravado pela valorização da moeda com o Plano Real, favoreceu a entrada no país de produtos importados e tornou proibitivas as exportações. Estado exportador por excelência, Santa Catarina acusou o golpe, sobretudo na área têxtil, onde o contingente de trabalhadores foi reduzido à metade do que era nos anos 1980. Com essas adversidades todas, porém, a produção industrial catarinense foi a que mais cresceu no país, apresentando uma taxa acumulada de 26,2% entre 1992 e 1997, enquanto a nacional ficou em 16,8%. Ao mesmo tempo, as exportações do Estado duplicaram nos anos 1990, em boa parte devido aos negócios realizados com a Argentina, que ocupava a 28ª posição entre os parceiros comerciais de Santa Catarina na década anterior, saltando para a segunda posição. Em meio à crise generalizada e às incertezas de como seria o amanhã, a ADVB/SC adquiriu em 1993 – quando completou nove anos de existência – sua sede própria, com o lucro obtido no 1º Congresso de 62 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Marketing do Cone Sul. As novas instalações, um amplo conjunto de cinco salas no segundo andar do recém-construído Centro Comercial Irmãos Daux, na rua Presidente Nereu Ramos, no centro de Florianópolis, incluíam um auditório, uma sala de cursos com capacidade para 30 pessoas, uma sala de reuniões e amplo espaço administrativo. Na inauguração, em 15 de setembro, estiveram presentes o governador Vilson Kleinübing, empresários e políticos. A associação também desenvolveu naquele ano extremamente difícil um alentado calendário de atividades, iniciado em fevereiro com o seminário Mercosul – uma Nova Realidade para Pessoas e Empresas, realizado em Florianópolis, em parceria com o Bamerindus, que teve uma segunda edição, em Joinville, em julho, e trouxe o diretor da Making Fomento Internacional e coordenador no Brasil do Primeiro Intercâmbio do Cone Sul e diretor do Jornal Cone Sul – Cono Sur, Maurênio Stortti. No seminário, foram discutidas as implicações jurídicas decorrentes da formação de blocos econômicos como a Comunidade Europeia e o Mercosul e a nova realidade empresarial que começava a ganhar corpo. Roberto Luiz Bogus, primeiro brasileiro a assumir a direção comercial da Fiat Automóveis no Brasil, foi o primeiro palestrante de 1993 no Almoço de Ideias, revelando as estratégias da empresa para ampliar as vendas. No almoço seguinte, o diretor superintendente da Xerox do Brasil, Carlos Augusto C. Salles, contou, na palestra “Na contramão da crise”, como a empresa aproveitou a abertura de mercado à importação para superar os 63 T A N T O A inauguração da sede própria, a palestra do governador do Ceará Ciro Gomes e o informativo Ideias ADVB que registra a instalação do Fórum de Integração do Cone Sul 64 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C tempos difíceis. Depois foi a vez de o comandante Rolim Adolfo Amaro, presidente da TAM, mostrar as estratégias adotadas pela companhia aérea para alcançar um crescimento de 6%. Treze de agosto costuma ser considerado uma data cabalística, e foi exatamente nesse dia que o presidente nacional do PT e candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou a mais de 200 participantes do Almoço de Ideias as propostas de seu partido para a retomada do crescimento nacional e destacou a necessidade de a população recuperar a confiança no governo federal. Ainda no embalo do sucesso do 1º Congresso de Marketing do Cone Sul, foi instalado, em julho, o Fórum de Integração do Cone Sul, abrigado num espaço na sede da ADVB/SC durante os dois anos em que foi presidido por Pedro Sirotsky, tendo Roberto Costa de vice. O organismo reunia empresários brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios, com a missão de acelerar o processo de integração econômica mediante a abertura de canais de comunicação e o incentivo à formação de parcerias entre os setores produtivos dos países-membros. Sua primeira atividade, já na data de instalação, foi o painel Cone Sul: o Desafio da Integração, em promoção conjunta com a ADVB/SC e a Fiesc, que teve como palestrantes Pedro Sirotsky e os presidentes da Fiesc, Osvaldo Moreira Douat, do Conselho de Empresários da América Latina (Ceal), Roberto Teixeira da Costa, e do Instituto de Pesquisas Cicmas (Centro de Investigación de Comunicaciones Masivas), José Crespo. Preocupado com a lentidão dos países integrantes em consolidar o mercado comum do Cone Sul, Pedro Sirotsky defendeu a necessidade de a iniciativa privada assumir “a vanguarda do processo de integração” do bloco. 65 Lula apresenta suas propostas como candidato à presidência da República e o comandante Rolim Adolfo Amaro, presidente da TAM, fala sobre as estratégias de desenvolvimento adotadas pela empresa aérea T A N T O E M 3 0 Antes de acabar 1993, um novo evento passou a integrar o calendário anual da ADVB/SC, acompanhando o que já havia em outras ADVBs: o Prêmio Homem de Vendas (que, em 1999, teve o nome mudado para Personalidade de Vendas), a única premiação da entidade que tem a participação do mercado na escolha do vencedor, pois as outras são feitas mediante a apresentação de cases que são julgados por um júri. A escolha recai sobre o executivo que se destacou naquele ano pelo sucesso mercadológico obtido com a utilização de técnicas de marketing e vendas, em uma eleição realizada em duas etapas distintas: integrandes da ADVB, premiados nas edições anteriores, presidentes de empresas e de entidades da área apresentam cada qual uma lista tríplice; desses nomes selecioPrêmio Homem de Vendas, que depois passou a se chamar Personalidade de Vendas nam-se os cinco mais votados, que são, então, submetidos à escolha entre o colegiado da etapa anterior e mais prefeitos de Santa Catarina e representantes de associações da área de comunicação. O mais votado é escolhido. O almoço de entrega do primeiro prêmio, em dezembro, em Jaraguá do Sul, contou com presença maciça de empresários, políticos e profissionais de todo o Estado. Eles ouviram o palestrante convidado, o ex-ministro Gustavo Krause, dizer em seu discurso que o Brasil atravessava “um processo de amadurecimento político”. Ainda em 1993, a ADVB deu prosseguimento ao processo de interiorização, através da instalação das regionais Norte, com base em Joinville, e do Vale do Itajaí, com base em Blumenau. E, no âmbito da Regional Sul, realizou um ciclo de palestras nas cidades de Tubarão, Araranguá e Criciúma, em parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina, cujo tema foi “Desafio: Renovar Para Ganhar Clientes”. Além disso, desenvolveu 15 programas de aperfeiçoamento para diversas categorias de profissionais da área de vendas e marketing e ofereceu nada menos que 57 cursos in company, com disciplinas como informática nas vendas, técnica de telemarketing, administração participativa, desenvolvimento gerencial, contabilidade, marketing básico, gerência de produto, marketing de varejo, marketing industrial, marketing de turismo, marketing para o vendedor, técnicas de venda, relações de trabalho e supervisão de vendas. 66 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C No fim daquele ano, apesar de a inflação média mensal ter sido superior a 35%, começava-se a vislumbrar uma possível luz no fim do túnel. Nomeado em maio para o Ministério da Fazenda, com o compromisso de acabar com a inflação – ou, ao menos, reduzi-la –, Fernando Henrique Cardoso cercara-se de um grupo de economistas respeitados e, em agosto, promovera a sétima mudança de moeda no país, substituindo o Cruzeiro pelo Cruzeiro Real, repetindo a prática de cortar três zeros para promover ajuste de valores. Era o embrião do Plano Real, o qual seria editado oficialmente em 30 de julho do ano seguinte. Foi nesse clima de expectativa que, ao fazer um balanço de suas duas gestões à frente da ADVB, Roberto Costa declarou: “O Brasil atravessa uma das fases mais dinâmicas de sua história. Os acontecimentos se atropelam de forma acelerada, trazendo lições e ensinamentos sobre os quais vai se construir a nossa realidade, uma vez ultrapassado este penoso período de transição. É justamente a partir desse fundo de poço que as forças que aqui representamos podem e devem reagir, num trabalho firme, democrático e, sobretudo, perseverante em sua luta a favor do mercado.” No mesmo discurso, destacou o importante papel da entidade que presidia: “Nesses 10 anos, a ADVB foi uma força fundamental a serviço da evolução das práticas de marketing em nosso Estado. O marketing entendido não como uma simples função de um departamento, e sim como um objetivo estratégico empresarial, com reflexos significativos na própria economia de Santa Catarina. A ADVB, nos últimos tempos, foi na verdade um grande fórum para o estudo e o debate de ideias em todos os campos – o econômico, o político, o social.” O “extraordinário aprimoramento” das técnicas de marketing em Santa Catarina foi lembrado na mesma época, em editorial do informativo Ideias ADVB, que lhe atribuía boa parte do sucesso alcançado também pelas pequenas e médias empresas estaduais premiadas com o Top de Marketing. “Sem dúvida, foi o talento de pessoas que possibilitou aos pequenos alcançar a mesma estatura de marketing de muitos gigantes empresariais”, assinalava o texto de Roberto Costa, acrescentando que a prática comprovara a veracidade da afirmação do engenheiro norte-americano David 67 T Prisco Paraíso assume seu primeiro mandato, Luis Nozar aplaude. Abaixo, uma das palestras de Esperidião Amin A N T O E M 3 0 Packard, de que “o primeiro mandamento do marketing eficaz é que a força propulsora do desenvolvimento dos negócios não é o dinheiro nem a tecnologia e sim a imaginação das pessoas”. Ainda segundo suas palavras, “o marketing começou a ter respeito porque o empresário via que a entidade se mexia, realizando cursos, promovendo palestras e encontros. Transmitimos a ideia de que as empresas, mesmo as médias, poderiam se beneficiar se usassem uma estrutura de marketing profissional. A ADVB plantou a ideia de que o marketing poderia ajudá-las a crescer.” No ano em que a ADVB/SC comemorou seu décimo aniversário, entrou em vigor o Plano Real – que poria fim à inflação de duas décadas – e, na esteira de seu sucesso, seu principal idealizador, o ex-ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, foi eleito presidente do Brasil. Nada mais natural, portanto, que as recentes mudanças na economia nacional estivessem na pauta de todas as discussões, e, por isso mesmo, foram a peça de resistência no cardápio da ADVB/SC – que ao longo deste e dos seguintes anos e diretorias, realiza anualmente uma média de 20 eventos, reunindo um público aproximado de 5 mil pessoas. Enquanto no primeiro deles, em fevereiro, o senador Esperidião Amin, presidente nacional do PPR, mostrou-se cético diante das medidas em andamento na área econômica e chamou de “eleitoreiro” o plano de FHC, coube ao secretário nacional da Receita Federal, Osíris Lopes Filho, no encontro seguinte, transmitir palavras de otimismo aos empresários catarinenses e tranquilizá-los quanto às novas medidas tributárias anunciadas pelo Governo Federal. 68 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C A ADVB/SC consolidara sua posição em uma década e era reconhecida no Estado e fora dele como uma entidade séria e atuante quando o empresário e administrador Paulo Prisco Paraíso tomou posse na presidência, em abril, para o primeiro de seus dois mandatos. Diretor financeiro na gestão anterior, à frente da ADVB/SC Prisco Paraíso ampliou o quadro de associados e criou novos eventos, dando destaque ao tema da retomada do crescimento econômico nas palestras, seminários, conferências e debates que a associação promovia com regularidade. Ele também incentivou uma maior integração da ADVB/SC com outras entidades, como Fiesc, FCDL e universidades, entre elas a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), realizando eventos e cursos em conjunto, de modo a fortalecer seu suporte técnico para apoiar o desenvolvimento do mercado mediante a formação e a capacitação de dirigentes de empresas e profissionais do setor. Esse processo de disseminação e troca de informações e experiências envolveu também um novo impulso à regionalização, levando a associação a áreas do Estado onde ela era menos conhecida, e à maior difusão da “marca” ADVB, por meio de uma interação mais constante com os veículos de comunicação. A proximidade com a mídia – parceira importante da ADVB/SC desde o seu surgimento – desempenhou papel fundamental na divulgação de seus eventos e promoções, em inserções gratuitas no espaço comercial de jornais, rádios e emissoras de televisão, além de proporcionar cobertura a grande parte desses acontecimentos. A entidade igualmente sempre contou com apoio de empresas privadas de um modo geral e do poder público, sob a forma de patrocínios. 69 A festa na premiação do Top de Marketing 1994. Abaixo, Osíris Lopes Filho, secretário nacional da Receita Federal T A N T O E M 3 0 Prisco Paraíso criou ainda a diretoria feminina e investiu no aprimoramento da sede da entidade, a qual ganhou uma moderna rede de telefonia e um sistema de informática de última geração. Em suas duas gestões, a escolha dos palestrantes assim como a seleção dos temas a serem abordados obedecia a uma pauta formulada de acordo com os assuntos mais palpitantes do momento. O governador Antônio Carlos Konder Reis foi um dos convidados. E, quando tarifas bancárias, diferença cambial entre dólar e real e os altos juros se haviam tornado as grandes preocupações dos homens de negócios, a ADVB/SC trouxe para o Almoço de Ideias o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Cláudio Ness Mauch, que explanou as regras do jogo no novo quadro da política monetária nacional. Idêntico critério foi adotado na escolha do palestrante quando o país O Almoço de Ideias continua sendo o palco de debates com personalidades, como o governador Antônio Carlos Konder Reis (na foto com Prisco Paraíso); Cláudio Ness Mauch, do Banco Central; Octávio Florisbal, da Rede Globo (nesta página); o ministro Odacir Klein, o governador Paulo Afonso Vieira e o ministro Luiz Felipe Lampreia sentiu o primeiro impacto realmente significativo do novo plano econômico. No mês seguinte à adoção do real como nova unidade monetária, em 1º de julho de 1994, a inflação – que havia acumulado 815,60% no primeiro semestre –, apresentou uma taxa de apenas 6,08% – a menor em muitos anos. O convidado para falar sobre a nova realidade econômica foi o senador José Eduardo de Andrade Vieira, que mostrou confiança no Plano Real por ter instaurado “uma moeda forte, que resistiu a todos os impactos internos e externos”. Essa mesma confiança contagiou o eleitorado, que optou por eleger FHC para a Presidência da República em outubro daquele ano. 70 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C E, um mês após as eleições, o diretor executivo do Datafolha, Antônio Manuel Teixeira Mendes, fez um balanço das pesquisas eleitorais. Mas a novidade que mais empolgou os participantes foi trazida pelo convidado seguinte, embora não passasse de previsão. O superintendente comercial da Rede Globo, Octávio Florisbal, antecipou a duplicação do faturamento do mercado publicitário – estagnado entre 1982 e 1992 – nos dois anos seguintes, caso a estabilidade econômica se mantivesse. Da mesma forma, quando surgiram as primeiras discussões das parcerias público-privadas (PPPs), o governador eleito, Paulo Afonso Vieira, deu uma palestra com o tema “Governo e Iniciativa Privada: A Busca da Parceria Ideal”. Outros convidados dos encontros foram o ministro dos Transportes, Odacir Klein, falando da duplicação da BR-101, obra reivindicada havia anos pelos empresários, para facilitar o escoamento de parte da produção catarinense, e o ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, esclarecendo as tarifas de exportação, quando a alíquota do imposto de importação sobre os carros e mais de 100 produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos havia saltado de 32% para 70%. Naquele ano, acompanhando o crescimento nacional, as exportações de Santa Catarina foram de 2,6 bilhões de dólares, elevando de 5,52% para 5,70% a participação do Estado no total exportado pelo Brasil. A diretoria comandada por Prisco Paraíso deu sequência a iniciativas introduzidas em gestões anteriores, como o programa Profissionalização do Adolescente Carente, criado em 1991, que já havia habilitado e colocado no mercado mais de 200 jovens carentes. 71 T O vice-presidente da República Marco Maciel fala de política. Na página seguinte, Alexis Stepanenko e Maximiano Gonçalves Filho participam de seminários promovidos para a capacitação e atualização dos associados A N T O E M 3 0 Ao mesmo tempo, as regionais (Norte, Vale do Itajaí e Sul) desenvolveram programações próprias em vários pontos do Estado. Em março de 1995, a Regional Norte promoveu, em Joinville, uma palestra do diretor do Departamento de Defesa do Consumidor e Direito Econômico da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Alvacyr Henrique Resende, que teve como tema o “Código de Defesa do Consumidor no Âmbito do Mercosul”. A escolha de Resende como palestrante não foi aleatória, pois o conhecimento das leis de defesa do consumidor no novo mercado comum era fundamental para o empresariado, o qual tinha os olhos voltados para as perspectivas comerciais oferecidas pelos países vizinhos. A Regional elegeu o assunto a partir de pesquisa realizada junto ao empresariado para conhecer suas necessidades de informação, um hábito que adotara como norma antes de elaborar seu calendário de eventos. Também despertaram grande interesse nos empresários as informações sobre a reforma constitucional, transmitidas pelo vice-presidente da República, Marco Maciel, no Almoço de Ideias organizado em junho pela Regional do Vale do Itajaí, durante o qual ele informou que o governo enviaria ao Congresso, no segundo semestre, a segunda etapa da reforma, da qual faziam parte as mudanças fiscais. Em 1995, os resultados do Plano Real eram uma realidade concreta e a economia apresentava-se estabilizada no que diz respeito, principalmente, à evolução da inflação, que fechou o ano num índice calculado entre 23,21% e 15,25%, de acordo com os critérios adotados nos diferentes levantamentos. Qualquer que fosse a taxa real, o acumulado de 12 meses era inferior à inflação mensal dos últimos anos do período pré-Plano Real. O novo quadro econômico gerou imediatamente um aumento da demanda de consumo, inserindo no mercado a classe C, a qual, também 72 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C imediatamente, se transformou em alvo dos empresários. Para o marketing, a estabilização da economia representou a necessidade de maior utilização dos instrumentos específicos da área para fazer frente a um mercado mais competitivo, observa Prisco Paraíso. Foi nesse contexto que a ADVB/SC promoveu, ao longo do ano, diversos seminários dentro do Ciclo Marketing em Debate, que teve como tema “O mercado brasileiro pós-Real”. Na ocasião, Roberto Costa criticou os empresários por não se preocuparem em produzir mercadorias com preços acessíveis para esse novo segmento de mercado, “aberto e inexplorado”. E previu que a estabilidade da moeda iria favorecer a ampliação da parte das verbas de publicidade destinada pelas empresas para marketing e promoções – no Brasil ela era de apenas 15% do total, enquanto 50% iam para propaganda, ao passo que nos Estados Unidos promoção e marketing direto ficavam com 50%. No Seminário Qualidade de Serviço ao Cliente, os diferentes aspectos do emprego do marketing nas empresas foram o tema predominante nas palestras do diretor superintendente do Banco Bamerindus, Belmiro Valverde Jobim Castor (“A prestação de serviços como diferencial estratégico de marketing”), e do diretor comercial da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Alexis Stepanenko (“Qualidade de Serviço e Satisfação do Cliente”). O seminário seguinte reuniu o gerente de grupo de marcas premium da Souza Cruz, Francisco Barreto, e o presidente da Divisão de Cerâmica do Grupo Cecrisa, Antônio Maciel Neto, que demonstrou confiança nos resultados do Plano Real e aconselhou as empresas a investirem na qualidade dos produtos, em serviços, em canais de distribuição e em recursos humanos, alertando que acabara o tempo de aplicar em estoques e ganhar com a inflação. 73 T Venkat Padmanabhan, professor de marketing da Stanford University, faz palestra no Seminário Marcas de Sucesso A N T O E M 3 0 Já o seminário Estratégias de Marketing para uma Economia Globalizada teve como palestrantes o diretor da FTX Consultoria Econômica, Roberto Fendt, com o tema “Globalização e Competitividade”, e o presidente da Fenasoft Feiras de Informática, Maximiano Gonçalves Filho, que falou sobre “Estratégias de Marketing e Globalização”. Além desse ciclo, mais um seminário foi realizado, Marcas de Sucesso, que trouxe a Santa Catarina Venkat Padmanabhan, professor de marketing da Stanford University. O desafio da globalização também foi abordado em palestra do professor de Economia da USP, Eduardo Gianetti, na entrega do Prêmio Homem de Vendas daquele ano. Uma palestra do consultor de empresas Roberto Shinyashiki iniciou em agosto as atividades da diretoria feminina, que teve na programação, nos meses seguintes, a deputada Marta Suplicy, para falar da participação do Brasil na IV Conferência Mundial da Mulher, e a psicóloga e psicoterapeuta Lúcia Leão, que analisou os modelos e padrões culturais que influenciam de forma negativa a atuação da mulher no mercado de trabalho. 74 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Roberto Shinyashiki inaugura a programação da diretoria feminina. Marta Suplicy, Maria Helena Matarazzo, Ala Szerman, Suzana Modesto Duclós, Glória Kalil, Nélida Piñon e Adelina Clara Hess de Souza - empresárias, políticas, escritoras e psicoterapeutas debatem os diferentes aspectos da mulher na sociedade 75 T Antônio Kandir é o convidado de Prisco Paraíso ao assumir seu segundo mandato A N T O E M 3 0 Em promoção da Regional Norte, em setembro, o professor da Fundação Getúlio Vargas e consultor de marketing no varejo Adão de Souza afirmou que só recentemente a mentalidade do marketing havia chegado ao comércio, que passara a prestar atenção no consumidor e valorizar os produtos e serviços oferecidos. Mais uma vez, a Regional elegia com precisão o palestrante para a ocasião: naquele momento, Joinville verificava uma alteração significativa na estrutura do comércio varejista, com a abertura de 300 novas lojas em shopping centers, alterando os hábitos da população e mudando as relações de consumo. O convidado seguinte da Regional foi o consultor Francisco Britto, que enfocou o tema “Marketing de relacionamento: uma ferramenta de negócios”. Prisco Paraíso foi eleito para um segundo mandato e tomou posse em março de 1996, em solenidade na qual o deputado federal Antônio Kandir falou sobre a economia brasileira. Política continua em pauta com palestra de Ciro Gomes na Regional Sul, mas, no evento seguinte, os adevebistas decidiram relaxar um pouco e realizaram um Almoço de Ideias com assunto mais ameno: “A arte da integração mundial através do futebol”, apresentado pelo presidente da Fifa, João Havelange. Conjuntura nacional, marketing e perspectivas comerciais, no entanto, voltaram à tona nos demais encontros realizados ao longo do ano: no Almoço de Ideias de junho, o publicitário Mauro Salles, ao falar sobre “A nova realidade do marketing”, alertou que Santa Catarina não sabia “vender com competência a sua imagem”. No seguinte, o novo embaixador do 76 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Brasil em Portugal, Jorge Bornhausen, discorreu sobre “O Marketing e a Diplomacia”. Outros convidados naquele ano foram o presidente do complexo editorial Abril, Roberto Civita, que falou sobre a modernização das comunicações, internet e mudanças na circulação de informações, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Mantendo a pauta dinâmica do ano anterior, a diretoria feminina realizou em 1996 uma série de painéis de ideias: “Mercado de trabalho – um desafio feminino”, com Lúcia Leão, “Encontros, Desencontros & Reencontros”, com a socióloga e sexóloga Maria Helena Matarazzo, “Experiência Empresarial no Ramo da Estética e Cosméticos”, com a empresária Ala Szerman, e “Aspectos Atuais da Cirurgia Plástica”, com o cirurgião plástico João Francisco do Valle Pereira. Santa Catarina fechou 1996 voltando a conquistar a quinta posição no ranking dos Estados exportadores (fora o sexto colocado no ano anterior), mas sua participação no valor total exportado caiu, regredindo ao mesmo patamar de 1994, de 5,52%, em função da variação positiva pouco significativa das exportações brasileiras naquele ano. A evolução pífia dos valores exportados em 1996 foi decorrente da abertura comercial e da redução cambial adotadas pelo governo. Ambas foram fundamentais para reduzir a inflação – a qual caiu para uma taxa mensal média de 0,5% no último trimestre de 1996 –, mas o impacto dessas medidas foi danoso para o comércio exterior. Como boa parte do PIB estadual provinha das exportações, a ADVB/SC engrossou o coro dos descontentes que pleiteavam a reversão da política cambial, seja mediante maior proteção tarifária para a indústria nacional, seja mediante desvalorização substancial do real. O governo não lhes concedeu nem uma nem outra, mas adotou várias medidas para estimular as exportações. A mais importante foi a isenção do ICMS sobre produtos agrícolas e semimanufaturados, seguida da ampliação do alcance e da redução dos custos dos financiamentos à exportação concedidos pelo BNDES. 77 João Havelange, Carlos Arthur Nuzman e Roberto Civita: temas e assuntos variados nos eventos cada vez mais prestigiados T Francisco Gracioso, Raimar Richers, Carlos Stüpp, Maurício de Souza e Hans Prayon. Abaixo, Prisco Paraíso entrega o cargo a Derly Massaud de Anunciação A N T O E M 3 0 Santa Catarina conservou até o fim da década a quinta posição entre os Estados exportadores, com uma participação de aproximadamente 5% do total exportado pelo país. Mas os valores decresceram ano a ano devido à política cambial do governo federal. O segmento feminino manteve programação intensa também em 1997, com palestras da presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon (“A memória da mulher”), da fundadora das Empresas Dudalina, Adelina Hess de Souza (“Retrato de Família”), e da psicoterapeuta Suzana Duclós (“Crise – uma possibilidade de mudança”). Talvez pela primeira vez até então no Almoço de Ideias, um palestrante de fora de Santa Catarina citou iniciativas de empresas estaduais como exemplos bem-sucedidos de estratégias de marketing. E o elogio partiu de ninguém menos que o presidente da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM de São Paulo, Francisco Gracioso. Ele se referia ao trabalho realizado nas últimas décadas pelas agroindústrias e pelos plantadores de maçã de Santa Catarina, que vislumbraram cenários futuros e consolidaram posição no mercado nacional: em uma década, o frango passou a ocupar metade do mercado de carne bovina, enquanto a maçã catarinense conquistou 80% do espaço até então pertencente ao produto argentino. Gracioso previu também um cenário amplamente favorável para a propaganda e o marketing a partir da abertura da economia e do controle da inflação, que haviam elevado em R$ 15 bilhões o mercado de consumo no Brasil, projetando para os anos seguintes o surgimento de novos valores, hábitos e polos de desenvolvimento no país. Outros convidados em 1997, para almoços de ideias ou palestras na entrega das premiações da ADVB/SC, foram o diretor do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Industrial (IBDI), Mauro Passos; o consultor de empresas e estrategista Raimar Richers; o secretário da Fazenda, Nélson Wedekin; o 78 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C empresário e cartunista Maurício de Souza; o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Carlos Stüpp; o vice-presidente do Sistema Jornal do Brasil, Sérgio Rego Monteiro; a empresária e consultora de modas Glória Kalil; e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (Acib) e vice-presidente da Hering Têxtil, Hans Prayon. Prayon mostrou como foi possível ao setor têxtil catarinense entrar em processo de recuperação financeira em 1996, depois de acumular prejuízos por vários anos consecutivos, devido, principalmente, ao custo elevado da mão de obra e à “concorrência desleal” das indústrias instaladas no Nordeste, favorecidas por subsídios fiscais. A receita para superar a crise, explicou, foi reduzir pela metade o custo da mão de obra, com a terceirização e a formação de cooperativas, além de reestruturar as empresas para produzirem artigos mais sofisticados, com maior valor agregado, ampliando sua competitividade em mercados mais exigentes. Motivos particulares levaram Paulo Prisco Paraíso a deixar a presidência da ADVB/SC, em dezembro 1997, pouco tempo antes de completar seu segundo mandato, sendo substituído pelo vice-presidente Derly Massaud de Anunciação, que ocupou o cargo em caráter provisório, até a eleição do novo presidente. 79 Consolidação O professor e empresário Carlos Wolowski Mussi foi eleito em janeiro de 1998 com a missão de diversificar as atividades e am pliar os quadros da entidade. “Havia a neces sidade de um processo de renovação e tra tamos de atrair associados jovens compro metidos com nosso projeto”, explica. T A N T O 82 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C A principal marca da administração de Carlos Wolowski Mussi, que teve as regionais Itajaí, Norte e Sul, foi a criação do Prêmio Empresa Cidadã, para homenagear empresas e empresários catarinenses que priorizem ações voltadas à área social. Foi instituído numa época em que a questão da responsabilidade social das organizações começava a ganhar destaque, e se equiparou em importância às duas premiações tradicionais da ADVB/SC na época – o Top de Marketing e o Prêmio Homem de Vendas, que, durante a gestão de Mussi, teve o nome mudado para Personalidade de Vendas, de modo a também poder premiar mulheres. Podem participar do Prêmio Empresa Cidadã empresas que desenvolvam projetos nas áreas de preservação ambiental, desenvolvimento cultural e participação comunitária. Esta terceira vertente engloba trabalhos voltados ao benefício da comunidade de um modo geral, como incentivo ao esporte, e projetos de assistência a populações prejudicadas por situações críticas, como enchentes, secas e epidemias, e a grupos de menores ou adultos em situação de risco. “O que fortalecemos com a criação do Prêmio Empresa Cidadã não foi o marketing propriamente dito, mas a institucionalização da responsabilidade social como uma questão a ser considerada pelas empresas”, explica Mussi. “A ADVB/SC é uma premiadora de resultados, e os resultados alcançados pelas empresas neste particular têm de ser reconhecidos, de modo a estimular outras pessoas a seguirem o exemplo, difundindo comportamentos positivos que possam consolidar a formação cultural da sociedade.” 83 T A N T O E M 3 0 Ainda no período em que Mussi presidiu a ADVB/SC, teve prosseguimento o ciclo de palestras e debates, priorizando temas técnicos e relacionados ao momento que o país vivia. Entre os palestrantes, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente; o vice-presidente da República, Marco Maciel; a diretora de marketing para o Cone Sul do grupo Meliá, Elizabeth Pedro Parente faz palestra na posse de Carlos Wolowski Mussi, cuja gestão foi marcada pela presença de outros convidados, como o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o jornalista Lucas Mendes, a prefeita Angela Amin e o vice-presidente Marco Maciel Wada; a prefeita de Florianópolis, Angela Amin; o ex-ministro Maílson da Nóbrega (promoção da Regional Sul); o prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira; e o presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria – CNI, Stefan Bogdan Salej. O jornalista Lucas Mendes também foi palestrante, assim como o carnavalesco Joãosinho Trinta (em Criciúma). Ao terminar sua gestão, o Programa de Profissionalização do Menor Carente chegava ao marco de 990 adolescentes atendidos. O presidente Fernando Henrique Cardoso foi eleito para um segundo mandato, em 1998, com a promessa de manter inalterada a política econômica, mas a continuidade da crise financeira mundial abalou a economia brasileira e, em 1999, o governo alterou a política cambial, provocando grande desvalorização do real. 84 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C José Carlos Portella Nunes recepciona, em sua posse, o palestrante Jorge Bornhausen. Abaixo, realizações e eventos da ADVB/SC continuam tendo espaço na mídia Mussi foi substituído pelo seu vice-presidente executivo, o engenheiro e empresário da área de construção José Carlos Portella Nunes, eleito em dezembro de 1999 e empossado em março do ano seguinte, em solenidade em que o senador Jorge Bornhausen deu palestra sobre o Código de Defesa do Contribuinte. Segundo presidente da ADVB/SC escolhido fora do setor de marketing e comunicação – o primeiro foi Paulo Prisco Paraíso –, Portella considera “importante esse ecletismo, pois a proposta da entidade é de incentivar o marketing agregando empresários com poder de decisão em vários ramos de atividades”. Com a missão de promover a recuperação financeira da associação, ele também se empenhou em acelerar a interiorização das atividades – criou a Regional de Balneário Camboriú e fortaleceu as já existentes –, de modo a conferir à ADVB/SC um perfil mais estadualizado. “Outras cidades viam a associação como restrita a Florianópolis, por isso centramos esforços no sentido de levá-la ao interior todo”, explica. Em artigo que escreveu naquele ano para o jornal Gazeta Mercantil, Portella Nunes antecipou que o maior desafio da ADVB/SC em sua gestão, diante das transformações sociais, políticas e econômicas do país e do mundo no início do milênio, seria enfrentar o que chamou de guerra da globalização. “Uma guerra sem fronteiras, sem derramamento de sangue, mas nem por isso sem vítimas. Com o advento da rede mundial de computadores, o século XXI será marcado pela revolução das revoluções, que é a revolução da educação.” E, nesse contexto, observou, “nada mais lógico que a ADVB/SC defina seu foco de atuação na educação”, colaborando para a redução do contingente de cidadãos “duplamente excluídos: excluídos da sociedade de produção pós-industrial e excluídos da nova tecnologia da informática.” 85 T A N T O E M 3 0 Portella apontou como instrumento prático de sua gestão com essa finalidade o projeto de cursos, para propiciar aos empresários conhecimentos que os capacitem a enfrentar uma economia cada vez mais globalizada. “Do contrário, as empresas de capital nacional diminuirão significativamente sua participação no PIB e nossa nação tenderá a ser uma colônia do capital internacional”, declarou. Entre 2000 e 2001, a ADVB/SC realizou grande número de palestras, destaA crise de energia é o assunto do momento. Para debater a questão, Portella recebe na ADVB/SC Luiz Gomes, da SC Gás (à esquerda), e João Paulo Kleinübing (à direita), da Eletrosul. Acima, o lançamento do livro de Mailson da Nóbrega. Abaixo, Francisco Amaury Olsen, da Tigre, recebe de Esperidião Amin o troféu Personalidade de Vendas 2001 cando-se entre os convidados o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, que também lançou seu livro sobre seis anos do Plano Real; o ministro dos Transportes Eliseu Padilha, que explanou o projeto de integração do Mercosul através de rodovias, trens e hidrovias; e o delegado da Receita Federal em Florianópolis, Janir Cassol, que discorreu sobre a CPMF. A crise do setor energético, acentuada em 2001 e com desdobramentos no ano seguinte, deixou o empresariado catarinense apreensivo, levando a ADVB/SC a convidar autoridades e especialistas do setor para debater as alternativas adotadas pelo poder público para assegurar o fornecimento de energia às indústrias. Os esclarecimentos foram prestados pelos presidentes da Eletrobrás, Cláudio Ávila da Silva, da Eletrosul, João Paulo Kleinübing; e da SCGás, Luiz Gomes. Foi um tempo também de grande movimentação na Regional do Vale do Itajaí. Em Blumenau, o vice-presidente do BNDES, José Mauro Carneiro da Cunha, discorreu sobre a política de financiamento do banco, e o presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho, abordou as perspectivas do setor no novo século. E, em Itajaí, foram realizados o seminário Como chegar ao Top, para orientar as empresas sobre como deveriam apresentar seus cases, e as palestras “Motivação em Rede”, a cargo do palestrante motivacional Adonai Zanoni, e “Gestão de Relacionamento”, com o consultor Vicente Argentino. 86 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C O presidente seguinte foi Giancarlo Tomelin, empreendedor nas áreas de comércio internacional e shopping centers, ex-diretor administrativo e vice-presidente em gestões anteriores, eleito em abril de 2002 para o primeiro de seus dois mandatos. Ele integrava a ADVB/SC desde o tempo em que estudava Administração de Empresas, quando filiou à associação o diretório central de estudantes, do qual era presidente, com o objetivo de propiciar aos alunos, ainda no período de formação, contato direto com o marketing e a gestão empresarial nos encontros que ela promovia. Primeiro integrante da segunda geração adevebista a assumir o cargo, ele tomou posse no mesmo mês, com o compromisso de fortalecer a entidade nas maiores cidades do Estado. Em seu discurso, centrado na importância do marketing, ele citou, como exemplo a ser seguido pelos profissionais de marketing, uma característica de Pelé: “Ele dizia que não ia aonde a bola estava, mas aonde a bola iria estar”. Na palestra que proferiu na posse de Tomelin, o presidente do Conselho de Administração da Sadia e futuro ministro do Desenvolvimento 87 No alto, os vencedores do Top de Marketing 2001. Acima, alguns dos premiados no Empresa Cidadã do mesmo ano. Abaixo, Giancarlo Tomelin assume o primeiro de seus dois mandatos como presidente T A N T O E M 3 0 do Brasil, Luiz Fernando Furlan, lamentou que o Brasil, por não caracterizar a origem de boa parte dos produtos exportados, ainda carecesse de uma marca forte no exterior. A declaração de Furlan dava a entender que estava faltando marketing às empresas e era uma repercussão ampliada, quase 20 anos depois, da preocupação dos pioneiros da ADVB/SC com a maior divulgação do made in SC. Além de priorizar a estadualização, promovendo um grande salto no número de regionais, de quatro para sete – Sul, Norte, Oeste, Planalto, Litoral/ Norte, Blumenau e Tubarão –, Tomelin deu atenção especial às palestras nacionais e às premiações. Para diversificar um pouco a temática dos eventos, ampliou o leque de convidados para além do mundo empresarial e governamental, trazendo gente de outras áreas, como o piloto Rubinho Barrichello e a família Schürmann, conhecida por suas navegações em torno do mundo, “porque falam de superação, de metas a serem alcançadas e de como atingiram seus objetivos”. Também jornalistas e articulistas nacionais marcaram presença, como Luis Nassif e Salete Lemos. A maior parte dos encontros, no entanto, era centrada em temas conjunturais de interesse específico dos associados. Nessas ocasiões, afirma Tomelin, a ADVB/SC “cobrava eficiência de gestores públicos”. Com o mesmo espírito, a associação se aliou a outras entidades para pressionar o governo a realizar as reformas tributária e fiscal e buscar a estabilização econômica, mediante a administração da inflação e do câmbio. A família Schürmann e Rubinho Barrichello em palestras abordando metas e superações Outros convidados aos eventos naquele ano foram o vice-governador, Paulo Bauer, o qual, na posse da vice-presidência regional de Joinville, afirmou que Santa Catarina era um exemplo nacional e paraíso da pequena e 88 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C microempresa; o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, que discutiu as perspectivas do setor energético; e o presidente da agência JWThompson, Álvaro Novaes, que mostrou como construir marcas em tempo de crise, na posse da vice-presidência da regional de Blumenau. Naquele ano, a ADVB/SC ainda realizou o Primeiro Seminário de Marcas do Sul do Brasil, em parceria com o Sebrae nacional. Em decorrência da crise cambial de 1998, o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso registrou queda na taxa de crescimento do país, desemprego e aumento da dívida pública. Esse conjunto de fatores negativos criou um clima de desconfiança e incerteza quanto aos rumos da economia nacional, acentuado algum tempo antes das eleições seguintes, porque havia o temor, entre os investidores, de que Luiz Inácio Lula da Silva pudesse adotar medidas econômicas radicais, caso fosse eleito. Para tranquilizar esses setores, Lula se comprometeu, num documento conhecido como Carta aos Brasileiros, a não fazer alterações significativas na economia. Ele derrotou o tucano José Serra no segundo turno, em 27 de outubro, recebendo 61,27% dos votos, e o PT permanece no poder até os dias de hoje. Em 2003, ano em que o ex-metalúrgico do ABC ocupou o Palácio do Planalto, a ADVB/SC instituiu o Prêmio Top Exportação, para premiar empresas de Santa Catarina que se destacam na exportação de seus produtos e na comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior. O prêmio teve importância relevante para Santa Catarina, que vinha ampliando mercados no exterior havia alguns anos e se mantinha na quinta posição no ranking dos Estados exportadores. Como a pauta das exportações catarinenses era em grande parte composta de produtos manufaturados, como alto valor agregado, as vendas no exterior tinham peso significativo na contribuição média estadual no PIB nacional, de 4%. No lançamento do prêmio, Giancarlo Tomelin apontou um crescimento de 3,45% no valor das exportações catarinenses no primeiro trimestre do ano, 89 O vice-governador Paulo Bauer e Altino Ventura Filho, da Eletrobrás T Um dos grandes eventos promovidos pela associação, o Prêmio Top de Marketing é uma homenagem aos que se utilizam de técnicas de marketing para vencer desafios. Acima, os vencedores do ano de 2003 A N T O E M 3 0 em comparação com o mesmo período do ano anterior, e destacou a condição superavitária da balança comercial do Estado. Outra novidade adotada na gestão de Tomelin foi o Fórum de Per sonalidades de Vendas – encontros de empresários anteriormente contemplados com o Prêmio Personalidade de Vendas, nos quais eles discutem entre si temas de interesse da categoria e transmitem experiências e informações aos demais associados. “A principal contribuição da ADVB/SC para os profissionais de marketing e vendas é o conhecimento, a informação, os valores éticos e a credibilidade que ela gera”, afirma Tomelin, ao explicar o objetivo da nova promoção. Enquanto a poeira das recentes mudanças políticas ainda pairava no ar e predominava um clima de incerteza nos setores produtivos diante do que poderia vir a acontecer na área econômica, a ADVB/SC dirigia suas atividades no sentido de municiar os associados com informações que lhes permitissem situar-se com mais segurança dentro do novo cenário e antecipar as repercussões no mercado das ações do governo. Com público cada vez maior, os eventos da ADVB/SC realizados em Florianópolis, Criciúma, Blumenau e Chapecó tiveram como palestrantes, 90 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C entre outros, o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, e o presidente do grupo McDonald’s no Brasil, Marcel Fleischmann. Ainda dentro do projeto de impulsionar as ações regionalizadas, a ADVB/SC promoveu o Seminário Mercado e Cultura, na regional de Joinville, e a Oficina de Marketing e Comunicação, na regional Oeste. Também naquele ano, Tomelin integrou a comitiva de entidades e empresários que foi a Brasília para reivindicar a criação de um ministério ou secretaria especial da micro e pequena empresa. Tomelin foi reeleito para mais um biênio e tomou posse em março de 2004. Presente à solenidade, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deu uma palestra em tom otimista, abordando o tema “Brasil rumo ao desenvolvimento”. Ele previu certo: naquele ano o crescimento do PIB nacional evoluiria de 1,1%, em 1993, para 5,7%. No evento, Tomelin pediu ao presidente do BC que a taxa Selic baixasse de 16% para 8%. Ao completar 20 anos de existência, a ADVB/SC foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Blumenau. Na mesma cidade, a Regional realizou várias palestras com convidados nacionais, entre eles o governador de 91 O seminário Mercado e Cultura, realizado em Joinville, impulsiona as ações regionalizadas. Abaixo, Henrique Meirelles é o convidado especial na segunda posse de Giancarlo Tomelin, que contou também com a presença do ex-governador Casildo Maldaner e do governador Luiz Henrique da Silveira T O consultor James Hunter, José Carlos da Silva Pinheiro Neto, da GM, Antônio Maciel Neto, da Ford, e Chieko Aoki, da Blue Tree. Abaixo, os premiados com o troféu Personalidade de Vendas Roberto Barreiros (2002), Hans Dieter Didjurgeit (2004) e Manoel Arlindo Zaroni Torres (2005) A N T O E M 3 0 Goiás, Marconi Perillo, e o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos da Silva Pinheiro Neto. Outros palestrantes, em Florianópolis, foram o governador Luiz Henrique da Silveira e o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega (também em Chapecó) e, no ano seguinte, o consultor James Hunter, autor do livro O Monge e o Executivo, a presidente da rede Blue Tree, Chieko Aoki, e o presidente da Ford Brasil e depois da Ford América do Sul, Antônio Maciel Neto, responsável pelo reposicionamento da Cecrisa no mercado nacional de revestimentos cerâmicos. Ele atribuiu à estratégia de vendas adotada pela Ford o crescimento superior a 9% registrado no primeiro trimestre daquele ano – período no qual o mercado brasileiro de automóveis acusou queda de 10% – e o aumento de 6,6% para 12,5% na sua participação no mercado em dois anos. 92 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Top de Marketing, Empresa Cidadã e Top Exportação: os premiados em 2004. Abaixo, a mídia destaca o novo prêmio da ADVB/SC 93 Capacitação Incentivar e aprimorar o mix de atividades tradicionais da ADVB/SC – premiações, en contros para troca de experiências e cursos – foi a tônica da gestão do empresário do ramo de importação Natanael Santos de Souza, diretor financeiro nas gestões dos dois presidentes anteriores, e que assumiu a presidência da entidade em março de 2006 para um mandato que se estendeu até o fim de 2007. T A N T O 96 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Entre os principais méritos da associação, Natanael Santos de Souza destaca seu “caráter agregador”, ao reunir diferentes segmentos da economia em torno de um ideal comum. “A ADVB/SC é uma associação não partidária, preocupada em concentrar todos os setores da economia, sem competitividade entre seus associados, de modo a promover o mercado como um todo”, afirma. Ele também ressalta a importância das diferentes premiações – “para dar maior visibilidade no mercado” às empresas e empresários que têm seu trabalho reconhecido e divulgado –, assim como do processo de regionalização, que tem por objetivo levar a mensagem da entidade a todos os pontos do Estado. Por isso, as sete regionais – Joinville, Chapecó, Criciúma, Jaraguá do Sul, Litoral-Norte, Tubarão e Vale do Itajaí – desenvolveram programação ininterrupta em sua gestão. Embora evite eleger um aspecto particular como o mais significativo de seu mandato, Natanael ressalta a importância do programa de educação continuada que adotou, para possibilitar aos associados uma atualização permanente num mundo em constante transformação. “A empresa é um organismo vivo, é feita do momento em que está vivendo, e essa troca de experiências, essa visão de mercado que os cursos e eventos proporcionam, é interessante e salutar”, afirma. Seu Lucro está na Compra e Desenvolvendo o Líder Atual são apenas dois exemplos dos muitos cursos específicos que ele realizou em sua gestão. A preocupação de proporcionar capacitação constante e atualizada aos associados teve continuidade em cursos como Vendas Campeãs: a Arte de Negociar e Vender, Como Vender Mais que uma Ideia, Marketing 97 T Natanael Santos de Souza recebe o cargo de Giancarlo Tomelin, em solenidade prestigiada por personalidades do mundo político como Eduardo Pinho Moreira A N T O E M 3 0 Estratégico: como Orientar-se num Mundo Hipercompetitivo, Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico e Liderança Estratégica para Resultados, realizados em gestões posteriores. Em anos seguintes, a ADVB/SC ampliou o leque de opções de aprendizado, incorporando ao seu programa de capacitação cursos mais aprofundados, principalmente a partir da consolidação da parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM/Sul, que possibilitou a realização de um curso de pós-graduação em Marketing Estratégico em 2011. Além desse, que teve uma segunda turma no ano seguinte, houve outros quatro cursos de curta duração, sempre em parceria com a ESPM/Sul: Fundamentos do Marketing Digital, realizado em Florianópolis e Joinville, Gestão de Empresas Familiares, Planejamento de Mídia Digital e Marketing para o Mercado Imobiliário. A oferta de capacitação permanente prosseguiu com os cursos Potencializando a Força das Vendas, Televendas, Maximização de Resultados, Negociação, Comunicação, Marketing no Comércio, Atendimento ao Cliente, Desenvolvendo o Líder e Como Administrar seu Tempo. A esses foram posteriormente agregadas disciplinas relacionadas às transformações do mercado na era digital, como Marketing Digital, Gestão de Marcas em Redes Sociais e E-commerce. Para se ter uma ideia do alcance da iniciativa, entre 2007 e 2011, os cursos abertos e in company promovidos pela ADVB/SC formaram cerca de 500 98 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C alunos. “A promoção da educação continuada tem sido uma das principais preocupações da associação, por entender que o empresário deve estar em contato permanente com as inovações e novas técnicas que surgem no mercado a cada dia que passa”, observa Natanael. “Por isso, ela não mede esforços ao procurar o melhor para capacitar empresários e dirigentes, de modo a fortalecer o mercado em seus diferentes aspectos.” Esta é também a visão da empresária Maria Carolina Linhares, que presidiu a ADVB/SC anos depois e é igualmente entusiasta dos resultados do ensino continuado. “Não se pode mais dizer que já estudamos tudo o que tínhamos que estudar. Hoje não se para de estudar, a educação acontece durante toda a vida, para acompanhar mudanças, novas práticas etc. Todos os grandes executivos que eu conheço nunca param de estudar, e esse aprendizado não é mais restrito às salas de aula, pode se dar pelas facilidades da internet, por meio da troca de experiências que ampliam nosso conhecimento, ou ainda em cursos propriamente ditos.” No biênio 2012/2013, a ADVB/SC ofereceu aproximadamente 1000 horas-aula aos associados, capacitando mais de 900 profissionais, em diversos programas. Além de três turmas em nível de pós-graduação e outras cinco em cursos de curta duração através do convênio com a ESPM/ Sul, em Florianópolis, Joinville e Chapecó, a associação firmou convênio com a Unisul Virtual, para cursos de extensão online direcionados principalmente ao segmento de negócios, e estabeleceu parcerias com o Instituto de Capacitação e Treinamento de Florianópolis (ICT) e a E-commerce School. 99 Liderança, estratégias de marketing, administração de tempo, planejamento, a arte de negociar e vender são assuntos de alguns dos diversos cursos oferecidos para capacitação e permanente atualização dos associados T A N T O E M 3 0 No sentido horário, os premiados em 2006 com o Top de Marketing, Top Exportação, Empresa Cidadã. O Prêmio Personalidade de Vendas foi conquistado por Sônia Hess de Souza, da Dudalina 100 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Os premiados com o Top de Marketing (no alto), Top Exportação (acima), Personalidade de Vendas – Antônio Koerich, do grupo Koerich (à esquerda, ao lado do prefeito Dário Berger), e os agraciados com o título de Empresa Cidadã (abaixo) em 2007 101 Eventos e relacionamento O estilo descontraído do empresário do ramo de comunicações Carlos Joffre do Amaral Netto, presidente da diretoria na gestão 2008/2009, se fez sentir já na solenidade de posse, em março de 2008. A Olimpíada de Pequim que seria realizada naquele ano ser viu de inspiração tanto à divulgação do even to, cujo convite trazia a frase “Conheça quem vai fazer você subir no pódium da ADVB”, quanto à cerimônia, na qual o iatista Bruno Fontes, atleta olímpico, conduziu uma das to chas da Olimpíada de Atenas em 2004 até o palco onde a nova diretoria tomou posse. T A N T O 104 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C “Fizemos uma analogia com o espírito olímpico, para colher bons resultados”, explica Carlos Amaral, ex-diretor das áreas de Expansão e de Eventos nas gestões anteriores. A ideia foi bem recebida pelos associados e isso o motivou a conferir uma característica temática aos eventos de sua gestão, de modo a despertar o interesse de um público mais abrangente. “Foi uma maneira de adicionarmos um tempero, um atrativo a mais nas solenidades.” Foi assim, por exemplo, na entrega do Top Exportação, em julho de 2008, em Itajaí, que teve como slogan “Com um banquinho e um violão, muitos brasileiros já encantaram o mundo” e como atração especial a cantora Elza Soares, interpretando sucessos da Bossa Nova. “Para uma premiação que homenageia a exportação, o que melhor do que falar do grande produto que o Brasil exporta, sua música, e quem se não Elza Soares para comemorar os 50 anos da Bossa Nova, a música com que o Brasil ficou conhecido lá fora?” Na entrega do Top de Marketing, em novembro, com a presença do governador Luiz Henrique da Silveira e apresentação do Teatro Bolshoi, o tema foi “os clássicos da ousadia”, procurando fazer uma analogia entre o clássico da dança e a ousadia dos cases de marketing. Antes da premiação, foi realizado o Fórum Liderança e Marketing, com Jóster Macedo (executivo da Tyson Foods no Brasil), Guilherme Jacob (presidente da Akakia Cosméticos) e Izael Sinem (diretor de Comunicação e Marketing da Nestlé Brasil). 105 T A N T O E M 3 0 Preceder as premiações por debates e palestras, a exemplo do que acontecia apenas no Top de Marketing, antecedido do Fórum de Personalidades de Vendas, foi uma inovação adotada na gestão de Amaral. Desse modo, explica, nasceu o Painel de Ideias, em que três lideranças empresariais já agraciadas com o Prêmio Personalidade de Vendas debatem um assunto específico, “de modo a valorizar e divulgar o empreendedorismo catarinense”. A estreia deste formato foi em Jaraguá do Sul, em maio de 2008, na posse da vice-presidência local. A segunda edição aconteceu em agosto desse mesmo ano, em Lages, também na posse da A Olimpíada de Pequim, que se realizaria no mesmo ano, serve de tema para a cerimônia de posse de Carlos Joffre do Amaral Netto. A inspiração é o espírito esportivo. O iatista Bruno Fontes, atleta olímpico, conduz até o palco uma das tochas da Olimpíada de Atenas vice-presidência regional. Em ADVB Ideias, outra atividade introduzida na gestão de Amaral, há apenas um palestrante e as regionais são privilegiadas – o primeiro foi realizado com o consultor Renato Meirelles e teve como tema o marketing popular. No mesmo ano foi também lançado o novo portal da ADVB/SC, mais ágil, moderno e dinâmico, para facilitar a navegação, e enriquecido de notícias, artigos e de um calendário de cursos e eventos. E a sede da associação passou por uma reforma, que aprimorou a estrutura de atendimento e dotou todas as dependências de visual novo. Em 2008 o planeta foi sacudido pela crise econômica mundial que levou à falência alguns grandes bancos internacionais e fragilizou vários países. E, embora o presidente Lula tenha avaliado sua repercussão no Brasil como “apenas uma marolinha”, o setor de marketing foi diretamente atingido. “Acabou o dinheiro, as verbas para marketing foram reduzidas à metade, a um terço, e as empresas tiveram que ser muito mais criativas, forçando as equipes a trabalhar com menos dinheiro”, lembra Amaral. O desafio foi superado, em sua avaliação, devido à grande capacidade de adaptação do marketing. “Mudou tudo no marketing com essa 106 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C No alto, Painel de Ideias com Hans Dieter Didjurgeit, Ninfo Valtero König e Décio da Silva. Acima, Izael Sinem, Guilherme Jacob e Jóster Macedo no Fórum de Liderança e Marketing. Novos formatos, com mais debates e trocas de experiências, nos eventos promovidos pela associação 107 T A N T O A sede própria passa por uma reforma total. Hall de entrada, auditório, sala de reuniões e parte administrativa recebem um novo visual e modernos equipamentos, aprimorando a estrutura de atendimento 108 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Carlos Joffre do Amaral Netto, Antunes Severo e Giancarlo Tomelin, presidente e expresidentes, recebem em nome da ADVB/SC a homenagem da Assembleia Legislativa pelos 25 anos da associação nova realidade, mas ele se adapta às dificuldades do mercado. Para mim, a melhor definição de marketing é entender o mercado para atendê-lo bem. Por isso ele está sempre mudando. Se não se adaptar, morre. Não havia mais dinheiro, o marketing teve de conhecer e entender esse novo consumidor, com suas restrições de consumo. Teve de se adaptar, reformular seus conceitos de como atender, como vender, onde expor o produto, que forma ele deve ter. “ Nesse ano, a associação instituiu um novo prêmio, o Top Turismo, equiparado em importância aos já existentes e seguindo a iniciativa de outras ADVBs. A entrega do primeiro, prevista para novembro de 2008, teve de ser transferida, devido aos desastres naturais que atingiram o Estado naquele ano, e só aconteceu em março de 2009. O novo prêmio foi criado para impulsionar ainda mais o turismo catarinense – “patrimônio maior de Santa Catarina”, nas palavras de Carlos Amaral – num momento em que a atividade estava em alta. Com efeito, em 10 anos, o número de turistas no Estado na alta temporada crescera de 2,3 milhões (1999) para 4,4 milhões, enquanto no plano nacional o setor vinha registrando uma evolução superior à da economia como um todo e era responsável por 3,6% do PIB brasileiro. Idealizado para premiar ideias, lideranças, iniciativas, estruturas, ações públicas e privadas que contribuam para o incremento e a consolidação do setor, o Top Turismo foi lançado no primeiro Seminário de Turismo, no parque Beto Carrero World, no município de Penha, realizado em parceria com o Governo do Estado, também interessado em criar um prêmio para reconhecer iniciativas no setor turístico. Numa homenagem ao empresário Sérgio Murad, conhecido popularmente como Beto Carrero e criador do Beto Carrero World, que havia 109 T Mais uma premiação passa a fazer parte do calendário de eventos: o Top Turismo, instituído em 2008 A N T O E M 3 0 falecido recentemente, a ADVB/SC deu seu nome à medalha e ao diploma entregues aos vencedores do Top Turismo, enquanto o governo do Estado conferiu o Troféu Beto Carrero de Excelência em Turismo à personalidade, ao município e ao empreendimento turístico do ano. Também foi iniciativa de Carlos Amaral a instituição do Top One nos prêmios Top de Marketing e Top Turismo, a partir de 2009, para destacar os cases que, entre todos os premiados, receberem a maior pontuação do júri. “Como não divulgamos a nota dos premiados, essa é uma forma de dar um reconhecimento ao melhor dos melhores”, explica. Em meio à crise, que insistia em não recuar, o ano de 2009 foi de festa para a ADVB/SC, que completou 25 anos de atividades. Entre os vários eventos e realizações para comemorar a data, a entidade recebeu em 7 de julho uma homenagem da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em reconhecimento à sua atuação durante um quarto de século. A iniciativa foi proposta pelo deputado Giancarlo Tomelin, ex-presidente da associação, que destacou seu papel de “propulsora do talento empreendedor no Estado”, por intermédio de seus prêmios, palestras e encontros. “A moeda de troca do século 21 é o relacionamento e a ADVB faz isso há 25 anos com credibilidade”, afirmou na ocasião. Já Carlos Amaral ressaltou que a força da entidade se deve a três bandeiras: “o reconhecimento, por meio de seus prêmios, a capacitação, por meio de seus cursos, e o relacionamento, por meio dos encontros, onde há troca de informações.” Ainda em 2009, uma das promoções mais concorridas e comentadas da ADVB/SC ao longo de sua história aconteceu quase que por acaso. Cerca de 110 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Fernando Henrique Cardoso faz palestra beneficente e o dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos é utilizado na reconstrução de uma escola de Blumenau, atingida pelas catástrofes naturais de 2008. Na foto abaixo, Carlos Amaral e o prefeito João Paulo Kleinübing entregam o cheque aos representantes da Escola Professora Alice Thiele 111 T A N T O E M 3 0 500 pessoas lotaram o Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, para assistir, em 2 de outubro desse ano, a uma aula especial de sociologia política do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, professor e autor de vários livros sobre mudança social e desenvolvimento no Brasil e na América Latina, atualmente presidente do instituto que leva seu nome. A palestra teve caráter beneficente e o dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos foi revertido à Escola Municipal Alice Thiele, em Blumenau, para a recuperação da estrutura física, severamente danificada na enchente do ano anterior. Além da reconstrução quase que total da escola, a receita da palestra permitiu também a aquisição de material esportivo para os alunos, e Amaral lembra com emoção a felicidade das crianças quando receberam de suas mãos e das do deputado Giancarlo Tomelin, representando FHC, as bolas, chuteiras e camisetas. O que pouca gente sabe é que FHC aceitou fazer a palestra gratuitamente a partir de uma conversa puramente informal com o presidente da ADVB/SC, durante evento em Minas Gerais, no qual eles foram apresentados. Ao saber que Amaral era catarinense, o ex-presidente perguntou como estava o Estado depois das catástrofes naturais de 2008, quando as chuvas intermitentes provocaram desbarrancamentos com graves consequências em várias regiões catarinenses. – Santa Catarina está de luto – respondeu Amaral, e acrescentou: – O presidente poderia nos ajudar. – Como posso ajudar? – indagou FHC, solidário, mas observando que não era mais presidente. Os dois refletiram um pouco e acabaram optando pela palestra. A partir do resultado em Blumenau, o espírito filantrópico foi incorporado às realizações posteriores promovidas pela associação, que, em muitos eventos, passou a reverter parte da arrecadação a entidades beneficentes. “Se a ADVB/SC estimula as melhores práticas sociais com o Prêmio Empresa Cidadã, como se furtar de também promover a cidadania?”, destaca Amaral. No mesmo ano, a ADVB/SC realizou outra palestra beneficente com uma celebridade, novamente por mero acaso. Sabendo que o vice-governador, Leonel Pavan, iria a Nova York se encontrar com o ex-prefeito 112 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Rudolph Giuliani, na época pré-candidato à presidência de seu país, Amaral entregou a ele uma carta convidando o político norte-americano a dar uma palestra em Santa Catarina sobre segurança e gestão em turismo. Giuliani era o prefeito no momento dos atentados de 11 de setembro e já se tornara conhecido pelo Programa Tolerância Zero, que reduziu sensivelmente a criminalidade naquela metrópole. Por sorte, ele estava com viagem marcada para o Brasil, onde participaria de alguns eventos, e mostrou interesse em conhecer Santa Catarina. Exigiu apenas que o encontro fosse fechado, somente para convidados. A promoção, em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), foi realizada em 1º de dezembro e atraiu 1.200 pessoas. A gestão seguinte teve no comando uma mulher, a primeira a presidir a ADVB/SC. A consultora e empresária na área de gestão de pessoas Maria Carolina Linhares tomou posse em março de 2010, sem precisar provar que poderia sobressair pela qualidade de seu trabalho num ambiente preponderantemente masculino. Sua capacidade já era plenamente atestada pelo trabalho que desenvolveu na condição de diretora de Eventos na gestão anterior. Grande desafio, 113 Palestra beneficente do ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, na foto acima com o governador Luiz Henrique da Silveira, Carlos Amaral e o vicegovernador Leonel Pavan T A N T O 114 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Premiados de 2009. À esquerda, Top One de Marketing; acima, Top de Marketing; abaixo, Top Turismo, Top One Turismo e Empresa Cidadã; abaixo à esquerda, o Personalidade de Vendas – Marcello Corrêa Petrelli, do Grupo Ric Record, com o governador Luiz Henrique da Silveira. Na outra página, os eventos temáticos de 2008 que tiveram apresentação do Bolshoi e da cantora Elza Soares. No alto, os premiados com o Top de Marketing e, abaixo, os vencedores do Top Turismo e Empresa Cidadã e, no canto, o Personalidde de Vendas – Acari Luiz Menestrina, da Gran Mestri 115 T A posse de Maria Carolina Linhares reúne os expresidentes Natanael Santos de Souza, Giancarlo Tomelin, Roberto Costa, José Carlos Portella Nunes, Carlos Joffre do Amaral Netto, Carlos Wolowski Mussi e Antunes Severo A N T O E M 3 0 afirma ela, foi ter de “liderar pessoas que já são líderes em seus segmentos”, referindo-se aos demais membros da nova diretoria, todos eles “empreendedores e executivos de sucesso”. Com nove regionais atuantes – Blumenau, Chapecó, Grande Floria nópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Litoral, Sul e Tubarão –, ela se empenhou em imprimir uma gestão descentralizada, participativa e por objetivos. “Minha satisfação se dá por termos superado as previsões, aumentando em 70% o número de associados e quadruplicando o dinheiro em caixa, uma meta que tinha por objetivo tornar a ADVB/SC mais sustentável financeiramente”, afirma. Ela atribui o bom resultado nas finanças ao fato de ter atraído patrocinadores para os eventos da entidade, e aponta os novos serviços e benefícios que a ADVB/SC passou a oferecer como responsáveis pelo aumento verificado no quadro de associados. Entre eles, destaca a biblioteca virtual, com a digitalização de todos os cases já premiados, abrindo assim um novo canal de capacitação ao disponibilizar aos associados uma fonte permanente de consulta a experiências de sucesso. Além dessa inovação, incorporou uma série de serviços online, 116 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C permitindo fazer inscrições para cursos e eventos, diretamente, pelo site da entidade. Ao mesmo tempo, a ADVB/SC ingressou nas redes sociais, servindo-se da (então) nova ferramenta para melhor divulgar suas ações e atingir um público mais abrangente. Ao lado dos eventos tradicionais e das premiações, que continuaram sendo precedidos dos debates iniciados nas gestões anteriores, Maria Carolina promoveu uma série de inovações na programação. Realizou, por exemplo, diversos workshops e seminários, como o workshop Marketing de Relacionamento, em maio de 2010, dentro da Expogestão, em Joinville, e o encontro Mundo 3.0, em agosto, também em Joinville, no qual as palestras versaram sobre o mundo digital nos negócios. E, em novembro de 2011, o Seminário Internacional de Liderança e Marketing teve como palestrantes empresários, consultores e homens públicos. Ainda durante sua gestão, a ADVB/SC lançou o DVD Desafios SC – Histórias de Sucesso do Mundo dos Negócios, iniciado pela diretoria anterior e produzido pela empresa Contraponto, para resgatar e preservar a história do marketing de Santa Catarina. Realizou também a Pesquisa Índice de Predição de Mercado (IPM), em parceria com o Instituto Mapa, que antecipa no âmbito estadual o comportamento do mercado consumidor e as tendências de consumo relacionadas ao poder de compra, de modo a nortear as ações de marketing e vendas do comércio. A primeira foi realizada em 2010, para aferir o comportamento que o consumidor teria nas compras de Natal, e a divulgação dos resultados foi acompanhada de palestra da diretora de atendimento e planejamento do Ibope, Silvia Cervellini. Outras três edições da pesquisa foram realizadas ao longo de 2011, para antecipar as tendências da Páscoa, do Dia das Mães e da construção civil. Em agosto de 2010, o Fórum dos Governadores, aberto ao público, reuniu os três candidatos mais bem situados nas pesquisas para a eleição de governador naquele ano – Raimundo Colombo, Ideli Salvatti e Angela Amin – para que cada um apresentasse suas propostas e ouvisse reivindicações dos presentes. Posteriormente, a diretoria da ADVB/SC entregou ao eleito uma carta em que lembrou as promessas feitas por ele no Fórum. “É importante que os associados possam ouvir o que os 117 T Eventos do ADVB Jovem, que reúne jovens executivos em encontros periódicos para desenvolver empreendedorismo e liderança. Abaixo, recorte do jornal Notícias do Dia de 31 de agosto de 2010 A N T O E M 3 0 políticos, que são as pessoas que decidem, pensam e pretendem. É também uma forma de eles ouvirem o que nós pensamos e reivindicamos, e de cobrarmos posteriormente as promessas”, diz Maria Carolina. “Empresários e políticos têm que estar próximos, porque, juntos, fazem a sociedade acontecer.” Ela ainda incorporou novos fóruns de encontros para troca de experiências, como o ADVB Jovem e a Confraria. O primeiro, criado em setembro de 2011, é um grupo composto de jovens executivos que participam de reuniões periódicas para desenvolver empreendedorismo e liderança a partir do contato direto com ex-presidentes da entidade. A Confraria tem por objetivo fortalecer os laços entre os associados de maneira informal. Em cada encontro, um associado diferente abre sua empresa à visitação dos demais, conta um pouco da história do empreendimento, explica seu método de trabalho e os objetivos que busca alcançar. No final, todos confraternizam em torno de uma mesa, saboreando uma refeição preparada por um dos associados. Ainda durante a gestão de Maria Carolina, a ADVB/SC incluiu entre suas atividades três programas de aprimoramento em diferentes áreas: o Modelo de Excelência da Gestão, voltado à disseminação de tecnologias de gestão 118 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C nas organizações catarinenses, criado pelo Movimento Catarinense para a Excelência; o Movimento Brasil Eficiente, que busca sensibilizar a população, a classe política e os governantes da importância de reduzir o peso da carga tributária sobre o setor produtivo e simplificar e racionalizar a estrutura tributária; e o Programa Carbono OK, método reconhecido internacionalmente para quantificar a emissão de carbono num determinado evento e calcular o número de árvores a se plantar para neutralizar seus efeitos. Ele é desenvolvido pela empresa Ambiens Consultoria Ambiental, que também se encarrega do plantio das árvores. Ao longo dos dois anos em que Maria Carolina presidiu a ADVB/SC, a entidade convidou figuras de destaque nacional e internacional além de personalidades catarinenses para palestrar nos encontros. Entre eles, o consultor de design britânico Garrick Jones, o ex-ministro da Infraestrutura Ozires Silva, o ex-ministro da Saúde José Serra e o governador Raimundo Colombo, o qual, logo após tomar posse, explanou suas metas administrativas para os associados. 119 O governador Raimundo Colombo e José Serra, dois políticos em concorridas palestras T A N T O 2010. No alto, Top de Marketing. Acima, o Top One de Marketing. Ao lado, a plateia do Top Turismo. Abaixo, o Fórum de Personalidades de Vendas, o PV do ano – Natanael Santos de Souza, da First – e os vencedores do Empresa Cidadã 120 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Os vencedores 2011 do Top de Marketing (acima), Top One de Marketing (à esquerda), Top Turismo, Top One de Turismo, Personalidade de Vendas – Luciano Hang, das Lojas Havan. O Fórum Personalidades de Vendas e os vencedores do Empresa Cidadã. 121 Reconhecimento Promover o desenvolvimento do mercado catarinense por meio da difusão e do forta lecimento do marketing foi missão funda mental da ADVB/SC em seus 30 anos de existência. Fiel a esse princípio, o publicitá rio e administrador de empresas Juarez Antônio Beltrão Campos procurou intensi ficar o processo, adotando novos instru mentos de divulgação a partir do momen to em que assumiu a presidência da entidade, em março de 2012. T A N T O 124 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C “O marketing é estratégico para toda e qualquer empresa, independentemente do porte, pois costura tudo, interliga as várias disciplinas e ferramentas, das vendas à concepção do produto ou serviço. Além do que, toda empresa precisa ter um plano para crescer ou atingir determinado mercado, e o departamento de marketing oferece os instrumentos necessários para colocar em prática essa estratégia, seja com publicidade, seja com assessoria de imprensa, seja com o desenvolvimento de novos produtos ou com novos canais de venda, como o e-commerce”, afirma. Para levar adiante seu objetivo, Beltrão, diretor de Relações com Entidades na gestão anterior, priorizou concomitantemente várias frentes de atuação. Assim, incentivou a regionalização, por meio de investimentos e parcerias com instituições de classe, ao mesmo tempo que introduziu modernizações no formato das premiações e eventos e agregou novas atividades ao calendário da associação. “Ouvimos as necessidades de cada região, viabilizamos cursos e eventos importantes e incentivamos a qualificação do mercado. Estamos assim fazendo a nossa parte para o crescimento de Santa Catarina, e esse é um trabalho do qual nos orgulhamos”, afirma. Entre as inovações introduzidas, ele destaca a modernização tecnológica, a partir da adoção de novos instrumentos de comunicação mais ágeis, como o software de gestão estratégica para o setor administrativo da entidade e o Talk Show, além da reformulação do portal da associação. 125 T A N T O E M 3 0 Executado em parceria com a agência digital Nacional Vox, que desenvolveu a plataforma, o novo portal da ADVB/SC foi lançado em março de 2013. Com layout moderno e acrescido de novas opções, o site facilitou a navegação, de modo a aprimorar as possibilidades de abrangência desse canal de comunicação, ampliando a interação da entidade com seus associados e a comunidade empresarial. Inaugurado em julho do mesmo ano, o Talk Show ADVB/SC trouxe uma inovação aos tradicionais encontros de ideias, substituindo a palestra que precedia tradicionalmente as discussões por um bate-papo interativo entre os convidados – sempre presidentes de uma empresa – e a plateia, Juarez Beltrão discursa ao assumir o cargo e, no alto, com toda a diretoria da gestão 2012/2013 por meio de tablet ou celular. A primeira edição foi realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e, durante mais de duas horas, os participantes puderam conhecer melhor a trajetória e as estratégias de gestão adotadas pelos presidentes Eduardo Sirotsky Melzer, do Grupo RBS; César Gomes Jr, da Portobello; e Giuliano Donini, da Marisol, e interagir com eles. “A ADVB/SC busca fortalecer cada vez mais seu papel de geradora de conhecimento na área de gestão de negócios. Encontros como esse, com indivíduos que comandam empresas que enfrentam os mais variados desafios, ensinam muito e são importantes em nossa estratégia”, explica Beltrão. As vantagens do marketing virtual – facilidade de mensuração, grande possibilidade de segmentação, diminuição do tempo do ciclo de compra, redução de custos, entre outros – transformaram a internet em mídia preferencial para a divulgação de produtos e serviços a partir da virada do milênio. Conforme demonstraram pesquisas realizadas pelo Ibope, as conexões na 126 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C internet praticamente quadruplicaram entre 2002 e 2012, com um índice de penetração de 60% nas regiões metropolitanas do país. Percebendo que esse novo quadro obriga o empresário a estar cada vez mais atento às novas tendências do ambiente digital e ao papel da publicidade online para não perder espaço para concorrentes mais atualizados com as modernas tecnologias, a ADVB/SC instituiu o workshop Digital Meeting, que teve o foco dirigido às possibilidades do e-commerce, alinhado com estratégias de marketing e vendas digitais. O Digital Meeting foi promovido pela ADVB Jovem, a escola de lideranças que nasceu na gestão anterior e ganhou corpo na de Juarez Beltrão, em parceria com a CDL Jovem de Florianópolis, e suas três edições contaram com a participação de especialistas na área, que ajudaram a divulgar no Estado o conceito de comércio virtual para mais de 100 pessoas em cada uma delas. 127 Dois novos eventos criados: acima, o primeiro Talk Show, com César Gomes Jr, Eduardo Sirotsky Melzer e Giuliano Donini. Abaixo, o workshop Digital Meeting T A N T O E M 3 0 A ADVB/SC estimula cada vez mais a realização de encontros que abordem o universo virtual, segundo o presidente, porque as chamados “PMEs digitais” estão ganhando cada vez mais espaço – a participação dos pequenos empreendimentos passou de 5% desse mercado para 25% no período de 2005 a 2012, e as cerca de 10 mil micro, pequenas e médias empresas já disputam R$ 5 bilhões em negócios realizados no mundo virtual, segundo pesquisas e empresas que atuam no e-commerce no Brasil. Nas gestões de Maria Carolina e Juarez Beltrão, a Confraria é o evento que reúne informalmente os associados Ao mesmo tempo, as sete regionais – Chapecó, Criciúma, Blumenau, Grande Florianópolis, Lages, Joinville, Tubarão – desenvolveram programação variada e sediaram vários eventos importantes, ampliando a capilaridade da ADVB/SC, que se firmou definitivamente na região Oeste ao estabelecer convênio com o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom), de Chapecó, em maio de 2013. O acordo de cooperação institucional, comercial e de relacionamento foi assinado na abertura do primeiro Encontro de Ideias – o nome que passou a englobar os almoços e jantares de ideias – de 2013, ele próprio uma ação conjunta entre o Sicom e a ADVB/SC. Com isso, a associação passou a ter no sindicato uma extensão de sua sede, com suporte logístico e operacional para atividades na região. O presidente da ADVB/SC assinalou que “ao divulgar melhores práticas de vendas e de gestão, o convênio contribui para o engrandecimento das empresas do Oeste catarinense”. A mesma parceria possibilitou ainda a realização em Chapecó de um painel com empresários premiados com o Personalidade de Vendas – continuando o formato inaugurado em gestões anteriores de promover debate antes das premiações – que abordaram temas como competitividade no mundo globalizado e mudanças do cenário econômico como estímulo 128 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C para o sucesso. Em outubro do mesmo ano, outro Encontro de Ideias em Chapecó tratou de Marketing 6.0 e Estratégico. Outras promoções importantes da ADVB/SC realizadas nas regionais foram as cerimônias de entrega do Prêmio Empresa Cidadã de 2012 e 2013, em Lages, no hotel-fazenda do Sesc, em parceria com a Fecomércio. Na edição de 2013, a promoção ganhou formato novo: além de conceder troféu, certificado e selo de Empresa Cidadã, a ADVB/SC levou um representante de cada empresa ou instituição vencedora para uma visita técnica à fábrica da Natura, na cidade de Cajamar, em São Paulo. A Natura foi escolhida por ser uma das empresas brasileiras que demonstram maior preocupação com as questões de sustentabilidade. Seu fundador, Luiz Seabra, também participou de um Encontro de Ideias, quando discorreu sobre gestão sustentável. Por sua vez, as regionais de Criciúma e Tubarão promoveram palestras com o jornalista especialista em economia Ricardo Amorim sobre as grandes tendências e transformações futuras da economia brasileira e mundial, enquanto o município de Penha sediou as cerimônias de entrega do Prêmio Top Turismo nos anos de 2012 e 2013, realizadas no Parque Beto Carrero World. Com o mesmo espírito, a ADVB/SC participou com estande e palestra da Expogestão, em Joinville, cidade onde também realizou em 2012 o Seminário de Liderança e Vendas e o Top de Marketing e Vendas – a nova denominação dessa premiação, a partir da gestão de Beltrão. 129 Palestra de Ricardo Amorim aborda as tendências da economia brasileira e mundial. Luiz Seabra, da Natura, no Encontro de Ideias, discorre sobre gestão sustentável T Platéia lotada para ouvir Jörg Henning Dornbusch, presidente da BMW no Brasil, sobre os benefícios decorrentes da instalação no Estado de uma unidade da empresa alemã A N T O E M 3 0 Ao longo de sua história, a ADVB/SC sempre se manteve sintonizada com as questões relacionadas à economia e ao mercado nacionais e estaduais. Assim, quando a BMW anunciou sua intenção de montar uma fábrica em Santa Catarina, a associação convidou para o Encontro de Ideias de maio de 2012, em Jaraguá do Sul, o presidente da empresa no Brasil, Jörg Henning Dornbusch. A diretoria acertou em cheio na escolha do tema e do palestrante: a presença de Dornbusch atraiu em torno de 700 pessoas ao evento, interessadas em conhecer os benefícios decorrentes da instalação no Estado de uma unidade da importante empresa alemã. Da mesma forma, a entidade estava atenta quando a classe C se transformou num importante vetor do mercado consumidor, devido à elevação do poder aquisitivo de grande parte da população menos favorecida em decorrência da conjuntura favorável e das políticas sociais do governo federal. O processo, iniciado com a estabilização econômica que se seguiu ao Plano Real, ganhou corpo na primeira década do século 21, devido ao pleno emprego, ao avanço da escolaridade e às subvenções sociais que contribuem para aumentar a renda familiar. Em 2012, pesquisa da Fecomércio/ SP apontou que, até o final da década, o crescimento do poder aquisitivo da população ficaria mais evidente na classe C, que representava, na ocasião, 54% dos brasileiros e que detinha capacidade de consumo equivalente a 51% da renda total das famílias. Havia grande interesse em conhecer melhor as possibilidades e o comportamento desse novo – e crescente – contingente de consumidores, e isso motivou a ADVB/SC a promover o seminário A Nova Classe C Está Fazendo a Diferença?, que teve presença maciça de representantes de diversos segmentos do empresariado local. 130 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Entre as ações desenvolvidas em 2013, seu último ano na presidência da associação, Beltrão também destaca a 11ª edição do Fórum de Personalidades de Vendas, que reuniu nada menos de 10 importantes líderes empresariais catarinenses para debater as perspectivas e tendências do mercado local, na abertura da solenidade de entrega do troféu daquele ano, em Palhoça, no mês de junho. “Mais uma vez reunimos, para uma análise anual do mercado catarinense, profissionais de excelência nos negócios, responsáveis por movimentar grande parte da economia do nosso Estado. Foi uma ótima oportunidade para quem queria conhecer os melhores caminhos para investir em Santa Catarina”, ressaltou. Em outubro 2013, foi lançado o documentário intitulado Desafios SC – Para Mudar o Mundo, idealizado pela ADVB/SC e produzido pela empresa Contraponto, apresentando ações de sustentabilidade no Estado. Com 56 minutos de duração, o documentário aponta a importância da preservação do meio ambiente nas atividades empresariais e, principalmente, mostra exemplos bem-sucedidos de projetos que aliam desenvolvimento econômico e social e sustentabilidade ambiental em várias regiões de Santa Catarina. O documentário foi distribuído para instituições de ensino, empresas, associados e parceiros da entidade e pode também ser acessado no portal da associação. “Com seus prêmios e a valorização de iniciativas positivas em áreas como o marketing, as vendas, o turismo e a responsabilidade social, a ADVB/SC assume o papel de inspiradora para que mais empresas adotem as melhores práticas. O vídeo segue essa filosofia, de impulsionar novos projetos de sucesso”, declarou Beltrão em seu lançamento. A preocupação com o meio ambiente verificou-se também em outros programas da associação, que se manteve engajada no Movimento Brasil Eficiente, renovando as parcerias com a Bravo Consultoria – para levantamento das emissões de carbono nos quatro eventos de premiação em 2013 – e com a Apremavi, que realizou o plantio de árvores necessárias para a compensação das emissões de carbono nesses eventos. 131 T A N T O Os premiados de 2012. No alto, os vencedores do Top de Marketing e Vendas; acima, do Top One de Marketing e Top One de Turismo; à direita, o Personalidade de Vendas – Jaimes de Almeida Junior, da Almeida Júnior Shopping Centers; abaixo, os ganhadores do Top Turismo e Empresa Cidadã 132 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2013. Acima, os vencedores do Top de Marketing e Vendas; à esquerda, o Top One de Marketing e o Top One de Turismo; abaixo, o Personalidade de Vendas – Denisson Moura de Freitas, da Komeco – e os vencedores do Top Turismo e Empresa Cidadã 133 T A N T O E M 3 0 Nos dois anos que Beltrão permaneceu na presidência, a entidade recebeu 130 novos associados e verificou um crescimento de 50% na receita decorrente de programas de capacitação. Ao transferir o cargo ao administrador Octavio René Lebarbenchon Neto, em março de 2014, Beltrão externou o orgulho da ADVB/SC de promover eventos que despertam o interesse, como nenhum outro, de representantes significativos do mundo dos negócios e da política. “A ADVB/SC é uma marca fabulosa, nenhuma outra consegue reunir tantos formadores de opinião.” Seu entusiasmo ao dizer isso estava muito além de um mero exercício de retórica: ele se baseava em dados. Ao completar 30 anos de atividades, as palestras promovidas pela associação reúnem entre 200 e 400 pessoas, as posses da diretoria atraem em média 300 e o público nas premiações já chegou a 700 participantes. E o marketing – quase que um ilustre desconhecido em Santa Catarina na época da fundação da entidade – é utilizado pela maioria das empresas locais, mesmo as menores, e recebe generosas fatias das verbas publicitárias. Juarez Beltrão entrega o cargo a Octavio Lebarbenchon Neto, eleito para a gestão 2014/2015 134 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Um quadro bem diferente do verificado em seus primórdios, quando os encontros para discutir a importância e os caminhos do marketing atraíam não mais de 30 interessados. “A ADVB/SC deu certo porque se mostrou séria, neutra e profissional”, sintetiza o pioneiro Luis Nozar, testemunha daquela época. “Trinta anos de história atestam isso, hoje somos a terceira ADVB no ranking nacional no tocante a resultados e realização de eventos.” O mais importante, destaca Beltrão, é que esse fortalecimento aconteceu sem a ADVB/SC se afastar “dos conceitos, dos pilares e da essência” que determinaram seu surgimento e marcaram sua trajetória até hoje: a capacitação, o reconhecimento e o relacionamento. O empresário Leonardo Fausto Zipf, único presidente do Conselho Deliberativo que não foi presidente da diretoria, explica que a trajetória ascendente da entidade foi construída “desde a época de Antunes Severo”, graças a um alinhamento estratégico bem definido, “uma sequência de trabalho de todos os presidentes dando continuidade às boas coisas introduzidas pelos que os antecederam e trazendo novas ideias”. E essa estratégia, segundo ele, consiste em participar do desenvolvimento do empreendedorismo no Estado, incentivando e orientando as empresas a adotar as possibilidades oferecidas pelos modernos conceitos de marketing e buscar a sustentabilidade dos negócios. “A ADVB/SC sempre foi uma parceira do empresariado catarinense e lutou por seus interesses”, afirma. Enfim, nas palavras de Luis Nozar, a ADVB/SC “é um case que deu certo”. 135 Prêmios Na quarta-feira, dia 19 de outubro de 2011, a rotina de trabalho de um lavador de car ros de Florianópolis mudou. Os jornais, rá dios e TVs desde cedo anunciavam a chega da à cidade de uma nuvem de partículas de cinzas do vulcão Puyehue, que havia entra do em erupção no dia 4 de junho no Chile e que, devido às condições atmosféricas, lan çava uma nuvem de partículas desde se gunda-feira, a qual avançava lentamente pela Argentina, Uruguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na terça-feira, foi a vez de casas, plantas e carros de Florianópolis se cobrirem de uma camada cinza. Nesse dia, em vez de chegar somente no fi nal de tarde, de manhã cedo ele já estava a postos no seu ponto de trabalho, a esquina da Rua Bocaiúva com a Avenida Trompowski. Aos que estranhavam sua presença fora do horário habitual, retrucava: – É que ouvi na televisão que as cinzas do vulcão estavam chegando por aqui, en tão achei que muitos iriam querer lavar seus carros logo cedo. Ao longo dos anos, a ADVB/SC tem pre miado e homenageado pessoas que, co mo aquele lavador de carro, se posicio nam no lugar certo, na hora certa, com o produto certo, para satisfazer uma neces sidade. De uma forma ou de outra, cada qual à sua maneira e no seu setor, tanto os homenageados com os prêmios da ADVB/SC quanto o lavador de carros agem da mesma maneira. Nas páginas seguintes, os nomes que, desde 1986, receberam os prêmios Top de Marketing e Vendas, Top Turismo, Top Exportação, Empresa Cidadã e Persona lidade de Vendas. T A N T O 138 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Personalidade de Vendas 139 T A N T O 140 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1993 Décio da Silva P R E S I D E N T E D O CO N S E L H O D A W E G Graduado em Engenharia Mecânica e Administração de Empresas, Décio da Silva começou sua vitoriosa trajetória profissional como assistente na Divisão de Controle de Qualidade do Grupo Weg, um dos maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo e, posteriormente, exerceu a gerência dos setores de fabricação, produção e vendas. Em 1989, ascendeu à presidência executiva, cargo que ocupou por 18 anos. Durante a sua gestão, a Weg recebeu diversos prêmios, no Brasil e no exterior, em reconhecimento à inovação, sustentabilidade e excelência dos seus produtos. Em 2008, passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração do grupo, que se alinha entre os cinco maiores fabricantes de motores elétricos do mundo e atua nos cinco continentes. 141 T A N T O E M 3 0 1994 Osvaldo Moreira Douat P R E S I D E N T E D A D O UAT C I A . T Ê X T I L Empresário de atuação marcante nos cenários econômicos catarinense e brasileiro, Osvaldo Moreira Douat representou diversas entidades ao longo de sua carreira: foi presidente do Conselho Permanente de Integração Nacional, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representante da CNI na Comissão da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), membro dos conselhos nacionais do Senai e do Sesi, e presidente do Conselho Fiscal do Sebrae Nacional. Na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o executivo ocupou a presidência de 1992 a 1999. O fortalecimento da competitividade da indústria estadual representa uma característica marcante da sua atuação à frente da instituição. O executivo acumula, também, experiência na presidência da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij) e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e do Material Elétrico de Joinville. Douat foi, ainda, o representante empresarial brasileiro na Comissão Mista Brasil-Alemanha. Agraciado com o título de Amigo da Alemanha, foi responsável por levar a Florianópolis o primeiro Encontro BrasilAlemanha fora do eixo Rio-São Paulo. Com formação em Direito e Administração de Empresas, divide-se no comando das suas empresas, a Douat Companhia Metalmecânica, a Douat Companhia Têxtil e a Thoratex, na área da importação e exportação de móveis. 142 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1995 Ninfo Valtero König P R E S I D E N T E D A ÁT R I O H OT É I S Filho de um sapateiro, o economista e empresário Ninfo Valtero König começou a trabalhar na pequena fábrica de calçados do pai, em Joinville, aos oito anos de idade. Aos 12, já era oficial sapateiro. Aos 15 anos, foi trabalhar na indústria de lingerie Lumière. Em 1965, foi contratado pela empresa Tigre, uma referência nacional no setor de tubos e conexões. Em 1972, assumiu a gerência geral da Cipla, uma subsidiária do grupo. O executivo deixou a empresa para fundar, com mais três sócios, a Akros, que se tornou a maior concorrente da Tigre em conexões, com uma fatia de 22,5% de mar ket share. A partir da década de 1990, a empresa cresceu 25,5% ao ano durante 18 anos consecutivos. König recebeu diversos prêmios por seu empreendedorismo e gestão, entre eles o prêmio nacional Personalidade da Indústria, que é conferido pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Com a venda da Akros, a diversificação dos seus negócios levou-o à presidência do Grupo Átrio Hotéis, especializado na implantação e administração de hotéis de negócios. Parceiro da Accor, um dos gigantes da hotelaria mundial, o grupo agrega 19 hotéis, distribuídos em 12 cidades. König criou, ainda, a Valorem Securitizadora, que se destaca entre as empresas financeiras da região. 143 T A N T O E M 3 0 1996 João Batista Sérgio Murad P R E S I D E N T E D O PA R Q U E B E TO C A R R E R O W O R L D Conhecido pelo nome do personagem fictício Beto Carrero, criado por ele, o empresário João Batista Sérgio Murad sonhava em ser o “Zorro brasileiro”. Quando criança, trabalhou em um parque de diversões inspirado nas atrações da Disney nos Estados Unidos. Murad inaugurou, em 1991, o Beto Carrero World, um dos maiores parques temáticos do mundo, na cidade de Penha, no litoral catarinense. O estabelecimento foi escolhido, duas vezes, como o Melhor Parque Temático do Brasil, em premiação realizada pela revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, a maior publicação do setor de viagens do país. Em julho de 2003, Murad criou o Instituto Beto Carrero, que desenvolveu ações por meio de projetos de responsabilidade social nas áreas da educação e cultura, saúde e esporte, meio ambiente e geração de emprego e renda. Alexandre Murad, filho do empresário, assumiu a presidência da companhia após a morte do pai em 2008. 144 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1997 Wandér Weege P R E S I D E N T E D A M A LW E E Apontado como um dos industriais catarinenses de maior sucesso, Wandér Weege herdou da família de imigrantes o espírito empreendedor. Bisneto de Carl Weege, um dos pioneiros da colonização de Pomerode, recebeu, em 2008, a Medalha do Mérito Anita Garibaldi, a maior honraria conferida pelo Estado de Santa Catarina, por seu exemplo de trabalho e vida. Em 2013, foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Resko, pequena cidade localizada no Oeste da Polônia, pelos incentivos à preservação da cultura germânica e pomerana em Santa Catarina e no Brasil. Sob seu comando, a Malwee se tornou uma das maiores fabricantes de roupas no país e um exemplo de empresa sustentável. Pioneira em ações ambientalmente responsáveis, a empresa mantém, em Jaraguá do Sul, o Parque da Malwee, criado em 1978 por Wolfgang Weege, pai do executivo. O parque figura entre os principais pontos turísticos do Estado. No Conselho de Administração da empresa, Wander dedica-se à Vinícola Pericó, em São Joaquim, um hobby que se transformou em case de sucesso e conquistou o primeiro lugar na premiação Top Ten – Prêmio Melhores do Vinho de 2013. 145 T A N T O E M 3 0 1998 Fernando Marcondes de Mattos P R E S I D E N T E D O S A N T I N H O E M P R E E N D I M E N TO S T U R Í S T I CO S Conhecido pelo sucesso do Costão do Santinho, um dos resorts mais famosos do país, o empresário Fernando Marcondes de Mattos foi um dos pioneiros em investimentos em grandes empreendimentos turísticos em Florianópolis. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mattos seguiu carreira em empresas estatais até os anos 60, quando deixou a diretoria financeira da distribuidora de energia Eletrosul para se dedicar, integralmente, a um negócio familiar: a fábrica de embalagens Inplac, a maior do país no mercado de adubos e fertilizantes. Em 1991, a experiência na área da gestão financeira somou-se ao pioneirismo no setor do turismo, e o empresário fundou o Costão do Santinho Resort, premiado sete vezes como o melhor resort de praia do país, e 10 vezes como o melhor hotel para eventos do Brasil. 146 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1999 Vicente Donini P R E S I D E N T E D O CO N S E L H O D E A D M I N I S T R AÇ ÃO D A M A R I S O L Conhecido pela ousadia, criatividade e responsabilidade social como gestor, o empresário Vicente Donini fez da Marisol a mais bem-sucedida e admirada empresa do setor do vestuário do país. Técnico em Contabilidade com especialização em Marketing e Finanças Internacionais pela Southern University da Califórnia (EUA) e no Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom Cabral/The European Institute of Business Administration na França, durante a sua carreira, o executivo recebeu diversas homenagens: Líder Empresarial de Santa Catarina, Líder Empresarial Setorial – Têxtil e Couros, Líder Empresarial Mercosul, Empresário de Ação Social e Melvin Jones Fellow, entre outros. Durante 29 anos, Donini desempenhou atividades profissionais no Grupo WEG de Jaraguá do Sul, do qual foi um dos fundadores, sócio e acionista. Ele também participou, ativamente, da diretoria das seguintes entidades empresariais: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau (Sintex), Sindicato das Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul, Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul (Acijs). A Marisol foi a primeira empresa do setor do vestuário a conquistar a Certificação ISO 14001 SGS, e, também, a primeira, no Brasil, a publicar, anualmente, o Balanço Social, desde 1997, revelando ao público suas ações no campo social. 147 T 2000 A N T O E M 3 0 1 Leonardo Fausto Zipf P R E S I D E N T E D A D UA S R O D A S I N D U S T R I A L De supervisor de vendas na divisão de produtos para sorvetes à presidência da Duas Rodas, o empresário Leonardo Fausto Zipf colocou a companhia na liderança do mercado da América Latina de ingredientes para alimentos. Formado em Administração de Empresas e com especialização em Marketing, a trajetória profissional do executivo, que começou na Duas Rodas em 1988, inclui atuações como vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul (Acijs), da ADVB/SC e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Os resultados alcançados por ele à frente da Duas Rodas têm sido reconhecidos, também, por meio dos diversos prêmios recebidos ao longo da sua carreira: Líder Empresarial Estadual em 2002 e 2008, Líder Empresarial do Setor de Alimentos no Brasil em 2002, eleito pelos leitores da Gazeta Mercantil, Prêmio Ingrediente Alimentício da América Latina em 2003, e Líder Nacional do Prêmio Fórum de Líderes Empresariais em 2011. Sob o seu comando, a Duas Rodas também foi eleita uma das 100 melhores empresas OBS: EM 2000, FORAM DOIS OS PREMIADOS. para se trabalhar, pela revista Exame, em 2010. 148 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2000 2 Jorge Freitas D I R E TO R D A J F PA R Fundada em 1976 na cidade de São José, na Grande Florianópolis, a Intelbras estava prestes a ser fechada no início dos anos 1980, quando o neto de Diomício Freitas, dono de um “império” do qual a empresa fazia parte, pediu um voto de confiança ao avô e se candidatou à direção da companhia. Sob o comando deste neto, o administrador de empresas Jorge Luiz Savi Freitas, a Intelbras se tornou a maior fabricante de telefones e de centrais telefônicas de pequeno porte do país. Em 2012, a companhia firmou uma parceria com a Cisco, a gigante mundial do setor de telecomunicação IP, e seguiu os planos de expansão. Líder nacional em comunicação corporativa e um dos três maiores players do setor na América Latina, a companhia, controlada pela holding JFPar, se destaca, ainda, como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo pesquisa das revistas Exame, Você S/A e Época. 149 T A N T O E M 3 0 2001 Francisco Amaury Olsen C E R R O A Z U L E M P R E E N D I M E N TO S A trajetória profissional de Francisco Amaury Olsen confunde-se com a história da Tigre, a maior fabricante de tubos e conexões da América Latina. Olsen começou a trabalhar na empresa em 1969 como office boy. A vontade de aprender o levou a aproveitar todas as oportunidades de crescimento e, 25 anos depois, assumiu a presidência da empresa, cargo que ocupou até 2009, quando passou a ser conselheiro do grupo. Graduado em Administração de Empresas pela Furj/Univille em Joinville, tem curso de extensão, na mesma área, pela Southern University, na Califórnia, Estados Unidos. Durante a sua gestão, a Tigre figurou 11 vezes no ranking das Melhores Empresas para Você Trabalhar da revista Exame/Você S/A. Em 2009, Olsen recebeu a Ordem do Mérito Industrial, a mais alta condecoração da indústria nacional, que homenageia as personalidades e instituições que se destacam no setor produtivo do país. 150 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2002 Roberto Barreiros P R O P R I E TÁ R I O D O B OX 32 Um ícone do turismo em Florianópolis, o restaurante Box 32 nasceu de um antigo sonho do empresário Roberto Henrique Barreiros Silva. Proprietário de posto de gasolina na época, ele decidiu mudar de ramo e investir na gastronomia em 1984. Com um público democrático e fiel, o Box 32 conquistou a cidade e os turistas e foi considerado como a melhor cozinha do Estado pela revista Veja de Santa Catarina em 2009/2010. O restaurante foi o primeiro a receber o prêmio Top de Marketing da ADVB/SC, em 1989, e, pela segunda vez, em 2000. O empresário foi presidente do Conselho Estadual das Entidades de Turismo (ConCNTur/SC) e recebeu da Câmara Municipal de Florianópolis a Medalha e o Diploma Francisco Dias Velho em comemoração aos 25 anos do restaurante 151 T A N T O E M 3 0 2004 Hans Dieter Didjurgeit P R E S I D E N T E D A U N I ÃO S AÚ D E Engenheiro de segurança formado pela UFSC, engenheiro mecânico pela Udesc e administrador de empresas pela Furb, o blumenauense Hans Dieter Didjurgeit presidia a ADDMakler em 2004, uma das maiores corretoras de seguros do Sul do Brasil. Fundada por Didjurgeit e pelo economista Ari Leandro Gonçalves em 1987, a companhia apresentou um novo conceito ao mercado segurador: o de gestão de riscos e seguros, e ficou conhecida pelos produtos e serviços desenvolvidos sob medida para os seus clientes. Desde 2009, a ADDMakler integra o grupo MDS Brasil, a terceira maior corretora do país, com expertise em todos os ramos de seguros, resseguros e risco. No ano em que passou a fazer parte do grupo, a empresa era a maior corretora do país, com capital 100% nacional e referência no mercado, principalmente na região Sul. Didjurgeit foi presidente da Associação Empresarial de Blumenau, de 2001 a 2005, e é cônsul honorário da Alemanha. Desde OBS: EM 2003, NÃO HOUVE PREMIAÇÃO. 2012 é presidente da União Saúde. 152 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2005 Manoel Arlindo Zaroni Torres P R E S I D E N T E D A T R AC T E B E L E N E R G I A Presidente da Tractebel Energia, a maior empresa privada de geração de energia do país, Manoel Arlindo Zaroni Torres é engenheiro eletricista formado pela Escola de Engenharia de Itajubá (MG) e especialista em Administração Geral pelo Centro Europeu de Educação Continuada, em Fontainebleau, na França. Em 1998, passou a integrar a diretoria da Tractebel, onde atuou como diretor de operação. No ano seguinte, assumiu a presidência da empresa. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios e homenagens: líder setorial, em 2004 e 2005, pela Gazeta Mercantil, medalha do mérito Carl Hoepcke pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, condecoração da Ordem de Dom Leopoldo, da Casa Real da Bélgica, Cidadão Honorário de Florianópolis, pela Câmara Municipal da Capital, Cidadão Catarinense, pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Em 2013, a Harvard Business Rewiew apontou o presidente da Tractebel Energia como o 29º melhor CEO do mundo. 153 T A N T O E M 3 0 2006 Sônia Regina Hess de Souza PRESIDENTE DA DUDALINA A empresária Sônia Regina Hess de Souza foi a primeira mulher a receber o prêmio Personalidade de Vendas da ADVB/SC, em 2008, e a primeira a receber o prêmio Personalidade de Vendas pela ADVB/Brasil em 2012. Filha dos fundadores da Dudalina, ela assumiu a presidência da empresa em 2003, eleita pelo Conselho de Administração. Em 2005, recebeu o prêmio Cláudia - Mulher de Negócios, a maior premiação feminina da América Latina. Sob o seu comando, a Dudalina intensificou os investimentos em responsabilidade social, infraestrutura e recursos humanos. Em 2008, a empresa alcançou a marca de 50 milhões de camisas produzidas e tornou-se referência em moda masculina. O lançamento da linha exclusiva para mulheres, em 2010, representou um grande sucesso na história da Dudalina e o início da empresa no varejo, com a inauguração da primeira loja-conceito em São Paulo. Em 2012, impulsionou o projeto Varejo, inaugurando lojas por todo o Brasil, e 30% do total de vendas resultaram da marca Dudalina Feminina. No ano seguinte, totalizou 93 lojas, sendo 59 próprias e 34 franquias, além de um shop in shop e um showroom em Milão, e uma franquia no Panamá, na América Central. A companhia recebeu os prêmios Empresa Cidadã da ADVB/SC em 2011 e 2012, o prêmio Conceito Varejista 2011, e o prêmio 1º Lugar Middle Market da revista Isto É Dinheiro em 2013. 154 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2007 Antônio Koerich P R E S I D E N T E D A E U G Ê N I O R AU L I N O KO E R I C H S . A Nono dos 13 filhos do casal Eugênio Raulino e Zita, Antônio Koerich trabalhou desde criança no primeiro armazém de secos e molhados do pai, que ficava ao lado da casa em que vivia, em São José, na Grande Florianópolis. Da fiambreria, inaugurada em 1956 na Capital, a uma das maiores redes de lojas de móveis e eletrodomésticos de Santa Catarina, os negócios da família Koerich se diversificaram e cresceram no Estado. Empreendimentos imobiliários e uma financeira estão entre as empresas do grupo, hoje divididas entre os irmãos. Desde 1993, Antônio é o responsável pelas Lojas Koerich e mantém o estilo conservador de gestão, próprio da família. Sob o comando do executivo, a rede tem superado as metas de faturamento a cada ano. No momento, conta com 85 lojas no Estado. Além das unidades físicas espalhadas por 43 cidades catarinenses, a rede também atua no e-commerce. 155 T A N T O E M 3 0 2008 Acari Luiz Menestrina PRESIDENTE DA GRAN MESTRI Pioneiro na formação e desenvolvimento da bacia leiteira da região Oeste, Acari Luiz Menestrina é um dos mais atuantes e respeitados empresários do setor de lácteos de Santa Catarina. Já recebeu diversos prêmios por seu trabalho no cenário econômico regional, entre os quais a Medalha Anita Garibaldi, a maior distinção conferida pelo Estado, e a Medalha Carl Hoepcke. Menestrina fundou e comandou o Grupo Cedrense, e é também o fundador e presidente da Gran Mestri, uma referência na produção de queijos e manteiga, que recebeu, em 2012, o Top de Marketing e Vendas da ADVB/SC. Ele é, também, fundador e gestor da AgroSopramonte Agronegócio e integra o Lide/SC, respondendo pela pasta do Agronegócio. 156 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2009 Marcello Corrêa Petrelli V I C E - P R E S I D E N T E D O G R U P O R I C R E CO R D Marcello Corrêa Petrelli assumiu a presidência executiva do Grupo RIC em Santa Catarina em 2013. Ele foi o primeiro representante da área de comunicação a receber o prêmio da ADVB/SC. Em sua carreira, atuou como presidente de instituições ligadas ao desenvolvimento da comunicação no Estado, como a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e o Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão de Santa Catarina (Sert). A sua atuação profissional rendeu-lhe diversos prêmios, como o título de “Senador” da Fundação Senadinho, de Florianópolis, em 2000, o título honorário de Cidadão Catarinense e a Medalha do Mérito Carl Hoepcke, ambos conferidos pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2006, mesmo ano em que recebeu a Comenda Barriga Verde da Polícia Militar. O Grupo RIC é o segundo maior conglomerado da comunicação regional e conta com emissoras de TV e de rádio, portais de conteúdo, jornais diários, editora de revistas e plataformas jovens, totalizando mais de 20 empresas nos estados do Paraná e Santa Catarina. 157 T A N T O E M 3 0 2010 Natanael Santos de Souza PRESIDENTE DA FIRST Presidente do Grupo First, um conjunto de sete empresas da área do comércio exterior, Natanael Santos de Souza é formado em Ciências Contábeis. Começou a trabalhar como auxiliar de escritório, e, anos mais tarde, tornou-se sócio em uma empresa do setor. Em 1993, fundou a companhia de importação First, que trazia produtos da China, e se tornou uma das maiores companhias de outsourcing com foco em soluções tributárias e logísticas a importadores brasileiros. Em 2010, a empresa chegou à terceira posição no ranking das maiores importadoras do Estado de Santa Catarina. Ao longo da carreira, Natanael criou empresas e serviços de exportação, logística e distribuição. Em 2006, o executivo paranaense assumiu a presidência, no Brasil, da fabricante chinesa de condicionadores de ar Midea, através de uma joint ven ture. O Grupo First é a 33ª maior corporação de Santa Catarina e figura entre as mil maiores e melhores da revista Exame. 158 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2011 Luciano Hang D I R E TO R - P R E S I D E N T E D A R E D E D E LO J A S H AVA N O tino comercial do empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, permeia toda a história do empreendimento. Ele trabalhava como vendedor na indústria têxtil em Brusque, quando, em 1986, decidiu abrir uma pequena loja de tecidos na cidade. Na década de 1990, aproveitou a abertura comercial do Brasil para trazer produtos importados ao país. Assim, a Havan foi passando de atacadista de tecidos para uma loja de departamentos. O estilo ousado da gestão de Hang se revela no ritmo de crescimento da companhia. Em 2013, agrupava 57 lojas em seis estados brasileiros. O empresário já acumula diversas premiações em sua carreira. Recebeu o Top Turismo ADVB/SC em 2008 e 2010. O prêmio Conceito Varejista foi conquistado nos anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, conferido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau. Da mesma entidade recebeu a menção Empresário 2008. E foi agraciado, em 2009, pela Federação das Câmaras Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), com o Mérito Lojista Catarinense na categoria Empreendedorismo. 159 T A N T O E M 3 0 2012 Jaimes de Almeida Junior CEO DA ALMEIDA JÚNIOR DE SHOPPING CENTERS A atuação empresarial de Jaimes de Almeida Júnior tem a marca do pioneirismo desde 1993, quando inaugurou o seu primeiro empreendimento, o Shopping Neumarkt Blumenau, que já nasceu como o maior de Santa Catarina na época. Em 2005, com a sede do Grupo Almeida Júnior Shopping Centers já instalada em São Paulo, o fundador e CEO do grupo definiu o Planejamento Estratégico, que levou a Almeida Júnior a se tornar a maior companhia regional de shopping centers do país, com investimentos exclusivos em Santa Catarina. Em 2013, o grupo já detinha 55% do mercado catarinense, com unidades em Joinville, Balneário Camboriú, Blumenau e Grande Florianópolis. Fundada em Blumenau, a Almeida Júnior atua no mercado desde 1990. O grupo é o responsável por um dos maiores centros de compras do Brasil, o Continente Park Shopping, inaugurado em 2012, na Grande Florianópolis. 160 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2013 Denisson Moura de Freitas D I R E TO R G E R A L D A KO M E CO Desde o início da sua vida profissional, aos 16 anos, até a direção da holding, a trajetória de Denisson Moura de Freitas sempre foi marcada pelo dinamismo, a dedicação e o talento do empreendedor na fundação e gestão das seis empresas que compõem o grupo. O estilo dinâmico do executivo, radicado em Florianópolis, reflete-se, também, na diversidade de setores em que a holding atua. Além da assessoria contábil, que foi a primeira empresa fundada por Denisson em 1992, sob o guarda-chuva da Komgroup se alinham a importação de utilidades domésticas, a fabricação de aparelhos de ar condicionado e aquecedores a gás e solares, a construção e incorporação e, ainda, uma unidade de processamento de pescados, incluindo uma das pioneiras no mercado nacional de salmão. O empresário comanda, hoje, um dos grupos econômicos que mais crescem no Sul do Brasil e está presente nos cinco continentes. 161 T A N T O 162 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Top de Marketing e Vendas 163 T A N T O 164 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1986 Bureau Catarinense de Congressos Case: Captação de fluxos turísticos Carlos Paulo Propaganda Case: Lojas Bruneti José Córdova Filho / Via Direta Comunicação Case: Quem salva vidas precisa viver Perdigão Agro Industrial Case: Chester Perdigão desenvolvendo um novo hábito alimentar Portobello Case: O despertar de um gigante adormecido Propague Serviços de Comunicação Case: A primeira agência multimunicipal do Brasil Rádio Diário da Manhã Case: Com o coração e a técnica, foi assim que a gente chegou lá 165 T A N T O E M 3 0 1987 Comutur - Comissão Municipal de Turismo de Brusque Case: O melhor ator coadjuvante Diário Catarinense Case: Um jornal mercado orientado Embraco - Empresa Brasileira de Compressores Case: A conquista da cidadania joinvilense Grupo Reunidas Case: Como transportar cinco vezes a população de Santa Catarina rodando 121,7 quilômetros por minuto Intelbrás - Indústria de Telecomunicações Brasileiras Case: Como o compromisso com o mercado revelou-se um caso de sucesso empresarial Mecril Milano - Metalúrgica Criciúma Ltda Case: Mudança estratégica do perfil dos clientes Tubos e Conexões Tigre Case: Conduletes em PVC Tigre 166 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1988 Angeloni Supermercados Case: A aposta no melhor para o consumidor Cedisa Cerâmica Difrei Case: A Cedisa está por cima Ceval Agro Industrial Case: Como comercializar 2% da soja produzida no mundo Embraco - Empresa Brasileira de Compressores Case: A conquista do mercado chinês Rede de Comunicação Eldorado Case: RCE - seis horas diárias de integração com a sua comunidade Souza Cruz Departamento de Fumo Case: Ações de comunicação social junto ao produtor rural Zintex - Indústrias Têxteis Case: O empreendimento Zintex 167 T A N T O E M 3 0 1989 Box 32 Case: Box 32 - um caso de sucesso Cia de Cigarros Souza Cruz Case: Clube da Árvore Dicave - Gartner Distribuidora Catarinense de Veículos Case: A expansão faz a força Fundação Pró-Turismo de Florianópolis – Protur Case: Iniciativa privada - mais uma vez o suporte de desenvolvimento de uma comunidade Listel - Listas Telefônicas Case: Renascimento da lista telefônica Rádio Cidade FM- RCE Rede de Comunicações Eldorado Case: A cidade amanheceu mais cidade RBS TV Florianópolis Case: Rod Stewart Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina Case: Exija a nota, exija uma vida melhor Zintex Indústria, Comércio e Serviços Case: Fitas elásticas tecidas impressas 168 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1990 Amauri Peças e Veículos Case: Uma empresa em quinta marcha Catarinense Seguros Case: Crescimento acima da média RBS TV de Florianópolis Case: A integração de Santa Catarina pela comunicação Zintex Indústria, Comércio e Serviços Case: Novos caminhos 169 T A N T O E M 3 0 1991 ACS Eletrônica e Comunicações Case: Sicom - tecnologia ACS ao alcance de todos AZ Comunicação/ Revista Expressão Case: Revista Expressão Rádio Continental FM (Rádio Cidade) Case: Mais vida na cidade Roma Hotéis e Turismo Case: Hotel Fazenda Jomar Zero Hora Editora Jornalística (Diário Catarinense) Case: Santa Catarina no caminho do primeiro mundo 170 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1992 BBS Engenharia e Construções Case: BBS abertura de mercado exterior Fenasoft Feiras Comerciais Case: No ano de recessão, Fenasoft transforma-se na maior feira de software do mundo e põe SC na vanguarda da informática Prosegur Case: O cliente em primeiro lugar Sociedade Dramático Musical Carlos Gomes Case: Orquestra de Câmara de Blumenau Tubos e Conexões Tigre Case: Um caso de parceria internacional que deu certo Tvi Televisão e Cinema Case: Madre Paulina, súdita de Deus 171 T A N T O E M 3 0 1993 Almeida Junior Empreendimentos e Participações Case: Shopping Center Neumar Castelmar Serviços Hoteleiros Case: Castelmar Restaurante - o lugar certo, na hora certa Datasul Case: Datasul, novo tempo, novas conquistas Habitasul Empreendimentos Imobiliários Case: Jurerê Internacional 93 RBS TV Florianópolis Case: Modelo empresarial catarinense 172 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1994 Associação Comercial e Industrial de Joinville Case: Vote certo vote por Joinville - voto distrital na prática Banco do Estado de Santa Catarina - Besc Case: O banco que fala a nossa língua Central de Telemarketing Case: 1488 - atrás deste número vem gente Macedo, Koerich Case: Reposicionando a empresa - uma decisão estratégica Multicanal Florianópolis Case: Pioneirismo e enfoque no cliente Sesi - Serviço Social da Indústria Case: Programa de fidelização dos supermercados Sesi Souza Cruz Case: Hortas escolares - 10 anos ensinando a plantar 173 T A N T O E M 3 0 1995 A Notícia Empresa Jornalística Case: Um jornal com a cara de Florianópolis Biguaçu Administração e Participação Case: O marketing como elemento de motivação humana no pet Construtora Gustavo Berman Case: Invasão de mercado Macedo Koerich Case: Macedo: desafiando uma melhor rentabilidade RBS TV – Florianópolis Case: Duplicação BR 101 Souza Cruz Case: Plante milho e feijão após a colheita do fumo 174 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1996 A.Nunes Case: Pra chegar lá você tem que passar por aqui Associação Comercial e Industrial de Blumenau - ACID Case: Aumento do número de sócios da ACID Beiramar Shopping Center Case: Beiramar Shopping - uma coleta de sucesso Banco do Estado de Santa Catarina - BESC Case: Estação BESC Café Damasco Case: A estratégia do valor decisivo Casa Arte Case: Casa Arte 95/96 Cap Ferrat Veículos Case: Cliente. O combustível da Cap Ferrat Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis - CDL Case: Natal das luzes 1995 Cecrisa Revestimentos Cerâmicos Case: Marketing competitivo: tecnologia da informação em ação Datasul Case: Datasul: consolidamos a liderança Diário Catarinense Case: Diário 10 anos - a comunidade em pauta Douat Cia. Têxtil Case: Encarando os importados Havan Tecidos da Moda Case: Casa Branca brasileira Marisol Indústria do Vestuário Case: Lilica Ripilica / Tigor T. Tigre 175 T A N T O E M 3 0 1997 A Notícia Empresa Jornalística Case: Cadernos regionais - uma aposta no jornalismo cidade Datasul Case: Datasul, uma empresa mundial Editora Mares do Sul Case: O desafio de fazer um projeto editorial regional alcançar sucesso nacional Macedo, Koerich Case: Frango temperado Macedo - agregando valor a um líder de mercado Planel Engenharia e Construção Case: Planel construindo uma marca forte Plasc - Plásticos SC Case: Plasc - Plásticos Santa Catarina: na vanguarda da qualidade e liderança em plásticos flexíveis RBS TV - Florianópolis Case: Santa Catarina - 100 anos de história 176 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1998 Artplan Prime Publicidade Case: A marca da propaganda catarinense Associação dos Lojistas de Mueller Shopping Center Case: Mania de raspar, desejo de comprar Datasul Case: A estratégia de reposicionamento no mercado globalizado ECPO - Empresa Catarinense de Planejamento e Obras Case: Personal Home, o futuro da construção Eliane - Maximiliano Gaidzinski Case: Gres Porcelanato Eliane: um caso de sucesso que superou todas as melhores expectativas Fundação Universidade Reginonal de Blumenau/ Fundação Universidade do Vale do Itajaí Case: Supra - Sistema Universitário Prova por Área Jornal de Santa Catarina Case: Desafio na conquista de 20.000 assinantes Macedo, Koerich Case: Macedo 25 anos - a qualidade certificada SBT Chapecó Case: SBT meio dia Termas Santo Anjo da Guarda Case: O desafio de uma marca Zero Hora Editora Jornalística - Diário Catarinense Case: Ensino a distância 177 T A N T O E M 3 0 1999 Anjo Química do Brasil Case: Thinner Anjo Associação Comercial e Industrial de Florianópolis - ACIF Case: ACIF - os 84 anos de uma ONG pioneira Associação dos Lojistas do Beiramar Shopping Case: Beiramar Fashion como ferramenta de vendas Berlanda Móveis e Eletrodomésticos Case: Berlanda - uma estratégia de resultados Delta Editora Case: Coan Gráfica - Editora - Fotolito: soluções integradas de qualidade e ambientalmente corretas Editora Empreendedor Case: Da ilha, a conquista de 1.5 milhões de consumidores/leitores Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina Case: Promoção compre com sorte Marisol Indústria do Vestuário Case: Criativa até no jeito de ser Novo Brasil Bar e Restaurante Case: Café Cancun Florianópolis: o restaurante divertido que conquistou a cidade Personal Books Editora Case: Personal Books incentiva a cultura no país personalizando obras infantis Projeto Criança Saúde Case: Criança Saúde RBS TV de Florianópolis Case: Uma parceria de sucesso SBT Florianópolis Case: 100% regional - 100% de atenção para você Tvi Televisão e Cinema Case: Produzindo a diferença Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Case: Construindo um futuro melhor 178 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2000 Anjo Química do Brasil Case: Massa plástica super light anjo Bontur Bondinhos Aéreos Case: Parque Unipraias Camboriú - um case catarinense de sucesso nacional e internacional Box 32 Com. de Alimentos e Bebidas Case: Box 32 - a consolidação da marca em nível nacional Brasil Telecom - Telesc Brasil Telecom Case: Programa apoio daqui: um caso de endomarketing e responsabilidade social Compumarket Case: Compumarket: como uma pequena empresa se transforma em solução tecnológica para conquistar um mercado competitivo Condomínio Civil do Mueller Shopping Center de Joinville Case: Faça Mueller no domingo D/Araújo & Associados Comunicação Case: Carne suína: desafio de um novo tempo Duas Rodas Industrial Case: Promoção de vendas Duas Rodas 2000 Federação Catarinense de Tênis Case: Copa Davis - a grande jogada da FCT Global Telecom Case: Uma história inovadora de respeito ao cliente e tecnologia de vanguarda Multiação Call Center Case: Multiação Call Center: desenvolvendo mercados alternativos Paradigma Tecnologia e Orientação de Negócios Case: Paradigma uma empresa movida a inovação RBS Empresa de TV Case: TVCOM - Da janela de cada casa às portas do novo mundo Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica - SBOC Case: Rumo a uma nova SBOC, relato da busca pela excelência Unimed de Florianópolis - Coop. Trabalho Médico Case: Unimed Florianópolis: criando diferenciais pró saúde e cidadania Universidade do Sul de Santa Catarina- Unisul Case: Esporte e educação: uma combinação vitoriosa. O case Unisul Universidade Federal de Santa Catarina Case: Hospital Universitário da UFSC - público, gratuito, com qualidade 179 T A N T O E M 3 0 2001 Anjo Química do Brasil Case: Primer PU 5:1 Anjo Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV Case: Acaert 2001: a boa onda da radiodifusão catarinense Duas Rodas Industrial Case: Programa fidelidade selecta e algemix Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina Case: Cinco Anos da Unisul na Grande Florianópolis Karsten Case: Sempre limpa Portobello Case: Marmi Portobello - uma nova era no mercado RBS TV Florianópolis Case: Moleque bom de bola - bom de marca, bom de escola Telesc Celular Case: Master Comunicação e Marketing Universidade do Vale do Itajaí - Univali Case: A nova marca da qualidade da pós-graduação catarinense Vonpar Refrescos Case: Kuat - o guaraná do século XXI 180 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2002 BRDE- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul Case: BRDE - a ampliação de canais de distribuição gerando mais desenvolvimento CBR - Comercial Brasileira de Revestimentos Case: Sistema de impressão: soluções diferenciadas Companhia de Gás de Santa Catarina – SC Gás Case: O sucesso do marketing de relacionamentos Duas Rodas Industrial Case: Soya Ice - um novo conceito em sorvete EBV - Empresa Brasileira de Vigilância Case: Mudança de perfil de cliente Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Case: Exporta Fácil - o mundo pelos correios Habitasul Empreendimentos Imobiliários Case: Jurerê Internacional - fomentando o crescimento de Florianópolis Palmar Empreendimentos Imobilíarios e Turísticos Case: Palmas do Arvoredo: cada vez mais, um lugar sem igual RBS TV de Florianópolis e Secretaria de Estado da Educação Case: Escola Referência: estimulando inovação, multiplicando excelência Telecelular Sul Participações Case: Pronto T. O case que é um T grandão 181 T A N T O E M 3 0 2003 Brasil Telecom Case: Brasil Telecom. Marketing, proximidade e vínculo social: consolidando as conquistas de marca e mercado Consórcio Magno Martins e Etecol Case: Centrosul - Centro de Convenções de Florianópolis: Um marco no turismo de eventos catarinense Diário da Manhã Case: CBN, a ponte entre Florianópolis e o mundo da informação Figueirense Futebol Clube Case: O sucesso do modelo de gestão empresarial num clube de futebol Habitasul Empreendimentos Imobiliários Case: Amoraeville, resgatando o passado, vivendo o presente e construindo o futuro Le Monde Comércio de Veículos Case: Le Monde Citroen - o mundo Citroen em Santa Catarina Organizações Golden Case: Golden Bingo Florianópolis: marketing social e transparência mudam conceito sobre a empresa Portobello Case: Cidade Universitária Pedra Branca: um novo padrão em empreendimentos imobiliários Sway Informática e Serviços Case: Operação Credicard: fidelizando clientes Zero Hora Editora Jornalística Case: Caderno Donna DC 182 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2004 Box 32 Comércio de Alimentos e Bebidas Case: Cachaça do Box 32: sabor do sucesso Brasil Telecom Case: Brasil Telecom: ligue 14 de Santa Catarina para todo o Brasil e para o mundo Eliane Revestimentos Cerâmicos Case: Atendimento customizado Energética Barra Grande Case: Usina Hidrelétrica Barra Grande: energia para o futuro Federação das CDLs de Santa Catarina Case: Marketing e tecnologia para construir a nova imagem do SPC/SC Karsten Case: Campanha Karsten Moda para Casa Le Monde Comércio de Veículos Case: Festival Citroen Confiance. Uma nova maneira de vender carros usados Metalúrgica DS Case: Sentimentos - marketing, produto e marca Metra Publicidade Case: 21ª. Oktoberfest: 18 dias de lucro e alegria Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú Case: Turismo com sol de soluções e mar de marketing Rádio Itapema FM Case: Rede Itapema FM 183 T A N T O E M 3 0 2005 ADDmakler Case: ADDmakler e Pauê: associando-se a um exemplo de vida Almeida Júnior Shopping Centers Case: Shopping Neumarkt Blumenau Brasil Telecom Case: Ironman Brasil Telecom - Superação: além dos limites, além do marketing esportivo Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó - CDL Chapecó Case: Dia D: marketing e associativismo transformam o comércio de Chapecó Câmara de Dirigentes Lojistas de Criciúma - CDL Criciúma Case: Megaliquidação Colorminas Colorifício e Mineração Case: Massas Cerâmicas Colorminas - uma solução para o mercado nacional D/Araújo Comunicação Case: D/Araújo Loducca Eliane Revestimentos Cerâmicos Case: Projeto Módulo: novo posicionamento no ponto de venda Gran Padania do Brasil Case: Oportunidade de mercado: Gran Mestri, um produto ítalo-brasileiro Jornal de Santa Catarina Case: Jornal de Santa Catarina: novo no formato, grande no conteúdo Karsten Case: Karsten e Rosa Chá: uma aliança mais que estratégica Lojas Koerich Case: Koerich, 50 anos de tradição e vanguarda em marketing Mercado Propaganda e Marketing Case: Mercado - agência de estratégias e resultados Senior Sistemas Case: Senior Sistemas rumo ao top - a conquista do Top of Mind 2005 Unimed Florianópolis Case: SOS Unimed - um show em eventos 184 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2006 Brasil Telecom Case: Midiacard - divulgando Santa Catarina e gerando negócios BZZ Serviço de Comunicação Case: BZZ - O desafio de ultrapassar os 05 anos com sucesso Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau - CDL Blumenau Case: Ganhe mais em Blumenau Editora Negócios Já - Jornal Notícias do Dia Case: O sucesso do primeiro jornal popular da Grande Florianópolis Esteio Pavimentação e Construção Case: Contribuindo com o crescimento e o bem-estar da sociedade Laticínios Cedrense Case: Cedrense: a transformação de uma marca em sinônimo de qualidade Mueller Eletrodomésticos Case: Lavadora de roupas SuperPop - o lançamento da Mueller Eletrodomésticos que inovou e conquistou o mercado RBS Zero Hora Editora Jornalística - Diário Catarinense Case: Diário Catarinense comemorando 20 anos de liderança: razão e emoção voltados para o futuro Softway Contact Center Serviços T.A.C Case: Softway Contact Center: criatividade para expandir e gerar resultados TV Vale do Itajaí Case: Guarda-chuva 185 T A N T O E M 3 0 2007 ADDmakler Case: Inovação na renovação de seguros Balneário Camboriú Shopping Case: O shopping regional Beto Carrero World Case: Diversão e empreendedorismo no maior parque temático da América Latina Brasil Telecom Case: Marketing esportivo Diário Catarinense Case: Projeto multimídia – Floripa Tem Gran Padania do Brasil Case: Gran Mestri - o mais nobre dos queijos OneWG Case: A agência que melhor conhece o Sul do Brasil Parque Vila Germânica Case: Oktoberfest – a maior festa alemã da América Sebrae/SC Case: Programa de auto-atendimento Negócio Certo Supermercados Imperatriz Case: Centenas de produtos por poucos centavos 186 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2008 Alliance Eventos Case: Folianópolis: desafios e alternativas para fazer acontecer Anjo Tintas e Solventes Case: Projeto Anjo Carbon Free Cedrense Case: Curta o bom do verão. Eficiente prática de campanha maximiza a comunicação com o consumidor e garante incremento nas vendas FCDL/SC Case: Campanha Não empreste seu crédito Hora de Santa Catarina Case: Hora de Santa Catarina – o jornal da gente Lojas Koerich Case: Cartão de facilidades Koerich – antecipando o cadastro positivo Midea Case: Midea do Brasil. Lançando uma nova marca no mercado brasileiro Mueller Eletrodomésticos Case: Lavadora de roupas PopStock: mais prática, impossível – mais um lançamento de sucesso da Mueller Eletrodomésticos Rossi Residencial Case: Mais que uma conquista, um salto na sua vida Sebrae/SC Case: Faça & Aconteça – universalidade de acesso: empreendedorismo e conhecimento no topo do mercado 187 T A N T O E M 3 0 2009 Avaí Futebol Clube Case: Avaí Social Clube: compartilhando sonhos Beiramar Shopping Case: No coração da cidade e dos consumidores: a virada do Beiramar Shopping Eliane Revestimentos Cerâmicos Case: PDV design – novo padrão de PDV Eliane 2009 FURB Case: Interação FURB Jornal Notícias do Dia Case: Clube do Imóvel Notícias do Dia – um jeito novo de falar com o mercado imobiliário RBS TV Case: Grupo RBS 30 anos em SC: uma história de amor pela comunidade Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação Case: Crimes sem perdão Senior Sistemas Case: Nova geração senior Shopping Mueller Joinville Case: Shopping Mueller. Nosso shopping, nossas histórias TopMed Case: TopMed: pioneirismo nacional em promoção à saúde TOP ONE Beiramar Shopping Case: No coração da cidade e dos consumidores: a virada do Beiramar Shopping 188 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2010 Água Imperatriz e Mercado Propaganda e Marketing Case: Mate a sede bonito - Estratégias para tornar a água mineral Imperatriz a mais lembrada e consumida de Santa Catarina Diário Catarinense Case: Mostra Casa Nova 10 anos: muito além da arquitetura, design de interiores e paisagismo General Motors do Brasil Case: Chevrolet - presença nacional, atuação regional, estratégia local Grupo All Entretenimento Case: Posh – o mercado de luxo em Florianópolis its teen mídia Case: its – um caso de comunicação para jovens que conquistou o mercado Pauta Distribuidora e Logística Case: A conquista do mercado nacional distribuindo produtos de informática e fabricando computadores Portobello Case: Extra Fino Portobello Ric Record SC Case: Jornal do Meio Dia da RIC Record Santa Catarina: a conquista da audiência e a consolidação de mercado Schaefer Yachts Case: Uma nova marca náutica, de Santa Catarina para o mundo Sesc Santa Catarina Case: Sesc – Festival Palco Giratório TOP ONE Água Imperatriz e Mercado Propaganda e Marketing Case: Mate a sede bonito - Estratégias para tornar a água mineral Imperatriz a mais lembrada e consumida de Santa Catarina 189 T A N T O E M 3 0 2011 CBN Diário Case: CBN Diário – Liderança que se renova Green Valley Case: Green Valley conquista o mundo Icon Full Marketing Case: Reveillon Boutique - criatividade, ousadia e o reconhecimento nacional e internacional Imobiliária Chapecó Case: Um sheik em Chapecó: marketing de guerrilha para apartamentos de alto luxo Inova Aluguel de Carros Case: INOVA – a maior locadora catarinense Lojas Berlanda Case: Lojas Berlanda – A construção da maior rede de varejo de Santa Catarina Lojas Salfer Case: Lojas Salfer – A década de ouro Portobello Case: Portobello desenvolve estratégia inovadora de marketing digital Record News SC Case: Record News SC - A única TV aberta com jornalismo 24 horas SC Gás Case: Gás natural residencial: os desafios e o sucesso da implantação em Criciúma TOP ONE: SC Gás Case: Gás natural residencial: os desafios e o sucesso da implantação em Criciúma 190 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2012 Brastar Premium Brands Case: Brastar Premium Brands – Inovação constante Gran Mestri Case: Mais do que alta tecnologia, a Gran Mestri tem alma Grupo Novo Brasil Case: Grupo Novo Brasil: o maior complexo de entretenimento do Sul do Brasil Grupo RBS Case: Paul McCartney em Floripa: pode acreditar! Jornal Notícias do Dia (Grupo RIC) Case: Grupo RIC expande e inova no segmento de revistas Lojas Koerich Case: Chance Tripla Koerich Portobello Case: Inovar e investir: a fórmula que levou a Portobello à liderança absoluta! SBT Santa Catarina Case: SBT-SC: Interação multimídia como suporte ao crescimento de audiência SDS - Secretaria do Desenvolvimento Sustentável Case: É juro zero de verdade. O Programa Juro Zero e o desenvolvimento socioeconômico catarinense Sesi/SC Case: Encontro de Ideias da Educação Continuada do Sesi/SC. A educação que faz crescer Unimed Grande Florianópolis Case: Unimed Grande Florianópolis: mudando os planos para vender saúde TOP ONE Brastar Premium Brands – Inovação Constante 191 T A N T O E M 3 0 2013 Blueticket Case: Da venda online à interação com o público: como a Blueticket aproxima as pessoas de experiências ao vivo Central de Comunicação Case: Central de Comunicação: liderança e referência na promoção da mídia regional Continente Park Shopping Case: Continente Park Shopping: o maior e mais recente sucesso do Grupo Almeida Junior Döhler Case: Döhler, um banho em resultado Green Valley Case: É do Brasil o melhor club de e-music do mundo! Hemosc Case: Hemosc e seus heróis voluntários Its teen midia Case: Its My Way: o maior festival de talentos musicais jovens do Sul do Brasil RBS TV Case: Verão Top Model: na moda e nas passarelas, de Santa Catarina para o mundo RIC TV Case: RICTV Record Florianópolis: a 1ª emissora de canal aberto do Sul do Brasil a produzir e transmitir 100% HD Telefonica/Vivo Case: Vivo Internet Soluções de Conexão Móvel TOP ONE Green Valley Case: É do Brasil o melhor club de e-music do mundo! 192 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Top Turismo 193 T A N T O 194 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2008 Alliance Eventos Case: Winter play: uma alternativa para o turismo sazonal em Florianópolis Centro Sul – Centro de Convenções de Florianópolis Case: Centro de Convenções de Florianópolis e sua contribuição ao turismo Green Valley Case: Green Valley Grupo RBS Case: Painel RBS – Soluções para o turismo em Santa Catarina Instituto Festival de Dança de Joinville Case: Festival de Dança de Joinville Itá Thermas Resort e Spa Case: Visão de oportunidade de mercado em um cenário de mudança Lojas Havan Case: Nosso Castelo – Ressurge um cartão postal em Blumenau Parque Unipraias Camboriú Case: Parque Unipraias Camboriú Prefeitura de Rio do Sul Case: Quatro Cantos – Conheça Rio do Sul Tedesco Marina Garden Plaza Case: A marina dos olhos dos catarinenses 195 T A N T O E M 3 0 2009 Abav/SC - Associação Brasileira de Agências de Viagens Case: Bem receber o turista em Santa Catarina Fashion Hair Case: Uma perspectiva ao turismo de eventos Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau Case: Turismo de Eventos - Resultado de impacto na economia catarinense Green Valley Case: A grande conquista! Um samba diferente e ousado Ironman Brasil Case: Ironman Brasil Prefeitura de Pomerode Case: Destino-referência do turismo étnico-cultural catarinense Recanto das Águas Resort & Spa Case: Visão empreendedora e contribuição para o turismo de eventos em Balneário Camboriú Restaurante Ostradamus Case: Na rota das ostras SC Mais - Marketing Turístico Case: Seja bem-vindo: de rosas e sandálias, a estratégia catarinense para encantar o turista Vila Germânica da Prefeitura de Blumenau Case: Oktoberfest 2009 - Tradição, alegria e geração de riqueza TOP ONE Ironman Brasil Case: Ironman Brasil 196 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2010 Abav/SC Case: Projeto Turista Feliz BRmídia Case: Tourfilm Brazil D/Araújo Case: Fazendo acontecer no turismo Grupo ALL Entretenimento Case: Folianópolis: Campanha digital Lojas Havan Case: Natal Luz Havan. Um Show De Natal! Planetapéia Case: Planetapéia, uma declaração de amor e alegria e O Concurso de Trajes Típicos Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos Case: Quinta dos Ganchos Prefeitura Municipal de Pomerode Case: Festival Gastronômico de Pomerode: o sabor da cultura e da tradição Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul Case: A inserção de São Francisco do Sul na rota dos cruzeiros marítimos Setur Case: Reveillon das Luzes TOP ONE Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos Case: Quinta dos Ganchos 197 T A N T O E M 3 0 2011 Attitude Promo Case: Fomentando o turismo de negócios em Santa Catarina e gerando impacto socioeconômico em períodos de baixa sazonalidade CDL Rio do Sul Case: Show de Natal-Festival de corais do Alto Vale do Itajaí 2010 Florianópolis Convention & Visitors Bureau Case: Florianópolis, a terceira cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais Grupo RIC Case: A contribuição do Grupo RIC para o incremento do turismo catarinense Icon Full Marketing Case: Reveillon Boutique - estratégia e planejamento para conquistar turistas nacionais e internacionais Pousada Vila do Farol Case: Pousada Vila do Farol: uma nova luz sobre Bombinhas Prefeitura Municipal de Rio Negrinho Case: Natal Encantado Rio Negrinho Prefeitura Municipal de Pomerode Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte Case: Promovendo o turismo de Pomerode através do portal www.vemprapomerode. com.br Tourfilm Brazil Case: TourfilmBrazil Zoo Pomerode Case: Educação ambiental, cultural, preservação e conservação das espécies animais TOP ONE Florianópolis Convention & Visitors Bureau Case: Florianópolis, a terceira cidade brasileira que mais recebe eventos internacionais 198 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2012 Acats Case: Exposuper: fomentando o turismo de negócios com qualidade e profissionalismo Citmar Case: Região Turística Costa Verde & Mar Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau Case: Abrindo novas fronteiras para o turismo segmentado em Florianópolis Harmônica Arte e Entretenimento Case: Maratona Cultural de Florianópolis Inova Aluguel de Carros Case: Blog de Rotas da Locadora INOVA promove o destino Santa Catarina Music Park, Pacha, Posh e Stage Case: Carnaval Music Park 2011 - A música eletrônica embalando a maior festa popular do Brasil Parque Vila Germânica Case: 28ª Oktoberfest - Aqui todo mundo vira alemão Prefeitura de Itapema Case: Revitalização e humanização da orla de Itapema RICTV Record Case: Destino SC um show de turismo o ano inteiro Sebrae/SC Case: Turismo rural, étnico e cultural do Vale Europeu TOP ONE Prefeitura de Itapema Case: Revitalização e humanização da orla de Itapema 199 T A N T O E M 3 0 2013 Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) Case: Itajaí Stopover – Volvo Ocean Race 2011/2012 Associação Visite Pomerode (Avip) Case: Passaporte Turístico de Pomerode Consórcio Intermunicipal de Turismo Costa Verde & Mar (Citmar) Case: Cicloturismo Costa Verde & Mar Florianópolis Convention & Visitors Bureau Case: Dez anos do Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau Fundação Turística de Joinville Case: Programa de Turismo Pedagógico: Viva Ciranda Parque Colina Case: Bondinhos Aéreos Parque Colina - Investimento em Tecnologia Agregado ao Turismo Religioso RICTV Record Itajaí Case: RICTV Record Itajaí e o Carnaval 2013 Secretaria de Turismo e Lazer de São Francisco do Sul Case: Festival Gastronômico São Chico em Sabores Sports Do Case: Mountain Do Praia do Rosa – Evento esportivo com potencial de multiplicador turístico na baixa temporada TOP ONE RICTV Record Itajaí Case: RICTV Record Itajaí e o Carnaval 2013 200 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Top Exportação 201 T A N T O 202 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2003 A Kuehne&Nagel Bell Metalurgia e Assessoria Industrial Eliane Revestimentos Cerâmicos First Renar Maçãs Seara Alimentos 203 T A N T O E 2004 Celulose Irani Dudalina Electro Aço Altona Eliane Revestimentos Cerâmicos First Sadia 204 M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2005 Dudalina Eliane Revestimentos Cerâmicos Heusi Comissária de Despacho e Agenciamento Inlogs Logística e Exportação Jofund Menegotti Indústrias Metalúrgicas Ômega Brasil Assessoria Logística e Aduaneira SAP Internacional de Processamento de Informações Schulz Teconvi 205 T A N T O E M 3 0 2006 Bunge Alimentos Coopercarga Eliane Revestimentos Cerâmicos Fábio Perini Forvm Gomes & Beltrão Heusi Comissária Ômega Brasil Assessoria Aduaneira e Logística Schulz Teconvi 206 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2007 Ampe - Brusque Colorminas Fábio Perini First Laticínios Cedrense Marisol Ômega Brasil Schulz Taschibra Teka 207 T A N T O E M 3 0 2008 Ampe – Brusque Assecex Assessoria em Comércio Exterior Colorminas Colorifício e Mineração Freitas Assessoria de Comércio Exterior Gomes & Beltrão Assessoria Emp. e Repres. Litoral Soluções em Comércio Exterior Raumak Máquinas Schulz 208 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C Empresa Cidadã 209 T A N T O 210 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 1999 Categoria: Preservação ambiental Döhler Case: Implantação do sistema de gestão ambiental Instituto de Estudos Avançados - IEA Case: Projeto de Educação Ambiental do IEA Renar Maçãs Case: Preservação ambiental como modelo de desenvolvimento sustentável Souza Cruz Case: Clube da Árvore Sulcatarinense Mineração, Artefatos de Cimento Britagem e Construção Case: O caminho das pedras da cidadania socioambiental Categoria: Participação Comunitária Artplan Prime Publicidade Case: Voluntários em Ação Biguaçu Transportes Coletivos Administração e Participações Case: Fala Usuário Cecrisa Revestimentos Cerâmicos Case: Taça Cecrisa Luminar Comércio e Indústria Case: Luminar Solidária Perdigão Agroindustrial Case: Constituição da Associação dos Produtores Portobello Case: Ação Social Portobello Planel Engenharia e Construções Case: Empresa Cidadã TV O Estado Florianópolis Case: Campanha do Agasalho 99 Categoria: Desenvolvimento Cultural Dicave Automóveis Case: Espaço do Artista Dicave Furb - Universidade Regional de Blumenau Case: Festival Universitário de Teatro de Blumenau Multibrás Case: Eletrodomésticos Arte visita a fábricas 211 T A N T O E M 3 0 2000 Categoria: Preservação ambiental A Notícia Case: Jornal Verde Beiramar Empresa de Shopping Center Case: Beiramar Shopping 500 toneladas de lixo reciclado Chapecó Cia Industrial de Alimentos Case: Chapecó Cia Industrial de Alimentos - agente de desenvolvimento socioambiental Natureza Central de Tratamento de Resíduos Industriais Case: Inertização/estabilização de resíduos industriais - uma solução ecossustentável Categoria: Participação Comunitária Cecrisa Revestimentos Cerâmicos Case: Cecrisa Kids Empreendedorismo Chapecó Companhia Industrial de Alimentos Case: Programa de desenvolvimento econômico, social e ambiental de comunidades rurais Eletrosul - Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil Case: Projeto Casa Aberta SBT Chapecó Case: Maratona da Solidariedade Souza Cruz Case: O futuro é agora - Souza Cruz Transporte e Turismo Gidion Case: Aluno-Guia 2000 - formando o cidadão do novo milênio Universidade do Extremo Sul Catarinense Case: Gestão ambiental participativa em bairro. Unesc Projeto Nossa Rua -Vila Manaus, Criciúma/SC Universidade do Vale do Itajaí CTTmar - Centro de Ciências Tec. Terra/Mar Case: Gerenciamento e segurança nas praias catarinenses Categoria: Desenvolvimento Cultural Badesc Agência Catarinense de Fomento Case: Espaço Cultural Fernando Antônio Medeiros Beck Cia. Industrial H. Carlos Schneider Case: Coral Ciser Telesc Brasil Telecom Case: Projetos culturais incentivam as artes e a cultura catarinense Thames Escola de Línguas - Wizard Idiomas Case: Teatro na escola Vanzin Industrial Auto Peças Case: Cultura popular 212 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2001 Categoria: Preservação ambiental Cia Ind. H. Carlos Schneider - Ciser Parafusos Case: Preservação das nascentes de água do Quiriri Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Plantas medicinais Vonpar Refrescos Case: Projeto Escola: latinhas recicladas, escolas equipadas Categoria: Participação Comunitária Brasil Telecom Case: Telesc Brasil Telecom: a gente daqui no desenvolvimento cultural Cecrisa Revestimentos Cerâmicos Case: Harmonia na Terra Comércio Breithaupt Case: Apoio ao esporte amador Condomínio Civil do Mueller Shopping Center Joinville Case: Mueller Joinville, um shopping solidário Crea-SC Case: Diagnóstico ambiental da Lagoa da Conceição Delegacia Regional do Trabalho em Santa Catarina Case: Ônibus da Cidadania Jornal de Santa Catarina Case: Se você parar, a APAE não para Marisol Case: Marisol em família Nascisul Transportes Case: Doe um real e ganhe um milhão de sorrisos Secretaria de Estado da Saúde Case: Município saudável Unesc - Universidade do Extremo Sul Case: Qualidade de vida: moradas na colina catarinense Unibanco - União de Bancos Brasileiros Case: Unibanco 10 anos de ação social: investindo na comunidade e na educação ambiental Unimed Blumenau - Cooperativa de Trab. Méd. Case: Unimed Vida Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Amigos Saúde Mental Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Casa da Cidadania Univali - Universidade do Vale do Itajaí Case: O programa da extensão comunitária da Univali Vanzin Indústria Auto Peças Case: Sala de Aula Vanzin Vonpar Refrescos Case: Cooperativa Ecos do Verde - Transformando lixo em esperança Categoria: Desenvolvimento Cultural Big Bag Comércio e Representações Case: Doce Poema Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Índios Guaranis Vonpar Refrescos Case: Teatro na escola: a arte ensinando a viver melhor 213 T A N T O E M 3 0 2002 Categoria: Preservação ambiental Colorminas Case: Preservar o futuro Serviço Social do Comércio - Sesc Case: Projeto Arte Vida Verde Televisão Joaçaba - TV Catarinense Case: Band Pé no Rio Unesc Case: Programa de Educação e Gestão Ambiental Vanzin Industrial Auto Peças Case: Arara Azul Categoria: Participação Comunitária Anjo Tintas e Solventes Case: Anjos do Futsal Brasil Telecom Case: Cidadania para todos, o futuro sem limites Cecrisa Revestimentos Cerâmicos / Koerich Engenharia Case: Projeto Harmonia na Terra - Oficina para as futuras gerações Luminar Comércio e Indústria Case: Projeto Pró-Serra Rede Brasil Sul de Comunicação - RBS TV Case: Cidadania em Pauta Serviço Social do Comércio - Sesc - SC Case: Sesc Saúde ao seu alcance Serviço Social da Indústria - Sesi Case: Sesi Farmácia 100% social, cuidando de sua vida ajudando a cuidar de muitas outras Unesc Case: Ação Adolescente Categoria: Desenvolvimento Cultural Brasil Telecom Case: Investir na gente daqui faz parte da nossa cultura Habitasul Case: Palco Habitasul Serviço Social do Comércio - Sesc-SC Case: Circulação e formação cultural Unesc Case: Espaço Cultural, toque de arte Univali - Universidade do Vale do Itajaí Case: Rádio Educativa Univali FM 94.9: comunicação de qualidade a serviço da cultura e da comunidade 214 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2003 Categoria: Preservação ambiental Colorminas Colorifício e Mineração Case: Reciclagem Santo Antônio do Descoberto Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Floresce Tubarão RBS - Rede Brasil Sul - RBS Vale do Itajaí Case: Vamos salvar o Rio Itajaí-Açu Televisão Joaçaba - TV Catarinense Case: Band Pé no Rio - Etapa da Consciência Ecológica Categoria: Participação Comunitária Alcoa Alumínio Case: Resistência às drogas e à violência Amanco Brasil Case: Amanco por um mundo melhor Centro de Integração Empresa Escola de SC Case: Programa de iniciação ao trabalho Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Case: Projeto Social Comunitário Bem-viver / Unigam Habitasul Empreendimentos Imobiliários Case: Projeto Embo-y: Uma relação de vida com os Mbyá-Guarani Jofund – Fremax Case: Adoção da Escola Evaldo Koehler Serviço Social do Comércio - Sesc-SC Case: OdontoSesc - Promovento a saúde bucal em parceria com a comunidade Sway Informática e Serviços - Softway Case: Softway oportunizando o primeiro emprego e garantindo o segundo Trombini Embalagens Case: Programa Esporte Solidário Categoria: Desenvolvimento Cultural Brasil Telecom Case: Brasil Telecom - compromisso com a cultura catarinense Instituto Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Case: Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: promovendo cultura, arte e cidadania 215 T A N T O E M 3 0 2004 Categoria: Preservação ambiental A Notícia Case: A Notícia e o compromisso ambiental Eliane Revestimentos Cerâmicos Case: A logística das águas Televisão Joaçaba - TV Catarinense Case: Band Pé no Rio Categoria: Participação Comunitária Associação Educacional Leonardo da Vinci - Asselvi Case: Asselvi e a inclusão social de portadores de necessidades especiais Centro de Integração Empresa Escola - CIEE/SC Case: Programa de Desenvolvimento Estudantil Eletrosul - Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil Case: Programa Hortas Comunitárias Marisol Case: Marisol fomentando o voluntariado OBS: NESTE ANO NÃO HOUVE PREMIAÇÃO NA CATEGORIA DESENVOLVIMENTO CULTURAL Petrobras Case: Horta Comunitária Rede Brasil Sul de Comunicação - RBS TV Case: O amor é a melhor herança. Cuide das crianças Santa Clara Participações Case: Projeto de iniciação esportiva Donos da Bola SC Gás Case: SC Gás - Projeto Lixo Inteligente Sesc Case: Mesa Brasil Sesc-SC Sulcatarinense Mineração Artefatos de Cimento, Britagem e Construção Case: Sulcatarinense - Educando para a cidadania Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Case: Sacando a cidadania Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Case: Programa de Bolsas Unisul 40 anos 216 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2005 Categoria: Preservação ambiental Malwee Malhas Case: Parque Malwee, um santuário ecológico Parque Unipraias Camboriú Case: Parque Escola - a diversão que educa Petrobras Transporte - Transpetro Case: Projeto Ecológico Cinturão Verde: aliando preservação e educação Tractebel Energia Case: A casa que vem das cinzas Categoria: Participação Comunitária Altenburg Indústria Têxtil Case: Arte Social Colorminas Colorifício e Mineração Case: Colorminas parceria e projeto Instituto Engevix Case: Programa Engevix socioeducativo Instituto Floripa + Futuro Case: Projeto Floripa + Futuro Malwee Malhas Case: Saúde e esporte: a contribuição da Malwee para o bem-estar das comunidades Metalúrgica Riosulense Case: Riosulense presente na comunidade Polícia Rodoviária do Estado de Santa Catarina Case: Programa Cidadão no Trânsito SCC Sistema Catarinense de Comunicação Rede TV Sul Case: Cidadania para todos Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau Case: Seconci – Blumenau Sulcatarinense Case: Educação na empresa e na comunidade promovendo a inclusão social Televisão Joaçaba - RBS TV Case: Sua ajuda vale muito TV Vale do Itajaí - TV Record Itajaí Case: Record Cidadã Unisul - Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina Case: Programa de Promoção da Acessibilidade - Uma universidade sem barreiras Vonpar Refrescos Case: Prato Popular, restaurante comunitário de Florianópolis Categoria Desenvolvimento Cultural Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE Case: Espaço Cultural Governador Celso Ramos - Parceria da Cultura Catarinense Brasil Telecom Case: Brasil Telecom aposta no futuro da cultura catarinense Clinimagem Diagnóstico por Imagem Case: Sinfonia de talentos - repertório para a vida Energética Barra Grande S.A – Baesa Case: Usina Hidrelétrica Barra Grande: Energia para a cultura Grupo Nação Hip Hop (Projeto Cinema na Favela) Case: Projeto Cinema na Favela & Favela no Cinema - Ano 4 217 T A N T O E M 3 0 2006 Categoria: Preservação ambiental Celulose Irani Case: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Usina de Cogeração Indústria Carbonífera Rio Deserto Case: Estação Biológica Costão da Serra RBS TV Joinville Case: Preservar é inteligente, preserve para o futuro Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão de Santa Catarina - Siecesc Case: Preservar é possível Sulcatarinense Mineração Artefato de Cimento Britagem e Construção Case: Pavimentação da SC 408: modelo bem sucedido de gestão ambiental Categoria: Participação Comunitária Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc Case: Projeto Energia do Futuro - Aquecimento Solar Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc Case: Projeto Tô Ligado - Capacitação profissional para eletricista Comfloresta Case: Produção de mudas nativas, ajudando famílias e o meio ambiente EBV Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional Case: Geração de Cidadania Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Case: Universidade para os alunos de escola pública Indústria Carbonífera Rio Deserto Case: Içara + Doce Instituto Engevix (Prese) Case: Prese - Programa Engevix Sócio Educativo TV Cidade dos Príncipes Case: Rede SC-SBT Joinville: promovendo cidadania e lazer no dia do trabalhador TV Vale do Itajaí - TV Record Vale do Itajaí e Norte Case: Record Cidadã - Ano 02 Vega do Sul - Arcelor Brasil Case: Protegendo os costões Categoria: Desenvolvimento Cultural Brasil Telecom Case: Brasil Telecom - Aproximando pessoas através da cultura Petrobras Transporte - Transpetro Case: Oficinas de desenvolvimento cultural e capacitação comunitária TV Vale do Itajaí - TV Record Vale do Itajaí e Norte Case: Record Cidadã - Ano 02 218 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2007 Categoria: Preservação ambiental Celulose Irani Case: Ampliação da estação de tratamento de efluentes e gerenciamento de resíduos industriais Energética Barra Grande Baesa Case: Programa de Educação Ambiental Laticínios Cedrense Case: Aproveitamento de resíduos industriais para geração de energia Categoria: Participação Comunitária Brasil Telecom Case: Brasiltelecom – produzindo valor social Celulose Irani Case: Revitalização da Vila Campina da Alegria Indústria Carbonífera Rio Deserto Case: Florindo Siderópolis Instituto OralEsthetic Case: Todos têm o direito de sorrir Unisul Case: Unisul Paradesportiva – o esporte como instrumento de superação de limites e inclusão social Categoria: Desenvolvimento Cultural Brognoli Negócios Imobiliários Case: Acústico Brognoli – Acreditando na música catarinense Celulose Irani Case: Centro Cultural Celulose Irani TIM Celular Case: TIM Música nas Escolas Unisul Case: Projeto Danceiros 219 T A N T O E M 3 0 2008 Categoria: Preservação Ambiental Acif Case: Re-óleo – Programa Acif de reciclagem de óleo de cozinha ArcellorMittal Vega Case: Programa de Educação Ambiental da ArcellorMittal Vega: investimento em estudantes, professores e na comunidade para a criação de uma nova consciência Baesa Case: Programa de Resgate e Preservação do Patrimônio Arqueológico Celulose Irani Case: Inventário de emissões e sumidouros de gases de efeito estufa em uma fábrica de celulose e papel Floripa Shopping Center Case: Um shopping ambiental: ações que respeitam a comunidade e a natureza Categoria: Participação Comunitária Grupo RBS/Jornal de Santa Catarina, RBS TV e Rádio Atlântida Case: Pedágio pela APAE Latin Sports Case: Ironman social Norsul Case: Investindo no esporte, formando cidadãos Pousada Ilha do Papagaio Case: Recategorização do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro RIC Record Case: Dia de fazer a diferença RIC Record Santa Catarina Samae Case: Programa de educação e valorização da água – PROEVA Sebrae/SC Case: Programa de capacitação empresarial a distância – Faça e Aconteça Unisul Case: As plantas medicinais como alternativa à fumicultura: saúde e sustentabilidade na região de Tubarão WEG Case: Centro de treinamento WEG – CentroWEG Categoria: Desenvolvimento Cultural Associação Criciumense de Transporte Urbano – ACTU Case: Turminha do futuro Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Case: Cidadania através da educação e cultura 220 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2009 Categoria: Preservação Ambiental Celulose Irani Case: Programa de Educação Ambiental Celulose Irani Empresas Rio Deserto Case: Projeto Novo Horizonte Tedesco Marina Case: Tedesco Marina Green Transpetro Case: Práticas pedagógicas de educação ambiental aliadas à conservação e preservação do meio ambiente através da trilha ecológica sensitiva: a mata atlântica como você nunca viu Categoria: Participação Comunitária Acaert Case: Acaert e Radiodifusão Cidadã: rádio e TV cumprindo sua missão social Baesa Case: Programa Incluir: o desafio da inclusão social Celesc Case: Sou legal, tô ligado! Construtora Corbetta Case: Projeto Bola Cheia Eletrosul Case: Projeto Pré-Vestibular Comunitário Enercan Case: Fundo de Desenvolvimento Rural RBS TV/ FCDL Case: Pedágio do Brinquedo/ Natal Solidário 2008 TV Barriga Verde Case: Vinhetas Educativas Categoria: Desenvolvimento Cultural ACTU Case: Vozes em Canto – encantando nossa gente ArcelorMittal Vega Case: Concurso Escolar ArcelorMittal Vega – criação de consciência para a preservação do meio ambiente e para o futuro sustentável Correio Lageano Case: Lendo e relendo com o Correio Lageano 221 T A N T O E M 3 0 2010 Categoria: Preservação ambiental Baesa - Energética Barra Grande S.A Case: Programa de Reintrodução da Dyckia Distachya Eletrobrás – Eletrosul Case: Programa Casa Aberta Eletrosul Empresas Rio Deserto Case: Projeto de Conservação Ambiental Felinos do Aguaí Koprime Case: Construção sustentável??? Sim, é possível! Prosul - Projeto, Supervisão e Planejamento Case: Plano de Manejo da RPPN Rio das Lontras Unimed Grande Florianópolis Case: Unimed Grande Florianópolis - A responsabilidade socioambiental está no nosso DNA Categoria: Participação Comunitária Celulose Irani Case: Projeto Broto do Galho Grupo RBS Case: Crack, nem pensar. O Grupo RBS mobiliza a sociedade catarinense pela bandeira da vida Portonave Case: Portonave de todos: de mãos dadas pela responsabilidade social RIC Record Case: Campanha do Agasalho RIC Record: aqueça uma comunidade Sesi Santa Catarina Case: Inclusão da pessoa com deficiência na indústria Tigre Case: Conexão Cultural Tigre/ICRH Topmed Case: Programa TopMed de Responsabilidade Social: promovendo a saúde da comunidade Categoria: Desenvolvimento Cultural Baesa e Enercan Case: Programa Arte na Praça BRDE Case: Valorizando a cultura catarinense 222 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2011 Categoria: Preservação ambiental Acij Case: Consumo inteligente energia elétrica Eletrosul Case: Agricultura urbana, a revolução dos baldinhos Exit Comunicação Case: Exit Comunicação Estratégica. Uma agência Carbon Free FCDL SC Case: Recicla CDL Portobello Case: Sustentabilidade Portobello. Todos comprometidos com o futuro Categoria: Participação Comunitária Baesa Case: Programa Pessoas Especiais Berlanda Case: Construindo uma política de responsabilidade social Dudalina Case: Projeto Geração de Renda Enercan Case: Vida nova, benefícios da implantação da UHE Campos Novos Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina - Feesc Case: Centros para democratização de informações e negócios (CDIN) Lojas Salfer Case: Programa Salfer Solidária Nexxera Case: Programa de integração pelo esporte RBS TV Case: Campanha do Agasalho - A roupa que não serve mais, serve. Sesc/SC Case: Projeto Sesc Idoso Empreendedor SC Sesi/SC Case: Programa Atleta do Futuro Categoria: Desenvolvimento Cultural Dicave Gartner Case: Voluntariado e cidadania: oportunidades que transformam vidas 223 T A N T O E M 3 0 2012 Categoria: Preservação ambiental Dudalina Case: Neutralização de gases do efeito estufa da Dudalina Malwee Case: Garrafas PET - o lixo que virou moda na Malwee Portobello Case: Portobello apresenta: maior e melhor coleção de porcelanato do mercado Sesi Case: Programa Papa Pílula: incentivando o descarte correto de medicamentos para preservação do meio ambiente e da saúde Teddy Bear Case: Programa gardening at school Categoria: Participação Comunitária Baesa Case: Programa Comunidade Saudável Eletrobras/Eletrosul Case: Projeto Catadores de Materiais Recicláveis - Monte Cristo Facisc Case: Projeto IR - Iniciativa Responsável RBS TV Case: Um novo olhar sobre as pessoas: valorização, comunicação diferenciada e geração de novos negócios Unimed Grande Florianópolis Case: ParaUnimed: o paradesporto potencializando a inclusão social Woa Case: Woa - A nova marca da responsabilidade social Categoria: Desenvolvimento Cultural Celulose Irani Case: Grupo de teatro Flor do Mato: “Um olhar para a vida” Enercan Case: Projeto Música e Cidadania Portonave Case: Contém Cultura Tesc Case: Instituto Porta do Sol 224 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 2013 Categoria: Preservação ambiental Aurora Alimentos Case: Gestão ambiental Aurora Alimentos, um compromisso de todos Baesa (Energética Barra Grande S/A) Case: Programa Nosso Lago, Nossa Vida Celesc Distribuição Case: Banho de Energia FCDL-SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina) Case: Recicla CDL na escola Librelato Case: Prêmio Librelato Ambiental 2012 Malwee Malhas Case: Malwee - sistema inédito de tratamento de efluentes e economia anual de 200 milhões de litros de água do Rio Jaraguá Portonave – Terminais Portuários de Navegantes Case: Ecoponto Categoria: Participação Comunitária Döhler Case: Momento Döhler Eletrosul Case: Programa Voluntariado Corporativo Eletrosul Enercan (Campos Novos Energia S/A) Case: Programa Cidadão do Futuro Nord Eletric Case: Valor compartilhado: consciência social Sesi/SC Case: Campanha Sesi Farmácia de prevenção à hipertensão arterial Categoria: Desenvolvimento Cultural Grupo RBS Case: A educação precisa de respostas Sesc/SC Case: BiblioSesc Unimed Grande Florianópolis Case: Programa Cultural Unimed 225 T A N T O 226 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 227 T A N T O 228 E M 3 0 A S T R Ê S D É C A D A S D A A D V B / S C 229