|iE jornal da u4 tirania nâo tem rótulos E o que di\ Claude Roy em resposta ao norte-americano Noam Chomsky Página 4 Artigo de fundQ O esquecimento do essencial RAYMUNDO FAORO partidos estão dissolvidos e já cantaram a valsa da despedida, no encerramento da sessão do ConOs gresso, sem lágrimas e talvez com íntimo alvoroço. Há muitas misteriosas aleluias na alma dos moribundos, forrados de almas de giadiadores, saudando, diante da morte, a presença de César. Não por acaso, senão por uma vocação imperial subterrânea, o nome Arena freqüentou a cena política durante treze anos. Ao tempo que os partidos morrem, os partidos nascem. O rei é morto, viva o rei! Todas as reminiscências e alusões ficam dentro da nobre atmosfera da corte, longe da gente sem maneiras e de maus alfaiates, tudo como convém aos apêndices estatais que somem e que surgem. A sociedade civil, cuja existência a filosofia palaciana nega, que cresça e apareça. Por enquanto, em nome dessa ficção, teimam alguns sonhadores, em outro tempo chamados de nefelibatas, em crescer e aparecer, uns por haverem perdido o salto por cima, outros por amor à autenticidade. O fato é que as novas agremiações estão aí, já nos ensaios definitivos para o desfile próximo. A prova de que vivem e que já se desentendem e caminham para o debate áspero: a injúria pesada, a afronta dura e a troca de rombudas farpas. Dentro em pouco, algum cartório expedirá as necessárias certidões do registro de nascimento. O que resta é indagar para que tanta atividade, se para, outra vez, povoar a corte, ou para a disputa do poder. Os partidos existem em função das eleições. As eleições não são outra coisa, há longos anos, do que demonstrações inconseqüentes de aplauso ou de desagrado: Por meio delas não se tem chegado, salvo na dependente e submissa área municipal, ao governo, ao centro das decisões. Temos partidos e temos eleições e não sabemos o que fazer com uns e outras. Foi onde chegamos com a requintada, fina e astuta reforma partidária, que consumiu as horas preciosas dos magos ministeriais e mobilizou todo nosso fértil jardim de raposas. A utilidade de tantas fadigas e desse jogo de esquemas ficou para mais tarde, para o reino das hipóteses, que ora apontam, ora desmentem as eleições diretas. Se a monarquia é hereditária e hereditárias as capitanias,'por que tanto trabalho perdido? a u fc£ h N A Ç A fc*> 0 discurso do presidente Abandonada a euforia, reconhecem-se os fatos em sua J^^ 1979 SAO PAULO, SÁBADO 8 DE DEZEMBRO DE 1979 SÃO N» 89 ANO I CrS 10.00 realidade ^fl^ Página 4 Dólar a 42 Eesteéapen o começo do contra a cri £)È^AQ!JES; Começam os vestibulares: hoje, Mack, amanhã, Fuvest ' wS^&ytl^SE^^^sS^^^II^^Sl^^^^^^^ll^y' '¦^^^^^^^^m^Ê^S^9Ê^KS^Smm,^%'íy^^h:yy2 -•-ffifflErBflmlfffi- jBBKBH^Bi^^Klí^SBnra '^S^SRbIhBBI^BS^B^^M^SBB&v^^BSSw Página 12 Confirmado: João Paulo II visitará o Brasil em 80 Página 11 O assassino de Campinas, traído por duas injeções Página 13 Desvalorhpção do cruyiro em 30%. Fim do depósito sobre importações. Fim do depósito sobre viagens. Empréstimos externos congelados. Fim da 432, a caderneta das multinacionais. Incentivos fiscais eliminados. Mais liberdade para procurar petróleo. Estas sâo as medidas anunciadas pelo presidente Figueiredo, ontem à noite, num discurso em que expôs a estratégia para combater a crise econômica. Os inimigos sâo a inflação e a dívida externa, e o objetivo é enfrentá-los sem provocar recessão. "compreensão, Figueiredo pediu paciência e trabalho de todos nós". Empresários apoiam as medidas, sindicalistas criticam Os salários poderão subir mais de duas vezes ao ano, diz Macedo No Open, lucros de 20%. Na Boba, cai o movimento FloriifeMÁntfbBltft apressou as decisões do governo Páginas 5, 6 e 7 .i/l SÁBADO 8 DH DEZEMBRO DE 1979 gEPÜBLíCA PÁGINA 2 POLÍTICA AgendA No ar, o novo Figueiredo A falu do presidente da República ontem, revestiu-se de uma austeridade ainda não experimentada pelo chefe do governo, ao longo destes nove meses de governo. A lua-de-mel com o povo, que resultou na tentativa do populismo, terminou em Florianópolis. As pressões da crise econômica, tanto interna quanto externa, empurraram o governo no sentido de assumir uma nova postura, buscando mais coerência com a conjuntura de dificuldades enfrentada pelo pais.T Pela primeira vez, o presidente João Figueiredo foi à televisão falar aos brasileiros sobre crise e a respeito de problemas incômodos como inflação e programa energético alternativo. A decisão do presidente da República de assumir por inteiro o ônus da complexa situação econômica indica que terminou não só a fase dos apertos de mão e cafezinhos em bares das capitais brasileiras, mas, sobretudo, que se modificou, na essência, o estilo de governar. O presidente Figueiredo até aqui rejeitara o estilo consagrado pelo expresidente Ernesto Geisel. Deixara o Palácio para ir ao encontro das manifestações populares - preparadas ou não pelo seu dispositivo de comunicação - e se pôs a contar piadas e a oferecer respostas curtas e incisivas aos repórteres que o entrevistavam. Ao final destes nove meses de governo, contudo, seus assessores, alarmados, perceberam que as dlficuldades aumentavam e que alguns dos responsáveis pelo mecanismo decisório governamental - empolgados pelo populismo presidencial - simplesmente relêgavam a plano secundário definições importantes em favor do culto de uma imagem favorável. O novo estilo Figueiredo assemelha-se ao do ex-presidente Emilio Mediei, que delegou a condução da economia a Delfim Netto, da política a Leitão de Abreu e da segurança ao general Orlando Geisei. O atual presidente concentrou no mesmo Delfim Netto, em Golbery do Couto e Silva e Octávio Aguiar de Medeiros as linhas principais de ação governamental. E essa é a única semelhança com o outro governo revolucionário. Sua aparição nos vídeos de todo o pais, ontem lembrou também os projetosimpacto do governo Mediei. André Gustavo Stumpf Camilion, de Brasília para os EVA ou França pondeu perante a 2». Auditoria. O juiz abrirá vista dos autos à sua defesa, para que em seguida a Auditoria profira outra sentença. Será em maio do próximo ano que o embaixador da Argentina no Brasil, Oscar Camilion, deverá deixar seu posto. Camilion já anunciou, há algumas semanas, sua intenção de deixar o cargo uma vez que, com a assinatura do tratado de Itaipu e a reaproximação entre Brasil e Argentina, considera plenamente cumprida sua missão. De Brasília, segundo se comenta no Palácio de San Martin, sede da chancelaria argentina, Camilion poderia ir para a embaixada em Washington - justo prêmio^ para quem nunca esteve com a cotação tão alta nos quadros da diplomacia argentina. Há um problema, porém: também é candidato à embaixada argentina nos Estados Unidos um homem de toda a confiança do ministro da Economia José Alfredo Martinez de Hoz, o expresidente do Banco Central Christian Zimmerman. Tudo depende, daqui até ';.março, da influência que consiga manter em Buenos Aires o controvertido Mar7tinz de Hoz - cuja linha não conta propriamente com a simpatia do embaixador em Brasília. Se Martinez de Hoz ganhar a parada, pode sobrar para Camilion a embaixada na França. Leais à abertura, mas duros se for preciso Esperam-se remanejamentos na área militar. É voz corrente em Brasília que as mudanças atingirão, inclusive, oficiais superiores do Exército. As alterações previstas, em número de dezesseis, devem levar ao Estado- Maior das Forças Armadas o general Ferraz da Rocha para o Departamento de Engenharia e Comunicações, o general Florimar Cam, pello, e para Belo Horizonte o general Coelho Netto. Fala-se, também, na saída do general Antônio Bandeira do comando do III Exército, no Rio Grande do Sul. Todas as alterações, segundo os analistas, estão dentro de um mesmo espírito: colocar em postos-chaves oficiais leais à abertura, mas que possam ser duros quando necessário. Aragão recebeu o "habeas" do STM Por oito votos a dois, o Superior Tribunal Militar concedeu, ontem, habeascorpus ao ex-vice almirante Cândido da Costa Aragão, determinando ao juiz dá 2*. Auditoria da Marinha que o colocasse em liberdade. Aragão estava recolhido ao presídio de Caetano de Faria. O habeas-corpus anula, a partir das alegações finais, o processo que o excomandante dos Fuzileiros Navais, res- Passarinho reformista cita até João Paulo II O líder Jarbas Passarinho encaminhou ao ministro Petrônio Portella e ao senador José Sarney um documento de doze laudas, escrito a mão, com sugestoes para a doutrina do Partido Democrático. Depois de uma introdução situando o Brasil na conjuntura internacional, o líder passa a defender para o novo partido uma posição "reformista", distinta das outras três que existem no e a mundo: a conservadora, a socialista "a convicomunista. Depois de defender vencia" democrática e o respeito às minorias, Passarinho afirma que o Esta o não deve fazer da Segurança Nacional econômico, uma ideologia. No campo ele se diz contrário à "coletivização da economia" e acha que a propriedade privada dos bens de produção "só será legítima quando a serviço do bem comum". Para reforçar seu ponto de vista, ele cita o padre Lebret e o papa João PauloII. Diminuiu a miopia no Palácio do Planalto Atentos observadores da cena política oficial, depois de receberem o discurso presidencial de ontem, anotaram o seguinte detalhe, precioso segundo os colecionadores da corte brasiliense: os olhos do presidente Figueiredo são melhores que os do seu antecessor. Pois as laudas do discurso mostravam letras pequenas e um espaço menor, entre as linhas. Geisei gastava mais papel, com letras bem grandes e muito espaço entre os parágrafos. Há quem preferisse uma retirada gradual Brasília, sexta-feira, à tarde: ambiente tenso predominava nas salas de imprensa e corredores dos ministérios da área econômica. Todos buscavam maiores detalhes do discurso presidencial e da extensão das medidas que seriam tomadas na área econômica. Aos poucos, elas começaram a ser reveladas, recebendo aplausos incondicionais dos tecnocratas. Destoando um pouco, no Ministério da Fazenda, o secretário-executivo do Concex, Paulo Vellinho, reagiu à retirada total dos incentivos fiscais e creditícios para o setor exportador. Fazendo longos arrazoados, Vellinho disse que era favorável a uma retirada apenas parcial desses incentivos. MORANGOS PARA LAUDO O garçom servia morangos com calda de caramelo, ontem, no almoço anual da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, no Clube 'Paulistano. Nâo adiantou o ex-governador Laudo Natel recusar a oferta. A sobremesa terminou desabando sobre seu ombro, para consternação do deputado Israel Dias Novaes, sentado ao seu lado Guen-ilha: culpa do PCB? MINAS GERAIS Ulysses lança o PMDB criticando Tancredo JOSÉ EUSTÁQUIO DE OLIVEIRA, de Belo Horizonte Ao lançar, ontem, em Belo Horizonte, as Franco (MG) e Teotônio Vilela (AL), o artibases estaduais do Partido do Movimento culador principal do PMDB informou que a Democrático Brasileiro, (PMDB) o depu- comissão coordenadora dos trabalhos de tado Ulysses Guimarães não perdeu a opor- estruturação do partido se reunirá em jatunidade de exorcizar as pretensões oposi- neiro, em Brasília, para encerrar suas ativicionistas do PPB do senador Tancredo Ne- dades de elaboração do programa, estatuto ves e do deputado Magalhães Pinto. Depois e manifesto partidários. Em seguida, até no de reafirmar a disposição do PMDB de máximo o dia 15 de janeiro, os dirigentes continuar a luta pela convocação de uma do PMDB deverão submeter as conclusões Assembléia Nacional Constituinte como da comissão ao crivo de diversas correntes forma principal de restabelecimento da de- da opinião pública, principalmente lideres de associações de bairro e estumocracia no país e de denunciar a reforma sindicais,"além dos demais interessados na do manobra dantis, como governo para partidária luta democracia". Ulysses Guimarães no pela poder, permanecer Animado com as perspectivas futuras do disse que a credibilidade de seu partido "não será ditada PMDB, Ulysses Guimarães chegou incluPalácio Planalto e do pelo sim pelos votos da população brasileira". sive a lançar os candidatos a governador Mas Ulysses Guimarães não ficou nessa que seu partido apoiará nas eleições de pequena provocação ao PPB. Ele afirmou 1982. Itamar Franco para Minas, Marcos fará oposição apenas ao Freire, Pernambuco, Pedro Simon, no Rio que o PMDB não "desencadeará uma luta sem Grande do Sul, Franco Montoro, em Sâo mas governo, "Um é filho do outro, Paulo, foram os nomes mencionados, "pois tréguas áo regime". não tem cabimento combater as conseqüên- estão na boca do povo". Disse ainda que o cias sem combater as causas", disse Ulys- PMDB nào aceita a suspensão das eleições ses. E, rebatendo as acusações de parti- municipais em 1980, adiantando que a dários do governo e do senador Tancredo nova agremiação já está preparando seus Neves de que "o PMDB é o partido do Ar- quadros para concorrer ao pleito. Mas não foi apenas Ulysses Guimaraes", Ulysses Guimarães disse que sua agremiação é democrática e está disposta a rães que se aproveitou da viagem a Minas receber todos aqueles que querem o resta- para dirigir dardos contra o senador Tanbelecimento da verdade do voto no Brasil". credo Neves. Embora de maneira indireta, o Para ele, as acusações de que o PMDB é senador Teotônio Vilella também fez o um partido de radicais de esquerda não mesmo. Ao elogiar o senador Itamar prestava para confundir a opi- Franco, Teotônio Vilela disse que"não passam de manobras "Chamar-nos ficou de radicais é homenagem a uma figura que nião pública: uma velha técnica que já não dá certo, pois em cima do muro, não traiu a tradição libertária de Minas e tampouco está à espera o povo não acredita nisso". Itamar senadores de afagos e ofertas do Palácio do Planalto". dos Acompanhado "Os comunistas do partido sentem-se, de certa forma, responsáveis pela opção feita por centenas de jovens que morreram na guerrilha urbana. Foi por causa da linha extremamente pacifista, conciliatória atç, que o PCB adotou, a partir de 1967, que esses jovens deixaram as fileiras do partido e engajaram-se na luta armada. No VII Congresso do partido, que será realizado futuramente, os comunistas farão uma autocrítica profunda. A afirmação foi feita, ontem, em São Paulo, pelo secretáriogeral do Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes, durante o almoçoentrevista organizado pela Associação dos Jornalistas de Economia de São Paulo. Essa foi a única declaração nova de Prestes, ontem. Durante as duas horas e BASTIDORES Amaral Peixoto negocia com o partido do governo CARLOS ALBERTO SARDENBERG, de Brasília Uma vez convencido de que o governador Chagas Freitas se recusava mesmo a formar o Arenão no Rio de Janeiro, o governo colocou suas fichas num outro lance, ainda bastante alto: o senador Amaral Peixoto, velho pessedista, único senador biônico do MDB e que ainda mantém sua liderança no Estado, está sendo atraído para T\car no "PartidoDemocrático". A jogada é complicada e passa por uma questão de saúde: informações chegadas ao senador Amaral Peixoto dão conta de que o governador Chagas Freitas está com a saúde abalada, sendo muito provável que resolva retirar-se da política antes da conclusão de seu mandato. Nesse caso, assumiria o vicegovernador Hamilton Xavier, um político fiel a Amaral Peixoto. Eis todo o jogo: Amaral acabaria ficando com o govemo do Rio, tendo o apoio integral do Palácio do Pianalto para a administração e para formar ali o partido governista, inclusive escolhendo o próximo candidato a governador. E este seria o prefeito de Niterói, Walter Moreira Franco, genro de Amaral. É certo que Amaral e Moreira Franco foram da oposição nestes últimos quinze anos. E que perderiam votos se passassem para o governo. Mas os porta-vozes do governo vêm dizendo a Amaral que as oposições, no Rio, ficarão divididas entre o PMDB, o PPB de Tancredo Neves e o PTB, cada um com seu candidato a governador. Dessa forma, o partido governista teria enormes possibilidades de eleger o seu candidato. Amaral Peixoto ainda não fechou negocio. Mas, ontem, correligionários seus "por que enjá aderiram ao PMDB ouviram um a Amaral nào" que quando pediram quanto assinasse o livro dos fundadores do novo partido. A esperança desses correligionários está depositada no senador Nelson Carneiro. Eleito em 1978 com milhões de votos de oposição, pensam os emedebistas, o senador não tem como passar-se para o governo sem sofrer uma enorme desmoralização. E como Carneiro tem profundas e históricas ligações com Amaral Peixoto, esperam os emedebistas que o primeiro segure o segundo no PMDB. em todo caso, porta-vozes arenistas não escondem sua esperança de cooptar dois a três senadores emedebistas, todos do Rio. Pois além de Amaral e Nelson Carneiro, ainda há Hugo Ramos, já comprometido definitivamente com a Arena. Na bolsa partidária, ontem num dia morno, o senador Tancredo Neves não fez o lance que se esperava: a divulgaç.ão da lista de adesões ao seu Partido Popular Brasileiro. Mas, em todo o caso, o senador exicom nobia a segurança de quem contará "Seremos venta deputados em seu partido. o fiel da balança no Congresso", disse. ASSEMBLÉIA PAULISTA Maluf aumenta sua bancada mas pode perder a viagem VICENTE ALESSI FILHO "Se o governador Paulo Salim Maluf via- tos que para o MDB implicam em gastos jar no próximo dia 2, como pretende, para a exagerados para o contribuinte têm sido suArábia Saudita e o Iraque, poderá voltar mariamente arquivados. como mero turista", ameaçou, ontem, na É o que poderá acontecer, por exemplo, Assembléia Legislativa, o deputado Flávio com a emenda que propõe a transferência Bierrenbach, do MDB, presidente"O da Co- da capital. Sendo uma emenda, se depois de missão de Constituição e Justiça. gover- noventa dias ela não for votada, será, fatal e nador não pode sair do país sem a devida li- regimentalmente, arquivada. Por isto, os decença, e ainda não obteve esta licença", putados emedebistas parecem não se preodisse o deputado. ' cupar muito em ganhar o voto dos indeciDiga-se, porém, que a assessoria de Ma- sos. Eles confiam, em primeira instância, na luf não é responsável por essa situarão. A sua capacidade de obstrução. mensagem solicitando licença para a viaNeste caso, nem os votos dos catorze gem do governador foi enviada à Assem- "democráticos" resolverão o problema de bléia em tempo hábil e chegou até a ser vo- Maluf. Mas os catorze são, hoje, dezestada e aprovada em plenário. Só que a deci- seis, de acordo com ojá deputado Edson são foi anulada pelo presidente da Assem- Real, pois aderiram nas últimas horas José bléia, Robson Marinho, a pedido de Bier- Bustamante e Célio Rodrigues. Antônio renbach: faltava o exame prévio da Comis- Carlos Mesquita voltou atrás e se recompôs são de Constituição e Justiça, assim como o com o MDB. Porém, há um novo nome, seu parecer. A culpa, no caso, foi de uma no entanto, Real malufista "distração" da assessoria técnica da Mesa, agora o 169revelar. Comque, nao é a decerteza não quer que deixou de enviar a mensagem à comis- putada Nodeci Nogueira. Ontem à tarde, são. gabinete da presidência da Assembléia, Agora tudo pode acontecer. Mesmo por- no ela assinou o documento de adesão ao parfoi designado que o deputado José Yunes sucederá ao MDB. garantindo que tido relator especial e deverá apresentar o seu será que fiel ao programa do partido e à orientaparecer se o governador, por meio de outra ção da maioria da bancada. mensagem, pedir que a questão seja coloNo fim da tarde, um dado novo e capaz cada na ordem do dia. José Yunes vai apre"democrásentar um parecer contrário à viagem, de confundir: outro deputado -baseando-se nos gastos previstos da comi- tico" anunciava, com muita discrição, que o tiva de mais de trezentas pessoas. grupo, em bloco, acabará ingressando no Desde o malogro da emenda do plebis- futuro PPB de Tancredo e Magalhães cito, de autoria do próprio Yunes, o MDB Pinto. Segundo elei o Arenão, caminho nade bargaadotou a técnica da obstrução, usando, des- tural, significaria o fim do poder"democráticansadamente, os prazos de que dispõe, nas nha de que ainda dispõem os comissões técnicas. Assim, todos os proje- cos". mein de seu encontro com os jornalistas, o secretario geral do PCB reafirmou suas opiniões já expostas nos últimos dias. Sobre a linha de atuação do Partido Comunista, por exemplo, Preites voltou a mencionar as linhas básicas das metas seguidas pelo PCB, atual mente: lutar pelo fim da Lei de Segurança Nacional e demais leis de exceção; lutar pela ampliação da anistia e reivindicar liberdade de organização para todas as correntes políticas. On tem, Prestes criticou Jânio "um reacionário" -. elo giou Jango ("não era ilustrado, mas tinha uma boa cabeça política, mais do que o Brizola") e, questio nado sobre se aceitaria uma aliança com a burgucsia nacional, Prestes discorreu longamente sobre "Sóa questão para concluir: com a não-monopolista". volta ao rádiomesmo e bemSolícito humorado, Leonel Brizola chegou ontem ao meio dia em Porto Alegre, depois de uma homenagem silenciosa aos túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart, na quinta-feira, em São Borja. A noite, ele reviveu um antigo meio de comunicação política com seus eleitores, nos tempos anteriores a 64: fez uma palestra radiofônica sobre reforma parti: daria, transmitida para todo o Estado, pela rádio Farroupilha. No passado, essas palestras, longas e enfáticas, atingiam altos níveis de audiência. Brizola, ontem, parecia disposto & repetir os êxitos antigos. À tarde, trancou-se em casa de seu amigo Joaquim Macedo, no bairro Independência, só para preparar sua palestra. Até cancelou um encontro que teria na Assembléia Legislativa, com correligionários do futuro PTB. No aeroporto Salgado Filho, à sua chegada, Brizola disse que encarava "com naturalidade" as criticas de que estaria dividindo a oposição, ao insistir nas declarações contrárias ao PMDB e aos seus chefes políticos. E repetiu sua"é opinião de que o uma geléia geral, PMDB que não conduzirá"Oa nada", acrescentando: pluralismo na oposição é uma política mais complexa mas muito mais eficiente, pois se constitue numa ante-sala da Constituinte". Hoje, Brizola retorna ao Rio de Janeiro. As prisões, analisadas Para os estudantes e lideres que estiveram presos no DOPS, quinta-feira, em São Paulo, sua detenção teve dois motivos básicos: 1) intimidar as entidades oposicionistas que representam; 2) realizar manobra diversionista para garantir ao presidente João Figueiredo uma passagem tranqüila por São Paulo na quinta-feira pois, enquanto tratavam da libertação de seus presos, as entidades oposicionistas sindicais e estudantis desistiam das manifestações de protesto programadas para a visita de Figueiredo a Bienal. Luís Inácio da Silva, o Lula, dos metalúrgicos do ABCD, disse que considerou a prisão do economista Walter Barelli, do DIEESE, "uma provocação ao movimento sindical". Mas também não deixou de ladoa hipótese de que a detenção pretendeu apenas desviar a atenção dos sindicalistas, evitando que eles se preocupassem com a passagem do presidente por São Paulo. Nessa mesma linha, o deputado Almir Pazzianotto, do MDB, notou que Barelli, por ser muito querido pelos sindicalistas, envolveu na tentativa de libertação tolideranças das as principais "Enquanto isso. sindicais. nem se pensou mais em levar ao presidente qualquer reivindicação, ou reclamação". Ontem os quatro estudantes presos e mais o jornalista Arnaldo Schneider deram depoimento sobre sua prisão, na sede do Comitê Brasileiro de Anistia. Eles disseram que os policiais tentaram, inutilmente, esconder o fato de que as detenções estavam relacionadas com a visita presidencial. Um deles chegou a se trair, afirmando para Paulo Massoca e Esther Hambuerger que só seriam liberados "quando Figueiredo for embora". Os estudantes também concluíram que o DOPS, de fato, não comandara a ação, pela manhã, quando todos foram detidos em suas casas e conduzidos algemados e de olhos vendados até o cárcere. Paulo Massoca, por exemplo, diz que não foi sequer interrogado. Pelo contrário, ele é quem perguntava por que estava preso. E, no fim, deduziu que nem mesmo os policiais sabiam por quê. Um "Hyde Park" caboclo Final da tarde de ontem, no centro de São Paulo. Pouco mais de cinqüenta estudantes, frustrados pela pouca afluência ao ato público de protesto que haviam marcado para as 17 horas, no Largo de São Francisco, resolvem cancelar a manifestação e sair às ruas para distribuir panfletos contra as prisões efetuadas, anteontem, pelo DEOPS paulista. Chegam à Praça do Patriarca, defronte ao Teatro Municipal, e começam a se misturar aos pedestres. De repente, Marcelo Barbieri, o vicepresidente da UNE, sobe em um dos bancos de madeira do calçadão do fim da rua Barão de Itapetininga e começa a discursar, protestando contra as prisões, criticando o governo. O velho centro paulista torna-se um Hyde Park caboclo. Algumas centenas de atentos ouvintes cercam Barbieri. E logo aprovam a falação: "Pau neles", incentiva uma moça, uniforme de balconista do Mappin, ao ouvir o discurso de Paulo Massoca, candidato derrotado à presidência da UNE e um dos presos de anteontem, que sucedeu Barbieri na improvisada tribuna. A platéia aplaude Massoca afirma quando "em Florianópolis até que bêbado xingou Figueiredo". E o comício fica tão animado que, em pouco tempo, os ouvintes sobem no banco de madeira para falar. Um rapazinho negro, cabelo estilo black-power arranca risos. Manifestações de solidariedade e aprovação da massa, ao dizer: "Tá um sufoco geral". "Olhai", insiste o improvisado orador, mostrando a aliança na mão direita; "tô querendo casar e não posso: o salário não dá". Desce do banco aplaudidíssimo e é abraçado calorosamente pela noiva emocionada. Sobe então, ao banco, um rapaz de terno listado, camisa xadrez. E começa perguntando aos "Quem votou no presentes: Figueiredo? Você votou no Figueiredo ?"E a platéia em coro: "Eu não, eu não". "Pois é", prossegue o orador, "as coisas estão pretas pro lado do povo. E este presidente ainda quer cal?.r a boca da gente". É quando o seu auditório imita uma criado personagem de TV, "Querias, por Jô Soares: Figueiredo, querias". 4 PÁGINA 3 SAFADO 8 DE DEZEMBRO DE 1979 da comunidade. Deles depende o auOs Postos AvançaSão os Postos plantio, estimulam mento da qualidade Porisso,aaiação dos de Crédito Rural Avançados de Crédito novos programas, de novos Postos Avan- e da quantidade dos incentivam a criasão para os pequenos Rural que divulgam tividade do homem e çados não pode parar, alimentos que sustenagricultores como a novas técnicas de tam a população boa chuva-criadeira # urbana do País. em suas lavouras. -* •' yyí& ¦-¦¦¦$& wY mm %i?wÊ$k. H Hu • IIPI ¦ 41 ^Bk^mwkM^m^^BÊk^ mmà, Wm&k. íMwmw 1 *$(ÈmWÈmfflw XI II 1 \ H '*•Wíw^sú^ÕSmhHk» *- 9MB ^WBr vf H ' ' WÊÊÈ ' '¦' •' WÊê *J0k ¦"« .Wffiqsm. '%9YymM£\ ¦•')E&*ílsSa3fi£^Ç* 'Y^^m. .¦;¦ W^^^^m WÊÈ' Eoqueémaisimj portante: deles de-; í pende a elevação do; nível de vida da força trabalhadora, da qual o Brasil mais dependera num futuro bem próximo ..... i ') MíiÊmiâ-^ i Eles garantem orientaçãoaquemnunca soubeoqueéumbanco,um empréstimo, ou mesmo um simples conselho. Y%:Ay^xi- y"s%& ÜHB ;/- I r..- llllll ..&& ¦¦y.y ¦ i^H^BV %J$m'y$k «Ml'» Eles representam a esperança de uma vida melhor,mais digna e mais justa. ' ¦ '''*¦»>¦ ¦> %K vmÊÈx WÈk:yk' ':g^aw!8feIi^EER;j; & ' WrwÊk-.. mÊÊi ylÊÊÈk WÈ mm w:;; im ''^Êè WHÊÊk $p?F im ÍSÍÍHh^ShH^ b^co do brasil sa k^h|"| 1^'JHãP-ÉyBH^iã <%&. ^ BANCO DO BRASIL ^S^^^IP^k ¦M O M .. • ^j féM l«¥™*3^\ H > 'TTí TTTl Tt - \T Ty TT ™ Ty ' ¦ -riyrwf TTT^ T^ T^ TT ' SÁBADO 8 DE DRZHMBRO DE 1979 -gEPÜBLíCA PÁGINA 4 ¦D1T0RÍAL tr/^^Lí\'#*- 1 '¦ ij i^fc'''' CAULOS "Sr. redator: Acredito que o representante dn Organizaçào da Libertação dn Palestina no Brasil, sr. Farid Sawan, tem suas razòcs para tcntnr vender aqui o seu peixe. Mas embora nceitnndo que ele faça suas tcntativns, nào se pode deixar de louvnr os jovens vnnguardistns hcbreus que o impediram de falar, há nlguns dias. no diretório de Pinheiros do MDB. Afinnl, os hebreus foram a Palestina c conquistaram o território, seja comprando-o dos árabes ali residentes, seja tomando-o pela força dns armas, nas sucessivas guerras ali ocorridas. Na verdade, quem não tem competência não se estabelece; os árabes nào sào bons de guerra e Israel e seus jovens c moças abriram o caminho. Quem não tem nào dá, quem não pode não oferece. Toda essa choradeira dos palestinos nào comove as pessoas realistas. Vocês já viram por acaso alguém dar algum pedaço de território se nâo for à força? Quando os palestinos conseguirem formar um Exercito forte que lhes permita invadir Israel, então veremos, mas assim mesmo tenho minhas dúvidas." Q% —r -jr «<r y Carta aberta a Noam Chomstyilf*) CLAUDE ROY, de Le Nouvel Observateur "Caro Noam Chomsky zão, os exageros às vezes grosseiros da propaganda ocidental, que tende Ê curioso - Você escrevia no Le a 'arredondar', os números, seja cm Monde, em março deste ano - que a relação aos campos soviéticos, seja descoberta do Gulag se tenha dado total de quanto aos vietnamitas, o ao fim da guerra do Vietnã, quando mortos. de ou prisioneiros convinha desviar a atenção para ouMas apartirde qual número uma trás atrocidades... É por essa repressão se torna escandalosa? A mesma razão que se faz na França e de em partir de que número os campos nos EUA tanta publicidade condesão Auschwitz e de Kolyma torno das atrocidades que se produnáveis? Quantos zeros foi preciso ziram nos paises da Indochina, soesperar para que a população conA bretudo no Vietnã e no Camboja. centracionária da URSS se tornasse esta altura, pouco importa que os por que os joruma infâmia? Seria fatos sejam verídicos ou não ... Se 'incham' os numeamericanos nais as atrocidades existem, faz-se dos vitimas das enormes, si de ros já alarde. Se não são suficientes, 'socialistas' e, ao inverso encopaises inventa-se. lhem' os relativos às vítimas na NiOra, o que a leitura de seu texto carágua ou no Timor que algo muda de Change me sugere è que convenno fato incontestável de que Stalin cido de que no que se refere ao matou mais comunistas e russos do mas reais, fatos existem Camboja que Hitler? igualmente fatos exagerados, distorSeria cometer uma injúria com mantém, cidos e inventados, você 'alardeavocê perguntar-lhe se você não desem relação a todos os fatos confia das piores realidades dos Orlando dos', uma espécie de reserva prelimi'socialistas' Regis porque elas são nar de ceticismo provisório. países Buenavída, RJ 'úteis' ao imperialismo? Debray e você lembram que a reimportadas, apesar da ressalva esboçam providências de longo Tomemos o sistema concentra"Sr. redator: Desde o comunicado de pressão, a opressão, os massacres e derivados aumento último o reclamadas, soviético. Você declarava, muito cionário há exclusiva que alcance, são obra o genocídio não quinta-feira do Banco Central, 'É curioso a absorveu do dos em março: das ditos firmeza que a descoEstados já dos à apelo a mao petróleo do imperialismo com antidemocrática e Absurda suspendendo todas as operações 'socialistas'. Regis Deetc'; etc Essas Gulag anunciada. berta do medida agora autoridades e, entre elas, a suQue o imperialismo dos ncira pela qual se comportaram os jocom moeda estrangeira, uma em declara lado, seu ao bray, faz sistemáticaconseqüências Estados ocidentais as inevitáveis que vens judeus que impediram, recente'Gulag é uma densa e inquieta expectativa desprema. Chegou o momento, é a imChange: das fapalavra da Sawan na decorrentes mente às sr. Farid do virão, somadas mente, a palestra grande propaganda ceu sobre o país. Na mesma ocaprimeira observação que sugere a lhas de seus adversários e faz metoposta pelo imperialismo ... que não compulsório sede do diretório do MDB em Pinheiros. depósito do retirada a abandonar de fala mais as ainda despertando sião, presidencial, exige verificação empírica'. crimes os silêncio sobre o dicamente O sr. Sawan tem todo o direito de fazer 'im; das importações, atenuadas estas euforia e reconhecer os fatos em o anunciou-Se atenções, Parece-me que antes de ser pronunresponsáveis. são de não de dever e eles o que a sua palestra políticos amortecide mecanismos com contoda sua sombria realidade, ciamento à nação do presidente Ambos citam numerosos exemplos, posto pelo imperialismo', Gulag é impedi-la. Quando é o sr. rabino Henry mento a serem implantados. os brasileiros os vocando anos, para muitos Há uma palavra criada pela administraexdo República. da conhecido de do caso macacos Sobel quem fala, eles, como pouco maus momentos, que devem do povo de Timor oriental termínio desde que foram abandonados os ção soviética dos campos, utilizando auditório, lotam as dependências e fade ousubsídios, dos A queda atravessá-los, as iniciais da designação oficial. Foi conscientemente aos crimes maciços perpetrados peimpactos, cultivados no governo zcm apoteose, ajudados pela imprensa. dos exceção com lado, tro que da Latina, da América de uma e ditaduras a boca Ias abrir o narcótico nem sem popularizado com a publicação dos propaJá o sr. Sawan Mediei, não se tinha notícia de pode e a AmaNordeste o três livros, de Soljenitsin. Mesmo à Nicarágua, Argentina enganadora. privilegiam e passando insincera é vaiado, impedido. Será que os jovens uma decisão do chefe do goganda inequívocaefeitos tem etc. zônia, que este se tenha tornado o eslavoQuem podepelo Haiti, o Zaire Havia, mesmo em círculos judeus assimilaram tão bem o famigeverno, tomada sem a colaboraa esfilo reacionário partidário da autovocê de destruir e Debray ao de discordar à benéficos, ria relativa, mente democracia rado conceito de não-governamentais, incomsob sua excludo Congresso, ção cracia, como descreve Andrei Situfa que artificializava o capitamoda brasileira, esquecidos de que é quanto a isso? acerca da dívida Na sua responsabilidade. siva pudor preensível niavski , é verdade, sim ou não, acrescentam vocês ou lismo brasileiro. Não se pode deiQuando perfeitamente possível haver peru 'intelectuais de que externa, que, à sociedade, se reapresentou-se o fala, espresidente nós, a cabe nos democránão que Arquipélago Gulag é um testexar de atentar para outro aspecto peixe à brasileira, porém diretamente perante a nação, em petiu não constituir fonte de inmunho veraz, e nas difíceis circunsdenunrevelar, ocidentais, cia à brasileira. Democracia é ou não é querda' altamente positivo do conjunto agora véu foi Esse um tódefinir tâncias de sua redação, um trabalho lance raro, nossos os quietações. o combater e de falar ciar gopara que e isso implica o direito do outro de deliberações: a que põe um no rescorajosamente, rasgado de historiador sério? Você não totalda estou pois também importante, Enfim, vemos fazem, realmente vaiado. só depois "caderneta e ser ouvido c pico, 'sugesdas à definitivo termo uma mediante situação senão dessa desera, reconhecimento mente de acordo. Eu não ponde, o direito de falar é de todos nós jupolítica econômico-financeira, multinacionais", consagrada na graçadamente, como você, meu tão negativa'. deus, palestinos, muçulmanos, budistas, com amplas repercussões em tograve está o centro das decisões 'antileninista aos 12 desta Elimina-se, 432. Sim, o que 6 terrivelmente consresolução tabu caro Chomsky, um ou brancos espíritas, adotadas. ou ateus pretos Quebrou-se das as áreas. especulação, de foco de um há cerca sorte, trangedor nas suas declarações e anos de idade'. Mas senão a democracia se torna mesmo reNão passe despercebido o que, no seu irracionalismo, tinha de esoucomo bem testemunhos nas de Regis Debray é sua ambigüianos segundo O relativa. que, que lativa, cada vez mais quarenta que, irradiações imobilizantes. comprometimento da autoridade exterior, tros 'intelectuais de esquerda', eu dade. Passa-se constantemente da no brasileiros tudantes não deu para entender, por outro lado, é esse não quis que presidencial, dos crimes e os critica minuciosa aos exageros da combato os erros a atitude dos responsáveis pelo diretório tornara-se modelo de tolice na- 'meus', Não se conseguiu, entretanto, mide seus mais ou em um cudar de Madagascar massacre do a propaganda ocidental quanto à redo MDB: como não garantiram palacional à custa dos recursos do com a maxidesvalorização, eliministros, preferindo afrontar, com codo do Vietnã; à vra ao sr. Farid Sawan? Dizem que na pressão no Leste e na Ásia ao arguguerra primeira lucro especulativo de nosociais, custos para país, nar à repercussões luta as pesados autoridade, Argélia sua mento, segundo o qual, os outros - e da da meço guerra democracia todos são iguais entre si. Só O afortunados. hábeis alguns sea inflação meadamente que, não nós - fazem a jnesma coisa. contra a tortura institucionalizada das medidas tomadas. Outro asque, ao que tudo indica, na nossa demorepercusoutras de dirá tempo A dívida acelerará. russos, chise a Campos de reeducação'Sem ali; do Manifesto dos 121', após guramente, cracia à brasileira, alguns são mais pecto, também relevante, é a quenão hora, da calor no mas, soes, dúvida mais em vietnamitas? a até converter Vietnã se neses, do ao externa, segunda guerra poliiguais do que os outros. E para termibra da inércia em torno de proa tica africana reconhecer de os deixar segundo se injustiça, África na terrível França maior uma da lança pode devidos, cruzeiros nar, um absurdo cometido pelos jovens blemas fundamentais, pois à inérOcidente o do suas libertários nas importância critérios o Então, presidengesto que negra. naciopalaempresas manifestantes: chamaram o sr. Sawan as sobre que, peso cia eqüivaliam os paliativos até nunca aceitou', escreve você; mas ciai, ainda que, a curto prazo, se- vras, deixou-me perplexo? de terrorista. Ao que tudo indica, não se nais, com o reflexo altista em vez, com Desta decretados. aqui conselho o lugar, aos Em correções necessárias para acrescentar em seguida que os deve atirar pedras no telhado do vizinho primeiro jam toda a economia. No mesmo sendo chefe 'tático' do direção a governo, dão, nos ambos ingleses e os americanos organizae ético que atos ontem decretados. quando se tem telhado de vidro: o tido, encarecerão as mercadorias se e da fundo ao foi-se questão do somente ram, após a guerra, campos de reenos ocuparmos de Menahem que Israel, primeiro-ministro de ducação para os prisioneiros alese passa entre nós. Acho surpreenBegin, foi membro de uma instituição Regis como homem mães e italianos. Nao existe ai uma um dente que terrorista, a Irgun, que entre muitos ouespetaculafalsa simetria, uma dessas falsas jadeu coDebray, de provas tros atos (assassinatos que palestinos nelas que não correspondem à realires e corajosas de seu internacionametidos aos montes), praticou o célebre 'cona agora dade? As falsas simetrias não falnos aconselhe lismo, atentado do Hotel King David. Pore apenas aqui tam, aliás, em seu texto de Change: esforço' nosso centrar os tais entende não se tanto, jovens que 'fazer a crítica racional das os processos dos tribunais islâmicos aqui, a ajam como agiram, portando-se como o • r. São a chegada vivemos', tua comparados ao julgamento de Nuda onde dia sociedades No porque macaco da lenda africana, que se sen'perderíamos nosso tempo de fizésdo diretor remberg; a propaganda americana o tava sobre o muro, com o rabo esconPaulo foram presos comparada â do Terceiro Reich; os semos uma análise do Pravda\ dido, e ria a bandeiras despregadas dos D1EESE, Walter Barelli, e mais boat people da Ásia comparados Acho estranho que você possa esrabos dos outros bichos. Quem tem sete sindicalistas e estudantes. Os meios políticos se agitam, artiAs cassandras, nostálgicas dos russo aos fugitivos da guerra revoluciointelecutual um TSe rabo comprido ..." crever: culam, discutem, ocupando o notianos de autoritarismo dos quais esdo nária nos Estados Unidos etc. a Segundo Barelli, o próprio direcontra guerra comunicação. de protestasse ciário dos meios tamos lentamente emergindo, que tiefeito. ele Você não defende o regime do Clóvis Pacheco F., nenhum disse lhe teria que Vietnã, não tor do DOPS Com o recesso parlamentar, levam a boca na botija e não griBom. Mas você pesa, Em Camboja. multo. Guarujá, SP equiponham impressionaria lamentável nos Não nha sido preso por de Brasília para os Estados^ suas tem "aqui, dei Rei", como se tivesbalança do estatisintea delicada com esse disse o compensação, que O voco. profundas e graves preocupações. sem posto a mão em subversivos invítimas de uma revolução as tico, Checpslováquia?' a sobre lectual pais supõe, diante dessa concentraçãofiltrados nos quebra-quebras ocorrie as vitimas socialista dizia se os dizer jorn?ldavocê Novidade.EstetallamentávelequíSe que protesque esquer ção de esforços e de notícias, que dos em São Paulo e no Rio de Jareacionárias, das ditaduras Politburo do_ da Conpara tos de um porta-voz voco é alguma dissidência teja em causa o seu destino. Na verneiro, neste final de semana. Nas concluir que o número das últimas é contra a guerra do Vietnã não o imapaSocialista que o DOPS vergência circunspectas das apesar dade, duas depredações, sobre as quais o muito maior do que a das primeiras. pressionam muito, eu diria que a rências, estão cuidando de tramas descobriu? Deve ser, porque até 'As atrocidades de Timor são muito JORNAL DA REPÚBLICA deu o ante Mas mim também não. procuidam somente da FIESP triviais: diretor mais bem nenhum agora não D1RETOR-PRESIDENTE veraz cobertura, ontem ampla e mais importantes, proporcionaltesto de um soviético independente de seu próprio destino. Atarefam-se foi preso por lamentável equívoco. Raymundo Faoro houve o menor traço de radicalismo mente à população, do que as do deMedvedev) Roy que (exemplo, convém lhes para saber se melhor EDITOR CHEFE Camboja... Em maio de 1979, bombaros político ou de manipulação ideolótempo mesmo nuncia ao este ou aquele partido, o Arenão, o Mino Carta 140 mil refugiados das Filipinas fude gica. Houve uma explosão de ira poe a ocupação Vietnã do deios do do dr. Tancredo, o sucessor irritação uma de resultante me pular, giram, aterrorizados pela repressão Praga, então eu diria, sim, isso CONSELHO DE DIREÇÃO MDB, o PTB e outros menos votaincontrolável. tornando se $$$ está de Marcos. É mais do que os vietnamono se, que Mesmo impressiona. Armando V. Salem, dos nas preferências íntimas. A luta, Acossado por toda sorte de privamitas, até agora ..' nào manifesta, ela se em mento Cláudio Abramo. sobre que que se diria uma guerra, versa Ao longo do texto de Change você os srs. sobre ções, humilhado pelo açoite das efeito nenhum terá Fernando Sar.doval de número o adesões, 'Sobre o Camboja, assistiparlamentares - mais vida de atuais condições repete:: necesé Não e Kissinger. Brejnev Hélio de Almeida, Mino Carta que estão na manga do casaco deste 'um de morte condições certo diríamos mos a uma das maiores campanhas efeito' para fazer as sário obter Raymundo Faoro, ou daquele prócer. - o povo começou a perdisfarçada insistir. êxito coisas, nem ter publicitárias da história.Os intelecpara Tão Gomes Pinto der a paciência. Agora investe conuma século tuais franceses gritam a respeito do meio durante Como DIRETOR RESPONSÁVEL Enquanto os políticos se perdem 'intelectuais de estra a Fepasa e a Rede Ferroviária Camboja, allando-se assim ao coro dos parte grande Armando V. Salem em seus cálculos e nas suas hábeis Federal vendo na má qualidade que ao opor internacional e não dizem uma paocidentais puderam querda' manobras, a nação segue seu curso, ENCONTRO EDITORIAL LTDA. 'imperialismo', estágio se alastra nesses serviços públicos do lavra sobre Timor. As atrocidades supremo ignorando-os. Tem ela, tem o povo DIRETORES indispensáveis um dos símliolos da de imperiado Camboja são úteis na reconstruausência a capitalismo, cuidaoutros outras preocupações, Armando V. Salem 'socialistas' incompetência que está fazendo da dos lismo pareceçporda ideologia imperialista'. países dos, bem mais vivos, bem mais urFernando Sandoval vida humana neste pais uma estação É verdade que, dos primeiros teshoje em dia procurar essencial me Mino Carta gentes. Na Paulicéia que um dos seus do inferno. Nas manifestações da ira sobre os campos soviétitamtemunhos surgiram compreender como Raymundo Faoro maiores poetas chamou de desvaio que está sendo colocado é Kruchev, e de Jean um relatório ao soviético, cos imperialismo popular bém um Nunca se conheceu maior diTão Gomes Pinto rada, numa premonição tão típica o problema da falta de respeito do os campos chiimperevelando Pasqualini um vietnamita, imperialismo fantasia e a real vórcio entre o pais uma simem dias de vates é dos A carestia que Paul ou Anthony Barron, a neses pessoas. etc. governo pelas PAULO chinês SÃO rialismo de seus supostos representantes. A a expressão mais aguda do desaRedação, Administração rj Publicidade; o revelando Ponchaud, declapies visita presidencial a transformade suas François tema Um segundo astronômica inflação dilacera os orRua da Consolação, 293. 8' ao 12' andar ria numa praça de guerra, o sr. João humano ao qual são relegadas desvelar Camboja, do horror co-entrevistado seu de preço e quem rações fatos ecoos 'soTelefones: 258-6699. 258-8244. çamentos domésticos, Figueiredo disse que só admitia uma as nossas populações. Sobem os a verdade verdadeira sobre os deixa-me ainda mais perplexo. É um "oposição sã". Como ninguém sabe 257-0099 (Publicidade) nômicos apresentam uma fisionoe alucinada numa girândola cialismos existentes' arrisca-se a lepreços Caixa Postal: 22185 tema que nunca foi suficientemente mia que espanta. Nada disso vêem o que pode ser uma oposição vitamiem outra desce a qualidade dos serEnd. Teiegràfico: var a água ao moinho daqueles para Você não diz em nedesenvolvido. no campaextraviados os políticos, nada, resta a hipótese de que se viços públicos vitais. Entre a ascenEDITRÉS ICEP: 01310 - Sâo Paulo-SPI. consistema os quais o mais banal seguro social o momento nhum que nano de suas questiúnculas. A in'socialismo' trata da oposição de Sua Majestade Sucursal BRASÍLIA (DF): são vertiginosa de uns e a queda mera uma é já um seja russo que é preciso centracionário viagricultura a o comércio, dústria, menos tudo Rádio Center. fazer Brasília Edifícios SRTN aquela que pode afrontosa de outros, o governo pascalar-nos por Devemos adversária, combater. invenção da propaganda vem dias de angústia, de incertezas e Salas 3060''61 Fones: 225-9296 I oposição ao trono. Desse conceito seia a sua olímpica indiferença. E ao moinho Pol levam água de Os regime isso? o menos e muito que que de duvidosas espectativas. Os traba225-8396 / 224-6873 de rei, o presidente saltou para outra a abandona é para mobiliantes dos humano. são os do adversário um regime quando , sido Pot tenha que os saminguar-lhes lhadores sentem SUCURSAL RIO DE JANEIRO (RJ): a sua democráde a violência, declaração: de que seu zar o de sanmenor levaram as torrentes a potencial outros, alimentar não 63 Você parece láríos, quando não é o emprego que ""Av. Almirante Barroso, 'sóciacia é a "dos paulistas de 1932". Soagredindo, brutalizando, pisoteando da história." do moinho ao virtudes as sobre ilusão conj. 801 a 805. gue se torna difícil. Vivendo em outro berbo enunciado político. Essa deos agrupamentos humanos inconFone: 242-2020 lismo existente'. sonâmbulos entre sombras, de anos 47 planeta, tem mocracia de miséria joanina formados com o quadro (*) O conhecido lingüista Impresso na SA. Diário da Noite Contudo, uma preocupação classe chamada da polimembros os a atraso e vai vigir (irá?) para popusocial que aí está. Esgotaram-se as Noam Cnomsky VENDA AVULSA e a muito louvável com a precisão tica circulam indiferentes entre os 10.00 lação de um pais cuja metade dos CrS reservas de calma e até mesmo de em entrevista a São Paulo recentemente, você, constanteconduz fez exatidão, fatos. CrS 12.00 Rio de Janeiro habitantes de hoje sequer havia nashumildade de nossa gente. Mas nem Debray para a revista Change Regis contabilidade de a trabalhos mente, "declarações Porto íleçjre. Florianópolis. cido. esse fato sensibiliza o governo, que irônicas sobre os dos cadáveres e de aritmética do Curitiba, Belo Horizonte e Não estranhem se a nação vem tratando a nação como um redo Ocidente CrS 14,00 intelectuais cálculos Brasília Esses '.derramado. sangue lhes voltar sumariamente as costas, Quando esses brasileiros debanho que nào tem outro destino seSalvador, Recife e na empenhados e nào as confundir propaganda em questões miúseus de podem também desinteressada !3-0° rem de cara com a democracia do CrS Fortaleza não o matadouro. Chega de brincar cambojanos. refugiados ratorno dos com Você critica, e;clarecê-las. CrS 16.00 dos passos solitários. Demais cidades João vão pensar que é assombração. com fogo. Um gesto importante Chega de brincar com fogo PRIMO FIGUEIREDO ppPUBLíQV Os jovens na democracia . < do João A nação e a classe poh -REPUBLICA: SÁBADO 8 DI: DEZEMBRO DE 1 o^o «i PÁGINA 5 O GOVERNO E A CRISE nuna ova estrale íi- "Medidas corajosas" para enfrentar a crise, diz o presidente da República. Mas o que acontecerá agora com a inflação? Incidente de Florianópolis apressa fala presidencial ALOYSIO BIONDI O combate à inflação sem provocar recessão mereceu toda a primeira • parte do longo pronunciamento que o presidente João Baptista Figueiredo fe? onicm à nação, para anunciar uma imensa relação de medidas drásticas na área econômica, afirmando sentir, "nas manifestações de todos os segmentos da sociedade brasileira, a necessidade imperiosa de adotar medidas corajosas c urgentes, para reordenar os rumos da economia nacional". Na verdade, porém, o lugar de honra da fala presidencial deveria caber ao problema da divida externa, ao balanço dc pagamentos brasileiros, pois. foi a crise nessas áreas o objetivo efetivamente visado pelas medidas ontem anunciadas. Tanto que deverão, mesmo, acelerar a alta de preços. nestes próximos meses I Maxidesvalorização do cruzeiro - a moeda nacional caiu 30% diante do dólar, que passou a valer CrS 42.53 a partir de hoje. A medida tem o objetivo de estimular as exportaçôes. Mas encarecerá as importações. e aumentará a divida externa das empresas, que precisarão aumentar seus preços para "juntar dinheiro" para pagar as prestações dos empréstimos contraídos no exterior. Além disso - outro efeito inflacionário - os empresários e agricultores insistem em vender seus produtos no mercado interno, pelo mesmo preço que obteriam no exterior. E, com a desvalorização do cruzeiro, esse preço subiu aqui dentro. 2. Imposto de exportação - sobre produtos agrícolas. Uma forma de "confisco", como já existe para o café. Como os lucros dos exportadores subirão muito, com a maxidesvalorização. o governo vai apropriar-se de uma parte desses lucros. Com isso, reduzirá o déficit do Tesouro. 3. Fim ao depósito sobre importações - criado por Sitnonscn, para conter as importações. Extinto agora, para "baratear as importações", para compensar, em parte, o aumento trazido pela maxidesvalorização. A medida tem ainda o objetivo dc conseguir a simpatia dos países que mantêm operações de comércio com o Brasil, sobretudo os países ricos, que se queixavam das "restrições ás importações" impostas pelo governo brasileiro. Espera-se, assim, abrir caminho para as exportações brasileiras. Um instrumento do "modelo exportador". 4. Fim do depósito sobre o turismo - outro gesto dc boa vontade do governo brasileiro, atendendo a pressões do setor turístico internacional. Os agentes de viagem no exterior ameacavam boicotar a inclusão do Brasil nos roteiros recomendados a seus clientes, por causa das restrições impostas à saida dc turistas brasileiros, via depósito. 5. Facilidades para pesquisar petróleo - talvez o tema mais explosivo de todo o pacote, colocado em termos vagos pelo presidente da República. Mas, na véspera, o ministro Camilo Penna dissera que o governo deveria abrandar as condições impostas pela Petrobrás na assinatura de contratos dc risco, para permitir que a pesquisa de petróleo no pais se acelerasse. Grupos paulistas vinham também pressionando nesse sentido, e não faltaram interpretações, nos últimos meses, de que a ofensiva do governo paulista, na área de exploração do petróleo. era o indicio de um processo para quebrar o monopólio da Petrobrás na área. 6. Apoio a empresas nacionais com a maxidesvalorização, as empre- sas que contraíram empréstimos no exterior terão sua divida externa aumentada, c poderão enfrentar" custos adicionais insuportáveis", diz o presidente. Os recursos do imposto dc exportação de produtos agrícolas poderão ser utilizados para socorrê-las. Com ela, muda toda a postura de Figueiredo: acabou o tempo de conversar nos bares. No discurso, a mão de Delfim Netto e do vice Aureliano Chaves ai: l 1 ru ANDRÉ GUSTAVO STUMPF, de Brasilia 7. Controle das importações das estatais - para reduzir os gastos no exterior, aumentar a colocação de encomendas à industria nacional e ainda combater a inflação, as empresas deverão comprar 20% a menos no exterior,xm 1980 (descontada a inflação mundial, o corte será ainda maior). Diz um influente assessor do presidente da República que a sua lua-demel com o povo, ostensiva nas viagens pelas cidades do país, terminou nos incidentes na semana passada cm Florianópolis. Terminou naquele dia a romântica idéia dc que o presidente estava lenta e seguramente unindo interesses outrora divergentes. de onde brotaria um novo espírito conciliatório, tanto na politica quanto na economia, dentre as angústias sociais. A experiência desastrada de Florianópolis certamente ainda vai merecer muitas interpretações, mas a do governo, aquela que vingou na assessoria presidencial.aponta na direção de uma inesperada ação popular - ainda que seja unicamente estudantil - e de uma ainda mais inesperada reação do próprio presidente. Outro qualificado assessor presidencial, nesta semana, fazia uma embaraçosa pergunta. "Se você fosse um banqueiro inglês, que já emprestou milhares 8. Fim dos subsídios às exportações - as empresas tinham o perdão do IPI e do ICM, como estímulo às vendas no exterior. Como a maxidesvalorização aumentará seus ganhos, esses subsídios foram cancelados, pondo fim a um dos instrumentos concentradores da renda. 9. Fim dos subsídios às indústrias - de todo o "pacote", esta foi a única decisão que não está verdadeiramente ligada ao balanço de pagamentos, à dívida externa e ao "modelo exportador". A medida, já era esperada, isto é, já fora confirmada várias vezes pelos ministros do Planejamento e da Fazenda, devendo entrar em vigor a qualquer momento. Trata-se de uma decisão destinada, efetivamente, a corrigir uma das distorções fundamentais do chamado "capitalismo seivagem" brasileiro, a saber, a doação de capital, sob a forma de "perdão de impostos" e subsídios nas taxas de juros. no crédito, às empresas - geralmente, grandes grupos empresariais. Doravante, o perdão de impostos fica reservado às regiões do Nordeste e Amazônia, ou projetos de grande interesse nacional. dc dólares ao governo brasileiro, e um dia abrisse as páginas do The Times c visse a fotografia do presidente do Brasil cm plena rua, iria pensar que. no minimo está surgindo um ayatollah tropical." A idéia de popularizar a imagem presidencial ao sabor de uma nova versão do populismo acabou naquele dia, substituida pela atitude austera dc um presidente disposto a enfrentar a realidade da crise econômica nacional e internacional, correndo até mesmo o ônus de impopularidade. Porque, ao lado destas constatações pragmàticas, a assessoria presidênciai e os órgãos de informação do governo diziam, alarmados, que a situação econômica do país se deteriorava a passos largos, dentro do próprio horizonte de expectativas da sociedade. A proposta da "economia de guerra", feita em tom pomposo pelo presidente da República, estz completamente desgastada e não c ontem nenhum apelo popular. nem qualquer atrativo mobilizador. Os recursos retóricos, sobretudo os da comunicação social, foram esgotando-sc um a um para desalento de quem sabe que a Arábia Saudita - um dos principais fornecedores de petróleo ao Brasil - já não possui um nível interno de coesão política razoável e que os membros da OPEP estão concordando cm colocar 20% de sua produção dc petróleo no mercado livre. O incidente de Florianópolis não se constitui no motivo, mas certamente apressou a chegada de idéias e estudos, alguns antigos, até o nivel decisório mais graduado na escala federal. Na última quarta-feira, logo após a reunião do Conselho do Desenvolvimento Econômico, reuniram-se todos os ministros de assessoria direta do presidente (Golbery do Couto c Silva, Octávio Aguiar de Medeiros. Danilo Venturini e Antônio Delfim Netto. mais o secretário particular Heiror Ferreira c o vice-presidente Aureliano Chaves de Mendonça e começou a discussão dos temas a que o presidente deveria referirse num discurso à nação. E já na quarta os assessores presidenciais marcaram a data dc ontem para o pronunciamento à nação. Nas definições sobre politica energética, influiu o vice-presidente Aureliano Chaves. O ministro do Planejamento, Antônio Delfim Netto. foi o inspirador de todas as referências de política econômica. Rischbieter participou de reuniões na quinta. Delfim Netto trabalhou muito nesta semana. Cancelou a maioria de suas audiências e se entregou por inteiro à tarefa de reformular, mais uma vez, os rumos da economia brasileira. Trabalhou na quinta-feira até tarde da noite no Palácio do Pianalto e ontem discutiu com os assessores do presidente detalhes do discurso até algumas horas antes da gravação, feita ás 16 horas. s mudanças para enfrentar a "Brasileiros, compatriotas Iodas as regiões do Brasil: de Desde o primeiro momento, em que assumi as responsabilidades do governo, senti claramente que não poderia realizar os anseios da sociedade brasileira de prosperiilade econômica e bem-estar sociai, sem atacar, como medida prioritária o grave problema da inflação. A inflação inconlrolada é o inimigo insidioso que solapa as bases da tranqüilidade social e da estabilidade política. Ela mina, sorrateira, os próprios alicerces da sociedade, porque desestimula e distorce os investimentos produtivos, criadores de emprego, e gera pressões perniciosas de desequilíbrio do balanço de pagamentos internacionais. No primeiro caso, acirram-se os ânimos e as insatisfacões das camudas mais numerosas da população e no segundo, cornpromete-se a soberania nacional, pela dependência em que coloca o pais. ao sabor de interesses o pressões, internacionais. Por isso mesmo, live a preocupação de inscrever, como premissa básica nas diretrizes econômicas do meu governo, que o combate à inflação constitui prioridade fundamental. A recessão econômica está inteiramente afãstado de meus propósitos, mas paro uvi*á-la e alcançar os objetivos do desenvolvinienlo econômico e social é imperioso debelar a inflação. E dentro desse contexto, com esse objetivo e essa finalidcide, que estou utilizando esta oportunidade para anunciar á nação um elenco de importantes medidas na área econômica. Já tivemos tempo suficiente, ao chegar ao final desde ano de 1 979, para bem avaliar a gravidade dos problemas que enfrentamos na conjuntura presente, conseqüência, sem dúvida, em grande parle, da pesada recessão que desabou sobre os grandes paises industriais.em 1974, após a crise do petróleo. "A sociedade reclamava as mudanças Sinlo, aos manifestações de todos os segmentos da sociedade brasileira, a necessidade imperiosa ae adotar medidas corajosos e urgentes, para reordrnar os rumos da economia nacicnal. Precisamos a mobilizar o pais para o esforço de recuperação. Precisamos mobilizar todus as vontades nacionais para vencer o inimigo desestabilizador da ordem e da — a inflação. Precisapaz social mos mobilizar todos os esforços e a capacidade e a inteligência emde presarial dos nossos homens negócios, para ordenar as contas ir ternacionais do nosso balanço de pagamentos X. Eslamos anunciando, hoje, um reajustamento importante da taxa cambial, que talvez já devêssemos ter promovido há alguns meses, nao fosse a preocupação de nos assegurarmos, antes, de um conlunto de medidos e providências capazes de propiciar daqui para a frente um controle mais efetivo e seguro sobre as fortes de pressão infacienária. A inflação está nos chegando, hoje, por sinuosos e variados caminhos. A frustração das safras agrícolas, principalmente de cereais, nos últimos três anos, gerou forte pressão autônoma sobre a alta dos preços dos alimentos, ao mesmo tempo em que reduziu nossas possibilidades de exportação e nos impôs pesadas importações, para garantir o abastecimento do mercado interno. As limitações orçamentárias da União, ao mesmo tempo em que o governo federal se via obrigado a socorrer as economias de muitos . Estados e municípios, assolados por repetidas secas, geadas e inundações, nos obrigaram, por sua vez, a recorrer à expansão monetária, para atender às calamidades e, ao mesmo tempo, sustentar o sistema de subsídios ao consumo dc alguns produtos essenciais, de que sâo exemplo o trigo, a carne, o açúcar, o leite e outros alimentos. Agravou-se, assim seriamente, nos últimos anos, o déficit do setor público, não evidenciado nos orçamenlos federais e que assume, atualmente, proporções insuportáveis. Pouca gente se dá conta, ainda hoje, das dificuldades que confronla o governo para subsidiar, com cerca de um bilhão de dólares anuais, o consumo de trigo. Por outro lado, persistia o forte desequilíbrio nos planos das empresas estatais, freqüentemente resolvidos, de maneira imprópria e inflacionário, mediante o recurso às fontes de financiamento externo. Finalmente, deslacam-se os efeitos perversos da escalada de preços do petróleo e da .nflação importada, cujas repercussões talvez ainda nâo possamos avaliar devidamente, tal o impacto que produziu e ainda está produzindo sobre a economia mundial. O meu governo eslá tratando de dar as respostas mais adequadas, ao nosso alcance, para conjurar cada uma dessas causas. A insuficiência da produção de alimentos e à descapitalização da agricultura, respondemos com uma corajosa politica de crédito rural e de garantia de preços minimos. A racionalidade de uma politica salarial justa e equilativa foi reassegurada por lei do Congresso, recentemente sancionada, que coloca sobre a mesa das negxiações salariais a produtividade e não a inflação. Na mesma direção daremos, ainda este mês, tratamento justo à remuneração do servidor público civil e militar. Os dispêndios públicos estão sendo disciplinados, ao mesmo tempo em que se exerce rigoroso controle sobre os planos de invéslimemos das empresas públicas, com o sentido de cortar os excessos inflacionários e subordinar a realização dos novos projetos à efetiva disponibilidade de recursos. Resta-nos, por fim, equacionar — como estamos fazendo — a necessidade de reduzir as importações de petróleo, mediante a racionalização do consumo, e de promover a utilização das fontes alternativas de energia de que o Brasil dispõe em abundância. Todo o esforço da política eco- recente nômica governamental tem sido o de procurar atacar as raízes do processo de desequilíbiio interno e externo, que vem se aprofundando na economia brasileira, nos últimos anos. A ênfase inicial foi a de atuar intensamente no sentido de recuperar o controle da inflação, cujos níveis aluais — excessivamente altos — contribuem para reduzir a eficiência do sistema produtivo e agravar o peso do ônus social que representa, especialmente para as classes trabalhadoras. Dentro do mesmo contexto, estabeleceu-se um programa integrado e coerente de controle de preços críticos que, uma vez ultrapassada a fase inicial de reajustes corretivos, deverá contribuir para a atenuação do ritmo inflacionário, especialmente pela harmonização dos reajustes dc preços com os reajustes salariais. Finalmente, impôs-se disciplina ao sistema financeiro, com a administração flexível das taxas de juro e mercado reestruturação do aberto, dentro do pressuposto de que o redutor de taxas é, antes de mais nada, um importante redutor das expectativas inflacionários. Cabe-me anunciar, agora, o inicio de um programa gradual, porém firme, de redução da massa de subsídios creditícios que, hoje, estão situados muilo acima do que seria justificável para atender aos objetivos prioritários da nação e que, pelo excesso quantitativo, limitam substancialmente a execução da politica monetária. O objetivo dessa nova orientação é o de quebrar a rigidez des taxas nominais de juro, que tanto contribuíram para a geração de um processo cumulativo e exagerado de demanda dos recursos subsidiados e para a realimentação contínua das expectastivas influcionárias. Um golpe nos ''sócios da inflação" Mesmo nos casos ainda preservados de taxas prefixadas, para o custeio e investimento agrícola, assim como para as exportações, será obedecido o principio de reajustes periódicos, com base em uma certa proporção da correção Estamos, monetária passada. dessa forma, não só rompendo o circulo vicioso da acumulação crescente de recursos subsidiados, mas, também, criando implícitaex nrcebação mente um freio à das expectativas, na medida em que deixa de ser financeiramente vantajoso apostar no aumento futuro dos preços. No caso da agricultura, a eliminação do subsídio será feita paulatinamente. A medida em que a recuperação do setor permitir ganhos de produtividade, sempre com a preocupação de manter um tratamento diferenciado paro os pequenos e médios produtores. Com relação às regiões do Norte e Nordeste, não haverá nenhuma alteração no quadro dos benefícios já concedidos, que permenecerãn alé & momento em que sejam suficientemente evidentes os resultados dessa política de distribuiçáo de renda. \: A redução, assim programada, da massa de subsídios, diretos e indiretos, terá urn forte impacto em lermos de desaceleração da infiação e, o que é igualmente importante, sem afetar a capacidade de crescimento da economia. Assim, os ganhos duradouros representados pelo controle efetivo da política monetária deverão superar os efeitos transitórios e localizados dos aumentos, na fase corretiva de custos financeiros e de preços finais de alguns produtos. Trata-se, em última instância, de caminhar no sentido de eliminar o artificialismo nos preços, que consagra o desperdício de recursos e cria as condições para transferências altamente regressivas no processo de distribuição da renda nar.íonal. É ilustrativo o caso do trigo subsidiado, utilizado como ração animal. Da mesma forma, na área do crédito, objetiva-se inverter nos próximos anos a situação atual em que 80% do total do crédito doméstico c subsidiado, restando apenas 20% para a faixa livre de mercado. A revisão dos subsídios permitirá a expansão gradual da faixa livre de crédito, criando, in-' clusive, condições objetivas para a queda das taxas de juros. cas; a curto e médio prazos, por medidas de política econômica que, em última instância, ajustem os níveis internos de consumo e investimento à nova realidade dc uma receita global que foi, abruptamente, reduzida pela imposição do imposto externo representado pelo aumento do preço do petróleo. A política energética brasileira é peça fundamental para a correção, a prazo mais longo, do desequilíbrio externo, no medida em que ela representa, de fato, uma profunda alteração em nossa estrutura interna de produção. Esta mudança que deverá marcar o curso da economia brasileira nos próximos anos, está sintetizada na possibilidade de exploração de um vasto potencial de recursos naturais, cuja viabilidade econômica é conseqüência direta da elevação dos preços de petróleo. A fim de acelerar esta transformação, o Brasil vem adotando uma corajosa politica de reajustes em níveis estritamente realistas dos preços dos derivados de petróleo, racionalizando seu uso e criando as condições de rentabilidade para a expansão da oferta de substitutos nacionais. Além deste estimulo por via de preços, estamos consolidando e ampliando recursos tributários e financeiros vinculados a . programas especificamente prioritários, como álcool e carvão, além da continuidade do esforço interno de exploração de novos campos de petróleo, ampliação da energia hidráulica e implantação do programa nuclear. Finalmente, é importante compreender que é na redução do déficit público e concomitante expansão do crédito livre que reside i chave da política de combate à inflação sem crises de liquidez e, portanto, sem caráter recessivo. Como se pode verificar, houve a determinação do governo de, ainda este ano, preparar o terreno para que se possa, ao longo de 1980, inverter a tendência inflacionária. O conjunto de medidas revela o cuidado em não lançar mão de qualquer' expediente de conteúdo recessivo, mas, pelo conIrário, mostra a preocupação em explorar inteligentemente os graus de liberdades existentes na economia brasileira, resumidos nas margens ociosas do setor agricola e de alguns setores Industriais, assim como de fac.litar os canais de acesso ao mercado externo, que constituem os elementos de harmonização entre desaceleração inflacionária e crescimento econômico. Esta estratégia de diversificação das fontes domésticas de energia, além de sua contribuição direta e crescentemente positiva sobre a balança comercial, traz em seu bojo a oportunidade concreta para um surto de expansão e modernização do setor primário da economia, com decisivas conseqüências no que diz respeito à elevação da capacidade dc absorção de mão-de-obra e diminuição dos fluxos migratórios em direção às grandes cidades. Outra importante dimensão qualitativa é aquela representada pe.a incorporação efetiva do setor privado à área energética, o que representagrande passo na consolidação do sistema de mercado em que se baseia a economia brasileira. É necessário, agora, atacnr, também com a mesma objetividade, as raízes do processo de ' desequilíbrio externo. Não há dúvida de que o sucesso na politica de combate à inflação implicitamente irá edntribuir favorávelmente para o processo de ajustamento do balanço de pagamentos. É necessário, porém, ir muito além da simples contrapartida moretária desses equilibrios, reconhecendo que parcela ponderável do desajuste de nossas contas externas reflete uma mudança de natureza estrutural e de caráter permanente, associada à radical alteração nos preços do petróleo. Esta mudança, sem precedentes em sua intensidade e rapidez, deixou sua marca profunda e indelével na relação entre preços de exportação e de importação em todos os países dependentes da importação de petróleo. Ela terá de ser internalizada ou absorvida: a longo prazo, pela substituição das fontes externas de energia por aiternativas domésticas, em resposta aos estímulos decorrentes da própria alteração nos custos internos de diferentes fontes energéti- Quero anunciar, também, à nação, uma mudança significativa na atitude do governo brasileiro em relação à política de pesquisa e exploração de petróleo no país, que pretendo orientar com maior liberdade e amplitude, dentro do mesmo esforço de procurar, por todos os meios, fontes alternativas aos combustíveis importados. É forçoso reconhecer, contudo, que o processo de reestruturação energética, a despeito de todas as condições excepcionais apresentaeus pela economia nacional, exigira um tempo relativamente longo para sua maturação plena. Nesse ínterim, temos que procurar outros mecanismos de ajuste aos desequilíbrios externos, visando a eliminação gradual do déficit em transações correntes. Alguns países desenvolvidos, como o Japão, e grande parte da Europa, realizaram seus ajustamentos de relativamente rápida, maneira através de um deliberado processo recessivo, que reduziu as irr.- 1 portaçães e ampliou os excedentes exportáveis, passando a conviver, daí por diante, com menores, taxas de crescimento econômico. Essa fórmula é inaceitável para um país com as características do Brasil, pelo custo social que estaria associado à elevação, ainda que temporária, das taxas de desemprego e da queda nos níveis de renda real da população. Além disso, a redução do nivel de investimentos tornaria ainda mais lento e socialmente doloroso o processo de alteração de nossa matriz energética, no sentido de menor dependência externa. A contrapartida de um ajustamento gradual — único viável social e politicamente — leria de ser um crescimento relativamente mais rápido de nosso endividamento externo. Na realidade, o que de fato está ocorrendo é que o resto do mundo passou a financiar aquela parcela dc excesso de consumo e investimento que relutamos em eliminar de imediato, face á diminuição de nossa renda real, após a imposição do imposto representado pelo aumento do petróleo. Foi justamente por ter acesso a esses recursos no mercado internacional que o Brasil pôde, até agora, atravessar as fases mais difíceis da crise mundial, mantendo sua capacidade de crescimento e de geração de empregos acima da expansão da força de trabalho. Dentro dessa concepção, entende-se o endividamento externo acelerado como uma alternativa estratégica legitima, porém necessariamente temporária, utilizada apenas enquanto se promovem os ajustamentos fundamentais na balança comercial, que não poderá assumir uma feição cronicamente deficitaria. Justificativas para a queda do cnrqiro Nosso problema atual é justamente assegurar a continuidade desse processo gradual de ajustamento, criando as condições efetivas para, de imediato, sustentar a manutenção do fluxo de recursos que financia nosso déficit em transações correntes e, já ao final do próximo ano, buscar o equilíbrio em nossa balança comercial. Dessa forma, estaremos criando as condições objetivas para o equacionamento adequado e não traumático de nosso endividamento externo. É dentro desta visão — que nos parece absolutamente realista ro plano econômico, social e político — que se impõe a urgente atualização de nossa taxa de câmbio. Essa desvalorização não representa o fim da política de minidesvalorizações do cruzeiro, que vem sendo praticada com grande sucesso desde 1968. Pelo contrário, ela foi realizada justamente para assegurar a sua manulenção, uma vez internalizada definitivamente a pressão exógena representada pela mudança na relação dos preços de nossas importações visàvis o preço de nossas exportações, provocada pela crise do petróleo. A partir desse r ovo patamar, voltamos á politica convencional de desvalorizações em intervalos curtos e irregulares levando em contaa diferença entre a inflação interna e a inflação mundial e buscando sempre assegurar um nivel adequado de rentabilidade ao setor exportador, de forma a evitar, simultaneamente, qualquer estímulo artificial às importações. A alteração na taxa cambial se insere, portanto, no contexto geral de caminharmos na direção de preços, realistas e, sempre que possível, dispensarmos o uso de artifícios representados pelos subsídios e incentivos. Com esse novo nível da taxa cambial, poderemos eliminar os .incentivos fiscais às exportações, representados pelos créditos fiscai.; do IPI e do ICM. Esta medida, além de extremamente simplificadora no que diz respeito às relações entre o Estado e o setor privado, contribuirá, adicionalmente, para a geração de excedentes fiscais, já ao longo do próximo ano, sendo, portanto, extremamente coerente com as mediai de anunciadas anteriormente combate à inflação. Por outro lado, o impado transitório da desvalorização sobre o custo dos produtos importados será minimizado pela eliminação simultânea dos depósitos prévios de importação e de viagens e, também, pelo fato de que, no reajuste recente do preço dos derivados de petróleo, essa variável já foi incorporada antecipadamente Particularmente beneficiados com esta mudança serão os produtos primários que, como é sabido, não contavam anteriormente com os benefícios fiscais, e para os quais, portanto, a desvalorização representa um acréscimo líquido integral de benefícios. Entretonto, para evitar que parcela deste benefício seja pura . simplesmenle transferida para o exterior, através de uma rebaixa desnecessária de preços, inclusive com perdas nas relações de trocas internacionais e de receita cambial para o país, é que estamos, simultaneamente com a mudança cambial, instituindo o Imposto de Exportação para diversos produtos primários, passíveis de colocação no mercado externo. Este imposto será eliminado gradualmente. Esta receita, além de representar nova contribuição para diminuição do déficit público, podera ser eventualmente utilizada como fonte de recursos para programas especiais de compensação por custos adicionais insuportáveis de empresas privadas nacionais. Este reajuste maior no valor externo do cruzeiro era também inadiável, a fim de permitir a conciliação entre a ação contínua da política cambial e sua interferência no processo de absorção de recursos externos. Como dissemos anteriormente, o sucesso do ajuste gradual no balanço de pagamentos depende de nossa capacidade de manter um fluxo adequado de recursos financeiros externos. Finalmente, a determinação do governo em obter o equilíbrio nas contas comerciais já ao final de 1980, e o reconhecimento de que o setor público é menos sensível às variações de custo que o setor privado, levou-nos a estabelecer um rigoroso orçamento de importações para a União, Estados, Muninicipios e empresas estatais. Esse orçamento fixa, como critério básico, que o valor das importa- ções pelo setor público lexclusive petróleol será em 1980. inferior em pelo menos 20% ao valor nominai das importações em 1979. Esse corte sensível nas importações do setor público dará margens de acomodação para eventuais flutuações dos gastos com petróleo, além de evitar uma compressão desproporcional ao nivel de importações do setor privado. Devo mencionar, ainda, uma medida de profundo alcance para a indústria nacional, qual seja a revisão — há tanto tempo cogi"similar natada — do sistema de cional", para efeito da politica de importação de máquinas e eqúipamentos. Com as exceções recomendadas para os casos de relevante interesse nacional e de preservação das prioridades atribuídas aos in- . vestimentas nas áreas da Sudam e da Sudene, estamos determinando a orientação no sentido de que a proteção ao trabalho nacional se faça, basicamente, pela via do Imposto de Importação. Com isso, simplifica-se,,enormemente, a pesada burocracia a que estava submetida a aprovação de importantes projetos industriais. Por outro lado, elimina-se a parafernália de leis, decretos e portarias que, em conseqüência do processo anterior, havia sido criada como con- • trapartida das regalias concedidas à importação. Este conjunto de medidas procura alagar as causas fundamen-' tais da inllaçào e do desequilíbrio de nossas contas externas. São decisões corajosas de politica econômica, todas, porém, cuidadosamente delineadas dentro de uma concepção de ajustes graduais, em que se asseguram, simultâneamente, as condições para a manutenção do processo de crescimento econômico. Sâo também coerentes com a determinação de simplificar o funcionamento da economia brasileira, tornando o processo de decisão empresarial menos sujeito a regras burocráticas e mais voltadó para a busca da eficiência e da competitividade. Iniciaremos o próximo ano com o controle efetivo da politica fiscal, monetária e cambial, ao lado 'nleligente de uma politica salarial, que estão agora absolutamente sintorizadas entre si, criando uma nova perspectiva de resultados concretos na queda da inflação e na redução do déficit externo. Estamos, também, consolidando objetivos setoriais claramente definidos, em que o setor agrícola, o energético e o de exportações passam a ser elementos dinâmicos do processo de crescimento, de forma coerente com as metas conjunturais de correção dos desequilíbrios internos e externos. O que precisamos agora, é de compreensão, paciência e trabalho de todos nós. O Brasil tem condições inequívocas — pela potencialidade de seus imensos recurso; naturais, pela vitalidade de sua economia, pela expressividade de sua atividade empresarial e pela sua força de trabalho — de superar, as dificuldades da hora presente e construir, nos anos próximos, uma sociedade moderna, econômica e politicamente aberta, na qual as oportunidades de ascensão social e ce melhoria da qualidade Ja vida serão cada vez mais ampliadas. É para esse desafio que convoco, com fé e confiança em Deus, toda a nação brasileira. »tn p. PAGINA 6 SÁBADO 8 DE DEZEMBRO DE Í979 REPUBLICA O GOVERNO E A CRISE Governo reafirma a crença de que é preciso crescer O IR sobre a remessa de juros de empréstimos do exterior cai para 1,25% ANTÔNIO FÉLIX As novas medidas têm o objetivo "de corrigir os desequilíbrios externos e internos, sem afetar a capacidade dc crescimento da economia", garante a exposição de motivos do Conselho Monetário Nacional. distribuída no fin.il da noite "Evitou-se" - acrescenta a nota -"qualquer expediente de conteúdo recessivo. As politicas adotadas, pela suas característica de simplificação das regras econômicas e ênfase na necessidade de maior eficiência no uso dos recursos disponíveis, assim como pela definição clara das grandes prioridades setoriais, deverão criar clima propício para a continua expansão do investimento, especialmente pelo setor privado". Em tom otimista, a nota do CMN afirma que "as decisões de política econômica deverão inverter a curto prazo a tendência recentemente observada de aceleração inflacionária e agravamento do déficit em transações correntes do balanço de E anuncia pagamentos". "é estratégia consque ciente do governo realizar, ainda este ano, os ajustes fundamentais, absorvendo, inclusive , o ônus transitório de uma inflação corretiva e preparando o terrreno para colher resultados mais definitivos já ao longo do próximo ano". Eis os principais tópicos dn exposição dc motivos: "Com relação â inflação anuncia-se o inicio imediato dc amplo programa dc redução da massa dc subsídios crediticios. elemento critico para permitir o controle efetivo da política monetária. Com relação ao balanço dc pagamentos, procedeu-se a um reajuste cambial de 30%, imprescindivel para facilitar a adaptação de nossa economia à nova realidade estrutural representada pela mudança drástica nos preços externos do petróleo. Feito este ajuste, continua-se com a política de minidesvalorização, segundo o critério de correções pequenas e freqüentes, tomando-se como critério básico o diferencial entre a inflação doméstica e a inflação mundial". "Criam-se, dessa forma, condições mais favoráveis para atingir o equilíbrio na balança comericla ja ao fim de 1980 e para manter o fluxo de recursos financeiros imprescindível ao financiamento do déficit em transações correntes." "Simultaneamente, dentro de uma estratégia global de evitar artificialismo e caminhar na direção da realidade de preços e custos, foram elimi- g& :] Os bancos trabalharam com cautela. Mas não faltou dinheiro no open market O mercado financeiro vi- que mais se ressentiu, apaveu, ontem, momentos de rentemente, foi a de São expectativa. Estava, como Paulo. Embora o indice tecostumam dizer os técnicos nha caído apenas 0,2%, o de open market, "extrema- volume acabou sendo de mente nervoso" - os ban- apenas 140,5 milhões de cos agiam com grande cau- cruzeiros (40,7% a menos tela nas suas opetações, no que na quinta-feira). No aguardo das definições de Rio, o volume de negócios Brasília. O destaque, po- subiu 3,4% e alcançou rém. especialmente em ter- 548,7 milhões de cruzeiros. mos de open market foi a Assim mesmo, com toda alta cotação das Obriga- a expectativa criada pelo ções Reajustáveis do Te- anúncio das novas medisouro Nacional (ORTN). O das, o mercado não teve papel com vencimento em problemas de liquidez (disjulho de 1980, por exemplo, ponibilidade de recursos no chegou a ser negociado a sistema). Os financiamen128% de seu valor nominal, tos lastreados em LTN feque é de 468,71 cruzeiros charam a 2,59% ao mês, . este mês. A corrida às (chegaram a 3%) e aqueles ORTNs (valorizaram, em feitos através de ORTN a média, 10% ontem) explica- 1.5% de bater os sc: esses títulos têm cláu- 3%). (depois sula de correção cambial. Acreditam os técnicos No vencimento, o possuidor de ORTN pode optar, que a extinção da Resolucomo correção do investi- ção 432 será benéfica para mento, pela desvalorização o open. Os dólares que endo cruzeiro. Assim, com a trarem no país (especialgrande desvalorização mente através de exportaanunciada ontem, quem ti- ções) fluirão, depois de conver as obrigações obterá vertidos em cruzeiros, com maior rapidez para o um bom lucro. Das Bolsas de Valores, a mercado. Inflação atinge 65,2% No começo da semana, o presidente do Ibre - Instituto Brasileiro de Economia -, Julian Chacel, acertara com o ministro Delfim Netto. do Planejamento, que a inflação de novembro ficaria entre 5,5 e 6%. Ontem, foi anunciado que a infiação foi de 5,6% em novembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas. Para o período janeiro-novembro a alta atingiu 65,2% e para os últimos doze meses foi um pouco mais salgada, indo a 67,7%. Já o índice de Preços ao Consumidor que mede o custo de vida ficou um pouco acima da inflação, indo a 6% em noL vembro. Este ano já subiu 62% e nos últimos doze meses chegou a 64,8%. De acordo com a FGV, os índices de novembro, "por decisão consciente" do governo, ainda incorporam certo grau de inflação corretiva, ou seja, alguns preços anteriormente repriihidos vêm sendo liberados para que atinjam níveis reais. Quanto ao custo de vida, sua alta foi liderada em novembro pelos serviços pessoais (9,4%) e alimentação (6,65%). O indice de Preços por Atacado (IPA) subiu 5.6% em novembro e quase 60% nos últimos doze meses. nados, do lado as exportações, todos os incentivos fiscais o, do lado ns import ações, o depósito prévio (inclusive o depóstio dc viagens) c ns isenções gcncrajlzdas dc impostos de importação, com vistas à racionalização da politica indistrial dc proteção n produção nacional de máquinas c cquipamentos." "A concepção básica é a dc atribuir à taxa cambial c às tarifas aduaneiras a função primordial dc regular os níveis de exportação c importação evitando, sempre que possiveis, decisões de natureza discricionária, que trezem consigo o ônus de pesados custos burocráticos, além de ampliar desnecessariamente o risco das decisões empresariais. Estas modificações constituem, na área econômica, gigantesco passo no sentido de desburocratização." "Ainda como relação à necessidade de equilíbrio, no periodo de tempo mais curto possível, do déficit comerciaKfoi aprovado rigido orçamento dc importações do setor público (exclusive petróleo) que, em 1980, nâo poderão ser superiores a 80% do valor nominal cm dólares dos gastos realizados cm 1979. Para alguns produtos primários, a fim de evitar perdas nas relações de troca, foi estendida a aplicação do Imposto de Exportação." "Com relação á conta de capitais, estabeleceu-se o principio de congelamento dos recursos externos atualmente depositados no Banco Central (Resolução 432), que só poderão ser utilizados para a liquidação das amortizações e juros, atender projetos prioritários, ou, na hipótese de transformação da dívida, cm investimento direto." * "Com relação aos no- | vos empréstimos sob n Lei 4.131, permenece a opção de depósito no Bnnco Ccntrnl apenas parn o pagamento dc ju ros e amortizações na èpocn dc seus vencimen.tos, com as exceções acima descritas. Esta aiternativa visa concliar os empréstimos contratados com o objetivo de alongar o perfil da divida externa. Para os empréstimos (novos c antigos) regulados pela circular 230 (Rcsolução 63), será exigido o prazo minimo de 180 dias entre a data dc sua constituição e dc sua liberação." "Eliminou-se também, a retenção de 50% dos empréstimos externos (Resolução 5 3 2) c reduziu-se o Imposto dc Renda sobre a remessa dc juros dc 12.5% para 1,25%. Todas essas medidas buscam diminuir o difercncial atualmente existente entre o custo do credito interno e o crédito externo, tornando mais atrativo, especialmente para o setor privado, os financiamentops adquiridos no exterior. Por outro lado, a reformulação da Resolução 432 amplia o controle do governo sobre a política monetária e acaba com os movimentos especulativos que estavam dificultando a implementação da política dc redução das taxas de juros e disciplinamento do mercado aberto." •'Finalmente, ficou, uma vez mais, definido que as grandes prioridadca setoriais consistentes com estes objetivos conjnnturais sào a agricultura, o setor energético e as exportações. E o dinamismo destes setores que deverá assegurar, apesar dc todas as dificuldades internas e externas, a manutenção de um ritmo de crescimento compatível com as legitimas aspirações sociais do povo brasileiro." . ^ ^ A estratégia governamental A MEDIDA OBJETIVO IMEDIATO OUTROS EFEITOS RISCOS Aumentar as exportações Encarece as importações Aumenta a dívida das empresas Provoca inflação 2. Fim dos subsídios à exportação Reduzir o déficit do Tesouro Reduz a vantagem trazida pela maxidesvalorização Nenhum 3. Imposto sobre exportações agrícolas Reduzir o déficit do Tesouro Evitar lucros excessivos dos exportadores Nenhum 4. Fim do depósito sobre as importações Baratear as importações, oneradas com a maxidcsvalorizaçào Atender a pressões de outros paises Aumentar as importações 5. Congelamento dos depósitos da Resolução 432 Evitar a especulação, paga pelo Banco Central Maior controle sobre a politica monetária Represálias externas 6. Fim dos incentivos c subsídios à indústria Reduzir o déficit do Tesouro "capitalismo Fim ao selvagem" e à concentração da renda Nenhum 7. Queda do depósito sobre turismo Atender a pressões de outros países Permitir maior saida de turistas, para obter reciprocidade Aumento dos gastos cm dólares com o turismo 8. Redução do IR sobre remessa de juros Atrair empréstimos externos Maior equilíbrio ao balanço de pagamentos Perda de recursos pela União 9. Fim à redução de impostos na importação Evitar os privilégios Estimular a produção nacional Nenhum 10. Facilidades para pesquisar petróleo Permitir que empresas nacionais entrem na pesquisa Acelerar o crescimento da produção Fim do monopólio estatal Desvalorização do cruzeiro ao mercado ¦inflnçciiij O CMN explica as decisões aprovadas A seguir, as principais decisões aprova das pelo Conselho Monetário Nacional com as respectivas análises oficiais "Redução dos subsídios creditícios: O nível minimo de qualquer taxa subsidiada no país será 40% da correção monetária, com exceção dos programas especiais para os Estados que compreendem a Sudam e Sudene; As taxas de juros constituir-se-ão de duas parcelas: uma representada por uma certa proporção da correção monetária (mínimo de 40%) e outra representada por um percentual fixo; As taxas pré-fixadas serão revisadas periodicamente com base em certa proporção da correção monetária vigente no período imediatamente anterior. O objetivo é eliminar a situação atual em que o subsídio implicitamente aumenta com a taxa de inflação; O impacto desta medida em termos de desaceleração da expansão monetária^ é múltiplo: diretamente através da redução das margens de subsidio e indiretamente pela redução na demanda por crédito subsidiado. Há também que se considerar o efeito, difícil de avaliar quantitativamente, mas de importância fundamental, representado pela contribuição favorável para a reversão das expectativas inflacionárias; A mesma sistemática será aplicada aos financiamentos à exportação: Resolução 515 e 390 - 40% da correção monetária dos últimos 12 meses e juros de 2%; Resolução 330 - proporção da correção monetária crescente com o periodo de entrepostagem e juros de 5%. Desvalorização cambial: O reajuste de 30% coloca o nível da taxa de câmbio em bases realistas face à necessidade de estimular as exportações e desestimular as importações, ou seja, buscar o equilíbrio na balança comercial; Após o reajuste, volta-se ao esquema normal de mini-desvalorizações pelo diferencial entre a inflação doméstica e a infiação mundial, criando condições mais favoráveis para a abosorção de recursos externos; Feita a correção na taxa cambial, é possível implementar uma série de importantes medidas simplificadoras descritas a seguir; Eliminação dos incentivos fiscais: Com o reajuste cambial é possível eliminar de uma só vez todos os créditos fiscais do IPI que já estavam sofrendo um processo de gradual redução face á necessidade de compatibilizar o programa de exportações com as regras internacionais. A desvalorização compensa em termos de rentabilidade do setor exportador a perda destes incentivos. As vantagens desta alteração podem ser assim resumidas: 1. Torna a estrutura de estimulo às exportações mais equitativa entre os diferentes setores e, especialmente, entre o setor industrial e o agrícola: 2. Gera excedente fiscal que irá auxiliar a redução do déficit público e, portanto, o combate à inflação; 3. Elimina uma série de controles burocráticos, representando também aqui ganho de eficiência. Eliminação do depóstio prévio sobre importações: Também viablizadô pela alteração da taxa de câmbio, uma vez que o custo de todas as importações foi elevado de 30%; Ao suspender o recolhimento em cruzeiros correspondente a 100% do valor FOB da guia de importação, evita-se o progressivo e artificial encarecimento dos produtos importados, além de introduzir-se notável efeito desburocratizante em todo o processo vinculado às importações e ao 'exame de isenções casuísiteas; Para alguns produtos cuja demanda por importação é excessiva poderão ser impostos novos níveis tarifários; Tamõém representa enorme simplificação nas relações entre Estado e empresa; Ao ser instituído, em dezembro de 1975, propiciou o recolhimento restituivel se lograsse inicialmente o objetivo de desestimular importações em geral. Entretanto, seus efeitos desestimulantes se esgotaram no tempo, embutidos que foram na reciclagem dos próprios recursos recolhidos, que se tornavam disponíveis ao fim do prazo de 360 dias. Redução do campo de similaridade nacional: No estágio já alcançado de desenvolvimento brasileiro a similaridade se constitui em instrumento obsoleto de proteção à indústria nacional, exigindo processo complicado demorado e incerto de avaliação administrativa, projetro a projeto, sem que haja parâmetros objetivos e regras gerais para decisão; O realismo cambial, lado a lado com a eliminação das isenções tarifárias, devolve aos mecanismos fiscais o papel deestabelecer níveis adequados de proteção à indústria nacional; Representa gigantesco passo no sentido de simplificar a economia brasileira e premiar a eficiência, minimizando o ônus das injunções burocráticas; As exceções se aplicam a Itaipu, Nuclebrás, Zona Franca de Manaus e importações da Sudam e Sudene. Imposto de exportação: Ê imprescindível para todos os produtos primários exportáveis, a fim de evitar que o estímulo exagerado do reajuste cambial (já que para os primários o reajuste representa acréscimo liquido de benefícios, uma vez que estes produtos não tinham acesso aos créditos fiscais) crie condições para uma redução acentuada do preço para o consumidor externo, o que poderia resultar em queda da receita cambial para o país; O imposto terá alíquotas variáveis entre produtos e gradualmente decrescente ao longo do tempo, uma vez absorvido o imposto do reajuste cambial; Irá gerar receita fiscal adicional que podera constituir-se em fonte não inflacionária de eventual compensação de parcela do acréscimo de custos domésticos, associando ao endividamento externo. Teto para as importações do setor público (exclusive petróleo, Siderbras e Eletrobrás): Parte do pressuposto de que o setor público (União, Estados, Municípios, empresas estatais) é pouco sensível às variações no custo das importações. O objetivo é limitar as importações do setor público em 80% dos gastos nomineis efetuados em 1979, como importante mecanismo para alcançar o equilíbrio na balança comerciai; i A maior compressão do setor público irá facilitar a acomodação de eventuais flutuações com os gastos de petróleo, além de abrir mais espaço para a participação do setor privado. Reformulação da Resolução 432, revogação da 532 e redução do imposto de renda sobre a remessa de juros: Resolução 432: A) No que diz respeito aos empréstimos (novos e antigos) sob a Lei 4.131 fica limitada sua liberação exclusivamente para: 1. pagamentos de vencimentod das obrigações externas; 2. atender projetos prioritários; 3. na hipótese de transformação da dívida existente em capital de risco.. O objetivo é recuperar o controle sobre a política monetária e coibir a especulação financeira que vem dificultando a execução da política de controle das taxas de juros. Mantem-se, ao mesmo tempe, a alternativa das empresas deixarem de utilizar esses recursos antes de seu vencimento final, conciliando os interesses das empresas com o objetivo global de alongar o perfil da divida externa. Procura-se, também evitar a tendência para uma saida liquida de recursos, após a realização de ganhos de capital, com o reajuste cambia!, o que, pela sua magnitude, colocaria em risco a execução de politica / de combate à inflação. Aproveita-se a oportunidade para criar estimulo objetivo para a transformação de dívida externa em capital de risco. B) Com relação aos empréstimos (novos e antigos) regulados pela circular 230 (Resolução 63) somente serão liberados decorridos 180 dias da data de sua constituição. Neste caso, como se trata de recursos repassáveis, às empresas através do sistema bancário, não sendo por tanto passíveis de especulação, tornou-se necessário apenas, disciplinar o prazo minimo de retenção sem alterar sua sistemática básica. Resolução 532: A eliminação da retenção de 50% dos empréstimos externos tem como objetivo reduzir o custo doméstico da captação de recursos externos. Redução do imposto de renda sobre reimssa de juros ao exterior: Mesmo objetivo anterior. Depósito de viagem: Fica eliminado a partir de 10.12.79 Decidiu o Conselho Monetário Nacional, conforme resolução suspender a aplicação do recolhimento restituível para obtenção do visto de saida em passaporte, instituído através do Decreto-lei n? 1.470, de 04.06.76. Tal recolhimento, inicialmente fixado ao nível de CrS 12 mil, foi, em 17.02.77, elevado para CrS 16 mil, vindo finalmente, em 31.01.78, ser reajustado para CrS 22 mil, nivel no qual se encontra até hoje. A medida, agora adotada pelo C.M.N., levou em conta: A) O menor desestimulo relativo do depósito de viagens vis-a-vis aos demais componentes dos gastos com viagens internacionais. tais como o preço das passagens e o custo da moeda estrangeira; B) As crescentes implicações, de ordem processual inerentes a tal depósito que vem acarretando volumosa, burocrática e dispendiosa atividade administrativa no âmbito do Banco Central e dos demais 21 órgãos da administração pública envolvidos na matéria. Outras medidas: Congela o valor nominal das importações da Zona Franca de Manaus; O Befiex absorve o Ciex visando a agilizar pequenos projetos de exportação; A empresa comercial, importadora passara a ter um capital minimo de CrS 1,5 milhões; A indústria nacional de máquinas e equipamentos poderá ter .senções de impostos internos; "drawback" No regime de o prazo máximo de comprovação das exportações passa a ser de um ano." p PAGINA 7 SARADO 8 DU DEZEMBRO DL 1979 gpPÜBLíQ^ O GOVERNO E A CRISE A mudança, segundo a equipe da Fazenda "Ato de coragem" dizem ministros Segundo assessores de Rischbieter, uma vitória de suas propostas O impacto na inflação será pequeno e resolverá o déficit do Tesouro RICARDO "Tecnicamente a medida não é recomendável", comenta o ex-ministro Mário Simonsen MADALENA RODRIGUES, de Brasília BUENO, do Rio O novo pacote de medidas na área econômica represcrita um passo cm direçào ao fim do capitalismo subsidiado c uma importante vitória de Karlos Rischbieter, que vê várias cie suas teses agora adotadas pelo governo. Essa é a interpretação de áreas ligacias ao Ministério da Fazénda. Segundo elas. a maxidesvalorização cambial representa a adoção do realismo cambial, que os exportadores tanto reclamavarri. E deverá contribuir para dinamizar as vendas brasileiras ao exterior. Mas. recebendo preços considerados reais por suas mercadorias, os exportadores não necessitarão mais de subsídios para vender lá fora, e. assim, o governo decidiu eliminar todos os financiamentos a juros de pai para filho que dá atualmente aos exportadores e industriais. A eliminação dos subsidios. que cm 79 deverão custar pelo menos CrS 300 bilhões aos cofres públicos, c uma tecla em que Rischbieter vem batendo hà muito tempo, apontando para as distorções que esse fluxo de dinheiro barato que vai do governo para as empresas privadas provoca. Entre elas, investimentos de viabilidade duvidosa. manobras especulativas no mercado financeiro e redução da capacidade do governo de realizar investimentos para atenuar as injustiças sociais. O processo de extinção dos subsídios - uma expectativa das áreas ligadas à Fazenda - deverá prosse- A pressão sobre as multinacionais guir futuramente ate que se chegue a uma situação em que só sejam incentivados os setores considerados prioritários nos planos oficiais, que não possam realmente dispensar a ajuda oficial. Nesse processo de implantação de um capitalismo sem muletas, a equipe da Fazenda sabe que surgirão incomprecnsões sérias, em especial dos setores empresariais que cresceram rapidamente à sombra das benesses generosamente distribuídas pelo governo. Mas acha que vale a pena correr o risco. Com o caminho aberto pelo pacote econômico agora anunciado, a ofensiva de Rischbieter deverá continuar no sentido de que os empresários aumentem sua eficiência c passem a caminhar contando apenas com suas próprias forças. À medida que esse quadro for clclincando-sc, com a gradual eliminação do favoritismo oficial, é possível que surjam pouco a pouco mudanças sérias na direção das entidades representativas dos empresários. Em muitas dessas entidades empresariais os dirigentes não se renovam há bastante tempo e se revêIam incapazes de servirem como interlocutores válidos para negociar com o governo as adaptações necessárias no modelo econômico c também para manter um relacionamento maduro com os trabalhadores na mesa de negociações. Com as novas regras do jogo, isso terá que acabar, esperam os representantes cia Fazenda. RICARDO BUENO. do Rio Uma das razões que leO elenco de medidas lação de Mercadorias) davaram o governo a partir estimulo aprovado ontem pelo Con- dos até agora com selho Monetário Nacional às exportações. Somente o para a maxidesvalorização foi um "ato de coragem". IPI, acrescentou Emane cambial foi a necessidade Segundo a explicação do Galvêas, significa 14 bilhões de pressionar as empresas ministro Karlos Rischbie- de cruzeiros adicionais, multinacionais para que ter. o objetivo é tentar redu- com os quais o governo transformem seus empréstizir os índices de inflação c passará a contar agora com mos cm capital de risco. A solucionar os problemas da a eliminação da isenção fis- informação foi dada pelo secretário da Receita Fedebalança comercial brasi- cal. ral, Francisco Dornélcs, leira. A redução do Imposto que fez palestra ontem no Juntamente com Risch- de Renda sobre as remes- seminário sobre Problemas bieter. Delfim Netto, sas de juros ao exterior virá Brasileiros, realizada pela Amaury Stabile, Camilo facilitar a tomada de recur- Fundação Getúlio Vargas. Penna e o presidente do sos externos por parte de Já o ex-ministro do PlaneBanco Central, Emane empresas privadas de capi- jamento, Mário Henrique Galvéas. não chegaram a tal nacional e estrangeiro, Simonsen, embora não quidetalhar, na entrevista cole- que operam no país. Isso, sesse falar sobre o assunto tiva concedida após a reu- entretanto, explicou Risch- acabou por considerar a nião - com duração de ape- bieter, não significa que o maxidesvalorização "tecninas meia hora - os reflexos governo brasileiro pretenda camente não recomendaque o novo pacote terá so- uma aceleração do endivi- vel". bre a economia nacional. damento externo do pais, dias SiHá mas vem de encontro à ne- monsen poucos declarava, incluNo que dizrespeito às im- cessidade da economia naportaçÕes das empresas es- cional de continuar cap- sive, que não considerava tatais, por exemplo, a meta tando "poupança externa", provável que Delfim adotasse a maxidesvalorização. estabelecida ontem, de reque a poupança existente "Ele c o pai do sistema de duzir em 20% o volume de jáinternamente nào é sufi- minidesvalorizações. Além importações no próximo ciente às ne- disso, se tivesse atender para ano. passando de 1.2 bilhão que baixar crescimento de cessidades a maxidesvalorização faria de dólares este ano para 1 isso logo que tivesse assu-. bilhão, cm 1980, foi expli- da economia. mido o Ministério do Planecada como uma das formas 0 pacote de medidas jamento c não agora". de diminuir o déficit comeranunciado, c, particularciai brasileiro. A iniciativa do governo mente, a decisão de reduPara o ministro Delfim zir a proteção a indústria de partir para a maxidesvaa lorização está ligada, sem Netto, o impacto da desva- nacional, reduzindo 'Lei do Si- dúvida, ao fracasso das da 30% abrangência de cambial lorização sobre a inflação será muito milar' podem provocar conversações com as empequeno, porque o produto uma desnacionalização presas multinacionais para de maior peso nas importa- ainda mais rápida da eco- que transformassem capições brasileiras, o petróleo, nomia do que vem ocor- tais obtidos, via emprésjá teVe seu peso absorvido rendo nos últimos anos. timo, em capital de risco. pela elevação interna dos Colocada essa questão, en- Apesar das pressões do gotretanto. os ministros da verno, que chamou as prinpreços dos derivados. A maior vantagem da Fazenda c do Planejamento cipais empresas multinaciomaxidesvalorização, expli- contestaram, enfática- nais para conversar, a perscou Delfim, é que ela vai mente, afirmando que as ta- pectiva era de que apenas permitir a eliminação dos xas incidentes sobre as im- um bilhão de dólares pascréditos de IPI (Imposto portações serão mais que sassem de empréstimo a casobre Produtos Industriali- suficientes para proteger a pitai de risco. Para realizar essa mudança cm larga eszados) è ICM (sobre Circu- indústria nacional. cala. as multinacionais descjavam que o governo tornasse a Lei de Remessa de Lucros ainda mais liberal. O governo, pelo jeito, tomou o caminho contrário: em vez de facilitar a remessa de lucros, decidiu tornar os empréstimos menos atraentes. Por que os empréstimos eram tao atraentes, cm comparação ao capital de risco? Entre outras coisas porque podiam ser totalmente remetidos para o exterior. cm apenas cinco anos c com juros. Já o capital de risco está submetido à lei de Remessa de Lucros que, embora seja muito liberal, prevê que as empresas podem enviar anualmente para o exterior 12% de seu capital. Assim, uma empresa levaria oito anos e meio para remeter seu capital'todo de volta. É verdade que a empresa conta com a opção de enviar mais do que os 12%, só que cai nas malhas do IR progressivo. Com a maxidesvalorização, os empréstimos das multinacionais (e também das empresas estatais e das empresas privadas nacionais, é claro) vão ficar muito caros, já que só este ano a desvalorização do cruzeiro ultrapassa os 80%. O governo espera, agora, que muitas delas queiram transformar esses empréstimos cm capital de risco. Para o balanço de pagamentos o efeito será saudável. segundo técnicos oficiais, já que ao contrário dos empréstimos o investimento direto não c considerado divida. Apoio total do empresariado às medidas "A economia agora ficará mais limpa", disse Antonio Carlos Borges, diretorsuperintendente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e professor de Economia na Universidade Mackenzie, a rescreditípeito do fim dos incentivos, fiscais e"Não se cios, à indústria e a exportação. cima de incenem a economia basear pode t;vos. subsídios, a não ser que se queira desenvolver algum setor prioritário ou região mais carente", acrescentou Dilson Funaro, presidente da Trol, do Sindicato Nacional da Indústria de Plásticos e vice-presidente da Federação das Indústrias (FIESP). Para ele, os incentivos sempre devem ter um caráter temporário, no sentido de corrigir algum desvio econômico.ou estimular a produção. No geral, o empresariado paulista não se surpreendeu com o alcance das várias medidas aprovadas ontem - e, de resto, até as apoiaram. Muitas delas, é certo, já vinham sendo cogitadas desde o início do ano, como a superdesvalorização do cruzeiro, a extinção dos depósitos compulsórios para importações e viagens ao exterior e o fim dos incentivos fiscais e creditícios. Todas elas, enfim, faziam parte do programa de administração do ex-ministro do Planejamento. Mário Henrique Simonsen. Então, seja havia a expectativa, não poderia haver impacto quando de sua adoção. As distorções foram provocadas no governo Geisel Antônio Borges, aliás, já as esperava, c ontem, pela manhã, procurava interpretaIas. Ern seu entender, todo o conjunto de medidas faz sentido quando analisado à luz cias dificuldades principais do país, que, em sintese, localizam-se no balanço de pagamento (isto é, o custo crescente da elevada divida externa, não suficientemente compensado pelo resultado líquido entre as exportações e importações), no acelerado ritmo de crescimento da inflação e no brutal déficit implícito do orçamento da União (fala-se em mais de 300 bilhões de cruzeiros. em grande parte decorrente da desoneração fiscal de vários setores da economia e do volume de crédito subsidiado concedido à atividade privada). Então, a desvalorização em torno- de 30% do cruzeiro em relação ao dólar se- se, de um lado, gundo Antonio Borges dos produtos de barateamento o permitirá exportação, criando condições para o aumento das vendas externas, de outro possibilita o fim dos incentivos dados aos exportadoresn já que pelo menos teoricamente uma medida compensa a outraem termos de resultados financeiros. Ou seja: 1) o governo tenta conseguir mais dólares, com o aumento das exportações, para pagar o custo da dívida externa; 2) elimina um dosfatores que oneram o orçamento federal os incentivos fiscais e creditícios, à exportação. -- visando a redução do déficit publicose 3) as duas medidas se compensam, pois. ANTONIO BORGES As medidas são lógicas a desvalorização aumenta a renda em cruzeiros do exportador, a extinção dos incentivos a reduz. " Antonio Borges acrescenta, ainda, outras razões: 1) o fim das fraudes na área de exportação, concretizada, simplificadamente, na realização pelo exportador, de vendas "frias" ao exterior, com o objetivo de gozar de créditos-prêmios, linhas de crédito a juros baixos etc; 2) satisfazer os países importadores do Brasil, que denunciavam os incentivos as exportação como prática de dumping (venda de produtos a preços abaixo do custo para vencer a concorrência). O diretor da Federação do Comércio reconhece que a superdesvalorização cambial, ao encarecer as importações, implicará a introdução de um forte componente inflacionário na economia - decorrente do aumento de custos de produtos que levam ou melhor, precisam levar'-, componentes importados em sua formação. No entanto, ele acredita que o fim do depósito compulsono à simportações neutralizará, em parte, esse aumento de custos, atenuando assim, as pressões inflacionárias. Quanto ao congelamento dos depósitos em dólares feitos pelas empresas no Banco Borges afirma que não Central. Antonio "O havia outra saída. governo - disse ele nâo podia continua r custeando as amortizaçòes e juros dos emprésti nos externos das empresas depositados no Banco Centrai. E. da mesma forma, nào podia liberar estes depósitos, sob o risco de despejar na economia mais de 4.5 bilhões de dólares, 144 bilhões de cruzeiros". E equivalentes a"Não há dúvida que a meacrescentou. dida é muito forte para as empresas, pois embora deixem de pagar os custos de seus empréstimos externos, também passam a não mais contar com est-ís recursos para suas atividades. Mas. para a economia, é uma forma de o governo mostrar que não está mais-disposto a consertar os déficits do balanço de pagamentos com o uso de recursos do exterior (empréstimos) e. sim. com o aumento das exportações." DILSON FUNARO Os incentivos tinham de cair Dilson Funaro, pensa de forma semelhante. Para ele, o congelamento dos depósitos na 432 não vai ferir as empresas, pois contabilmente é como se o empréstimo tivesse sido saldado. Mas ele considera que essa medida conjugada com a superdesvalorização do cruzeiro, provocará um "problema gravíssimo" para as empresas que não aproveitaram a possibilidade da 432. A extinção do depósito compulsório "foi até para importações, em seu entender, uma medida branda", considerando-se a desvalorização de 30%, classificada por ele "como indispensável" para o aumento das exportações. A economia, agora, começa a ficar mais l\mpa "A maxidesvalorização permitirá que cheguemos à realidade monetária", afirmou Cláudio Bardella, ex-presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Indústira de Base (ABDIB). Na mesma linha. "verdade monetária", falou também o presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeraçào do Estado de Sào Paulo, Paulo Francini. Os empresários presentes ao almoço de sua opinião fim de ano da Abinee deram a "pacote" de mesmo antes de conhecer o medidas, anunciado pelo governo no fim da tarde para Bardella, o governo realmente precisava tomar medidas rígidas na área econômica, pois o Brasil, disse, é um país à custa de subsídios e que vive eternamente incentivos. "Com isso" - continuou "Estamos você não sabe onde botar o pé". vivendo uma espécie de artificialismo", disse Paulo Francini. Na mesma linha de raciocínio ainda, Sérgio Ugolini, viceBrasileira da Inpresidente da Associação fez dústria Elétrica - E'etrônica "Era(Abinee) necessário uma análise mais ampla. um "pacote" de medidas para corrigir as distorções provocadas durante o governo ' FÁBIO MEIRELLES Agricultura será capitalizada Geiseí". E continuou: "O governo cometeu o erro de repetir os vícios anteriores a 1964 embora, para corrigi-los, se tenha feito uma revolução". Entre os erros apontados por Ugolini estão a deficiência da máquina administrativa, o déficit orçamentário, os subsídios indiscriminados, os investimentos acima da capacidade real da popupança interna e afalta de controle da máquina federal. Para corrigi-los. disse o empresário, ogoverno deveria acabar com os subsídios financeiros, controlar os investimentos das empresas estatais, e criar oportunidades para a aplicação de capitais em detrimento das especualaçÕes financeiras, entre cutras medidas. Segundo Ugolini, é preciso que o Brasil adote a filosofia capitalista e assuma os seus riscos. Na sua opinião, não hâ capitalismo sem riscos'. A desvalorização do cruzeiro também foi bem recebida pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Fábio Meirelles. segundo o qual a medida permitirá a capitalização do setor agropecuário. "A realidade cambial aumentará a competitividade das exportações dos produtos agrícolas brasileiros, possibilitando ao país equilibrar o seu balanço de pagamentos". No entanto. Fábio Meirelles reconheceu que o setor primário pode sair prejudicado com o acréscimo dos custos das importações necessárias ao setor, principalmente, de fertilizantes e defensivos - e também com o recrudesci mento da inflação. Sobre o FAESP primeiro problema, o presidente da"controle diz ser necessário que o governo as influências no campo da agropecuária". Sobre o aumento da inflação, ele afirma que "poderá ser arrefecida, se o governo controlar realmente as necessidades das empresas estatais, que são devedoras de grandes recursos externos". A maxidesvalorização do cruzeiro, seainda tem mais um valor gundo Me-irellles. "Agora"' - disse - "o jogo econôpositivo. mico nào será pago apenas pela agropeeuária. mas por todos os setores". Reajustes salariais a cada cinco meses Se houver uma inflação mais acelerada daqui para a frente, os reajustamentos, salariais poderão ser •mais flexíveis c ocorrer dentro de prazos mais curtos, não mais semestralmente. mas, por exempio. de cinco em cinco meses, admitiu hoje, nesta capital, o ministro Murillo Macedo, do Trabalho. O governo, segundo Macedo, dispõe de mecanismos para alterar a fórmula cie rcajustamentos e os utilizará se for necessário. O ano de 79 se encerra, considerou o ministro, num clima de calmaria, que se estenderá pelo ano seguinte e que deverá ser a tônica daqui para a frente, na área trabalhista. File atribui isso ao amadurecimento nas relações entre empregados e empregadores c também à nova política salarial, que, na sua opinião, veio facilitar os acordos. No pronunciamento que fez ontem, durante o almoço anual da Abinee, Murillo Macedo criticou certos movimentos sindicais que "visavam mais ao movimento em si do que às reivindicações c que. acima de tudo, visavam à afirmação pessoal de alguns". Considerou esse tempo ultrapassado c que, a partir de agora, os conflitos encontrarão sempre solução através do entendimento e de meios pacíficos. O trabalho do ministério a partir de agora, conforme pretende Macedo, terá as atenções voltadas menos para os conditos "que marcaram um momento de transição entre um regime e outro, e mais para questões pragmáticas, como o pleno emprego para o trabalhador e a preparação de mão-de-obra". As duras críticas das lideranças sindicais Para os poucos lideres sindicais que ontem já tinham acesso a informação sobre o discurso do presidente João Figueiredo, as medidas econômicas ontem anunciadas desservem a classe trabalhadora e prenunciam uma situação de crise social. ARNALDO GONÇALVES - Sindicato dos Meta"Há lúrgicos de Santos: muito tempo que o movimento sindical vem alertando que o enfoque econômico adotado pelo governo não beneficia os trabalhadores. E uma das causas é a enorme dívida externa. O modelo exportador é inflacionário e para manter esse modelo competitivo no mercado externo eles procuram conter a inflação congelando salários. Acho que vão acontecer greves sem nenhum controle, pois os trabalhadores vão revoltar-se. Ou os sindicatos assumem essas lutas, ou acontecerão movimentos assim mesmo. PAULO SKROMOV Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Couro: "A tentativa do ministro Delfim sempre foi de culpar o movimento sindical pelo aumento da inflação. Para desgraça do povo brasileiro fica muito claro que caiu por terra esse argumento, que os culpados pelo aumento do custo de vida e da inflação não eram os trabalhadores. Com essa nova orientação do governo estabelece-se uma situação de grande preocupação para os trabalhadores, pois decreta-se definitivamente, a falência da nova política salarial. A tendência é estabelecer-se uma situação de anarquia, onde todos os setores reivindicarão de forma desordenada e independente, pois ninguém vai o pagar querer sozinho". pato JACÓ BITTAR Sindicato dos Petroleiros de Paulínia: "O movimento sindical e a classe trabalha dora não podem ser sacrificados como foram, nesses quinze anos. Desde que começou a nova politica salarial os trabalhadores já perceberam que ela é incapaz de atender suas reivindicações. Agora, a reação dos trabalhadores vai ser a pior possível. Evidentemente, os trabalhadores colocarão todas suas armas para participar do desenvolvimento do processo econômico". No Congresso, a Arena elogia e o MDB critica O líder do governo elogiou; o porta-voz da oposição criticou; o chefe do partido moderado ficou no meio termo. Absolutamente previsíveis, essas foram as reações, ontem, na área política, em Brasília, às medidas econômicas anunciadas, em pronunciamento pela TV, pelo presidente da República. João Baptista Figueiredo. O lider do governo no Senado. Jarbas Passarinho, acha que "o pacote de medidas provocará um novo alento na luta contra a infiação, no saneamento do balanço de pagamentos. E sem provocar a recessão". "Não sendo possível, em curto prazo, a adoção de alternativas energéticas", argumenta Passarinho, "continuaremos a depender, em 40%, do petróleo para a geração de energia primária. E a única forma de podermos pagar essa conta de petróleo sem chegarmos a um endividamento insuportável é ampliarmos as exportações o que a desvalorização do cruzeiro, decidida pelo presidente. ajuda." O senador Roberto Saturnino. uma espécie de porta-voz do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) para assuntos econômicos, não concorda com Passarinho. Saturnino considera que, efetivamente, o sistema de incentivos e subsídios - revogado, em parte, pelas medidas de ontem- estiva "tornando-se insuportável para o orçamento nacional". Mas afirma que "o governo tentou eliminar essas distorções da pior maneira, à custa de enormes sacrifícios sociais e com a desestabilização da economia". Saturnino duvida da eficiência da desvalorização do cruzeiro como'estímulo ao incremento das exporta"Esse estímulo acaba ções: sendo anulado pela retirada do subsidio e pelo imposto de exportação. Considerando que o mercado internacional está em retração e sob medidas protecionistas, nào acredito que as medidas anunciadas possam garantir o equilíbrio do comércio externo". O senador Tancredo Neves, um dos articuladores do Partido Popular "oBrasileiro, considera que governo optou pelas medidas mais .drásticas, pela cirurgia de choque. A reforma cambial certamente agravara as condições de vida do povo". Mas. segundo Tancredo. a desvalorização do cruzeiro foi "uma medida enérgica e corajosa e a hora não comporta manifestações de protesto e inconformismos." As queixas maiores, porém. foram motivadas pela forma do pronunciamento Passarinho represidencial."economês", enclamou do arenista dissidente o quanto Antônio Mariz afirmava "o presidente insiste em que falar apenas aos empresários. quando a hora reclama uma palavra direta a toda a nação: o discurso perdeu-se no hermetismo de formulações técnicas" *DE SÁBADO 8 DE DEZEMBRO KEPUBLÍC4 PAGINA 8 1970 MUNDO mã a dia .1 ¦¦ ¦• IRà X EUA (D í, \ ¦.'..¦¦.-•'.,. ... • irise interna progride. Khomeini culpa os EUA 0 risco de rolar com a crise Nos últimos dias, haviam-se registrado sinais dc moderação no interior do governo iraniano. Tanto o exchanceler, e atual ministro da Economia, Bani Sadr, como seu sucessor na charcelaria. Sadegh Ghotbzadeh, formularam declarações conciliatórias. A disposição para o diálogo de alguns membroschave do governo iraniano esbarra, porém, na rigidez do supremo comandante da revolução iraniana. Ainda ontem, o nyalollah Khomeini voltou à carga, com imprecações ao «imperialismo americano» e a reafirmação de que os reféns serão julgados. Está mais do que claro, agora, que é neste ponto que estanca qualquer tentativa de solução negociada do confronto. Khomeini continua inabalável. E, a julgar por suas declarações de ontem, a caótica situação interna iraniana, antes de dobrá-lo, enrijeceu suas posições. Khomeini, na verdade, está empenhado num teste de vontades não só com os americanos, mas também com seus próprios compatriotas. Ele parece pressentir que, ou sai de alguma forma reforçado da atual crise com os EUA, ou rola com ela. México, EUA, petróleo e inflação Soares e Cunhai: segue a velha briga O Partido Comunista Português acusou ontem o Partido Socialista de náo ter tirado «as lições» da derrota que sofreu nas eleições do último,domingo. Tirar «as lições», significa, para o PCP, que o PS se junte a ele, numa «frente popular» nas eleições municipais, previstas para este mês. o que não acontecerá enquanto Mário Soares estiver mandando no PS. Os socialistas, de fato, recusaram esta semana oferta de um encontro com os comunistas e atribuíram seus ataques a «propósitos eleitoralistas». Holanda não quer foguetes da OTAN O programa de modernização de armamentos da Aliança Atlântica, que inclui a instalação de seicentos foguetes nucleares de médio alcance na Europa Ocidental, terá de passar por uma remodelaçâo parcial antes de ser levado à discussão no Conselho da OTAN, em Bruxelas, na semana que vem. Ontem, o Parlamento da Holanda, um dos países que, segundo o programa, deveria receber tais foguetes, rejeitou um projeto apresentado pelo governo, que autorizava a instalação dos Pershing II e dos Cruise em território holandês. A decisão, defendida pela oposição e adotada por 76 votos a 69, poderá levar à queda do governo de coalizão de centro-direita de Haia. Se quiser aumentar suas compras de petróleo mexicano, os Estados Unidos terão que controlar sua infiação. É o que disse ontem, na Universidade do Texas, Jesus Chavarria, um dos diretores da companhia estatal de petróleo do México, a Pemex. Chavarria explicou que o governo mexicano está muito preocupado com sua própria inflação e com o impacto que a infiação americana poderá ter sobre sua economia. Ele revelou ainda que, segundo estudos realizados' pela Pemex, nada menos do que 80% do subsolo mexicano tem potencial de produçáo de petróleo e gás. Consideradas as zonas de prospeccão da piataforma submarina, a área potencial de produçáo mexicana eleva-se a perto de 1,5 milhão de quilômetros quadrados. Desse total, apenas \Wc foi explorado. Tirana busca amigos no Ocidente Depois de brigar com Moscou e Pequim, o regime comunista da Albânia resolveu iniciar uma operação de aproximação com os paises ocidentais. Em Tirana, agora já se considera a França, a Alemanha e a Itália como «amigos potenciais». As primeiras delegações albanesas devem desembarcar logo em Paris, BonneRoma. BOLÍVIA Governo cede e subsidia gasolina O governo da presidente Lydia Gueiler concordou ontem em abaixar substancialmente o preço da gasolina destinada ao transporte público e aceitou também outras exigências dos sindicatos e de grupos camponeses, num esforço para pôr fim à agitação poliüca e social provocada pelas medidas econômicas «de emergência» decretadas há uma semana. A decisão governamental foi tomada depois de intensas negociaçúies com a poderosa Central Operária Boliviana (COB). Ontem continuaram os protestos Populares fizeram um severo bloqueio das ekradas. Houve greves e registraram-se cenas de violência nas ruas. Segundo fontes da presidência, a gasolina mais barata, chamada «extra», custará apenas 2,50 pesos o litro (32,04 centavos de cruzeiro) e será vendida somente aos veículos do transporte público, como táxis, ônibus e caminhões. Outros dois tipos do combustível, de maior preço e melhor qualidade, seráo vendidos aos consumidores particulares. Com o objetivo de diminuir o consumo da gasolina, o governo aprovou também um decreto que restringe a circulaçáo de veículos partículares, por meio do sistema de placas coloridas. ARGENTINA Jornais pedem investigação I Os jornais argentinos pediram ontem uma investigação governamental vdas denúncias feitas pelo diretor do matutino de linguá inglesa Buenos' Aires Herald, Roberto Cox, a respeito das ameaças recebidas contra sua vida e de sua família. La Nacion e La Prensa publicaram editoriais sobre as denúncias feitas por Cox, que já anunciou sua intenção de retirar-se do pais no próximo dia 16, com sua mulher e seus cinco filhos. Cox, inglês de 46 anos, fez em seu jornal uma intensa campanha em favor do respeito aos direitos humanos, ao mesmo tempo em que criticou as organizações guerrilheiras, tanto direitistas como esquerdistas, que atuam no pais. La Nacion disse que «deve ser verificada a existência das ameaças denunciadas pelo jornalista estrangeiro e, se comprovadas, identificar e punir os responsáveis». O jornal acrescenta que «A segurança das pessoas nâo pode ser um privilégio de ordem particular. Contestadores ainda controlam a cidade de Tabriz 'm^^^^^xm^{ ¦¦+ ¦ ;'•'" :wÊÈÊ *$$ EM PARAS Mustafá Chajik (no alto) morreu com um tiro na nuca Assassinado em Paris uso Muita do ia ROSA FREIRE D"AGUIAR, de Paris Na falta de obter a extradição do xá, o ayatollah Kho-' meini conseguiu exportar para a França uma pitada do seu fanatismo nacional. O assassinio, ontem à tarde, em Paris, de Mustafá Chafik, de 34 anos, sobrinho do ex-xá Mohammad Reza Pahlevi e enteado de sua irmã gêmea, a princesa Ashraf, é o mais recente crime político cometido com as bênçãos de Alá. E, ao que tudo indica foi executado pelas mãos de khomeinistas autênticos. Na terça-feira, a publicação Irã Livre, editada em Paris sob os auspícios da princesa Ashraí, anunciara a chegada de terroristas iranianos que haviam comprado motocicletas e ameaçavam, através de telefonemas anônimos, a vida dos parentes do xá que vivem em Paris. Na quarta-feira, dois chefes de segurança do ayatollah Khomeini passaram algumas horas em Paris. E, na manhã de quinta-feira, duas motociletas por pouco não atropelaram a filha da princesa, defronte ao seu apartamento no luxuoso bai-. rro do seiziement arrondissement de Paris. Tudo leva a crer que foi uma dessas duas motos que transportou o assassino de Chafik. Por volta de 1 hora da tarde, Chafik voltava para a casa de sua madrasta, na Villa Dupont, um beco sem saída ladeado por palacetes. Um homem começou a segui-k), e outro, ainda com o capacete de motociclista na cabeça, colocou-se na entrada do beco. No meio do caminho, um deles agarrou Chafik, colocou-o de joelhos puxou um revólver do blusão e deulhe um tiro na nuca, â queima-roupa. Já no chão, o sobrinho do xá recebeu um segundo tiro. Segundo o advogado da família Pahlevi na França, Mustafá Chafik foi uma vítima inocente, pois há muitos anos ele levava uma vida independentente, não frequentava o palácio imperial e desaprovava a politica do lio. Ele era capitão da Marinha Iraniana, e vivia nos Estados Unidos desde a queda do xá. Recentemente, porém, ele se reaproximara do xá e há um mês mudara-se para Paris onde, segundo um amigo, estava a pedido de Pahlevi para fazer contatos com os partidários do ex-monarca. Chafik já havia sido ameaçado outras veze3, e queixava-se da falta de proteção da polícia francesa. Rara o Ministério de Relações Exteriores da França, porém, Chafik náo merecia proteção especial, i dispensada Presidente da Petrobrás italiana é afastado O governo italiano afastou ontem do seu cargo o presidente da ENI — a Petrobrás italiana — professor Giorgio Mazzanti, enquanto se espera que uma comissâo administrativa investigue as circunstâncias do contrato para a aquisição de doze milhões e meio de toneladas de petróleo da Arábia Saudita. Para o lugar de Mazzanti foi nomeado, em caráter provisório, o democrata—cristáo Egdio Egidi, que terá ao seu lado uma nova junta executiva. Será necessário esperar pelas conclusões da comissão de inquérito para conhecer-se a verdade a respeito do «contrato do século» e do destino que foi dado aos vários bilhões de liras desembolsados, muito mais do que o valor estipulad) da transação. Amigos e inimigos de Giorgio Mazzanti enfrentaram-se ontem durante a reunião da Comissão Parlamentar de Orçamentos e das Empresas Estatais. Mas os defensores da honestidade do contrato estipulado entre a ENI e da Petromin, da Arábia Saudita, tiveram de inclinar-se perante a decisão do govemo, solicitada por alguns partidos que o sustentam, em primeiro lugar pelos democratas sociais. Enquanto isso, o govemo dc Riad mantém o emborjo de petróleo contra a Itália, decretado ao início da semana, quando estourou o escândalo. de Giuseppe Morabito, Roma RODÉSIA/ZIMBABWE Londres nomeia o novo governador Em Londres, tudo pronto para a independência do Zimbabwe-Rodésia. Lorde Soames, um diplomata de 59 anos, genro de sir Winston Churchill, foi ontem nomeado para dirigir o governo de Salisbury durante o período de transição. O anúncio foi feito ontem nos Comuns pelo viceministro das Relações Exteriores, sir Ian Gilmour, acrescentando que Soames chegará à Rodésia na próxima semana e que logo em seguida a Grã-Bretanha suspenderá as sanções econômicas impostas a esse pais af ricano. Os Estados Unidos adotaram decisão idêntica na sexta-feira. Para garantir o período de transição, durante o qual serão convocadas eleições gerais, britânicos e americanos jà estão preparando uma ponte-aérea que levará a Salisbury 1.200 soldados provenientes dos mais diversos países da Comunidade Britanica. Os EUA participarão da operação a pedido de Londres, fornecendo doze gigantoscos aviões de transporte Starlifter, capazes de levar os soldados e todo o seu equipamento, inclusive caminhões e helicópteros. Os guerrilheiros da Frente se queixam de que Patriótica "britânicos confinam os planos as suas forças a quinze lugares, enquanto as tropas do govemo central terão liberdade total de locomoção. apenas ao último primeiroministro do xá, Shapur Baktiar, atualmente exilado em Paris. Por conta própria, a princesa Ashraf, só circula em Paris protegida por uma escoita de dois carros à prova de balas e uma equipe de dez guarda-costas. Em setembro de 1977, ela escapou de um atentado quando seu RollsRoyce foi baleado por um grupo de jovens iranianos, em Juan-Les-Pin, na Cote d'Azur. Hoje, a princesa Ashraf tem uma intensa atividade política. Desde que a família imperial deixou o Irã ela desempenha um papel capitai na articulação das forças anti-khomeinistas. Sobre Ashraf, o presidente soviético Joseph Stalin disse certa vez que ela era o único homem da família Pahlevi. Foi a princesa, de fato, quem percorreu diversos países eu ropeus em busca de apoio, armas e passaportes para os antigos preferidos da corte iraniana, hoje no exílio. Recentemente, ela estava na Turquia e no Iraque onde tentou convencer antigos generais do xá de organizarem um golpe de Estado. O atentado contra seu enteado certamente é um aviso de que ela pode ser a próxima da lista dos inimigos de Khomeini. Na Irlanda, C. Haughey no lugar de Jacklinch O ministro da Saúde, Charles Haughey, foi eleito ontem para suceder Jack Lynch como primeiro-ministro da Irlanda. Haughey tomará posse na próxima semana. Ele derrotou seu único adversário e rival político de longa data, o vice-primeiro ministro George CoUey, nas eleições realizadas pelos membros do partido do govemo — o Flanna Fail. Haughey recebeu 44 votos e Colley 38 — uma diferença maior do que se esperava. As eleições de ontem foram o ponto alto de treze anos de lutas e manobras dos grupos de Haughey e de Colley para conseguir o posto político supremo do país. Ambos os lideres foram candidatos ao posto de primeiro-minitro em 1966, quando Lynch foi escolhido como o candidato de compromisso para evitar a cisão no seio do partido. O Fianna Fail — nome que significa soldados do destino — foi fundado por Eamon de Valera e conta com a maioria na Câmara Baixa do Parlamento irlandês, de 148 cadeiras. Essa maioria" garante a aprovação do nome de Haughey para a chefia do governo. Haughey e Colley são adversários e durante anos manifestaram abertamente suas ambições de conquistar o posto de primeiro-ministro. Além disso, nenhum deles fazia segredo do sua mútua antipatia. Ambos têm 54 anos, estudaram nji mesma faculdade, em Dublin, e iniciaram sua carreira politica na mesma época. Ao pôr do sol, subam aos fato consumado a expulsão tetos de suas casas e gritem do governador anteriormente bem alto cAlá é grande» e nomeado para a provincia de «Abaixo o imperialismo ame- Azetbaijã. da qual Tabriz é ricano que está comendo o capital, indicando para subsmondo». Essa recomendação titiri-lo o ayatollah Rahmatofoi feita ontem a todos os ira- Ua Moghada, muito popular manos pelo ayatollah Ruho- entre a minoria turca. llah Khomeini. Naquele Essas concessões náo fomesmo minuto, dezenas de de capazes, ram milhares de seguidores do serenar os ânimosporém, em Tabriz, Shariat MaKazem ayatollah onde o ex-primeiro-ministro dari continuavam a ocupar os Mehdi Bazargan tentava necidade da principais pontos uma fórmula de gociar de Tabriz, perto da fronteira acordo que permitisse a desoSocom a Turquia e a União dos edifícios públicos cupação viética, contestanto a autoride rádio e das emissoras e dade do govemo central e dida luta o agravamento E TV. vidindo praticamente o Irã interna tinha sua primeira em dois campos antagônicos. conseqüência mais séria na Khomeini foi ontem obricapital do pais, onde o ayatogado a fazer grandes con- llah Montazerin, imã da cessões a Madari, líder dos oração das sextas-feiras, es15 milhões de iranianos de capou pouco de um atenlíngua turca e herói também tado. por foi Uma de outras minorias étnicas lançada contra granada ele, mas não do pais, em nome das quais chegou a explodir. pede maior autonomia para Em meio a esse agravaas províncias e se opõe à Constituição votada no refe- mento da situação interna, rendo do início desta semana. restou a Khomeini fazer seu Madari, que se encontra na segundo apelo em dois dias à cidade santa de Qom, anun- união de todos os iranianos ciou a seus seguidores que o para que «esfreguem os narigovemo central se compro- zes dos americanos no pó da meteu a não tomar qualquer terra». O velho ayatollah resdecisão que afete a região de pondia assim à exortação do Tabriz sem consultá-lo pre- Conselho de Segurança das viamente. Além disso, o go- Nações Unidas para que os vemo de Teerã aceitou como reféns detidos há mais de um mès na embaixada americana de Teerã sejam libertados. Segundo Khomeini, a resolução é produto de uma conspiração envolvendo o Conselho Nacional de Segurança dos EUA, a CIA e a Savak, a antiga policia politica do xá. Talvez como reflexo das duras declarações do ayatollah, logo em seguida os estudantes islâmicos que mantêm os reféns cativos reiteraram que «todos os cinquenta serão julgados por espionagem». Eles desmentiam, assim, declarações anteriores do chanceler Sadegh Ghotbzadeh, que prometerá libertar alguns reféns, e processar apenas os «espiões». Em Washington, o Departamento de Estado repetiu sua advertência: «Qualquer julgamento de reféns americanos será uma questão encarada como muito grave pelos Estados Unidos». Enquanto isso, fontes do govemo americano garantiam que os primeiros reflexos das pressões econômicas sobre o Irã já se fazem sentir. Esses informantes atribuem a atual divisão na cúpula iraniana, em grande parte, às ameaças de um bloqueio econômico internacional cada vez mais sufocante. "Lutar até o martírio" Pela primeira vez, um dos reféns americanos detidoe há 34 dias na embaixada dos Estados Unidos em Teerã foi entrevistado pela televisão. Sua voz, pelo menos, foi ouvida, já que os estudantes que controlam a embaixada não autorizaram o contato direto dos jornalistas com os reféns. O cabo fuzileiro naval William Gallegos, de 21 anos, disse que os reféns estavam sendo bem tratados e pediu que Washington resolvesse logo a crise. O mesmo programa transmitido pela ITV, a televisão comercial inglesa, na noite da última quinta-feira, insinuou, pela segunda vez está semana, a possibilidade de vários reféns já não estarem mais na embaixada. Eles teriam sido transferidos para outros locais, em Terã e no interior do país, para neutralizar uma eventual tentativa americana de resgate por meio de um ataque â embaixada. O intérprete do repórter Julian Manyon, autor da entrevista, foi uma jovem integrante do grupo que ocupou a embaixada. Ela náo deu seu nome verdadeiro, identificando-se apenas como «Mary», uma universitária. Bonita, lenço na cabeça e rosto descoberto, serena, mas firme e decidida e falando num inglês fluente, sem hesitações, «Mary» reiterou que os reféns seriam mortos caso a embaixda fosse atacada, mas, ao mesmo tempo, confirmou uma importante mudança na perspectiva de julgamento dos reféns. Abaixo seu diálogo com Julian Manyon: Pergunta. Você disse que se a embaixada fosse atacada os reféns seriam mortos. Você seria capaz de azer isso? Resposta Seria P. Você, pessoalmente, revólver, pegaria um encostaria na cabeça de um deles e atiraria? R Atiraria. Para quem viu metralhadoras de fabrica-ção americana matando meus irmçaos e minhas irmãs nas ruas... P. O que acontecerá se os americanos nâo devolverem o xá? R Os reféns então serão julgados. O julgamento será feito por um tribunal islâmico e a sentença será cumprida, com base nos princípios islâmicos. P. Vocês estão preocupa- dus com o fato de que esse longo período de detenção dos reféns possa provocar neles danos psicológicos, isto é, que alguns possam enloquecer? R Nas prisões do tempo da Savak (a policia politica do xá), dezenas de milhares de jovens, os mais brilhantes de nossa juventude, correram perigo e foram torturados. Ninguém se preocupou com as conseqüências psicológicas. Eles foram torturados e todo o mundo sabe o que aconteceu com eles naquela época. E eram os mais jovens, os mais brilhantes e mais inteligentes de nosso povo. É possivel comparar aquela situação com está? P. Até onde vocês estão dispostos a levar essa situação? R. Estamos dispostos a lutar até o martírio. P. O que significa martírio para vocês? R. O martírio è um principio da filosofia islâmica Martírio é o homem lutar, em nome de seus objetivos, em nome de Deus, até a morte. No Islã, os mártires estão vivos. Um mártir não morre, não é nunca destruído. Ele continua para sempre. Israel teme que Khomeini "guerra santa" exporte sua SERGE AKIM, de Jerusalém «Se eles resolverem vir, esteja certo que nós estaremos prontos para oferecer-lhes uma recepção à altura». Com um sorriso irônico nos lábios, o* alto oficial das Forças Armadas israelenses resume assim o estado de espírito que prevalece em Jerusalém diante das notícias, procedentes desde Teerã, de que «núlharesde voluntários iranianos preparam-se para chegar ao sul do Líbano, a fim de se unirem à guerrilha palestina em sua luta contra o inimigo sionista». Ontem, uma rádio de Beirute desmentiu tais notícias, informando que o govemo de Teerã já dera garantias à chancelaria libanesa de que não haverá envio de voluntários iranianos ao país, conforme anunciava o mullah radical Mohamed Montazari, no início da semana. Israel, de qualquer forma, tomou suas precauções. Na verdade, não interessa ao governo israelense uma reescalada de tensões no Sul do Líbano, o que fatalmente ocorreria se ali desembarcassem alguns milhares de «enviados de Alá» para ajudar os Feddayin palestinos em sta «Guerra de Libertação». Para os iraelenses, a campanha do Sul do Líbano rendeu escassos dividendos mili- tares, visto que a guerrilha palestina não foi aniquilada nem mesmo «escorraçada» , como pretendiam muitos generais hebreus e, sobretudo, a imagem do país acabou sofrendo desgastes consideráveis no plano intemacional, devido aos bombardeios sistemáticos da região por sua força aérea e sua artilharia, que produziram o maior número de vítimas entre as populações civis, envolvidas numa guerra que lhes era totalmente estranha. Na verdade, os militares israelenses não estão levando muito a sério as garantias oferecidas ontem por Teerã ao govemo libanês. Em Jerusalém, teme-se, com efeito, que os «fanáticos» iranianos não deixarão passar em branco — e malgrado as eventuais tentativas de resistência por parte do govemo de Beirute — a oportunidade de estenderem a sua «guerra santa» às fronteiras israelenses. «Tanto pior para eles», afirma uma fonte oficiai israelense, reconhecendo todavia que é possível que «também aos sírios não interesse, ao menos por enquanto, presença tão indesejàvel, capaz de fazer com que as atenções e as tensões deixem o Irã e o Golfo Pérsico e voltem a se concentrar no barril de pólvora que tem sido o Sul do Líbano». Segundo essa fonte, aos olhos de Damasco a presença de voluntários iranianos, altamente motivados, ao lado dos combatentes palestinos «poderia dar novos ímpetos à guerrilha, fazendo-a portanto cometer desatinos». Que desatinos seriam esses? «Bem, bombardeios cegos sobre nossas povoações civis, ao norte do país, missões-suicidas de terrorismo, desatinadas a matar civis indefesos», calcuia o informante. «Essa situaçáo, se repetida, forçarnos-ia a adotar medidas extremas de defesa, levando a guerra ao campo inimigo. Não se esqueça que os sirios mantêm tropas no Líbano e no Sul do Líbano. Uma escalada de violência na região teria implicações sérias também para Damasco. Dai é fácil a qualquer bom analista tirar boas conclusões à respeito do quadro». Assim, em princípio a situação do Sul do Líbano tende a inquietar, mais intensamente, de imediato, as próprias autoridades libanesas a quem, diga-se jamais interessana a presença dos iranianos ao lado da guerrilha palestina, numa área permanentanente desestabilizada e sobre a qual Beirute luta por restabelecer a sua soberania. PAGINA 9 CAPADO 8 DE DEZEMBRO DE 1979 gEPÜBLfQV MUNDO Outra batalha perdiida do xá: o livro de memórias ENTATIVA DE CONCILIAÇÃO Com Madari, o filho de Khomeini e o ex-premier Mehdi Bázargan Ptam P1ERO BENETA220, do La Repubblica, de Roma TEERà - A radio de Tabriz ocupada. Na cidade .santa de Qom. violentos emIwte: entre os seguidores dos 'ayatollahs Khomeini e Sha.'rial Madari — esti! ultimo contrário à Constituição ratificada pelo plebiscito do inicio tía semana. E, no meio de . tudo Isso, palavras mais mo' deradas com relação à resoIuçíSo do Conselho de Seguranç-i da ONU que fez um apelo pela libertação dos reféns. A justaposição desses ¦ acontecimentos náo è arbitrai ria. Perdida a unidade da frente interna, no Irá, tende a aumentar a disposição para •negociar. De fato, anteontem, o mido Exterior. Sadegh nistro "Ghotbzadeh.. após 24 horas, I j rompeu o silêncio oficial a j respeito da resolução da ONU. «Ela representa um passo adiante», declarou ele, «porque náo contém qualquer condenação ao Irá». Poucos minutos antes, o Conselho Revolucionário — reunido em Qom — havia recebido o sinal verde de Khomeini: é nn"étssário manter os contatos com a ONU. Isto significa .que a mediaçáo do secretario-geral Kurt Waldheim foi aceita. Ghotbzadeh falou longamente, por telefone, com Kurt Waldheim, e ontem, em Teerã, náo se excluia a possibilidade de uma visita do próprio secretário-geral, diversas vezes oferecida e sem-,t pre recusada. Mas, aos sinais de dis„tensão da situação em nível a-internacional, corresponde - uma dramática tensão na "política interna que, iniciada V no Azerbaijá, acabou atin,.~gindo Qom, a cidade santa e o centro do poder efetivo, ¦•orsde Khomeini vive cercado '• pelos seus ayatollahs. Lá, ^quinta-feira, pela manhã, \ uma multidão tumultuada tentou ocupar a casa de Sha',' rial Madari, a segunda autoridade religiosa do país e , r, líder da potente minoria dos «azerbaijanos» — eles repre"• sentam um terço da popu"laçáo. Há alguns dias, en. quanto isso, as demons. trações se sucedem em Tabriz, capital de Azerbaijá, contra a tele' para protestar visão — que difundiu uma ,-mensangem falsa de Shariat Madari, favorável à Consti'tinido — e para pedir a anulaçáo da mesma Constituição. ',. 0 referendo sobre a Consti-a tiáção, na verdade, revelou vulnerabilidade da revolução khemeinista. Houve um elevado índice de abstenção, que pôs a vista um país dividido e perturbado. O governo não divulga a porcentagem dos eleitores qivs náo compareceram às umas. Mas eles seriam cerca de 5(Fr, segundo se diz — e a irritação dos khomeinistas é evidente. Não se sabe com precisão cemo se desenrolaram os fatos na casa de Shariat Madari. Sabe-se somente que houve tiros, e que duas pessoas morreram, entre elas um dos guardas armados que cuidavam da segurança do velho ayaidlah. À residência de Shariat Madari — situada a poucas centenas de metros da casa na qual mora Khomeini — se chega através de uma viela estreita, que pode ser fácilmente defendida. Isso permitiu que o ataque dos khomeinistas fosse rechaçado. Mas o episódio serviu para aumentar ainda mais o nível de tensão, e no Azarbaijã as demonstrações e os protestos foram intensificados. Desde anteontem, os manifestantes ocupam a sede da rádio e televisáo de Tabriz, de onde transmitem continuamente sSogans contrários à Consti- tuiçSo, exigindo que Ghotbzadeh seja processado (formalmente, ele continua ocupando o cargo de diretor da rádio e da televisão iraniana — portanto, seria o responsável pela transmissão da falsa mensagem de Madari i. Os apelos conjuntos dc Khomeini e Shariat Madari provavelmente serviram para evitar lutas e manifestações ainda mais duras e violentas. Mas náo para impedir que os protestos diminuíssem, ou assumissem dimensões mais controláveis. Para as manifestações no Azerbaijá confluem diversos elementos. Existe uma componente tribal — a fidelidade ao próprio ayatollah Shariat Madari —, mas existe também um forte elemento leigo e socialista. De fato, a região — em 1908 e em 1945 — tentou, sem conseguir, se tomar uma república socialista. E foi também um dos elementos mais importantes para a aprovação da Constituição de 1906, que o xá nunca quis aplicar, e que o ayatollah Shariat Madari — inclusive recentemente — sempre dcfendeu. Náo é de estranhar, assim, que do Azerbaijá se origine a mais forte contra-o fensiva à marcha da revoluçáo khomeinista. O xá Mohammed Reza Pahlevi, durante seu exilio no México, escreveu um livro de memórias no qual, entre outras coisas, ataca o governo americano — segundo ele, o grande responsável pela queda de seu regime. Agora sem ter para onde ir, dependendo da gênerosidade de Washington — que lhe concedeu um visto temporário de entrada nos EUA - Reza Pahlevi tenta desesperadamente impedir a publlcaçilo de seu livro, Resposta a Histeria, em preparação pela editora Albin Michel de Paris. Mas os esforços do xô estão se revelando inúteis: partes de suas memórias jâ começam a er publicadas pela imprensa mundial. Ontem, o semanário britânico NOW divulgou um primeiro capitulo, e amanha jornais de várias capitais iniciam a publicação do livro em séries. O capítulo publicado por NOW revela que, cm janeiro deste ano, o general Robert Hayser subcomandante da Aviação Militar americana na Europa, esteve em Teerá para persuadir os militares iranianos a náo fazerem nada no caso de golpe contra o monarca. Sobre o ayatollah Khomeini, por outro lado, diz Pahlevi: «Esse líder religioso já causava problemas há muito tempo e, embora fosse praticamente desconhecido, estava por trás dos distúrbios, pilhagens e incêndios que ocorreram em 1963, por ocasiáo da imposiçáo da reforma agrária». EUA X IRà (11) Carter define sua estratégia Ela será gradual. Não com medidas militares, mas econômicas RODOLFO BRANCOLI, do La RepubbUca, de Roma NOVA YORK - A Europa está cm vias de ser envolvida pela crise iranlHnn: os Estados Unidos - lhe deveráo pedir uma .solidariedade que nflo permaneça mais apenas no plano verbal. O presidente Jimmy Carter anunciou, em uma conversa com membros do Congresso americano, na quarta-feira à noite, que pretende começar a dar «uma volta diária no parafuso» — isto é, aumentar o ritmo de suas pressões sobre o Irá. SÈ decidiu enviar o secretário de Estado Cyrus Vance a quatro capitais européias — Londrcs, Paris, Bonn e Roma — para discutir a adoçáo de medidas coordenadas de estrangulamento econômico. Estas medidas cobrem uma ampla gama de possibilidades, desde as mais brandas até às mais extremas, numa escalada gradativa que.— dizem — poderá ter a duraçáo de semanas. Esta atitude tem, antes de mais nada, uma evidente finalidade psicológica. Ela pretende mostrar aos iranianos que nflo existe falta de opções, nem de vontade para lançar máo dessas opçóes, nern de paciência para esperar pelos seus futuros resultados. E a primeira esperança é de que esta ameaça, formulada num momento em que de Teerá chegam indícios de uma nova disposição para negociar, e indicações de desavenças no seio do Conselho Revolucionário, ajude iniciativa diplomática que deverá ser desencadeada pelo secretàrio-geral das Nações Unidas, Kurt Waldheim. Ao mesmo tempo, se os EUA anunciam uma gama de medidas econômicas que, para provocar resultados, exigem um certo periodo de tempo, implicitamente afastam a ameaça imediata de uma Inmilitar. Mas se, tervençdo como a cúpula americana parece acreditar, a situaçáo de estagnação está destinada a Drolongar-se e os progressos , deverão . ser lentíssimos, os países industrializados se encontraráo diante de opções que, para eles, nflo serflo indolores. A decisflo amadureceu entre terça e quarta-feira úlUmas, após profundo exame da situaçáo iraniana, realizada no mais elevado nivel, onde se levou em consideraçáo inclusive a votaçáo das NaçOes Unidas que pediu a liberíaçáo dos reféns e as conseqüências do referendo realizado no Irá para ratificar anova Constituiçáo — fato que, segundo muitos, está justamente na origem da crise. Os americanos consideraram encorajadora a conclusáo do debate da ONU. E partir disso optou-se pelo total apoio à iniciativa de Kurt Waldheim, o que supõe uma série de medidas a serem desenvolvidas no decorrer do corrente mes. Estas medidas, segundo declarou um porta-voz do Departamento de Estado, tém um caráter «náo militar». O uso da forca fica confinado â possibilidade de ser ameaçada a integridade dos reféns ou à exaustáo de toda e qualquer outra opçáo. Uma irvlicaçáo mais precisa das diretrizes ao longo das quais a adminsitraçáo decidiu movimentar-se nas próximas semanas veio porém no encontro de quarta-feira, quando Carter recebeu uma centena de deputados de ambos os var que apenas a presença partidos. Nesta reunião, todo das naves de guerra ao largo frentes dado bs foi enfoque das costas iranianas já proeconômica o diplomática, virou um aumento de MXW «uma série de a alusões com nos seguros sobre transportes medidas secretas» já em funos deputados por via marítima, tomando cionamento que — obrigados ao si&ilo — conproibitivo o custo das mercadorias. Enfim, náo se exclui muito sideraram promissoa possibilidade de sc chegar ras. O que significa a «volta a apresentar ao Conselho dc Carno diária parafuso» que Segurança da ONU uma proter prometeu? Significa que aplicar de decisão posta para aplicar sanções se tomou a econômicas generalizadas, uma pressão progressiva socomo as que ainda se enconbre a economia iraniana, tram em vigor em relaçáo á através de uma série de meRodéaia. didas que, para serem realQualquer uma destas mente eficientes, náo podem ações, que sáo dadas como ser adotadas unicamente peexemplas, pressupõe um elelos Estados Unidos, ou nao vado nível de cooperaçáo por podem ser adotadas pelos parte dos países europeus e EUA sem o consenso dos do Japáo, e uma disposição principais países aliados. da parte destes paises no senOra, esses paises sao tido de pagarem as consetambém os maiores paises in— aqueles quências de uma guerra dustrializados que econômica que, evidenteimportam petróleo e mantêm mente, náo deixará de ter significativo intercâmbio um atos de retribuição. Uma com o Irá. Aqueles que possuem investimentos de parte da imprensa americana, nos últimos dias, oitibilhões de dólares no territócou o comportamento dos rio iraniano, e cujo sistema aliados europeus em relaçáo bancário, com relaçáo ao Irá, a crise iraniana, consideradoi está exposto a cifras que confipusilânime e egoísta, também chegam aos bilhões nado as expressões verbais de dólares. de solidariedade. O Departa- mento de Estado fez de tudo As medidas que estariam sendo estudadas váo desde para corrigir esta opinião, louvando os europeus pela , um boicote generalizado dos vôos iranianos, com um fe- sua cooperação, principalchamento das escalas, à sus- j mente no sentido de. manter pensão do fornecimento de i abertos os seus canais de co- . rnunicaçáo com o governo peças de reposiçáo, da renúniraniano. Mas o fato, por cia de adquirir o petróleo iraniano (como os Estados Uni- exemplo, de que o Japáo se tenha precipitado sobre o dos já estáo fazendo) à supensão das vendas de mercado livre para assegurar produtos agrícolas. Além o petróleo iraniano que os Esa tados Unidos recusam-se disto, existe também a hipónáo foi certamente adquirir, e, naval tese de um bloqueio neste contexto, deve-se obser- visto com muito entusiasmo. ^^^K^^^IuKrXB sabesp CONCORRÊNCIA SABESP 139/79 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DEITAPECERICADA SERRA CONCORRÊNCIA SABESP 139/79 DE AÇO ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÃO COM 0 500 MM - ADUTORA DE RECALQUE R2-R1 empròMi A Companhia do Saneamento Básico rio Enatio <lo Sáo Paulo SABESP convida tias obras de as (onslruton» a participaram da Concorrência SABESP 13!) 7B para a meei cio Itapece H2-R1 om nu recalque mm, telocenie â adutora aco bOO t scmáménto de iubulaçtó de rfcã da liturit. assim distribuídas: • a 12: O 0.00 rroctip-iistac» . Lote 1 Adutora do Recalque R2-R1 ¦ OOó Í.45 • 10.00 Adutora do ítokiuu H2-R1 - Trécho-oslaca 123 Lotu 2 O tirara para owcuçJo das obras ó (te 300 Itroíonlosl (lias consecufvos. de ConcorTE.ic.as da SABESP. na As IXWJOSUS Mão metxte no Auditório do Departamento 11.00 lona,] Horas rio dia 27 do deRtoTffitoM Manoel 7SS 6» arriar. nesta Capitai as iembrá.de 1979 empresas para participaNáo serão admitidos Consórcios, ou qualquer tipo do agrupamento du çáo nesta concorrência. dividiAs cond.côcs que regulamentam esta Licitação estão dipostas no Edilal de Concorrência cíoí em 5 (cinco) Copítuíos a saber: Capitulo I - Regulamentação da Concorrência Disposições Contratuais Capitulo li Capitulo III - Modelo de Proposta Cauílulo IV - Especificações Técnicas Preços Capitulo V • Orçamento SABESP ê Regulamentação de d.i SABES^nlie O Edital de Concorrllncia serã fornecido neio Departamento do Concorrência /.UUU.UU ntrliaaOe 12 7'le 14-12/79 niorjlámoapresontaçaodotacbodepagamenlodeu> 766-1 /' Manoel. Rua Pad.e João •--¦o mil criaturas), efetuados na Tesouraria d.i SABESP. na Sâo Pauto dezembro tia 1979 A DIRETORIA Governo do Estado Paulo São Paulo, de.Sâo jr . .vida Secretaria de Obras e do nova Meio Ambiente T4/mmmf Companhia de Saneamento Basirr. <Jn Estado de Sãb Paulo A busca de um lugar para Pahlevi Urna possibilidade: as gelliras da Islândia. Outra: a solidão de Tonga, um país do Pacífico Sul. Sáo opções que desde ontem se abriram para o ex-xá Reza Pahlevi — os governos de ambos os paises ofereceram-se para acolher o destronado mona rea do Irá. Esta inforinação foi divulgada em Washington, por uma fonte do Departamento de Estado. A mesma fonte revelou que prosseguem os esforços americanos para encontrar um país que hospede Pahievi. Ainda ontem, os colunis.tas americanos Rowland Evans e Robert Novak divtJgaram que negociações secretas estariam sendo (k^envolvidas entre EUA e Argentina, no sentido de que este pais recebesse o ex-xá. Em Buenos Aires, porém, a informação foi desmentida categóricamente. sabesp CONCORRÊNCIA SABESP 138/79 METROPOLITANO - SAM NORTE ADUTOR SISTEMA COM «100 AÇO DE TUBULAÇÃO ASSENTAMENTO DE - I TRECHO BRANCA ÁGUA ADUTORA GUARAÚ VILA BRASILÂNDIA P^°„ SA9ESF'convida A Companhia de Saneamento Básico dp Estado de Sâo SABESP 13^9, para a empresas construtoras a participarem da Concorrência aço oe tubulação do 0 100 . referente a Execução das obras do assentamento numa extensão de BrasiISndia. I Vila Trecho Água Branca Adutora Gua.aú 1.468 metros. e vinte) dias 0 prazo total par,! execução tias obras é do 420 (quatrocentos consecutivos. di. As propostas serão recebidas no Auditório do Departamento de Concorrência! 755 - 6» andar, nesta Capital, às 09:00 SABESP na Rua Padre João Manoel, 1979. (nove) horas do dia 27 de dezembro de de ernpiesas Não serão admitidos Consórcios, ou qualquer tipo de agrupamento para participação nesta concorrência. dipostas no Edilal de ConAs condições que regulamentam esta Licitação estão coirdnci i divididos em 5 (cinco) Capítulos a saber: Capitulo I - Regulamentação da Concorrência' Capitulo II - DsposiçÕK Contratuais Capitulo III - Modeio do Proposta Capítulo IV - Especificações Técnicas Capítulo V - Orçamento SABESP e Regulamentação de Preços tle Qjncwréncjas da de Concorrência será forwodo pelo Departamento fi Editei seta "radiai 06/12/79 a 14/12.^79, mediante apresentação do recibo de SABESP1£ Tesouraria da SAna efetuados «namento de CrS 7.000.00 (sete mil cruzeiros), - 17» andar. BESP. na Rua Padre Joào Manoel. 755 São Paulo. dezemt)-o de 1979 A DIRETORIA Governo do Estado qãn Paulo de São Paulo Obras e do .vWaVSSa S^-a* Meie Ambiente Companhia de Saneamento Básico do Estado de Sào Paulo O Festival 79 da Música Popular tem provocado vaias, aplausos, críticas, elogios, contestações. Nunca indiferença São todas essas coisas juntas que fazem com que um Festival de Música seja democrático, r~\ i 1 Tropular, apaixonante. Por isso não perca Las LJ 8, dia a finalissima, neste sábado, 9 da noite. Nem que seja para ficar contra 9 da noite. i^unmnmn 1 V T'. SÁBADO 8 DE DEZEMBRO DE 1979 —REPUBLÍQ^- PÁGINA 10 KCONOMIA/TRABAl.HADORHS 0 SETOR ELETROELETRÔNICO EM 79 Produção de USS 5,5 bilhões De novo, um crescimento de 10% nas vendas e na produção VICENTE DIANEZ1 FILHO O presidente da Associaçáo Brasileira da Industria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Manoel da Costa • Santos, ainda nao sabe quem apoiar nas eleições de principios de abril, que deverão renovar a direção da entidade. «Tanto Magalhães como Firmino — disse ele — sáo pessoas íntegras, empresários bem-sucedidos e dignos. Mas náo conheço os seus programas.» Costa Santos referia-se a Eduardo Carlos Pereira de Magalháes, da Eletroparts, e Firmino Rocha Freitas, da Bravox, os dois candidatos à sucessáo presidencial da Abinee. E continuou. «Tenho certeza que a disputa será sadia em relaçáo a qual manterei uma posiçáo neutra.» Manoel da Costa Santos revelou sua posiçáo sobre as próximas eleições da entidade durante o almoço anual promovido por ele ontem, no Clube Paulistano. Mas náo confessou sua neutralidade quanto a outro assunto: a sucessflo da Federação das Indústrias do Estado de Sáo Paulo, com eleições marcadas para agosto. «Convoquei o conselho da Abinee para tomarmos uma posiçáo. Mas a maioria considerou que era muito cedo», afirmou Costa Santos, sem revelar entretanto sua queda para um dos candidatos: o veterano Theobaldo de Nigris ou o jovem ®m& No Rio O mercado fechou praticamente estável, com o indice recuando apenas 0,2% face ao bom comportamento das blue-chips, que valorizaram, em média, 1,7%, enquanto as ações de segunda linha caíram 1,1%. O volume de negocios, por outro lado, teve queda de 40,7% em relação ao pregão anterior, ao atingir 140,5 milhões de cruzeiros. As maiores altas do mercado foram: Vigprelli OP (9,0%), Banco Comércio e Indústria de Sáo Paulo ON (8,3rf), Atma PP (8,lrf) Brasiljuta PP (5,3%) e Anderson Clayton OP (5,1%)'. As maiores baixas: Eluma-direitos (23,0%), Banco Juliáo Arroyo ON (13,3%), Real de Investimentos PN e ON (12,l%i e Telerj ON (11,5%). As mais negociadas: Vale do Rio Doce PP (8,4rf), Vidraria Santa Marina OP (7,1%), Petrobrás PP (6,2% i. Santa Constância PP (6,1%) e Banco do Brasil PP (5,6%'. Luiz Eulálio Bueno Vidigal Filho. «Náo estarei mais à frente da Abinee para definir o voto de nosso sindicato. Posso apenas garantir que continuarei ligado à vida associativa do empresariado.» Depois de quize anos à frente da Abinee, Costa Santos presidiu ontem talvez o último almoço anual da entidade. E, como sempre, anunciou os resultados de crescimento do setor eletroeletrônico: 10% de aumento na produçáo e nas vendas em 1979. Ou seja, o mesmo índice de crescimento de 1978 em relaçáo ao ano anterior, apesar de 1979 ter sido, como lembrou o próprio Costa Santos, um ano de mudança de govemo, com problemas de energia, agravamento do panorama político e econômico internacional, variações substanciais na orientação politica e econômica brasileira e marcado por freqüentes greves trabalhistas. Os 10% de crescimento, porém, permitiram que a produçáo do setor, hoje, seja avaliada em cerca de 5,5 bilhões de dólares com uma força de trabalho de 230 mil pessoas. Costa Santos lembrou lambem que esse índice é global, náo eliminando assim dificuldades pelas quais passaram subsetores da industria, como a queda de 20% nas vendas de disjuntores de media e alta tensão e de 15% de transformadores de força. Além disso, as máquinas de corrente contínua registraram diminuição de 30% enquanto caíram em 35% as vendas de retificadores industriais. Em contrapartida, cresceram em 15% as vendas dos aparelhos eletrônicos domesticos, em 12% as de componentes eletrônicos e em 20% as de equipamento de força para telecomunicações — só para citar alguns exemplos. Mas, queixou-se Costa Santos: «Os resultados obtidos foram em meio a um elenco de problemas de abastecimento de matérias-primas, de altos custos financeiros, de falta de recursos para. o capital de giro, principalmente para a pequena e média empresas e de ausência de definiçáo de mercados». lil O mercado de Letras do Letras do Tesouro Nacional. Tesouro Nacional apresentou-se pouco movimentado, com tendência compradora para papéis com vencimento em janeiro de 80 cotados a 26,10% e 26,30% e os de vencimentos em fevereiro cotados entre 25,80% e 25,30% Financiamentos. Os financiamentos por um dia em Letras do Tesouro Nacional estiveram ligeiramente pressionados durante todo o periodo abrindo a 26,40% ao ano, Subindo até níveis de 37,20% e declinando para fechar a 33,60% ao ano. Média de negócios a 30,60%. Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. O mercado apresentou-se movimentado para papéis de cinco anos de prazo e 8% de juros com vencimento no segundo semestre de 84 cotados a 115,00% para compra e 116,00% para venda, e os papéis de dois anos de prazo e 6% de juros com vencimento no primeiro semestre de 81 cotados a 114,00% para compra e 114,30% para a venda. Financiamentos. Os financiamentos em obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional apresentaram-se ligeiramente pressionados durante todo o periodo abrindo a 29,40% subindo até níveis de 35,00% e declinando para fechar a 21,60% . Média de negócios a 27,60% ao ano. Em São Paulo O IBV apresentou, na média, baixa de 2,9%, mas fechou em alta de 0,3%. O volume de negócios cresceu 3,4% em comparação à véspera, atingindo 548,7 milhões de cruzeicruzeiros) corres' ros. Desse total, 70,8% (388,5 milhões de Das ações futuro. a mercado do negócios aos ponderam que compõem o índice, quatro estiveram em alta, dezenove em baixa, duas estáveis e sete não foram negociadas. As quatro ações que subiram foram: Docas de Santos OP (0,82%), Nova América OP (0,75%), Café Solúvel Brasília PP (0 74%), e Moinho Fluminense OP (0,38%) As que mais baixaram: Brahma OP e PP (7,65%), Petrobrás ON e PP (7,44% e 6,37%) e Vale do Rio Doce PP (5,39%). As mais negociadas: Banco do Brasil PP e ON (27,25% e 12,81%, Petrobrás PP (13,24%), Dohller PP (9,61%) e Vale do Rio DocePP (5,95%). flliHHi llii ti mUl kJ b i í í %j ü i jL--^ BIl^Sí! Rfl£ i | 1 1 fe MK \ H I I \* rf I \« pW| O que fica depois da tortura O pacotão natalino de Delfim isat í 'iSy-y \ \ ¦'. MH gjMPE* T^ZrtmMBtfWBLi Aos presos comuns, anistia l "^S^f&flk. -W^BÊSÊS^ vlL^^x^^^^S^^OÍ^hX^r^t: JÁ NAS BANCAS 1.----*-^ Tempestade diplomática em em Brasílaa ^^^^p^r-^^^í^ ¦'&i7'-'*¦roSf^^K '^*"?Sfe7j)jm7í1$B^^^mB™??™™ Desemprego menor, mas inflação em alta Pelo segundo mès consccutlvo, a taxa de desemprego recuou nos EUA em novembro, passando de 6% para 5,8%, num claro indicio de que a economia norte-americana experimenta maior firmeza do que a maioria dos especialistas costuma admitir. Segundo o Departamento do Trabalho, o número total de empregos aumentou em 350 mil no mês, e o número de desempregados se reduziu em 140 mil. Os dados foram recebidos com euforia pela Casa Branca, que, na véspera, tivera uma surpresa desagradável, com a alta de 1,3%, também em novembro, para o índice de preços ao consumidor, com uma taxa acumulada, em doze meses, de 12,8%. A nova elevaçáo nos Índices se deveu a uma disparada nos preços dos alimentos, que tiveram a maior alta1 de preços desde 1974, possivelmente por reflexos do mercado mundial: com a frustração das safras de cereais da Uniáo Soviética, as cotações internacionais entraram em alta. £ (pve DiA- V& SV$P€h)(te(l fi cpepAçcèS Càreve pode deixar Baixada sem pão Já não há farinha para entrega CARLOS MAURI ALEXANDRINO, de Santos O Japão especula no mercado de petróleo A compra e petróleo iraniano pelo Japáo, a 40 dólares (130,80 cruzeiros) por barril, no mercado de pronta entrega (Spot), pode provocar uma tempestade de criticas internacionais sobre a política japonesa de comercialização do produto, segundo se insinua em Tóquio. As sete grande empresas de comercialização e companhias petrolíferas japonesas compraram no mercado de entrega imediata o petróleo que fazia parte dos 31 milhões de barris destinados aos Estados Unidos, antes do bloqueio determinado por Teerá. Os mesmos informantes acrescentaram que o Japáo planeja vender 6 milhões de barris de petróleo bruto iraniano a Europa, Cingapura e outrás áreas do Sudeste Asiático, isto ê, comprou-os com fins especulativos. Por outro lado, a Federação de Petróleo do Japáo informou que seu presidente, Tokie Nagayama, partirá segunda-feira para .o México a fim de assinar um contrato formal a longo prazo para a importaçáo de petróleo mexicano. VW pretende importar carros argentinos O ministro da Fazenda, Karlos Rischbieter, confirmou que em sua viagem à Argentina, a partir do dia 22, negociará com o govemo daquele pais um contrato de reciprocidade que permite a exportaçáo de carros da marca Volkswagen fabricados no "Brasil. A legislaçáo argentina permite a importaçáo, desde que seja feita de um país que também aceite a entrada de carros lá produzidos. O govemo brasileiro, porém, não permite a importaçáo de carros. O assunto foi discutido com o presidente da Volkswagen do Brasil, Wolfgang Sauer, em reuniáo no Ministério da Fazenda. O pedido feito por Wfolfgang Sauer ao ministro da Fazenda tem ligação direta com a recente aquisição da subsidiária argentina da Chrysler pela Volkswagen alemã. Enquanto a fábrica da VW — Chrysler estiver sendo reformada, a emprensa se limitará à montagem de carros desmontados, que seráo importados de um dos países onde a Volkswagen tiver subsidiária. Já não há como evitar a falta de pão na Baixada Santista: ontem, esgotaram-se os estoques de farinha de trigo, o fornecimento foi suspenso, e náo há perspectiva de normalizaçáo antes do fim da greve dos trabalhadores nos rnoínhos da regiáo, que hoje completa seu sétimo dia. Os 1.500 «trigueiros» voltaram a firmar posiçáo, na assembléia geral da manhã de ontem, de náo retomarem ao trabalho sem os pretendidos 70% de aumento, enquanto os patrões recusam-se a ampliar sua proposta de 67%. A greve, reconheciam ambas as partes, chegou em um impasse insuperável pela via da negociação. A produçáo de pães especiais já havia sido suspensa durante a semana, para que as padarias pudessem atender a demanda de pâo francês, mas ontem a tarde o sindicato dos panificadores confirmava que a produçáo estará suspensa hoje, pois náo há como conseguir a farinha. «Muitas padarias» — informou um dos diretores do sindicato —«vão fechar suas portas e dar folga aos empregados, pois a populaçáo podera entender errado o problema, e pensar que as panificadoras estáo sonegando o produto». O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Trigo, Bemabé Manoel Riesco, considerou «um absurdo, uma agressão deslavada e sem justificativa», a resposta dos patrões aos entendimentos tentados pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Nelson Virgílio do Nascimento: «Ele entendeu como justa a nossa reivindicação e, para efeito de negociação, até conseguiu que a reduzíssemos em 1% mas os patrões náo apenas discordaram do ponto de vista do juiz,, como ainda tripudiaram, oferecendo apenas 67% e nada mais, mantendo a intransigência que levou a greve ao estado atual». A questão vai a julgamento na terça-feira, o que significa que a populaçáo da Baixada Santistá e mais os dois milhões e meio de turistas aguardados neste fim de semana, ficarão sem páo. A crise no abastecimento deverá estender-se ainda até o final da próxima semana, segundo as previsões, mesmo supondo o retorno ao trabalho na quarta-feira. É que, seguido explicam os panificadores, os pedidos de farinha estáo com um atraso de vinte dias e, mesmo com o reinicio do trabalho, o fornecimento demorará a voltar aos níveis normais. Acreditam, entretanto, que a produçáo de pães poderá ser reativada, ainda que precariamente, até o dia 14. 'pIBÚNÀ Fábrica pára uma hora: é a resposta ao desconto Cerca de 2500 operários da Ford, da seção de usinagem e da fábrica de eixos. paralisaram ontem as máquinas durante uma hora. Foi a segunda paralisaçáo verificada esta semana em fábrica de Sáo Bejrnardo, motivada pelo desconto da primeira parcela da segunda metade dos dias relativos à greve de março deste ano.i Ontem. o Sindicato dos Metolürgicos recebeu urh oficio do Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores, comunicando que aqueles dias seráo realmente descontados. A primeira paralisação foi quarta-feira, na seção de ferramentaria da TRW Gemmer, fábrica de auto-peças, quando os cem operários do setor receberam seus hoHerits com Io desconto. Lula. o pre$idente do sindicato, disse' ontem que náo procurará as empresas para discutir o problema: «Elas estáo com a cópia do acordo na mão e sabem que têm de entrar em contato com o sindicato. O próprio acordo define que precisa ser feito um novo acordo entre as partes antes de qualquer atitude de desconter ou determinaria reposição dos dias parados». LIVRE O que o governo teme ? BENEDITO MARCÍLIO • Os últimos reajustes, estabelecidos por força da nova política salarial — cujo mecanismo de funcionamento encobre a intenção de arrochar novamente o movimento sindical e os trabalhadores —, já foram praticamente engolidos pelo custo de vida. Só o último aumento brutal da gasolina foi responsável pela metade da defasagem num reajuste que ainda náo entrou no bolso do trabalhador (seu pagamento deverá iniciar-se na próxima segunda-feira). Mesmo que os trabalhadores venham a receber mais alguma coisa sobre esses reajustes, por conte da produtividade nacional (o sr. Delfim Netto falou em fixá-la em 4%), a situaçáo náo se alterará. A rigor, diríamos que esses reajustes, concedidos em doses pequenas, como se fossem remediozinhos para resfriado, enquanto os preços crescem em ritmo maior, jamais conseguiráo encurtar a distância entre o custo de vida e os salários. Principalmente nesta nova fase do pais, quando essa distância se tomou mais dilatada. O que se vislumbra, na verdade, é um beco sem saída para o govemo. Beco resultante de um longo período de autoritarismo e de uma política sócio-econômica totalmente errada, implantada para rtender a ; uma minoria privilegiada, em detrimento da grande massa de assalariados. E, ainda assim, só foi possível aplicar essa política numa época em que o governo usava a força bruta, sufocando as liberdades. Hoje, nesta pseuda democracia, todos nós pagamos o preço desse desatino, de uma irresponsabilidade fomentada na mesquinhez dos poderosos. E podemos confiar em soluções de emergência, nas medidas de «apertar o cinto» que o governo anuncia e como a saída para a crise? É difícil, porque conhecemos os antecedentes dos que estáo, hoje, no comando da política econômica brasileira: foram os mesmos que não tiveram escrúpulos em distorcer a realidade, substimar dados, com vistas a esse falso progresso pelo qual estamos pagando bem caro. A situaçáo é grave e as tentativas de contorná-la conduzem o governo ao ridículo. Como agora, na visita do presidente Figueiredo a Sáo Paulo: com receio de enfrentar o descontentamento do povo, ele apelou para um esquema repressivo com' todas as características da mobilização policial do tempo da ditedura. O mesmo aparato, através do qual as pessoas eram seqüestradas, presas ilegalmente e torturadas, voltou a funcionar neste episódio. E o ridículo disso, o lance tragicômico, foi a detençáo do economista do DIEESE, Valter Barelli. Qual o perigo que repre sentaria à integridade fisíca do sr. João Figueiredo, o conheádo economista? Barelli maneja números, dados e estatísticas — eis as armas com as quais costuma provar os desacertos do govemo. Temeria o governo as suas estatísticas e numeros e, por isso, teria determinado sua prisão? Está claro que foi uma apelação de quem se encontra, realmente, no beco sem saída. Mas essas medidas policiais, como facilmente se deduz, náo conterão o descontentamento popular. Ao contrário, serão mais um fator do seu agravamento. que servirá táo-somente para desnudar a feiçáo do regime político. Só medidas de caráter sociai, Voltadas para os reais problemas do povo, solucionanam a grave crise em que o país se encontra. E estas, atè agora, foram descartadas do plano imaginado para deter os agentes dessa crise: só se fala em providências econômicas que possam garantir os privilegios da minoria dominante. * Benedito MarciBo é depu(ado federal e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirdo Pires e Rio Grande da Serra. / ¦¦>* X PÁGINA II SÁBADO H DB DEZEMBRO DH 1979 REPÜBIiQ^ BRASIL JOÁO PAULO II Dia e julho de Di ü$ ' : © papa no * ;.. t. A visite foi confirmada, ontem, pelo Vaticano e deverá ser iniciada por Fortaleza, segundo a CNBB RICARDO CARVALHO «É desejo do papa o encontro direto com o iknío povo, representado pelos grupos mais significativos: operários, lavradores, pescadoixw, indígenas e estudantes», afirmou ontem o secretário-geral da CNBB, dom Luciano Mendes de Almeida, ao tomar conhecimento de que o Vaticano havia confirmado oficialmente a vinda do papa João Paulo II ao Brasil. De acordo com o programa que está sendo elaborado pela Nunciatura Apostólica e pela CNBB, Joáo Paulo II inicia sua visita ao país por Fortaleza, onde chega dia 20 de julho do ano que vem, para o encerramento do Congresso Eucaristico Nacional. Dom Luciano explicou que o papa nâo pode se ausentar muito tempo de Roma e que isto está dificultando a organização da visita, por causa das dimensões do Brasil. Mesmo assim, João Paulo II nâo deixará de ir às principais capitais e já está quase certa sua ida para Aparecida do Norte, inaugurando oficialmente a basílica. E como não poderia deixar de ser, já se começa a especular sobre o conteúdo dos discursos do papa em sua visita ao Brasil. Se ele repetir a dose de quando da sua visita ao Máxico. em janeiro deste ano, os conservadores que se preparem, porque João Paulo II abordará, com firmeza, questões sociais agudas do continente latino-americano, como terra, índios, operários, como foi acentuado pelo secretário-geral da CNBB. Dom Luciano adiantou, inclusive, que, como na abertura da Conferência Episcopal de Puebla, México, o papa trará em sua mensagem «uma afirmação forte em favor da dignidade da pessoa humana e das transformações necessárias para que essa dignidade seja respeitada e promovida no nosso continente». «! A CNBB, aliás, deverá fornecer brevemente os subsídios que, certamente, nortearão os discursos do papa, pois, a Nunciatura já encomendou à entidade um relatório preciso sobre os principais problemas brasileiros e sua opinião sobre essas questões. E sabe-se que a CNBB, nesses últimos anos, nào tem tido opiniões muito conciliatórias sobre problemas candentes, como a questáo das terras. No México, não custa lembrar, o papa defendeu a importância da transformação da terra em «hipoteca social», o que foi entendido por alguns como uma defesa clara e aberta da reforma agrária. t É lógico que o papa tratará também dos problemas da fé,, pois como salientou dom Luciano, a visita de João Paulo II «é um convite para as comunidades cristãs busca- rem mais intensamente o compromisso de sua fé na traasformação da nossa pátria nos valores de fraternidade, de Justiça e de Paz». Mas nâo restam muitas duvidas de que, orientado por relatórios elaborados pela CNBB e «entrando em contato com esses bolsões de problemas graves do Terceiro Mundo», como afirmou ontem dom Avelar Brandão, primaz do Brasil, em entrevista exclusiva ao JORNAL DA REPÚBLICA, João ttiulo II nâo deixará de fazer denúncias da exploração do homem pelo homem, sem deixar de criticar o comunismo, como fez em ocasiões anteriores. Mas dom Avelar avisa que os pronunciamentos do papa «não poderão ser usados como apoio a este ou aquele grupo, nem ao regime vigente ou a outros modelos». Para dom Avelar, João Paulo II «vai transmitir a substância da mensagem cristã, partindo do Cristo para o homem, sua justiça e dignidade». Dom Avelar só está um pouco preocupado com as diversas interpretações que se pode dar ao documento de Puebla, admitindo que poderá haver alguma discordância dentro da própria Igreja, o que ele considera normal: «A variedade dentro da unidade». O presidente do Regional Sul-1 da CNBB, dom Mauro Morelli, bispo da Zona Sul da cidade de Sâo Paulo, gostaria muito que João Paulo II tivesse a oportunidade «de um contato real com o povo brasileiro, visitando uma comunidade, sentindo, ouvindo e vendo como o povo percebe as coisas, como as pessoas simples se unem para resolver o problema coletivo». Dom Mauro estava em Nova York quando da visita de João Paulo II e sentiu muita emoção ao ver o papa fazer seus pronunciamentos «de caráter marcadamente social». Por isso, dom Mauro não tem a menor dúvida de que o pontífice terá «uma palavra firme, segura e oportuníssima em favor da Justiça, cujo cumprimento é o desafio e a missão da Igreja». Acredita que o papa vai dizer que o Evangelho «deve ser encarnado» e duvida muito que João Paulo II convoque a Igreja novamente para dentro da sacristia, recomendando, isso sim, a formação da fé, na educação para a Justiça. E dá um aviso: «Se alguém tiver a ilusão de que a vinda do papa vai diminuir a preocupação da Igreja com a Jqstiça e com seu compromisso com está profundamente quem sofre a injustiça, '• equivocado». Uma nova ameaça para os yanomani -í¥te&~ 'ã^JRQc ±&^ÊÊti3HE*^M^E'v*Âm^m^m\ mc9tS3&mm^^ttBÊtfa* '"¦ '^/- ' ¦&Í3BtittyY'' -jl^^n yi':í$ '"r' • .TT^ffiCV-J^BMfcHlinWtfigJ y yy-y BOSTON, OUTUBRO DE 79 Confirmado: a cena deverá repetir-se em'Fortaleza, em julho A coordenadora da Comissáo de Criação do Parque Yanomani em Roraima, Cláudia Andujar, protestou ontem contra os recentes pronunciamentos do governador do território, Ottomar de Souza Pinto, que admitiu a possibilidade de que garimpeiros brasileiros que estão sendo expulsos da Venezuela ocupem a Serra de Surucucus, rica em bauxita, onde vivem 3.800 índios yanomani, dos 8.400 existentes em todo o país. Cláudia fez ainda um apelo ao ministro do Interior, Mário Andreazza, para que mantenha sua palavra empenhada em setembro último, quando a região foi invadida por garimpeiros, «com o conhecimento do governador», segundo Clàudia. Andreazza ordenou a imediata retirada dos invasores, o que foi feito, e afirmou que «terra de índio é de índio, riqueza de índio é de índio... Haja o interesse que houver; em relaçáo ao índio existe a lei e nós temos de cumprir a lei». Para Cláudia, uma nova invasão só poderia ser um desastre para os índios, «atingidos por uma terrível epidemia de gripe, quando da invasão de setembro». Ela lembrou que esses índios mantiveram até hoje rápido contato com os brancos e que não estão ainda vacinados. Oáudia até concorda com o governador de Roraima que os garimpeiros expulsos da localidade de Bolívar, na Venezuela, e que se concentram em Boa Vista, «alojados e alimentados pela Policia Militar», representam un problema social. «Mas náo podemos nos esquecer de que os índios yanomami se constituem, também, em um problema social e não é às custas de uma população indefesa que vamos sanar o problema dos garimpeiros», afirmou Cláudia, lembrando que a Serra de Surucucus foi, há dois anos, reconhecida pela Funai como área indígena. Embora legalmente isso não signifique muito, «já é melhor do que nada». O próximo passo é a demarcação das terras e, posteriormente, a criação do parque. Mas Cláudia quer a criação do parque o quanto antes, assegurando assim a permanência da sociedade yanomami, com seus costumes e tradições. Na semana passada, ela esteve em Brasília, com o presidente da Funai, coronel Joáo Carlos Nobre da Veiga, que prometeu se empenhar na criação do parque. De acordo com o coronei João Carlos, está faltando apenas que os órgãos oficiais, como o INCRA, IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), DNER, govemo de Roraima e o Ministério do Interior, se manifestem a resDeito. QUEBRA-QUEBRA No Rio, prisões eprecíacues Mas os problemas foram menores, porque as estações amanheceram bastante policiadas MARIA HELENA MALTA *: -'"*" ¦'¦-" ¦' Y--Y- ' • s fe.-» \.tyÊ^^M^MM » ' •-''- **?""« * fSÈt 111 iiw^wysyPÊ^tefc^-»HH» Jrk-'. ¦¦.">iíiii ¦'•¦•• .%¦¦¦-< „ // Wffif te ja^^P^MBBHMBBBCTly»' -.- ¥^~^^^é^^^^Ê^^^^^^^^Êi'—***** ,rffcfiu'-sllff a *' yWW&YJ ' y--'* y ^"'^'-i *^ffi^^S%fete i ¦¦'¦ M^m ' '¦ À ¦ jtâÈF<âÊÈÊÈ*WÊ hmáÈÊÈÊÊÈ HHr fflÊÈMÈ jmÊm*"^^^mÊymMmmy¦ i JHáHv">íHHi CONJUNTO COSTA E SILVA Em Santos, «casas de gelatina construídas sobre maria-mole» HABITAÇÃO inocoop mantém demissões E os moradores perdem seu canal de reivindicações FRANCISCO MALFITANI m'O.Inoccop de Sáo Paulo encontrou uma maneira bem cômoda de acabar com as queixas dos moradores de seus conjuntos habitacionais. Ao invés de reparar as irregularidades na construção das casas e apartamentos, demitiu os quarenta psicólogos e assistentes sociais que orientavam cs moradores em suas reivindicaç<Jes. E problemas como os que enfrenta Roberto Camargo Santos, de cinqüenta anos — «aposentado para segurar a minha casa que está desabando», como ele mesmo explica —, morador do conjunto 'habitacional Costa e Silva, no bairro da Areia Branca, em Santos, podem ficar sem so.luçáo. Vivemos há cinco anos nesse conjunto de 804 casas, construídas sobre um mangue de propriedade da Marinha, considerando como «a mancha negra do BNH», ele define com uma frase o local onde mora: «Casas de gela.tina, construídas em cima de maria-mole». • Vendo na equipe demitida o .único e derradeiro canal de „acesso para ele e outros moradores tentarem resolver os seus problemas de paredes desabando, telhas rachando e pisos afundando, Santos esteve ontem em Sáo Paulo, para como ele mesmo explica, «representar todos os moradores de lá, que como ou foram logrados pelo Inocoop, e prestar total apoio aos demitidos». «A gente sabe que eles foram mandados embora como uma espécie de punição pelo trabalho que desenvolviam com todos nós, orientando as nossas reivindicações junto ao Inocoop». Mas sua viagem foi perdida, pois, na reunião mantida entre o superintendente do órgão, Hércules Augusto Masson, e representantes das equipes demitidas, o primeiro mostrou-se irredutível nas demisstfes — «apenas uma medida administrativa», como ele explicou. Os psicólogos e assistentes sociais, em vista da atitude de Masson, prometem fazer ian completo dossiê dos probletnas que ejútíem nos conjuntos habitacionais, relacionados com a baixíssima qualidade da construção. «Vamos mostrar como a população é enganada,, pagando em 25 anos uma casa que vai durar no máximo dez», disse um dos demitidos. «Sem estes grupos que d;Io uma orientação aos moradores, o Inocoop se transforma em uma imobiliária qualquer», reconhece, o próprio presidente do ]rgáo, além de admitir que o trabalho desenvolvido pelos demitidos era mais que satisfatório. Então, por que a demissáo? «Por causa de um conjunto de fatores administrativos», responde, mas náo explica Masson. Enquanto isto, ficam sem solução os problemas dos moradores do conjunto Costa e Silva, onde, segundo um laudo técnico do IPT, náo foi utilizado na construção de cada casa mais do que um saco de cimento. «Tá tudo desabando. A gente encosta o dedo na parede e ela se desmancha», confirma Santos. E aproveita para dar uma sugestão ao governador de Sáo Paulo: «Já que o Maluf está querendo mesmo construir uma nova capital r- bom avisar para ele náo contratar o engenheiro do Inocoop que supervisionou a construção do conjunto Costa e Silva. Senáo, em menos de cinco anos, cai tudo». Um forte esquema de segurança — formado por choquês da polícia militar e reforçado, em alguns casos, por homens da polícia do Exército — foi o suficiente, ontem, para siíocar boa parte da ira popular contra os serviços das linhas suburbanas da Rede Ferroviária Federal, no Grande Rio. Não conseguiiram, evitar, porém, que novas depredações ocorressem e diversas prisões fossem efetuadas em várias estações. Em Santa Cruz, o ultimo vagão de uma composição foi apedrejado, às primeiras horas da manhã. Simultâneamente, um trem da linha auxiliar de Belfort Roxo, que estava com um atraso demaisde meia hora foi bastante danificado pelos passageiros e teve de ser rebocado por uma máquina a óleo, até a estação D. Pedro II. Na pequena estação de Comendador Soares, a 40 quilômetros do Rio, a mesma que foi depredada e queimada na última quinta-feira o guarda de segurança da RFF, auxiliado por catorze homens da Polícia Militar, que chegaram ás 3 da manhã, num camburão e numa kombi, prenderam oito passageiros que viajavam no trem de Japeri em direção á stação D. Pedro II. O português Armindo, dono dacantína da estação, falou num «início de tumulto» e contou que «a polícia não gostou* quando um passageiro passou a mão no chapéu de um deles». Em Comendador Soares, como na maioria das outras estações da Central do Brasil, os policiais proibiram fotos do interior dos vagões e, especialmente, «das autoridades fardadas». Também não era permitido o acesso ao gabinete do chefe da estação, Cícero Chaves Filho, temporariamente transformado em prisão — pelo menos, segundo a segurança, até que os oito passageiros detidos pagassem a multa prevista no regulamento, de 42 cruzeiros. As composições tracionadas por um carro-motor movido a óleo, que foram colocadas, em caráter extraordinário, para substituir os trens avariados no dia anterior, «trafegaram normalmente», segundo o chefe da estação. Mas, por volta das 8 da manhã, já não eram vistas no percurso Japeri-Pedro II, ocupado novamente pelos trens elétricos, quase sempre com atrasos de cerca de meia hora. Em todas as estações, especialmente em Nova Iguaçu, os usuários e funcionários da RFF registraram, ontem, uma queda significativa na procura dos trens. Como entender essa revolta Quais os motivos que levam os populares a depredar os trens de subúrbio? Uma das pessoas mais autorizadas para dar essa resposta é o sociólogo José Álvaro Moisés, autor de um trabalho apresentado na reunião da SBPC, em julho de 1976. intitulado A Revolta dos Subúrbios, ou Patrão o Trem Atrasou, Baseado nos dez principais quebra-quebras que ocorreram nos trens e estações da Rede Ferroviária Federal, entre 1974 e 1976. Ele mesmo não compreende como as pessoas ainda se espantam a cada vez que se registra um novo tumulto nas ferrovias suburbanas dos grandes centros. O próprio título de seu trabalho foi retirado do samba que Vilarinho e Paquito compuseram para o carnaval de 1941, que falava, já naquela época, das dificuldades do trabalhador em chegar dentro do horário ao serviço. «Este é um tema antigo» recorda Moisés, lembrando que, pelo menos de momento, o problema não tem perspectivas de solução. Isso porque estaria em jogo a mudança, do modelo político e econômico do país, onde o sistema de transportes de massa dos grandes centros é cada vez mais esquecido em detrimento de incentivo ao transporte rodoviário controlado penas grandes empresas muitinacionais. E, para se consegiir inverte a, essa tendência seria necessário que essa parte da população que se utiliza dos trens de subúrbios tivessem acesso (ou pelo menos .fossem represent&dos nos partidos políticos. «Essa massa é composta de pessoas sem qualificação profissional, que ganham entre um e três salários minimos para sustentar suas famílias», afirma Moisés, não aceitando a classificação de «vândalos» para os depredadores. «Quando se sabe que rase pessoal perde o dia, e até o descanso scman.il re- munerado por um traso de 40 minutos, explica-se essa reação», diz ele. Quebra-quebra que, se não chega a resolver a situação, pelo menos tem a vantagem despertar o govemo de sua letargia, obrigando-o a tomar algumas medidas paliativas para evitar novas depredações, como a modernização de uma parte rjos equipamentos mais des'gastados pela ação do tempo. «Por isso, o govemo é obrigado a conviver com quebraquebras episódios e cíclicos», afirma Moisés. E a tendência só será revertida caso essa massa participe da formação da politica global do país. «Por isso, acho qus os partidos populares, como por exemplo.o PT, deverão ter uma politica que defenda claramente os transportes de massa nos grandes centros urbanos, sob o risco de essa massa ficar sem voz no sistema politico brasileiro», conclui o sociólogo. Antônio Carlos Guida *•: ¦'''*'¦ Ti Fotografar a estação ?>;• Só com autorização -'<:\ Quem pretende fotografar ou fazer entrevistas no saguão da estação D. Pedro II, no Rio, é bom desistir desde já. Ou então,'limitarse às fotos do imenso Papai Noel da decoração de Natal, qu eé aúnica alternativa permitida por documento assinado pelo funcionário Walter Alves Medeiros, do setor de relações públicas da Rede Ferroviaria Federal, e enviado do chefe ao policiamento interno, Octávio Cordeiro. Por infringir o regulamento — que leva os guardas a exigirem, :nesmo da imprensa, uma autorização por escrito do chefe de relações públicas — os reporteres do JORNAL DA REPÚBLICA foram detidos ontem, pela segurança interna e encainhados ao chefe do policiamento. Octãvio Cordeiro informou sobre a proibição de «fotografar dependências internas» da estação D. Pedro II e, spós um breve diálogo, destacou um guarda para acompanhá-los ao setor de relações públicas, no quinto andar. Ali, o chefe de relações públicas da RFF, Alípio Monteiro, forneceu-lhes um documento, em duas vias, sendo uma para o chefe da estaçâo e outra para 0''chefe de segurança. Novamente encaminhados ao 1" andar, os repórteres foram finalmente liberados para as entrevistas com os passagelros que se encontravam no saguão do embarque. Mas permaneceram sob a «oroteçáo» de um dos guara das, que os observava prudente distância. [3333 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES A DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM CONCORRÊNCIA - EDITAL NP 242/79 AVISO O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM, Autarquia do Ministério dos Transportes, torna público para conhecimento de quantos possam se interessar que fará realizar CONCORRÊNCIA, em data de 15 (quinze) do mês de janeiro ie 1980, às 15:00 horas, no auditório desta Autarquia, situado na Avenida Presidente Vargas, 534 - 39 andar, na cidade do Rio de Janeiro/ RJ, para Seleção de Empresas de Consultoria, objetivando eitudos e projetos de engenharia de restauração de rodovias, discriminados no QUADRO-RESUMO. em anexo.-.. O Edital referente aos serviços, sob o n9242/79, poderá ser adquirido pelas firmas interessadas na Seção de Expedição do DNER, à rua General Bruce, 62/RJ. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 1979 ENG9SALVAN BORBOREMA DA SILVA Chefe do Grupo Executivo de Concorrências Ref. Processo n957.135'79 | ¦»"¦ * * "WW t A V*,V3li 1 "% * ¦ SÁBADO 8 DR DEZEMBRO DE 197j> ^HPÜBLICA: PÁGINA U Acorrida do ano: são 124 mil concorrentes na Fuvest, para a prova de Seu programa para hoje; consulte a lista de locais do vestibular e vá conhecê-los com antecedência VESTIBULAR conhecimentos gerais tudo o que você (ainda) deve saber sobre o exame da fuvest metrô, estacionamento etc), chegar até o lugar do vestibular Como METRÔ - A Fuvest recomenda a utilização do metrô aos candidatos que farão os exames nas seguintes escolas: EEPSG Presidente Roosevelt - Rua São Joaquim, 320 - metrô São Joaquim; ESAN - R. São Joaquim, 163 metrô São Joaquim; EESG Dr. Carlos A.F. Vilalva Jr.Av. Eng. Armando A. Pereira, 506 metrô Conceição; EEPG Almirante Barroso - Av. Jabaquara, 2875 - metrô São Judas; EEPG Cel. Domingos Q. Ferreira Av. do Café, 681 - metrô Conceição; Liceu Pasteur - R. Mairinque, 256 metrô Santa Cruz; FMU - Prédio 10 - Av. Liberdade, . 654 metrô São Jaoquim; ; - FMU - Prédio 5 - R. Fagundes, 19 metrô São Joaquim; FMU - Prédio 7 - R. Fagundes, 97 metrô São Joaquim; "FMU-R. Taguá, - 150 metrô São , Joaquim; FATEC -Praça Coronel Fernando Prestes, 30 - metrô Tiradentes; -Faculdade de Belas Artes - Praça da Luz, 2 - metrô Luz; -EEPG Prudente de Morais - Av. Ti- metrô Tiradentes; radentes, 273 -EESG Brasílio Machado - R Afonso Celso, 311 - metrô Santa Cruz; -EEPG Lasar Segall - R. Dr. Thirso Martins, 211 - metrô Santa Cruz; -EEPG Marechal Floriano - R. Dona Júlia, 37 - metrô Vila Mariana. -CAMPUS DA USP - Os coletivos que levam até as proximidades da Cidade Universitária devem ser usados pelos vestibulandos. Haverá ainda três linhas extras da CMTC que não funcionam normalmente no domingo, mas que amanhã estarão operando - saem da Praça do Patriarca, do Jaçanã e do Largo da Concórdia. Na entrada da Cidade Universitária, o candidato deve tomar os ônibus internos da USP, gratuitos. ÔNIBUS - Haverá um reforço nas linhas radiais e nas de integração com metrô, a partir das 9h, com o objetivo de não deixar ninguém sem condução. ESTACIONAMENTO - Quem vai de carro também não precisa esquentar a cabeça: o DSV montou esquemas especiais de tráfego nas proximidades dos locais dos exames, bem como para estacionamento dos automóveis. PERFIL DO VESTIBULANDO ' nos números: Esta a Fuvest ricos os re prefe Uma pesquisa feita entre candidatos do último vestibuar indica econômica que está é sobretudo uma batalha FLAMÍNIO FANTINI para comprovar o velho ditado de que pobre não tem vez. Através de um questionário distribuído a 58339 candidatos, uma amostra bastante significativa, a Fuvest traçou o perfil do candidato ao O que levar Horário O famoso "jeitinho brasileiro" não vai funcionar, segundo garantiu a Fuvest. Chegue ao seu local de exame no máximo até o meio-dia, pois os retardatários não entrarão mesmo. Às 13h, terá início a prova. Uma recomendação das mais insistentes por parte da Fuvest: os inscritos sem carteira de identidade não entram. Esse é o único documento necessário. Esqueça-se também de levar livros, cadernos, anotações, caneta, réguas e máquina de calcular não passarão pela portaria dos exames. Leve apenas dois lápis pretos n? 2, apontados e borracha. Importante: não deixe questões em branco, pois as respostas erradas não serão descontadas. E, finalmente: relaxc, o vestibular é inevitável. Antes das 15h, ninguém pode sair dos locais de exame. O dia de hoje vestibular. O resultado do quesito sobre a "renda familiar mensal" dos concorrentes, distribuída em nove faixas, apontou que a mais alta (acima de 30 mil cruzeiros) teve um quinhão de 21% de aprovados na primeira fase eliminatória, enquanto que a mais baixa (menos de 3 mil cruzeiros) teve uma fatia de apenas 0,9%. Na triagem da segunda fase, a definitiva, o fosso aumentou: os mais ricos tiveram 25,1% dos alunos chamados para a matrícula, contra 0,8% da parcela mais pobre. A mesma constatação surge quando se verifica qual e a proporção, em cada faixa de renda, entre o número de aprovados e a quantidade de inscritos. Por exemplo, na camada mais alta da amostra estatística da Fuvest, havia 8075 candidatos e 2195 foram selecionados, o que eqüivale a 36%. Na mais baixa, ocorre o inverso - dos 810, passaram 132, ou seja, 16%. Na segunda etapa, ocorre algo semelhante. Nos dois extremos da renda familiar os dados são esses: de 2915 concorrentes. 1460 atingiram a matricula (50%), ao passo que na camada mais pobre dos 132 concorrentes, 49 cruzaram as portas da universidade (37%). Essa tendência confirma-se nas faixas intermediárias como mostra o gráfico ao lado, referente à primeira triagem do vestibular de 1979. Os números evidenciam que o vestibular é uma forma de seleção econômica, isto é, aqueles estudantes que sempre tiveram melhores oportunidades educacionais, pela melhor situação financeira da família, acabam escorregando mais facilmente pelo funil. Embora o perfil sociológico dos candidatos do concurso de 1980 só será divulgado pela Fuvest em março, já é possível saber quem é o vestibulando que fará prova amanhã, com base nos dados anteriores^pois as variações de ano para ano são inexpressivas, conforme admitem os técnicos. A maioria dos candidatos da Fuvest tem a seguinte fachada: são muito jovens, na idade de 17 a 18 anos, há uma ligeira predominância do sexo masculino, esmagadoramente solteiros e levam uma vida muito boa, ou seja 54,4% não trabalham. Não disalguma o cursipensam de maneira "porque o colégio não nho, em geral prepara adequadamente". É a prifameira vez que prestam vestibular e"inzem a opção de curso devido ao teresse pela carreira". E não estão descontentes com o sistema de cruzinhas: 43% preferem esse tipo de teste. • do Mackenyje Hoje, começa o vestibular para os 17.571 candidatos que disputarão as 2.450 vagas que o Mackenzie oferece para o ano letivo de 1980. E não adianta , ficar devorando apostilas e livros de última hora. O melhor a fazer é chegar uma hora e meia mais cedo ao local do exame, certificar-se da localização de sua sala e esperar o sinal batendo papo com os companheiros de batalha. O exame vai ter início às 13 horas, com / quatro horas de duração. O Mackenzie já avisou que não permitirá atrasos e nem prorrogação de horário. Como o exame começa praticamente na hora do almoço, evite a alimentação pesada, massas ou comidas gordurosas. Não se esqueça de le- Não se exaspere logo nas vésperas do vestibular. Tire o dia para relaxar e amenizar suas tensões. Siga uma das recomendações da Fuvest, pode ser um bom programa para este sábado: pegue seu cartão de inscrição e consulte a lista de endereços abaixo e dirija-se ao local para onde está marcado o seu exame. Assim, você já aprende o caminho e calcula o tempo ideal para fazer o percurso no dia de amanhã. Dessa maneira, você também jefresca um pouco a cuca afinal, o que você não conseguiu aprender durante o ano inteiro, não será hoje que vai dar para recuperar. E, às 17h, encerrase o prazo para resolver a questão e você terá, a partir dai, o tempo que precisar para passar a limpo as cruzinhas que escolheu. Mas também não se afobe - a experiência dos anos anteriores indica que a grande maioria conclui a prova nas três primeiras horas. • Antes de mais nada, cuidado com o horário. Vai ser rigoroso: depois das 13h, ninguém entra (ônibus, os horários, os documentos e outros conselhos de última hora Como chegar ao local da prova - Os vestibulandos mais ricos têm melhores chances de aprovação no concurso da Fuvest, segundo demonstram as estatísticas oficiais da instituição. No último vestibular, o nível de renda familiar dos inscritos foi utn dos indicadores mais precisos 0 var o cartão de identificação, carteira de identidade, lápis, caneta esferográfica e borracha. O Mackenzie vai man-' ter dois médicos de plan-, tão, além de enfermeiras e fiscais especialmente trei-' nados para atender candidatos que estejam hospitalizados ou que venham a ser acometidos de mal súbito durante os exames. Também haverá uma sala especial para os candidatos cegos ou que tenham visão reduzida, aparelhada com gravadores, textos em braille e amplificadores. O DSV prorneteu liberar as ruas próximas dos locais de exames para estacionamento. E se você ainda tiver qualquer dúvida, não vacile. Telefone para 256-6611, Centrai de Informações do Mackenzie. A triagem econômica na eliminatória da Fuvest Em Mi ^MÉBM 27 | 36 | | % ?! 16 | 18 | 19 | 20 | 22 | 24 | 25 | Porcentagem de aprovação Fonte: Fuvest fi ESCOLA DE — USP 1000003 A 1002196 001 .Instituto de Matemática RooseveU Presidente EEPSG 002. 1100007 A 1142757 11.42764 A 1151254 003 .EEPSG Caetano de Campos 1151261 A 1207443 004 .ESAN — Prédio Novo 1300004 A 1398105 005. Fac. Oswaldo Cruz — Engenharia 1500033 A 1543458 006 .FAAP — Administração Í543465 A 1620029 007..FAAP Proenço \700009 A 1713106 008 EEPSG Prof. Antônio Firmino de 17,13113 A 1746063 009 EEPSG Padre Anchieta 1746088 A 1784929 010..EEPSG Amadeu Amaral 1784936 A 1792281 011 Faculdades São Judas Tadcu 1792299 A 1800301 012 EEPG Romão Puiggari 1900006 A 1972361 013..FMU Santo Amaro 21.00000 A 2126332 014..EEPSG Dr. Alarico da Silveira da Nóbrega 2126340 A 2157865 015 .EEPSG Padre Manuel 2157872 A 2164048 016 .EEP*,G Prof. Benedito Tolosa 2200003 A 2240161 017 .Faculdades Farias Brito 2300007 A 2305770 018 .EEPG César Martinei 2305787 A 2337952 019 .Faculdade de Filosofia de Moema 2337960 A 2373304 020 EESG Rui Bloem 2373311 A 2386579 021 EESG Prof. Alberto Levy 2500004 A 2532023 022 .Faculdades São Marcos — FAI 2532048 A 2579884 023 .Faculdades Associadas do Ipiranga 2700001 A 2705482 024 .EESG Dr. Carlos A.F.Vilalva Jr. 2705490 A 2737302 025 .EEPG Almirante Barroso EEPG Cel.Domingos Q.Ferreira L2737310 A 2744275 026. 12744282 A 2802006 027 Liceu Pasteur 2900009 A 2906154 028..EESG Ministro Costa Manso 2906161 A 2996301 029 FMU Iguatemi 2996319 A 2999379 030 .FMU Santo Amaro 3100002 A 3108369 031 .EEPSG Anhanguera — PUC 3108376 A J144543 032. Pontifícia Universidade Católica — Prédio velho 3144568 A 3274202 033 Faculdades Oswaldo Cruz 3300000 A 3309540 034. FMU — Prédio 10 3309557 A 3354591 035 FMU — Prédio 5 3354602 A 3368559 036 FMU — Prédio 7 3368566 A 3445557 037..FMU 3600018 A 3610891 038 .Faculdades São Judas Tadeu 3610902 A 3681995 039 .Faculdades São Judas Tadeu 3800008 A 3831402 040 .EESG Antônio Raposo Tavares 3831410 A 3882902 041 .Faculdade de Direito de Osasco 4000001 A 4006926 042 .EESG Oswaldo Catalano 4006933 A 4012719 043 EEPSG Padre Antão 4012726 A 4029483 044 .EEPSG Barão de Ramalho 4029501 A 4035657 045 .EEPSG Esther Franlcel Sampaio 4035664 A 4058403 046 EEPG Barão de Souza Queiroz 4058428 A 4064783 047 EESG Prof. Gabriel Ortiz 4064801 A 4070583 048 .EESG Nossa Senhora da Penha — USP 4200009 A 4211094 049..Faculdade de Educação — USP 4211105 A 4218092 050 .Geografia e História — USP 4218103 A 4278463 051 .Ciências Sociais — USP 4278488 A 4289545 052 .Faculdade de Arquitetura — USP 4289552 A 4303315 053 .Faculdade de Economia — USP 4303322 A 4311415 054 .Poli Eletricidade — USP 4311422 A 4396376 055 .Poli Biênio — USP 4396383 A 4415759 056..Poli Civil — USP 4415766 A 4423706 057 Poli Mecânica — Coniunto Didático — USP 4423713 A 4428913 058 Psicologia - PUC 4600003 A 4611882 059 .Pontifícia Universidade Católica — PUC Católica Universidade Pontifícia 060 4611890 A 4714918 — Faculdade de Tecnologia 4800018 A 4852716 061 FATEC Paulo 4852723 A 4959198 062 .Fac.de Belas Artes de São 4959209 A 4990044 063 .EEPG; Prudente de Morais 4990051 A 4997890 064 .Faculdade Renascença Aires 4997918 A 5023704 065 .EEPG Buenos Mendes 5023711 A 5030314 066 .EESG Dr. Octávio CANDIDATOS ENDEREÇO 28 Cidade Universitária 735 R. São Joaquim, 320 — Metro São Joaquim 770 R. Pires da Mota, 99 — Aclimação 825 R. São Joaquim, 163 — Metro São Joaquim 3083 R. Brigadeiro Galvão, 564 — Barra Funda 1096 R. Alagoas, 903 — Pacaembu 2619 R. Alagoas, 903 — Pacaembu 1190 R. da Mooca, 363 — Mooca 1092 R. Visconde de Ábaete, 154 — Brás 630 Largo São José do Belém, 66 — Belenzinho 648 R. Javari, 667 Esq Taquari — Mooca 717 Av. Rangel Pestana, 1482 — Brás 2428 Av. Santo Amaro, 1239 840 R. Conselheiro Brotero, 100 — Barra Funda 560 R. Santa Prisca, 122 (Matão) 542 Praça Dirceu de Lima, 617 — Casa Verde 1312 Praça Tereza Cristina, 1 — Guarulhos 525 Alameda Iraes, 155 — Esq. Av. Indianopolis 992 R. Divino Salvador, 12 (prox. Igreja de Moema) 601 R. dos Bogaris, 244 — Esq. Casemiro da Rocha 639 Av, Indianopolis, 1570 1152 Av. Nazaré, 900 — Ipironga 1793 Av. Nazaré, 993 — Ipiranga — Metro Conceição 490 Av. Eng. Armando Arruda Pereira, 506 490 Av Jabaquara, 2875 — Metro São Judas 630 Av. do Cale, 681 — Metro Conceição 1062 R. Mairinque, 256 — Metro Santa Cruz 560 R. João Cachoeira, 960 — Itaim 2515 R. Iguatemi, 306 — Itaim 265 Av. Santo Amaro, 1239 760 R. Antônio Raposo, 87 — Lapa 1650 R. Monte Alegre, 984 (Rampa) - Perdizes 1659 R. Brigadeiro Galvão, 540 — Barra Funda 866 Av. Liberdade, 654 — Metro São Joaquim 877 R. Fagundes, 19 — Metro São Joaquim 1265 R. Fagundes, 97 — Metro São Joaquim 2087 R. Tagua, 150 — Metro São Joaquim 990 R. Visconde de Laguna, 33 — Mooca 2349 R. Javari, 433 — Mooca 1040 — Osasco Praça 21 de dezembro, 22 — Centro 1779 R. Narciso Sturlini, 883 — Osasco 630 R. Felipe Camarão, 350 — Tatuape 525 R. Santo Afonso, 2/'3 — Penha 630 — Penha Av. Amador Bueno da Veiga, 604 560 R. Senador Godói, 710 (Trav. M. Tereza Assunção) Penha 525 Av. Gabriela Mist-al, 520 — Penha 560 — Penha Av. Amador Bueno da Veiga, 2932 510 R. Padre Benedito de Camargo, 762 — Penha 1008 Cidade Universitária 635 Cidade Universitária 1084 Cidade Universitária 999 Cidade Universitária 1251 Cidade Universitária 731 Cidade Universitária 1364 Cidade Universitária 1674 Cidade Universitária 694 Cidade Universitária 445 Universitária Cidade 1080 R.'lartiia, 408 — Perdizes 3077 R. Ministro Godoy, 969 — Perdizes 2263 Praça Cel. Fernando Prestes, 30 — Metro Tiradentes 588 Praça da Luz, 2 — Metro Luz 630 Av. Tiradentes, 273 — Metro Tiradentes 710 R. Prates, 790 — Bom Retiro 706 R. Olavo Egidio, 1008 — Santana 595 R. Voluntários da Palrio, 3422 — Santana 5030321 A 5037554 067.EEPG Prof. Rômulo Pero 5037561 A 5057884 068.EEPG Prof. Joaquim Leme do Prado 5057902 A 5068998 069.EEPSG Orestes Guimarães 5200001 A 5208756 070.EEPSG Prof. Ennio Voss 5208763 A 5236983 071 .EESG Oswaldo Aranha 5237003 A 5241642 072.EEPG Paulo Eiro 5241650 A 5260009 073.EESG Prof. Alberto Conte 5260016 A 5304103 074,Faculdade Princesa Isabel 5400009 A5414222 075.EEPSG Dr. Américo Brasiliense — Fac. de Filosofia 5414230 A 5463358 076.Fundação Santo André 5463365 A 5503386 O77.lnstituto Metodista de Ensino Superior — FEI 5600006 A 5646306 078.Faculdade de Engenharia Industrial 5800003 A 5824869 079.EESG Conde José Vicente de Azevedo 5824876 A 5856799 080.EEPSG Antônio Alcântara Machado 5856817 A 5862290 081.EESG Brasílio Machado 6000007 A 6005820 082.EEPG Lasar Segall 6005837 A 6012671 083.EEPG Marechal Floriano 6012689 A 6061405 084.EEPSG Prof.Roldão Lopes de Barros 6061412 A 6140653 085.Coléglo São Luiz 6300008 A 6304622 086.EEPG Pandia Calógeras 6304630 A 6320815 087.EEPG República do Paraguay 6320822 A 6341713 088.EESG Prof. Américo de Moura — Instituição Toledo 6400001 A 6411987 089.Fac. de Filosofia 6411994 A6419724 090.Colégio Salesiano — Instituição Toledo 6500005 A 6512185 09Í.Fac.de Direito — Instituição Toledo 6600009 A 6612350 092.Fac. de Direito 6700002 A 6720542 093.EEPSG Bento de Abreu 6800006 A 6830210 094,Fundação Educacional de Bauru 7000000 A 7018727 095.EEPSG Cardoso de Almeida 7100003 A 7104382 096.EESG Culto à Ciência 7200007 A 7203462 097.EESG Culto à Ciência 7203470 A 7212511 098.Colégio Técnico da Unicamp 7212529 A 7234753 099.Puccamp — Ed. Papa Paulo VI 7234778 A 7248678 lOO.Puccamp — Ed. Papa João XXIII 7248685 A 7253999 101 .Instituto de Filosofia e Ciências Humanas 7254001 A 7288605 102.Faeuldade de Engenharia da Unicamp 7288612 A 7293140 103.Instituto de Biologia 7293157 A 7293933 I04.lnstde Estudos da Linguagem da Unicamp 7400004 A 7420715 105.Ciclo Básico da Unicamp Unicamp 7420722 A 7425744 106.lnst de Estudos da Linguagem da 7500008 A 7520562 107.Faculdades e Escolas Anchieta Ensino de Marília 7600001 A 7619051 108.Campus da Associação de Ensino de Marília de Associação da 109.Campus 7732679 A 7700005 7900002 A 7931970 110.Escola Superior de Agric Luiz de Queiroz 7931987 A 7945976 111 .EEPG Prof. Honorato Fajstino 8100006 A 8115030 U2.EEPSG Chanceler Raul Fernandes 8200000 A 8215791 113.EESG Fernando Costa Social 8300003 A 8317013 114.lnstituto de História e Serviço — 8400007 A 8412319 115.Unaerp — Ribeirão Preto — Bloco A Térreo — Ribeirão Preto Bloco A 1' andar 8500018 A 8510514 11 ó.Unaerp — Bloco G — Preto Ribeirão 117.Unaerp A 8543051 8510521 — Ribeirão Preto — Bloco B 8543069 A 8573330 118.Unaerp Andradas dos 119.EEPSG 8700008 A 8709288 8709295 A 8727311 120.EMPG D.Pedro I! 8727329 A 8760119 121 .Colégio do Carmo Carlos 8900005 A 8919308 122.Escola de Engenharia de São 9000005 A 9012477 123.Associação Joseense de Ensino 9100009 A 9117599 124.Associação Joseense de Ensino 9117600 A 9141237 125.EEPSG Estevam Ferri S.J.R.Preto 9300006 A 9312290 126.Faculdade de Engenharia de 9400000 A 9406380 127.Faculdade de Engenharia de S.J.R.Preto 9406397 A 9420646 128.EEPSG Victor Britto Bastos 9420653 A 9426528 129.EESG Monsenhor Gonçalves Exatas 9426535 A 9446445 130.lnst.de Biociências, Letras e Ciências _ Bloco A 9600007 A 9606349 131.Fac.Ciêiciqs Cont e Admin — Bloco B * 9608356 A 9619460 132.Fac.Ciências Cont e Admin — Bloco C Letras e 9619477 A 9641484 133.Fac.de Filosofia, Ciências 640 R. Copacabana, 243 — Choramenino 630 Av. Imirim, 2113 — Esq. Eng. Caetano Alvares 803 P. Pasteur, 1 30 — Pari 794 Av. Portugal, 1220 — Brooklin 665 Av. Portugal, 859 — Brooklin 420 — Amaro Santo 210 Maria, José Padre R. 755 — Santo Amaro R. Campos Sales, 120 18Í5 Av. Irai, 297 — Moema 1200 Praça IV Centenário, S/N — Santo André 1506 — Santo André Av. Príncipe de Gales, 821 1501 — Rudge Ramos R do Sacramento, 230 - São Bernardo do Campo 1652 Av. Orestes Romano — Assunção 560 R Guararema, 365 — Bosque da Saúde 600 — Esq. Av. Cursino 242 Ribeiro, R Américo 468 — Cruz Santa Metro 311 R Afonso Celso, 525 — Metro Santa Cruz R Dr Thirso Martins, 211 600 R. Dona Julia, 37 — Metro V. Mariana 700 R. Colônia da Gloria, 536 2016 — Esq. Av. Paulista R. Haddock Lobo, 400 420 — Mooca Av Pais de Barros, 1025 490 - V Prudente Ibicuü (entrada 21 p/ Muller, Carlos R - V. Prudente 504 Mello) Anhaia (Esq. 750 Sanarelli, R Dr - Araçatuba 820 Sumaré J. 1141 R Mato Grosso, — 477 Araçatuba 187 Av Cussy de Alme'da, 238 - J. Sumaré - Araçatuba R Mato Grosso, 1146 368 — J. Sumaré -- Araçatuba R Mato Grosso, 1146 1092 — Araraquara R Padre Duarte, 2821 1621 — Bauru R. Campos Salles, 9-43 884 — Botucalu Praça Pedfo Torres, s/n 310 — Campinas R. Culto a Ciência, 422 315 Campinas 422-"— Ciência, a Culto R. 821 — Campinas 177 Ciência, a R. Culto 1355 — Campinas PUC da Cidade Universitária 1245 — Campinas Cidade Universitária da PUC 480 — Campinas Unicamp — Barão Geraldo 826 — Campinas Unicamp — Barão Geraldo 396 — Campinas Unicamp — Barão Geraldo 67 — Campinas Unicamp — Barão Geraldo 1630 — Campinas Unicamp — Barão GHeraldo 94 — Unicamp — Barão Geraldo 1105 — Jundiai 299 Dias, R. Marcilio - Mania 398 - B oco Av. Hygino Muzzi Filho, 1001 1346 - Bloco II - Manha 1001 Filho, Av. Hygino Muzzi 2033 — Piracicaba Av. Carlos Botelho, s/n 485 E. Edu Chaves, 914 — Piracicaba 531 Rua 2, n'2877 — Rio Claro 625 Av. Washington Luiz, 672 — Pres Prudente 692 R. Major Claudiano, 1488 — Frcnca 327 — Ribeirão Preto Av Costabile Romano, 2201 952 — Ribeirão Prero Av. Costabile Romano, 2201 1336 — Ribeirão Preto Av. Costabile. Romano, 2201 — Ribjelrão Preto 1593 Av. Costabile Romano, 2201 — Santos 840 R. Almirante Ernestoi de Mello Jr., 130 — Pta. da Praia — Santos 680 Av. Aristóteles de Menezes, 41 — Santos 1361 R. Di. Egidio Martins, 181 — Ponta da Pra'a 810 Av. Dr. Carlos Botelho, 1465 — São Carlos 496 Av. Barão do Rio Branco, 882 — S. J. Campos — S. J. Campos 734 Av. Barão do Rio Branco, 882 — S.J. Campos 828 Av. Brasil, s/n — Monte Castelo 272 Av. Bady Bassit, 3775 — S.J. Rio Preto 497 Av. Bady Bassit, 3775 — S. J. Rio Preto / — S.J.R. Pieto 480 R. José Nogueira Carvalho, 304 — V. Maceno 490 R. Presciliano Pinto, 940 — Boa Vista — S. J. Rio Preto — SJ Rio Preto 671 R. Cristóvão Colombo, 2265 — J. Nazareth 756 Av. General Osório, 215 — Sorocaba 420 Av. General Osório, 215 — Sorocaba 839 Av. General Osório, 35 — Sorocaba W™<& SÁBADO 8 DP. DEZEMBRO DF. 1979 PÁGINA 13 CADERNO um assalto, procurando alguma coisa de valor para roubar. A esta altura, a casa já estava toda suja de sangue e Rose caída na pequena sala de costura de sua mãe. Quando Aldo voltou, entretanto, Rose havia se recuperado e estava encostada à mesa de costura. Foi então que ele a derrubou e estrangulou com o pedaço de fio elétrico que trazia no bolso. Em um armário, enquanto procurava algo para roubar, ele havia encontrado a tesoura. E foi com ela que o pescoço de sua passou a golpear confidente. "Eu não pensei que havia ferido tanto", contou ele ao delegado Amândio Malheiros. "Eu acreditava ter golpeado umas dez vezes". O exame do cadáver de Rose Maristela, todavia, revelou 49 ferimentos provocados pela tesoura. Por último, já todo sujo de sangue, Aldo tentou aplicar ar nas veias da moça. Ele já estava saindo, com a tesoura, uma bolsa de sua vítima e sua jaqueta suja de sangue escondidas em uma sacola, quando a mãe da jovem assassinada chegou. Fugindo pelos fundos, Aldo ainda chegou a escutar os gritos de dona Walderlice Ferreira, a mãe de Rose, ao encontrar o corpo de sua filha. Voltando a pé para sua casa, Aldo foi desfazendo-se de tudo que poderia incriminá-lo. Em uma moita de arbustos jogou a tesoura; em um terreno baldio, a jaqueta suja de sangue; mais adiante, em um matagal, a sacola com a bolsa e os pertences de Rose. Quando chegou em casa, ás nove horas da noite, uma hora e meia depois do crime, já havia um recado de Mônica a sua espera, contando que Rose fora morta. Ele tomou banho, trocou de roupa e, com o rosto e os braços marcados pelas unhas, um dedo machucado por uma mordida de Rose, voltou para o bairro do Castelo, onde morava sua vítima. Nos dias seguintes, nervoso, ele chegou a procurar um médico, porque não conseguia dormir. Mas teve calma suficiente para ir à missa de séticmo dia da moça que assassinara e, ao encontrar seus parentes, pediu-lhes que tivessem calma, porque a polícia pegaria o assassino. Enquanto isso, sem pistas, a polícia - "A procurava um homem franzino violência do crime levou-nos à conclusão de que o criminoso era fraco, já que precisara de tantas tentativas para matar", justifica o delegado Amândio Malheiros - que soubesse aplicar injeções: "Um enfermeiro, um farmacêutico ou um viciado em dro- O MATADOR DE ROSE Aldo Yan, traído pelo último requinte do crime As duas injeções de ar que ele aplicou na moça, depois de enforcá-la com um fio e de perfurar seu pescoço com 49 tesouradas, colocaram a polícia na pista de um viciado em drogas ANTÔNIO CARLOS FON O assassino foi ao velório, à missa de sétimo dia e chegou a consolar a família de Rose Maristela Machado. Quarta-feira à noite, ainda com o rosto e os braços marcados pelas unhas de sua vítima, Aldo Yan Delvisio confessou ao delegado Amândio Malheiros, chefe da seccional de polícia de Campinas, como matou a estudante: primeiro, sete pancadas na cabeça; depois, estrangulamento com um fio elétrico; mais tarde, 49 tesouradas no pescoço e, finalmente, duas injeções de ar nas veias da moça. E foi este último detalhe, as tentativas de injetar ar, estourando as veias de Rose, que levaram os policiais até o criminoso. "Não havia seringas hipodérmicas na, casa", explicava, ontem à tarde, o delegado Amândio Malheiros à imprensa, "por isso nós sabíamos que o assassino chegou lá com a seringa no bolso. E ele deveria saber aplicar injeções. Nós procuravamos um enfermeiro, um farmacêutico ou um viciado em drogas". Aldo Yan Delvisio, 21 anos, tem um tio que é farmacêutico e é, ele próprio, um viciado em drogas. Foi por ser viciado, aliás, que ele matou Rose Maristela. Noivo de Mônica Barros Moreira, vizinha e amiga de Rose, Aldo foi à casa da estudante, na noite do dia 26 de novembro, para iniciá-la no uso de drogas. Rose Maristela era sua confidente e, depois de contar-lhe que Mônica estava grávida, Aldo explicou que estava confuso sobre casar-se com a noiva, porque era viciado em entorpecentes. Esta foi a parte das confissões de Aldo que mais interessou à estudante, e eles combinaram que um dia fariam uma experiência juntos. Naquela noite, Rose não cpis deixar-se drogar. Para convence-la, Aldo aplicou em seu próprio braço a primeira das duas ampolas de psicotrópico que conseguira para a experiência. Mas, quando ele tentou lheaplicar a segunda, Rose continuou recusando. Ele ainda tentou ir embora, mas a moça ameaçou telefonar para a "Você vai ficar polícia caso ele saísse: poque eu quero ver como você se transforma" - Rose teria exigido do rapaz. Desesperado, ele a pegou P^0 pescoco, mas a moça começou a gritar. Bem mais forte que Aldo, Rose escapou, mas ele conseguiu derrubá-la e começou a agredi-la com a garrafa de cristal. São essas pancadas, e a tentativa da moça de fugir para a rua, que explicam o sangue na sala e junto à porta da varanda. Ela quase conseguiu fugir, mas foi agarrada, já na porta, pelos cabelos e arrastada de novo para dentro de casa. Com a garrafa na mão, Aldo continuou a golpeá-la na cabeça. Sempre batendo com a garrafa de cristal, ele a perseguiu pelo banheiro e copa de sua residência, até que Rose Maristela desmaiou. Aldo pensou que ela já estivesse morta e tentou simular /¦^H flrljt1' ;*- $&Bfsffi$ ¦ lytiÊfctfCS*';-'' ''^IomB Bife' Br^V Kvg/i jj; iC£> \ nViiiiiiiiiiii Br^,yml -'te. ^VmÈêí '* %¦>**""*' ^k ^F m Bf-- iLi3'^MB ÈèX BBJ ¦f* ¦¦¦^^^KÊ^'-^^^^^''Â^m^9^^^ÊSíS6^iíií^^. ^BF* i ¦! • ITT wÊmÊÊÊm®&!mÊÊkr^*Sm B ' AjHal » i j K iiímmfí Bw^^" m X* HQJIH ^8Sttfl> HJMBwrt''ifwr K B Bi•""¦ -¦ fl V S • \ lüt Wt .. & w^')>eX mÊÊSmm. '-¦ £wP .., -yr-áíX^^t m l^l^B^Pfe ^ '** .3p^SH| ML2 Hr ,... ^k gas", explicava o delegado Amândio Malheiros. Um viciado em drogas? Dona Walderlice, mãe de Rose, lembrava-se vagamente de ter ouvido alguma coisa envolvendo Aldo, o noivo de sua vizinham com entorpecentes. E Aldo era, como a polícia imaginava o assassino, um rapaz franzino. Ele a princípio negou, mas quando médico-legista começou a examinar os ferimentos em seu rosto e braços, Aldo começou a chorar e a falar. Mas, por que as duas picadas nos braços de Rose depois dela já morta? "Eu me lembro de ter ouvido meu tio farmacêutico contar", explicou o assassino ao delegado, "que uma injeção de 15 centímetros cúbicos nas veias de uma pessoa pode matá-la por embolia. Mas uma injeção de apenas centímetro cúbico de ar pode revitalizar alguns doentes." Nem mesmo Aldo soube dizer se pretendia aplicar 1 ou 15 centímetros de ar nas veias de Rose Maristela. Á~<i^' ^m » '"' ''Wa HF:"'. iíJií-sw^JL . m^L ¦ \i * ¦ 2w %Ê SH wÊL iH ¦¦¦¦¦':¦ J^ Biíi'' ¦ '?SS '• '^^^'¦vm^^'-:'^t Wm" &1*X fl ¦ «ifl oWmS^ HyÈÊfi^KBwlw» Wlw§91wÊ WÊm> ^swftcill^^^" Bfe k Wt >H H ui Mb 9 PREPARATIVOS PARA A RAINHA DO MAR Em Sâo Paulo, as lojas prenunciaram o que vai ser o fim de semana na Baixada Santista Nem a gasolina pode com Iemanjá MÔNICA LIMA, de Santos A Umbanda e o Candomblé, mesmo em épocas de crise econômica, conseguem reunir um número assustador de adeptos dispôstos a gastar dinheiro. Um exemplo disso é a festa de Iemanjá, que tem inicio hoje, em Praia Grande, no litoral paulista, para a qual são superadas, no mínimo, 2 milhões de pessoas que não se incomodam em pagar CrS 22,60, o litro da gasolina, e nem CrS 93,00, o pedágio, desde que seja a Rainha para homenagear do Mar. "É uma loucura", exclamavam, ontem, atônitos funcionários da prefeitura local, empenhada em acabar os preparativos para a festa: palanques, luzes, altares, centro de informações, ambulatórios, postos de salvamento, de recolhimento de crianças perdidas e "outros detalhes". Nunca, em toda a his- tória da Baixada Santista, tanta gente foi esperada em apenas um fim de semana. Até poucos dias atrás, inclusive, calculava-se que se dirigiriam para a Praia Grande cerca de 1 milhão de pessoas. Mas, tendo em mãos os relatórios enviados por apenas quinze das Federaçoes Umbandistas que irão participar da homenagem a Iemanjá, os funcionários da prefeitura levaram um susto: elas garantem a participação de 1 milhão e seiscentas mil pessoas. Isto sem contar outros nâo confirmados e mais, pelo menos, 500 mil turistas que estarão mais preocupados em tomar banho de sol e admirar as belezas da festa. A partir da manhã de hoje, os 24 quilômetros de praia do município estarão chapados de, gente (uma média de 80 pessoas por metro), cores, músicas, luzes, bebidas, crianças perdidas, curiosos, policiais, bombeiros, cinegraflstas, jornalistas ... Quanto às crianças que costuman perder-se às centenas, o prefeito Dorivaldo Loria Júnior, o Dozinho, faz um apelo: "Os pais que gostam de seus filhos não devem trazê-los à festa". Tudo estaria bem, se o problema fosse apenas o número de pessoas que vão a festa. Mas há mais, muito mais. Há, por exemplo, uma briga entre a prefeitura e o Corpo de Bombeiros: a Policia Militar, não queria funcionários da prefeitura nos postos de salvamento para evitar aglomerações e a prefeitura afirmava que a PM seria incapaz de dar conta do serviço. O resultado foi um reforç^ nunca ^H A PISTA DO CRIME Com ar seringa, a última violência de Aldo contra Rose A conexão do pó ia dar em Piabetá Kr^BBBÉ»! «Jw^-1^ * >#<-:~ ~¦« *^Br ;I ;M LM 9L.^^P*JÊÊÊtr HWJ ^HL. .úSâiÈt ALDO YAN DELVISIO A polícia procurava um enfermeiro, um farmacêutico ou um viciado em drogas. Ele é um viciado MASSACRE ^BrMBPWf^^WMfy^ W-#X,. visto no esquema de segurança que envolveu o 6' Grupamento de Incêndio, o 6? Batalhão da Policia Militar no interior, o 21? BPM/I, a Polícia Rodoviária, o Batalhão da Policia Feminina, e mais algumas unidades de Santos, São Paulo, Cubatão e Guarujá - mais de 1,500 homens munidos de viaturas, ambulâncias, motocicletas, aparelhos de rádio, microfones e alto-falantes e outrás maravilhas tecnológicas. A prefeitura ficou encarregada apenas pelos médicos e enfermeiros para os postos de salvamento. Apesar de toda a parafernália montada, a Dersa parece não se estar preocupando muito com este fim de semana: não preparou nenhum esquema especial para as estradas Imigrantes e Anchieta, contrariando, o que foi dito e feito no feriado de 15 de novembro, que contou, na operação retorno, com a presença do secretário dos Transportes, Leon Alexandr. "A única maneira é usar helicópteros", disse na ocasião, o secretário - que passou absoletado em um desses aparelhos sobre todo o sistema rodoviário do litoral. Desta vez, o tráfego nas estradas vai ser controlado como de costume. Desde ontem, às 17 horas, foi implantada a operação-descida, com a inversão da direção da Imigrantes, que deverá durar até o final da tarde de hoje. O retorno vai começar amanhã pela manhã, sendo encerrado apenas na segunda-feira, quando, na faixa de areia de Praia Grande, os últimos bebados desfaleçidos serão acordados pelo sol do verão. Está explicado o mistério dos irmãos assassinados perto de Magé. A trilha começa num crime de Copacabana e segue por meandros onde trafegam viciados e traficantes VALÉRIO MEINEL, do Rio Irmãos e traficantes internacionais de cocaína, Paulo Rogério Dias, o Pele, e Cláudio Dias, o Pelezinho, são apontados pela Delegacia de Homicídios do Rio como os autores da chacina de Piabetá, em que foram executados a tiros, quarta-feira passada, os irmãos Wilson, José Carlos e Sônia Regina Rodrigues de Matos, além de Sílvio Roberto Bruno Lima, amante de Sônia, e Nádia Machado Bastos, namorada de José Carlos. Moravam todos em Copacabana e estavam ligados a traficantes de drogas. Preso ontem à noite, Pelezinho negou envolvimento no crime. À tarde, a policia prendera outro irmão de Pele, Fernando Dias, também acusado de tráfico de entorpecentes. O delegado Arnaldo Campana considera esclarecida a chacina de Piabeta. O massacre foi conseqüência do assassínio do argentino Hugo Angel Amorrotu, morto com um tiro na axila dia 20 do mês passado, no apartamento sublocado pelo cantor Raul Seixas, em Copacabana. Amorrotu comprara de Pele e Pelezinho um quilo de cocaína e pagara, antecipadamente, 600 mil cruzeiros. Wilson Matos, conhecido vaposeiro quem recebe drogas para venda e como pagamento tem uma cota para uso pessoai - foi encarregado de fazer a entrega pelos irmãos traficantes. Antes, no entanto, batizou a cocaína, retirando uma parte e acrescentando-lhe açúcar. Ao receber o pó, Amorrotu percebeu a falsificação. Lutador de caratê, surrou Wilson, cue o matou. No apartameiito, segundo a policia, estava Oscar Rasmussen e Ricardo Soza, o Gato, que se encontram desaparecidos. Os policiais não acreditam em suas versões, de que chegaram ao apartamento pouco depois do crime. A partir da morte do argentino, Wilson de Matos foi jurado por Pele e Pelezinho, não para vingar Amorrotu, mas para punir o vaposeiro, que adulterara a cocaína. No dia 7 do mês passado, Antônia Gomes Marques, tia dos irmãoS que seriam assassinados, comprou de Iracema Marquês Soares, por 150 mil cruzeiros, a casa no Jardim Paranhos, em Piabetá. E cedeu-a à sobrinha, Sônia, 28 anos. A moça era viciada em tóxicos, queria se afastar de Copacabana e mudou-se para Piabetá, no dia 12 de novembro, com Silvio Bruno Lima, 18 anos. O rapaz, que a namorava havia alguns meses, abandonou a casa dos pais quando estes se opuseram ao namoro com Sônia. Logo após a morte de Amorrotu, Wilson deixou o apartamento em Copacabana e foi se esconder em Piabetá, na casa onde estavam Sônia e Sílvio. No último fim de semana, Sônia viajou ao Rio de Janeiro. Esteve na casa da irmã caçula, Elizabeth, 19 anos, casada - única dos cinco irmãos que não se envolveu com tóxicos - e lá deixou um bilhete para José Carlos, convidando-o a ir morar também em Piabetá. O bilhete foi encontrado na casa. A polícia acredita que Pele e Pelezinho passaram a vigiar José Carlos, na esperança de que o rapaz se encontrasse com o irmão Wilson. Quando José Carlos viajou com a namorada, Nádia, no fim de semana, para Piabetá, foi seguido pelos traficantes. Na quarta-feira, eles invadiram a casa. José Carlos quis fu: gir e foi fuzilado no portão; Sônia e Nádia foram despidas, surradas e tiveram1 às mãos amarradas. Wilson e Sílvio também foram cruelmente espancados - as vítimas apresentavam afundamento do crâneo - e deixados apenas de short. Levados para a margem do rio Caioba, a 500 metros da casa, foram fuzilados cpm tiros calibre 22,32 e 38, José Ferreira de Matos, 50 anos, eletricista do Departamento de Trânsito do Rio, é o pai dos três irmãos assassinados. Ele prestou depoimento, ontem, na delegacia de Piabetá. Antes, almoçou em um bar da cidade e conversou com o JORNAL DA REPÜBLICA. "Ganho apenas 2.400 cruzeiros por mês. Enquanto houver essa desigualdade social, com o trabalhador ganhando tão mal, existirá a violência. Meus filhos também trabalharam no Detran, mas não tiveram a garra que eu tenho. Há seis anos, quando já eram todos adultos, deixaram de viver comigo. Apenas mantinham contato por telefone, exceto Sônia que sempre me visitava e à minha segunda mulher. A mãe deles, Mafalda, morreu há doze anos. E foi então que descobri que Wilson usava tóxicos. Era muito tarde para eu fazer qual, quer coisa". PÁGINA 14 REPÜRLÍQ^ ESPORTES CARTOLAS Flamengo: Zico joga . A Gávea viveu, ontem, um dia de Intensa preparação de armas. Afinal, é amanha que o Flamengo enfrenta o Paimeiras, no jogo mais nadalado do ano. E nada melhor do que o Maracanã, autêntica catedral da fé futebolística,, para palco de tal confronto.' Em principio, estarão em campo, indiscutivelmente, os dois melhores times do Bra-' sil. Depois, sáo duas escolas de futebol de filosofia diferente: o atlético e veloz Paimeiras diante do ritmado e nada lento Flamengo. Será também a oportunldade para que surja uma resposta para a velha pergunta: quem é melhor, Cláudio CouUnho ou Telê Santana? Como se sabe, o processo sucessorio para o cargo de técnico da Seleção poderá ser deflagrado a qualquer momento, SÁBADO 8 DE DEZEMBRO DE 1979 principalmente depois quei Giulite Coutinho for ungido presidente da futura CBF. Ontem, o Flamengo fez um coletivo considerado muitoj bom e a escnlaçáo de Zico Já está garantida. Em compen-' saçáo, Ttta e Rondlnelll sâo> as grandes dúvidas de CouUnho. A equipe está praticamente escalada com: Cantarde; Toninho, Rondlnelll (Deqiinha), Manguito e Junior; Carpeggianl, Adílio e Zico; Reinaldo, Cláudio Adáo e Carlos Henrique (Titã). Para Coutinho, a vitória será «un fator psicológico a beneflciar os jogadores». Jà o presidente Márcio Braga é um poço de confiança. Anda dizendo ate que já encomeih dou as passagens de aviáo e reservou hotel em Porto Alegre para o primeiro jogo da semifinal, contra o Internacional. Ginástica: deu Romênia Sem se deixar abater pelo acidente que tirou da competiçào sua grande estrela, Nacüa Comaneci, a equipe da Romênia conquistou na quinta-feira á noite, pela primeira vez em sua história, a medalh;; de ouro por equipes no torneio feminino do Campeonato Mundial de Ginástica, em Forth Worth, Texas. Nadla, que passara o dia todo num hospital, com um tubo intravenoso no braço, acabou abandonando, na noite de quinta, o Centro de Convenções do Condado de Terrant, perdendo assim todas as esperanças de ganhar a competição individual. Com uma infecção na mâo esquerda, ela chegou a entrar no estádio com suas colegas de equipe. Saltou sobre a plataforma, segurou uma das duas barras assimétricas, realizou uma evolução simples e saltou para o solo. Depois deixou as barras, fez uma inclinação perante os juizes e saiu do estádio diante de uma multidão silenciosa c atônita. As autoridades esportivas afirmavam que Comaneci, que realizava exercício de traves, cavalo e solo, deveria tentar pelo menos uma apresentação nas barras assimétricas, pois do contrário perderia todas as chances de competir nas outras modalidades. Como não conseguiu nenhum ponto nas barras, as esperanças da ginasta romena de vencer o Campeonato Mundial de Ginástica foram por água abaixo. Suas companheiras, porém, conseguiram superar as soviéticas, que, pela primeira vez em doze anos, perderam a medalha de ouro por equipes. E o resultado final acabou sendo o seguinte: 1 — Romênia: 389,55; 2 - Uniõo Soviética: 388,925; 3 - Alemanha Oriental: 388,075. EUA: mais uma vitória Ao que tudo indica, as aulas que Pele deu aos futebolistas norte-americanos começam a surtir efeito. O selecionado dos Estados Unidos classificou-se para a terceira e última rodada do torneio pré-olímpico ao derrotar a equipe das Bermudas por 5 a 0, em Fort Lauderdale, na Flórida. Na primeira partida, os EUA haviam vencido por 3 a 0. Agora, o time americano vai enfrentar o Haiti e a Costa Rica, numa chave da qual sairá um classificado para os jogos de Moscou, no ano que vem. Todos os jogadores da seleção dos Estados Unidos — ao contrário do que se vê em equipes como o Cosmos — sâo de nacionalidade americana. O Palmeiras no Chile O Palmeiras, do Brasil, o Olímpia, do Paraguai, o Boca Juniors, da Argentina, e o Universidad, do Chile, começam a disputar hoje, em Santiago, um quadrangular de futebol infantil. O torneio, que se estenderá por três dias, terá como jogos de abertura Palmeiras x Olimpia e Boca Juniors x Universidad. O time brasileiro está bem cotado, pois jogará contra a equipe local na rociada de encerramento, na próxima quarta-feira. A grande sensação, no entanto, deverá ser Olímpia x Universidad aguardada como uma miniatura da partida que os profissionais destes dois clubes vão disputar terçafeira para finalíssima da Copa América. A candidatura de Giulite ja e oficial Na verdade, ele já está eleito para a CBF: tem o apoio de 17 das 26 Federações MARCELO FAGA, do Rio MURILO ANTUNES ALVES O advogado da Federação esperou duas horas seu colega corintiano IMBRÓGLIO (ARGH!) Agora falta a assinatura do Palmeiras 0 Corinthians já desistiu da Justiça comum, mas cabe ao Palmeiras dar o sinal verde TÔNICO DUARTE Desde ás 17 horas de ontem o destino do Campeonato Paulista passou para as mfios do Palmeiras e da Ponte Preta. Conforme prometera o presidente Vicente Matheus, o Corinthians desistiu oficialmente da Justiça comum, faltando apenas a homologação destes dois clubes para que o certame possa continuar. Eram exatamente 17 horas quando o advogado Eurico de Castro Parente, acompanhado por Mário Campos, entregou ao juiz Geraldo Mendonça de Barros Filho, da 24'' Vara Civil, um documento no qual desistia da cautelar que truncou o campeonato. Eurico estava atrasado. Desde as 14 horas ele era aguardado pelos advogados do Guarani, da Ferroviária e por Murilo Antunes Alves, da Federação Paulista de Futeboi. Defiois de duas horas de espera, calor e cansaço, os advogados foram embora, duvidando das boas intenções de Matheus. Enquanto isso, o juiz náo sabia assegurar se o Corinthians realmente desistiria da Justiça comum: «Se ele desistir sem a concordância dos outros, terá de arcar com os honorários e custos do processo. Tem de haver a concordância para que saia a homologação e o caso passe a Justiça Desportiva». Pela manhã, um oficial de Justiça chamado Dalan este- ve no Parque Antártica, em diligência, para citar o presiciente do Palmeiras, Delphino Facchina. Lá, foi informado de que Facchina estava doente. Então percebeu a presença do vice-presidente Bricio Pompeu de Toledo,, que imediatamente trancou-se numa saleta. Resultado: Dalan voltou para o Fórum sem ter conseguido citar o Palmeiras. Convém lembrar que dos cinco clubes litesconsorte no processo, o Palmeiras foi o único a não assinar o acordo da última segunda-feira, aceitando a mediação do ministro da Educação e Cultura. Outro clube que não deu o menor sinal de vida foi a Ponte Preta, cujos représentantes foram aguardados a tarde inteira. Em todo o caso, a Ponte não deve criar problemas, afinal, assinou o acordo. Resta saber se o seu novo presidente, Edson Aggio, começará gestão com o pé direito, cumprindo a palavra empenhada. Enquanto distribuía cópias xerox da desistência, Eurico de Castro Parente lamentava a ausência dos clubes interessados. Parente só não quis dizer quanto é que Matheus — técnipagou para que ele um fisicamente e ca, tática craque do Direito — bordasse com suas mãos gordinhas os arrazoados jurídicos que armaram todo o imbróglio: «Ninguém veio para que o juiz podesse homologar a desistência», dizia o ruivo causídico que, dizem, ganhou uma fortuna (seriam mesmo cinco milhões de cruzeiros?) para dar um nó no campeonato. «Resta saber a posição do Palmeiras, que não aceitou a citação. Mas deve aceltar, pelo bem do futebol paulista». O Juiz Barros Filho, depois de receber a desistência, determinou um prazo de cinco dias para que Palmeiras, Ponte Preta, Guarani, Ferroviária e Federação manifestam-se. Este prazo entrou em vigor a partir de ontem e o doutor Geraldo, que todo o mundo sabe ser fanático por um bom joguinho de bola, parecia animado ante a perspectiva da continuação cio campeonato: «O Corinthians já cedeu, mas se ninguém abrir mão de nada, o negócio continuará como está. Espero que os demais clubes interessados na questão e também a Federação cedam. Eu lhes dei um prazo de cinco dias e aguardo um pronunciamento. Espero que o campeonato possa continuar, como afiecionado do futebol que sou». A Federação esteve vazia praticamente todo o dia de ontem. Nabi Abi Chedid foi ao Rio de Janeiro, onde aconteceu um beija-mão muito especial: o lançamento da candidatura de Giulite Coutinho à presidência da Confederaçâo Brasileira de Futeboi. Assim, na falta de um dos band-leaders da pantomima, sobraram os tradicionais sucos de abacaxi e cafezinho. Nabi deveria voltar à noite, a tempo de comparecer (triun['almente?) ao jantar de confraternização da ACEESP - Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo. Comentou-se que Nabi seria o portador de um apelo do próprio Giulite, no sentido do Palmeiras não complicar as coisas. Alguns cartolas de menor porte cruzavam os dedos para que Facchina não fosse oriundo da Sicília, onde a teimosia é fato consumado. Com discursos regados a elç próprio se considerava água mineral c cafezinho, foi «representante do Centro». formalmente lançado ontem, Também ocupou a mesa o no Rio, o nome do. empresa- aplaudidissimo presidente da rio Giulite Coutinho, atual FIFA, João Havelange. Liberada a palavra para presidente do Coaselho Nacio- discursos, resolveram falar nal de Desportos, para a Federadas os presidentes presidência da nova Confederação Brasileira de Futebol ções Baiana, Brasiliense e (CBF). As eleições estão Cearease. Márcio Oliveira, marcadas para o dia 17, mas da Bahia, sugeriu que, no a vitória da chapa de Giulite diapasão do atual presidente está desde já assegurada. Heleno Nunes, «estaríamos Das 26 Federações Estaduais caminhando para o caos total e absoluto». O da Federação que compõem a Assembléia Geral da CBF, dezessete do Distrito Federal, Rui subscreveram o registro da Teles, lembrava que, na últichapa, que conta com José ma eleição do almirante, há Ermírio de Moraes Filho cerca de um ano, teria sido o como 1° vice-presidente e o pioneiro da idéia de reformuvez, presidente do Fortaleza, laçâo do futebol. Por sua Airton França Rebouças, o cearense José Neas Barroso foi muito franco em admicomo 2"-vice. O lançamento da chapa de tir que teve «sorte em oposição ao almirante Heleno embarcar nessa canoa». Havelange também falou Nunes foi na sede da Federaçâo de Futebol do Rio de «mais como amigo do que Janeiro e contou com a presidente da FIFA» e manipresença do presidente da festou «esperança de ver na FIFA, João Havelange. Parti- copa de 82 a redenção do ciparam ainda, além dos futebol brasileiro». O excandidatos, os dirigentes das dezessete Federações que subscrevem a chapa e a mulher do presidente da Federação de Mato Grosso do Norte, representando-o. Muito risonho, fumando a suflindefectívelpiteira, o anfitrião Otávio Pinto Guimarães, presidente da Federaçao Carioca, chamou para a mesa da reunião o presidente da Federação Paulista, Nabi g AbiChedid, «para representar a "' - xx.,a Região Sul do País» e o ¦% Éfc. * presidente da Federação GIULITE Amapaense, «os Estados e Lançando-se candidato,comoquem Territórios do Norte», já que «Na elaboração da tabela dos jogos, será levado em consideração, tanto quanto possível, o número de jogos disputados pelas Associações em suas respectivas cidades sedes, sem contudo permitir vantagem técnica, dentro do critério estabelecido». Este contraditório Artigo 27 do Regulamento do Campeonato Brasileiro de Futebol foi que convenceu o juiz Celso Felício Panza, da 20» Vara Civil do Rio, a conceder a medida cautelar impetrada pelo Atlético Mineiro, suspendendo o jogo de quinta-feira, a que o clube não compareceu, contra o Goiás no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. A liminar foi despachada pelo juiz em sua prórpia residência, duas horas antes do Por oue Matheus tempo tanto esperar fe\a justiça a contar o abono natalino recebido do govemo com a desvalorização do cruzeiro. O Corinthians? Ora, o Co rinthians náo dá lucro de 30% da noite para o dia; a torcida? Ora, torcedor corintiano náo sabe nem o que significa uma operaçáo cambial. E se o clube, com o campeonato definitivamente enfiado no mais úmido dos brejos, acumular prejuízos, fiquem tranqüilos — Matheus tapará o buraco com uma pequena parte do que ganhou ontem. cavalo de alça. Peço licença para discordar e acredito que, deste lado do mundo, poucas nações teriam condições de brilhar na ginástica como o Brasil e sugiro uma simples medida capaz de melhorar nossa performance daqui para a frente — é só inserever uma meia düzia de operários de salário minimo que o mundo verá, estarrecido, como o brasileiro é bom de ginástica. E náo me venha dizer que náo dá; como se sabe, programando, dá. Como seremos campeões de ginástica Os Cartolas e o leilão dos craques Unido Soviética, campeá mundial de ginástica, depois de passar monumental rasteira na hegemonia dos japoneses. Náo desfaleço de pajxáo pelos ginastas mas, curioso, corri os olhos no noticiário atrás da classificação do Brasil. Lá estava: vigésimo lugar, com um comentário do jornal acerca da nossa atávica incapacidade para rebolar sobre o A moda é vender artilheiros e anuncia-se desde já que o colunâvel Márcio Praga náo resistirá ao ataque das liras sobre Zico; o condenável Agatimo Gomes, presidente do Vasco, também anda fazendo as contas de quanto lucrará com a ida de Roberto para o futebol inglês, talvez acompanhado de Paulinho, o outro goleador da equipe. Assustem-se vocês, que este humilde colunista náo mais se surpreende com os crimes da cartolagem. Náo é a vaidade dos cartolas que empurra os clubes para a mais miserável mendicância? E depois, como pagar todas as dívidas senáo lei< ioando os craques? E por uma dessas ironias, váo-se os jogadores e surge, para nosso desespero, essa triste revelação de cartola que é Walmir Pereira, presidente do Atlético. A reeleiçáo dessa inacreditável criatura custará ao mais popular clube de Minas uma cratera financeira do tamanho das tradições do Gaio. Ao abandonar o Campeonato Nacional sem razáo alguma, o cartola expôs o Atlético a pesadíssimas sanções judiciais e esportivas — e para enfrentar o prejuizo certo, só passando nos cobres as estrelas da equipe. Boa viagem, Paulo Isidoro! O fantástico caso do mel misterioso. Final de jogo em Campinas, Guarani 0, Coritiba 0, e a torcida olha com ódio para o ponta-esquerda Bozó. Em noventa minutos, nenhum passe certo, um chute a gol, nada. Como era jogo noturno e o rapaz apresentava impressionante palidez, pensei logo que havia entrado em campo sem jantar. Rod La Rocque, o Rodinho, que ao meu lado havia presenciado todos os lances da desgraça de Bozó, deu versáo mais serteneja para o drama do craque: «Prezado, pela cara dele acho que o homem tá atacado do mal de compadre Bininho, naquele frege da seleção da Pedra mais o Ume de seu Lôla da Serra Talhada». Era bem possível. Na manhã daquele jogo, no campo da Ribeirinha, em 19GB, o craque Severino Cardeal, famoso no sertão pernambucano como Bininho, misto de craque e boiadeiro, chegou na «concentração», que ficava nocurral atrás da casa de Dona Babu, e viu na prateleira, ao lado do cuscuz de milho zarolho, um vidrinho de mel. «Cuscuz com mé dá sustança, num dà, Bo-rante?» perguntou ao zagueiráo do time. Berrante toma posse Atlético: vitória judicial l^iiíiMSlIii As 17 horas de ontem, a multidão que se amontoava à porta do fórum ainda esperava pelo advogado do Corinthians, na esperança de que o clube retirasse a questáo da Justiça comum e o campeonato pudesse % prosseguir. Qualquer senhor gordo de pastinha na máo que apontasse a barriga na esquina, alguém gritava: «É ele!» Fotógrafos armavam os equipamentos para documentar a cena histórica, repórteres atropelavam-se num doloroso assanhamento, e nada. Ou era simples miragem provocada pelo infernal carlos, ou a esbaforida figura de um oficial de Justiça ou,, ainda um saltitante vendedor de bilhetes de loteria. Às 17h30 apareceu, mais zarolho do que nunca, o advogado Eurico de Castro Parente. É que Matheus, entretido com assuntos mais palpitantes, simplesmente esquecera da Justiça. Vicente Matheus, leitores, dono de financeira, passou a tarde de ontem mergu- , lhado numa banheira de dólares, como o Tio Patinhas, presidente da CBD opõe-se a Heleno Nunes desde que, no govemo do presidente Geisel, foi Impedido de fazer seu sucessor na presidência da entidade, ao assunir a FIFA. Nem Giulite Coutinho nem o eterno vice, José Ermirlo de Moraes Filho, estavam, a essa altura, participando da reunião, e Otávio Pinto Guimarães suspendeu-a por minutos para recebê-los na portaria do prédio da Federaçâo Carioca. Eles esperavam no gabinete do presidente do CND, próximo do local, pelo telefonema de convocação à cerimônia. Em seu discurso, o festejado presidente do CND não prometeu o compeonato nacional por divisões, calendário, ou seja, nenhum dos itens que constariam de sua plataforma. Pelo contrário, afirmou que «as reformulações necessárias em termos de organização e administração demandam tempo». Giulite comprometeu-se a valorizar o jogador de futebol, segundo ele, «a matéria-prima, que, ao mesmo tempo, se constitui no mais valoroso patrimônio do esporte*. Das 26 Federações, as 18 que apoiam Giulite sào: Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Norte, Pará, Sergipe, Ceará, Brasília, Paraná, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, Rondônia, Amapá, e Rio Grande do Norte. Estariam indecisos ainda os presidentes das Federações da Paraíba e Santa Catarina. Heleno Nunes, por sua vez, tem o apoio de Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Amazonas e Acre. concordou e Bininho exagerou: cuscuz, mel, leite gordo, açúcar. Encheu a barriga, deu três voltas no Ijuarteíráo e apresentou-se ao treinador Valdemar Arcoverde, o Valde. pronto para a guerra. Meio-dia, solzinho morno, o pessoal afastou as cabras do campo e o jogo começou. Logo no primeiro lance, quando Cozinheiro lançou em profundidade, o lateral Bininho fez força no pé mas sentiu a tripa dar um nó. Foi perdendo a cor, a língua secou de repente, ele cruzou as pernas e ficou ali, como uma estátua. O técnico Valde correu para perto: «Que que deu em tu, desgraçado!?», perguntou, patemalmente. Bininho revirou os olhos: «Só pode ter sido o mé...», queixou-se, num suspiro. «Mas que mé?», espantou-se o vigilante treinador. «O mé que tava em riba da prateleira do cuscuz». Valde botou as máos na cabeça: «Então corre pro mato que aquilo num era mé náo, infeliz; era óleo de ricino!» No dia seguinte Bininho mudou-se para Minas Gerais. jogo, mas o presidente da CBD, Heleno Nunes, citado como réu, ainda nâo foi notíficado dela: atè ontem, o oficial da Justiça encarregado de notificar o almirante nôo o tinha encontrado em casa, no trabalho ou na CBD, pois Heleno já tinha subido para sua casa de campo em Teresópolis. Com isso, a CBD não providenciou a contestação da ação. O juiz Panza disse que só estava suspenso, com sua decisão, o jogo de quintafeira, mas que isso se refleteria nos resultados futuros do carrpeonato. Segundo ele, o mando de campo «é uma vantagem técnica que o próprio regulamento diz que não deve ser permitida». Por sua vez, o especialista em justiça esportiva. Valed Perry, disse que a interpretação do juiz sobre o artigo 27 estava errada, pois hà menção a um «.ritérioestabelecido» que, na elaboração de toda a tabela do campeonato, foi o índice técnico. Nisso é que a CBD yy '7?SE se baseou para marcar o jogo entre Goiás e Atlético para ooiânia, já que o time mineiro tinha um ponto a menos. Por outro lado, persistem dúvidas a respeito da decisão da CBD de eliminar o Atlético do campeonato. O almirante Heleno Nunes, que proclamou o Internacional de Porto Alegre como campeão do grupo, cedeu às pressões da Federação Gaúcha e deu ao clube os pontos da partida que deveria disputar domingo, beneiciando-o no mando de campo futuramente, contra o vencedor de Flamengo e Palmeiras. Segundo observadores, a decisão da CBD é dúbia: ou aliminava o clube mineiro e o Internacional não ganhava os pontos do Atlético, ou esperava a partida de domingo para declarar o time mineiro derrotado por W.O., para só então o Inernacional perfazer seis pontos como campeão do grupo. Marcelo Fagá, do Rio •* 7.;7^PP G1LDÊME1STER Se vencer Borg, chileno jogará comGullikson Gildemeister e Borg na semifinal O chileno Hans Gildemeister tem razões de sobra para orgulhar-se pelo resto de seus dias. Pelo menos uma vez, ele cehegou perto do feliz deis do tênis mundial, Bjorn Borg. Ambos classificaram-se para decidir quem seria o número um no grupo de quatro finalistas da Copa de Tênis que vem sendo jogada em Montreal, Canadá. Se o chileno vencer Borg — tarefa cteantemâoconsiderada hercúlea e improvável — jogará depois contra o norteamericano Tini Gullikson, ao passo que o sueco repete aquele match eterno contra Jimmy Oonnors. Eorg avançou facilmente para as semifinais do torneio: ontem à noite, derrotou o norte-americano Pat Dupre pw 6-1, 6-2. Em uma partida anterior, o Gullikson venceu o seu compatriota Peter Flamingo por 6-1, 2-6 e 6-4, como se vê, com ligeira dificuldade no segundo set. No terceiro jogo da noite, Jimmy Connors também suou a camisa: ganhou de Ilie Nastase por 4-6, 7-6 e 6-2. SÁBADO 8 DE DBZPMBRO DE 1979 PÁGINA M gEPÜBLíQ\ CULTURA SUPER-HERÓI falta de talento também sento justificadas por ai. Entre as melhores da noite, poderiam ser citadas: BandoUns, dc Oswaldo Montenegro, boa apesar de antiga; Catuilha, dc Walter Franco, um grito louco e bem feito, muito apropriado para o festival e certas personagens; Maria Fumaça, de Kleiton e Kledir Alves Ramil, que apesar de ser apenas uma toada gaúcha, é divertida; Quem me Levará sou Fu, de Dominguinhos e Manduka. que através do talento deste sanfoneiro acaba sendo uma das melhons coisas do festival; Tempo de Colheita, de Gonosio Sampaio Filho e Juraildes Cruz, candidata ao I" lugar fácil, se houver algum critério na escolha; e Mata, de Marlui Miranda e Marcos Sanülli. Entre as razoáveis ficam: Chama, de Hilton Accioly e Joe: Dona Culpa Ficou Solteira, de Jorge Ben; To Querendo Tá, de Bubuska Valeça; e Tira os Óculos e Recoíbe o Homem, de Makalé e Moreira da Silva, o milionésimo samba de breque brasiliro. Sabor de Veneno, de Arrigo Barnabé, náo tem música, nem letra, apesar de ter muito barulho — embora aiguns aficionados acreditem que é este o tal caminho da música brasileira. E América, de Cláudio Lucci, além de parecer com umas cinco músicas já gravadas, ainda tem a empavonada Elba Ramalho como intérprete — aquela moça que parece muito mais preocupada em aparecer na televisáo do que em defender a música. Para quem ainda tiver ânimo, boa sorte. MUSICA Festival com sabor de veneno (mesmo) cie, o mais novo colega o Super-homem Ele vai virar personagem de desenho animado, nos EUA. Mais: vai filmar com Robert Redford Na final do Festival da Tupi, hoje à noite, a menos ruim levará um milhão de cruzeiros JOSÉ MEIRELLES PASSOS CARMENCAGNO Antes, quando era jogador de futebol, era bem mais fácil conversar com ele. Bastava ir ao velho estádio do Santos, na Vila Belmiro. e procurá-lo nos vestiários. Ou entáo, acomodar-se numa ca¦ deira, na pequena barbearia 'Mi em frente ao clube, e fan zer-lhe perguntas enquanto o .: rapaz passava-lhe creme e "•navalha no rosto. Hoje, conseguir uma entrevista formal gi com Pele, tomar-lhe — diga,,mos — trinta minutos, signi, fica uma espera de até, como no nosso caso, dezessete dias por um telefonema de sua fiel secretária, Léa, marcando data. local e horário. E, o que é pior: o telefone tocar. e a voz de Léa, do outro lado, dizer que «infelizmente . ele náo tem aparecido por aqui. nem sequer telefona, ainda náo deu para marcar a conversa. E agora não vai . dar mais, porque ele está para voltar para Nova York. Acho que só vai poder ser em janeiro». Náo é o fisco que o assusta. É a Rose! «O negáo tá com a vida T. a Deus», justifica 'A que pediu José Roberto Xisto, braço-di• reito de Pele, economista, o "-"homem dos números, que ' Ur também zela pela imagem do rei, um mago que transforma a marca Pele em mercadorias de toda a espécie. «O homem tá solteiro... e agora, cismou com o tênis. Passa o "¦ dia inteiro jogando, vai à praia no Guarujâ, recebe em casa. Tá aproveitando a vida». O escritório das Empresas Pele, um terceiro andar inteiro, no centro de Santos, carpetado em roxo, móveis e paredes brancas, mais um bucólico jardim de inverno, agora anda tranqüilo. Porque "" Pele virou rnr. Nascimento e passa quase todo o tempo no exterior. Quando vem a Santos, é a boa vida a que Xisto já se referiu. De qualquer forma, o carteiro da rua Riachuelo náo deixa de atravéssar diariamente as portas de a sala de dáo vidro, " espera,queonde para há uma imitaçáo de Giacometti num canto, ao lado de revistas da ACM, da Unesco, e outras publicaçóes do gênero. O homem deixa pelo menos dez cartas por dia na mesa de - Léa, correspondncia Vinda desde a MaTasia e "" Pindamonhangaba, de Tóquio •'" e da pequenina Yunguio, cidade peruana na fronteira ' com a Bolívia. A maioria pede fotografias ou camisas Chegou o grande dia. Quem viu, viu. Quem náo viu, náo verá nunca mais — e um dia agradecerá aos céus por isso. No palco do Palácio das Convençôes do Anhembi desfilaráo hoje, a partir das 21 horas, os últimos sobreviventes do Festival da Tupi da Música Popular Brasileira. E se tudo correr bem — salvo aiguas bJack-outs, tropeços do apresentador.m rolos de papel higiênico, falhas no sistema de som, ovos, gritaria ou pancadaria — os jurados escolherão o grande vencedor desta brincadeira, que aboI canhará 1 milháo de cruzeij ros. 2" colocado levará 200 mil: 0 3", a melhor letra e o melhor arranjo, 100 mil cada, | assim como o melhor intérprete. Das doze finalistas, algumas são boas outras razoaveis e outras ainda, muito ruins. Nenhuma dessas músicas, porém, pode ser apon- do Santos e do Cosmos, devidamente autografadas, mas continua chovendo pedidos também de auxilio financiero, de cadeiras de rodas, ou arengas de inventores propondo a Pele a compra da patente de engenhocas as mais estapafúrdias. Mr. Nascimento simplesmente ignora essas e outras propostas, algumas femininas. Negócios ficam por conta dc Xisto, economista bem-sucedido muito bem informado, uma raposa do merchandising com pouco mais 30 anos de idade, e que agora, imaginem, está para transformar Pele num super-herói na terra do Superman, de Batman. Mulher Maravilha e outros fenômenos. O ex-futebolista vai virar fieiçáo para gringo ver. Nesta segunda-feira, mr. Nascimento embarca para Nova York. onde Xisto o espera desde ontem, com a cópia de um complexo e espesso contrato da Hanna-Barbera Productions, que fará Pele entrar para o time de super-heróis que habitam as telas de TV e a imaginacáo da criançada no mundo inteiro. «Jâ existe um jgé<ontrato», disse-me Xisto pouco antes, de embarcar, para acertar os últimos detalhes da transaçáo. Será uma série completa de treze filmes com duraçáo de 23 minutos, cada. Custo de produçáo: um milháo de dólares. E Pele, quanto ganhará? Ah,' náo pergunte coisas desse tipo a Pele ou ao seu staff. Seu cuidado em náo revelar cifras náo é tanto um temor ao fisco: eles temem mais os atentos advogados de Rose Cholbi, ex-senhora Edson Arantes do Nascimento. Xisto, portnato.. apenas diz que os desenhos animados renderáo um valor ainda abstrato, porque, segundo ele, Hanna-Barbera e Pele dependem ainda do merchandising: «Depois que eles tiverem vendido os filmes para as estações de TV, tiverem feito toda a transaçáo com os anunciantes, aí a gente vai ver esse negócio de participação nos lucros». Sabe-se, porém, que de acordo com as leis norte-americanas, o pagamento minimo pelo uso de uma marca é de cerca de 3 milhões de cruzeiros. Ou seja esse é o valor só para começo de conversa. Agora, o plano é invadir a China Além dos desenhos animados. o esperto Xisto, que tada como indicadora de um novo caminho. Nada que lembre — nem de longe — a explosáo de talento de um Chico Buarque, um Vandré, um Caetano e um Gil, egressos de outros festivais. O que Tica desta vez é um amargo sabor de déjà vu. uma salada meio azeda com o passar do tempo e a pergunta inevitável, já formulada pela sábia Rita Lee: «Ai, ai meu Deus,/ o que foi que aconteceu/ com a musica popular brasileira?». A única resposta, até agora, tem sido cantada em uníssono para explicar quase tudo de ruim que vem acontecendo de quinze anos para cá: os anos mais negros da ditadura, de censura, de castraçáo à criatividade e ao pensamento explicam, sem dúvida, grande parte do que se vè hoje neste festival. Mas seria o caso de perguntar até quando a picaretagem e a -Happy Daysacompanha Pele há cinco anos, tem dezenas de outros planos em seu cofre, tudo bem estudado, previsões de lucros e de riscos detalhadíssimas, tudo à espera do momento oportuno de dar o bote. Ele me disse, como quem conta uma confidencia, que não foram os gringos quem «descobriram» Pele. «Foi Pele quem descobriu a América», ele garantiu, com a voz carregada de orgulho. Os fatos o comprovam. Para citar apenas um fiapo: além de consultor internacional da Warner Brothers, o que, em outras palavras, significa ser um relações públicas cheio de privilégios e mordomias. Pele é hoje, o maior acionista do New York Cosmos, cujo gráfico de lucros sobe verticalmente. Há seis anos, o Cosmos náo conseguia levar mais do que 100 mil espectadores ao seu estádio durante toda uma temporada; e, nesta última, já conseguiu mais de 1 milhão de torcedores. que passaram pelas caixas registradoras do clube. Seria necessário dizer que eles pagaram em dólares?! (O staff de Pele prepara-se, inclusive, para invadir a China, aproveitando a brecha aberta pela Coca-Cola. «Você já viu o tamanho do mercado lá?», perguntou-me Xisto, os olhinhos brilhando). Pele, contam seus poucos e diligentes assessores, anda animado com a perspectiva de filmar em Hollywood — o oM© cU QoxtSto^ JJ&^5& cio que deverá acontecer já no próximo ano. Pelo que dizem, o outro astro será Robert Redford, também do time da Warner. A fita será sobre um episódio da, II Guerra Mundial, em que um time de futebol de prisioneiros russos enfrentou uma equipe de nazistas. O jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano. conta assim esse caso — que será adaptado para o cinema: «Há anos, em Kiev, me contaram porque os jogadores do Dínamo tinham mererido uma estátua. Contaram uma estória dos anos da guerra. Ucrânia ocupada pelos nazistas. Os alemães organizam um jogo de futebol. A seleção nacional de suas forças armadas contra o Dínamo de Kiev, formado pelos operários da fábrica de tecidos: os super-homens contra os mortos de fome. O estádio está lotado. As arquibancadas se encolhem, silenciosas, quando o exército vencedor mete o primeiro gol da tarde: se acendem quando o Dínamo empata; estalam quando o primeiro tempo termina com os alemães perdendo por 2 a 1. O comandante das tropas de ocupação envia seu assistente aos vestiários. Os jogadores do Dínamo escutam a advertência: «Nosso time nunca foi vencido em territórios ocupados». E a ameaça: «Se ganharem, seráo fuzilados». Os jogadores voltam ao campo. Poucos minutos depois, ter- -Miguel Paiva: UME£/\ QUANDO :- -«; VOCÊ ME TRAZ-lA FLORES m. BEÜA; _ VA AP^XO^OA^KITE^ ME LEAVAMJXA-Í, a ceiro gol do Dínamo. O público acompanha o jogo em pé. e em um único longo grito. Quarto gol: o estádio vem abaixo. De repente, antes da hora, o juiz dá por terminado o jogo. Foram fuzilados com as camisetas, no alto de um barranco». Ô--, LEHBfcO. ERA QUAfc-TA-FeiRA E a casa, à prova de balas, virou atraçâ"o Só que, na versão hollywoodiana, o final será outro — segundo o staff de Pele. De qualquer forma, Pele será transformado num russo! (Coisas de Hollywood). Enquanto isso, a sua grande casa na Ponta da Praia, rodeada por altos muros cinzentos, além de vidros à prova de bala, continua como atração turística, fotografada a três-por-dois. O guarda que fica junto à porta, coitado, já não suporta mais repetir que «o patráo náo está». — Esses turistas me enchem o saco! ; jT JOE* ^^ *M»I — "*^^— - \T"" N GASTRONOMIA o Rio, um pouco de Paris Gaston Lenôtre, uma das sumidades da «nouvelle cuisine» da França, abre no Rio uma filial de seu restaurante, o Pré-Castelan. T' ¦cfWMAfJ&o! e WtM> vou E promete a mesma qualidade, o mesmo rigor HELENA SALEM, do Rio M *m. éS?.S> fefA uew ¦? p/t/V>r tJoec. CUVPADAe! CHfiMÜDWt- sõDe/Jèí I •vo- *C-— _: - gflse í 6ÉAPAS W ÍUFcGMfi 5^ SüDeue £$Tou /t/A CAfiTiVGAl fflu! eXWDA'. /a\ ¦¦¦¦ nff ^—' VvJil r=55> 71 f ' 1. Mm Gaston Lenotre sorri yitoriosamente para os fotógrafos, leva o dedo indicador aos olhos do apetitoso peixe e o traz de novo ã boca, beijando-o. Ele é um artista da cozinha, e com este gesto rende sua homenagem à arte culinária internacional. É também um empresário multinacional: seu restaurante Pré-Catelan, com magnífica sede em Paris, tem filiais em Berlim, Tóquio — e. desde ontem, no Hotel RioPalace em Copacabana. chyssoice glacéc à Ia Ciboulette) custa 200 cruzeiros. O. peixe (Dorade sauce antiboise a rhuile d'olive viérge), •120; a carne (Mignon de porc au vinaigre vieux vin), 450; e a sobremesa (Tarte Williams Çhaude) 140. Ou seja, uma refeição custa pelo menos uns 1.500 a 2.000 cruzeiros, incluído o vinho. Já o prato mais caro — Escargots au Safran — custa 800 cruzeiros. • «'I\ido é importado, por isso custa tanto», explica o diretor do Rio-Palace. Sua especialidade è a «nova cozinha francesa». Lenôtre gosta de falar aos jornalistas. E de posar, com toda a classe, para os fotografos. Fie explica que, para fazer-se uma boa cozinha, são necessários três ingredientes: alimentos muito frescos, técnica apurada e limpeza de instalações. Lenôtre diz que faz questão de inspecionar diariamente, às 7 horas da manhã, seus seiscentos empregados, escolhendo e provando os produtos postos a serviço de sua culinária. Seus princípios básicos são dois: conservar todas as qualidades iniciais do produto (frescura, aspecto, cor, cheiro e sabor) e limitar o tempo de cozedura, evitando os molhos fortes e pesados, à base de farinha, que escondem o sabor original do produto escolhido. No PréCatclan carioca — La Maison Lenòtré — a decoração è rigorosamente igual á do restaurante parisiense e, diz Lenôtre, a casa terá «a mesma rigidez técnica, o mesmo padrão». A entrada mais barata (Vi- «Antes de ser um patrão»— diz com muito orgulho — «sou um amigo». Ele devei à vir ao Brasil de d';-is em do s meses para dar assistência a La Maison Lenôtre. Mas deixará aqui cinco chefs de cuisine e um maitre franceses, sendo que este último è filho de pai português, e fala portanto nossa língua. Mas não é só. Lenôtre vai também preparar o jantar dos shovra de Frank Sinatra no Rio-Palace, onde cada comensal deverá desembolsar «apenas» 20 mil cruzeiros. Ele já cozinhou para um jantar de gala de Sinatra, em Los Angeles. «Conheço seu gosto, e lhe enviei várias alternativas de cardápio para que escolha». Sobre o Brasil, o renomado cozinheiro francês afirma que «procurarei, aos poucos, ir utilizando os produtos encontrados aqui, fazendo-os, evidentemente, à moda francesa. Até o feijão preto, porque não? Ele encantou-se com as churrascarias brasileirai — «came muito fresca, e saborosa» — mas loi crítico em relação aos restaurantes ditos franceses — «em um deles havia três pratos com o mesmo molho o garçon náo falava francês e o cardápio era todo em francês». E «Esses são acrescentou: restaurantes oara durar dois anos, e não 20, ou mais. Querem o lucro fácil, quando o importante é a honestidade, a técnica». • ,' Nem todos os ingredientes necessários para a feitura.da «nova cozinha francesa» são encontráveis ainda no Brasil. Mas Lenôtre diz que investigará, pacientemente, e espera obte-los pouco a pouco dos pequenos produtores. Tudo muito selecionado, muito fino.' Ilvràrisrsummus '•_. TEM Ò LIVRO . OUE VOCÊ PROCURA BARÃO DE ITAPET1NINGA, 140 LOJA 4 • TEL. 34-0739 • SP LIVRARIA MANDURI Livros Nacionais e Estrangeiros Livros de Arte Pockets Peça p/ telefone! Rua da Consolação, 323 Fone: 256-9610 CEP 01301 São Paulo PÁGINA 16 SÁBADO 8 DF. DEZEMBRO DU 1979 pEPÜBLIQV COTAÇÕES *¦#*** —ÓTIMO . +•** -- MUITO BOM . , *** —BOM »* —REGULAR — SOFRÍVEL - PÉSSIMO Gil, Baby Consuelo, Elis, Zer$ Mota, Gilbert Bécaud encerram amanhã a Semana Francesa (22h, no 13) Como será a volta de Hebe Camargo? Domingo, às 20h, na Bandeirantes. CINEMA TEATRO Uma estréia para crianças: 0 Menino que Limpou o Fogo Q MENINO QUE LIMPOU O FOGO Teatro Lira Paulistana (r. Teodoro Sampaio, 1091) . Sobre um menino que foi conduzido pela Lua e chegou ao Sol. A autoria é de Marcos Sampaio. A direção é de Dulce Muniz. No elenco estão Cadu Moreira e Marcos Sampaio. Esta peça infantil estreia hoje. Sábado ás 15h30 e domingo às 10H30 e 15h. Preço Cr$ 60 (único) **• TIRO AO ALVO De Flávio Márcio Teatro Faap (r. Alagoas, 903, tel. 826-4233) Flávio Márcio analisa a repressão através de uma família burguesa. A direção é de Ronaldo Brandão. Com Marco Nanini e Lilian Lemmertz. De 3" a 6", às 21 h; sábados às 20 e 22h30; e domingos àsl8 e 21h. Preços: Cr$ 200 (único) 18 anos *• ÓPERA DO MALANDRO De Chico Buarque de Hollanda Teatro São Pedro (r. Albuquerque Lins, 171 Montagem paulista do espetáculo que fez enorme sucesso no Rio. 0 autor Chico Buarque de Hollanda, reescreveu o texto, reduzindo a duração da peça para duas horas. Com Marlene. Músicas de Chico Buarque. Às 21H15 tyeços: Cr$ 300; Cr$ 250 e ;cr$ioo VÊM BUSCAR-ME QUE AINDA SOU TEU De Carlos Alberto Soffredini Teatro Célia Helena (r. Barão de Iguape, 113, tel. 2705725) Uma tragicomédia musi"Cocal inspirada na música Vicente ração Materno" de Celestino. O cotidiano de uma companhia de teatro, suas dificuldades financeiras e suas lutas para se fazer teatro nas periferias, num país subdesenvolvido. Pelo grupo de teatro Mambembe. Direção de lacov Hilel. Com Berenice Raulino, Calixto de Inhamuns e outros. De 3' a 6', às 21 h; sábados às 20 e 22h; domingos às 18h30, 21 h Preços: Cr$ 150 (único) **•¦*• NA CARRERA DO DIVINO Pessoal do Victor Teatro Funarte — Sala Guimar Novaes (ai. Nothmann, 1.058) "Os ParBaseado no livro •ceiros do Rio Bonito", de Antônio Cândido, este espetaculo pretende mostrar a cultura caipira sem mito e sem folclore e também discutir os problemas do campo. Fascinante. Hoje a festa comemorativa da centésima apresenta•ção. De 4? a 6?, òs 21 h; sábados às 20 e 22h; domingos às 1 8 e 21h. Preços: Cr$ 100 (único) "•*• TIETÊ, TIETÊ De Alcides Nogueira Pinto Studio São Pedro (r. Albuquerque Lins, 171, tel. 663348) Uma revisão critica do Modernismo e das revoluções políticas e estéticas feitas no país. Mostra, também, da linguagem de Os' através wald de'Andrade, o colônia- lismo cultura. Direção de Márcio Aurélio com o Grupo Os Farsantes (Cecília Camargo, Edith Siqueira, Júlia Pascale, Marcelo Alamada e outros). De 4? a 6", às 21 h; sábados às 21 h e 22h30; domingos ás 18 e 21h Preços: Cr$ 120. (18 anos) • •** NAVALHA NA CARNE de Plínio Marcos Teatro Aliança Francesa (r. General Jardim, 184) Depois de uma década censurada, a volta de uma das obras mais importantes de nossa dramaturgia. Sob a direção de Emilio Di Biasi, o texto relata o submundo da metrópole através de uma protituta, um homossexual e um cafetão. Com Ruthinéia de Moraes, EdgardGurgel Aranha e Odilon Wagner. De 4? a 6*, às 21h30; sábado às 20h30 e 22h30; e domingos as 18h30 e 21h30. Preços: Cr$ 200 (único) **• MOCINHOS BANDIDOS De Fauzi Arap Teatro Sesc-Anchleta (r. Dr. Villa Nova, 245) Brasil ano de 1979. Os personagens falam de tortura, drogas, repressão politica triângulos amorosos, futebol e televisão. Bruna Lombardi é a mocinha que contracena com o bandido Carlos Alberto Riceili. Amilton Lira, Umberto Magnanl e Walderez de Barros completam o elenco. Direção de Fauzi Arap. De 4? a 6?, às 21 h; sábados às 20h e 22h30; e domingos às 18 e 21 h. Preços: Cr$ 100 — (16 anos) • REPÚBLICA DE OBSCURIDAD De' M. César Teatro Ruth Escobar (r. dos Ingleses, 209) Uma peça sobre o golpe de 1964. Um americano tipico ensina a um homem de negócios como convencer um ingênuo militar a derrubar o governo legalmente constiluído do país. Com Fábio Tomasiri, Ivan Salles, Douglas Franco e Pierre Verde. De 4? a 6' às 21 h; sábados às 20 e 22h; e domingos às 18 e 21h. Preços: CrS 100 (único) 16 anos mWzL y k Amor em fuga com uma trilogia bem sucedida (''400 Coups", "Baisers Volés", "Domicile Nâo satisfeito CAMAS REDONDAS, CASAIS QUADRADOS De Copeny e Champman Teatro Itália (av. .São Luiz, 50, tel. 257-3188) Casais amigos promovem animadas trocas eróticas. De 3? a 6?, às 21 hl5; sábados às 20 e 22h30; e domingos às 18 e 21 h Preços: Cr$200 e Cr$ 100; 6" e sábado, CrS 200 (único) Está na Semana do Cinema Francês, só domingo (J3h, UhlO, 17h20, 19h30, 21h40), no Liberty E um filme imprescindível, já que apaixonado. Bom, de qualquer forma, advertir aos desavisados que Antoine Doinel continua sendo Leaud. Jean-Pierre Não desanimem: Truffaut anunciou que "0 Amor em " Fuga é a derradeira morte de LeaudDoinel. Conjugai"), François Truffaut resolveu, em 1978, ressuscitar Antoine Doinel, ex-garoto de reformatório, ex-empregadinho de escritório, candidato a intelectual, eterno enamorado. "0 Amor em Fuga" retoma o folhetim romanesco do amante "petit bourgeois" que é Antoine Doinel. .te, m De Liiiana Cavani (Itália, 1974) Este filme aguardou liberação desde 1974, talvez pelo caráter chocante de seu tema. Um ex-oficial da SS (Dirk Bogarde) trabalha em Viena como porteiro do hotel e, em 1957, encontra-se com uma antiga prisioneira (Charlotte Rampling). Com Gabriele Ferzetti e Philipe Leroy Paramount 3 e Barão 17h, Horários: 14h30, 19h30 e 22h (18 anos) • •••• reconciliou-se com a crítica unânime em que quase fora "Ovo da Sorrepudiar o pente". Os velhos temas do cineasta são agora retomados. Mãe (Ingrid Bergman) e filha (Liv Ullmann) se enconIram na hora do lobo e ultrapassam o silêncio, trocando gritos e sussurros que as colocam face - face numa situação que se inicia repleta de vergonha mas termina como uma lição do amor. Com Halva Bjork e Erland Josephson. Paramount 1 e Vitrine Horários: a partir das 14h (14 anos) NOSFERATU, O VAMPIRO DA NOITE Do Werner Herzog (Alemãnha, 1978) versão do Uma nova "Nosferatu", de Murnau (1922). Além do copiar e até desenvolver as mais importantes seqüências desse filme de 1922, Herzog foi buscar mais material diretamente no romance de Bran Stocker interpretando a chegada do conde Drácula à Alemanha como uma profecia da ascensão nazista. Na versão Murnau-Herzog do mito, o vampiro vem de navio da Transilvânia e toma conta da cidade de Wismar, trazendo consigo um exército de ratos portadores da peste. Bristol e Lumière Horários: 13h35, 15h40, 17h45, 19h50 e 21h55. (14 anos) POR QUE NÃO? "Pourquoi Pas?" Wm m?m mm De Coline Serreu (França, 1977) Sobre dois jovens homossexuais e uma mulher divorciada que convencem uma moça a viver com eles num curioso ménage a quatre. Com Samy Frey e Christiije Murilo. Paramount 2 Horários: 13h20, 15h40, 17h50, 20h e 22hl0 (18 anos) • ••• SONATA DE OUTONO "Hostsonat" '0^-z<u*yr*J(fâ>~r - \ De Ingmar Beigman (RFA, 1978) Com este filme, Bergman ••• MENINA BONITA "Pretty Baby" De Louis Malle (EUA) O último escândalo de Malle mostra a conduta absolutamente livre e amoral de uma menina de doze anos (Brooke Shields), que vive com a mãe num bordel de Nova Orleans, em 1917. O tema da prostituição infantil provocou violentas reações nos Estados Unidos e quase uma interdição no Canada. Com Keith Carradine e Susan Sarandon. Paramount 5 15h20, 13h, Horários: 17h40, 20h e 22h20 (18 anos) •• CALIFÓRNIA SUÍTE "Califórnia Suite" De Herbert Ross (EUA, 1978) O filme mostra como se comportariam em Hollywood quatro grupos oriundos de diferentes cidades: Londres (Michaei Cane e Maggie Smith), Nova York (Alan Alda e Jane Fonda), Filadélfia (Walter Matthau e Elçiine May) e Chicago (Bil Cosby e Richard Pryor). A estrutura teatral do texto é compensada pela criatividade do diretor que realiza uma espécie de ensaio sobre diferentes modalidades de humor cinematográfico. Top Cine, Splendid e Ipiranga Horários: 15hl5, 15h30, 17h45, 20h e 22hl5 (14 anos) 17h50, 20h e 22h(18 anos) A LOUCA DIZBOLICA "La Foll e a Tuer" FESTIVAL 79 Tupi, 21h30 Quem vai ganhar um miIhão? Babuska Valença ou a dupla Moreira da Silva & Macalé? Hilton Accioli ou Kleiton Alves Ramil? Jorge Ben? Walter Franco? Arrigo Barnabé?! (jamais...) Durante o julgamento, show com Ivan Lins. • • BALÉPINKFLOYD Bandeirantes, 23hl5 "Semana Francesa". Na Fãs, não se exaltem: Dave Gilmour & Cia não estarão da coreopresentes. Trata-se"Dark Side grafia do disco of the Moon" dirigida por Roland Petit. O espetáculo "união dos recurpromete a sos eletrônicos com a "nova didança", numa mensão plástica do movimento, luz, cor e som". • RANCOR "Crossfire", de Edward Dmytrik (EUA, 1947) Globo, 2h Drama baseado em romance de Richard Brooks. Três amigos voltam da guerra e um deles assassina um judeu. Na obra original, a vítima era um homossexual. Como os judeus adquiriram o monopólio do sofrimento universal.. . Com três velhos Roberts: Young, Mi»chun e Ryan. Fora eles, Glória Grahane, Paul Kelly e Richard Benedict. Dmytrik, canadense de nascimento, foi vítima da fúria maçartista nesse mesmo ano, tendo que se mandar para a Inglaterra. • OS NOVOS CENTURIÕES "The New Centurions", de Richard Fleischer (EUA, 1972) Globo, Oh Telefilme de grande sucesso que acabou gerando uma série com o mesmo nome. Foi, até agora, a mais eficiente tentativa de provar que os policiais são seres humanos. Um novato (Stacy Keath) e um veterano (George C. Scott) fazem juntos a ronda de captura de prostitutas. Tudo vai mal para o novato, que acaba virando um alcoólatra. Fieischer fez bons filmes ("Via- HEBE Bandeirantes, 20h Como será a volta da madrinha? Ela disse que vai ser exatamente a mesma, fuçando o lado pessoal de cada entrevistado e não tendo medo em parecer fútil. Os que preconceituosamente desprezarem o programa antes de vé-lo, espiem as "Fantástico?" concorrentes. "Flávio Cavalcanti?" Por- tanto, é bom conferir. •• UM REI EM NOVA YORK "A King in New York", de Charlie Chaplin (Inglaterra, 1957) Globo, 22hl5 Penúltimo filme de Chaplin, já decadente. Ele é o rei du Estróvia deposto por uma revolução que emigra para os Estados Unidos. Completamente pobre (o ministro da Fazenda fugiu com o dinheiro), acaba arranjando emprego de garotopropaganda. Como humor, não espere nada semelhante "perforàs suas melhores mances". • OU VAI OU RACHA "Hollywood or Bust", de Frank Tashlin (EUA, 1956) Globo. 15h Rachou: este e o ultimo filme da dupla Jerry Lewis & Dean Martin, após quase dez anos de convivência. 0 diretor é ótimo, mas este não foi um de seus momentos gem Fantástica, 1966), e maus filmes ("Chel", 1969). O MÉDICO E A IRMà DO MONSTRO "Dr. Jekyll and Sister Hyde", de Roy Ward Baker (Inglaterra, 1971) do andrógina Versão clássico de Robert Louis Stevenson. Na Londres vitoriana, o doutor Jekyll experimenta um elixir da vida eterna preparado com horE mbnios femininos. transforma-se numa bela mulher. Roteiro de Brian Ciemens. Com Ralph Bates, Martine Beswick, Gerald Sim, Susan Brodrik. É proibido levar a sério. Dagomir Marquezi mais felizes. Lewis, o ingênuo e Martin, o sacana, ganham o mesmo carro numa rifa. Dagomir Marquezzi ^BOMIHÃYILGOLIAS E A ESCRAVA REBELDE "Goliath e Ia schiava ribelle", de Mariano Caiano (Itália, 1963) Record, domingo, 21h05 Na Lídia, governo de Sátrapa entra em crise diante do exército de Alexandre Magno. Nero entra para uma "punk", Xerxes banda e Henrique VIII sentem Um dos mais comentados filmes desta década, Paul, (Marlon Brando), um americano de 50 anos, dono de um hotel em Paris, travo conhecimento com uma jovem de 20 anos, Jeanne (Maria Schneider), quando examinavam um apartamento vazio para alugar. Durante três dias eles vivem, nesse apartamento, um relacionamento intenso e dramático, por vezes sadomasoquista. Paramount 4, Copan, Regina, Gazetinha-Centro, Gazeta, Cal Center e Palmella Horários: 12hl5, 14h45, 17hl5, 19h45 e 22hl5 (18 ESPECIAIS Afonso Celso, 362), sábado e domingo às 16h O SEXO OCULTO "La Derobade" De Daniel Duval São cinco anos na vida de uma mulher: Marie, 19 anos, 48 quilos, loura, olhos castanhos, patética, terna, vulnerável que reencontra um dia, no bar onde seu pai jogava cartas, Gerard, gigoló, de boa lábia. Com Miou e Maria Schneider. Liberty 15hl0, 1 3h, Horários: 17h20, 19h30, 21h40 (18 anos) • • OS INCONFIDENTES Sindicato dos Jornalistas (r. Rego Freitas, 530), sábado e domingo, às 20 e 22h Filme produzido em 1 973 por Joaquim Pedro de Andrade. Com José Wilker e Paulo César Pereio. Preços: Cr$ 20 *• UM ANO DE CINEMA BRASILEIRO Museu Lasar Segall (r. "Reinado No programa: na Floresta", de Adrian Co"O Menor", de weil; "Não Eduardo LiLlorenfe; "A Deixe São Paulo Parar"; Evolução de Uma Cartola", "Max e os Esde Emile Coh e portes", de Max Linder Entrada franca. • OS TODOS DE BAHIA SANTOS Museu Lasar Segall, às 21 h Um mulato envolvido com uma estrangeira branca, o tema deste filme de Ubayara Trlgueirinho Neto Entrada franca • FESTIVAL DE DESENHO ANIMADO Sescafé (r. Dr. Vila Nova, 245), ãs 14h Duas horas de desenho animado. Em seguida apresentação de chorinhos com o Conjunto Entre Amigos. Entrada franca Un fim de semana com: Caetano, Moreira da Silva e Zé Ramalho TELEVISÃO/DOMINGO ••• NOITE DE GALA Bandeirantes, 22h Encerramento (com chave de ouro) da-"Semana Francosa". Show que mistura brasileiros (Elis Regina, Gilberto Gil, Zezé Mota, Baby Consuelo) com franceses .Gilbert Bécaud, Véronique Sanson, Julien Clair). Dispensa maiores recomendações, né? O ÚLTIMO TANGO EM PARIS "The Lást Tango in Paris" De Bernardo Bertolucci (Itália/França, 1972) SHOW/MUSICA Hoje, a fínalíssima do festival de Música Popular Brasileira. Às 21h30, na Tupi •• • *••• De Yves Boisset (França, 1975) Este é um trabalho de encomenda que não poupa aigumas críticas á polícia e á burguesia da França, mas se concentra numa trama polidal temperada com traços de psicologia barata dlsfar"antipsiquíatrla". cada de Marlene Jobert é a louca do título. Ela sai do hospício para trabalhar como governanta de um garoto do seis anos, que parece também mentalmente abalado. E seqüestrado junto com o menino e os raptores resolvem Incriminá-la. Com Marlene Jobert, Tomas Millan, Michel Peyrelon. Belas Artes (Centro 2) Sala Mário de Andrade e Jóia Horários; 13h40, 15h45, TELEVISAO/SABÂDO Campanha da Kombi As Kombis da Campanha 79 da APETESP, onde você comprará entradas para qualquer peça em cartaz por apenas Cr$ 50 (adultos e Cr$ 30 (crianças) estarão estacionadas, hoje, nos seguintes locais: — Moema (praça Nossa Senhora Aparecida) — Santana (Estação do Metrô — rua Gabriel Piza, . em frente a Igreja) — Penha (largo do Rosário) — Mooca (praça Alexandre Fleming) Amanhã: Play Center (para teatro infantil) Aeroporto (em frente a ala nacional) Praça da República •••• PORTEIRO DA NOITE "Portiere di Notte" •k-k-k • DE SENHOORQUESTRA RITAS De Jean Anouiih Café Teatro Moustache (r. Sergipe, 160, tel. 256-3595, Higienópolis) Uma nova montagem que inaugura uma nova casa. A direção é ae Carlos Di Simoni que escolheu um elenco só de mulheres. Consuelo Leandro, Riva Nimitz, Ivete Bonfá, Maria Vasco, Nereide Bonamigo e Lucélia Machiaveli. Quarta e quinta, às 21h30, sexta às 10h30 e 22h; domingos às 18Hv30 e 20h. Preços: Crf 200 (único) Impcrdível: Nosferatu, o Vampiro da Noite, de Werner Herzog. No Bristol e Lumière que não há mais nada entre eles, e Napoleão sai na porrada com populares na Comuna de Paris. O exército israelense invade a llíria, a Macedônia, a Sérvia e o Canindé, iniciando a guerra dos oitocentos minutos. A Liga das Nações chora na rompa, enquanto Golias e a escrava rebelde assistem ao filme. ••••• CAETANO VELOSO Teatro Pixinguinha (r. Dr. Vila Nova, 253), às 21 h No show de lançamento "Cinema de seu último disco, Transcendental", Caetano está acompanhado da Outra Banda da Terra. Preços: Cr$ 200 e Cr$ 60; sábados, Cr$ 250 e Cr$ 80. Até 9 de dezembro •••-* MOREIRA DA SILVA Ópera Cabaret (av. Rui Barbosa, 354) Conhecido como um dos iniciadores do samba de breque, Moreira da Silva estará seus apresentando os sucessos. • JOÃO BOSCO Teatro Municipal, às 21 h Com roteiro e textos de Ai"show" de João dir Blanc Bosco reúne as músicas de "Linha de seu último disco Passe" Preços: de Cr$ 10 a Cr$ 50 * VOZES E VIOLAS Teatro Lira Paulistana (r. Teodoro Sampaio, 1091), à meia-noite O "show" conta com a participação de Gereba e Capenga, do Grupo Bendegó. Último dia ZÉ RAMALHO Teatro Procópio Ferreira (r. Augusta, 2833) "A Peleja do No "show" Diabo com o Dono do Céu", lançamento do disco do mesmo nome. Horário: às 21 h Preço: Crf 150 • ••• PAULINHO NOGUEIRA Teatro Pixinguinha, domingo, às 11h30 C renomado violonista e cantor campineiro interpre- taro as músicas de seu últi"Nas Asas do momdisco Moinho". Entrada franca •+•• ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE CAMPINAS Teatro Municipal, às 16h Benito Juarez estará regendo Tchaikowsky, Poulend e L. Fernandes. Solistas: Antonio Del Claro e Dorotéa Machado Kerr. Preço único: Cr$ 20 ** CANTO DE RUA Tuquinha (r. Monte Alegre, 1024, às 21 h Com Zé do Cavaco (violão, cavaco e voz), Nelsão (violão), Ná (voz), Alberto (contrabaixo), Dany (flautas), Dinho (bateria), Mário Canuto e Lírio (percussão). Preço único Cr$ 50 • •* ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL Teatro Municipal, domingo, às 10 horas. No programa: Beethoven: Abertura Egmont e Concerto n' 5, para piano e orquestra. Solista: Jacques Klein. Em seguida Petroushka, de Stravinski. Preço único: Cr$ 10 FESTIVAL 79 DA TUPI '/lh Anhembi, às Hoje, a finalíssima que escolherá três. músicas das doze classificadas. Preços: Cr) 300, Cr$10C Cr$ 200 e *•• CONFRARIA MASP (av. Paulista, 1578) às 21h Um programa de música "Romances Ibérico antiga: "RomanRenascentistas" e ces Recolhidos no Brasil" A direção teatral é de Silney Siqueira. Preços: Cr$ 40 e Cr$ 20 SÁBADO 8 DB DEZEMBRO DB 1979 PAGINA 17 PEPÜBLÍQV MOVIMKNTO CORAL 1X)KS'1AD()1)KSA()I!\UL() BOAVIDA NATAl.l!»/!) mm CAI.KNDÁIUO ARTBS BotiUagi) ? GEREBA ? CAPENGA PASSOCA + CÀRLÃO SOUZA" ALZIRA ESPÍNDOLA* ÃLMIRJSAJER^ H0.n:,fv,l2-I5h PERCUSSÃO SILVANO MUSEU DE PRESÉPIOS Parque Iblrapuera DA ÒRQi ÍESTRÁ LABOR CÁMERlSTICO "SANTA ESCOliA SUI.I.RIOR DE MÚSICA MARÇELINA" Repente: Juan Manoel Serrano Jr. ORI IIH) PI.RUANO Dl. DANÇAS Responsável: Guston Rcves Heraún CORAI. IMS FACULDADES "CAMPOS SALLES" Regenle: Roberto /eiiller Acompanhamento; Selma Asprino As últimas pinturas de Flávio Império estão na Galeria Seta FLAVIO IMPÉRIO Galeria Seta Ir. Antônio Carlos, 282, Tel. 288.6860 nor, estarão expostas a partir das 21 horas de hoje. O arquiteto Flávio Impérlo professor da FAU, cenógrafo c diretor de teatro, premiado na Bienal de São Paulo, mostra, suas últimas pinturas. Sindicato dos Bancários I r. Sâo Bento, 365 — 20' andar). I MOSTRA DE ARTE BRUNO PEDROSA MASP lAv. Paulista, 15781 A exposição mostra os desenhos a bico de pena do icllgioso, que escolheu como tema o Mosteiro de São Ben to, do Rio de Janeiro, sua arquitetura e seus tesouros. FOTOGRAFIAS Galeria Grife (r. Estados Unidos, 2240) Os trabalhos de Lily Sver- mm BANCÁRIA Os trabalhos de literatura o artes plásticas dos bancárlos estarão expostos até o próximo dia 14 de dezembro EXPOSIÇÃO DE ENCADERNAÇÕES Biblioteca Mário de Andrade Ir. da Consolação, 94) Esmeralda Jorge Silva Perelra e seus alunos expõem seus trabalhos de encadernação de livros. Até 15 de deiembro BERTOLD BRECHT MASP (Av. Paulista, 1578) Exposição didática sobre a vida c a obra do Bertold Brccht, com a colaboração do Instituto Goethe de São Paulo. MACUNAÍMA Goleira Imagem-Ação (av. 9 do Julho, 3284) Esta exposição tem como tema a peça "Macunaíma", adaptada por Antunes Filho. As fotos 143) são todas em branco e preto montadas em painéis de autoria de Henrique de Macedo Netto. Até o dia 15 Horários: das 14 às 22h, de Aos sábados, c das 14h às 9 às 12 e das 2? a 6' feiras. das 9 às 12h 17h. A ARTE DA PRATA NO BRASIL MASP (av. Paulista, 1578) Exposição de prata brasi- loira dos séculos XVII, XVIII e XIX, com a colaboração de colecionadores paulistas. Ao mesmo tempo, ficará exposto o segundo volume da sério Arle e Cultura, sobre esto tema, cujo texto foi confiado a P.M. Bardi. São trabalhos do renda do Nordeste como porta-co pos cm renda de bllro do Ceará. Até o dia 16 de dezembro Coral da Pontifícia (r. I The young set way of wearing /.. Kòddly (EX-TERÇO) DE 12 À 16/12 ÀS21:00HS. TEATRO ,v BRIGADEIRO ¦'¦¦'v, QW* ^ . artista exclusivo Mostra os seus trabalhos de tapeçaria, resultado de suas pesquisas feitas com barbante. Até 21 de dezembro SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA Lj BANDEIRANTES® FM 961MHx >C7 % / DANIEL HAAR APRESENTA Pieteltura do Município de São Paulo iecrelaria Mortlcipal de Culluta Diafiarlíimonloai; ioillrus ."v \ b1 tyj *&' Xjp —f<Sp)— 1 SS JOÃO BOSCO EM LINHA-DE-PASSE DE 5 A 9 DE DEZEMBRO - ÀS 21 HS. TEATRO FUN. GETÚLIO VARGAS AV. 9 DE JULHO, 2029 Colaboração - CHAR-LEX IND. TÊXTEIS Tecidos para quem tem amor a pele Em S. Paulo, o show que encantou o Rio. Bolo Horizonte e Porto Alegre e no qual o cantor Interpreta 23 músicas de seus LPs. TEATRO MUNICIPAL Hoje (8/12): 21 hs. Ingressos: de CrS 10 a CrS 50 SÜ de sucesso. Cheque presente Jean stoxe çgs jeans ****•****••*••*•*•••*•••**•••** tia v&Jv 9 n m tn f CINEMA j **•****••***•**•*•*•***•****•** ***••*"** • ••***•** 13.30- 15- 16.30- 18- 19,30-21 anos - às 12 15 - 1445 ¦ 17,15 - I 770 • 71 0964 - O tesouro de Mote- ROXY — Av Ana Costa 443-42834 talha da Manchurio - 18 anos GLOBO - Av.lpiranga 955 - 2231945 o 22,15 hs 5àb. 24hotas. e 22 - 23hs Sáb,24 hs cumbe-livre-às 14-16- 18 -20c desde às 14 horas O Ultimo Tango em Paris - 1 8 anos H7!8 ¦ O Porão das Condenadas ACCAOES — Av Ipirongo 806 — A 22horas. 1945 c 22 hs ás 14 • 16 |5 16 anos - desde às lOhs RIO BRANCO SALA AZUL — ov. Rio IGUA1EMI — Av. Brig. Faria lima. CENTENÁRIO — R Boráo do Amoiomulato que querín pecar — 1 8 anos ¦ — ¦ A Dama Al Rainha 5anlo. 360 S ATlAr.MCO — Av Ana Costa 544221-4867 1191 210-1409 Alcalrai, luga Bronco 500 nas 615 - Califórnia Adeus. ¦ 14 SANTA-INEZ — ás9- 10.30- 12 • 1330??.30 IPIRANGA 1 — Av.lpirang.0 786 - às 14.30 • - Vitimas do Proier - 18 • nossas babás náo ¦ 14 anos do Zona Histórias impossível 14,30 22 horas. ás 20 e 4-3991 A Dama da Zona 18 horas que Black Emanuellc : 18 223 2542 hôraí Dior 24. 16,40- 19.10 ¦• 21.30 hs.Sáb.24 hs. onos ¦ desde 9 horas. contavam - O Bem Dotado - 18 anos - ás 14 ¦ 16 - 20 e 22 horos, 13,30 - 15.40 anos - II 20 CENTER LAPA — R, Guoicurus. 1465 ARIZONA-Av «io Bronco 49-220anos - desde 19.30 horas. 17 50 • 20 e 22 10 hs - O último tango em Paris -- Av Ana Costa. 12h00 VERMELHA - av. UBERTV — Av, Poulisla. 2064 ¦ 289RIO SAIA BRANCO II ATLÂNTICO 65-7625 S ¦ 4SB5 O império tios formigo* giRio Branco. 500 - 221-4867 - Black 0509 - Esse obscuro objeto de des— Av Ipiranga 786 • t8anos-às 1416 30-19e2l.30 SANtO AMARO — Av. Adolfo Pi544 ¦ 4-3991 ¦ Historieis que nossas 12h45 gânleS • O', ultimov lutador»;* da di- IPIRANGA 2 Emanuclle- 18 anos - 11,20- 13,30 nhclto 384 - 521-4107 - Liberdade eio- 18 anos-às 13 - 1 5 10 ¦ 1 7.20 horas babás não comovam • 18 anos - ás 1 3h00 223 2542 - Califórnia Suile - 14 naslio Ming • 18 anov - ài 9 ¦ 17 35 19,30 e 21,40 hs. 15,40 ¦ 17,50 20 e 22.10 hs. Kung fu Tubarão invchci' Sexual 13h30 14 16- 20 o 22 horas anos - II - 13 15 ¦ 15 30 • 17 45 CONtINENTÀL UM — Saio Barroco — 16 10 É 19 45 horos ¦ ¦ 14,25 17.55 e — anos às vel 18 R. Corifeu de A. Marques, 6300 14M5 20 e 22 1 5hs SACY - Av S Joáo. 285 - 223-2362 IUMIERE — R Joaquim Floriono. 339ASOUCHE A Sludio A ¦ Icinjo do horas. 21,25 — • O A mulata o vampiro 268-9496 do dragão Os 881-4418 Nosfcratu. esquadrão ¦ que queria quoI5H15 AroUrte 43t> ¦ ??l-7673 ¦ A Coma JÓIA — Pca Carlos Gorr.es 82 2")6— 18 a.ios — às 14 - 16 • 18 SATURNO — R llingucu, 478 - 295 -18 anos • - 14 anos - às 1335 noite tro magníficos • da pistoleiros pecar 18 anos ¦ 4091 A Louco Diabólicci lança • 18 onos-oi 14 16 30- 19 CINEMAR — R Benjamim Constam 20 o 22 horos 15,40 - 1745 - 19,50 e 21,55 ho7277 - A Dama da Zona • Destemi desde às 9 horas. ¦ 11.35 • 13 40- 15,45- 17.50-20 - 68-5031 • Trinity vai à guerra - 15h45 r ?1 30 horas Sob 241a 12 ras. Sáb. 24 horas dos Dobermans - 18 onos - desde r e ?2hs CONTINENTAL DOIS Sala Vcrsalllcs TEXAS ~ r Roberto Simonsen - 36livre - ás 20 c 22hs, B Sludio B — largo do AROUCHt 19,30 horas R Corifeu de A. Marques. 6300 3856 - Lunútia Tropical • O super MAJES1IC • r. Auguslo. 1475 - 285• 223JANGADA — R Marfim Afonso, 451 - 16h30 A.ouchi! 4?6 • 221-7678 • Mil no- LAS VEGAS - Av S Joáo 341 • 18 tínos - desde ás 9 horas. • Parou Ímpar - livre ¦ 14,30Histórias que nossas bo- SENADOR — R, Sen. Floquer, 168 268-9496 busto 5691 68-7433 - Rocky II a Revanehe - às ¦ Arena SaDragão da 7991 O 18 vetontos Bértbllüttl, 2" parto 18hl5 bás nào contavom - 18 anos - às 14 246-4415 - A Dama da Zona • - 16 WINDSOR — Av.lpiranga. 974 - 22217 - 19.30 e 22 hotas. 20 c 22 horas. anoi - 14 - 16.30 - 19 n 21 hora! ytorio • Perseu o Invencível 16 • 18 • 20 c 22 horos. - 18 onos - desde 18h45 Amante Amada — desde às 9hs. Nosletatu, o vampiro da PALMEllA onos 3093 R, Pamplono. 1418 PETRÓPOLIS — Av A Emmcrich, 665 Sàb 24h 13, horas. - O Vingador Anônimo e A Prima 19H15 noile - 14 anos -âsl2-14-16-18 285-1081 - O Ultimo tango em Pa- EiTORIL — Av. dos Autonomistas, ARIPALACIO Sola São João — Av S • LOS ANGELES — R, Auroro, 501 -8920 20 c 22hs. Sáb, 24hs. 20h00 Ò07 conlra o fo- SÁO SEBASTIÃO — R. Maria Corlolo, 2393 801 ris- IBanos- 12,15- 14.45-17,15 Deieiada - às 20 horas 221 -5024 - Mulheres do Cais • JoséJoão 419 • 223-7030 - Por ou Im• 19.45 c 22,15 horas. Sáb. 24 20h30 870 - 295-4815 - Amante latino - O guete da morte O animol 1 4 anos - Dot Savage • livre - deide 9 lina Confissões de Escolar - 1 8 anos par desde 19,30 horas. no dos macacos trapalhão horos planeta 21H30 9hs desde às horas • livre 14 horas. desde às 22h30 PAULISTANO — Av, Brig, Luii Anlo- ESTRELA — Bda Saúde. 184 - 275 ARIPAIACIO Solo São Paulo - av MARABÁ — Av Ipiranga. 757 - 223— R londrino. 466- 91-1594 YARA Visitantes — — 7225 A Dama da Zorla nio, 2344 289-1327 Alcalrai. TUItlASSU R, Turiàssu, 21Ò0 0 9901 - Alcatraz, Fuga Impossível Soo Joõo 419 - 223-2553 - A Desejo 5clvogem • às 20 e 22 horas. - 18 onos - desde 19,30 -às — — da noite 14,30 tesouro fuga impossível 14 anos de Matecumbe livre ài Uonos-às 10- 12.20- 14,40- 17 ASTOR — Av.Paulista. 2073 - 289Dormi dn Zona - 16 onos - I 2 20 16,50 - 19,10 e 2l,30hs, Sàb,24 horos. OCIAN — Av, D Pedro II. 52 - 9414 - 16 - 18 • 20 o 22 horos. - 19 20 e 21,40hs Sáb. 24hs. 14 • 15.40 • 17.20 • 19 ¦ 20.40 r? 1780 > Black Emanuelle. 18 anos 2965 - Amante Latino • 20 e 72hs hs. FE5HVAL — R. Dcp. Lacerda Franco, UNIVERSO — Av. Celso Garcia. 378 27 70 horos — às 1330 - 15,40 • 17,50 - 20 e RCons.Crispinloho, MARROCOS • ¦ — Emanuclle Black 210-1460 Telefone 60 Av. Brig. Luli Anlo292-5578 Golfte Suio CINE CARMEM - Av. N.S. de Fátima, PARAMOUNT 1 22.10hs. 352 ¦ 223-4534 - A Mulata que AUOUS1US — Av Rio Branco 300 18 anos - 13.30 ¦ 15,40 - 17.50 • 456- VilaCaiçota 101 Ramais 34118 anos - desde 14, horus. nio, 41 I - 35-0665 • Sonata de Ouqueria pecar - 18 onos - às 10 - BELAS ARTES SALA MÁRIO DE AN?? 1-0226 - O comum lontldo do 20 e 22,10 hs 342 - O Prisioneiro do 5c*o - ás 20 e 09hl5 torto • 14 anos - às 14 - 16 • 18 - 20 11 45- 13 30 ¦ 15 15-17- 18.45DRADE — Av Paulista, esq. Consopudor ¦ 18 onos • 9 45 - 12.15 22hs, 24hs. 22hs. e 6°l. e sàb. — R. Frndiqu» Coutinho, FIAMMETTA 20 30 22 IS hs sàb. 24hs 09h30 1945 o 22 15 ho 14 45 • 17 15 lacão - 258-4092 ¦ A louca Dia361 - iíndrome do China - Até que ros Sab 24 hs bolico - 18 anos ¦ ás 13,40 - 15,45 - PARAMOUNT 2 — Av. Brig, luli Anlà10100 MARROCOS PULLMAN — R Cons. Cris• enfim é sexta-feira 14 anos desde HAWAY — R. Olavo Bllac, 40 • 448 ¦ 20 e 22 hotas. nio, 411 - 35-0665 - Por que não? • 17.50 O Co¦ 223-4534 352 llh30 ÁUREA R.Augusta, 522 222-8337 pirtiano às 14 horas. 18anos-às 13,30- 15,40- 17,5h 6488 - O Último Tango em Paris • CARLOS GOMES - R. Son. Flaquer, Uma mulher descasada • As menimum Sentido do Pudor - 18 anos BEIAS ARTES SAIA PORTINARI — Av,12h00 20 e 22.10 horos. 4*1, e sáb.24 FONTANA PALÁCIO DO CINEMA 18 onos-às 14-16,40- Í9e2l,3Ò as 945 ¦ 12,15 - 14,45 ¦ 17.15 110 - 444-41 10 - Histórias que nostias querem, os torças podem - 1 8 Paulista, esq. Consolação - 25913h00 horas. horas. 19 45 e 22 15 hs 5áb 24hs. as babás não contavam - 18 anos Sala Ouro Bronco ¦ av. Celso Gar anos ¦ dèitie às 9 horas. 6341 - Meu Tio - livre - às 13 291-1217-Sábado aluei SÃO BERNARDO — R. Mal. Oeodoro, desde 18.30 horas. ela, 243 ¦ 223 • 17,40 - 20 e 22,20 hs. — Av, Brlg. Luii Antô— 15.20 PARAMOUNT 3 791 I Av. 5. João. —av METRO AVENIDA São Joõo 335-223 nante - O desafio dos mestres ¦ 16 1129 - 443-5146 • Eu Compro essa CINEMA UM — R Estei, 360 - 444 15h00 nio, 4l I - 35-0665 - O porle'ro da 2492 ¦ A mulata que querio pecar 7991 - O poroo das condenadas ¦ BELAS ARTES SAIA VILA LOBOS - Av. 19H00 onos • dosde ás 9 horas. virgem - Shaolin o águia negra • 18 noite - 18 onos - às 14,30 - 17 • 18 anos - 14 - 15 40 - 17.20- 19 1330 - Os Reis do Skalc • livre - à: 16 unos ¦ desde ás 10 horos Paulista, esq. Consolação - 258anos - às 10,30 • 14.05 - 17.40 e 19,30 c 22hs • 6'f. c sáb.24 hs. FONTANA PALÁCIO DO CINEMA Saio 15 • 17,10 - 19,20 o 21.30 horos. 19h45 20 40 e 22.20hs 4092 - A Arvore dos Tamancos • 10 BARÃO — r Borào de Itaprlitilnga • horas 21,15 243 Ouro Pre'o ov, Celso Garcia, -- Av 5 Joõo, 791 - 223PARAMOUNT 4 — Av. Brig. Luli Artlôanos - às 12 - 15 • 18 c 2lhs. PORANGA — R.lauroano. 955 - 446 20h00 255 • 35-9031 - O porteiro da noile METRO 2 291-1217 ¦ Kcomci O Baile dos lanio. 411- 35-0665 • O último tango 1396 • Copo 78, o poder do futebol 2492 - O Tesouro de Matecumbe - BlARRITZ — Av. Brig, lult Anlonio. 18 anos - òs 12 ¦ 14 30 • I - 18 anos - às 12,15 drões - 16 anos • desde às 9 horas. - 13 30 - 15 40- 17,50- 20 e O príncipe e o pobre - livre - 19,45 22h00 Paris em livre 19 30 p 22hs Sàb 24hs 2332 Golpe Sujo 14 anos às 14 14,45 - 17,15 • 19,45 e 22,15 hs FLÓRIDA — R. Turlassu, 734 - 262- AVENIDA — Av. Vol. Fernando Pi horas. 2?hs ¦ ¦ OOhOO 16 20 18 c 22hs. Sáb. 24hs. BELAS ARIES Cenlro 1 — R.Aurora - Hislorias que nossas babás 6uf. e sáb. 24horas. 0110 — Av São Luii. 259nheiro Franco, 560 - 246-8788 - STUDIO CENTER - R Dr. Compôs Sol BRISTOL - Av. Paulislo. 2064. 289720-220-1694 - Mou lio • livre - ás METRÓPOLE 18üriõs-às 14-16 nõocohlbvam— • • • ¦ Av. Brig, luii Anlo18 PARAMOUNT 5 anos anos desde 14 Califórnia Suite Prelly Baby 449-6609 les, 58 Block fmanuclle 9238 1J ¦ 15 20 666 ' Nosferalu . o vampiro da 17,40 -20e22.20hs 18 - 20 c 22 horas. Menina Bnnilu nio, 411 - 35-066! 18.30 horas. 18 anos-às 14 -16- 19 o 21 horas 13,30 • 1540 • 1750 - JO c noite - 14 anos - às 13.35 - 15,40 BELAS ARTES Cenlro 2 — R Aurora, - IBanos ¦ às 13 - 15.20- 17,40- GOIÁS— R. Bulonlõ, 100-212-2330 ?2.10hs - 19,50 e 21,55 horas. Sáb. — R. Dr Ricardo Vilela, 65 • A TANGARA — R. Cd. Oliveira Lima. 54 17 45 ODEON • -2201694 A louta Diabólico 720 Umti tíslràda vermelho de seingué 20 c 22.20 ns. W. c sáb. 24hs. • 449-3641 - Amanle Latino - 5 os 24 horas. Mulata que Queria Pecar - 18 anos 18 onos -13 40- 15 45 • 17,50 - MOULIN ROUGE — R Cons Nébios Sangue o Vlolêncio - .8 ahos - às 09h30 — às 13.30 - 15,15 - 17 - 18.45 • anos - às 13.30 - 15.30 • 17,30 211 ¦ 222-2494 ¦ Croiy Horso de CAI CENTER — Av Brig, Faria Lima, RlO — Av.Paulista, Conj. Nacional 20 e 22 hotas - 17,35 c 21,35 horas. 13,40 • Uma Vtrdadeira história do 285-3696 • Trinity vai à guerra • li20.30 c 22.15 horas. 19.30 c 21.30 Pnns 1575 Ò último tango 212-1363 CENtRO líl — R Auima 720 • 220• • ¦ ~62-0404 734 R. 22 horas. Turiàssu, IlhOO 20 c 18 16 horas. às 14 vre HAWAY desde às 9 21 onos v?>a em Paris - 18 anos - às 12,15 • URUPEMA — Pça. D. Firmina Santana, 1694 - A Arvoie do* Tomdncos - 10 O último tango em Paris • 1B anos 12H00 14 45 - 17.15 - 19,45 e 22.15 ho- SPLENDID — Av. Brig. Faria Uma. 12 - Ò Üllimo Tango cm Paris - 18 NIPr>ON — R Sin Lutia 80 • 239ano-, . 12 - 15 - 18 e 21 horas • • 22 horas, e 19,30 17 às 14.30 ras. 6' feira e sáb, 24hs. 1541 -212-3132-California Suite12h30 anos - ás 14 - 16.30 - 19 e 21,30 2682 • A vmguMto do D-agão Chi— BIJOU-Pca Franklin Roosevell 172 AOUARIUS R, Carlos Campos, 120 13h00 R Vol. do Pálrlo, horas. l4onos-às 13.15- 15,30-17,45- HOLLYWOOD nós - 18 anos • desde às 12.50 CEN1ER - Av Brig. Faria Lima. 1541 • 257-?264 - O ultimo concerto rie 442-2831 — Mil 2*92 . 299-5336 - Uma estrada presidiários e 13hl5 212-4013 - Block Emanuclle • IB 20C 22,151» horas rocl • livre - òs 14 • 16- 18 • 20 0 uri mulher — 18 anos — às 14 - 16 de sangue - Sangue e Viavermelha ¦ 13,30— 15,4017,5O-20e anos— 278uv liberdade. 831 Av. Sto. Amoro, 760 VILA NOVA NITEROV I4hl5 221» Sáb ás 24hs • às 14 • 17,50 e 18 - 20 c 22 horas • onos \B léricia 22.10 hs 7986 • O dileta sexjjul - Terra souO último lango em Paris • 18 anos AlhAMBRA — R. José Cobdlcro, 60 - COLONIAL — R. AmaioYias. 1140 21,30 horas. B JOU Sola Séruto Cafriaso — pca. - R Auguslo, 2075 - 2B2doso ¦ 18 onos • desde às 12hs. às 14,30 - 17 - 19,30 c 22hs. CINESE5C í Nosferalu, o vampiro 4-9474 da 256-9290 FronMín Roosevell 184 442-1963 - Blnck Emanuclle - 1 — Pca Júlio Mesquita, 123 021 3 - Paraíso no Inferno • 1 8 anos VITRINE — R, Auguslo, 2530 -». Hadnoite - 14 anos-às 14 - 16- 20c 22 Perdidos na Noite- 1 B ahos. -1» 14 OÁSIS JAM0R — R. Domingos de Moraes, anos - às 14 - 16 - 18 - 20 e 22 15hl5 -ás 13 30-15- li,30- IB- 19,30 220-4251 - A batalho dos mágicos dock lobo, 1307 - Sonata de Ouhora». 16 • 18 • 20 o 22hs. Sób24hs 2833 - 70-9991 - Alcolrai,,fugaimhoras. 21 c 22,30 hs.Sáb.24 hs. Ben e Chartey - 14 anas - às Ü.50 • - 14 anos - às 14 - 16 - 18 - 23 torto, — Nuclear SOS, Submarino Av. Cons. Ncbias. 853 CAIÇARA possível CAIRO - R Formosu.401 - 223-5595 LIDO — R Manoel Coelho. 506 - 442 13 ¦ 17,10 • 21.20 e 01,30 horos. DElREV — Av, Slo. Amaro. 526 o 22 hotas. 6'f. c sàb. 24hs. 14 anos - às 17,10 o 21,30 horos. 33-2867 - A Dama da Zona - 18 ¦ Belas n corrompidas - O Grupo dos 2589 - Ò Último Tango em Paris 853-5810 • Uma estrada vermelha TOP CINE — Av, Paulislo, 854 - 287onos - às 14 - 16 - 20 c 22 horas. OLIDO — Av. S João, 473 - 223Sele Selvagens - 18 onos - às 8.50 JÚPITER — R. Dr. Joõo Ribeiro, 440 - O !8anos-àsl4- 16.30- I9c2l,30 de sangue - 18 anos - ás 13,20 - I 8 anas • nome sem Pecado 14 anos 3761 2466 Califórnia Suite ¦ • 18 40 e 22hs 15.20 12.10 último tango em Paris 18 anos à: CINEMA I — Av. V. de Carvalho, 19 horas. 15,25 - 17,30 - 19.35 c 21,40hs.os II 45 - 13 30 • 15,15 - 17 • 13.15- 15.30- 17,45 - 20 e 22,15 • • • • horas. 19 o 21,30 16,30 14 Amanle às livre lalino 4-51*81 CAN CAN — R Cons.Nebias, 197 Sáb.24 hs. VITORIA I — Ruo Baraldi, 743 ¦ 442 18 45 • 20 30 e 22 15 horas Sàb hs. 14 - 16 - 18 - 20 c 22 horos. 222-2494 - Desejos '.ongrenlos - O LONDRES — Av. Adolfo Pinheiro. 65 1698 - A Doma do Zona - 18 anos 24hs GAZE1A — Av. Paulista 900 - 265- VILA RICA — Av. Slo. Anioro, 617 -7403 - O cinderclo trapalhão 08h30 — R. Amador Bueno, 237 • importante o amor - 21 anos - desde 521 COLISEU às 19 c 21 horas. -18 6295 - O último tango em Parts — Lgo do Paissandu. 138 - 37- Block Emanuelle - 18 240-6896 OURO • 18.30 16,30 13h00 ás 14,30 livre as 9 hs 18 anos ài VITÓRIA 2 — R. Baraldi. 743 - 442 Os imorais 2-9957 unos- às 12.15 • 14,45 - 17,15 onos- 13.30- 15.40- 17.50-20 c 0695 - Uma estrada vermelho de 20,30 c 22,30 horas. 22 horas. 20 18 16 14 c — av Ipirongo. 752 CENTRAI UM 1698 - Histórias que nossas babás 19.45 e 22.15hs 6 1 e sáb.24 hs. iangue- 18 anos - ás 12 - 14 - 16 22.10 horas. — — Mulher mulher - IB nrtos • às 9 - 1 1 irav. D. Adelino, NOVO 31-32FUJITIVE às W 18 artos nào SÃO OERAlbO contavam Lgp. N.S'do 18 - 20 c 22hs Sàb 24hs GAZEtINHA — Av Paulista. 900 • 13 '15 - 17 - 19 - 21 • 23 horas 3679 • As garimpeiros do sexo • 18 Penha, 24 - 295-6826 — Black 21 horas MhOO 265-6280 • Sonalo de Outono • 14 PAISSANDU — Sola Império — anos • desde às 16'horas. Emanuelle — Pecado Genial — 18 14h30 CENTRAI DOIS — av Ipirongo 752 ¦ anos ¦ ás 14 • 16 • 18 • 20 c 22hs 2280259 60 Poissondu lgo do — desde 14 hora». — Av Marqinul TleltV anos • CHAPARRAL — ano1 I 8 Pca. dos Andradas. 100 C emum sentido do pudor GUÀPANY I5h00 6^f c sob.24 hs O comuni sentido de pudor ' 18 Alcattai . lugq OURO VERDE — R. da Mooca 2519 2000 296-7277 ¦ 2-9261 • Mulheres violentadas - A o, 9 30 I 1 50 ¦ 15.10 • 16 30 aros - à: 12.15 • U45 • 17 15 AIV0RADA - R. ír-çlcnlc Ftii|ò. 377 17h30 GAZF1ÀO — Av Paulista. 900 • 285Impossível • 18 anos ¦ òs 20 e 22 18 50 e 21 10 hsSáb.241, 292-4393 - Jubileu de Ouro do Mie deusa do sc*o - 1b onos - desde às V 43? 1 — Cdrtlflo di' cohtBtlItb 18H30 19 45-22.15 hs. Sàb. 24horas. 4895 - O porteiro do noite - 18 anas horas. tVey - Vinte mil téguos submarinos 12 horas. 1465 ClNESPACIAl — AvSJo.o às 14 30 - 17 ¦ 18,30 e 22 hotas coo d.' mulheres — IB orios —¦ â 19hJ0 PAISSANDU SALA INDEPENDÊNCIA livre - desde 14 horas. MOON AUTO CINE MOTEL — Av InIB INOMÁ — Av Ana Coslu, 479 - 4220-5228 ¦ Blad tmonur-lle 6 1 e sàb 24 hs. 14 30 • 19 c 21 horas lgo.do Poissandu 60 - 228 246-3803 Os PATRIARCA - R. do Oralário. 890 lerloçjos. 1570 • O Porteiro da Noite • 18 16 • 18 - 20 e 22hs 5130 aiio.-at 14 ¦ — Nossas Babás Histórias que AUtO CINE SCORPIUS - R Francisco 20H00 Av. Poulisla, 807 289 0259 GEMINI 1 - 18 anos - ãs Mais • Olhos Laura • • de vermelha 93-4043 Umo estrada 16 holàs às 14 /O c 22 Soli 24hs onos 'J-4642 ndo Contavam - 18 anos • 11 45 • .'C tl<- Àmiiadr- 6v1 3635 - O Tesouro de Matecumbe 20 - 22 - ?4 horas. de sangue - Sangue e Violência - 18 INDAIÁ ARTE - Av Ana Cosln 429 ¦ 1462 ¦ COMODORO — av.SJoòo Histórias que nossos bobai hão conlivre-às 13 30- 1540- 17.50-20 1330- 15 15-17- 1845-20.300 onos - às 14 - 17,45 c 21,30 horas POP S — Av. Putaembu esq. com Av. * 1 8 anas • ás 20 r 77 horus 21h0Ú •Í-5 I 30 ¦ Mocunoima de Marro An220-1636 - Fechado paro Relormo ruvant c 22,)0hs 22 15I.S 22h00 dos Emissários — 67-1250 — Um PAUADIUM — Av. Francisco Maroto, drade • 16 anos - às 14 - 16 - 20 e bfíASILlA — R Rugentú K>Í[o 1465 COPAN ¦ Av. Ipiranga 259 7158 - O PALÁCIO 00 CINEMA Saio B»elagne GEMINI 2 — Av, Paulista. 807 • 289• passe de mágico — 18 anos ãs 20 3390 - 007 conlra o foguete da 22 horas • À mulo'u <H'«j queria ptí- 23h00 Ultimo longo em Paris - 18 anos • 31-'3j29 3655 - A mulata que queria pecar Àv R,o Branco. 425 h 221-1319 e 22 horas. Sáb. às 24hi morte a A maldifào da aranha - 14 16- 18 -20 c às 12.15 - 14.45 - 17.15 - 19.45 e 18 anos- 14 - 15 40- 17,20- 19car- 18 anos-as 14 INDEPENDÊNCIA — Av Ana Costa A noite dos imoruis - Caca aos anos - ás 19,30 e 21horos. 22 15 hs Sáb 24hs 22 lioras 20 40 o 22,20 hs. 525 • 4-9180 - Alcalm: fugo imviolentos - 18 anos - desde às 9 hs — PENHARAMA Pco Oito de Selemposs-vcl - 14 anos - ãs 14 16 - 20 e CARLOS GOMES - R Campos Sall.-s CORAL UM — R 7 de Abr.1.381 - 36- FALÁCIÒ DO CINEMA — Sala Nor- GRAÚNA — Av. Slo. Amaro. 1753 bro. 1 1 5 - 296-7277 - Maníaco por 22 horas 2365 - O Campeão - livre - às 1 2 241-0785 - A mulato qi.e queria 603 ¦ 9-21 12 Shaolin uquio m*gfn mandip — Av.Rio Branco, 425 meninas virgens - 007. o espião que ¦ — 14 30 - 17 - 19 30 c 22hs 18 16 3749 Ir) anos as 14 16 I H - 20 .- 22 08h00 anos l 3 14,30 Av. Celsj Garcia, òs ALADIM IPORANGA I -'Av Ana Coslo 469 pecar As amantes de Seara221-1319 - ás 14 horos. me amava - 17.30 - 19 20 - 20,30 c 22hs. horas Sob 24hs 296-4955 - Un^a cMrada vermelha 03hl5 4-3146 - Blnck Emanuelle - 18 ano mouche - Punhos de Ferro de Bruce — Av. Pestana. — Rangel PIRATININGA Violência • Sangue e 16 de sangue 20 e 22 horos os 14 CORAL DOIS — R 7 de Abril. 381 36JtOlJIÜB/. — R Anchieta I -9-4589- O9h00 tee - 18 onos - desde ás 9 horas. GUARUJÁ — Av. Slo. Amara. 1064 ¦ 1554 - 229-3795 • A Dama do 17,30c 21,20 13,4018 onos-às 4 t ano con Outono • tjahnsnoc Historias qui-noSSu-, lÔhOO ¦ 2365 Sonatt de 240-2620 A bando dos velhos «IrAv A,iu Coslo 469 II — R dosTimbiros. 144 221- IPORANGA 2 PEDRO 18 Amòda Amonte anos Zona horas. - ài 14 • 16 - 18 • 20 e 16-13 In mm - IH anos - «s \à a- 14 - 16 - 18 - 20 e 22hs 4 31 16 - República do-, assassinos gens * livro 0639 - O furioso boneador dn Mandesde 1 3.30 horas. " ' b ano- ¦ as 14 - ' A 20 o 27 hon!-20 •• 72 horos Sab 24hs AMAÍONAS -- Pça. Padre Oomião 22horas 1 lh30 churia - Se*o e carute tia ilha das — Pca 13 de Maio. 490 ¦ Eu PLAZA im • fuga 67 63-7731 Alcatraz, DOM JOSÉ — RO José de Barros 306 18 anos -1 da Concebia 769 mulheres Selvagens IBIRAPUERA UM — Shopping Center IPORANGA 3 - I .V Ann Costr. -69 OURO VcRDE foco, elas sentem — Os cangocetros ¦ 273 5247 Com 00.7 se vive duo À passível - Terror ria nsontanho russa 4 o* l 1 Dama do lana 8 artÔ! desde às 9 Hotal Ibirapuera - 543-6526 - Histórias 4 A louca" Auló 1146 diabólica 201.00 14 anos-ás 16 15 c 20.35 horas do vaie du morte - l 8 anos - àv 9 veies Vido inhmo tic umt Colra-ol 16 18 ¦ 20 i 22 horas. Ití anos -às 14 ¦ 16- 20 e 22 horos que nossas babás não contavortt PREMtER — Av Bio Bronco, 62 - 22312.15 - 15 30 - 16.45 e 22 horos, I o unes ¦ os 9 30 ¦ 1305- .640» ¦ líonos-às 14- 15,40- 17.20- 19 ANCHIETA — R. Silva Bueno 2404 - Av P Wilson. 1955- 37 REGENrE — R Regente Fc.|6 1305 751S - Primeiro verão 18 anos às IIAJUÚA 22h30 20 15 ho.aa 1075 • • 20 40 e 22 20 hs Sáb 24 hs. 273-6542 - Histórias que nossa* ba- RIAITO — RJoòo Teodoro 12 50-14 40 16 30-18 20II Block Emanuclii' - 18 anos - ás 14 6680 - Nào haverá espetáculo 720-0886 • Eu compro essa virgem OOhDO hás nào contavam - O Bem Dotado fslHANlDA — Pca Júlio Mesquita horas 16-20 it c 22hs Sáb 24hs T: IBIRAPUERA OOIS Shopping Cenler 20 10 ¦ ¦ 18 anos - desde 14,10 horas Hoje eu Amonhii você - Ití anos - JUliO DANTAS — R An-udo- But-no 720 5370 - A lltin do Di Moieou AUoiror Ibiropuera - 543-6526 RANCHO — R Gdl Couto Mogalhcrs lêe - 32ÍV79 - Üs Dedos do leo S JOSÉ — R Poolá 8uci;6 997 ¦ 1 ás 14 35-16 e 21 25 horas A Filho dt. P*ifM* - 18 um;»' - a' B 30 fui,o iiYipü;M»tl - 14 anos - ás 1 3 ¦ BRÁS — Av Celso Garcia 609 - 291 ¦ ' 14U - 222 2494 - A dupla tratcac Seia de Prota - 14 anu» - t 697j cioBrucVUc- ld unos- as 14- 16'6 • h$ 241 • 15 c 20 - Uma <;>ltada vermelho de ROXY — Av Celso Gorcro 499 - 93.0 í? 2i • 17 30 • 19 45 c 22hs. 3o28 15.15 virgem mtu o fu primo 20 e ?2 horas tettial 18 ¦ 20 c 22 horos 06h30 Kovirgem 1289 16 Violência Eu compro essa Autola e * hs, Sangue sangue Sab 24 Cenlro GAfÉtINHA Prolíiíoo capanga 21 onos desde — R Gol Osório 931 - í roto cont»a o cobra - 18 anos • ás PRAIA PALACE — Av Ana Coslo 410 WINDSOR onos - às '3.30 - 17.15 e 21 horos 753 - 223-443Ú - 0 Ultimo Tange) IBIRAPUERA TRES — Shopping Center ás 9 hora*. - O Ultimo longo om Paris • 7335 4-9797 O das candenedas 13 horas, 14 e 21 25 porão 35 Ií. 15 em Poiil - 18 orlBi> aí 9,45 lOhOO Ibiropuera - 543-6526 ¦ A mulata r»poi _ R, Domingos de Morocs. 348 !cào 1140-220 . 18 anos - às 14 - 16 - 20 c 22 18 anos-os 14 - 16 40 - 19 c 21 .10 - 14 45 - 17.15 • 1945 e22 IShs KtOlNA— Av, S - 18 onos • is O t .tào das condenados — Abo SAN REMO — R Domingos de Moraes que quetia pecar 27 J7 * Ô iiínmo tango em Poris 1 H't Sábado- CENTRO SAO VICENTE AUGUSTA, PAULISTA E JARDINS PRAIA GRANDE SÃO BERNARDO SANTO ANDRÉ MOGI DAS CRUZES SÂO CAETANO SANTOS AUTO-CINES CAMPINAS Harold Lloyd "Benvindo ao Ê Hora de Esporte Jornal ia Cidade Goslo Não de Discute Telecurso 2o Grau Vox Populi História da Arle no Brasil Especial —'• "Regiohal de Brasília"' Jornadas Esportivas Ação Super-8 Inglês com Música Telecurso 2? Grau Opinião Pública Cartas Filmadas Esporte Campado Última Sessão de Cihema — "Desirée — O Amor de Napoleno" léhlS 17h00 18HI5 I9h00 I9M0 20h00 20h30 21hlS 22h20 23h45 OOhSO Inglês com Fisk Reencontro Vamos Canlar Pinóchio Meio-Dia (jornal! Almoço com as EsIrelas Programa Raul GiI Dinheiro Vivo RTN Nacional Como Salvar Meu Casamento Festival 79 Sessão Terror — "O Médico e Monstro" a Irmã Telecurso 2' Grau (reprise) Amaral Neto Muppet Show Globinho Repórter Globo Esporte Hoje Jacques Cousteau — "Em Busca da Allãntíaa — 2° parte Sábado Comédia: 02h45 04hl0 05h55 hotas ioras — Pe- rigo" "A Os Wallons — Canção das Crianças" Io parto Dlsneylôhdía 79 — "Napoleão c Samania" — 2" parte Cabocla Jornal das Sete Marron Glacè Jornal Nacional Os Gigantes Primeira Exibição — "A Desforra" — O Incrível Hulk — Especial — "A Um Passo da Elernidade" úllima parte — Semana Un — "Três Destinos" — 07h35 Pica-pau Tarzan O Homem Invisível James West" _ . Kung Fu Lucan O Homem do Sapato Branco A yenus de Bagdad- I7h30 18h00 19h00 20h00 21 hOO 22hOO 23hOO 00h30 10h30 12h00 13h00 I5h00 I7h00 — — — — — I9h00 — 20h00 — 21h00 — última parte "Os Classe A — Novs CehtuHõès" — Sessão Coruja — "Rancor" - 22h00 — 23h40 — — Sindicalo de Lodrõei (filmei — Morte Sobre o Gelo (filme) - 07H30 — 09h00 09h30 lOhOO 10h30 IlhOO 13h00 13h30 14h00 14h30 I5h00 15h30 lòhOO 16h30 17h00 — — — — — — — — — — — — — — Daniel Bonne "Uma Dívida Honra" — de Diálogo Agropecuário Charlie Chan Gilliver Os Coréias Capitão América Olho no lance Vira latas Johnny Ouest O Golo Corajoso Gato Féliic Os Jetsons Don Ptxole Volantes Audaios Recruta Zero A Princesa e o Covaleiro IlhOO 12h00 13h00 Telecurso 2o Grau Orquestra Sinfônico do Estado de São Paulo TV 2 Pop Show Boca do Povo Jornadas Esportivas Cartas Filmadas Pastelão Festival da Música Setlane|a Pòhto de Encontro "Ivan Lins" Fsporte Compaclo Vox Populi Especial — Recital de Piano "Jurg. luthy" Fé Para Hoje Coisas da Vida R#x Humbard Caravela da Saudade - Programa Silvio Santos Programo Ffàvio Cavaitanti Abertura Fulpbol Compacto Sanla Miisa em seu lar Concertos para a Juventudâ — — — 14h00 — 15h00 — 17h00 — 19MJ0 — 2ÒhÓ0 — 22hl5 — 00hl5 — 08h0Ò 08h45 lOhOO 11h50 Uli30 —— — — — 1 5h00 I7h00 18h00 18h45 20h00 2lh00 21h05 — — — — — — — Esporte Espetacular Zás-Trá5 Festival de Desenho "Um Americano na Corte do Rei Arthur" O Plonelrrtíos Maçacos — "Os Gladiadores" Teslival Jerry Lewis "Ou Vai ou Racha" Sessão de Domingo "Cinco Semanas num Balão" Os Trapalhães Fantástico, O Show da Vida Domingo Maior — Festival Charlie Cha"Um Rei em plin — Novo Yôrls" Campeões de Bilheteria — "ídolo, Amanle e Herói" Santa Missa Canta Viola Desofio ao Galo Imagens do Japão O Mundo dos Esportes Fulebol em VT Cowboy no África O, Monro.'s O Homem Solitário Chips Filmando a Rodada Goltas e a Escrava 11 Programa Edusptivó Placar da Preferência Canta Brasil '•'¦ • Torneio de Paula Programa Pell Marques .. Programa Árabe na TV Programa Sérgio Baccarat em Noj.te de Gala Imagens do Japão Espetacular , j Onie no Fulebol Rumo ao Sol com Nostalgia 13 ' ', *' * Calham1beque ... ; Speed Buggy ' Os Astronautas Esporte é com à Ban* -•(,'. deirantes ; Primeira Edição A família Robimon/ Programa „ pqrcto • ** ¦ Campos Jornal do Terra* Jornal Bandeirantes Cara a Cara O Todo Poderoso Os Bee Gees Discoteca do Chacrlnha Sábado à Noite no Cinema — "Sem IOh30B rady kids Mamãe llhl5 llh40 I2hl0 I2h40 13h00 I3h30 I4h30 18h35 I8h45 I9h00 20li00 20H45 22h00 OOhOO Rumo no Espaço" Cinema na Madru"Bela — "A gada Carlota" 02h00 —Domingo— OUTROS BAIRROS Sob 24h M Av. Bria.Lui? Antonio, 884 Direçgo: DANIEL HAAR. Lopes THE SAINTS JAZZ BAND ét^ ü emana SÉRGIO HINDS Stcvcfl Porter Coral do Banco de B ost pri Mlldriglll Ressurreição Coral Riopardense. de Sào José do Rio Pardo Coral Joscense. de Sào José dos Campos Regente: Renato Teixeira Rua Barão do Triunfo, 459 Reservas: 210-2492 HOJE: 22 HORAS Amanhã às 1 1,30 hs. TEATRO PIXINGUINHA SESC Entrada Franca Rua Dr. Vila Nova, 245 SHOW DE LANÇAMENTO DO LP l Inivcrsldudc Católica de Sào Paulo BAR BADINHO PAULINHO NOGUEIRA SEXTA 7 Mela Noite SÁBADO 8 Mela Noite e Meia <*7V David Bobrowitz c Crcation" Missa Bre vis JAZZ! JAZZ! Apresenta LIRA PAULISTANA TEODORO SAMPAIO 1091 PINHEIROS MMOfl HOJK,H/l2-20h Cumula Delfin V artista exclusivo IGREJA DE SAO FRANCISCO Largo de Sflo Francisco In Ecclcsiis G.Gabriell "The RENDAS DO NORDESTE MASP (av. Paulista, 1578) LABARROS Galeria de Arte Marconi, 28) PAniicicActo ESPEClAt. MARLUI MIRANDA Rebelde Barnaby Jones 23hOO - Retrato de umo OOhOO História 11 08h30 ¦ lOhOO • 12h00 13h00 I3h30 14h00 19h00 19h30 21h00 22h00 23h40 Reis do Salão Feira Livre do Au'omóvel • Mosaico na TV ¦ Um Pouco de Sol ¦ Todos Cantam a Sua Terra Programa Carlos AgUiar • Sobrevivência - Os Demônios da África (filme) Níppon's Ways Onxe no Futebol Sss jeney — Os Especiais — "QuebraCabeça" 13 09h30 lOhOO 11 d 30 13h00 MhOO 18h00 19h00 20hü0 22MO OOhOO Jornal da Terra Japan Pop Show Italianísiimo Col — O Grande Momento do Futebol TV Bolinha Seis Ursos e um PaII aço Astros do Ringue Hebe Camargo Futebol Cinema nc Madru"Eles Estão $ada — Chegando" rwwf"Vm<*& -flTí-WFfwfWiKiM *>m **¦%* jornal da píPÜBLTQ^ i^tef^i A Roteiro para evitar bebuns variados <^> Saiba como fugir de três tipos de bêbados: o Agressivo, o Aluguel e o Rei da Festa OSMAR FREITAS JR. ' '' / / O Rei da Festa acaba sempre entronado no vaso sanitário Todo cuidado épouco: passe ao largo do bebum agressivo Pode notar que os bêbados agressivos costumam ser encontrados em bares de baixo astral, principalmente nos dias em que bate o vento Noroeste, aquele que vira a cabeça das pessoas, que faz cachorro babar e o chope sair com colarinho de palhaço. Formam estranha confraria, e com um tanto de experiência pode-se perceber de longe a sua presença. Mas os que não estão acostumados vão direto para* a boca do lobo sem se dar conta do risco que correm; sentam na mesa e põem a perder o resto da noite em bate-boca exaustivo. É preciso saber como são e onde vão, e como evitá-los. Uma das maiores congregações de bêbados agressivos é sem dúvida aigum.i o Bar Riviera. Há milênios eles acampam no local e aporrinham a nda alheia. Geralmente eles estão tomando uísque - a bebida predileta dos bêbados agressivos é o malte brasileiro: são tarados pelo Bells. Uma olhada pára o copo e já dá para perceber a quantas anda o humor do gajo: se houver mais água do que bebida, com o gelo derretido, fuja, pois vais tomar uma canseira dos diabos. ÓAara começa por maltratar o -garçon c discordar de tudo o que você " Geralmente, está portando um livro tipo Ulisses, ou qualquer um do Guimarães Rosa, desses bem chatos e que a turminha costuma achar o maior barato. A roupa deles não costuma ser igual à.dos outros bebuns; geralmente o cara está bem vestido e só vai escrachar-se depois da briga. Que briga? A que vai pintar daqui a pouco, quando o desgraçado cismar de mexer com o sujeito mais parrudo do bar. Pode crer que vai sobrar para você, serão duas horas de pancadaria. Mas nem só de Riviera vivem os "agressivos", eles poderão ser encontrados também nos seguintes locais: Bar Redondo; Ponto 4; Bar do Alemão (vastíssima coleção); Bar Latino Americano; Café Soçaite; Restau- rante Gigetto; Orvietto; La Paloma; todos os bares da rua Augusta (sem exceções); Pingão; Chefao (esses dois no largo do Arouche). Eles costumam beber: uísque, campari, gim fiz ou gim puro, sempre acompanhado por porções de salaminho que jamais saem do prato. Os papos principais sao todas umas são: "Essas mulheres vagabundas"; "Aqui só tem idiota"; "Você é um falso, um canalha"; "Te"Fico impressionho ódio de bicha"; de palhaços e número o nado com "Garçon, cretinos que eu encontro"; você é um incompetente". Eles costumam ter: mau-hálito, idéias ortodoxas, profissões rendosas, mulher feia, sapato engraxado, chaveiro de ouro, caneta Cross, Passat ou Corcel II,. cheque ouro e cueca samba-canção. Foram assistir a estes filmes: O Porteiro da Noite, A Comilança, A Arvore dos Tamancos e 007 - O Foguete da Morte. O bebum agressivo odeia shows de qualquer espécie, e a última peça que viu foi a Opera do Malandro (saiu dizendo que nunca mais voltaria a pisar num teatro). Tem mais: os bêbados agressivos costumam cantar a sua mulher. Descaradamente ele passa a mão na perna dela, por oaixo da mesa, e fala que você é um boçal, que ele merece coisa melhor. Depois de atacar a sua patroa, ele começa a espinafrá-la, dizendo que toda mulher gosta mesmo é de tomar umas bolachas, tudo isso em aitos brados, para que todo o bar ouça. Não' caia na asneira de querer se mandar, ele não vai permitir uma retirada honrosa, é capaz de te pegar pelo braço e te fazer sentar na marra, e isso pode acabar em grossa pançadaria. Como se sabe, os bêbados não costumam sentir dor, estão amortecidos e você vai ficar dando muqueta no infeliz sem que ele resolva arriar; é bem provável que te dê a maior surra, já que você vai cansar de tanto bater nele e o maldito ficará em pé enquanto sua figura estará acabada. / Nâo se deixe alugar pelo bêbado que acampa na sua mesa mais comuns de bêUm dos tipos "aluga". São bonzinhos, bado é o que mas particularmente chatos e pegajosos, daqueles que não dá para despistar. São encontrados em todos os bares de qualquer lugar do mundo e têm predileção por pessoas que estão numa boa: adoram estragar o humor alheio. Falam alto e grudam na sua orelha para se fazerem ouvir melhor. Ao contrário dos bêbados agressio vos, estes concordam com tudo "meu que irvocê diz e te chamam de mão". São vermelhos e babam em tudo, tanto na própria camisa como em você, no teu chope e no prato de batatinha. Bebem de tudo, inclusive a sua bebida, não conseguem fazer distinção de copos e com isso esvaziam todo recipiente que encontram na frente. Têm braguilhas abertas e olhos semifechados. Não torcem para o mesmo time que você, mas são incapazes de discutir. Esses gajos são os mais perigosos, pois você não os encontra: eles é que te descobrem. Suigem do nada, bem naquela hora em que seu chope começa a descarregar a sua tensão, no momento exato em que a morena da mesa ao lado começou a te dar bola é que uma música genial toca no rádio do bar. Eles pintam de repente e já vão sentando em sua mesce. Em alguns casos, já se encontram dentro do bar; quando você entra, ainda tenta evitá-los, mas é perda de tempo sua noite está definitivamente comprometida. Um detalhe muitíssimo importante: esses tipos não têm dinheiro algum, "Durango-Kid" e são uns tremendos aproveitam sua generosidade para dar um fim no estoque do bar. Pode preparar o talão de cheque, pois vai ser bebida que não acaba mais. Isso pode trazer outras preocupações além das monetárias: como ele não pára de beber, vai querer que você faça o mesmo. Toda vez que pede mais uma pro garçon, inclui você na pedida, t, assim, em menos de duas horas serão dois bêbados na mesa. Cuide-se, não deixe que o desgosto e a perseverança do chato te embriaguem. É bom sempre pedir ao garçon que separe as contas: uma para você e outra pro bebum. Ele vai se ofender (é o único caso em que o caldo pode engrossar). Isso deverá fazer com que seu coração amoleça, e é ai que a porca torce o rabo. Não caia na asneira de ceder terreno; sempre que puder, hostilize o cretino. Lembre-se que esse cara fica bêbado sempre, não será este o último dia em que vocês vão se encontrar. É bom cortar logo essa amizade, aprenda a dizer não para os outros, mande o cara para o devido lugar e impeça que ele sente à sua mesa. Mas a grande maioria das pessoas não resiste à hipnótica presença de um bêbado. O melhor a fazer é tentar evitar os locais que têm maior fluxo dessa raça. Os pubs tipo Lei Seca costumam ser menos convidativos para os bebuns. São caros e têm ficha . na entrada, o que já seleciona muito. Festa é um perigo, é impossível en- sego enquanto todo mundo não tiver contrar uma que não tenha pelo me- feito umas micagens. Ele é daqueles nos uma grosa de bêbados. É em tais que quando gostam de uma música, ocasiões que se pode sentir todo o gostam mesmo, e fazem repetir até á exaustão; portanto, prepare-se para peso da vida, aquele desgosto pro- ouvir o Roberto Carlos tocar até ficar desconsolo, de fundo, a sensação rouco. hediondo mais o encontra se quando Quando ele tiver apoquentado a de todos os tipos de cachaceiro: o que "rei de todo mundo, vai sentir-se mal idéia da festa". é uma chegadinha ao banheiro, e dará Eles, geralmente, não bebem muito - e portanto, com apenas um ponche para descomer toda a comida que enou um copinho de uísque já ficam de fiou goela abaixo. Não sobrará pedra madame. É cuca virada. Aquele tipo de gente que sobre pedra no lavabo davocê der um se momento nesse que, acha de se divertir o quanto pode "Ah! lá denapagar vai ele sorte, eu sou pouco de quando está em festejos: no amde um deixando tro paz pouco assim, em festa me divirto mesmo". O são uns existem Contudo, biente. que a e começa cara cisma que é palhaço serviço, do depois e, renitentes, muito por as manguinhas de fora: tira todas voltam para o salão. Se te der vonas mulheres para dançar, deixando a até a varanda do aparde chegar tade a com dele sentada; canta junto tamento, para uma conversinha romúsica; enfia salgadinho em seu a moça que você está com mântica bolso; conta piada velha e sem graça; de que o becertifique-se mepaquerando, bebida a larga enche o copo, pela ele vai contrário do longe está bum tade e vai procurar mais uma dose. E, na infeliz o Caso tudo. estragar pinte a para completar, é sempre o último baixo (os sair, geralmente carregado, com ai- parada, fique olhando para fazer isso bêbados nao conseguem então Ou carro. o dirigindo guém dorme ali mesmo. Enquanto todos es- sem aumentar a sua tontura). Agora, é bom lembrar um detalhe tão conversando e paquerando, o desmuito pode lhe ser útil: geralgraçado teima em interromper tudo, que esses caras têm uma mulher mente de inicie algum jogo propondo que se "Jogo morta de vergonha e raiva, ficará da que salão; algo assim come o ". num canto. É aí que você desprezada A dona da casa, por ser Verdade ele está desprezando a Como entra. o cara levar vai tentar sua amiga, dá coitada, para chegar junto. O numa boa. A sua sorte é que tem vai notar, e, quando der nem idiota vai muita gente na festa e portanto ele mulher. Isso é uma sem si, estará perturbar a todos, dando uma folgui- por mas como dicanalhice, tremenda nha a você. "guerra é É bom você ir zem: guerra" Esse tipo de bêbado é profundaantes muito que a festa mente desinformado mas acha que embora de partici-: vai ter do contrário acabe, sabe de tudo. Quando a conversa coao bêatendimento de sessão da par últimos os meça a descambar para café dar-lhe compreende bado, que lançamentos cinematográficos, ele do no ouvido limão espremer amargo, o logo interrompe e começa a contar no Engov de dúzia meia meter bruto, anos, dez uns há assistiu filme que e salgada água dar dele, quente bucho algo com o John Wayne que mata isso vai uns quinhentos indios. Dai ele parte para o infeliz beber. Tudo oclia sedesgraçar muito para para relatar todos os maiores fumes ajudar do coitado. você ainda Depois que viu e mais toda a programação de guinte TV dos meses passados. Quando o teria que levá-lo para casa, sendoo que ainda poderia emporcalhar seu pessoal cair na besteira de mudar o eie Cuidado, não fique marcando carro. assunto para teatro, ele imediatamente vai querer fazer um jogo de mi- bobeira, pois a coisa com bêbado mica e adivinhações, não dará sos- sempre acaba mal. Depois de umas e outras, o homem mal vestido fica bêbado. Depois de umas e outras, o homem de jeans Levi's e Jeaneration Tops fica alegrinho. fttfefafon. The young sei way ofwearing 1 TOS {539 JGSLXIS