índice •"Para que a sabedoria não fique à porta" - mensagem do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Aires Henrique Pereira •"E agora?" - mensagem do Sr. Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Luís Diamantino Batista •Correntes d'Escritas 15 anos •Conferência de Abertura •Prémio Literário Casino da Póvoa •Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Papelaria Locus •Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/ Porto Editora •Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas •Revista Correntes d'Escritas (número 13) •Mesas •Conversas a dois •Apresentação de livros e projetos •Oficina “Escrita para cinema” •Exposições •Sessões em/com Escolas •Intervenções poéticas •Cinema/Teatro/Correntes&Comércio •Feira do Livro •Correntes d'Escritas em Lisboa •Programa •Participantes e Biobibliografias •Implantação Geográfica •Patrocinadores/Apoios/Parcerias •Equipa Correntes d'Escritas 2014 Monografia Correntes d'Escritas 2014 COORDENAÇÃO: Francisco Casanova EDIÇÃO: Fátima Serra FOTOGRAFIA: Arquivo CMPV, exceto: Adélia Carvalho (©Alfredo Cunha); Adriano Moreira (©Luís Barra); Almeida Faria (©Isolde Ohlbaum); Ana Margarida de Carvalho (©Luiz Carvalho); Ana Sousa Dias (©Alfredo Cunha); Artur do Cruzeiro Seixas (©Fundação Cupertino de Miranda); Eduardo Lourenço (©Rui Sousa); Elgga Moreira (©Graça Sarsfield); Filipa Leal (©Ana Lopes Gomes); Inês Fonseca Santos (©Pedro Macedo); João de Melo (©Joana de Melo); João Ricardo Pedro (©Miguel Manso); Jose Ovejero (©Julieta Solincêe); Lídia Jorge (©João Pedro Marnoto); Manuel da Silva Ramos (©Diamantino Gonçalves); Manuel Rivas (©Francescio Gattoni); Margarida Ferra (©Rui Cartaxo Rodrigues); Michael Kegler (©Alfredo Cunha); Miguel Real (©Pedro Loureiro); Miguel Sousa Tavares (©Pedro Monteiro); Ondjaki (©Daniel Mordzinski); Patrícia Portela (©Thomas Langdon); Pedro Teixeira Neves (©Pedro Teixeira Neves); Renato Filipe Cardoso (©Isabeleal); Valério Romão (©Tiago Figueiredo); Valter Hugo Mãe (©Nelson d'Aires); Vergílio Alberto Vieira (©Alfredo Cunha) DESIGN: Roger Amorim (www.rogeramorim.net) IMPRESSÃO: Reprografia CMPV GABINETE DE RELAÇÕES PÚBLICAS/COMUNICAÇÃO Câmara Municipal da Póvoa de Varzim T 252 090 026/F 252 611 082 www.cm-pvarzim.pt Para que a sabedoria não fique à porta É a primeira vez que me dirijo a esta plateia de mulheres e homens que da escrita fazem ofício e através dela narram, interpretam e interpelam a vida numa sociedade que, nos livros, pode ser sempre diferente da que vivemos. E é a primeira vez que, como gestor desta cidade (portanto, como político), me dirijo às mulheres e homens que (buscando o mundo ideal nessa outra realidade que é a imaginação criadora) mais confrontam aqueles que, como eu, têm por missão criar uma realidade mais próxima da que propondes. Quero, desde já, lembrar que foi o município da Póvoa de Varzim quem vos convidou - e já lá vão 15 anos em que esta dialética sonho/realidade nos reúne.E não daquela forma coloquial e agradavelmente convivial e,por isso,praticamente estéril a que se resumem tantos encontros congéneres. Não! Aqui temo-nos debruçado sobre caminhos alternativos,que existem–resta saber quais,como os localizar e percorrer. E nesse processo de descoberta temos conseguido envolver um crescente número de participantes, de todas as idades – sobretudo das idades mais jovens, o que quer dizer que estes serão, seguramente, os caminhos do futuro, em cada tempo reinventados e adaptados. Este nosso encontro–o 15º,faço questão de repetir e frisar–ocorre na cidade a que,em tempos e circunstâncias diversas, se ligaram figuras maiores das nossas letras como são Eça de Queirós (o “pobre homem da Póvoa de Varzim”), Camilo, Antero, Ramalho, Brandão, Nobre, Régio, Fausto José… - e, nos nossos dias, Agustina, José Carlos Vasconcelos, Luísa Dacosta, o vizinho Valter Hugo Mãe e, pelo menos a espaços, todos quantos, ao longo destes 15 anos, à Póvoa se acorrentaram, e não apenas por este encontro,que,anualmente,aqui debate o mundo da escrita,da leitura,da reflexão. Porque esse, meus caros amigos, seria praticamente igual em qualquer ponto do país – diferente é a envolvente, essa força difusa que nos influencia, esse sentimento que aos poucos se transforma num apelo irresistível e que designamos enigmaticamente como “a alma da Póvoa”. (Tema, e título, do estudo com que José Carlos de Vasconcelos prefaciou o belíssimo álbum “Dezasseis olhares sobre a Póvoa de Varzim”, que o nosso parceiro Casino da Póvoa acaba de editar e que acolhe–pela escrita,pelo desenho,pela fotografia–expressões contemporâneas desse sentimento.) Registo com satisfação que alguns dos actuais bons cultores, e futuros clássicos, da língua portuguesa se confessam marcados pela “glória”, pelo “mar”, pela “cidade” em si, pela “água”, pelo “ala-arriba”, pelo “Santo André”, pelos feitiços”– enfim, pelos diferentes recantos da alma poveira que cada um descortinou e que, todos juntos, ajudam a compor-nos um retrato sempre à espera de novas interpretações. Este é um facto que registo com satisfação. Porque este é um bom fruto da aposta e do investimento que fizemos neste projecto, em nome do objectivo estratégico que concretiza o modelo de desenvolvimento que definimos para a Póvoa de Varzim: a cidade da cultura e do lazer. Porque neste conceito amplo cabe o melhor conjunto de aspirações que enformam e concretizam aquilo que, de forma muitas vezes vaga e imprecisa, designamos“qualidade de vida”. Que exige componentes materiais, importantes para o bem-estar físico – e nós temo-las, abundantes e qualificadas; mas que carece também de componentes espirituais – cada vez mais necessárias ao equilíbrio da realidade dual que nós somos e que as sociedades carecem de assumir. Sabemos, claramente, que a cultura será uma das alavancas do nosso desenvolvimento. E, se sempre dissemos isso, reafirmamo-lo particularmente agora, quando tantos, invocando a crise,fazem da cultura a primeira vítima da dificuldade reinante. Nesta diferença se revela a cidade adulta que somos: o tempo ensinou-nos que há valores duradouros – e nós apostamos neles, enquanto outras comunidades insistem, de uma forma adolescente, em receitas que não acrescentam valor nem competitividade. E sabemos claramente que a cultura será o factor diferenciador das comunidades, a marca genética da sua autenticidade. E esta diferença é hoje a única arma para resistirmos à onda avassaladora de uma globalização que aposta no apagamento das culturas locais, tudo igualizando e nivelando por critérios, padrões e sabores que, como disse Pessoa,de início estranhamos,mas entretanto entranhamos. Ora nós, aqui, somos essa forma singular de português que dá pelo nome de Poveiro. (Não é invenção, não, o episódio do encontro, no mar, de D. Luís com pescadores, a quem perguntou se eram portugueses. Identificadora foi a resposta: “Não, Senhor, nós somos da Póvoa de Varzim”. Que é como quem diz: “Não nos confunda, que não somos iguais aos outros portugueses”.Portugueses sim,mas diferentes). É essa diferença que a cultura reforçará. Quando digo “a cultura”, digo, genericamente, todas as expressões culturais, a primeira das quais é o nosso património histórico-cultural - material e imaterial: o grande património construído (monumental e classificado) e o imaterial, mas simbolicamente importante, que retrata a mundividência dos Poveiros,diferentes no mar e no campo. É esta autenticidade que nos tornará competitivos –como cidade. Por isso apostamos estrategicamente no desenvolvimento daquela que é, reconhecidamente, a nossa vocação enquanto cidade. Sabemos que a cultura e o lazer são a nossa linha do horizonte. E embora saibamos que esse horizonte é inatingível, é justamente por isso que o prosseguimos: porque nos permite caminhar. Somos, e seremos sempre, um povo a caminho. Sei – eu que fui escolhido para dirigir a caminhada – que não sou o rei-filósofo, nem o governante sábio, que Platão idealizou. E também sei que “não é de esperar que os reis filosofem ou que os filósofos se tornem reis”, como constatou, séculos depois, Immanuel Kant. Porque “ a tentativa de combinar sabedoria e poder só raramente foi bem sucedida e por pouco tempo”,notaria ainda Einstein. Mas sei o suficiente para reconhecer estas limitações. E para admitir que, se estamos apreensivos quanto ao futuro,temos de aprender com o passado. Por isso, se a sabedoria, aqui, não está no poder, está a humildade, que não garante que não se cometam erros, mas garante que não se repetirão. Aqui não queremos que a sabedoria fique à porta – porque sabemos que, muitas vezes, a sua voz não é ouvida e o poder se limita a reconhecer,fora de tempo,o erro cometido. Minhas Senhoras e Meus Senhores, Está explicado porque vos temos,e queremos,aqui. Porque sabemos que, na dialética que preside à busca do mundo que desejamos, vós sois o interlocutor que não podemos dispensar,se queremos atingir o modelo de cidade que prosseguimos; Se a perfeição não existe, busquemos humildemente o melhor, sabendo que ficará ainda aquém. Ora a perfeição, como a própria palavra ensina, é estática, é facto consumado – enquanto a imperfeição é história em aberto, que nos interpela ao recomeço e à construção de uma nova história. A imperfeição faz-nos humanos. É assim que eu me quero: humano, cada vez mais humano, perfeito nunca! André Gide (Nobel em 1947) disse que “o número de disparates que uma pessoa inteligente pode dizer ao longo de um dia é inacreditável”. Falemos então.Porque só disparatando encontraremos a sabedoria que procuramos. Póvoa de Varzim,20 de Fevereiro de 2014 O Presidente da Câmara Aires Henrique do Couto Pereira E Agora? 15 anos de vida.E agora? E agora, cá estamos nós com a vontade de sempre, com a coragem redobrada,com o apoio de muitos e com os livros por armas. Há 15 anos, reunimo-nos, duas mãos cheias e o perfume do sonho misturado com o sabor da descoberta. Investimos na cultura, apostámos na leitura, acreditámos na força poderosa da escrita e construímos castelos de palavras que não cabem em qualquer mundo. Há 15 anos, juntámos elos numa enorme corrente sempre aberta a mais elos, recebemos no nosso porto de (des)embarque inúmeros tripulantes de navios trazidos por muitas correntes marítimas. Há 15 anos, mergulhámos literalmente numa queda vertiginosa, que nos trouxe até aqui, a esta conversa com cada um de vós e com todos. Experimentámos momentos de desânimo, momentos de saudade infinita por todos que já não estão connosco em matéria, mas que continuam presentes no espírito deste evento, momentos de alegria desmedida pelo uso dado às palavras,pelos gritos,pelos cânticos,pelos protestos,pelos aplausos, pelos poemas ditos, reditos e desditos. Experimentámos momentos de sentimentos à flor da pele, de abraços colectivos ou de abraços singulares, de batuques no ventre, de palavras imperceptíveis à razão, de telas coloridas com o sangue da experiência e do olhar de paisagens nunca vistas. 15 anos de cadeiras sentadas no chão de uma sala suada de tantos leitores, ávidos de ouvir mais e mais. Uma sala forrada de corpos com vida única nos olhos e nos ouvidos. Uma sala que não conhecia limites e voava muito para além das portas,uma sala que se sentia única em cada mês de Fevereiro e que só desejava ser maior, ser do tamanho da imaginação de cada um e de todos que por lá passavam. Nesta cidade do meu, do nosso coração, nasceram amizades, construíram-se cumplicidades que (agora acredito) só aqui seriam possíveis. Poderia nomear muitos e cada um que tornaram este sonho possível,mas temo que não haja espaço para tanto nesta revista. No entanto, gostaria de agradecer a todos os editores, jornalistas, parceiros patrocinadores, público/leitores, colaboradores, poveiros e a cada um dos participantes que sempre demonstraram um sentido colectivo inimaginável, transformando as Correntes D'Escritas na imagem mais nítida e deslumbrante da literatura de expressão ibérica,aqui na Póvoa de Varzim,terra de mar e de heróis. E agora? Agora é a hora de começar outra e outra vez,porque o livro merece! Conferência de abertura A Conferência de Abertura do 15º Correntes de Escritas, que terá lugar no dia 20 de fevereiro, às 15h00, no Axis Vermar, será proferida por Adriano Moreira. “A Língua e o Saber”dará mote à conferência do Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Foto: Luís Barra Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Doutor pelo ISCSP e Doutor em Direito pela Universidade Complutense. Antigo Delegado à ONU (1957-1959). Ministro do Ultramar (1961-1963). Deputado e Vice-Presidente da Assembleia da República (19791995). Professor do Instituto Superior Naval de Guerra (até à sua extinção). Professor da Universidade Católica Portuguesa. Presidente Honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Presidente da Academia das Ciências de Lisboa (2008-2010-2012). Antigo Presidente do Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa, e Professor do Instituto de Estudos Superiores Militares. É Doutor H. C. por várias universidades nacionais e estrangeiras, com vasta bibliografia nas áreas das relações internacionais, ciência política e estratégia. PRÉMIO LITERÁRIO CASINO DA PÓVOA Já foram escolhidas as obras finalistas do 11º Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros,atribuído no âmbito do 15º Correntes d'Escritas. O Júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa selecionou 15 livros finalistas de uma lista de mais de 180 trabalhos em prosa: A Instalação do Medo, Rui Zink, Teodolito A Luz é Mais Antiga que o Amor, de Ricardo Menéndez Salmón, Assírio & Alvim A Maldição de Ondina, António Cabrita, Abysmo A Sul. O Sombreiro, de Pepetela, Dom Quixote A Vida no Céu, José Eduardo Agualusa, Quetzal Caligrafia dos Sonhos, Juan Marsé, Dom Quixote Dentro de Ti Ver o Mar, Inês Pedrosa, Dom Quixote Diário da Queda, Michel Laub, Tinta da China Metade Maior, Julieta Monginho, Editorial Estampa O Filho de Mil Homens, Valter Hugo Mãe, Alfaguara O Retorno, Dulce Maria Cardoso, Tinta da China Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela, Manuel da Silva Ramos, A.23 Edições Quando o Diabo Reza, Mário de Carvalho, Tinta da China Um Piano Para Cavalos Altos, Sandro William Junqueira, Caminho Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo, Quetzal A reunião final do júri, para decidir o vencedor, realiza-se no dia 19 de fevereiro, às 21h30, no Hotel Axis Vermar. O anúncio oficial do vencedor será no dia 20, na Cerimónia de Abertura do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, no Casino da Póvoa. O Prémio será entregue na Sessão de Encerramento, no dia 22, sábado. Nos anos anteriores foram premiadas as seguintes obras: O Vento Assobiando nas Gruas,de Lídia Jorge (2004); Duende,de António Franco Alexandre (2005); A Sombra do Vento,de Carlos Ruíz Zafón (2006); A Génese do Amor,de Ana Luísa Amaral (2007); desmedida, luanda - s. paulo – s. francisco e volta, de Ruy Duarte de Carvalho (2008); A Moeda do Tempo,de Gastão Cruz (2009); Myra,de Maria Velho da Costa (2010); O Livro do Sapateiro,Pedro Tamen (2011); Bufo e Spallanzani,Rubem Fonseca (2012); ATerceira Miséria,de Hélia Correia (2013). PRÉMIO LITERÁRIO Cd'E/Papelaria Locus Concorreram 95 trabalhos ao 10º Prémio Literário Correntes d'Escritas Papelaria Locus que irá distinguir, com 1000 euros, o melhor conto inédito, escrito por jovens com idade entre os 15 e os 18 anos,de países de expressão portuguesa. O Conto premiado será ainda publicado na edição seguinte da Revista Correntes d'Escritas. O Júri, constituído por Luís Diamantino, Manuela Ribeiro e Francisco Guedes anuncia o vencedor no dia 20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do Correntes d' Escritas, às 11h00, no Casino da Póvoa, e a entrega do Prémio ao autor galardoado ocorre na Sessão de Encerramento do Encontro,no dia 22. Ao longo dos 9 anos de existência deste prémio – que assinala em 2014 o seu 10º. aniversário –, foram distinguidos os seguintes trabalhos: Edição 2005 “Queda”, de Sara Raquel Ferreira da Costa que concorreu com o pseudónimo Annabel Lee; Edição 2006 - “Fuga ao Tema”, de Saulo Matias Dourado que concorreu com o pseudónimo Adelmo Moitinho; Edição 2007 - “Este Sabor”, de Nuno Galego Marques Atalaia Rodrigues que concorreu com o pseudónimo Mikhael Lima; Edição 2008 -“Bavaroise de ... Joana”, de Maria Beatriz Fernandes de Moura Soares, que concorreu com o pseudónimo Leonor Campos; Edição 2009 - “Geometria das sombras”, de Tatiana Vanessa Fernandes Bessa que concorreu com o pseudónimo Ophélia Nery; Edição 2010 - “A História do Velho Entristecido com a Vida”, de Miguel Rocha de Pinho, que concorreu com o pseudónimo Alarido dos Começos; Edição 2011 - “Esquecimento”, de Ana Filipa Cravina dos Reis, que concorreu com o pseudónimo Ritta Duque; Edição 2012 “Vergílio Vagaroso”, de Tomás Anjos Barão, que concorreu com o pseudónimo Duplo Arco-Íris; Edição 2013 – “Inexistência Mental”, de Ana Matilde da Silva Gomes que concorreu com o pseudónimo de Victória Montenegro. PRÉMIO CONTO INFANTIL ILUSTRADO Cd'E/Porto Editora Ao Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto Editora concorreram 50 trabalhos. O Júri formado por Maria da Conceição Vicente, Marta Madureira, Gisela Silva revelará os trabalhos premiados no dia 20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do Correntes d' Escritas, no Casino da Póvoa, sendo que a entrega de prémios terá lugar no dia 22,na Sessão de Encerramento do evento. Este prémio destina-se a galardoar, anualmente, um Conto Ilustrado inédito, em língua portuguesa, realizado por alunos – conto e ilustração – que frequentem o 4º.ano de escolaridade do 1º.Ciclo do Ensino Básico.Atribuído pela primeira vez em 2009, o prémio visa estimular a criação literária, especialmente o desenvolvimento da comunicação escrita e criativa e destina-se a trabalhos coletivos (realizados por todos os alunos de uma turma) com um mínimo de uma e um máximo de três páginas. Cada Escola pôde concorrer com o máximo de dois trabalhos por turma. A escola vencedora ganhará 1000€ em edições e produtos Porto Editora. As escolas que conseguirem o segundo e terceiro lugar receberão, respetivamente, 500€ e 250€ também em material. De registar que os trabalhos premiados – os que vencerem o 1º., 2º. e 3º. lugares e as possíveis menções honrosas – serão editados em livro. Ao longo das cinco edições anteriores foram já várias dezenas de alunos e professores que viram, com indisfarçável orgulho,o seu trabalho publicado. A 6ª edição do Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto Editora propõe-se fundamentalmente a promover hábitos de leitura e de escrita, bem como a criatividade através do desenho. Esta distinção contribuirá ainda para o desenvolvimento do espírito de grupo, colaboração e partilha de objetivos comuns. Trabalhos Premiados 2013 1º. Lugar – Na escola aprendi "verês", da turma A do 4º Ano da Escola EB1 O Leão de Arroios–Lisboa; 2º. Lugar – Peixes por um dia, da turma B do 4º Ano do Externato Champagnat, Lisboa; 3º. Lugar – Do azar se fez sorte, da Turma M03 do 4º Ano da EB1,2,3 Augusto Moreno /Bragança. PRÉMIO FUNDAÇÃO DR.LUÍS RAINHA/Cd'E O Júri do Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas, constituído por José Carlos de Vasconcelos, José Ventura e Maria da Conceição Nogueira, está a avaliar os trabalhos a concurso. O resultado será comunicado no dia 20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do Correntes d' Escritas, no Casino da Póvoa, sendo que o vencedor irá receber o Prémio na Sessão de Encerramento,a 22 de fevereiro. Este galardão distingue, anualmente, uma obra literária inédita (romance, contos ou poesia), escrita em português, cuja temática seja a Póvoa de Varzim. Podem concorrer ao Prémio todos os cidadãos portugueses ou de todos os países de expressão portuguesa e espanhola que apresentem trabalhos sobre a Póvoa de Varzim. Os participantes habilitam-se ao prémio de mil euros e ainda a verem a sua obra editada pela Fundação. O Prémio não poderá ser atribuído a obras galardoadas com outros Prémios do Correntes d'Escritas nem a trabalhos cujo autor tenha sido galardoado com o Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas nos últimos cinco anos. O trabalho vencedor na última edição foi Póvoa de Varzim ou o Paraíso Aqui, de Paulo Jorge Coelho Carreira, apresentado sob o pseudónimo de“Peixe Voador”. Revista O Dossiê da Revista Correntes d'Escritas (número 13) será, este ano, dedicado a Maria Teresa Horta e terá depoimentos de Ana Luísa Amaral, Inês Pedrosa, Patrícia Reis,Pedro Teixeira Neves,Rosa Alice Branco e Filipa Leal. Da Revista constarão contos de Andrea del Fuego, Helder Macedo, João Paulo Sousa, João Tordo, José Rentes de Carvalho, Luís Diamantino, Nuno Camarneiro, Patrícia Portela e Waldir Araújo e poemas de Francisco Duarte Mangas, Inês Fonseca Santos,Inma Luna, João Moita, Manuel Moya e Salgado Maranhão e. Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal. É conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária. Em 2012 publicou As Palavras do Corpo – Antologia de Poesia Erótica e,ainda, Poemas Para Leonor. Autora dos romances Ambas as Mãos Sobre o Corpo, Ema (Prémio Ficção Revista Mulheres) e Paixão Segundo Constança H., e coa u to r a co m M a r i a Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, de Novas Cartas Portuguesas. Ao seu romance As Luzes de Leonor, a Marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis (2011), foram atribuídos os prémios D. Dinis e Máxima de Literatura. Mesas As Mesas são o cerne do Correntes d'Escritas,que movem centenas de pessoas. São momentos únicos de debate em que seis escritores, conduzidos por um moderador, partilham as suas ideias a partir de uma proposição que a organização lhes sugere. Aquilo que foi dito no ou sobre o Correntes ao longo de 14 anos, inspirou a organização a construir frases nas quais,propositadamente,incluiu sempre a palavra“corrente(s)”. Sete mesas irão preencher os três dias do 15º Encontro com temas que, desde já, despertam a curiosidade do público,mais uma oitava no Instituto Cervantes a 24. Todas as mesas irão decorrer no Salão de Congressos do Hotel Axis Vermar. Mesa 1, quinta-feira, 20, 17h30 Mesa 5, sexta-feira, 21, 22h00 Pensamentos não são correntes de ninguém Cada livro é a antologia corrente da existência Antonio Gamoneda Eduardo Lourenço João de Melo Lídia Jorge Ungulani Ba Ka Khosa José Carlos de Vasconcelos – M Carlos Quiroga Joana Bértholo Manuel da Silva Ramos Manuel Jorge Marmelo Miguel Sousa Tavares Ondjaki Rui Zink Michael Kegler – M Mesa 2, sexta-feira, 21, 10h00 palavras + correntes = x Afonso Cruz Helder Macedo Ivo Machado Miguel Real Patrícia Portela Valério Romão João Gobern – M Mesa 3, sexta-feira, 21, 15h00 A ficção nos livros é corrente de verdade Ana Margarida de Carvalho António Mota João Ricardo Pedro José Ovejero Michel Laub Francisco José Viegas – M Mesa 4, sexta-feira, 21, 17h30 De correntes e cont(r)a-correntes se faz a poesia Ana Luísa Amaral Golgona Anghel João Moita Margarida Ferra Valter Hugo Mãe Isabel Pires de Lima – M Mesa 6, sábado, 22, 10h00 Coração de correntes desabitado: a poesia Elgga Moreira Inês Fonseca Santos Manuel Rui Pedro Teixeira Neves Uberto Stabile Vergílio Alberto Vieira José Mário Silva – M Mesa 7, sábado, 22, 15h30 Não são minhas as correntes que escrevo é outro que as escreve em mim Andrés Neuman Inês Pedrosa José Rentes de Carvalho Manuel Rivas Onésimo Teotónio Almeida Ana Sousa Dias – M Correntes no Instituto Cervantes, em Lisboa Dia 24, segunda-feira, 19h00 (Mesa 8) São sempre correntes as palavras Ana Margarida de Carvalho Carlos Quiroga Carmo Neto Michel Laub Sara Figueiredo Costa – M Conversas A dois A assinalar os 15 anos de existência, esta edição do Correntes d'Escritas vai incluir na sua programação momentos inovadores de conversa em torno dos livros. 30'à conversa: dois autores conversam durante 30 minutos,a propósito de reedições de livros. 2 à conversa: dois autores numa conversa mais prolongada,com leituras à mistura. Dia 20, quinta-feira 19h30 – 30' à conversa Eduardo Lourenço e Almeida Faria (apresentação do livro Lusitânia) # Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 22h00 – 2 à conversa Artur do Cruzeiro Seixas e Isaque Ferreira Foto: Fund. Cupertino de Miranda # Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar Dia 21, sexta-feira 19h30 – 30' à conversa Maria Teresa Horta e Filipa Leal (apresentação do livro Ambas as mãos sobre o corpo) # Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar Dia 22, sábado 17h30 – 30' à conversa João de Melo e Onésimo Teotónio Almeida (apresentação do livro Gente Feliz com Lágrimas) # Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar Correntes no Instituto Cervantes, em Lisboa Dia 24, segunda-feira, 18h30 30' à conversa Antonio Gamoneda e Filipa Leal Apresentação de livros e projetos O Correntes d'Escritas contempla, na sua programação, diferentes sessões de apresentação de livros. O elevado número de pessoas que o evento reúne, desde escritores, editores, críticos e agentes literários, jornalistas e público interessado, constitui oportunidade para a apresentação das mais recentes publicações, possibilitando aos presentes a oportunidade de conhecer e adquirir as novidades do setor livreiro, bem como de conseguir um autógrafo do seu escritor preferido. Para além dos livros,esta edição também irá apresentar dois projetos. Eis a lista de obras e projetos que serão apresentadas no 15º Correntes d'Escritas: Dia 19, quarta-feira 21h30 • Lançamento de livros · Do Branco ao Negro,AA.VV., Sextante Do branco ao negro é um livro que tem como mote e tema a diversidade da cor. Doze autoras, que contam doze histórias, cada uma com sua cor, reflectindo a diversidade, na sua diferença e na sua complementaridade. Ana Luísa Amaral, Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Eugénia de Vasconcelos, Elgga Moreira, Lídia Jorge, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Raquel Freire, Rita Roquette de Vasconcellos, São José Almeida, Yvette Centeno. 12 contos ilustrados por Rita Roquette de Vasconcellos.Na mesma história,histórias diversas. · Livros Nómadas do Sangue, João Rios, Edita-me Os versos que o constituem, a obra Livros Nómadas do Sangue, são indóceis animais domésticos, subtraídos ao teatro do mundo pelo seu autor. Recolha de vozes, vitualhas de gestos desmedidos pela pulsão que sustenta os itinerários das relações de poder. Neste livro, João Rios traça um breve compêndio do nomadismo da crueldade que pelo sangue estabelece as premissas do entenebrecido festim com que os homens envergam, não raras vezes, as múltiplas e escondidas faces do beatismo das boas intenções. · Máquina-de-lavar-corações, Renato Filipe Cardoso,Texto Sentido Autor: Renato Filipe Cardoso Título: Máquina-de-lavar-corações Colecção: Solidão Sincronizada # 5 Ilustrações: João Carqueijeiro Grafismo: Maria Vilar 1.ª edição: Fevereiro de 2014 Tiragem: 500 exemplares 22h30 • Apresentação de projetos Cama-de-gato editora Cama-de-gato editora nasce com a sua apresentação nas Correntes d'Escritas de 2014 com o propósito de disseminar singularidades literárias. Pretende propiciar o lançamento de novas sensibilidades, nomeadamente daquelas que se furtam ao presente e se encontram em diversos caos para deles extraírem o inédito. Esta cama-de-gato é também uma armadilha para a repetição, através da afirmação da perversão das ordens. Enfim, singularidades de uma editora. Arranca, na poesia, com Maria Quintans e a sua A pata da cabra, na dramaturgia, com Cláudia Lucas Chéu e A cabeça morta e, na ficção, com Luísa Monteiro, A lacraia de Steinbeck. Cama-de-gato nascerá com o lançamento de três livros: · A pata da cabra, Maria Quintans A poesia de Maria Quintans parece querer, e com êxito, ultrapassar o espaço perceptivo da poesia, o espaço "natural" do signo a favor de um espaçosubstrato, prévio a toda a forma de dizer, e sua condição: uma espécie de arte transcendental na acepção kantiana. Ao elevar pelo poema o olhar sensível a um olho do espírito, obtém uma pura opticalidade desafectada de toda a cumplicidade; tal como nota Deleuze algures, é o visual a integral o manual, onde o objecto, o visível, estabelece uma íntima conexão com um invisível e é isto que forma aquilo a que podemos designar como o ponto de tensão da sua poesia. Deste modo, A pata da cabra produz inúmeras ideias-vírus possíveis de serem propagadas, num contágio célere como se fosse um dinamizador de frames cinematográficos; neste livro, há um turbilhão de vidas à solta numa cidade que é Lisboa (e numa outra,anónima,fora dos mapas humanos). Maria Quintans publicou em 2008 o livro de poemas Apoplexia da Ideia (Editora Papiro), em 2010 Chama-me Constança (Editora Salamandra) e em 2013 O Silêncio (Editora Hariemuj). Está incluída nas antologias O prisma das muitas cores - Poesia de Amor Portuguesa e Brasileira (Labirinto, 2010), 100 Poemas para Albano Martins (Labirinto, 2012) e outras.Em 2009 faz parte da criação da Revista Inútil, onde é directora editorial. Em 2011 cria a editora Hariemuj, que se dedica essencialmente à poesia. Organiza, em 2012, a antologia poética Meditações sobre o Fim - Os últimos poemas (Hariemuj Editora). Tem textos publicados nas revistas BigOde, Inútil, Golpe d'Asa, e ainda nas revistas online Minguante e Diversos Afins. Em 2014 cria, com Luísa Monteiro, a “cama-de-gato editora”. · A lacraia de Steinbeck, Luísa Monteiro Da personagem sabe-se apenas que se move entre um palco, um quintal, uma editora e que é judia; dos testemunhos sobre ela, diz a mãe que costumava aparecer-lhe uma vez por ano e que levava pela mão a criança que fora e que se encontra agora perdida no deserto; destaque ainda para Miss W., a corporalização da mãe virgem de um proto-deus, que a personagem perseguiu em vida de modo passional. Sobre esta personagem falam ainda cães, árvores, editores, actores e uma louca que telefona nas madrugadas. Sabe-se que escrevia agendas para o dia seguinte e afirmava ser uma lacraia do umbigo para baixo quando se deitava, por culpa da mãe. Dela, todos falam com propriedade: mas ninguém, ao certo, sabe de nada após o seu suicídio.A marca desta 27ª obra de Luísa Monteiro reside no modo como diz, na vertente estética,nos três modos de dizer da“impa-ciência”da vida. Luísa Monteiro começou a publicar em 1975 em revistas e jornais, espaços que viriam a ser o seu domicílio profissional. Em 1997, o Prémio Júlio Brandão e a Campo das Letras dão à estampa As Novas Bruxas do Ave. Nesta e noutras editoras, publicou 26 títulos, entre ensaio, ficção, dramaturgia e biografia, alguns deles premiados, cá e no estrangeiro. Algumas das suas obras são estudadas em universidades dentro e fora do país e já deram azo a três dissertações de mestrado e a um doutoramento. Faz investigação académica no âmbito da encenação contemporânea para teatro, dos textos inéditos de Fernando Pessoa e da Filosofia contemporânea, ao abrigo de centros das Universidades do Algarve, Nova de Lisboa e Católica de Lisboa. Lecciona Estéticas Teatrais na Universidade de Évora. Directora da Companhia de Teatro Contemporâneo,cria em 2014,com Maria Quintans,a“cama-de-gato editora”. · A cabeça muda,Cláudia Lucas Chéu [à encenação e aos actores]: Ataca a frase. Faz-te lobo e lança-te à carne,ao osso; até ao tutano. A um parágrafo de ti ficas outro. Insiste no cardiofitness da sintaxe. Sem vocabulário não entras em sítios bons. Ignora as bulas literárias; automedica-te. Intoxica-te com os clássicos.Limpa-te com os novos; ou então faz ao contrário. O importante é a caça. Cláudia Lucas Chéu nasceu em Lisboa em 1978. É co-fundadora da Teatro Nacional21. Frequentou o curso de Línguas e Literaturas Modernas (FCSH) e concluiu o curso de Formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Tem publicados os textos para teatro Glória ou como Penélope morreu de tédio e Poltrona – Monólogo para uma mulher, edições Bicho-do-Mato/Teatro Nacional D. Maria II; Colapso, edição Teatro Nacional São João; Violência – fetiche do homem bom; Círculo Onanista; Bank, Bank,You´reDead e Europa, IchLiebeDich, edições Bicho-do-Mato/Teatro Nacional D. Maria II. Publicou ainda a micro peça CircleJerk na Revista de Artes Escénicas Galega Núa.Tem poesia publicada na antologia Meditações sobre o fim – Os Últimos poemas, edições Hariemuj. Foi galardoada com o EmmyAwardcomo elemento na equipa de argumentistas da telenovela Laços de Sangue. FLANZINE Quando o projecto FLANZINE teve início, em Maio de 2013, tinha tudo para correr mal mas,contrariando as leis de Murphy e Keynes,a revista acabou por se materializar. Uma revista inspirada nos velhos fanzines, idealizada por dois amigos virtuais, João Pedro Azul e Luís Olival, unidos na ressaca de uma geração que sobrevive através de humor negro. Com alguma ousadia, foram contagiando um conjunto de autores e artistas de diferentes quadrantes e linguagens que se foram juntando à FLANmília (literatura, ilustração, cinema, música, fotografia, poesia, teatro). O design retro de Filipa Campos encerrou a santíssima trindade conceptual deste pudim cultural. O primeiro número foi lançado em Setembro e teve como tema MALA. Em Dezembro, no 49 da ZDB, em Lisboa, era lançado o MEDO – o segundo número da FLANZINE. Mais autores, mais qualidade e mais rigor, caracterizaram este segundo capítulo com mais um tema em jeito de provocação natalícia. O número 3 traz um novo desafio: juntar os autores em duetos. O tema lançado foi BOCA. Assim, esperam-se cerca de vinte duetos a trabalhar BOCA-a-BOCA, num total aproximado de 40 autores. Autores que fazem parte deste número da FLANZINE: Esgar Acelarado & Álvaro Silveira; Betânia Liberato & Valério Romão; Filipa Castro & Emanuel Amorim; Cátia Vidinhas & Rogério Nuno Costa; Beatriz Hierro Lopes & Daniel Curval; Helena Miranda & João Pedro Azul; Luisa Monteiro & Ana Teresa Vicente; Ana Pereira & Alexandre Sá; Luis Barbosa & Pedro Miguel Marques; Luís Quintais & Filipe Marques; Débora Figueiredo & José Riço Direitinho; Daniel Moreira & Casimiro Teixeira; Sara Macedo & Cristóvão Siano; Carlota Lagido & FS Hill; Gonçalo Mira & Luís Silva; Hélder Magalhães & Claudine Rodrigues; Cristina Bartleby & Teresa Falcão; Bruno Vieira do Amaral & João Concha; Raquel Ribeiro & A.Mimura. Dia 20, quinta-feira 17h00 • Lançamento de livros ·A Metametamorfose e Outras Fermosas Morfoses, Rui Zink,Teodolito Como conseguiu fazer estes contos? Com trabalho e humildade. E conta escrever mais? Com trabalho e humildade. Mas o Nobel este ano parece difícil. Temos de olhar para nós e não para os outros. Você não parece estar na lista dos favoritos. Há que saber respeitar os adversários,sabendo no entanto que,em jogo jogado, não são superiores a nós. Há quem o critique por uma sintaxe adversativa,nomeadamente pelo abuso da adjectivação. Enquanto for matematicamente possível, continuarei a lutar pelos meus adjectivos. www.ruizink.net · ATeoria dos Limites, Maria Manuel Viana,Teodolito A realidade é muito mais inverosímil do que a ficção,diz,a certa altura,uma das personagens deste romance. O aqui narrado parte da concepção fantasmática de um génio, uma espécie de mundo de ficção científica, com dois universos paralelos habitados por nómadas, essas substâncias simples, esses pontos metafísicos, essas individualizações infinitamente pequenas, como quartos sem portas nem janelas dentro de uma pirâmide cuja base tenderia ao infinito, onde bastaria uma ínfima coisa para passar de uma realidade para outra, e onde cada um de nós vê o seu duplo e pode escolher entre ser herói ou banal, amar ou resignar-se, sentir prazer ou raiva com a felicidade alheia, lutar pela liberdade ou jogar as regras do jogo,viver com dignidade ou ser passivo,aceitar a ignomínia ou revoltar-se, julgar o outro pondo-se no lugar dele, adoptar muitas perspectivas para perceber o todo, perguntar-se em que é que a ficção supera a realidade, se na beleza ou na construção não tão utópica quanto poderia parecer do melhor dos mundos possíveis. 19h30 • 30' à conversa · Lusitânia,Almeida Faria,Assírio & Alvim (apresent.da nova edição do livro) No início deste terceiro volume da Tetralogia Lusitana assistimos ao rocambolesco rapto dos jovens Marta e João Carlos, seguido pelos não menos surpreendentes acontecimentos que revolucionaram a sociedade portuguesa desde o domingo de Páscoa de mil novecentos e setenta e quatro ao mesmo domingo de mil novecentos e setenta e cinco.Ao longo de um ano eufórico para muitos, assustador para alguns, a família de A Paixão e Cortes dispersa-se dentro e fora do país,comunicando entre si,antes da existência de telemóveis e e-mails, sobretudo por carta. O que dá a esta agitada narrativa, ora dramática ora divertida, um tom de paródia a certos romances do século XVIII, epistolares e libertinos. 21h30 • Lançamento de livros · A Montanha e o Titanic, Luísa Franco, Parsifal No dia em que recebe a notícia que autoriza a sua aposentação, Luísa Franco é uma mulher naturalmente feliz. Professora do ensino secundário durante mais de 30 anos, poderia finalmente descansar. Mas esse dia haveria de trazer-lhe também uma novidade devastadora e para a qual não estava preparada: o resultado das análises médicas a que procedera não deixava margem para dúvidas, explicando as dores, as manchas no corpo e a ausência de vigor muscular que vinha sentindo nas últimas semanas – sofria de leucemia mielóide aguda. Confrontada com esta situação e tendo consciência de que não lhe resta muito tempo de vida, decide enfrentar um último desafio: escrever a história de Álvara Bitancurt e de Manuel Franco,seus avós,vítimas do naufrágio do Titanic. Com edição de Miguel Real, que fixou definitivamente o texto, e agora apresentada a título póstumo aos leitores, A Montanha e o Titanic é uma obra intensa, emotiva e, nalguns casos violenta, na qual realidade e ficção se vão intercalando,que não deixará nenhum leitor indiferente. Luísa Franco morreu a 15 de Abril de 2012, no dia em que se cumpriam os 100 anos da tragédia do Titanic. · Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras, Manuel da Silva Ramos, Parsifal Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é um livro singular. Porque é uma obra para saborearmos à lareira ou para levarmos para a praia (no Inverno, quando o sol é mais clemente, mas também no Verão, época em que chove menos), porque é um livro culto e divertido, didáctico e pós-moderno. Ou, apenas, porque é uma obra de um dos mais originais escritores portugueses – Manuel da Silva Ramos (monsieur, s'il vous plait…). Neste livro podemos encontrar histórias para serem lidas enquanto se espera pelo autocarro matinal a caminho da fábrica,durante o check-in de uma viagem de finalistas a Varadero, enquanto se aguarda pelo INEM, que vem célere em socorro de um peão recém-atropelado, ou para saborear durante uma pisadela de um tacão afiado na intimidade do jogo amoroso. De Viana do Castelo ao castelo de Paderne, do arsenal da Marinha à Marinha Grande, da transmontana aldeia da Carrapatosa às longínquas florestas da ilha de Java, Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é uma obra que estimula o prazer (da leitura ou outro) em qualquer parte do globo. Dia 21, sexta-feira 12h00 • Lançamento de livros · Pano para mangas, João Gobern,Âncora Editora Foram quase sete anos de uma vida quotidiana, 1531 crónicas exclusivamente ditadas pela consciência e pela sensibilidade, nunca por uma qualquer agenda encomendada. Foi um período em que, se não nos limitarmos a contas de merceeiro, feitas ainda por cima em línguas estrangeiras, andámos de mal a pior. Por falta de homens bons, acompanhando uma escassez em que a Europa fica na cauda do mundo. Por ausência de ideias, excepto aquelas que foram apressadamente fixadas mas nunca se revelaram fixas nem sequer firmes, e pela redução ao mínimo da ideologia. Pela vitória do pragmatismo sobre os valores. Pela emergência dos tecnocratas e pela aceitação dos curtos horizontes dos gabinetes. Pelo excesso de palavras vãs e vazias, pela extinção da simples palavra de honra. Pelos ziguezagues, pelos receios, pelos compromissos e consensos que varreram muito do que havia de bom sem criarem alternativas verdadeiras nos sectores essenciais como a Educação (e a Cultura, convém não esquecer), a Saúde e a Justiça. Pela falta de participação cívica, política, ruidosa e teimosa – foram demasiadas as ocasiões em que perdemos por falta de comparência. Foi um percurso que me valeu passar da observação à indignação, de espectador a militante, de cínico a voluntário, de indiferente a empenhado. Tentei,sempre,praticar o equilíbrio.Nunca me passou pela cabeça o esboçar da equidistância – não a creio útil a ninguém, nunca me foi sequer sugerida, não seria capaz de alinhar na legião dos cinzentos. As cem crónicas que aí ficam têm um princípio e um fim, mais do que uma lógica e um percurso lineares. São apenas os meus sinais exteriores, diletantes ou supérfluos, irónicos ou inflamados. São um espelho razoável de alguém que se aflige mas continua obstinadamente a rir e a sonhar com algo de melhor, sobretudo para os mais velhos e para os mais novos, já que a geração em que nasceu,mesmo sem alinhar,tem cada vez menos desculpa. · Wasteband, Patrícia Portela,Caminho Em oito minutos e meio Sergei Krikalev ultrapassa a atmosfera e perde a gravidade; Tânia senta-se à espera; o vizinho de Krikalev constrói uma ponte para chegar ao Espaço mantendo os pés assentes na Terra; a Lua cai numa praia cheia de sapos; a União Soviética desmorona-se; e José, deitado numa cama de hospital, conclui que o que lhe faz falta não são as pernas que perdeu mas as impressões digitais dela: pede um coração artificial e faz restart. Como está cientificamente provado que não nos podemos lembrar de mais do que sete coisas ao mesmo tempo, Tânia esquece José. Sergei Krikalev pensa em chorar mas não vale a pena: no Espaço as lágrimas não caiem,só causam chatices.E há oito minutos e meio atrás? O melhor é fazermos rewind para avançar na história. Somos uma sucessão de momentos vividos ao máximo e reduzidos ao mínimo. 17h00 • Lançamento de livros · A Invenção do Amor, José Ovejero,Objectiva A Invenção do Amor passa-se em Madrid, nos dias de hoje, e narra a história de Samuel, que se apaixona por uma mulher que já morreu e que ele nem sequer conhecia. A partir daí, decide-se a reinventar-lhe uma vida, fazendo do leitor cúmplice na capacidade do ser humano para se enganar a si mesmo. Do seu terraço, Samuel observa a agitação quotidiana de Madrid, repetindo para si próprio que tudo está bem. Sobreviveu aos quarenta, a "idade maldita", não tem filhos, e as mulheres entram e saem da sua vida sem nunca pronunciarem as palavras"para sempre". Uma madrugada, alguém lhe comunica por telefone que Clara, sua exnamorada, morreu num acidente. De ressaca, Samuel é incapaz de explicar que não conhece nenhuma Clara. Impelido por um misto de curiosidade e enfado, decide ir ao velório. É então que, fascinado pela possibilidade de usurpar a identidade da pessoa com quem o confundem,Samuel ficciona uma história de amor com Clara, que vai partilhando com Carina, a irmã desta. Samuel vê nesse jogo de ilusões a possibilidade de reinventar a sua existência e de, por fim, se sentir vivo. À medida que a memória de Clara vai ganhando verdadeira forma na sua cabeça, vai crescendo também a atracção que sente por Carina - e Samuel começa a perder o controlo do jogo que criou. Irá o amor que inventou ser a sua salvação ou a sua perdição? Este romance tem todos os elementos de um thriller clássico. Narrado na primeira pessoa, a voz inquisitiva e irónica do protagonista vai desvelando as imposturas do amor e,ao mesmo tempo,a sua absoluta necessidade. Nesta obra,o autor reflecte sobre a actual situação do país e sobre uma geração de homens e mulheres, agora nos quarenta, cujas vidas pouco ou nada se parecem com aquilo que idealizariam para si mesmos, se lhes fosse possível idealizar. 19h30 • 30' à conversa · Ambas as mãos sobre o corpo, Maria Teresa Horta, Dom Quixote (apresentação da nova edição do romance) Primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta, publicado originalmente em 1970, Ambas as Mãos Sobre o Corpo veio revelar que o imenso talento da autora não se limitava à poesia. Conjunto de narrativas que, fundindo-se, se organizam num romance fragmentado, nele decorre o retrato moral e estático de “alguém” cuja existência larvar nunca se eleva ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica. Livro de momentos, de grandes pausas iniciáticas, de silêncios expressivos, cristalinamente fantástico porque dominado pela compreensão introspectiva e por um intimismo sagaz,circula da narração omnipresente até ao campo raso da corrente de consciência, e cerca-se ou adorna-se de sucessivas deambulações pelos domínios da auto-interpretação, permitindo que o leitor se aperceba da solução de um estranho enigma: o da decifração do absurdo deste carácter poético e onírico, este nada, mulher ou sombra fantasmática de valores humanos que se ocultam em cada gesto, em cada segundo do decurso lentíssimo da vida. Obra espectral e cruel, Ambas as Mãos Sobre o Corpo é porventura uma das mais inquietantes da moderna literatura portuguesa. 21h30 • Lançamento de livros · Choriro e Entre as Memórias Silenciadas, Ungulani Ba Ka Khosa,Alcance Edit. Choriro Choriro, choro em língua local, narra um momento muito especial da História de Moçambique, marcado por uma série de mudanças sociais registadas por volta do século XIX no Vale do rio Zambeze. Um romance histórico com cenas de misturas de brancos e negros, mulatos e negros, tráfico de sexo de meninas negras virgens e histórias sobre um passado ainda recente sobre o comércio de escravos,são alguns dos temas presentes na obra. Entre as Memórias Silenciadas Entre as Memórias Silenciadas, retrata um místico de recordações, desde os tempos idos até aos actuais com principal enfoque para os campos de reeducação, estabelecidos após a independência do país, em 1975. Um livro que revela os desencontros de uma geração que já não se exalta com os feitos de uma revolução e que não consegue renovar o seu discurso. Uma obra onde a orquestra denominada “Ngodo”, em língua Chope, (etnia que cobre parte sul de Moçambique), comporta em geral onze andamentos distribuídos em Mutsitso (introdução orquestral), o Mutsitso com duas ou três introduções, Ngweniso (entrada dos dançarinos), Ndano (chamada dos dançarinos), Doinya (dança), Chibudo (dança), Mzeno (dança), Nsumeto (preparação para os conselheiros), Mabandhla (os conselheiros), Njiriri (final dos dançarinos) e Mutsitso (final orquestral). Um livro que mereceu a distinção da IV Edição do Prémio BCI Literatura 2013. · Toni, Rita Nova e Adriana Baldaia Toni é uma canção de ida e de vinda que ouvi pelos olhos vezes demais. Nesta terra em que o vento se cola à pele e os beijos sabem a sal toda a gente conhece o Toni.Ou vários.Ou é o próprio. Um Livro de Autor que comemora a manufatura e que nos convida a mergulhar numa realidade e simbologia local através de diferentes texturas, folhas e padrões. ' Dia 22, sabado 12h00 • Lançamento de livros · A Misericórdia dos Mercados, Luís Filipe Castro Mendes,Assírio & Alvim Visitando os lugares e os afetos de que se construiu um passado, e voltando “[…] à poesia, esse caminho estreito / entre a solidão e a vida”, é no entanto o presente que mais perpassa pelas páginas deste livro. Feito o Balanço e Contas “Nada representamos. Não damos lucro”, e por isso, “Se o navio afunda / a solução é atirar ao mar os passageiros”. Porque no final “Os mercados são simultaneamente o criador e a própria criação./ Nós é que não fazemos falta.” A MISERICÓRDIA DOS MERCADOS Nós vivemos da misericórdia dos mercados. Não fazemos falta. O capital regula-se a si próprio e as leis são meras consequências lógicas dessa regulação, tão sublime que alguns vêem nela o dedo de Deus. Enganam-se. Os mercados são simultaneamente o criador e a própria criação. Nós é que não fazemos falta. · Os passos em volta dos tempos de Eduardo Lourenço, Carlos Câmara Leme, com prefácio de E.L.e com entrevista inédita a E.L.,Verbo/Babel Os Passos em Volta dos Tempos de Eduardo Lourenço é um ensaio da autoria de Carlos Câmara Leme,publicado pela Verbo. Centrando-se nas primeiras reflexões sobre o tempo e o seu enigma, tem também o mérito de ser um dos primeiros estudos sobre a obra de tão significativo pensador. Como escreve Eduardo Lourenço no prefácio a esta edição «A minha imaginária tematização,temerariamente anunciada,como sendo a do“Tempo e Ser”nunca será escrita.Mas não há uma linha minha que não viva desse desafio impossível e desse fracasso em supuração viva.» […] Carlos Câmara Leme compreendeu perfeitamente que era nesse “tempo com História”, nós como História, que residia o enigma vivo em que banhamos e, no sentido mais literal e incandescente da palavra, “ardemos”. Infelizmente, na época do seu ensaio precursor e precoce, a temática e preocupação pelo enigma do Tempo, mais de ordem “metafísica” que “historial”, convertera-se de enigma transtemporal em questionamento mesmo da Humanidade como sujeito de si mesma. Esta edição inclui, também, quatro entrevistas a Eduardo Lourenço, sendo uma delas inédita. 17h30 • 30' à conversa · Gente Feliz com Lágrimas, João de Melo, Dom Quixote (apresentação da edição comemorativa dos 25 anos do livro) Publicado há 25 anos, Gente Feliz com Lágrimas é um livro que apaixonou várias gerações de leitores e que conquistou 5 importantes prémios literários – Grande Prémio de Romance e Novela da APE,Prémio Fernando Namora,Prémio Eça de Queiroz, Prémio Livro do Ano Antena Um e Prémio Internacional Cristóvão Colombo. Romance de uma família que se desfaz e refaz pelas paragens onde a levam os bons e maus augúrios que motivam a sua dispersão, é uma saga que irresistivelmente arrasta o leitor ao longo de cinco mundos,vividos e pensados através da obsessiva busca da felicidade que move os seus protagonistas. Concebida polifonicamente como a descrição dos vários modos de viver a amargura que medeia entre o abandono da terra e o retorno ao domínio do que é familiar, esta peregrinação possível em tempos de escassez de aventura é a definitiva lição de que o regresso se não limita a perfazer o círculo, e constitui uma visão fascinante do Portugal que todos, de uma maneira ou de outra, conhecemos. Gente Feliz com Lágrimas foi adaptado a televisão para a RTP, numa série de cinco episódios dirigida por José Medeiros, e ao teatro por João Brites, para o grupo «O Bando». OFICINA “Escrita para cinema” A programação do 15º Correntes d'Escritas vai incluir uma Oficina “Escrita para cinema”, em colaboração com a Terra Firme, com o realizador António-Pedro Vasconcelos.A iniciativa irá decorrer no Axis Vermar, nos dias 22 (entre as 19h00 e as 23h00) e 23 (entre as 10h00 e as 18h00). • Inscrições para [email protected] Valor da inscrição: 45€ • Página do evento: http://www.terrafirme.com.pt/educacaopatrimonial/formacoes/reflexoes/cinema/ • Ficha de inscrição: http://www.terrafirme.com.pt/inscricao-em-formacoes/?formacao=3948 Nota Biográfica do Formador: António-Pedro Vasconcelos António-Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos nasceu em Leiria,no dia 10 de Março de 1939. Estudou Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e Filmografia, na Universidade de Sorbonne,cursos que nunca terminou. É um dos realizadores do Cinema Novo Português, com o filme Perdido por Cem, de 1973. Foi também responsável por alguns dos maiores sucessos comerciais nas salas portuguesas, nomeadamente com O Lugar do Morto, em 1084, e Jaime, em 1999. Com este último conseguiu a Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian, e em Portugal, os Globos de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador. Os seus mais recentes filmes são Os Imortais (2003),Call Girl (2007) e A Bela e o Paparazzo (2010). A par da realização, foi um dos fundadores da V. O. Filmes, da Opus Filmes e ainda do Centro Português de Cinema, que produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo). Foi apresentador do programa Cineclube, na RTP2; fez crítica literária e cinematográfica, tendo chefiado a redacção de O Cinéfilo, com João César Monteiro; foi colunista da Visão e director de A Semana, suplemento do Independente. É autor de Serviço Público, Interesses Privados, de 2002, e foi provedor do leitor no desportivo Record. Em 1985 representou Portugal no Fórum Cultural de Budapeste, a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros. Presidiu ao Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual, dirigido pela Comissão Europeia. Presidiu à Associação Portuguesa de Realizadores, de 1978 a 1984, ao Secretariado Nacional do Audiovisual, de 1991 a 1993, e ao Conselho de Opinião da RTP,entre 1996 e 2003. Foi professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e coordenador executivo da licenciatura em Cinema,Televisão e Cinema Publicitário da Universidade Moderna de Lisboa. Foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 10 de Junho de 1992.(In Wikipédia) Exposições “As palavras em liberdade na coleção de E.M.de Melo e Castro” À semelhança do que aconteceu na edição anterior, a Fundação de Serralves irá colaborar com o Correntes d'Escritas com a exposição “As palavras em liberdade na coleção de E.M.de Melo e Castro”. A exposição estará patente no Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim até maio, sendo que a abertura será no dia 20 de fevereiro,às 12h30. Esta exposição oferece uma panorâmica histórica e internacional da poesia visual,dando particular atenção às criações portuguesas e latino-americanas. Em 2003, a Fundação de Serralves teve a oportunidade de adquirir uma importante biblioteca consagrada à poesia visual. Essa coleção, constituída por várias centenas de obras foi compilada por E. M. de Melo e Castro, poeta visual e autor de numerosas obras teóricas sobre o tema. A poesia de caráter experimental surge ligada às práticas de um conjunto de autores que a partir de finais da década de 1950 procura explorar novas possibilidades visuais dos seus textos, libertando as palavras do seu tradicional arranjo na página. Tanto pela sua disposição no espaço como pela inovação tipográfica, a poesia visual torna-se uma forma artística de direito próprio e impõe-se,sobretudo nas décadas de 1960 e 1970. No contexto português, destacar-se-ão nomes como o de E. M. de Melo e Castro, José-Alberto Marques, Ana Hatherly, Silvestre Pestana, Liberto Cruz, António Aragão e Salette Tavares, entre outros. No contexto Espanhol, nomes como José Luis Calleja, Bartolomé Ferrando, Pablo del Barco, Ricardo Cristóbal, também farão parte desta mostra. Curadora: Sónia Oliveira Os sargaceiros de Aver-o-Mar e o olhar clínico de Amaral Bernardo Três fotografias e vidas inteiras de luta com o mar, a apelar às palavras de quem observa,no Axis Vermar. Nascido em Esmolfe (Viseu), foi em África que Amaral Bernardo foi criado e se apaixonou pela fotografia,picado pela necessidade de fixar pelos sais de prata a fulgurante luz africana.O bichinho fotográfico acompanhou-o toda a vida e nem o empenho profissional como médico internista e, mais tarde, como Chefe de Serviço de Medicina Interna e catedrático convidado jubilado da Universidade do Porto,diminuíram a sua inclinação para a arte de Niépce. Entre os finais da década de setenta do século passado e o dealbar do novo milénio, Amaral Bernardo demandou, por razões afetivas e familiares, terras de Aver-o-Mar. Por aí foi fixando, em muitas dezenas de rolos de 24x36 mm e em algumas películas de médio formato, cenas da vida e do trabalho dos sargaceiros, com toda a parafernália de instrumentos e de bestas que ajudavam à dureza da função de arrancar das águas o sargaço (ou argaço,ou algaço…). Será dessas muitas centenas de registos que sairá, em meados deste ano, uma mostra de fotografias sobre a apanha do sargaço em Aver-o-Mar, que agora se anuncia e antecipa com três fotos que funcionem,esperemos,como fermento de palavras. Obra Gráfica –serigrafias de CRUZEIRO SEIXAS Em colaboração com a Fundação Cupertino de Miranda, estará patente, no Lobby Bar do Axis Vermar, uma Exposição/venda de Obra Gráfica – serigrafias de Cruzeiro Seixas. A edição do projeto apresenta 12 serigrafias para venda, provenientes de nomes que integram a Coleção do Museu da Fundação e que foram conseguidas através de uma articulação com o autor permitindo um conhecimento mais amplo do seu acervo. São edições limitadas e executadas a partir de uma seleção criteriosa de obras de Cruzeiro Seixas que nos aproximam do universo criativo deste autor. Cruzeiro Seixas é dos mais importantes artistas do Surrealismo português, no panorama nacional e internacional. Expandindo uma ação de fomento cultural e cujos resultados se destinam ao desenvolvimento das atividades assistenciais da Fundação, esta exposição, estará patente entre os dias 19 e 23 de fevereiro de 2014,no seguinte horário: das 9h00 às 23h00. SESSÕES em/com Dia 19, quarta-feira ESCOLAS 10h30 • Colégio das Terras de Sta.Maria (S.M.Feira) –Adélia Carvalho e Marta Madureira ¤ Diana Bar 14h30 • Externato Paraíso dos Pequeninos (S.M.Feira) –Adélia Carvalho e Marta Madureira ¤ Diana Bar A 15ª edição do Correntes d'Escritas promove,uma vez mais,o encontro entre escritores e alunos. Ora com a ida dos autores às escolas do concelho (EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves; EB 2/3 Campo Aberto Beiriz; EB 2/3 de Rates; EB 2/3 de Aver-o-Mar; EB 2/3 Cego do Maio; Escola Secundária Rocha Peixoto; Escola Secundária Eça de Queirós e Grande Colégio) ora através de sessões no Diana Bar e Biblioteca Municipal para escolas de outros concelhos (Escola Secundária José Régio e Escola Secundária D. Afonso Sanches, Vila do Conde; Escola Básica Integrada, Apúlia; Colégio das Terras de Santa Maria e Externato Paraíso dos Pequeninos, Santa Maria da Feira), o Correntes d'Escritas proporciona a vivência de experiências únicas aos intervenientes. Os alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto também têm encontro marcado com Miguel Sousa Tavares e Sara Figueiredo Costa,no Hotel Axis Vermar. Dia 20, quinta-feira 10h00 • E.B.2/3 Dr.Flávio Gonçalves –Pedro Teixeira Neves e Manuel Jorge Marmelo 10h30 • E.B.2/3 de Beiriz –Ivo Machado e João Tordo 10h30 • Grande Colégio –Aurelino Costa e Vergílio A.Vieira 10h30 • E.B.Integr.de Apúlia –António Mota ¤ Diana Bar 15h00 • E.B.2/3 de Rates –Cristina Norton e Ondjaki 15h30 • E.B 2/3 Aver-o-Mar –Ivo Machado e Manuel Rui Dia 21, sexta-feira 10h00 • Escola Sec.Eça de Queirós –Ana Margarida de Carvalho,Lídia Jorge e Rui Zink 10h00 • Escola Sec.Rocha Peixoto –Andrés Neuman,José Rentes de Carvalho e Margarida Ferra 10h30 • E.B.2/3 Cego do Maio –Ana L.Amaral e António Mota 15h30 • Escola Sec.D.Afonso Sanches (Vila do Conde) –Inês Pedrosa e Valério Romão ¤ Diana Bar 15h30 • Escola Sec.José Régio (Vila do Conde)–Onésimo Teotónio Almeida e Patrícia Portela ¤ Biblioteca Municipal 19h30 • Alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação (Universidade do Porto)–Miguel Sousa Tavares e Sara Figueiredo Costa ¤ Hotel Axis Vermar Intervenções poéticas A iniciativa que se estreou o ano passado estará de volta ao 15º Correntes d'Escritas e haverá vários momentos poéticos em diferentes espaços da cidade. três vozes transeuntes nas ruas da poesia Ao encontro das pessoas e dos seus espaços vicinais, três vozes transeuntes nas ruas da poesia é uma leitura promenade pelas palavras dos nossos poetas.Assim se abraçam o Correntes e a sua cidade. três vozes transeuntes é um projeto com coordenação e seleção de textos de Isaque Ferreira,com Isaque Ferreira,João Rios e Renato Filipe Cardoso. Para além destes,haverá outros momentos de leituras de poesia com os poetas convidados. Cinema/ Teatro/ Correntes&Comércio “Autografia”: um filme sobre Mário Cesariny de Miguel Gonçalves Mendes (Documentário; Portugal; 2004; 103', cor) O Cineclube Octopus dá continuidade à sua participação no Correntes d'Escritas e, no dia 20 de fevereiro, será exibido o documentário “Autografia”, de Miguel Gonçalves. “Com este documentário pretende-se retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. Como espaço de ação privilegiou-se o seu quarto, por ser este atualmente a base da sua criação e da sua intimidade. Sendo este um trabalho que vive sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respetivas respostas, optou-se por assumir como fio condutor um dos seus poemas – “autografia” – que servirá de mote, através da sua análise para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista, estabelecendo-se um diálogo entre quem o vê e quem é retratado. Neste documentário/registo existem vários planos: o de análise do poema; o das respostas; o do seu trabalho (exposto na sua intimidade) e o da nossa própria interpretação; uma espécie de respigar/reciclar de citações e de conteúdos que acabam por nos permitir uma apropriação de Mário Cesariny”. (Miguel Gonçalves Mendes) Correntes & Comércio Em colaboração com a Associação de Comércio ao Ar Livre, o Correntes d'Escritas também vai estar nas principais artérias comerciais da cidade. Há frases de autores sobre o evento nas montras das lojas associadas, não deixando ninguém indiferente ao 15º Encontro de Escritores de Expressão Ibérica. Teatro Serão organizadas pelo Varazim Teatro várias sessões de leituras para crianças e adultos, nomeadamente, público do 1º Ciclo e dos Centros de Dia do concelho. Feira do Livro De 20 a 22 de fevereiro, o Axis Vermar irá acolher também uma Feira do Livro onde estarão disponíveis várias obras dos escritores participantes no evento. No local onde tudo acontece, terá oportunidade de adquirir as edições em falta na sua biblioteca pessoal ou mesmo comprar um livro para oferecer. Essas publicações podem desde logo ser autografados pelos seus autores. Estúdio de LUZ natural Fotografias de Alfredo Cunha,nas Correntes d'Escritas. Com um curriculum de fazer inveja e com experiência vastíssima em muitas e variadas áreas da fotografia, Alfredo Cunha regressa ao retrato como se a isso obrigasse a pele: 3ª geração de fotógrafos,filho e neto de retratistas. No início, quando fotografava, por obrigação, estranhava. E muito. Em vez de namorar, fotografava. Em vez de se divertir, fotografava. E tanto fotografou que já não se pode separar da fotografia. Estranhou, no início.Acabou por entranhar de tal forma que hoje não se imagina sem fotografar. Continua a chatear-se com as fotografias. Mas logo faz as pazes e reincide e se deixa seduzir e envolver. Todos os autores convidados podem ser fotografados pelo Alfredo Cunha, no estúdio montado na sala Aguçadoura,no Hotel Axis Vermar. O fotógrafo costuma ser generoso. Dia 19, quarta-feira 11h00 • três vozes transeuntes nas ruas da Poesia, com Isaque Ferreira,João Rios e Renato Filipe Cardoso ¤ Passeio Literário 21h30 • Lançamento de Livros · Do Branco ao Negro,AA.VV.,com Rita Roquette de Vasconcellos,Sextante · Livros Nómadas do Sangue,João Rios,Edita-me · Máquina-de-lavar-corações,Renato Filipe Cardoso,Texto Sentido ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 22h30 • Apresentação de projetos Cama-de-gato editora: lançamento dos livros · A cabeça muda,Cláudia Lucas Chéu; · A lacraia de Steinbeck,Luísa Monteiro; · A pata da cabra,Maria Quintans Flanzine,AA.VV. ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 23h00 • Leituras ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 15h00 • Conferência de Abertura: “A Língua e o Saber”-Adriano Moreira ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 17h00 • Lançamento de Livros · A Metametamorfose e Outras Fermosas Morfoses,Rui Zink,Teodolito · ATeoria dos Limites,Maria Manuel Viana, Teodolito ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 17h30 • Mesa 1 Pensamentos não são correntes de ninguém Antonio Gamoneda Eduardo Lourenço João de Melo Lídia Jorge Ungulani Ba Ka Khosa José Carlos de Vasconcelos–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 19h30 • 30' à conversa Eduardo Lourenço e Almeida Faria (apresentação da nova edição do livro Lusitânia,Assírio & Alvim) ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 21h30 • Lançamento de livros Dia 20, quinta-feira · A Montanha e o Titanic,Luísa Franco,Parsifal · Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras, Manuel da Silva Ramos,Parsifal 11h00 • Sessão Oficial de Abertura ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar Anúncio dos vencedores dos Prémios Literários 2014: · Casino da Póvoa; · Correntes d'Escritas/Papelaria Locus; · Conto Infantil Ilustrado Cd'E/Porto Editora; · Fundação Dr.Luís Rainha/Cd'E Lançamento da Revista Correntes d'Escritas 13, dedicada a Maria Teresa Horta ¤ Casino da Póvoa 12h30 • Inauguração da Exposição · As palavras em liberdade na coleção de E. M. de Melo e Castro (em colaboração com a Fundação de Serralves) ¤ Museu Municipal 21h45 • Exibição do documentário Autografia: um filme sobre Mário Cesariny, de Miguel Gonçalves Mendes (em colaboração com o Cineclube Octopus) 22h00 • 2 à conversa Artur do Cruzeiro Seixas e Isaque Ferreira ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 23h00 • Leituras ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar Dia 21, sexta-feira 10h00 • Mesa 2 palavras + correntes = x Afonso Cruz Helder Macedo Ivo Machado Miguel Real Patrícia Portela Valério Romão João Gobern–M 19h30 • 30' à conversa Maria Teresa Horta e Filipa Leal (apresentação de nova edição do romance Ambas as mãos sobre o corpo,Dom Quixote) ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 21h30 • Lançamento de Livros · Choriro e Entre Memórias Silenciadas, Ungulani Ba Ka Khosa,Alcance Editores · Toni,Rita Nova e Adriana Baldaia ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 12h00 • Lançamento de livros · Pano para Mangas,João Gobern, Âncora Editora · Wasteband,Patrícia Portela,Caminho ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 15h00 • Mesa 3 A ficção nos livros é corrente de verdade Ana Margarida de Carvalho António Mota João Ricardo Pedro José Ovejero Michel Laub Francisco José Viegas–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 17h00 • Lançamento de livros · A Invenção do Amor,José Ovejero,Alfaguara · Noites de Vigília,Boaventura Cardoso, Texto Editores ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 17h30 • Mesa 4 De correntes e cont(r)a-correntes se faz a poesia Ana Luísa Amaral Golgona Anghel João Moita Margarida Ferra Valter Hugo Mãe Isabel Pires de Lima–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 22h00 • Mesa 5 Cada livro é a antologia corrente da existência Carlos Quiroga Joana Bértholo Manuel da Silva Ramos Manuel Jorge Marmelo Miguel Sousa Tavares Ondjaki Rui Zink Michael Kegler–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar ' Dia 22, sabado 10h00 • Mesa 6 Coração de correntes desabitado: a poesia Elgga Moreira Inês Fonseca Santos Manuel Rui Pedro Teixeira Neves Uberto Stabile Vergílio Alberto Vieira José Mário Silva–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 12h00 • Lançamento de livros · A Misericórdia dos Mercados, Luís Filipe Castro Mendes, Assírio & Alvim · Os passos em volta dos tempos de Eduardo Lourenço,Carlos Câmara Leme,Verbo/Babel ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 15h30 • Mesa 7 Não são minhas as correntes que escrevo é outro que as escreve em mim Andrés Neuman Inês Pedrosa José Rentes de Carvalho Manuel Rivas Onésimo Teotónio Almeida Ana Sousa Dias–M ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar 17h30 • 30' à conversa João de Melo e Onésimo Teotónio Almeida (apresentação da edição comemorativa dos 25 anos do livro Gente Feliz com Lágrimas, Dom Quixote) ¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar 18h00 • Sessão de Encerramento Entrega dos prémios aos vencedores dos Prémios Literários 2014: · Casino da Póvoa; · Correntes d'Escritas/Papelaria Locus; · Conto Infantil Ilustrado Cd'E/Porto Editora; · Fundação Dr.Luís Rainha/Cd'E ¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar Iniciativas Paralelas EXPOSIÇÕES As palavras em liberdade na coleção de E. M. de Melo e Castro (em colaboração com a Fundação de Serralves) ¤ Museu Municipal Três fotografias dos sargaceiros de Aver-omar, de Amaral Bernardo ¤ Hotel Axis Vermar E x p o s i ç ã o / ve n d a O b r a G r á f i ca – serigrafias de Cruzeiro Seixas (em colab. com a Fundação Cupertino de Miranda) ¤ Lobby Bar do Hotel Axis Vermar Correntes no INSTITUTO CERVANTES, em Lisboa Dia 24, segunda-feira 18h30 • 30' à conversa António Gamoneda e Filipa Leal 19h00 • Mesa 8 São sempre correntes as palavras Ana Margarida de Carvalho Carlos Quiroga Carmo Neto Michel Laub Sara Figueiredo Costa–M PARTICIPANTES Adélia Carvalho Adélia Carvalho nasceu em Penafiel,cidade do distrito do Porto. É licenciada em Educação de Infância, pela Escola Superior de Educação do Porto. Em Novembro de 2008, Adélia Carvalho abriu um espaço literário infantil e juvenil na cidade do Porto, o Papa-Livros. O Espaço está vocacionado para a promoção e criação de comunidades de leitores activamente participativos e criativos,Conta e escreve histórias para os mais novos. Adélia Carvalho tem marcado presença nos mais diversos eventos literários como as Correntes d'Escritas, Festival literário da Madeira, e Castelo Branco, Lev-literatura em viagens- e, ainda em representações Internacionais, como o caso da Feira do livro de Bolonha e Bogotá. Estreou-se na escrita com o Livro dos Medos em 2009, seguiram-se outros como: Matilde Rosa Araújo - Um olhar de menina, A Crocodila Mandona, Elefante em Loja de Porcelanas, Nadav, Era uma Vez um Cão,e o Rei Vai à Caça. Os seus livros estão traduzidos e editados em diversos países tais como, Brasil, Colombia, Canadá, Alemanha, Áustria, Suécia, Estados Unidas da América e Austrália. Adélia Carvalho é ainda fundadora da editora TCHARAN juntamente com a ilustradora Marta Madureira. Afonso Cruz Além de escritor, é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb.Em Julho de 1971,na Figueira da Foz era completamente recém-nascido. Haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, Belas Artes de Lisboa,Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países.Recebeu vários prémios e distinções nas várias áreas em que trabalha,vive no campo e gosta de cerveja. Alfredo Cunha Alfredo Cunha começou a sua carreira profissional ligado à publicidade e fotografia comercial em 1970. Como repórter fotográfico começou no Notícias da Amadora, em 1971. Colaborou com O Século e O Século Ilustrado (1972), a Agência Noticiosa Portuguesa— ANOP (1977) e as agências Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987). Foi fotógrafo oficial do Presidente da República António Ramalho Eanes entre 1976 e 1978. Em 1985 foi designado fotógrafo oficial do Presidente da República Mário Soares, cargo que exerceu até 1996. Nesse ano recebeu a Comenda da Ordem do Infante D.Henrique. Permaneceu no jornal Público como editor de fotografia entre 1989 e 1997, altura em que decidiu ingressar no Grupo Edipresse como editor fotográfico. Em 2000, tornou-se fotógrafo da revista Focus. Em 2002, colaborou com Ana Sousa Dias no programa Por Outro Lado, da RTP2. Foi, entre 2003 e 2012, editor fotográfico do Jornal de Notícias e diretor de fotografia da agência Global Imagens. Atualmente trabalha como freelancer e desenvolve vários projetos editoriais. Almeida Faria Nasceu em 1943. Aos dezanove anos publicou o seu primeiro e premiado romance, Rumor Branco. Além de romancista, é autor de ensaios, contos, teatro. Mais recentemente publicou, a partir de um conto seu, o libreto para a cantata de Luís Tinoco Os Passeios do Sonhador Solitário; e O Murmúrio do Mundo, relato ensaístico de uma viagem à Índia. Na Universidade Nova de Lisboa ensinou Estética no departamento de Filosofia e, noutros departamentos, deu cursos de Teoria da Literatura e Psicologia da Arte. Os seus romances receberam diversos prémios, estão traduzidos em muitas línguas, são estudados nos mais variados países e sobre eles há livros e teses universitárias. Ao conjunto da sua obra foi atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora e o Prémio Universidade de Coimbra. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas é apresentada, pela Assírio & Alvim, uma nova edição, muito revista do seu romance Lusitânia. Bibliografia de Almeida Faria: RUMOR BRANCO,romance 1.ª ed.: Lisboa,Portugália Editora,1962,Prémio Revelação de Romance da Sociedade Portuguesa de Escritores; 5.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim, prefácio de Vergílio Ferreira,2012. A PAIXÃO,romance 1.ª ed.: Lisboa,Portugália Editora,1965; 12.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim, prefácio de Óscar Lopes,2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro,Nova Fronteira,1988; Tradução alemã: Frankfurt,S.Fischer Verlag,1968; Tradução francesa: Paris,Gallimard,1969; Tradução holandesa: Baarn, De Prom,1991; Tradução italiana: Florença,Passigli,1998; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2009. CORTES,romance 1.ª ed.: Lisboa,Publicações Dom Quixote,1978,Prémio Aquilino Ribeiro da Academia das Ciências de Lisboa; 5.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim, prefácio de Manuel Gusmão,2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro, Nova Fronteira,1991; Tradução sueca: Estocolmo,Norstedts,1980; Tradução parcial alemã: Fragmente einer Biographie,Berlim,LCB,1980; Tradução francesa: Paris,Belfond,1989; Tradução italiana: Florença, Passigli,2005. LUSITÂNIA,romance 1.ª ed.:,Lisboa,Edições 70,1980; Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus; 7.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,prefácio de Luís de Sousa Rebelo; Edição brasileira: São Paulo,Difel,1986; Tradução parcial alemã: Fragmente einer Biographie,Berlin,LCB,1980; Tradução sueca: Stockholm,Norstedts,1982;Tradução espanhola: Madrid,Alfaguara, 1985; Tradução grega: Atenas,Medusa,1990;Tradução francesa: Paris, Belfond,1991; Tradução sérvia: Beograd,Geopoetika Publishing,2011. OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO,conto 1.ª ed.: Lisboa,Contexto Editora,1982;Tradução italiana: Milano,Linea d'Ombra,1983;Tradução húngara: Budapest,Európa,1985; Tradução alemã: Freiburg,Beck & Gluckler,1988; Tradução francesa: Paris,Revue des Deux Mondes,1994;Tradução holandesa: Amsterdam,Bunker Hill, Uitgeverij Thomas Rap,1999; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001. CAVALEIRO ANDANTE,romance 1.ª ed.: Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1983; Prémio Originais de Ficção da Associação Portuguesa de Escritores; 4.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,prefácio de Eduardo Lourenço (a publicar em 2014); Edição brasileira: Rio de Janeiro,Nova Fronteira,1987;Tradução francesa: Paris,Belfond,1986; Tradução búlgara: Sófia,Editora Karina M., 2011. DO POETA-PINTOR AO PINTOR-POETA,ensaio in Mário Botas, Spleen,Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1988; Tradução francesa: Paris,Fondation Calouste Gulbenkian,Paris,1989. O CONQUISTADOR,romance 1.ª ed.: Lisboa,Editorial Caminho,1990; 3.ª ed.,aumentada: Lisboa, Círculo de Leitores,1993; Edição brasileira: Rio de Janeiro,Rocco,1993; Tradução francesa: Paris,Belfond,1992; Tradução húngara: Budapest, Íbisz,1995; Tradução holandesa: Amsterdam,Meulenhoff,1997; Tradução espanhola: Barcelona,Tusquets,1997; Tradução italiana: Nardò,Besa Editrici,2004; Tradução romena: Bucaresti,Editura Art, 2008; Tradução dinamarquesa: Kobenhavn,Forlaget Orby,2009. VOZES DA PAIXÃO,teatro Lisboa,Editorial Caminho,1998 . A REVIRAVOLTA,teatro Lisboa,Editorial Caminho,1999. À HORA DO FECHO,teatro in Retratos de Eça de Queirós,Tormes,Fundação Eça de Queiroz / Porto, Campo das Letras,2000; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001; Tradução italiana: Nardò,Besa Editrici,2008. VANITAS. 51,AVENUE d'IÉNA,conto in Colóquio/Letras,n.º 140/141,Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian, Abr.1996; 2.ª ed.,aumentada: Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa,2007;Tradução inglesa: ibidem,2007;Tradução francesa: Paris, Éditions Métailié,2000; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001; Tradução romena: Bucaresti,Editura Vivaldi,2007; Tradução italiana: Nardò,Besa Editrici,2008;Tradução espanhola: Gijón,Trea,2009. OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO,conto e libreto Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,2011. O MURMÚRIO DO MUNDO (A ÍNDIA REVISITADA), narrativa de viagem 1.ª ed.: Lisboa,Tinta-da-China,2012; 3.ª ed.: ibidem,2012; Edição brasileira: Tinta-da-China Brasil,Rio de Janeiro,2013. Ana Luísa Amaral Ana Luísa Amaral ensina na Faculdade de Letras do Porto e tem um doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis e traduziu diferentes autores, como John Updike ou Emily Dickinson. A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, entre os quais o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. Branco é a cor de Ana Luísa Amaral. Ana Margarida de Carvalho Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Direito e viria a tornar jornalista, assinando reportagens que lhe valeram sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo português, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto ou da Casa de Imprensa. Passou pela redacção da SIC e publicou artigos na revista Ler, no Jornal de Letras, na Marie Claire e na Visão, onde ocupa actualmente o cargo de Grande Repórter e faz crítica cinematográfica no roteiro e no site de cinema oficial da revista,o Final Cut. Leccionou workshops de Escrita Criativa, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais cinematográficos e é autora de reportagens reunidas em colectâneas, de crónicas,de guiões subsidiados pelo ICA e de uma peça de teatro. Que Importa a Fúria do Mar é a sua estreia no romance. Ana Sousa Dias Nascida em Lisboa em 1956, é jornalista desde os 20 anos. Trabalhou em imprensa, televisão, rádio (Antena 1 e Rádio Clube Português) e na Agência Lusa. Entre as publicações a que está ou esteve ligada, contam-se os jornais Público, Expresso, o diário, Jornal de Notícias, e as revistas Ler, Egoísta, UP Magazine, Ícon e LxMetrópole. Em 2003, recebeu o Prémio Gazeta do Clube dos Jornalistas pelo programa de entrevistas Por Outro Lado, que manteve na RTP2 de janeiro de 2001 até março de 2007. Em 1994, recebeu o Prémio “Educação” do Clube dos Jornalistas do Porto. Tem dois livros publicados - O que eu sei sobre os homens e O que eu sei sobre as mulheres, seleção das crónicas homónimas da revista Pública. Colaborou nos livros Jorge Vieira, o Homem Sol (1999), Cuidado com as Crianças (2003) de Alfredo Cunha, Vidas a Descobrir –Mulheres Cientistas do Mundo Lusófono (2009) de Joana Barros,e também em catálogos de exposições de artes plásticas. Foi assessora de imprensa da Expo '98 e da Fundação José Saramago. Faz parte do Conselho de Curadores da Fundação do Gil. Andrés Neuman Andrés Neuman nasceu em 1977 em Buenos Aires.Filho de músicos emigrados, partiu ainda jovem para Granada, em cuja universidade estudou e foi professor de literatura hispano-americana. Escritor, poeta e ensaísta, é autor dos romances Bariloche, La vida en las ventanas e Una vez Argentina, dos livros de contos El que espera, El último minuto e Alumbriamento, da colecção de aforismos El equilibrista e do volume Década, que reúne os seus livros de poemas publicados até ao momento. Recebeu o Prémio Hiperión de Poesia e foi finalista do Prémio Herralde. No Hay Festival, foi eleito um dos melhores autores da nova geração nascidos na América Latina. Em 2009 recebeu o Prémio Alfaguara de Romance. O Prémio Alfaguara de Romance é um dos mais importantes prémios literários de Espanha,atribuído anualmente a um romance inédito em língua espanhola. Antonio Gamoneda Antonio Gamoneda nasceu em Oviedo em 1931, vive em León e faz parte de uma geração de grandes nomes da poesia espanhola contemporânea como Álvarez Ortega, Claudio Rodríguez, José Agustín Goytisolo, María Victoria Atencia, Francisco Brines e Jaime Gil de Biedma, entre outros. Ainda que o seu primeiro livro tenha sido publicado, como os daqueles poetas, no início da década de sessenta, só no final dos anos oitenta a sua obra, ímpar e peculiar, viria a ter o reconhecimento merecido.A ela foram atribuídos diversos prémios dos quais destacamos o Prémio Cervantes e o Prémio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana,ambos em 2006. Livros publicados em Portugal Livro do Frio, tradução de José Bento. Lisboa, Assírio & Alvim, 1999; Ardem as Perdas, tradução de Jorge Melícias. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições, 2004; Descrição da Mentira, tradução de Vasco Gato. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições, 2007; Oração Fria, tradução de João Moita. Lisboa, Assírio & Alvim,2013. Bibliografia poética Sublevación Inmóvil. Madrid, Rialp, 1960; Descripción de la Mentira. León, Diputación Provincial, col. Provincia, 1977; León de la Mirada. León, Espadaña, 1979; Tauromaquia y Destino. León, Retablo, 1980; Blues Castellano (1961-1966). Gijón, Noega, 1982; Lápidas. Madrid, Trieste, 1986; Edad (Poesía 1947-1986). Madrid, Cátedra, 1987; Libro del Frío. Madrid, Siruela, 1992; Mortal 1936. Mérida, Asamblea de Extremadura, 1994; El Vigilante de la Nieve. Lanzarote, Fundación César Manrique,1995; Libro de los Venenos: corrupción y fábula del Libro Sexto de Pedacio Dioscórides y Andrés de Laguna, acerca de los venenos mortíferos y de las fieras que arrojan de sí ponzoña. Madrid, Siruela, 1995; Arden las Pérdidas. Barcelona,Tusquets, 2003; Cecilia. Lanzarote, Fundación César Manrique, 2004; Reescritura. Madrid, Abada, 2004; Esta Luz. Poesía Reunida (1947-2004). Barcelona, Galaxia Gutenberg / Círculo de Lectores, 2004; Extravío en la Luz. Madrid,Casariego,2009; Canción Errónea.Barcelona,Tusquets,2012. António Mota António Mota nasceu em Baião, em 1957.Foi professor do Ensino Básico. Em 1979, publicou o seu primeiro livro: A Aldeia das Flores. Em 1983, com a obra O rapaz de Louredo, ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores. Em 1990, com o romance Pedro Alecrim, recebeu o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças. Em 1996, com a obra A casa das Bengalas, ganhou o Prémio António Botto. Em 2004, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para crianças e jovens, na modalidade livro ilustrado, com o livro Se eu fosse muito magrinho. Tem livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, pela International Youth Library,de Munique,e Plano Nacional de Bibliotecas do Brasil. Em 2008 foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública. Artur do Cruzeiro Seixas Cruzeiro Seixas nasce a 3 de Dezembro de 1920. Matricula-se na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde chumba durante dois anos letivos à disciplina de desenho.Era habitual frequentador do Café Herminius na Avenida Almirante Reis. Começou por atravessar uma fase expressionista-neo-realista, mas desde cedo tomou parte no movimento surrealista, quer na pintura, quer na poesia – movimento que respondia à sua necessidade de libertação em termos estéticos, criativos, sociais e ideológicos. Em 1949 participa do nascimento do grupo Os Surrealistas, ao lado de Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Pedro Oom, Mário Henrique Leiria, Risques Pereira, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa e Fernando José Francisco. Enquanto membro deste grupo participou em várias iniciativas como exposições ou manifestações públicas. Cruzeiro Seixas dedicou especial atenção às formas de arte que contrariavam o estatuto de artista, estimulavam a arte não ligada a escolas ou movimentos artísticos numa valorização do trabalho feito por pessoas desprovidas de formação artística, que considerava como puras. Foi neste sentido que atuou valorizando o trabalho do amigo António Paulo Tomaz. Em 1951 alista-se na Marinha Mercante viajando por África, Índia e Extremo Oriente até se fixar em Angola em 1952. Efectuou viagens pelo interior do país que lhe permitiram criar uma coleção etnográfica, embora não sendo etnógrafo,uma vez que nunca teve essa preocupação.Realiza também algumas exposições individuais, a primeira delas em 1953 em Luanda, onde coloca à disposição 48 desenhos. A segunda exposição, em colaboração com Alfredo Margarido virá no ano seguinte, também na mesma cidade, constituída por colagens e objetos. Esta exposição levantou uma grande polémica e um movimento de opinião, uma vez que o sentido de Cruzeiro Seixas não era de pendor colonialista. Interessado por Museologia, em 1960 começa a desempenhar funções no Museu de Angola. O regresso à Europa acontece em 1964,em virtude da guerra. Em 1968 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Dirigiu diversas galerias,entre elas a Galeria de São Mamede e a Galeria da Junta do Estoril. Foi responsável por impulsionar a vida artística promovendo exposições, trabalhando com museus e galerias e desenvolvendo a sua própria arte, destacando-se sobretudo como desenhador. Expôs individual e coletivamente, em Portugal e fora do território nacional. Participou na Exposição Internacional Surrealista, na Holanda (1969) ou na World Surrealist Exhibition, nos Estados Unidos da América (1976). A sua carreira internacional beneficiou ainda do facto de estar ligado ao grupo Phases, de Paris, o que lhe permitiu aparecer em várias apresentações colectivas do grupo,assim como em diversas publicações como Phases, Brumes Blondes ou La troute-lièvre. Em 1986 vê editado o seu livro de poemas Eu Falo em Chamas. Em 1989 o seu trabalho é reconhecido através do prémio SOCTIP Artista do Ano, na sequência do qual é publicado o álbum Cruzeiro Seixas sobre a sua vida e obra. Em 1981 participa na exposição Phases, Permanance du Regard Surréaliste, em Lyon. Em 1984 participa na exposição de Surrealismo Periférico organizada por Luís Moura Sobral no Canadá. De 1984 a 1989 dirige a Galeria de Vilamoura, no Algarve onde realiza exposições de Júlio, Sarah Afonso, Carlos Calvet, Júlio Pomar, Jorge Vieira e a coleção de José Pierre, entre outros. Em 1989 regressa a Lisboa. Em 1993 doa ao Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro parte do seu trabalho e espólio documental. Por sua vez, em 1999 à Fundação Cupertino de Miranda é doado a totalidade da sua colecção. Em 2000 é editado o álbum O que a Luz Oculta com poemas e desenhos de sua autoria. A Fundação Cupertino de Miranda dedica-lhe uma exposição retrospectiva e de homenagem por ocasião do seu 80.º aniversário. Desta exposição resulta um álbum biográfico com a reprodução de cerca de 150 das suas obras. Encontra-se representado em diversas colecções privadas e em instituições como o Museu do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Biblioteca Nacional, Biblioteca de Tomar, Fundação Cupertino de Miranda, Museu Machado de Castro, Fundação António Prates, Fundación Eugenio Granell (Galiza),Museu de Castelo Branco,entre outros. Apesar do grupo Os Surrealistas se ter desmembrado ainda na década de 1950, Cruzeiro Seixas continua, agora num percurso individual, embora com as naturais dificuldades de alguém com 92 anos. Aurelino Costa Aurelino Costa nasceu em Argivai,Póvoa de Varzim,1956.Poeta e diseur. Obra Poesia Solar (1992); Na Raiz do Tempo (2000); Pitões das Júnias, com Anxo Pastor (2002); Amónio (2003), 2ª edição (bilingue, castelhano-português) tradução de Sílvia Zaias (2006); Na Terra de Genoveva (2005); Domingo no Corpo (2013)/Deriva Ed. Antologias A Poesia é Tudo (2004); Na Liberdade – 30 anos – 25 de Abril (2004); Vento – Sombra de Vozes/Viento – Sombra de Voces (2004); Son de Poesia (2005); Os Dias da Criação (2006); Canto de Mar (2005); hotel ver mar, (bilingue Português-Alemão) tradução de Michael Kegler (2009); Portuguesia ContraAntologia (2009); Os dias do Amor (2009); Pegadas (2011); Corté la naranja en dos, tradução de Fernando Reyes (2012); Amado Amato (2012); A Arqueologia da Palavra e a Anatomia da Língua (2013); Cunhal/Cem anos/100 palavras (2013); De voz dada, Porta XIII, Amália e os Poetas (2013); Barricadas de Estrelas e de Luas, Antologia Poética no Centenário da Primeira Guerra Mundial (2013). Vencedor do prémio Mineiro poético/2011. Discografia Na Voz do Regresso, ed. Comemorativa do Centenário de Nascimento de José Régio, com o Maestro António Victorino D'Almeida (2001); Confluência CD Áudio, com Alberto Augusto Miranda (2002); Torga – Poesia, com Victorino d'Almeida (2009). Colaboração/narração em Miguel Cervantes & las Músicas del Quixote, com Hespérion XXI,sob a direção de Jordi Savall (2006). Participação no CD Peiwoh na voz da soprano Arianna Savall com o poema Harpa e delírio da água,Ed.Alia Vox (2009). Participação/diseur nos filmes Olhar Coimbra e Olhar o Mar (1993/1995). Cinema ator em Netto e o domador de cavalos, de Tabajara Ruas, Rio Grande do Sul – Brasil (2008) e em O tempo e as bruxas, de António Victorino d'Almeida (2012). Televisão colaboração nas séries Pianíssimo (2006), e Sons do Tempo (2007), RTP1,de António Victorino d'Almeida. Carlos Quiroga Escrevo por indispensabilidade íntima, antiga. Publico quando posso por imperativo histórico - abrigo uma Causa. Procuro que na troca e na lusografia o meu impaís se ampare como tem procurado o Galeguismo. E contesto a ortografia castelhana para a minha língua, esta. Mas não tenho nada contra qualquer idioma: acho apenas que no meio da indigência o galego é também oportunidade. De resto, o que me dá de comer ao corpo é ser professor na Universidade de Santiago. Imaginei ou dirigi várias revistas (O Mono da Tinta, o Máximo, Agália). Mexi algo em fotografia, vídeo (EU-KA-LO, 2005; Saudade - Un murmullo intraducible no México, 2009). Ando nalguma antologia, congresso, jornal e tal.Recebi verídicos prémios,duas vezes o Carvalho Calero de narrativa. Em livro editei G.O.N.G. (1999), Periferias (1999, 2006 no Brasil), O Castelo da Lagoa de Antela (Itália 2004), A Espera Crepuscular (2002), O Regresso a Arder (2005), Venezianas (2007), Inxalá (2006; 2008 e 2010 em Portugal). E acaba de sair no Brasil o Império do Ar. Carmo Neto Nasceu na Província de Malanje, em Angola. Advogado e jornalista. É membro da Ordem dos Advogados de Angola. É o atual secretário-geral da União dos Escritores Angolanos. Membro fundador do Jornal Desportivo de Angola e da Revista das Forças Armadas. Concluiu o curso de direito na Universidade Agostinho Neto. Publicou várias obras dentre as quais se destaca, o livro Degravata. Em Portugal, está representado na Antologia de Contos Angolanos Balada dos Homens que Sonham (Clube do Autor, 2012). Para 2014 prepara a publicação de uma novela e uma coletânea de contos. Cristina Norton Cristina Kas Norton nasceu em 28 de fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina,e reside em Portugal há mais de 30 anos. Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e História de Arte na ESARES, cursos que deixou incompletos. Desde os 17 anos que colabora em revistas e jornais literários de diversos países. A sua obra está publicada em Portugal, no Brasil, no Chile e em Espanha, e engloba a poesia, o romance e o conto. Dos vários títulos que publicou, para além de O Segredo da Bastarda, destacam-se O Afinador de Pianos, O Lázaro do Porto, O Barco de Chocolate (contos infantis,Prémio Adolfo Simões Müller,2002), A Casa do Sal e O Guardião de Livros. Eduardo Lourenço Eduardo Lourenço nasceu a 23 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda. Frequenta a Escola Primária na sua terra natal e o 1º. Ano do Ensino Secundário no Liceu Afonso de Albuquerque, na Guarda. Entra em 1935 no Colégio Militar, em Lisboa, cujo curso conclui em 1940. Frequenta o Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra onde conclui a Licenciatura (23 de Julho de 1946), com uma Dissertação com o título O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto. Primeira parte. Em 1947, assume as funções de Professor Assistente nessa Universidade,cargo que desempenha até 1953.Desde então e até 1958,exerce as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg e Montpellier. Nos anos de 1958 e 1959, rege, na qualidade de Professor Convidado, a disciplina de Filosofia na Universidade Federal da Baía (Brasil). Ocupa depois o lugar de Leitor a cargo do Governo francês nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta última Universidade irá desempenhar posteriormente as funções de “Maître-Assistant”, cargo que manterá até à sua jubilação no ano letivo de 1988-1989. Recebe em 1974, o Prémio Casa da Imprensa, pelo seu livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente. Dirige, a partir do Inverno de 1988, a revista Finisterra Revista de Reflexão e Crítica. É nomeado, em 1989, Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal em Roma. Condecorado em 10 de Junho de 1981, Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, recebeu inúmeras distinções, entre as quais se destacam: Prémio Casa da Imprensa, pelo livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente (1974); Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, pelo seu livro Poesia e Metafísica (1984); Prémio Nacional da Crítica, pelo livro Fernando, Rei da nossa Baviera (1986); Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon (1988); Prémio António Sérgio (1992); Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1992); Prémio D. Dinis, de Ensaio, pela sua obra O Canto do Signo (1995); Prémio Camões (1996); Officier de l'Ordre de Mérite pelo Governo francês (1996); Chevalier de L'Ordre des Arts et des Lettres pelo Governo francês (2000); Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora (2001); Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra (2001); Cavaleiro da Legião de Honra (2002); Prémio da Latinidade (2003); Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2003); Prémio Extremadura a la Creación (2006); Medalha de Mérito Cultural pelo Governo português (2008); Medalha de Ouro da Cidade da Guarda (2008); Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil pelo Rei de Espanha (2009) e em 2011, Prémio Pessoa. Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006), desde 2002 Eduardo Lourenço exerce as funções de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian. Bibliografia: Heterodoxia I. Coimbra, Coimbra Editora, 1949 (republicado em 2005); O Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga e o das Novas Gerações. Coimbra, Coimbra Editora, 1955; Heterodoxia II. Coimbra, Coimbra Editora, 1967 (republicado em 2006); Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista. Lisboa, Ulisseia, 1968 (republicado em 2007); Fernando Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Porto, Ed. Inova, 1973; Tempo e Poesia –À Volta da Literatura. Porto, Ed. Inova, 1974 (2ª. edição na Relógio de Água, Lisboa, 1987; republicado em 2003); Os Militares e o Poder. Lisboa, Editora Arcádia, 1975; O Fascismo Nunca Existiu. Publicações D. Quixote, 1976; Situação Africana e Consciência Nacional. Lisboa, Pub. Génese, 1976; O Labirinto da Saudade – Psicanálise Mítica do Destino Português, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1978 (edições sucessivas na Dom Quixote e Círculo de Leitores. Republicado em 2000 com novo prefácio); O Complexo de Marx ou o Fim do Desafio Português. Lisboa, Publicações D. Quixote, 1979; O Espelho Imaginário – Pintura, Anti-Pintura, NãoPintura, Lisboa, Imprensa Nacional Cada da Moeda, 1981; Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Porto, Editorial Inova, 1981; Poesia e Metafísica –Camões,Antero, Pessoa.Lisboa,Sá da Costa Editora,1983; Ocasionais I/1950-1965. Lisboa, A Regra do Jogo, 1984; Fernando, Rei da Nossa Baviera, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1986 (republicado em 2008); Heterodoxias I e II, Lisboa, Assírio & Alvim, 1987; Fernando Pessoa, Roi de Notre Bavière. Paris, Chandeigne, 1988; Le Labyrinthe de la Saudade – Psycanalyse Mythique du Destin Portugais. Bruxelles,Ed.Sagres-Europa,1988; Nós e a Europa ou as Duas Razões. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1988; L'Europe Introuvable. Jalons pour une Mythologie Européenne. Paris, Métaillé, 1991; O Canto do Signo – Existência e Literatura (1957/1993). Lisboa, Editorial Presença, 1994; A Europa Desencantada – Para uma mitologia europeia. Lisboa, Gradiva, 1994; Le Miroir Imaginaire – Essais sur la Peinture, Bordeaux, Ed. L'Escampette, 1994; Fernando Re Della Nostra Baviera. Roma, Empiria, 1997; Mythologie de la Saudade. Essais sur la Mélancolie Portugaise. Paris, Ed. Chandeigne,1997; Nós como Futuro. Lisboa, Assírio & Alvim (fotografias de Jorge Molder), 1997; Portugal-Europa, Mythos und Melancholie: Essays. Frankfurt, TFM, 1997; O Esplendor do Caos. Lisboa, Gradiva, 1998; A Nau de Ícaro seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia. Lisboa, Gradiva, 1999; Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade.Lisboa,Gradiva,1999; Mi És Europa. Búbosbanka,Ed.Ibisz, 1999; La Culture à L'Ere de la Mondialisation, suivi d'un Portrait par Catherine Portevin. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001; Mythologie der Saudade. Zur Portugiesischen Melancholie. Frankfurt am Main, Ed. Suhrkamp, 2001; Europa y Nosotros o las Dos Razones. Madrid, Huerga y Fierro Editores, 2001; Le Poète dans la Cité (Aujourd'hui) – De Dichter in de Samenleving (Vandaag). Bruxelles, Instituto Camões – Delegação da Bélgica, 2002; Chaos a Nádhena – Eseje o Identité. Praha, Dauphin, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays. Dartmouth, Center for Portuguese Studies and Culture, University of Massachusetts Dartmouth, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays, Carlos Veloso (ed.), Dartmouth. Center for Portuguese Studies and Culture, University of Massachusetts Dartmouth, 2002; The Little Lusitanian House: Essays on Portuguese Culture. Providence, Gavea-Brown Pub, 2003; Destroços – O Gibão de Mestre Gil e Outros Ensaios. Lisboa, Gradiva, 2004; O Lugar do Anjo – Ensaios Pessoanos. Lisboa, Gradiva, 2004; O Outro Lado da Lua – a Ibéria segundo Eduardo Lourenço. Porto, Campo das Letras, 2005; A Morte de Colombo – Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito. Lisboa, Gradiva, 2005; Pessoa L'Etranger Absolu. Paris, Métaillé, 2006; As Saias de Elvira e Outros Ensaios. Lisboa, Gradiva, 2006; Paraíso sem Mediação. Breves ensaios sobre Eugénio de Andrade. Porto,Asa,2007; A Esquerda na Encruzilhada ou fora da História? Lisboa, Gradiva,2009; Pequena Meditação Europeia. Lisboa,Verbo,2011. Elgga Moreira Helga Moreira, publicou o seu primeiro livro, Cantos do Silêncio (ed. autora), em 1978,seguido de Fogo Suspenso, em 1980 (edições O Oiro do Dia), Quem não vier do sul, 1983 (edições O Oiro do Dia),e Aromas,1985 (edições & etc.). Publicou em 1996,o livro Os Dias Todos Assim (edições & etc.). Em 2001 publicou Um Fio de Noite e colaborou no volume Vozes e Olhares no Feminino, edições Afrontamento, organizado por Isabel Pires de Lima. Em 2002, publicou Desrazões (Quasi Editores) e em 2003 Tumulto (edições & etc), livro que sinaliza uma viragem na sua poesia, afirmando as marcas identitárias. Ainda em 2003, participou, juntamente com Luís Adriano Carlos, Amadeu Baptista, Fernando Guerreiro, Alexandre Vargas, António Cândido Franco, José Emílio Nelson na antologia Poesia Digital, 7 Poetas dos Anos 80, da Campo das Letras. Agora que falamos de morrer foi publicado em 2006,pela editora & etc. É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. Vermelho é a cor de Elgga Moreira. Filipa Leal Filipa Leal (Porto, 1979) formou-se em Jornalismo na Universidade de Westminster, Londres, e concluiu o Mestrado em Literatura (Estudos Portugueses e Brasileiros) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Publicou o seu primeiro livro, lua-polaroid (ficção), em 2003, e estreou-se na poesia no ano seguinte com Talvez os Lírios Compreendam (Cadernos do Campo Alegre). Seguiram-se, na editora Deriva, A Cidade Líquida, O Problema de Ser Norte, A Inexistência de Eva (finalista do Prémio Correntes d'Escritas) e Vale Formoso (2012). Foi, durante três anos, jornalista e locutora residente do programa Câmara Clara/ Diário Câmara Clara,da RTP2. Fez uma passagem pela Rádio Nova, foi editora do suplemento Das Artes, Das Letras no jornal O Primeiro de Janeiro e, mais recentemente, da revista da Casa Fernando Pessoa. Colaborou também com a revista Os Meus Livros. Integrou o projecto LEM (Lisboa, Encruzilhada de Mundos), na Câmara Municipal de Lisboa, participando na produção e divulgação do Festival TODOS, entre outros. Depois de um ano de formação no Balleteatro do Porto, começou a participar, em 2003, em recitais de poesia no Teatro do Campo Alegre (Porto), ciclo Quintas de Leitura, e desde então tem feito leituras com regularidade (CCB, Casa Fernando Pessoa,Casa da Música,Teatro São Luiz,etc.). Tem colaborações dispersas em vários jornais e revistas (Egoísta, MeaLibra, INÚTIL, Colóquio Letras, Textos e Pretextos, entre outras). Está representada em antologias em Portugal e no estrangeiro (Itália, Croácia, Galiza, Colômbia e Venezuela), e o seu livro A Cidade Líquida e Outras Texturas foi recentemente publicado em Espanha, em edição bilingue. Em 2010, teve um dos seus poemas exposto no Metro de Varsóvia, na iniciativa Poems on the Underground e, já em 2012,representou Portugal no Festival de Poesia de Berlim. Em 2013, escreveu e encenou a sua primeira peça de teatro. Morrer na Praia estreou em Lisboa, no Teatro Rápido, e passou pelo Teatro do Campo Alegre, no Porto,tendo sido vista por mais de 700 pessoas. Actualmente, está a coordenar, com Inês Fonseca Santos, o ciclo de conversas Os Espaços em Volta na Casa Fernando Pessoa. Francisco José Viegas Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa. De junho de 2011 a outubro de 2012 exerceu o cargo de Secretário de Estado da Cultura do XIX Governo Constitucional. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio e televisão. Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Crime em Ponta Delgada, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em Casablanca e O Colecionador de Erva. Os seus livros estão publicados na Itália, Alemanha, Brasil, França e República Checa. Golgona Anghel Subiu dez andares para assim nos poder olhar de frente. Não lhe interessa o que dizem os dissidentes da ditadura. Mas confessa que gostava dos chocolates Toblerone que a sua tia lhe trazia no Natal. Colecciona cabelos nas folhas de um herbário sentimental. Escreve a palavra vazio depois da palavra espera. É como a Salomé — dizem — pede cabeças mas só lhe entregam pizzas. Perdeu a fé num ataque de riso. Exige agora silêncio e um copo de tinto, enquanto apresenta em directo a autópsia da sua glória. Bibliografia Eis-me Acordado Muito Tempo Depois de Mim — uma biografia de Al Berto, Quasi Edições, 2006; Crematório Sentimental — Guia de Bem-Querer, Quasi Edições, 2007; Vim Porque me Pagavam, Mariposa Azual, 2011; Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho,Assírio & Alvim,2013. Helder Macedo Helder Macedo, celebrado autor de Partes de África é uma das vozes mais expressivas da literatura de língua portuguesa contemporânea. Com a sua liberdade de recriar as palavras e fazer as frases moldarem-se à sua arte, Helder Macedo nunca deixa de surpreender o seu público leitor. Tendo iniciado a sua vasta obra de poeta, romancista, ensaísta e crítico literário em 1957 com o livro de poemas Vesperal, da sua escrita de poesia resultaram mais tarde Viagem de Inverno (1994) e Poemas Novos e Velhos (2011), ambos publicados pela Editorial Presença. Partes de África (1991) assinala a estreia do autor na ficção, seguida de Pedro e Paula (1998), Vícios e Virtudes (2000), Sem Nome (2005), Natália (2009), e Tão Longo Amor Tão Curta A Vida (2013), todos publicados pela Presença, que também editou a colectânea de ensaios Trinta Leituras em 2007. Estudos sobre a sua obra incluem os volumes coletivos A Experiência das Fronteiras: Leituras da Obra de Helder Macedo (Eduff, Rio de Janeiro, 2002) e A Primavera Toda Para Ti: Homenagem a Helder Macedo (Editorial Presença,Lisboa, 2004), bem como estudos em volumes individuais de vários autores, entre os quais Claudio Guillén (De leyendas y lecciones, Crítica, Barcelona, 2007), Phillip Rothwell (A Canon of Empty Fathers, Bucknell University Press, Massachusetts, 2007) e Teresa Cristina Cerdeira (A Tela da Dama, Editorial Presença, Lisboa, 2014). Ficção e poesia: Vesperal, Folhas de Poesia, Lisboa, 1957; Das Fronteiras, Pedras Brancas,Covilhã,1962; Poesia 1957-1968, Moraes Editores,Lisboa,1969; Poesia 1957-1977, Moraes Editores, Lisboa, 1979; Partes de África, Editorial Presença, Lisboa, 1991 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Diabasis, Bolonha, 2010 | Leipziger Literaturverlag, Leipzig, 2010; Viagem de Inverno, Editorial Presença, Lisboa, 1994; Pedro e Paula, Editorial Presença, Lisboa, 1998 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Editores Tusquets, Barcelona, 2002 |Giulio Einaudi Editore,Torino, 2003; Viagem de Inverno e Outros Poemas, Editora Record, Rio de Janeiro, 2000 | Vícios e Virtudes, Editorial Presença, Lisboa, 2000, 2001 | Editora Record, Rio de Janeiro, 2002; Sem Nome, Editorial Presença, Lisboa, 2005 (Prémio do PEN Cube Português) | Editora Record, Rio de Janeiro, 2006 | Tusquets Editores, Barcelona, 2008 | Comma 22, Bolonha, 2011; Natália, Editorial Presença,Lisboa,2009 | Azougue,Rio de Janeiro,2010; Poemas Novos e Velhos, Editorial Presença, Lisboa, 2011; Tão Longo Amor Tão Curta a Vida, Editorial Presença,Lisboa,2013 |Editora Rocco,Rio de Janeiro,2013. Ensaio: Nós, Uma Leitura de Cesário Verde, Plátano Editora, Lisboa, 1975/4ª edição, Editorial Presença, Lisboa, 1999; Do Cancioneiro de Amigo (em colaboração com Stephen Reckert), Assírio & Alvim, Lisboa, 1976/3ª edição 1996); Do Significado Oculto da Menina e Moça (Prémio da Academia das Ciências de Lisboa), Moraes Editores, Lisboa, 1977/2ª edição Guimarães Editores, Lisboa, 1999; Contemporary Portuguese Poetry (com a colaboração de E. M. de Melo e Castro), Carcanet Press, Manchester, 1978; Camões e a Viagem Iniciática,Moraes Editores,Lisboa,1980/edições revistas e aumentadas,Móbile, Rio de Janeiro, 2013 e Abysmo, Lisboa, 2013; Cesário Verde: o Romântico e o Feroz, & Etc, Lisboa, 1988; Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, Dom Quixote, Lisboa, 1990/2ª edição 1999; Viagens do Olhar: Retrospecção, Visão e Profecia no Renascimento Português (com Fernando Gil), Campo das Letras, Porto, 1998 (Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Internacional de Críticos Literários e Prémio do PEN Clube Português)/University of Massachusetts Press, Dartmouth, 2009; Obras de Bernardim Ribeiro (com a colaboração de Maurício Matos),Editorial Presença,Lisboa,2010. Inês Fonseca Santos Inês Fonseca Santos (Lisboa,1979) Jornalista e escritora. Tirou o curso de Direito (Faculdade de Direito de Lisboa) e fez o mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea (Faculdade de Letras de Lisboa). Na televisão, trabalhou como jornalista nos programas Sociedade das Belas Artes, Laboratório (ambos da SIC Notícias), Câmara Clara e Diário Câmara Clara (ambos da RTP 2), do qual foi ainda editora e apresentadora. É, neste momento, responsável pelos conteúdos editoriais da série documental Tradições – Retalhos da Vida de um Povo (SIC Notícias). Escreveu o ensaio A Poesia de Manuel António Pina –O Encontro do Escritor com o seu Silêncio (Dep.Estudos Românicos da FLUL); a biografia Produções Fictícias – 13 Anos de Insucessos (Oficina do Livro); e os livros de poesia As Coisas e A Habitação de Jonas (ambos da Abysmo).Escreveu ainda para o Prontuário do Riso (Tinta-da-China) e colaborou com várias revistas: Ficções, Relâmpago, Textos e Pretextos, Elle, entre outras. Textos seus figuram em antologias portuguesas e estrangeiras. Foi coordenadora do programa de rádio A História Devida (Antena 1/ Produções Fictícias) e organizou, com Nuno Artur Silva, a Antologia do Humor Português (Texto). Na Casa Fernando Pessoa, coordenou o ciclo Humor de Pessoa (2013) e, ao longo de 2014, é responsável, com Filipa Leal, pelos debates Os Espaços em Volta. Inês Pedrosa Inês Pedrosa nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação, trabalhou em rádio, imprensa e televisão. Manteve durante anos uma crónica semanal no Expresso, que foi galardoada, em 2007, com o Prémio Paridade da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Atualmente é diretora da Casa Fernando Pessoa,colunista do semanário Sol e da revista Ler. Ao longo de 20 anos de escrita publicou os seguintes romances: A Instrução dos Amantes, Nas Tuas Mãos (Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o Desejo e Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura). Escreveu ainda duas novelas fotográficas – Carta a uma Amiga, com fotografias de Maria Irene Crespo e Do Grande e do Pequeno Amor, com fotografias de Jorge Colombo – e o livro de contos Fica Comigo Esta Noite, além de ensaios biográficos, crónicas, antologias e o livro de viagens No Coração do Brasil, com desenhos de João Vilhena. Dentro de Ti Ver o Mar,publicado em 2012,é a sua obra mais recente. Encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. O seu romance A Eternidade e o Desejo foi finalista do Prémio Literário PT 2009 e do Prémio Correntes d'Escritas 2010. Bibliografia Mais Ninguém Tem, 1991, infantil, com ilustrações de Jorge Colombo; A Instrução dos Amantes, 1992, romance; Nas Tuas Mãos, 1997, romance; Prémio Máxima de Literatura; José Cardoso Pires: Fotobiografia, 1999, fotobiografia; 20 Mulheres Para o Século XX, 2000, ensaio biográfico; Poema de Amor - Antologia de Poesia Portuguesa, Organização e prefácio, 2001, antologia; Fazes-me Falta, 2002, romance; A Menina Que Roubava Gargalhadas, 2002, infantil, com desenhos de Júlio Pomar; Fica Comigo Esta Noite, 2003, contos; Anos Luz: Trinta Conversas para Celebrar o 25 de Abril; 2004, entrevistas; Crónica Feminina, 2005, crónicas; Carta a Uma Amiga, 2005, novela fotográfica, com Maria Irene Crespo; Do Grande e do Pequeno Amor, 2006, novela fotográfica, com Jorge Colombo; Os Melhores Amigos - Contos Sobre a Amizade, Organização e prefácio, 2006, antologia; A Eternidade e o Desejo, 2007,romance; finalista do Prémio PT 2009 e do Prémio Correntes d'Escritas 2010; No Coração do Brasil -Seis Cartas de Viagem ao Padre António Vieira, 2008, livro de viagens, com desenhos de João Queiroz; Os Íntimos, 2010, romance; Prémio Máxima de Literatura, Dentro de Ti Ver o Mar, 2012,romance. Isabel Pires de Lima Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Membro do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (FCT). Professora convidada em Universidades europeias, africanas, americanas e asiáticas. Doutorada em Literatura Portuguesa com a tese As Máscaras do Desengano para uma leitura sociológica de 'Os Maias' de Eça de Queirós (1987); é especialista em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e em estudos queirosianos com dezenas de títulos publicados; trabalha ainda em Estudos Interartísticos e em Literaturas Comparadas em língua portuguesa. Promotora de inúmeros colóquios e congressos nacionais e internacionais. Deputada à Assembleia da República Portuguesa (1999-2005/2008-2009). Ministra da Cultura de Portugal (2005-2008). Grande Oficial da Ordem do Infante D.Henrique. Isaque Ferreira Isaque Ferreira, Porto, 1974. Diseur com dezenas de apresentações nas Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, entre centenas de participações noutros eventos literários. Coordena a área de poesia dos Cíclos de Música e Poesia da Fundação Cupertino de Miranda e a Oficina Locomovente da Poesia. Organiza a Poesia na Relva para o Festival de Paredes de Coura. Queria que tudo o que dissesse fosse poesia para os ouvidos de alguém. Está mais perto. Realiza sonhos. Ivo Machado Nasceu em 1958, na ilha Terceira, onde publicou os primeiros poemas. Tem colaboração dispersa em diferentes revistas literárias e participou em encontros de escritores em Portugal, Espanha, Itália, Brasil, BósniaHerzegovina e Estados Unidos. Tem realizado leituras da sua poesia em diversos países europeus e sul-americanos. Os seus poemas estão traduzidos em línguas como espanhol, italiano, bósnio, alemão, inglês, húngaro, eslovaco, letão e incluídos em numerosas antologias portuguesas e estrangeiras. É membro da Associação Portuguesa de Escritores e do P.E.N. Clube Português. Vive nos arredores do Porto desde 1987. Publicou Poesia Alguns Anos de Pastor (1981); Três Variações de um Sonho (1995); Cinco Cantos com Lorca e Outros Poemas (1998); Adágios de Benquerença (2001); Os Limos do Verbo (2005); Verbo Possível (2006); Poemas Fora de Casa (2006); Quilómetro Zero (2008); Tamujal (2009) e Animal de Regressos (2011). Teatro O Homem que Nunca Existiu (1997). Novela Nunca Outros Olhos Seus Olhos Viram (1998). Em 2011 publica o primeiro livro infantil: A Menina Que Queria Ser Bailarina. Joana Bértholo Joana Bértholo chega a Lisboa em 82, à Índia em 2003, a Berlim em 2007, a Buenos Aires em 2009, e a Sevilha em 2012. Chega a estudar Design, chega a escrever uma tese de mestrado sobre práticas artísticas de intervenção social mas segue direto para o doutoramento em Estudos Culturais. Debruça-se sobre o tema das sombras. Ao longo de tudo isto nunca chega a parar de escrever,e chega a ganhar alguns prémios. Publicados tem pela Caminho o romance Diálogos para o Fim do Mundo (2010), Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (2009) e Havia – Histórias de coisas que havia e de outras que vai havendo (2012). João de Melo João de Melo nasceu nos Açores, em 1949, e fez os seus estudos no continente. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e foi professor nos ensinos secundário e superior. Entre 2001 e 2010, desempenhou o cargo de Conselheiro Cultural na Embaixada de Portugal em Madrid. Autor de vinte livros já publicados (ensaio,antologia,poesia,romance e contos), algumas das suas obras de ficção valeram-lhe vários prémios literários, nacionais e estrangeiros, e foram adaptadas para teatro e televisão, estando traduzidas em cerca de uma dezena de países (Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, México e Croácia). Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será apresentada a edição comemorativa dos 25 anos do seu livro Gente Feliz com Lágrimas, Dom Quixote. Bibliografia O Meu Mundo não é Deste Reino (romance, 1983); Autópsia de Um Mar de Ruínas (romance, 1984); Entre Pássaro e Anjo (contos, 1987); Os Anos da Guerra (antologia, 1988); Gente Feliz Com Lágrimas (romance, 1988); Bem-Aventuranças (contos, 1992); Dicionário de Paixões (crónicas, 1994); O Homem Suspenso (romance, 1996); Açores, O Segredo das Ilhas (livro de viagem, 2000); Antologia do Conto Português (2002); As Coisas da Alma (contos, 2003); O Mar de Madrid (romance,2006); O Vinho (conto,2007); A Divina Miséria (novela,2009). João Gobern João Gobern nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço para futebóis e coboiadas. Estudou até ao momento em que os jornais falaram mais alto do que o Direito. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e, assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vespertino antes do desafio de O Independente.Foi director do Se7e (1991-1994),transitando para a Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em O Ponto, em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de Notícias), na Egoísta, no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no Correio da Manhã e na Playboy. Escreveu ficção para a revista do i. Na rádio, passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em Teledependentes, sempre na RTP. Actualmente, realiza, em parceria com Pedro Rolo Duarte, o Hotel Babilónia (Antena Um), e integra o painel de comentadores do Trio d'Ataque (RTPi). Publicou, em 2006, o livro Boca Doce. Vive na Póvoa de Varzim, outra vez com vista para o mar. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o seu livro de crónicas Pano para Mangas, da Âncora Editora. João Moita João Moita nasceu em Alpiarça em 1984. Publicou O vento soprado como sangue (Cosmorama, 2009) e Miasmas (Cosmorama, 2010). Em 2013, seleccionou e traduziu uma antologia da poesia de Antonio Gamoneda (Oração Fria,Assírio & Alvim).Prepara um novo conjunto de poemas, Fome. João Ricardo Pedro João Ricardo Pedro nasceu em 1973,na Reboleira,Amadora. Curioso acerca da força de Lorentz, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico. Durante mais de uma década, trabalhou em telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis equações de Maxwell. Na primavera de 2009, em consequência do caráter caprichoso dos mercados, achou-se com mais tempo do que aquele de que necessitava para cumprir as obrigações do quotidiano. Num acesso de pragmatismo, começou a escrever. O Teu Rosto Será o Último é o seu romance de estreia e está já publicado em diversas línguas. João Rios João Rios é pseudónimo de Manuel Vasques, nascido em 1964, em Vila do Conde. Editou os livros: No fogo dos Outros; Este país só ao balcão Pago no acto da entrega; A Impaciência das cores seguido de Dicionário das Insignificâncias; Súmula da Negação; O cão dos dedos; Livro das Legendas e mais recentemente Aprendizagem Balnear. Participou nas antologias: Homenagem a Julio – Saúl Dias; Poesia à mesa; Sombra de Vozes; A musa ao Espelho –Phatos; Divina Música; Diga trinta e três. Colaborou nas revistas: Espanta Pardais, Brilho no Escuro, e actualmente, com a revista rasca e vadia, Cru. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o livro Livros Nómadas do Sangue, Edita-me. João Tordo João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Licenciou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura. Publicou os romances O Livro dos Homens sem Luz (2004); Hotel Memória (2007); As Três Vidas (2008), que recebeu o Prémio Literário José Saramago e cuja edição brasileira foi, em 2011, finalista do Prémio Portugal Telecom; O Bom Inverno (2010), finalista do prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Literário Fernando Namora e cuja tradução francesa integra as obras seleccionadas para a 6.ª edição do Prémio Literário Europeu; Anatomia dos Mártires (2011), finalista do Prémio Literário Fernando Namora; e O Ano Sabático (2013). Os seus livros estão publicados em França,Itália,Brasil,Sérvia e Croácia. Trabalha como cronista,tradutor,guionista e formador em workshops de ficção. José Carlos de Vasconcelos Nasceu em Freamunde, em 1940, mas sempre viveu na Póvoa de Varzim, onde fez a Escola e o Liceu, e muito cedo iniciou a atividade jornalística e cultural, designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera (1960). Depois, estudou Direito em Coimbra, onde foi, bem como a nível nacional, destacado dirigente associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redação da Via Latina, fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, ator do TEUC, etc. Foi ainda dirigente do Cine-clube e chefe de redação da revista de cultura Vértice, então, com a Seara Nova, a mais importante. Já licenciado, foi para a redação do Diário de Lisboa, interveio ativamente na vida sindical (além do mais como presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa) e, como advogado, na defesa de presos políticos e jornalistas. Fez numerosas sessões de leitura de poesia, em vários pontos do país, só ou 'acompanhado' por Carlos Paredes,como participou em sessões de Canto Livre com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel Freire,entre outros. Logo após o 25 de Abril esteve na direção do Diário de Notícias e da informação da RTP. Na RTP fez também, com Fernando Assis Pacheco, ainda em 1974, o primeiro programa literário, Escrever é Lutar, e foi, durante muitos anos, comentador político (na RTP-1 e na RTP-2) - tendo pertencido ainda ao seu Conselho de Opinião. Foi um dos fundadores de O Jornal (propriedade dos próprios jornalistas), seu diretor e diretor editorial do grupo, que criou várias outras publicações (como o Sete, o Jornal da Educação, e a História, entre outras), uma editora, a TSF/ Rádio Jornal, com uma cooperativa de profissionais de rádio, etc. Foi também fundador e diretor editorial da revista Visão, que substitui O Jornal, presidiu à assembleia geral do Sindicato e do Clube dos Jornalistas-bem como à direção deste último. Participou em numerosas iniciativas cívicas e integrou nomeadamente, após o 25 de Abril, a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, no âmbito da Presidência do Conselho de Ministros, e, mais tarde, o Conselho Geral da Fundação Calouste Gulbenkian - em ambos os casos até à sua extinção. Foi deputado, à Assembleia da República, e presidiu à Comissão Parlamentar LusoBrasileira. Pertenceu à Comissão de Honra dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil,país a que está muito ligado. Tendo criado,em 1981,o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias,que desde aí manteve, regular e ininterruptamente, a sua publicação (quinzenal, e durante alguns anos semanal) é seu diretor desde o início até hoje; e também coordenador editorial da Visão e presidente do Conselho Geral do Sindicato de Jornalistas. Integra ainda o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Conselho das Ordens Honoríficas Nacionais (no âmbito da Presidência da República) e o Conselho Consultivo do Instituto Camões. Tem dez títulos de poesia, três livros infantojuvenis, um livro de entrevistas (Conversas com José Saramago, 2011, Ed. JL/Visão) e um livro sobre Lei de Imprensa/ Liberdade de Imprensa.As suas últimas obras editadas são, de poesia, O Mar A Mar A Póvoa, com ilustrações de Júlio Resende (2001), Repórter do Coração, com pintura de Graça Morais (2004), Caçador de Pirilampos (2007), com ilustrações de Júlia Landolt, todas com a chancela da ASA, e O sol das palavras (2011, Ed. Modo de Ler); e, infantojuvenis, Florzinha, gota de água; Arco, Barco, Berço, Verso, com novas ilustrações (2010) e A gaivota e o passaroco (2011) todos Ed. Gradiva. Em dezembro de 2013 lançou, na Póvoa de Varzim, o livro O Mar a Mar a Póvoa II, da Modo de Ler Editores. Entre outras distinções foram-lhe atribuídos o Prémio Cultura, da Fundação Luso-Brasileira, para personalidades dos dois países, logo na sua 1ª edição, e todos os prémios de carreira do jornalismo português: o do Clube Português de Imprensa; o da Casa de Imprensa; o Manuel Pinto de Azevedo, da Fundação Século XXI/ O Primeiro de Janeiro; o Gazeta, Prestígio, do Clube de Jornalistas. E também o Prémio Farnheit 451, da União dos Editores Portugueses, e o Açor Reconhecimento, do III Encontro Internacional de Imprensa não Diária, nos Açores. É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa. José Mário Silva José Mário Silva nasceu a 2 de Março de 1972,em Paris.Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,é jornalista desde 1993. No Diário de Notícias, foi editor adjunto do suplemento DNA e da secção de Artes. Fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos pela RTP2 (Portugalmente e Juízo Final). Neste momento, trabalha como freelancer. É coordenador da secção de Livros e crítico literário do jornal semanário Expresso,além de colaborador da revista Ler. Publicou três livros: Nuvens & Labirintos (poesia, Gótica, 2001), ao qual foi atribuído o Prémio Literário Cidade de Almada; Efeito Borboleta e outras histórias (narrativa, Oficina do Livro, 2008); e Luz Indecisa (poesia, Oceanos, 2009). Traduz ocasionalmente do francês e do inglês. Coordena um clube de leitura.Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel (http://bibliotecariodebabel.com). Em fevereiro de 2011, durante a 12ª edição das Correntes d'Escritas (Póvoa de Varzim), foi-lhe atribuído o Prémio Especial do Júri na categoria jornalista/crítico literário dos Prémios de Edição Ler/Booktailors. José Ovejero José Ovejero nasceu em Madrid em 1958. A sua paixão pela literatura e pelo jornalismo leva-o a dividir a sua vida entre a cidade natal e Bruxelas. Romancista, contista, ensaísta, dramaturgo e poeta, por todos estes géneros recebeu diversos prémios literários. Pelo último romance, A Invenção do Amor, foi destacado com o Prémio Alfaguara de Romance em 2013. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado em Portugal o seu livro A Invenção do Amor, Alfaguara. José Rentes de Carvalho J. Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia, onde viveu até 1945. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris. Em 1956 passou a viver em Amesterdão, na Holanda, como assessor do adido comercial da Embaixada do Brasil. Licenciou-se (com uma tese sobre Raul Brandão) na Universidade de Amesterdão, onde foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. Em 2012 foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/Câmara Municipal de Castelo Branco 2010-2011 com o livro Tempo Contado, e em 2013 recebeu o Grande Prémio de Crónica APE/Câmara Municipal de Sintra por Mazagran.Os seus livros Com os Holandeses, Ernestina, A Amante Holandesa, Tempo Contado, La Coca, Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia, O Rebate, Mazagran e agora Mentiras & Diamantes estão atualmente disponíveis na Quetzal,que em abril irá publicar A Flor e a Foice. Lídia Jorge Lídia Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Da sua vasta obra destacam-se os romances O Dia dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982), Notícia da Cidade Silvestre (1984), os dois últimos distinguidos com o Prémio Cidade de Lisboa, A Costa dos Murmúrios (1988), um dos mais poderosos textos sobre a guerra colonial, adaptado ao cinema num filme de Margarida Cardoso, e O Jardim sem Limites (1995), distinguido com o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa. O Vale da Paixão (1998) recebeu os seguintes prémios: Dom Dinis, Bordallo, Ficção do Pen Club, Máxima de Literatura e o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia – Escritor Europeu do Ano, tendo sido ainda finalista do International IMPAC Dublin Literary Award 2003. O seu romance O Vento Assobiando nas Gruas (2002) conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Literário Correntes d'Escritas,e o romance Combateremos a Sombra,o Prémio Charles Bisset (2008). A sua obra encontra-se traduzida em muitas línguas e países, sendo recebida pelos críticos nacionais e internacionais com grande interesse. Pelo conjunto da sua obra, foi vencedora do prestigiado prémio da Fundação Günter Grass,na Alemanha,ALBATROS (2006) e do Grande Prémio Sociedade Portuguesa de Autores – Millennium BCP. Em 2011, foi distinguida com o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura; o júri, presidido por Eduardo Lourenço, premiou Lídia Jorge pela «consagração da sua obra, que muito tem contribuído para o enriquecimento do património cultural e literário do Portugal contemporâneo». Em 2013, a prestigiada revista francesa Le Magazine Littéraire incluiu Lídia Jorge entre“10 grandes vozes da literatura estrangeira”. É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. Verde-água é a cor de Lídia Jorge. O seu novo romance intitula-se Os Memoráveis e será publicado em Março de 2014 pelas Publicações Dom Quixote. Luís Filipe Castro Mendes Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950 e, ainda muito cedo, entre 1965 e 1967, foi colaborador do jornal Diário de Lisboa-Juvenil. Em 1974, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e desenvolveu, a partir de 1975, uma carreira diplomática,tendo nomeadamente sido Cônsul Geral no Rio de Janeiro e depois Embaixador em Budapeste, Nova Deli e junto da UNESCO. É, neste momento, Embaixador de Portugal junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo. Enquadrável numa estética pós-modernista, a sua obra revela um universo enigmático onde o fingimento e a sinceridade, o romântico e o clássico,a regra e o jogo conduzem às realizações mais lapidares e expressivas. Bibliografia Poesia Recados. Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1983; Seis Elegias e Outros Poemas.Porto,Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 1985; A Ilha dos Mortos. Lisboa, Quetzal, 1991; Viagem de Inverno. Lisboa, Quetzal, 1993; O Jogo de Fazer Versos. Lisboa, Quetzal, 1994; Modos de Música. Lisboa, Quetzal, 1996; Outras Canções. Lisboa, Quetzal, 1998; Poesia Reunida,1985-1999. Lisboa, Quetzal, 1999, e Rio de Janeiro, Topbooks, 2001; Os Dias Inventados. Lisboa, Gótica, 2001; Lendas da Índia. Lisboa, Dom Quixote, 2011; A Misericórdia dos Mercados. Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, cujo lançamento será feito nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. Ficção Areias Escuras. Lisboa, ER-Heptágono, 1983; Correspondência Secreta. Lisboa,Quetzal,1995. Manuel da Silva Ramos Nasceu na Covilhã, em 1947. Estudou Direito em Lisboa, mas por causa do fascismo exilou-se em França. Aos 21 anos ganha o Prémio de Novelística Almeida Garrett, com Os Três Seios de Novélia. Publica em parceria com Alface: Os Lusíadas, As Noites Brancas do Papa Negro e Beijinhos.Regressa a Portugal em 1997, e em 1999 publica quatro livros: Portugal, e o Futuro?, O Tanatoperador, Adeusamália e Coisas do Vinho. Em 2000 edita Viagem com Branco no Bolso e nos anos seguintes Jesus, The Last Adventure of Franz Kafka, Café Montalto, Ambulância, O Sol da Meia-Noite, A Ponte Submersa, Três Vidas ao Espelho e Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o livro Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras, edições Parsifal. Manuel Jorge Marmelo Manuel Jorge Marmelo nasceu em 1971, no Porto. Estreou-se na literatura em 1996 e publicou, de então para cá, mais de vinte títulos, entre os quais se contam os romances Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Somos Todos Um Bocado Ciganos, Aonde o Vento Me Levar, Os Fantasmas de Pessoa e As Sereias do Mindelo. Em 2005 conquistou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro O Silêncio de Um Homem Só. Em 2013 lançou uma nova colectânea de contos, Zero à Esquerda, bem como Crónicas do Autocarro, uma recolha de crónicas. Manuel Rivas Manuel Rivas, escritor, poeta, ensaísta e jornalista, nasceu na Corunha em 1957. É,desde 2009,membro da Real Academia Galega. Parte da sua obra poética encontra-se reunida na antologia El Pueblo de la Noche (1997). Em Portugal, com a chancela da Dom Quixote, foram publicados os seguintes livros: O Segredo da Terra; Que Me Queres, Amor?; O Lápis do Carpinteiro; Alma, Maldita Alma; As Chamadas Perdidas. É igualmente autor dos romances Todo Ben, Un Millón de Vacas, En Salvaxe Compaña, Os Comedores de Patacas, Mujer en el Baño, En Salvaxe Compaña, El Héroe, A Cuerpo Abierto, La Desaparición de la Nieve, A Man dos Paiños, Os Libros Arden Mal,Todo es Silencio, Lo más Extraño e Las Voces Bajas. À obra de Manuel Rivas, que se encontra traduzida em diversas línguas, já foram atribuídos, entre outros, os seguintes prémios: Prémio da Crítica Espanhola; Prémio Torrente Ballester de Narrativa; Prémio da Associação de Escritores em Língua Galega; Prémio Cálamo Extraordinário; Prémio Livreiros de Madrid; Prémio Arcebispo Xoán de San Clemente. Manuel Rui Manuel Rui Alves Monteiro nasceu em Nova-Lisboa, hoje Huambo, planalto central de Angola, em 1941. Licenciou-se em direito na Universidade de Coimbra - Portugal, onde desenvolveu advocacia e foi membro fundador do Centro de Estudos Jurídicos. Ainda em Coimbra, foi membro do Centro de Estudos Literários da Associação Académica de Coimbra, redator da revista de cultura e arte Vértice e coordenador do suplemento literário Sintoma do Jornal do Centro. É cofundador das edições Mar além onde se editou a Revista de cultura e literatura dos países de língua oficial portuguesa. Tem colaboração dispersa em diversos jornais e revistas, Jornal de Angola (Jornal da Associação dos Naturais de Angola), O Planalto, Diário de Luanda, Revista Novembro, Lavra & Oficina, Jango, Vértice, Jornal do Centro, Diário de Lisboa, República (Portugal), África (Portugal), Europeu (Portugal), Público (Portugal), Terceiro Mundo (Brasil), Jornal de Letras (Portugal), Mar além (Portugal), Semanário o Angolense,entre outras. Figura em Antologias de ficção e poesia. É autor da letra do Hino Nacional de Angola e de outros hinos como o Hino da Alfabetização, Hino da Agricultura e a versão angolana da Internacional. Também é autor de canções com parcerias como Rui Mingas,André Mingas, Filipe Mukenga, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo (Portugal) e Martinho da Vila e Cláudio Jorge (Brasil),entre outros. É membro fundador e subscreveu a proclamação da União de Escritores Angolanos, bem como da União dos Artistas e Compositores Angolanos e da Sociedade de Autores Angolanos. Tem publicadas as seguintes obras: Poesia Poesia Sem Notícias (1967); A Onda (1973); 11 Poemas em Novembro – Ano Um (1976), primeiro livro de poesia publicado em Angola após Independência; 11 Poemas em Novembro – Ano Dois (1977); 11 Poemas em Novembro – Ano Três (1978); Agricultura (1978); 11 Poemas em Novembro – Ano Quatro (1979); 11 Poemas em Novembro Ano Cinco (1980); 11 Poemas em Novembro - Ano seis (1981); 11 Poemas em Novembro – Ano sete (1984); Assalto, com desenhos de Henrique Arede - literatura infantil com alguns poemas musicados e editados em disco (1980); Ombela,2007 (bilingue: portuguêsumbundu) e O Semba da Nova Ortografia (2010). Ficção Regresso Adiado (1973); Sim Camarada (1977), primeiro livro de ficção angolana publicado após a Independência; A Caixa (1977), primeiro livro angolano de literatura infantil; Cinco Dias depois da Independência (1979); Memória de Mar (1980); Quem Me Dera Ser Onda, Prémio Caminho Das Estrelas 1980 (adaptado para teatro em Moçambique, Portugal e Angola, também em televisão um extrato integra a Antologia de textos para o ensino secundário na Suécia; incluído no Plano de Bibliotecas do Ministério da Educação para as escolas secundárias no Brasil); Crónica de um Mujimbo (1989); Um Morto & Os Vivos (1993) - adaptado para uma série na Televisão Pública de Angola (O Comba); Rioseco (1997); Da Palma da Mão (1998); Saxofone e Metáfora (2001); Um Anel Na Areia (2002); Nos Brilhos (2002); Maninha – crónicas, cartas optimistas e sentimentais (2002); Conchas e Búzios - infanto-juvenil com ilustrações do moçambicano Malangatana Valente (2003); O Manequim e o Piano (2005); Estórias de Conversa (2006); A Casa do Rio (2007); Janela De Sónia (2009) e Travessia Por Imagem (Luanda, 2012), publicado em Portugal, em fevereiro de 2013, na 14ª edição das Correntes d'Escritas. A Trança é o seu mais recente romance, publicado pela Mayamba Editora, no mês passado, em Luanda. Os seus textos estão traduzidos para umbundu, espanhol, francês, inglês, italiano, checo, servo-croata, romeno, russo, alemão, árabe, sueco, finlandês, hebraico e mandarim. Renunciou ao prémio nacional de cultura na disciplina de literatura. Escreveu, ensaiou e pôs em cena duas peças de teatro, respetivamente, O Espantalho (de inspiração na tradição oral e representado por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango) e Meninos do Huambo (representado por crianças e imediatamente impedida de divulgação após a sua antestreia gravada para a televisão). Participou, com declamação de poemas, no filme de António Ole O Caminho das Estrelas e com texto e dicção nos filmes de Orlando Fortunato, Memória de Um Dia, Kianda e nos diálogos de Combóio da Kanhoca. Desenvolve também a atividade de crítica, ensaio e crónica.Tem participado em inúmeros eventos como conferências, colóquios e similares. Margarida Ferra Margarida Ferra tem 36 anos e dois filhos. Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou numa pizzaria, num jornal, numa galeria de arte contemporânea, em duas livrarias e no Palácio da Ajuda. Trabalha agora num grupo editorial, não o mesmo onde publicou, em 2010, Curso Intensivo de Jardinagem e, três anos depois, Sorte de Principiante, ambos de poesia, ambos pela & etc - a editora independente que não faz reedições e celebrou recentemente 40 anos de existência. Maria Manuel Viana Nasceu na Figueira da Foz, em 1955, onde estudou até entrar para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Durante os cinco anos em que tirou Filologia Românica, deu aulas à noite na Escola Bernardino Machado, na Figueira da Foz. Em 1979, enganou-se a preencher o boletim de concurso de professores e foi colocada em Castelo Branco, cidade que adoptaria como sua e onde viveu durante mais de 20 anos. Aí nasceram os seus dois filhos, David e Manuel, e também aí foi coordenadora do Centro de Área Educativa, presidente da Comissão Distrital de Proteção de Menores, candidata a deputada pelo Partido Socialista, vereadora da cultura e coordenadora do Gabinete para a Igualdade. Escreveu os romances A Paixão de ana b., A Dupla Vida de M.ª João, Damas, Ases e Valetes (com Ana Benavente), O Verão de todos os silêncios. Traduziu os dois últimos Prémios Nacionais da Crítica de Espanha, O dia de amanhã de Ignacio Martínez de Pisón e A filha do Leste,de Clara Usón. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o seu mais recente livro ATeoria dos Limites, da Editora Teodolito. Maria Teresa Horta Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal, e é conhecida com uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960, e a sua obra poética publicada até 2006 – dezoito títulos – está coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote,2009),livro que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária. Na ficção surge com Ambas as Mãos Sobre o Corpo, em 1970. Seguem-se-lhe Novas Cartas Portuguesas (1972) – em co-autoria com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa –, obra que valeu às autoras um processo judicial «por ofensa à moral pública», e os romances Ema (1984; Prémio Ficção Revista Mulheres) e A Paixão segundo Constança H (1994). Em 2011, publica o romance As Luzes de Leonor (Prémio D. Dinis 2011 e Prémio Máxima de Literatura 2012) e, no ano seguinte, Poemas Para Leonor – conjunto de versos dedicado a Leonor de Almeida Portugal e que fazem parte do processo de escrita de As Luzes de Leonor. Escritos ao mesmo tempo que o romance, e ao longo dos mais de dez anos que durou a sua preparação, falam sobre a experiência da criação da personagem central, interrogam-na, acompanham-na,espelham-na e dialogam com ela. Também em 2012, a sua poesia erótica é reunida na antologia As Palavras do Corpo. Em 2013, é a vez de nos surpreender com A Dama e o Unicórnio, uma original interpretação das tapeçarias quatrocentistas La Dame à la Licorne que conjuga poesia e imagem: o livro é ainda valorizado por um CD com a cantata profana do compositor António Sousa Dias sobre a poesia de Maria Teresa Horta dita pela actrizAna Brandão. É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. Azul claro é a cor de Maria Teresa Horta. Este ano, ser-lhe-á dedicado o dossiê da Revista Correntes d'Escritas lançada durante o evento, e será apresentada uma nova edição do seu romance, Ambas as mãos sobre o corpo, Publicações Dom Quixote. Bibliografia: Poesia Reunida (2009); Novas Cartas Portuguesas (2010 – edição anotada; org. Ana Luísa Amaral); As Luzes de Leonor (Romance, 2011); As Palavras do Corpo (Poesia, 2012); Poemas Para Leonor (Poesia, 2012); A Dama e o Unicórnio (Poesia, 2013); Ambas as Mãos Sobre o Corpo (Romance, 2014 – 1.ª edição na Dom Quixote). Marta Madureira Marta Madureira é designer de comunicação e ilustradora, actividades que lecciona no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave na licenciatura de Design Gráfico e no mestrado de Ilustração e Animação. É licenciada e mestre pela FBAUP e é doutoranda na Universidade do Minho. Foi distinguida com algumas distinções de relevo, entre as quais: prémio Jovens Criadores Bienal de Atenas, Grécia 2003; Prémio Jovens Criadores Bienal de Nápoles, Itália 2005; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração 2010; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração 2011, 1º prémio - 3x3 Magazine of Contemporary Illustration 2012. Conta com cerca de 20 livros ilustrados para a infância com textos de Álvaro Magalhães, Vergílio Alberto Vieira, Manuel António Pina, Adélia Carvalho, Ana Luísa Amaral,entre outros. É autora e realizadora da série de animação As Máquinas de Maria financiada pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual. É,juntamente com Adélia Carvalho,fundadora da editora Tcharan. Michael Kegler Michael Kegler (* 1967 em Gießen, Alemanha) viveu na Libéria e no Brasil, até aos 10 anos. Na Alemanha frequentou diversos cursos universitários - entre eles os de literatura brasileira e portuguesa e trabalhou no Centro do Livro e do Disco de Língua Portuguesa, em Frankfurt, em cuja editora publicou a sua primeira tradução literária. Desde o fim dos anos 90 considera-se tradutor profissional. Verteu obras de - entre outros - Manuel Tiago (Álvaro Cunhal), Gonçalo M.Tavares, Paulina Chiziane, José Eduardo Agualusa, Fernando Molica, e mais recentemente Michel Laub, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato e Moacyr Scliar. Desde 2001 publica o site www.novacultura.de sobre literatura dos países de língua portuguesa.Frequenta as Correntes d'Escritas desde 2003.Em 2009 publicou a antologia de poesia lusófona hotel ver mar, em homenagem a este festival. Michel Laub Michel Laub nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1973. Escritor e jornalista, foi editor-chefe da revista Bravo e é actualmente colunista do jornal Folha de S. Paulo. Escreveu seis romances — Música Anterior (2001), Longe da Água (2004), O Segundo Tempo (2006), O Gato Diz Adeus (2009), Diário da Queda (2011) e A Maçã Envenenada (2013). Michel Laub foi incluído na edição Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros da revista Granta, e os seus romances foram distinguidos com vários prémios e nomeações. Diário da Queda, o único publicado em Portugal (Tinta-da-china, 2012) foi publicado em 11 países e será adaptado para cinema. Recebeu os prémios Brasília de Literatura e Bravo de Literatura, e foi finalista dos prémios Portugal Telecom, Zaffari & Bourbon e São Paulo de Literatura. Miguel Real Miguel Real nasceu em Lisboa em 1953 e é sintrense por adopção. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta com uma tese sobre Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa. Professor de Filosofia no Ensino Secundário e especialista em Cultura Portuguesa, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama (neste último género sempre em colaboração com Filomena Oliveira), tendo recebido o Prémio de Revelação nas áreas da Ficção e do Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Ler/Círculo de Leitores, o Prémio da Associação dos Críticos Literários, o Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril-Sol, atribuído ao romance A Voz da Terra, também finalista do Prémio de Romance e Novela da APE, e o Prémio SPA Autores pelo romance O Feitiço da Índia. É colaborador permanente do JL, onde faz crítica literária. Publicou os romances A Verdadeira Apologia de Sócrates, A Visão de Túndalo por Eça de Queirós, Memórias de Branca Dias, A Voz da Terra, O Último Negreiro, O Sal da Terra, O Último Minuto na Vida de S., A Ministra, As Memórias Secretas da Rainha D.Amélia,A Guerra dos Mascates, O Feitiço da Índia e A Cidade do Fim. Tendo ainda publicado,entre muitos outros,os ensaios Nova Teoria do Mal, Nova Teoria da Felicidade e Nova Teoria do Sebastianismo. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas, será apresentado o livro A Montanha e o Titanic, de Luísa Franco (Parsifal),cuja edição é da sua responsabilidade. Miguel Sousa Tavares Miguel Sousa Tavares estudou Direito e Jornalismo, começando por trabalhar em ambas as áreas. Viria depois a abandonar a advocacia pelo jornalismo e, mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo comentário. Trabalhou em jornais,revistas e televisão,tendo conquistado diversos prémios como repórter, entre os quais o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa e o Tucano de Ouro, 1º Prémio de reportagem televisiva do Festival de Televisão e Cinema do Rio de Janeiro. Seria um dos fundadores da revista Grande Reportagem, que dirigiu durante dez anos, tornando-a uma marca de referência no panorama jornalístico português. Como comentador político, mantém, de há vinte anos para cá, uma presença constante – hoje na SIC e no jornal Expresso – onde a sua reconhecida independência arrasta fiéis e acumula inimigos. Depois de incursões do domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se no romance em 2003, com Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, estando ainda traduzido em 11 línguas e editado em cerca de 30 países, com adaptação televisiva em Portugal e no Brasil. Madrugada Suja é o seu mais recente romance,já com tradução em curso em Itália. Ondjaki Nasceu em Luanda em 1977. Prosador, às vezes poeta. Co-realizou o documentário Oxalá Cresçam Pitangas, sobre a cidade de Luanda. É membro da União dos Escritores Angolanos, licenciado em Sociologia (Portugal), fez doutoramento em Estudos Africanos (Itália). Recebeu uma Menção Honrosa (Prémio António Jacinto, Angola, 2000); Prémio Literário Sagrada Esperança (Angola, 2004); Prémio Literário António Pauloro (Portugal,2004); Grande Prémio do Conto «Camilo Castelo Branco» C.M.de Vila Nova da Famalicão/APE (Portugal, 2007); Grinzane for África – young writer (Itália/Etiópia, 2008); Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância (Portugal, 2012); Prémio FNLIJ – juvenil (Brasil, 2010 e 2013) e Prémio Jabuti juvenil (Brasil, 2010). Com o romance Os Transparentes venceu o ano passado o Prémio José Saramago. Com romances, contos, poesia e livros infantis, foi traduzido para o francês, espanhol,italiano,alemão,inglês,sérvio,polaco e sueco. Onésimo Teotónio Almeida Nasceu no Pico da Pedra, S. Miguel, Açores, no dia 18 de dezembro de 1946. Doutorado em Filosofia pela Brown University (Providence, Rhode Island, EUA), é Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros,no Renaissance and Early Modern Program e no Wayland Collegium for Liberal Learning, da mesma universidade. Recebeu recentemente na Universidade de Aveiro um Doutoramento Honoris Causa.O seu livro de escrita criativa mais recente é Onésimo. Português Sem Filtro – uma antologia (Clube do Autor, 2011). Em 2012 publicou Utopias em Dói Menor – conversas transatlânticas com Onésimo (Gradiva, 2012), uma longa troca internética com João Maurício Brás. É de estórias o seu mais recente livro: Quando os Bobos Uivam (Clube do Autor,2013). Patrícia Portela Patrícia Portela (1974). Autora de performances e obras literárias, vive entre Portugal e Bélgica. Estudou cenografia e figurinos em Lisboa e Utrecht, cinema em Ebeltoft, na Dinamarca, e Filosofia em Leuven, na Bélgica. Entre 1994 e 2002 trabalhou como figurinista e/ou cenógrafa para muitas das mais importantes companhias e realizadores independentes em Portugal recebendo o Prémio Revelação 94 pelo seu múltiplo trabalho para performances e para cinema. Foi uma das fundadoras do grupo O Resto em 1996 e da Associação Cultural Prado em 2003 onde colabora com artistas nacionais e internacionais em performances e instalações transdisciplinares e faz itinerância com regularidade pela Europa e pelo mundo. Reconhecida nacional e internacionalmente pela peculiaridade da sua obra, recebeu vários prémios (dos quais destaca o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/F.C.G.ou o Prémio Teatro na Década para Wasteband) e é considerada uma das artistas e autoras mais desafiantes da sua geração. Autora de Para Cima e não para Norte (2008) e Banquete (2012) foi convidada a participar no 46º International Writing Program em Iowa City em 2013 e foi a primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City. Lecciona com regularidade no Forum Dança desde 2008. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas, será lançado o seu novo livro Wasteband,da Editorial Caminho. Patrícia Reis Patrícia Reis nasceu em 1970. Tem carteira profissional de jornalista há 25 anos. Em 1988, começou a trabalhar no semanário O Independente. Esteve depois na revista Sábado e estagiou na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. Foi jornalista do semanário Expresso, fez a produção do programa de televisão Sexualidades, trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos especiais do jornal Público.Desde 2000 que assume a edição da revista Egoísta. Bibliografia Começou a publicar ficção em 2004, com a novela Cruz das Almas, seguindo-se os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura, No Silêncio de Deus (2008), Antes de Ser Feliz (2009) e Por Este Mundo Acima (2011). É ainda autora da biografia de Vasco Santana (2004), do romance fotográfico Beija-me (2006, em co-autoria com João Vilhena) e de livros infanto-juvenis, entre os quais a colecção Diário do Micas, todos com o selo do Plano Nacional de Leitura. Contracorpo, publicado em Março de 2013 pela Dom Quixote, aclamado pela crítica e pelos leitores,é o seu mais recente romance. Pedro Teixeira Neves Pedro Teixeira Jardim Rocha Neves (1969) Como jornalista: Jornal Semanário | Revisão de Texto; Jornalista de Desporto/ Sociedade/ Cultura, 1994-1998; Revista Arte Ibérica | Redactor/ Chefe de Redacção, 1998 – 2001; Agenda Cultural de Lisboa | Redactor/ Editor, 1999 – 2001; Revista Magazine Artes | Fundador/ Proprietário/ Director, 2001 – 2007– Editor do Livro Contos Fantásticos (edição em parceria com o Fantasporto); Ticketline Magazine | Fundador/ Editor/ Jornalista 2008 – 2010; Revista Epicur | Jornalista e Fotógrafo – 2010 até 2012; Programa Câmara Clara - RTP2 | Jornalista–2010 até Dez 2012. Como fotógrafo: Publicações em Magazine Artes, revista Egoista, Ticketline Magazine; Fotógrafo da revista Epicur entre 2010 e 2012; Vencedor da primeira edição do Prémio Retratar Um Livro da Fundação José Saramago – 2012, com um portfólio sobre o romance Nome de Guerra; Responsável pela apresentação fotográfica sobre a poesia de Maria do Rosário Pedreira no âmbito de uma sessão para as Quintas de Leitura, do Teatro do campo Alegre, no Porto, em Janeiro de 2013; Edição de Lisboa Reunida http://www.blurb.com/b/4057692- lisboa-reunida; Segundo classificado na II Edição do Prémio de Fotografia Retratar um Livro, da Fundação José Saramago, com um portfólio sobre o romance O Ano da Morte de Ricardo Reis,2013; Publicação do livro Criminal Man, http://www.blurb.com/ebooks/reader.html?e=387465#/spread/front; Prémio de Fotografia Reflexos de Lisboa,Lisbonweek 2013; Assinatura das imagens de capa dos livros Poema, de Alex Andrade (Confraria do Vento/ Brasil), e Poemas com Alzheimer,de Alberto Pereira (Glaciar). Como Escritor/ Autor -Romance: Uma Visita a Bosch,Temas e Debates,2001. Poesia: Chiasco, Quasi Edições, 2003. | Infantil: Histórias de Patente com Tenente e Outra Gente, Caminho, 2007; Histórias Tais, Animais e Outras Mais, Caminho, 2007; Amor de perdição, Adapt. do original de Camilo Castelo Branco, Edições Quasi/ Jornal Sol; Histórias do Barco da Velha, Trinta Por Uma Linha, 2009; O Livro Que Não Queria Dormir, Sete Dias, Seis Noites, 2011, texto e ilustrações; Colaboração na antologia Versos de Não Sei Quê e Barricadas de Estrelas e de Luas, da Trinta por Uma Linha; Edição (Fevereiro 2014) do livro O Rei de Roupa Pouca,Glaciar,texto e ilustrações.| Conto: O Sorriso de Mona Lisa,Deriva Edições, 2008; Edição integral do conto Asclépio, Caçador de Eclipses no manual de língua portuguesa da Porto Editora, Expressões (10º ano). | Outros: Colecção Palanquinha, Cocan 2010, Edição Babel, 2010; Desprovérbios, Palavrices e Algumas Tolices, Apenas Livros, 2012; Às Barbas, Por Deus!, com ilustrações de António Ferra, ed. de autor, 2013; Existenciais, Algo a Menos ou a Mais, ed. de Autor,2013; Edição de contos e poemas em vários títulos de Imprensa. Renato Filipe Cardoso Renato Filipe Cardoso nasceu em Aveiro em 1971. Cursou Comunicação Social e Línguas e Literaturas Modernas no Porto. Desde 1989, trabalhou cerca de 12 anos como jornalista em jornais diários, foi crítico literário e musical, coordenador de revistas e projectos jornalísticos e veio, gradualmente, a dedicar-se à escrita criativa, ao copywrite publicitário e à locução comercial,em detrimento do jornalismo. Tem sido voz oficial de diversas instituições e marcas de dimensão nacional e internacional, realizando inúmeras campanhas publicitárias e institucionais em voz-off para meios audiovisuais, além de locutor de vários programas e documentários de televisão. Em 2007 fundou a Texto Sentido, empresa de escrita criativa, copywrite e edição que detém também a marca Voz-off®, Agência de Locutores, produtora de audiovisuais e entidade de formação na área da Voz,da Locução e da Técnica Vocal. Apresenta, há 3,5 anos, o programa RádioAtivo, no Porto Canal, sobre música alternativa, estando ligado à produção de alguns outros programas televisivos de Cultura e Arte. Em Março de 2013, idealizou, produziu, escreveu e deu voz(es) à série de humor As Desventuras de Austerix, produzida para as comemorações dos 25 anos da TSF. No âmbito da escrita, é poeta galardoado com um prémio e algumas menções honrosas; teve várias publicações em jornais, revistas literárias e antologias poéticas; venceu um prémio na área do conto fantástico; e publicou um livro de conto para crianças. Publicou os livros de poesia Aprendiz de Dourado (2012), Cavalo de Troika (2013) –primeiro livro a ser apresentado no Festival de Paredes de Coura–e Máquinade-lavar-corações (2014), pela editora Texto Sentido, cujo lançamento será feito nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas. É dizedor convidado das Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, onde também participa esporadicamente com o projecto videográfico Rua da Poesia. Participou no programa Um poema por Semana do Canal 2, da autoria de Paula Moura Pinheiro. Mantém o projecto de performance poética Stand-up Poetry com os dizedores Isaque Ferreira e Rui Spranger. Semanalmente, ainda, participa nas noites de Poesia do Pinguim Café, onde foi dizedor residente das Quintas Movediças entre 1991 e 1993. Rui Zink Rui Zink (Lisboa, 1961). Escritor, professor, cidadão – por esta ordem de gosto, a de importância já é facultativa. Estreou-se como ficcionista em 1986 e desde então publicou três dezenas de obras, entre ficção, ensaio, literatura para a infância, BD e teatro. Alguns dos seus livros encontram-se traduzidos para línguas interessantes, coitadinhas, mas que nem chegam aos calcanhares da nossa.Passados 40 anos sobre o 25 de Abril, A Instalação do Medo será adaptada para o palco pelo grande Jorge Listopad. Ficção: A metametamorfose e outras fermosas morfoses; Hotel Lusitano; A realidade agora a cores; Homens Aranhas; Apocalipse Nau; O Suplente; Os Surfistas; Dádiva Divina; A Palavra Mágica; A Espera; O Anibaleitor; O Destino Turístico; O amante é sempre o último a saber; A Instalação do Medo. Sara Figueiredo Costa Antes de chegar ao jornalismo,estudou literatura e linguística na Universidade Nova. Jornalista free-lancer, escreve para a Blimunda, a Time Out e o Expresso, muitas vezes sobre livros, autores, ficção, banda desenhada e ilustração.Assina uma crónica mensal no diário Ponto Final, de Macau, e tem passado por outras páginas, com menos regularidade. Mantém, desde 2007, o blogue Cadeirão Voltaire, sobre livros e edição, e desde 2003, o Beco das Imagens, dedicado à banda desenhada e à ilustração. É um dos membros fundadores da Oficina do Cego – Associação de Artes Gráficas, onde ensina o que sabe sobre história do livro e edição e onde suja as mãos com tinta, caracteres de chumbo e diluentes caseiros. Uberto Stabile Uberto Stabile (Valencia 1959) Poeta, editor, traductor y gestor cultural. Director del Encuentro Internacional de Editores Independientes de Punta Umbría, Edita, y del Salón del Libro Iberoamericano de Huelva. Fundador de la colección de poesía bilingüe y del encuentro de escritores hispano-luso Palabra Ibérica. Premio Valencia de Literatura y Premio Internacional de Poesía Surcos. Su poesía ha sido recopilada bajo el título Habitación desnuda 1977/2007 y sus artículos bajo el título Entre Candilejas y Barricadas. Poemas suyos han sido traducidos al italiano, portugués, inglés, búlgaro, turco, lituano, catalán y francés. Es autor de las antologías: Mujeres en su tinta, poetas españolas en el siglo XXI y Tan lejos de Dios, poesía mexicana en la frontera norte. Ungulani Ba Ka Khosa Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. Professor de carreira, exerce actualmente as funções de director do Instituto Nacional do Livro e do Disco. Foi director adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Durante a década de 90 foi cronista de vários jornais nacionais,participando ativamente em debates que a segunda República despoletou. Foi co-fundador da revista literária Charrua. É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, exercendo, actualmente, as funções de Secretário-geral. Prémio Gazeta de Ficção Narrativa, em 1988; Prémio Nacional de Literatura, em 1991; Homenagem da CPLP- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em 2003; Prémio José Craveirinha, em 2007; e com Ualalapi, obra de estreia, consta da lista dos cem melhores autores africanos do século XX. É também autor de Orgia dos Loucos (1990); Histórias de Amor e Espanto (1993); Os Sobreviventes da Noite (2005); Prémio José Craveirinha; Choriro (2009), O Rei Mocho, História Infanto-Juvenil (2012); e Entre as Memórias Silenciadas (2013), Prémio BCI,melhor livro do ano 2013. Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas serão lançados os livros Choriro e Entre Memórias Silenciadas,da Alcance Editores. Valério Romão Nasce em França, nos idos de 1974. Aos dez anos muda-se para Portugal, onde continua os estudos que desembocarão em Filosofia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa. Para além de tech geek e de eterno aprendiz de dançarino, tem publicado contos (revistas Granta, Magma, Construções Portuárias), escrito peças de teatro (Posse, Teatro da Trindade ou A Mala, CCB/Box Nova, por exemplo) e assinado traduções de Samuel Beckett ou Virginia Woolf (para a editora Aguasfurtadas), cujo universo revisitou também em instalações. Os dois romances publicados, Autismo e O da Joana (abysmo) afirmaram-no como uma das vozes mais promissoras da ficção nacional contemporânea. Considera-se curioso e teimoso em doses equivalentes e suficientes para aprender as técnicas necessárias para erguer ou remodelar uma casa. Valter Hugo Mãe Valter Hugo Mãe nasceu em Saurimo,Angola,no ano de 1971. Licenciou-se em Direito e é pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Publicou os romances: o nosso reino; o remorso de baltazar serapião, Prémio José Saramago em 2007; o apocalipse dos trabalhadores; a máquina de fazer espanhóis, Grande Prémio Portugal Telecom, categoria melhor livro do ano, e Prémio Portugal Telecom, categoria melhor romance do ano, em 2012; O Filho de Mil Homens e A Desumanização. A sua poesia encontra-se reunida no volume contabilidade. Escreveu diversos livros ilustrados para os mais novos, entre os quais: Quatro Tesouros; O Rosto e As mais belas coisas do mundo. Va l t e r H u g o M ã e é v o c a l i s t a d o g r u p o m u s i c a l G o v e r n o (www.myspace.com/ogoverno), projeto que editou o EP Propaganda Sentimental,com cinco canções,através do selo Optimus Discos. Escreve as crónicas Autobiografia imaginária, no Jornal de Letras, e Casa de papel, na revista de domingo do jornal Público. Outras informações sobre o autor podem ser encontradas no Facebook (Valter Hugo Mãe–Pag.Oficial) ou em: www.valterhugomae.com Vergílio Alberto Vieira Poeta, ficcionista, autor de livros para a infância, Vergílio Alberto Vieira (1950, Braga) cursou Letras no Porto, tendo exercido actividades docentes em Lisboa até 2009. Dirigiu a revista Mealibra (dois primeiros números) e foi co-fundador dos cadernos de poesia lusófona Lugarcomum (1976-1978); da revista de poesia Babel (1986); da revista de cultura Vandoma (n/ único, 1985) e da revista Delphica – Letras & Artes,editada em finais de 2013. Assinou colaboração nos Cadernos de Literatura, Colóquio Letras, África, Rua Larga, Escritor e Magazine Artes (Portugal); Hora de Poesia, Malvís, Serta, ABCLetras y Artes, Vozes de Galicia e Literastur (Espanha); Albatroz (França); Il Cobold e Il Vento Salato (Itália); Apertura Magazine (Luxemburgo); Ficção, Escrita e Suplemento Literário de Minas Gerais (Brasil); Reenbou (Canadá); Micromegas (USA); Poética (Uruguay); Kanora (Colombia). Encontra-se representado nas publicações: Antologia do Conto Português Contemporâneo (1984, ICALP, Lisboa), La Poèsie des Palmipèdes (1987, Paris), Poesia Ibérica: Generación de la Democracia (1991, Madrid), Tarde Tranquila, Casi (1994, Roma); Identidades/ Antologia Literária de Língua Portuguesa (1996, Universidade de Coimbra), Relatos Portugueses de Viagem/ A Imagem de Marrocos (1998, Universidade Dhar el Mahraz, Fes), Vozes Poéticas da Lusofonia (1999,Instituto Camões,Lisboa), Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea (1999, Rio de Janeiro), Antologia da Ficção Portuguesa Contemporânea (2000, Budapest), Contos da Cidade das Pontes/ Cuentos de la Ciudad de los Puentes/ Short Stories of the City of Bridges (2001, Porto), Antologia del Cuento Portugués del Siglo XX (2001, México); Histórias em Língua Portuguesa (2007, Porto), Hotel Ver Mar/Antologia Poética da Lusofonia,Michael Kegler (trad.) para língua alemã, (2009, Frankfurt), O primeiro dia/A mãe na poesia portuguesa (2012), Alquimia de la tierra (2013,Huelva), Dezasseis olhares sobre a Póvoa de Varzim (2013,Porto). Pedra de transe (1984), A adivinhação pela água (1990) e Os sinais da terra (1984) foram editados em Espanha/ trad. Clara Janés; com o título Peregrinação ao Sul, saíram na Bulgária: A adivinhação pela água (1990) e O caminho da serpente (1993), trad. Jordanka Velinova/Manuel Nascimento; com o título Contos por contar/trad. Luis M. Fernández foram editados, na Galiza (Tambre, 2006) os livros A semana dos nove dias (1988), O peixinho Folha-de-Água (1989/2000) e O livro dos enganos (2001). Livros de sua autoria foram editados em Espanha, Bulgária, Egipto, Brasil e Moçambique. Entre 1975 e 2000, fez crítica de livros na revista África, no Jornal de Notícias (Porto) e no semanário Expresso (Lisboa), textos reunidos nos volumes: Os consentimentos do mundo (1993); A sétima face do dado (2000); O momento da rosa/Reflexões sobre literatura infantil e juvenil (2012); As batalhas fingidas (2013). Nos últimos anos, editou/reeditou: A Biblioteca de Alexandria/narrativa/pref. António Cabrita (2001); Chão de víboras/narrativa, 2ª edição/pref. J.L. Pires Laranjeira (2003); Crescente branco/poesia/pref. Alexei Bueno (2004); Pára-me de repente/teatro/pref. Manuel Lourenzo (2005), levada ao palco em 2007 pela Companhia de Teatro de Braga; Papéis de fumar/Obra poética/pref. Ivan Junqueira/desenhos de Sofia Areal (2006); O navio de fogo/narrativa/2ª edição/ pref. Cristina Robalo Cordeiro (2009); Minhas cartas nunca escritas/narrativa/ pref. Ernesto Rodrigues (2012); Amante de um só dia/poesia (2012); Ardente a cegueira (2014); O ilusório ponto do geómetra (2014). Foi membro de júri dos prémios Vida Literária, Romance e Novela, Literatura Biográfica e Poesia da Associação Portuguesa de Escritores; do PEN Clube Português; Correntes d'Escritas; do Prémio de Narrativa Eixo-Atlântico, do Prémio Karingana wa Karingana (Moçambique) e dos prémios do Conto Camilo Castelo Branco e Manuel da Fonseca; e de poesia Florbela Espanca,Teixeira de Pascoaes,Sebastião da Gama,Natércia Freire e Maria rosa Colaço,entre outros. Integrou direcções da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube Português, do IBBY e da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. A· HOTEL AXIS VERMAR D· MUSEU MUNICIPAL Rua da Imprensa Regional T 252 298 900/F 252 298 901 www.hotelaxisvermar.com Rua Visconde de Azevedo,17 T 252 090 002/F 252 090 012 [email protected] B· DIANA BAR E· BIBLIOTECA MUNICIPAL Avenida dos Banhos T 252 618 703 [email protected] Rua Manuel Lopes T 252 616 000/F 252 617 069 www.cm-pvarzim.pt/biblioteca C· CASINO DA PÓVOA Avenida dos Descobrimentos T 252 690 888/F 252 690 871 www.casino-povoa.com Equipa Organização Manuela Ribeiro Francisco Guedes Coordenação Biblioteca Municipal Rocha Peixoto/Diana Bar Daniel Curval Fátima Pessoa Fernanda Trovão Gina Pinheiro Helder Jesus José Ferreira Lurdes Adriano Manuel Costa Clara Casanova Filipa Moreira Maria João Sílvio Fernandes Feira do Livro Secretariado Gabinete de Relações Públicas/Comunicação Aloísio Soares da Costa Adriana Baldaia Armando Jorge (Hotel Axis Vermar) Beatriz Ramalho Cláudia Ribeiro Josué Rocha Maria José Ramôa Maria José Vagaroso Paula Martins Rui Gonçalves Fotógrafos José Carlos Marques Rui Sousa Transportes – autocarros Carlos Ressureição Vítor Cadilhe Transportes – automóveis BMW Álvaro Novo João Gomes Sérgio Novo Paulo Leitão Alfredo Costa Pedro Soares Angélica Santos Fátima Serra Francisco Casanova Joana Santos Luciana Loureiro Paulo Mesquita Design Gráfico Roger Amorim Museu Municipal Deolinda Maria Veloso Carneiro Eugénia Mª Ferreira Gonçalves José Manuel Flores Gomes Madalena Cristina Moreira Maria de Fátima Pito Araújo Maria Emília Silva Costa Maria Gabriela Aguiar Abreu Maria Jesus Leites Rodrigues Cd'e Cd'e ROGERAMORIM.NET