índice
•"Para que a sabedoria não fique à porta" - mensagem do Sr. Presidente
da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Aires Henrique Pereira
•"E agora?" - mensagem do Sr. Vice-Presidente e Vereador da Cultura
da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Luís Diamantino Batista
•Correntes d'Escritas 15 anos
•Conferência de Abertura
•Prémio Literário Casino da Póvoa
•Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Papelaria Locus
•Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/ Porto Editora
•Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas
•Revista Correntes d'Escritas (número 13)
•Mesas
•Conversas a dois
•Apresentação de livros e projetos
•Oficina “Escrita para cinema”
•Exposições
•Sessões em/com Escolas
•Intervenções poéticas
•Cinema/Teatro/Correntes&Comércio
•Feira do Livro
•Correntes d'Escritas em Lisboa
•Programa
•Participantes e Biobibliografias
•Implantação Geográfica
•Patrocinadores/Apoios/Parcerias
•Equipa Correntes d'Escritas 2014
Monografia Correntes d'Escritas 2014
COORDENAÇÃO: Francisco Casanova
EDIÇÃO: Fátima Serra
FOTOGRAFIA: Arquivo CMPV, exceto: Adélia Carvalho (©Alfredo Cunha); Adriano Moreira (©Luís Barra); Almeida
Faria (©Isolde Ohlbaum); Ana Margarida de Carvalho (©Luiz Carvalho); Ana Sousa Dias (©Alfredo Cunha); Artur
do Cruzeiro Seixas (©Fundação Cupertino de Miranda); Eduardo Lourenço (©Rui Sousa); Elgga Moreira (©Graça
Sarsfield); Filipa Leal (©Ana Lopes Gomes); Inês Fonseca Santos (©Pedro Macedo); João de Melo (©Joana de
Melo); João Ricardo Pedro (©Miguel Manso); Jose Ovejero (©Julieta Solincêe); Lídia Jorge (©João Pedro
Marnoto); Manuel da Silva Ramos (©Diamantino Gonçalves); Manuel Rivas (©Francescio Gattoni); Margarida
Ferra (©Rui Cartaxo Rodrigues); Michael Kegler (©Alfredo Cunha); Miguel Real (©Pedro Loureiro); Miguel Sousa
Tavares (©Pedro Monteiro); Ondjaki (©Daniel Mordzinski); Patrícia Portela (©Thomas Langdon); Pedro Teixeira
Neves (©Pedro Teixeira Neves); Renato Filipe Cardoso (©Isabeleal); Valério Romão (©Tiago Figueiredo); Valter
Hugo Mãe (©Nelson d'Aires); Vergílio Alberto Vieira (©Alfredo Cunha)
DESIGN: Roger Amorim (www.rogeramorim.net)
IMPRESSÃO: Reprografia CMPV
GABINETE DE RELAÇÕES PÚBLICAS/COMUNICAÇÃO
Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
T 252 090 026/F 252 611 082
www.cm-pvarzim.pt
Para que a sabedoria
não fique à porta
É a primeira vez que me dirijo a esta plateia de
mulheres e homens que da escrita fazem ofício e
através dela narram, interpretam e interpelam a
vida numa sociedade que, nos livros, pode ser
sempre diferente da que vivemos.
E é a primeira vez que, como gestor desta cidade
(portanto, como político), me dirijo às mulheres e
homens que (buscando o mundo ideal nessa outra realidade que é a imaginação
criadora) mais confrontam aqueles que, como eu, têm por missão criar uma realidade
mais próxima da que propondes.
Quero, desde já, lembrar que foi o município da Póvoa de Varzim quem vos convidou - e
já lá vão 15 anos em que esta dialética sonho/realidade nos reúne.E não daquela forma
coloquial e agradavelmente convivial e,por isso,praticamente estéril a que se resumem
tantos encontros congéneres. Não! Aqui temo-nos debruçado sobre caminhos
alternativos,que existem–resta saber quais,como os localizar e percorrer.
E nesse processo de descoberta temos conseguido envolver um crescente número de
participantes, de todas as idades – sobretudo das idades mais jovens, o que quer dizer
que estes serão, seguramente, os caminhos do futuro, em cada tempo reinventados e
adaptados.
Este nosso encontro–o 15º,faço questão de repetir e frisar–ocorre na cidade a que,em
tempos e circunstâncias diversas, se ligaram figuras maiores das nossas letras como
são Eça de Queirós (o “pobre homem da Póvoa de Varzim”), Camilo, Antero, Ramalho,
Brandão, Nobre, Régio, Fausto José… - e, nos nossos dias, Agustina, José Carlos
Vasconcelos, Luísa Dacosta, o vizinho Valter Hugo Mãe e, pelo menos a espaços, todos
quantos, ao longo destes 15 anos, à Póvoa se acorrentaram, e não apenas por este
encontro,que,anualmente,aqui debate o mundo da escrita,da leitura,da reflexão.
Porque esse, meus caros amigos, seria praticamente igual em qualquer ponto do país –
diferente é a envolvente, essa força difusa que nos influencia, esse sentimento que aos
poucos se transforma num apelo irresistível e que designamos enigmaticamente como
“a alma da Póvoa”. (Tema, e título, do estudo com que José Carlos de Vasconcelos
prefaciou o belíssimo álbum “Dezasseis olhares sobre a Póvoa de Varzim”, que o nosso
parceiro Casino da Póvoa acaba de editar e que acolhe–pela escrita,pelo desenho,pela
fotografia–expressões contemporâneas desse sentimento.)
Registo com satisfação que alguns dos actuais bons cultores, e futuros clássicos, da
língua portuguesa se confessam marcados pela “glória”, pelo “mar”, pela “cidade” em si,
pela “água”, pelo “ala-arriba”, pelo “Santo André”, pelos feitiços”– enfim, pelos diferentes
recantos da alma poveira que cada um descortinou e que, todos juntos, ajudam a
compor-nos um retrato sempre à espera de novas interpretações.
Este é um facto que registo com satisfação. Porque este é um bom fruto da aposta e do
investimento que fizemos neste projecto, em nome do objectivo estratégico que
concretiza o modelo de desenvolvimento que definimos para a Póvoa de Varzim: a
cidade da cultura e do lazer. Porque neste conceito amplo cabe o melhor conjunto de
aspirações que enformam e concretizam aquilo que, de forma muitas vezes vaga e
imprecisa, designamos“qualidade de vida”.
Que exige componentes materiais, importantes para o bem-estar físico – e nós temo-las, abundantes e qualificadas; mas que carece também de componentes espirituais –
cada vez mais necessárias ao equilíbrio da realidade dual que nós somos e que as
sociedades carecem de assumir.
Sabemos, claramente, que a cultura será uma das alavancas do nosso desenvolvimento.
E, se sempre dissemos isso, reafirmamo-lo particularmente agora, quando tantos,
invocando a crise,fazem da cultura a primeira vítima da dificuldade reinante.
Nesta diferença se revela a cidade adulta que somos: o tempo ensinou-nos que há
valores duradouros – e nós apostamos neles, enquanto outras comunidades insistem,
de uma forma adolescente, em receitas que não acrescentam valor nem
competitividade.
E sabemos claramente que a cultura será o factor diferenciador das comunidades, a
marca genética da sua autenticidade. E esta diferença é hoje a única arma para
resistirmos à onda avassaladora de uma globalização que aposta no apagamento das
culturas locais, tudo igualizando e nivelando por critérios, padrões e sabores que, como
disse Pessoa,de início estranhamos,mas entretanto entranhamos.
Ora nós, aqui, somos essa forma singular de português que dá pelo nome de Poveiro.
(Não é invenção, não, o episódio do encontro, no mar, de D. Luís com pescadores, a quem
perguntou se eram portugueses. Identificadora foi a resposta: “Não, Senhor, nós somos
da Póvoa de Varzim”. Que é como quem diz: “Não nos confunda, que não somos iguais
aos outros portugueses”.Portugueses sim,mas diferentes).
É essa diferença que a cultura reforçará. Quando digo “a cultura”, digo, genericamente,
todas as expressões culturais, a primeira das quais é o nosso património histórico-cultural - material e imaterial: o grande património construído (monumental e
classificado) e o imaterial, mas simbolicamente importante, que retrata a
mundividência dos Poveiros,diferentes no mar e no campo.
É esta autenticidade que nos tornará competitivos –como cidade.
Por isso apostamos estrategicamente no desenvolvimento daquela que é,
reconhecidamente, a nossa vocação enquanto cidade.
Sabemos que a cultura e o lazer são a nossa linha do horizonte. E embora saibamos que
esse horizonte é inatingível, é justamente por isso que o prosseguimos: porque nos
permite caminhar.
Somos, e seremos sempre, um povo a caminho.
Sei – eu que fui escolhido para dirigir a caminhada – que não sou o rei-filósofo, nem o
governante sábio, que Platão idealizou. E também sei que “não é de esperar que os reis
filosofem ou que os filósofos se tornem reis”, como constatou, séculos depois,
Immanuel Kant. Porque “ a tentativa de combinar sabedoria e poder só raramente foi
bem sucedida e por pouco tempo”,notaria ainda Einstein.
Mas sei o suficiente para reconhecer estas limitações. E para admitir que, se estamos
apreensivos quanto ao futuro,temos de aprender com o passado.
Por isso, se a sabedoria, aqui, não está no poder, está a humildade, que não garante que
não se cometam erros, mas garante que não se repetirão. Aqui não queremos que a
sabedoria fique à porta – porque sabemos que, muitas vezes, a sua voz não é ouvida e o
poder se limita a reconhecer,fora de tempo,o erro cometido.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Está explicado porque vos temos,e queremos,aqui.
Porque sabemos que, na dialética que preside à busca do mundo que desejamos, vós
sois o interlocutor que não podemos dispensar,se queremos atingir o modelo de cidade
que prosseguimos; Se a perfeição não existe, busquemos humildemente o melhor,
sabendo que ficará ainda aquém. Ora a perfeição, como a própria palavra ensina, é
estática, é facto consumado – enquanto a imperfeição é história em aberto, que nos
interpela ao recomeço e à construção de uma nova história. A imperfeição faz-nos
humanos.
É assim que eu me quero: humano, cada vez mais humano, perfeito nunca!
André Gide (Nobel em 1947) disse que “o número de disparates que uma pessoa
inteligente pode dizer ao longo de um dia é inacreditável”.
Falemos então.Porque só disparatando encontraremos a sabedoria que procuramos.
Póvoa de Varzim,20 de Fevereiro de 2014
O Presidente da Câmara
Aires Henrique do Couto Pereira
E Agora?
15 anos de vida.E agora?
E agora, cá estamos nós com a vontade de sempre, com a coragem
redobrada,com o apoio de muitos e com os livros por armas.
Há 15 anos, reunimo-nos, duas mãos cheias e o perfume do sonho
misturado com o sabor da descoberta. Investimos na cultura,
apostámos na leitura, acreditámos na força poderosa da escrita e
construímos castelos de palavras que não cabem em qualquer
mundo.
Há 15 anos, juntámos elos numa enorme corrente sempre aberta a
mais elos, recebemos no nosso porto de (des)embarque inúmeros
tripulantes de navios trazidos por muitas correntes marítimas.
Há 15 anos, mergulhámos literalmente numa queda vertiginosa, que nos trouxe até
aqui, a esta conversa com cada um de vós e com todos. Experimentámos momentos de
desânimo, momentos de saudade infinita por todos que já não estão connosco em
matéria, mas que continuam presentes no espírito deste evento, momentos de alegria
desmedida pelo uso dado às palavras,pelos gritos,pelos cânticos,pelos protestos,pelos
aplausos, pelos poemas ditos, reditos e desditos. Experimentámos momentos de
sentimentos à flor da pele, de abraços colectivos ou de abraços singulares, de batuques
no ventre, de palavras imperceptíveis à razão, de telas coloridas com o sangue da
experiência e do olhar de paisagens nunca vistas.
15 anos de cadeiras sentadas no chão de uma sala suada de tantos leitores, ávidos de
ouvir mais e mais. Uma sala forrada de corpos com vida única nos olhos e nos ouvidos.
Uma sala que não conhecia limites e voava muito para além das portas,uma sala que se
sentia única em cada mês de Fevereiro e que só desejava ser maior, ser do tamanho da
imaginação de cada um e de todos que por lá passavam.
Nesta cidade do meu, do nosso coração, nasceram amizades, construíram-se
cumplicidades que (agora acredito) só aqui seriam possíveis.
Poderia nomear muitos e cada um que tornaram este sonho possível,mas temo que não
haja espaço para tanto nesta revista. No entanto, gostaria de agradecer a todos os
editores, jornalistas, parceiros patrocinadores, público/leitores, colaboradores, poveiros
e a cada um dos participantes que sempre demonstraram um sentido colectivo
inimaginável, transformando as Correntes D'Escritas na imagem mais nítida e
deslumbrante da literatura de expressão ibérica,aqui na Póvoa de Varzim,terra de mar e
de heróis.
E agora?
Agora é a hora de começar outra e outra vez,porque o livro merece!
Conferência de abertura
A Conferência de Abertura do 15º Correntes de Escritas, que terá
lugar no dia 20 de fevereiro, às 15h00, no Axis Vermar, será proferida
por Adriano Moreira.
“A Língua e o Saber”dará mote à conferência do Professor Emérito da
Universidade Técnica de Lisboa.
Foto: Luís Barra
Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Doutor pelo
ISCSP e Doutor em Direito pela Universidade Complutense. Antigo
Delegado à ONU (1957-1959). Ministro do Ultramar (1961-1963).
Deputado e Vice-Presidente da Assembleia da República (19791995). Professor do Instituto Superior Naval de Guerra (até à sua
extinção). Professor da Universidade Católica Portuguesa.
Presidente Honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa e da
Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Presidente da
Academia das Ciências de Lisboa (2008-2010-2012). Antigo
Presidente do Conselho Geral da Universidade Técnica de
Lisboa, e Professor do Instituto de
Estudos Superiores Militares.
É Doutor H. C. por várias
universidades nacionais e
estrangeiras, com vasta
bibliografia nas áreas das
relações internacionais,
ciência política e
estratégia.
PRÉMIO
LITERÁRIO
CASINO DA PÓVOA
Já foram escolhidas as obras finalistas do 11º Prémio Literário Casino da Póvoa,
no valor de 20 mil euros,atribuído no âmbito do 15º Correntes d'Escritas.
O Júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro
Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa selecionou 15 livros finalistas de uma
lista de mais de 180 trabalhos em prosa:
A Instalação do Medo, Rui Zink, Teodolito
A Luz é Mais Antiga que o Amor, de Ricardo Menéndez Salmón, Assírio & Alvim
A Maldição de Ondina, António Cabrita, Abysmo
A Sul. O Sombreiro, de Pepetela, Dom Quixote
A Vida no Céu, José Eduardo Agualusa, Quetzal
Caligrafia dos Sonhos, Juan Marsé, Dom Quixote
Dentro de Ti Ver o Mar, Inês Pedrosa, Dom Quixote
Diário da Queda, Michel Laub, Tinta da China
Metade Maior, Julieta Monginho, Editorial Estampa
O Filho de Mil Homens, Valter Hugo Mãe, Alfaguara
O Retorno, Dulce Maria Cardoso, Tinta da China
Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela, Manuel da Silva Ramos, A.23
Edições
Quando o Diabo Reza, Mário de Carvalho, Tinta da China
Um Piano Para Cavalos Altos, Sandro William Junqueira, Caminho
Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo, Quetzal
A reunião final do júri, para decidir o vencedor, realiza-se no dia 19 de fevereiro,
às 21h30, no Hotel Axis Vermar. O anúncio oficial do vencedor será no dia 20, na
Cerimónia de Abertura do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, no
Casino da Póvoa. O Prémio será entregue na Sessão de Encerramento, no dia 22,
sábado.
Nos anos anteriores foram premiadas as seguintes obras:
O Vento Assobiando nas Gruas,de Lídia Jorge (2004);
Duende,de António Franco Alexandre (2005);
A Sombra do Vento,de Carlos Ruíz Zafón (2006);
A Génese do Amor,de Ana Luísa Amaral (2007);
desmedida, luanda - s. paulo – s. francisco e volta, de Ruy Duarte de Carvalho
(2008);
A Moeda do Tempo,de Gastão Cruz (2009);
Myra,de Maria Velho da Costa (2010);
O Livro do Sapateiro,Pedro Tamen (2011);
Bufo e Spallanzani,Rubem Fonseca (2012);
ATerceira Miséria,de Hélia Correia (2013).
PRÉMIO LITERÁRIO
Cd'E/Papelaria Locus
Concorreram 95 trabalhos ao 10º Prémio
Literário Correntes d'Escritas Papelaria
Locus que irá distinguir, com 1000 euros,
o melhor conto inédito, escrito por
jovens com idade entre os 15 e os 18
anos,de países de expressão portuguesa.
O Conto premiado será ainda publicado
na edição seguinte da Revista Correntes
d'Escritas.
O Júri, constituído por Luís Diamantino,
Manuela Ribeiro e Francisco Guedes
anuncia o vencedor no dia 20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do
Correntes d' Escritas, às 11h00, no Casino da Póvoa, e a entrega do Prémio ao
autor galardoado ocorre na Sessão de Encerramento do Encontro,no dia 22.
Ao longo dos 9 anos de existência deste prémio – que assinala em 2014 o seu
10º. aniversário –, foram distinguidos os seguintes trabalhos: Edição 2005 “Queda”, de Sara Raquel Ferreira da Costa que concorreu com o pseudónimo
Annabel Lee; Edição 2006 - “Fuga ao Tema”, de Saulo Matias Dourado que
concorreu com o pseudónimo Adelmo Moitinho; Edição 2007 - “Este Sabor”, de
Nuno Galego Marques Atalaia Rodrigues que concorreu com o pseudónimo
Mikhael Lima; Edição 2008 -“Bavaroise de ... Joana”, de Maria Beatriz Fernandes
de Moura Soares, que concorreu com o pseudónimo Leonor Campos; Edição
2009 - “Geometria das sombras”, de Tatiana Vanessa Fernandes Bessa que
concorreu com o pseudónimo Ophélia Nery; Edição 2010 - “A História do Velho
Entristecido com a Vida”, de Miguel Rocha de Pinho, que concorreu com o
pseudónimo Alarido dos Começos; Edição 2011 - “Esquecimento”, de Ana Filipa
Cravina dos Reis, que concorreu com o pseudónimo Ritta Duque; Edição 2012 “Vergílio Vagaroso”, de Tomás Anjos Barão, que concorreu com o pseudónimo
Duplo Arco-Íris; Edição 2013 – “Inexistência Mental”, de Ana Matilde da Silva
Gomes que concorreu com o pseudónimo de Victória Montenegro.
PRÉMIO CONTO INFANTIL ILUSTRADO
Cd'E/Porto Editora
Ao Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes
d'Escritas/Porto Editora concorreram 50
trabalhos. O Júri formado por Maria da
Conceição Vicente, Marta Madureira, Gisela
Silva revelará os trabalhos premiados no dia
20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura do
Correntes d' Escritas, no Casino da Póvoa,
sendo que a entrega de prémios terá lugar no
dia 22,na Sessão de Encerramento do evento.
Este prémio destina-se a galardoar,
anualmente, um Conto Ilustrado inédito, em
língua portuguesa, realizado por alunos – conto e ilustração – que frequentem o
4º.ano de escolaridade do 1º.Ciclo do Ensino Básico.Atribuído pela primeira vez
em 2009, o prémio visa estimular a criação literária, especialmente o
desenvolvimento da comunicação escrita e criativa e destina-se a trabalhos
coletivos (realizados por todos os alunos de uma turma) com um mínimo de uma
e um máximo de três páginas. Cada Escola pôde concorrer com o máximo de
dois trabalhos por turma.
A escola vencedora ganhará 1000€ em edições e produtos Porto Editora. As
escolas que conseguirem o segundo e terceiro lugar receberão, respetivamente,
500€ e 250€ também em material.
De registar que os trabalhos premiados – os que vencerem o 1º., 2º. e 3º. lugares
e as possíveis menções honrosas – serão editados em livro. Ao longo das cinco
edições anteriores foram já várias dezenas de alunos e professores que viram,
com indisfarçável orgulho,o seu trabalho publicado.
A 6ª edição do Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto
Editora propõe-se fundamentalmente a promover hábitos de leitura e de
escrita, bem como a criatividade através do desenho. Esta distinção contribuirá
ainda para o desenvolvimento do espírito de grupo, colaboração e partilha de
objetivos comuns.
Trabalhos Premiados 2013
1º. Lugar – Na escola aprendi "verês", da turma A do 4º Ano da Escola EB1 O Leão
de Arroios–Lisboa;
2º. Lugar – Peixes por um dia, da turma B do 4º Ano do Externato Champagnat,
Lisboa;
3º. Lugar – Do azar se fez sorte, da Turma M03 do 4º Ano da EB1,2,3 Augusto
Moreno /Bragança.
PRÉMIO FUNDAÇÃO DR.LUÍS RAINHA/Cd'E
O Júri do Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d'Escritas, constituído por
José Carlos de Vasconcelos, José Ventura e Maria da Conceição Nogueira, está a
avaliar os trabalhos a concurso.
O resultado será comunicado no dia 20 de fevereiro, na Cerimónia de Abertura
do Correntes d' Escritas, no Casino da Póvoa, sendo que o vencedor irá receber o
Prémio na Sessão de Encerramento,a 22 de fevereiro.
Este galardão distingue, anualmente, uma obra literária inédita (romance,
contos ou poesia), escrita em português, cuja temática seja a Póvoa de Varzim.
Podem concorrer ao Prémio todos os cidadãos portugueses ou de todos os
países de expressão portuguesa e espanhola que apresentem trabalhos sobre a
Póvoa de Varzim. Os participantes habilitam-se ao prémio de mil euros e ainda a
verem a sua obra editada pela Fundação. O Prémio não poderá ser atribuído a
obras galardoadas com outros Prémios do Correntes d'Escritas nem a trabalhos
cujo autor tenha sido galardoado com o
Prémio Fundação Dr. Luís Rainha Correntes
d'Escritas nos últimos cinco anos.
O trabalho vencedor na última edição foi
Póvoa de Varzim ou o Paraíso Aqui, de Paulo
Jorge Coelho Carreira, apresentado sob o
pseudónimo de“Peixe Voador”.
Revista
O Dossiê da Revista Correntes d'Escritas (número 13) será, este ano, dedicado a
Maria Teresa Horta e terá depoimentos de Ana Luísa Amaral, Inês Pedrosa,
Patrícia Reis,Pedro Teixeira Neves,Rosa Alice Branco e Filipa Leal.
Da Revista constarão contos de Andrea del Fuego, Helder Macedo, João Paulo
Sousa, João Tordo, José Rentes de Carvalho, Luís Diamantino, Nuno Camarneiro,
Patrícia Portela e Waldir Araújo e poemas de Francisco Duarte Mangas, Inês
Fonseca Santos,Inma Luna, João Moita, Manuel Moya e Salgado Maranhão e.
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras.
Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no
cineclubismo em Portugal. É conhecida como uma das mais destacadas
feministas portuguesas.
Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em Poesia
Reunida (Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida
Literária. Em 2012 publicou As Palavras do Corpo – Antologia de
Poesia Erótica e,ainda, Poemas Para Leonor.
Autora dos romances Ambas
as Mãos Sobre o Corpo,
Ema (Prémio Ficção
Revista Mulheres) e
Paixão Segundo
Constança H., e coa u to r a co m M a r i a
Isabel Barreno e Maria
Velho da Costa, de Novas
Cartas Portuguesas.
Ao seu romance As Luzes de
Leonor, a Marquesa de Alorna,
uma sedutora de anjos, poetas e
heróis (2011), foram atribuídos
os prémios D. Dinis e Máxima de
Literatura.
Mesas
As Mesas são o cerne do Correntes d'Escritas,que movem centenas de pessoas.
São momentos únicos de debate em que seis escritores, conduzidos por um moderador,
partilham as suas ideias a partir de uma proposição que a organização lhes sugere.
Aquilo que foi dito no ou sobre o Correntes ao longo de 14 anos, inspirou a organização a
construir frases nas quais,propositadamente,incluiu sempre a palavra“corrente(s)”.
Sete mesas irão preencher os três dias do 15º Encontro com temas que, desde já, despertam a
curiosidade do público,mais uma oitava no Instituto Cervantes a 24.
Todas as mesas irão decorrer no Salão de Congressos do Hotel Axis Vermar.
Mesa 1, quinta-feira, 20, 17h30
Mesa 5, sexta-feira, 21, 22h00
Pensamentos não são correntes de ninguém
Cada livro é a antologia corrente da existência
Antonio Gamoneda
Eduardo Lourenço
João de Melo
Lídia Jorge
Ungulani Ba Ka Khosa
José Carlos de Vasconcelos – M
Carlos Quiroga
Joana Bértholo
Manuel da Silva Ramos
Manuel Jorge Marmelo
Miguel Sousa Tavares
Ondjaki
Rui Zink
Michael Kegler – M
Mesa 2, sexta-feira, 21, 10h00
palavras + correntes = x
Afonso Cruz
Helder Macedo
Ivo Machado
Miguel Real
Patrícia Portela
Valério Romão
João Gobern – M
Mesa 3, sexta-feira, 21, 15h00
A ficção nos livros é corrente de verdade
Ana Margarida de Carvalho
António Mota
João Ricardo Pedro
José Ovejero
Michel Laub
Francisco José Viegas – M
Mesa 4, sexta-feira, 21, 17h30
De correntes e cont(r)a-correntes
se faz a poesia
Ana Luísa Amaral
Golgona Anghel
João Moita
Margarida Ferra
Valter Hugo Mãe
Isabel Pires de Lima – M
Mesa 6, sábado, 22, 10h00
Coração de correntes desabitado: a poesia
Elgga Moreira
Inês Fonseca Santos
Manuel Rui
Pedro Teixeira Neves
Uberto Stabile
Vergílio Alberto Vieira
José Mário Silva – M
Mesa 7, sábado, 22, 15h30
Não são minhas as correntes que
escrevo é outro que as escreve em mim
Andrés Neuman
Inês Pedrosa
José Rentes de Carvalho
Manuel Rivas
Onésimo Teotónio Almeida
Ana Sousa Dias – M
Correntes no Instituto Cervantes, em Lisboa
Dia 24, segunda-feira, 19h00 (Mesa 8)
São sempre correntes as palavras
Ana Margarida de Carvalho
Carlos Quiroga
Carmo Neto
Michel Laub
Sara Figueiredo Costa – M
Conversas A dois
A assinalar os 15 anos de existência, esta edição do Correntes d'Escritas vai incluir na
sua programação momentos inovadores de conversa em torno dos livros.
30'à conversa:
dois autores conversam durante 30 minutos,a propósito de reedições de livros.
2 à conversa:
dois autores numa conversa mais prolongada,com leituras à mistura.
Dia 20, quinta-feira
19h30 – 30' à conversa
Eduardo Lourenço e Almeida Faria
(apresentação do livro Lusitânia)
# Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
22h00 – 2 à conversa
Artur do Cruzeiro Seixas e Isaque Ferreira
Foto: Fund. Cupertino de Miranda
# Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
Dia 21, sexta-feira
19h30 – 30' à conversa
Maria Teresa Horta e Filipa Leal
(apresentação do livro Ambas as mãos sobre o corpo)
# Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
Dia 22, sábado
17h30 – 30' à conversa
João de Melo e Onésimo Teotónio Almeida
(apresentação do livro Gente Feliz com Lágrimas)
# Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
Correntes no Instituto Cervantes,
em Lisboa
Dia 24, segunda-feira, 18h30
30' à conversa
Antonio Gamoneda e Filipa Leal
Apresentação de
livros
e projetos
O Correntes d'Escritas contempla, na sua programação, diferentes sessões de
apresentação de livros.
O elevado número de pessoas que o evento reúne, desde escritores, editores,
críticos e agentes literários, jornalistas e público interessado, constitui
oportunidade para a apresentação das mais recentes publicações,
possibilitando aos presentes a oportunidade de conhecer e adquirir as
novidades do setor livreiro, bem como de conseguir um autógrafo do seu
escritor preferido.
Para além dos livros,esta edição também irá apresentar dois projetos.
Eis a lista de obras e projetos que serão apresentadas no 15º Correntes
d'Escritas:
Dia 19, quarta-feira
21h30 • Lançamento de livros
· Do Branco ao Negro,AA.VV., Sextante
Do branco ao negro é um livro que tem como mote e tema a diversidade da cor.
Doze autoras, que contam doze histórias, cada uma com sua cor, reflectindo a
diversidade, na sua diferença e na sua complementaridade. Ana Luísa Amaral,
Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Eugénia de Vasconcelos, Elgga Moreira, Lídia
Jorge, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Raquel Freire, Rita Roquette de
Vasconcellos, São José Almeida, Yvette Centeno. 12 contos ilustrados por Rita
Roquette de Vasconcellos.Na mesma história,histórias diversas.
· Livros Nómadas do Sangue, João Rios, Edita-me
Os versos que o constituem, a obra Livros Nómadas do Sangue, são indóceis
animais domésticos, subtraídos ao teatro do mundo pelo seu autor. Recolha de
vozes, vitualhas de gestos desmedidos pela pulsão que sustenta os itinerários
das relações de poder. Neste livro, João Rios traça um breve compêndio do
nomadismo da crueldade que pelo sangue estabelece as premissas do
entenebrecido festim com que os homens envergam, não raras vezes, as
múltiplas e escondidas faces do beatismo das boas intenções.
· Máquina-de-lavar-corações, Renato Filipe Cardoso,Texto Sentido
Autor: Renato Filipe Cardoso
Título: Máquina-de-lavar-corações
Colecção: Solidão Sincronizada # 5
Ilustrações: João Carqueijeiro
Grafismo: Maria Vilar
1.ª edição: Fevereiro de 2014
Tiragem: 500 exemplares
22h30 • Apresentação de projetos
Cama-de-gato editora
Cama-de-gato editora nasce com a sua apresentação nas Correntes d'Escritas
de 2014 com o propósito de disseminar singularidades literárias. Pretende
propiciar o lançamento de novas sensibilidades, nomeadamente daquelas que
se furtam ao presente e se encontram em diversos caos para deles extraírem o
inédito. Esta cama-de-gato é também uma armadilha para a repetição, através
da afirmação da perversão das ordens. Enfim, singularidades de uma editora.
Arranca, na poesia, com Maria Quintans e a sua A pata da cabra, na dramaturgia,
com Cláudia Lucas Chéu e A cabeça morta e, na ficção, com Luísa Monteiro, A
lacraia de Steinbeck.
Cama-de-gato nascerá com o lançamento de três livros:
· A pata da cabra, Maria Quintans
A poesia de Maria Quintans parece querer, e com êxito, ultrapassar o espaço
perceptivo da poesia, o espaço "natural" do signo a favor de um espaçosubstrato, prévio a toda a forma de dizer, e sua condição: uma espécie de arte
transcendental na acepção kantiana. Ao elevar pelo poema o olhar sensível a
um olho do espírito, obtém uma pura opticalidade desafectada de toda a
cumplicidade; tal como nota Deleuze algures, é o visual a integral o manual,
onde o objecto, o visível, estabelece uma íntima conexão com um invisível e é
isto que forma aquilo a que podemos designar como o ponto de tensão da sua
poesia. Deste modo, A pata da cabra produz inúmeras ideias-vírus possíveis de
serem propagadas, num contágio célere como se fosse um dinamizador de
frames cinematográficos; neste livro, há um turbilhão de vidas à solta numa
cidade que é Lisboa (e numa outra,anónima,fora dos mapas humanos).
Maria Quintans publicou em 2008 o livro de poemas Apoplexia da Ideia (Editora
Papiro), em 2010 Chama-me Constança (Editora Salamandra) e em 2013 O
Silêncio (Editora Hariemuj). Está incluída nas antologias O prisma das muitas
cores - Poesia de Amor Portuguesa e Brasileira (Labirinto, 2010), 100 Poemas para
Albano Martins (Labirinto, 2012) e outras.Em 2009 faz parte da criação da
Revista Inútil, onde é directora editorial. Em 2011 cria a editora Hariemuj, que
se dedica essencialmente à poesia. Organiza, em 2012, a antologia poética
Meditações sobre o Fim - Os últimos poemas (Hariemuj Editora). Tem textos
publicados nas revistas BigOde, Inútil, Golpe d'Asa, e ainda nas revistas online
Minguante e Diversos Afins. Em 2014 cria, com Luísa Monteiro, a “cama-de-gato
editora”.
· A lacraia de Steinbeck, Luísa Monteiro
Da personagem sabe-se apenas que se move entre um palco, um quintal, uma
editora e que é judia; dos testemunhos sobre ela, diz a mãe que costumava
aparecer-lhe uma vez por ano e que levava pela mão a criança que fora e que se
encontra agora perdida no deserto; destaque ainda para Miss W., a
corporalização da mãe virgem de um proto-deus, que a personagem perseguiu
em vida de modo passional. Sobre esta personagem falam ainda cães, árvores,
editores, actores e uma louca que telefona nas madrugadas. Sabe-se que
escrevia agendas para o dia seguinte e afirmava ser uma lacraia do umbigo
para baixo quando se deitava, por culpa da mãe. Dela, todos falam com
propriedade: mas ninguém, ao certo, sabe de nada após o seu suicídio.A marca
desta 27ª obra de Luísa Monteiro reside no modo como diz, na vertente
estética,nos três modos de dizer da“impa-ciência”da vida.
Luísa Monteiro começou a publicar em 1975 em revistas e jornais, espaços que
viriam a ser o seu domicílio profissional. Em 1997, o Prémio Júlio Brandão e a
Campo das Letras dão à estampa As Novas Bruxas do Ave. Nesta e noutras
editoras, publicou 26 títulos, entre ensaio, ficção, dramaturgia e biografia,
alguns deles premiados, cá e no estrangeiro. Algumas das suas obras são
estudadas em universidades dentro e fora do país e já deram azo a três
dissertações de mestrado e a um doutoramento. Faz investigação académica
no âmbito da encenação contemporânea para teatro, dos textos inéditos de
Fernando Pessoa e da Filosofia contemporânea, ao abrigo de centros das
Universidades do Algarve, Nova de Lisboa e Católica de Lisboa. Lecciona
Estéticas Teatrais na Universidade de Évora. Directora da Companhia de Teatro
Contemporâneo,cria em 2014,com Maria Quintans,a“cama-de-gato editora”.
· A cabeça muda,Cláudia Lucas Chéu
[à encenação e aos actores]: Ataca a frase.
Faz-te lobo e lança-te à carne,ao osso; até ao tutano.
A um parágrafo de ti ficas outro.
Insiste no cardiofitness da sintaxe.
Sem vocabulário não entras em sítios bons.
Ignora as bulas literárias; automedica-te.
Intoxica-te com os clássicos.Limpa-te com os novos; ou então faz ao contrário.
O importante é a caça.
Cláudia Lucas Chéu nasceu em Lisboa em 1978. É co-fundadora da Teatro
Nacional21. Frequentou o curso de Línguas e Literaturas Modernas (FCSH) e
concluiu o curso de Formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Tem publicados os textos para teatro Glória ou como Penélope morreu de tédio e
Poltrona – Monólogo para uma mulher, edições Bicho-do-Mato/Teatro Nacional
D. Maria II; Colapso, edição Teatro Nacional São João; Violência – fetiche do
homem bom; Círculo Onanista; Bank, Bank,You´reDead e Europa, IchLiebeDich,
edições Bicho-do-Mato/Teatro Nacional D. Maria II. Publicou ainda a micro
peça CircleJerk na Revista de Artes Escénicas Galega Núa.Tem poesia publicada
na antologia Meditações sobre o fim – Os Últimos poemas, edições Hariemuj. Foi
galardoada com o EmmyAwardcomo elemento na equipa de argumentistas da
telenovela Laços de Sangue.
FLANZINE
Quando o projecto FLANZINE teve início, em Maio de 2013, tinha tudo para
correr mal mas,contrariando as leis de Murphy e Keynes,a revista acabou por se
materializar. Uma revista inspirada nos velhos fanzines, idealizada por dois
amigos virtuais, João Pedro Azul e Luís Olival, unidos na ressaca de uma
geração que sobrevive através de humor negro. Com alguma ousadia, foram
contagiando um conjunto de autores e artistas de diferentes quadrantes e
linguagens que se foram juntando à FLANmília (literatura, ilustração, cinema,
música, fotografia, poesia, teatro). O design retro de Filipa Campos encerrou a
santíssima trindade conceptual deste pudim cultural.
O primeiro número foi lançado em Setembro e teve como tema MALA. Em
Dezembro, no 49 da ZDB, em Lisboa, era lançado o MEDO – o segundo número
da FLANZINE. Mais autores, mais qualidade e mais rigor, caracterizaram este
segundo capítulo com mais um tema em jeito de provocação natalícia.
O número 3 traz um novo desafio: juntar os autores em duetos. O tema lançado
foi BOCA. Assim, esperam-se cerca de vinte duetos a trabalhar BOCA-a-BOCA,
num total aproximado de 40 autores.
Autores que fazem parte deste número da FLANZINE: Esgar Acelarado & Álvaro
Silveira; Betânia Liberato & Valério Romão; Filipa Castro & Emanuel Amorim;
Cátia Vidinhas & Rogério Nuno Costa; Beatriz Hierro Lopes & Daniel Curval;
Helena Miranda & João Pedro Azul; Luisa Monteiro & Ana Teresa Vicente; Ana
Pereira & Alexandre Sá; Luis Barbosa & Pedro Miguel Marques; Luís Quintais &
Filipe Marques; Débora Figueiredo & José Riço Direitinho; Daniel Moreira &
Casimiro Teixeira; Sara Macedo & Cristóvão Siano; Carlota Lagido & FS Hill;
Gonçalo Mira & Luís Silva; Hélder Magalhães & Claudine Rodrigues; Cristina
Bartleby & Teresa Falcão; Bruno Vieira do Amaral & João Concha; Raquel
Ribeiro & A.Mimura.
Dia 20, quinta-feira
17h00 • Lançamento de livros
·A Metametamorfose e Outras Fermosas Morfoses, Rui Zink,Teodolito
Como conseguiu fazer estes contos?
Com trabalho e humildade.
E conta escrever mais?
Com trabalho e humildade.
Mas o Nobel este ano parece difícil.
Temos de olhar para nós e não para os outros.
Você não parece estar na lista dos favoritos.
Há que saber respeitar os adversários,sabendo no entanto que,em jogo jogado,
não são superiores a nós.
Há quem o critique por uma sintaxe adversativa,nomeadamente pelo abuso da
adjectivação.
Enquanto for matematicamente possível, continuarei a lutar pelos meus
adjectivos.
www.ruizink.net
· ATeoria dos Limites, Maria Manuel Viana,Teodolito
A realidade é muito mais inverosímil do que a ficção,diz,a certa altura,uma das
personagens deste romance. O aqui narrado parte da concepção fantasmática
de um génio, uma espécie de mundo de ficção científica, com dois universos
paralelos habitados por nómadas, essas substâncias simples, esses pontos
metafísicos, essas individualizações infinitamente pequenas, como quartos
sem portas nem janelas dentro de uma pirâmide cuja base tenderia ao infinito,
onde bastaria uma ínfima coisa para passar de uma realidade para outra, e
onde cada um de nós vê o seu duplo e pode escolher entre ser herói ou banal,
amar ou resignar-se, sentir prazer ou raiva com a felicidade alheia, lutar pela
liberdade ou jogar as regras do jogo,viver com dignidade ou ser passivo,aceitar
a ignomínia ou revoltar-se, julgar o outro pondo-se no lugar dele, adoptar
muitas perspectivas para perceber o todo, perguntar-se em que é que a ficção
supera a realidade, se na beleza ou na construção não tão utópica quanto
poderia parecer do melhor dos mundos possíveis.
19h30 • 30' à conversa
· Lusitânia,Almeida Faria,Assírio & Alvim (apresent.da nova edição do livro)
No início deste terceiro volume da Tetralogia Lusitana assistimos ao
rocambolesco rapto dos jovens Marta e João Carlos, seguido pelos não menos
surpreendentes acontecimentos que revolucionaram a sociedade portuguesa
desde o domingo de Páscoa de mil novecentos e setenta e quatro ao mesmo
domingo de mil novecentos e setenta e cinco.Ao longo de um ano eufórico para
muitos, assustador para alguns, a família de A Paixão e Cortes dispersa-se
dentro e fora do país,comunicando entre si,antes da existência de telemóveis e
e-mails, sobretudo por carta. O que dá a esta agitada narrativa, ora dramática
ora divertida, um tom de paródia a certos romances do século XVIII, epistolares
e libertinos.
21h30 • Lançamento de livros
· A Montanha e o Titanic, Luísa Franco, Parsifal
No dia em que recebe a notícia que autoriza a sua aposentação, Luísa Franco é
uma mulher naturalmente feliz. Professora do ensino secundário durante mais
de 30 anos, poderia finalmente descansar. Mas esse dia haveria de trazer-lhe
também uma novidade devastadora e para a qual não estava preparada: o
resultado das análises médicas a que procedera não deixava margem para
dúvidas, explicando as dores, as manchas no corpo e a ausência de vigor
muscular que vinha sentindo nas últimas semanas – sofria de leucemia
mielóide aguda.
Confrontada com esta situação e tendo consciência de que não lhe resta muito
tempo de vida, decide enfrentar um último desafio: escrever a história de
Álvara Bitancurt e de Manuel Franco,seus avós,vítimas do naufrágio do Titanic.
Com edição de Miguel Real, que fixou definitivamente o texto, e agora
apresentada a título póstumo aos leitores, A Montanha e o Titanic é uma obra
intensa, emotiva e, nalguns casos violenta, na qual realidade e ficção se vão
intercalando,que não deixará nenhum leitor indiferente.
Luísa Franco morreu a 15 de Abril de 2012, no dia em que se cumpriam os 100
anos da tragédia do Titanic.
· Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras, Manuel da Silva Ramos, Parsifal
Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é um livro singular. Porque é uma
obra para saborearmos à lareira ou para levarmos para a praia (no Inverno,
quando o sol é mais clemente, mas também no Verão, época em que chove
menos), porque é um livro culto e divertido, didáctico e pós-moderno. Ou,
apenas, porque é uma obra de um dos mais originais escritores portugueses –
Manuel da Silva Ramos (monsieur, s'il vous plait…).
Neste livro podemos encontrar histórias para serem lidas enquanto se espera
pelo autocarro matinal a caminho da fábrica,durante o check-in de uma viagem
de finalistas a Varadero, enquanto se aguarda pelo INEM, que vem célere em
socorro de um peão recém-atropelado, ou para saborear durante uma pisadela
de um tacão afiado na intimidade do jogo amoroso.
De Viana do Castelo ao castelo de Paderne, do arsenal da Marinha à Marinha
Grande, da transmontana aldeia da Carrapatosa às longínquas florestas da ilha
de Java, Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras é uma obra que estimula o
prazer (da leitura ou outro) em qualquer parte do globo.
Dia 21, sexta-feira
12h00 • Lançamento de livros
· Pano para mangas, João Gobern,Âncora Editora
Foram quase sete anos de uma vida quotidiana, 1531 crónicas exclusivamente
ditadas pela consciência e pela sensibilidade, nunca por uma qualquer agenda
encomendada. Foi um período em que, se não nos limitarmos a contas de
merceeiro, feitas ainda por cima em línguas estrangeiras, andámos de mal a
pior. Por falta de homens bons, acompanhando uma escassez em que a Europa
fica na cauda do mundo. Por ausência de ideias, excepto aquelas que foram
apressadamente fixadas mas nunca se revelaram fixas nem sequer firmes, e
pela redução ao mínimo da ideologia. Pela vitória do pragmatismo sobre os
valores. Pela emergência dos tecnocratas e pela aceitação dos curtos
horizontes dos gabinetes. Pelo excesso de palavras vãs e vazias, pela extinção
da simples palavra de honra. Pelos ziguezagues, pelos receios, pelos
compromissos e consensos que varreram muito do que havia de bom sem
criarem alternativas verdadeiras nos sectores essenciais como a Educação (e a
Cultura, convém não esquecer), a Saúde e a Justiça. Pela falta de participação
cívica, política, ruidosa e teimosa – foram demasiadas as ocasiões em que
perdemos por falta de comparência.
Foi um percurso que me valeu passar da observação à indignação, de
espectador a militante, de cínico a voluntário, de indiferente a empenhado.
Tentei,sempre,praticar o equilíbrio.Nunca me passou pela cabeça o esboçar da
equidistância – não a creio útil a ninguém, nunca me foi sequer sugerida, não
seria capaz de alinhar na legião dos cinzentos.
As cem crónicas que aí ficam têm um princípio e um fim, mais do que uma
lógica e um percurso lineares. São apenas os meus sinais exteriores, diletantes
ou supérfluos, irónicos ou inflamados. São um espelho razoável de alguém que
se aflige mas continua obstinadamente a rir e a sonhar com algo de melhor,
sobretudo para os mais velhos e para os mais novos, já que a geração em que
nasceu,mesmo sem alinhar,tem cada vez menos desculpa.
· Wasteband, Patrícia Portela,Caminho
Em oito minutos e meio Sergei Krikalev ultrapassa a atmosfera e perde a
gravidade; Tânia senta-se à espera; o vizinho de Krikalev constrói uma ponte
para chegar ao Espaço mantendo os pés assentes na Terra; a Lua cai numa praia
cheia de sapos; a União Soviética desmorona-se; e José, deitado numa cama de
hospital, conclui que o que lhe faz falta não são as pernas que perdeu mas as
impressões digitais dela: pede um coração artificial e faz restart. Como está
cientificamente provado que não nos podemos lembrar de mais do que sete
coisas ao mesmo tempo, Tânia esquece José. Sergei Krikalev pensa em chorar
mas não vale a pena: no Espaço as lágrimas não caiem,só causam chatices.E há
oito minutos e meio atrás? O melhor é fazermos rewind para avançar na
história.
Somos uma sucessão de momentos vividos ao máximo e reduzidos ao mínimo.
17h00 • Lançamento de livros
· A Invenção do Amor, José Ovejero,Objectiva
A Invenção do Amor passa-se em Madrid, nos dias de hoje, e narra a história de
Samuel, que se apaixona por uma mulher que já morreu e que ele nem sequer
conhecia. A partir daí, decide-se a reinventar-lhe uma vida, fazendo do leitor
cúmplice na capacidade do ser humano para se enganar a si mesmo.
Do seu terraço, Samuel observa a agitação quotidiana de Madrid, repetindo
para si próprio que tudo está bem. Sobreviveu aos quarenta, a "idade maldita",
não tem filhos, e as mulheres entram e saem da sua vida sem nunca
pronunciarem as palavras"para sempre".
Uma madrugada, alguém lhe comunica por telefone que Clara, sua exnamorada, morreu num acidente. De ressaca, Samuel é incapaz de explicar que
não conhece nenhuma Clara. Impelido por um misto de curiosidade e enfado,
decide ir ao velório. É então que, fascinado pela possibilidade de usurpar a
identidade da pessoa com quem o confundem,Samuel ficciona uma história de
amor com Clara, que vai partilhando com Carina, a irmã desta. Samuel vê nesse
jogo de ilusões a possibilidade de reinventar a sua existência e de, por fim, se
sentir vivo. À medida que a memória de Clara vai ganhando verdadeira forma
na sua cabeça, vai crescendo também a atracção que sente por Carina - e
Samuel começa a perder o controlo do jogo que criou. Irá o amor que inventou
ser a sua salvação ou a sua perdição?
Este romance tem todos os elementos de um thriller clássico. Narrado na
primeira pessoa, a voz inquisitiva e irónica do protagonista vai desvelando as
imposturas do amor e,ao mesmo tempo,a sua absoluta necessidade.
Nesta obra,o autor reflecte sobre a actual situação do país e sobre uma geração
de homens e mulheres, agora nos quarenta, cujas vidas pouco ou nada se
parecem com aquilo que idealizariam para si mesmos, se lhes fosse possível
idealizar.
19h30 • 30' à conversa
· Ambas as mãos sobre o corpo, Maria Teresa Horta, Dom Quixote
(apresentação da nova edição do romance)
Primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta, publicado originalmente em
1970, Ambas as Mãos Sobre o Corpo veio revelar que o imenso talento da autora
não se limitava à poesia.
Conjunto de narrativas que, fundindo-se, se organizam num romance
fragmentado, nele decorre o retrato moral e estático de “alguém” cuja
existência larvar nunca se eleva ao nível do concreto ou nunca se individualiza
no seio da existência arquetípica.
Livro de momentos, de grandes pausas iniciáticas, de silêncios expressivos,
cristalinamente fantástico porque dominado pela compreensão introspectiva
e por um intimismo sagaz,circula da narração omnipresente até ao campo raso
da corrente de consciência, e cerca-se ou adorna-se de sucessivas
deambulações pelos domínios da auto-interpretação, permitindo que o leitor
se aperceba da solução de um estranho enigma: o da decifração do absurdo
deste carácter poético e onírico, este nada, mulher ou sombra fantasmática de
valores humanos que se ocultam em cada gesto, em cada segundo do decurso
lentíssimo da vida.
Obra espectral e cruel, Ambas as Mãos Sobre o Corpo é porventura uma das mais
inquietantes da moderna literatura portuguesa.
21h30 • Lançamento de livros
· Choriro e Entre as Memórias Silenciadas, Ungulani Ba Ka Khosa,Alcance Edit.
Choriro
Choriro, choro em língua local, narra um momento muito especial da História
de Moçambique, marcado por uma série de mudanças sociais registadas por
volta do século XIX no Vale do rio Zambeze. Um romance histórico com cenas
de misturas de brancos e negros, mulatos e negros, tráfico de sexo de meninas
negras virgens e histórias sobre um passado ainda recente sobre o comércio de
escravos,são alguns dos temas presentes na obra.
Entre as Memórias Silenciadas
Entre as Memórias Silenciadas, retrata um místico de recordações, desde os
tempos idos até aos actuais com principal enfoque para os campos de
reeducação, estabelecidos após a independência do país, em 1975. Um livro
que revela os desencontros de uma geração que já não se exalta com os feitos
de uma revolução e que não consegue renovar o seu discurso.
Uma obra onde a orquestra denominada “Ngodo”, em língua Chope, (etnia que
cobre parte sul de Moçambique), comporta em geral onze andamentos
distribuídos em Mutsitso (introdução orquestral), o Mutsitso com duas ou três
introduções, Ngweniso (entrada dos dançarinos), Ndano (chamada dos
dançarinos), Doinya (dança), Chibudo (dança), Mzeno (dança), Nsumeto
(preparação para os conselheiros), Mabandhla (os conselheiros), Njiriri (final
dos dançarinos) e Mutsitso (final orquestral).
Um livro que mereceu a distinção da IV Edição do Prémio BCI Literatura 2013.
· Toni, Rita Nova e Adriana Baldaia
Toni é uma canção de ida e de vinda que ouvi pelos olhos vezes demais. Nesta
terra em que o vento se cola à pele e os beijos sabem a sal toda a gente conhece
o Toni.Ou vários.Ou é o próprio.
Um Livro de Autor que comemora a manufatura e que nos convida a mergulhar
numa realidade e simbologia local através de diferentes texturas, folhas e
padrões.
'
Dia 22, sabado
12h00 • Lançamento de livros
· A Misericórdia dos Mercados, Luís Filipe Castro Mendes,Assírio & Alvim
Visitando os lugares e os afetos de que se construiu um passado, e voltando
“[…] à poesia, esse caminho estreito / entre a solidão e a vida”, é no entanto o
presente que mais perpassa pelas páginas deste livro. Feito o Balanço e Contas
“Nada representamos. Não damos lucro”, e por isso, “Se o navio afunda / a
solução é atirar ao mar os passageiros”. Porque no final “Os mercados são
simultaneamente o criador e a própria criação./ Nós é que não fazemos falta.”
A MISERICÓRDIA DOS MERCADOS
Nós vivemos da misericórdia dos mercados. Não fazemos falta. O capital
regula-se a si próprio e as leis são meras consequências lógicas dessa
regulação, tão sublime que alguns vêem nela o dedo de Deus. Enganam-se. Os
mercados são simultaneamente o criador e a própria criação.
Nós é que não fazemos falta.
· Os passos em volta dos tempos de Eduardo Lourenço, Carlos Câmara Leme, com
prefácio de E.L.e com entrevista inédita a E.L.,Verbo/Babel
Os Passos em Volta dos Tempos de Eduardo Lourenço é um ensaio da autoria de
Carlos Câmara Leme,publicado pela Verbo.
Centrando-se nas primeiras reflexões sobre o tempo e o seu enigma, tem
também o mérito de ser um dos primeiros estudos sobre a obra de tão
significativo pensador.
Como escreve Eduardo Lourenço no prefácio a esta edição «A minha
imaginária tematização,temerariamente anunciada,como sendo a do“Tempo e
Ser”nunca será escrita.Mas não há uma linha minha que não viva desse desafio
impossível e desse fracasso em supuração viva.»
[…]
Carlos Câmara Leme compreendeu perfeitamente que era nesse “tempo com
História”, nós como História, que residia o enigma vivo em que banhamos e, no
sentido mais literal e incandescente da palavra, “ardemos”. Infelizmente, na
época do seu ensaio precursor e precoce, a temática e preocupação pelo
enigma do Tempo, mais de ordem “metafísica” que “historial”, convertera-se de
enigma transtemporal em questionamento mesmo da Humanidade como
sujeito de si mesma.
Esta edição inclui, também, quatro entrevistas a Eduardo Lourenço, sendo uma
delas inédita.
17h30 • 30' à conversa
· Gente Feliz com Lágrimas, João de Melo, Dom Quixote
(apresentação da edição comemorativa dos 25 anos do livro)
Publicado há 25 anos, Gente Feliz com Lágrimas é um livro que apaixonou várias
gerações de leitores e que conquistou 5 importantes prémios literários –
Grande Prémio de Romance e Novela da APE,Prémio Fernando Namora,Prémio
Eça de Queiroz, Prémio Livro do Ano Antena Um e Prémio Internacional
Cristóvão Colombo.
Romance de uma família que se desfaz e refaz pelas paragens onde a levam os
bons e maus augúrios que motivam a sua dispersão, é uma saga que
irresistivelmente arrasta o leitor ao longo de cinco mundos,vividos e pensados
através da obsessiva busca da felicidade que move os seus protagonistas.
Concebida polifonicamente como a descrição dos vários modos de viver a
amargura que medeia entre o abandono da terra e o retorno ao domínio do que
é familiar, esta peregrinação possível em tempos de escassez de aventura é a
definitiva lição de que o regresso se não limita a perfazer o círculo, e constitui
uma visão fascinante do Portugal que todos, de uma maneira ou de outra,
conhecemos.
Gente Feliz com Lágrimas foi adaptado a televisão para a RTP, numa série de
cinco episódios dirigida por José Medeiros, e ao teatro por João Brites, para o
grupo «O Bando».
OFICINA “Escrita para cinema”
A programação do 15º Correntes d'Escritas vai incluir uma Oficina “Escrita para
cinema”, em colaboração com a Terra Firme, com o realizador António-Pedro
Vasconcelos.A iniciativa irá decorrer no Axis Vermar, nos dias 22 (entre as 19h00
e as 23h00) e 23 (entre as 10h00 e as 18h00).
• Inscrições para [email protected]
Valor da inscrição: 45€
• Página do evento: http://www.terrafirme.com.pt/educacaopatrimonial/formacoes/reflexoes/cinema/
• Ficha de inscrição: http://www.terrafirme.com.pt/inscricao-em-formacoes/?formacao=3948
Nota Biográfica do Formador: António-Pedro Vasconcelos
António-Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos nasceu em Leiria,no dia 10 de Março de 1939.
Estudou Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e Filmografia, na
Universidade de Sorbonne,cursos que nunca terminou.
É um dos realizadores do Cinema Novo Português, com o filme Perdido por Cem, de 1973. Foi
também responsável por alguns dos maiores sucessos comerciais nas salas portuguesas,
nomeadamente com O Lugar do Morto, em 1084, e Jaime, em 1999. Com este último conseguiu a
Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian, e em Portugal, os Globos
de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador. Os seus mais recentes filmes são Os Imortais
(2003),Call Girl (2007) e A Bela e o Paparazzo (2010).
A par da realização, foi um dos fundadores da V. O. Filmes, da Opus Filmes e ainda do Centro
Português de Cinema, que produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo). Foi apresentador
do programa Cineclube, na RTP2; fez crítica literária e cinematográfica, tendo chefiado a
redacção de O Cinéfilo, com João César Monteiro; foi colunista da Visão e director de A Semana,
suplemento do Independente. É autor de Serviço Público, Interesses Privados, de 2002, e foi
provedor do leitor no desportivo Record. Em 1985 representou Portugal no Fórum Cultural de
Budapeste, a convite do ministro dos Negócios
Estrangeiros. Presidiu ao Grupo de Trabalho do
Livro Verde para a Política do Cinema e
Audiovisual, dirigido pela Comissão Europeia.
Presidiu à Associação Portuguesa de
Realizadores, de 1978 a 1984, ao Secretariado
Nacional do Audiovisual, de 1991 a 1993, e ao
Conselho de Opinião da RTP,entre 1996 e 2003.
Foi professor da Escola de Cinema do
Conservatório Nacional e coordenador
executivo da licenciatura em Cinema,Televisão
e Cinema
Publicitário da Universidade Moderna de
Lisboa.
Foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D.
Henrique a 10 de Junho de 1992.(In Wikipédia)
Exposições
“As palavras em liberdade na coleção de E.M.de Melo e Castro”
À semelhança do que
aconteceu na edição
anterior, a Fundação de
Serralves irá colaborar
com o Correntes
d'Escritas com a
exposição “As palavras
em liberdade na
coleção de E.M.de Melo
e Castro”.
A exposição estará
patente no Museu
Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim até maio, sendo que a
abertura será no dia 20 de fevereiro,às 12h30.
Esta exposição oferece uma panorâmica histórica e internacional da poesia
visual,dando particular atenção às criações portuguesas e latino-americanas.
Em 2003, a Fundação de Serralves teve a oportunidade de adquirir uma
importante biblioteca consagrada à poesia visual. Essa coleção, constituída por
várias centenas de obras foi compilada por E. M. de Melo e Castro, poeta visual e
autor de numerosas obras teóricas sobre o tema.
A poesia de caráter experimental surge ligada às práticas de um conjunto de
autores que a partir de finais da década de 1950 procura explorar novas
possibilidades visuais dos seus textos, libertando as palavras do seu tradicional
arranjo na página. Tanto pela sua disposição no espaço como pela inovação
tipográfica, a poesia visual torna-se uma forma artística de direito próprio e
impõe-se,sobretudo nas décadas de 1960 e 1970.
No contexto português, destacar-se-ão nomes como o de E. M. de Melo e Castro,
José-Alberto Marques, Ana Hatherly, Silvestre Pestana, Liberto Cruz, António
Aragão e Salette Tavares, entre outros. No contexto Espanhol, nomes como José
Luis Calleja, Bartolomé Ferrando, Pablo del Barco, Ricardo Cristóbal, também
farão parte desta mostra.
Curadora: Sónia Oliveira
Os sargaceiros de Aver-o-Mar e o olhar clínico de Amaral Bernardo
Três fotografias e vidas inteiras de luta com o mar, a apelar às palavras de quem
observa,no Axis Vermar.
Nascido em Esmolfe (Viseu), foi em África que Amaral Bernardo foi criado e se
apaixonou pela fotografia,picado pela necessidade de fixar pelos sais de prata a
fulgurante luz africana.O bichinho fotográfico acompanhou-o toda a vida e nem
o empenho profissional como médico internista e, mais tarde, como Chefe de
Serviço de Medicina Interna e catedrático convidado jubilado da Universidade
do Porto,diminuíram a sua inclinação para a arte de Niépce.
Entre os finais da década de setenta do século passado e o dealbar do novo
milénio, Amaral Bernardo demandou, por razões afetivas e familiares, terras de
Aver-o-Mar. Por aí foi fixando, em muitas dezenas de rolos de 24x36 mm e em
algumas películas de médio formato, cenas da vida e do trabalho dos
sargaceiros, com toda a parafernália de instrumentos e de bestas que ajudavam
à dureza da função de arrancar das águas o sargaço (ou argaço,ou algaço…).
Será dessas muitas centenas de registos que sairá, em meados deste ano, uma
mostra de fotografias sobre a apanha do sargaço em Aver-o-Mar, que agora se
anuncia e antecipa com três fotos que funcionem,esperemos,como fermento de
palavras.
Obra Gráfica –serigrafias de CRUZEIRO SEIXAS
Em colaboração com a Fundação Cupertino de Miranda,
estará patente, no Lobby Bar do Axis Vermar, uma
Exposição/venda de Obra Gráfica – serigrafias de
Cruzeiro Seixas.
A edição do projeto apresenta 12 serigrafias para venda,
provenientes de nomes que integram a Coleção do
Museu da Fundação e que foram conseguidas através de
uma articulação com o autor permitindo um
conhecimento mais amplo do seu acervo.
São edições limitadas e executadas a partir de uma
seleção criteriosa de obras de Cruzeiro Seixas que nos
aproximam do universo criativo deste autor.
Cruzeiro Seixas é dos mais importantes artistas do
Surrealismo português, no panorama nacional e
internacional.
Expandindo uma ação de fomento cultural e cujos
resultados se destinam ao desenvolvimento das
atividades assistenciais da Fundação, esta exposição,
estará patente entre os dias 19 e 23 de fevereiro de
2014,no seguinte horário: das 9h00 às 23h00.
SESSÕES em/com
Dia 19, quarta-feira
ESCOLAS
10h30 • Colégio das Terras de Sta.Maria (S.M.Feira)
–Adélia Carvalho e Marta Madureira ¤ Diana Bar
14h30 • Externato Paraíso dos Pequeninos (S.M.Feira)
–Adélia Carvalho e Marta Madureira ¤ Diana Bar
A 15ª edição do Correntes d'Escritas
promove,uma vez mais,o encontro entre
escritores e alunos.
Ora com a ida dos autores às escolas do
concelho (EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves;
EB 2/3 Campo Aberto Beiriz; EB 2/3 de
Rates; EB 2/3 de Aver-o-Mar; EB 2/3
Cego do Maio; Escola Secundária Rocha
Peixoto; Escola Secundária Eça de
Queirós e Grande Colégio) ora através
de sessões no Diana Bar e Biblioteca
Municipal para escolas de outros
concelhos (Escola Secundária José Régio
e Escola Secundária D. Afonso Sanches,
Vila do Conde; Escola Básica Integrada,
Apúlia; Colégio das Terras de Santa
Maria e Externato Paraíso dos
Pequeninos, Santa Maria da Feira), o
Correntes d'Escritas proporciona a
vivência de experiências únicas aos
intervenientes.
Os alunos de Mestrado de Ciências da
Comunicação da Universidade do Porto
também têm encontro marcado com
Miguel Sousa Tavares e Sara Figueiredo
Costa,no Hotel Axis Vermar.
Dia 20, quinta-feira
10h00 • E.B.2/3 Dr.Flávio Gonçalves –Pedro Teixeira Neves
e Manuel Jorge Marmelo
10h30 • E.B.2/3 de Beiriz –Ivo Machado e João Tordo
10h30 • Grande Colégio –Aurelino Costa e Vergílio A.Vieira
10h30 • E.B.Integr.de Apúlia –António Mota ¤ Diana Bar
15h00 • E.B.2/3 de Rates –Cristina Norton e Ondjaki
15h30 • E.B 2/3 Aver-o-Mar –Ivo Machado e Manuel Rui
Dia 21, sexta-feira
10h00 • Escola Sec.Eça de Queirós –Ana Margarida de
Carvalho,Lídia Jorge e Rui Zink
10h00 • Escola Sec.Rocha Peixoto –Andrés Neuman,José
Rentes de Carvalho e Margarida Ferra
10h30 • E.B.2/3 Cego do Maio –Ana L.Amaral e António Mota
15h30 • Escola Sec.D.Afonso Sanches (Vila do Conde)
–Inês Pedrosa e Valério Romão ¤ Diana Bar
15h30 • Escola Sec.José Régio (Vila do Conde)–Onésimo
Teotónio Almeida e Patrícia Portela ¤ Biblioteca Municipal
19h30 • Alunos de Mestrado de Ciências da Comunicação
(Universidade do Porto)–Miguel Sousa Tavares e Sara
Figueiredo Costa ¤ Hotel Axis Vermar
Intervenções poéticas
A iniciativa que se estreou o ano passado estará de volta ao 15º Correntes
d'Escritas e haverá vários momentos poéticos em diferentes espaços da cidade.
três vozes transeuntes nas ruas da poesia
Ao encontro das pessoas e dos seus espaços vicinais, três vozes transeuntes nas
ruas da poesia é uma leitura promenade pelas palavras dos nossos poetas.Assim
se abraçam o Correntes e a sua cidade.
três vozes transeuntes é um projeto com coordenação e seleção de textos de
Isaque Ferreira,com Isaque Ferreira,João Rios e Renato Filipe Cardoso.
Para além destes,haverá outros momentos de leituras de poesia com os poetas convidados.
Cinema/ Teatro/
Correntes&Comércio
“Autografia”: um filme sobre Mário Cesariny de Miguel Gonçalves Mendes
(Documentário; Portugal; 2004; 103', cor)
O Cineclube Octopus dá continuidade à sua participação no Correntes d'Escritas e, no dia 20 de
fevereiro, será exibido o documentário “Autografia”, de Miguel Gonçalves.
“Com este documentário pretende-se retratar não o poeta e pintor Mário Cesariny mas sim a sua
vida, o seu percurso e a sua individualidade. Como espaço de ação privilegiou-se o seu quarto, por
ser este atualmente a base da sua criação e da sua intimidade. Sendo este um trabalho que vive
sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respetivas respostas, optou-se por assumir
como fio condutor um dos seus poemas – “autografia” – que servirá de mote, através da sua
análise para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista,
estabelecendo-se um diálogo entre quem o vê e quem é retratado.
Neste documentário/registo existem vários planos: o de análise do poema; o das respostas; o
do seu trabalho (exposto na sua intimidade) e o da nossa própria interpretação; uma espécie
de respigar/reciclar de citações e de conteúdos que acabam por nos permitir uma
apropriação de Mário Cesariny”. (Miguel Gonçalves Mendes)
Correntes & Comércio
Em colaboração com a Associação de Comércio ao Ar Livre, o Correntes d'Escritas também
vai estar nas principais artérias comerciais da cidade.
Há frases de autores sobre o evento nas montras das lojas associadas, não deixando
ninguém indiferente ao 15º Encontro de Escritores de Expressão Ibérica.
Teatro
Serão organizadas pelo Varazim Teatro várias sessões de leituras para crianças e
adultos, nomeadamente, público do 1º Ciclo e dos Centros de Dia do concelho.
Feira do Livro
De 20 a 22 de fevereiro, o Axis Vermar irá
acolher também uma Feira do Livro onde
estarão disponíveis várias obras dos
escritores participantes no evento.
No local onde tudo acontece, terá
oportunidade de adquirir as edições em
falta na sua biblioteca pessoal ou mesmo
comprar um livro para oferecer. Essas
publicações podem desde logo ser
autografados pelos seus autores.
Estúdio de
LUZ natural
Fotografias de Alfredo Cunha,nas Correntes d'Escritas.
Com um curriculum de fazer inveja e com experiência vastíssima em muitas e variadas áreas da
fotografia, Alfredo Cunha regressa ao retrato como se a isso obrigasse a pele: 3ª geração de
fotógrafos,filho e neto de retratistas.
No início, quando fotografava, por obrigação, estranhava. E muito. Em vez de namorar,
fotografava. Em vez de se divertir, fotografava. E tanto fotografou que já não se pode separar da
fotografia. Estranhou, no início.Acabou por entranhar de tal forma que hoje não se imagina sem
fotografar. Continua a chatear-se com as fotografias. Mas logo faz as pazes e reincide e se deixa
seduzir e envolver.
Todos os autores convidados podem ser fotografados pelo Alfredo Cunha, no estúdio montado
na sala Aguçadoura,no Hotel Axis Vermar.
O fotógrafo costuma ser generoso.
Dia 19, quarta-feira
11h00 • três vozes transeuntes nas ruas da
Poesia, com Isaque Ferreira,João Rios e Renato
Filipe Cardoso
¤ Passeio Literário
21h30 • Lançamento de Livros
· Do Branco ao Negro,AA.VV.,com Rita Roquette
de Vasconcellos,Sextante
· Livros Nómadas do Sangue,João Rios,Edita-me
· Máquina-de-lavar-corações,Renato Filipe
Cardoso,Texto Sentido
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
22h30 • Apresentação de projetos
Cama-de-gato editora: lançamento dos livros
· A cabeça muda,Cláudia Lucas Chéu;
· A lacraia de Steinbeck,Luísa Monteiro;
· A pata da cabra,Maria Quintans
Flanzine,AA.VV.
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
23h00 • Leituras
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
15h00 • Conferência de Abertura:
“A Língua e o Saber”-Adriano Moreira
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
17h00 • Lançamento de Livros
· A Metametamorfose e Outras Fermosas
Morfoses,Rui Zink,Teodolito
· ATeoria dos Limites,Maria Manuel Viana,
Teodolito
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
17h30 • Mesa 1
Pensamentos não são correntes de ninguém
Antonio Gamoneda
Eduardo Lourenço
João de Melo
Lídia Jorge
Ungulani Ba Ka Khosa
José Carlos de Vasconcelos–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
19h30 • 30' à conversa
Eduardo Lourenço e Almeida Faria
(apresentação da nova edição do livro
Lusitânia,Assírio & Alvim)
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
21h30 • Lançamento de livros
Dia 20, quinta-feira
· A Montanha e o Titanic,Luísa Franco,Parsifal
· Perfumes Eróticos em Tempo de Vacas Magras,
Manuel da Silva Ramos,Parsifal
11h00 • Sessão Oficial de Abertura
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
Anúncio dos vencedores dos Prémios
Literários 2014:
· Casino da Póvoa;
· Correntes d'Escritas/Papelaria Locus;
· Conto Infantil Ilustrado Cd'E/Porto Editora;
· Fundação Dr.Luís Rainha/Cd'E
Lançamento da Revista Correntes d'Escritas 13,
dedicada a Maria Teresa Horta
¤ Casino da Póvoa
12h30 • Inauguração da Exposição
· As palavras em liberdade na coleção de E. M.
de Melo e Castro (em colaboração com a
Fundação de Serralves)
¤ Museu Municipal
21h45 • Exibição do documentário
Autografia: um filme sobre Mário Cesariny,
de Miguel Gonçalves Mendes
(em colaboração com o Cineclube Octopus)
22h00 • 2 à conversa
Artur do Cruzeiro Seixas e Isaque Ferreira
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
23h00 • Leituras
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
Dia 21, sexta-feira
10h00 • Mesa 2
palavras + correntes = x
Afonso Cruz
Helder Macedo
Ivo Machado
Miguel Real
Patrícia Portela
Valério Romão
João Gobern–M
19h30 • 30' à conversa
Maria Teresa Horta e Filipa Leal
(apresentação de nova edição do romance
Ambas as mãos sobre o corpo,Dom Quixote)
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
21h30 • Lançamento de Livros
· Choriro e Entre Memórias Silenciadas,
Ungulani Ba Ka Khosa,Alcance Editores
· Toni,Rita Nova e Adriana Baldaia
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
12h00 • Lançamento de livros
· Pano para Mangas,João Gobern,
Âncora Editora
· Wasteband,Patrícia Portela,Caminho
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
15h00 • Mesa 3
A ficção nos livros é corrente de verdade
Ana Margarida de Carvalho
António Mota
João Ricardo Pedro
José Ovejero
Michel Laub
Francisco José Viegas–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
17h00 • Lançamento de livros
· A Invenção do Amor,José Ovejero,Alfaguara
· Noites de Vigília,Boaventura Cardoso,
Texto Editores
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
17h30 • Mesa 4
De correntes e cont(r)a-correntes se faz a
poesia
Ana Luísa Amaral
Golgona Anghel
João Moita
Margarida Ferra
Valter Hugo Mãe
Isabel Pires de Lima–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
22h00 • Mesa 5
Cada livro é a antologia corrente da
existência
Carlos Quiroga
Joana Bértholo
Manuel da Silva Ramos
Manuel Jorge Marmelo
Miguel Sousa Tavares
Ondjaki
Rui Zink
Michael Kegler–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
'
Dia 22, sabado
10h00 • Mesa 6
Coração de correntes desabitado: a poesia
Elgga Moreira
Inês Fonseca Santos
Manuel Rui
Pedro Teixeira Neves
Uberto Stabile
Vergílio Alberto Vieira
José Mário Silva–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
12h00 • Lançamento de livros
· A Misericórdia dos Mercados,
Luís Filipe Castro Mendes, Assírio & Alvim
· Os passos em volta dos tempos de Eduardo
Lourenço,Carlos Câmara Leme,Verbo/Babel
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
15h30 • Mesa 7
Não são minhas as correntes que escrevo é
outro que as escreve em mim
Andrés Neuman
Inês Pedrosa
José Rentes de Carvalho
Manuel Rivas
Onésimo Teotónio Almeida
Ana Sousa Dias–M
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
17h30 • 30' à conversa
João de Melo e Onésimo Teotónio Almeida
(apresentação da edição comemorativa dos 25
anos do livro Gente Feliz com Lágrimas,
Dom Quixote)
¤ Sala Eça de Queirós Hotel Axis Vermar
18h00 • Sessão de Encerramento
Entrega dos prémios aos vencedores dos
Prémios Literários 2014:
· Casino da Póvoa;
· Correntes d'Escritas/Papelaria Locus;
· Conto Infantil Ilustrado Cd'E/Porto Editora;
· Fundação Dr.Luís Rainha/Cd'E
¤ Centro de Congressos Hotel Axis Vermar
Iniciativas Paralelas
EXPOSIÇÕES
As palavras em liberdade na coleção de E. M.
de Melo e Castro (em colaboração com a
Fundação de Serralves)
¤ Museu Municipal
Três fotografias dos sargaceiros de Aver-omar, de Amaral Bernardo
¤ Hotel Axis Vermar
E x p o s i ç ã o / ve n d a O b r a G r á f i ca –
serigrafias de Cruzeiro Seixas (em colab. com
a Fundação Cupertino de Miranda)
¤ Lobby Bar do Hotel Axis Vermar
Correntes no
INSTITUTO
CERVANTES,
em Lisboa
Dia 24, segunda-feira
18h30 • 30' à conversa
António Gamoneda e Filipa Leal
19h00 • Mesa 8
São sempre correntes as palavras
Ana Margarida de Carvalho
Carlos Quiroga
Carmo Neto
Michel Laub
Sara Figueiredo Costa–M
PARTICIPANTES
Adélia Carvalho
Adélia Carvalho nasceu em Penafiel,cidade do distrito do Porto.
É licenciada em Educação de Infância, pela Escola Superior de Educação do
Porto.
Em Novembro de 2008, Adélia Carvalho abriu um espaço literário infantil e
juvenil na cidade do Porto, o Papa-Livros. O Espaço está vocacionado para a
promoção e criação de comunidades de leitores activamente participativos e
criativos,Conta e escreve histórias para os mais novos.
Adélia Carvalho tem marcado presença nos mais diversos eventos literários
como as Correntes d'Escritas, Festival literário da Madeira, e Castelo Branco,
Lev-literatura em viagens- e, ainda em representações Internacionais, como o
caso da Feira do livro de Bolonha e Bogotá.
Estreou-se na escrita com o Livro dos Medos em 2009, seguiram-se outros
como: Matilde Rosa Araújo - Um olhar de menina, A Crocodila Mandona, Elefante
em Loja de Porcelanas, Nadav, Era uma Vez um Cão,e o Rei Vai à Caça.
Os seus livros estão traduzidos e editados em diversos países tais como, Brasil,
Colombia, Canadá, Alemanha, Áustria, Suécia, Estados Unidas da América e
Austrália.
Adélia Carvalho é ainda fundadora da editora TCHARAN juntamente com a
ilustradora Marta Madureira.
Afonso Cruz
Além de escritor, é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked
Lamb.Em Julho de 1971,na Figueira da Foz era completamente recém-nascido.
Haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, Belas
Artes de Lisboa,Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia
centena de países.Recebeu vários prémios e distinções nas várias áreas em que
trabalha,vive no campo e gosta de cerveja.
Alfredo Cunha
Alfredo Cunha começou a sua carreira profissional ligado à publicidade e
fotografia comercial em 1970. Como repórter fotográfico começou no Notícias
da Amadora, em 1971. Colaborou com O Século e O Século Ilustrado (1972), a
Agência Noticiosa Portuguesa— ANOP (1977) e as agências Notícias de Portugal
(1982) e Lusa (1987). Foi fotógrafo oficial do Presidente da República António
Ramalho Eanes entre 1976 e 1978. Em 1985 foi designado fotógrafo oficial do
Presidente da República Mário Soares, cargo que exerceu até 1996. Nesse ano
recebeu a Comenda da Ordem do Infante D.Henrique.
Permaneceu no jornal Público como editor de fotografia entre 1989 e 1997,
altura em que decidiu ingressar no Grupo Edipresse como editor fotográfico.
Em 2000, tornou-se fotógrafo da revista Focus. Em 2002, colaborou com Ana
Sousa Dias no programa Por Outro Lado, da RTP2. Foi, entre 2003 e 2012, editor
fotográfico do Jornal de Notícias e diretor de fotografia da agência Global
Imagens. Atualmente trabalha como freelancer e desenvolve vários projetos
editoriais.
Almeida Faria
Nasceu em 1943. Aos dezanove anos publicou o seu primeiro e premiado
romance, Rumor Branco. Além de romancista, é autor de ensaios, contos, teatro.
Mais recentemente publicou, a partir de um conto seu, o libreto para a cantata
de Luís Tinoco Os Passeios do Sonhador Solitário; e O Murmúrio do Mundo, relato
ensaístico de uma viagem à Índia.
Na Universidade Nova de Lisboa ensinou Estética no departamento de
Filosofia e, noutros departamentos, deu cursos de Teoria da Literatura e
Psicologia da Arte. Os seus romances receberam diversos prémios, estão
traduzidos em muitas línguas, são estudados nos mais variados países e sobre
eles há livros e teses universitárias.
Ao conjunto da sua obra foi atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da
Universidade de Évora e o Prémio Universidade de Coimbra. Nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas é apresentada, pela Assírio & Alvim, uma nova edição,
muito revista do seu romance Lusitânia.
Bibliografia de Almeida Faria:
RUMOR BRANCO,romance
1.ª ed.: Lisboa,Portugália Editora,1962,Prémio Revelação de Romance
da Sociedade Portuguesa de Escritores; 5.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,
prefácio de Vergílio Ferreira,2012.
A PAIXÃO,romance
1.ª ed.: Lisboa,Portugália Editora,1965; 12.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,
prefácio de Óscar Lopes,2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro,Nova
Fronteira,1988; Tradução alemã: Frankfurt,S.Fischer Verlag,1968;
Tradução francesa: Paris,Gallimard,1969; Tradução holandesa: Baarn,
De Prom,1991; Tradução italiana: Florença,Passigli,1998; Tradução
sueca: Uppsala,Almaviva,2009.
CORTES,romance
1.ª ed.: Lisboa,Publicações Dom Quixote,1978,Prémio Aquilino Ribeiro
da Academia das Ciências de Lisboa; 5.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,
prefácio de Manuel Gusmão,2013; Edição brasileira: Rio de Janeiro,
Nova Fronteira,1991; Tradução sueca: Estocolmo,Norstedts,1980;
Tradução parcial alemã: Fragmente einer Biographie,Berlim,LCB,1980;
Tradução francesa: Paris,Belfond,1989; Tradução italiana: Florença,
Passigli,2005.
LUSITÂNIA,romance
1.ª ed.:,Lisboa,Edições 70,1980; Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de
Mateus; 7.ª ed.: Lisboa,Assírio & Alvim,prefácio de Luís de Sousa
Rebelo; Edição brasileira: São Paulo,Difel,1986; Tradução parcial
alemã: Fragmente einer Biographie,Berlin,LCB,1980; Tradução sueca:
Stockholm,Norstedts,1982;Tradução espanhola: Madrid,Alfaguara,
1985; Tradução grega: Atenas,Medusa,1990;Tradução francesa: Paris,
Belfond,1991; Tradução sérvia: Beograd,Geopoetika Publishing,2011.
OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO,conto
1.ª ed.: Lisboa,Contexto Editora,1982;Tradução italiana: Milano,Linea
d'Ombra,1983;Tradução húngara: Budapest,Európa,1985; Tradução
alemã: Freiburg,Beck & Gluckler,1988; Tradução francesa: Paris,Revue
des Deux Mondes,1994;Tradução holandesa: Amsterdam,Bunker Hill,
Uitgeverij Thomas Rap,1999; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001.
CAVALEIRO ANDANTE,romance
1.ª ed.: Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1983; Prémio
Originais de Ficção da Associação Portuguesa de Escritores; 4.ª ed.:
Lisboa,Assírio & Alvim,prefácio de Eduardo Lourenço (a publicar em
2014); Edição brasileira: Rio de Janeiro,Nova Fronteira,1987;Tradução
francesa: Paris,Belfond,1986; Tradução búlgara: Sófia,Editora Karina M.,
2011.
DO POETA-PINTOR AO PINTOR-POETA,ensaio
in Mário Botas, Spleen,Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1988;
Tradução francesa: Paris,Fondation Calouste Gulbenkian,Paris,1989.
O CONQUISTADOR,romance
1.ª ed.: Lisboa,Editorial Caminho,1990; 3.ª ed.,aumentada: Lisboa,
Círculo de Leitores,1993; Edição brasileira: Rio de Janeiro,Rocco,1993;
Tradução francesa: Paris,Belfond,1992; Tradução húngara: Budapest,
Íbisz,1995; Tradução holandesa: Amsterdam,Meulenhoff,1997;
Tradução espanhola: Barcelona,Tusquets,1997; Tradução italiana:
Nardò,Besa Editrici,2004; Tradução romena: Bucaresti,Editura Art,
2008; Tradução dinamarquesa: Kobenhavn,Forlaget Orby,2009.
VOZES DA PAIXÃO,teatro
Lisboa,Editorial Caminho,1998 .
A REVIRAVOLTA,teatro
Lisboa,Editorial Caminho,1999.
À HORA DO FECHO,teatro
in Retratos de Eça de Queirós,Tormes,Fundação Eça de Queiroz / Porto,
Campo das Letras,2000; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001;
Tradução italiana: Nardò,Besa Editrici,2008.
VANITAS. 51,AVENUE d'IÉNA,conto
in Colóquio/Letras,n.º 140/141,Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian,
Abr.1996; 2.ª ed.,aumentada: Lisboa,Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa,2007;Tradução inglesa: ibidem,2007;Tradução francesa: Paris,
Éditions Métailié,2000; Tradução sueca: Uppsala,Almaviva,2001;
Tradução romena: Bucaresti,Editura Vivaldi,2007; Tradução italiana:
Nardò,Besa Editrici,2008;Tradução espanhola: Gijón,Trea,2009.
OS PASSEIOS DO SONHADOR SOLITÁRIO,conto e libreto
Lisboa,Imprensa Nacional-Casa da Moeda,2011.
O MURMÚRIO DO MUNDO (A ÍNDIA REVISITADA), narrativa de viagem
1.ª ed.: Lisboa,Tinta-da-China,2012; 3.ª ed.: ibidem,2012; Edição
brasileira: Tinta-da-China Brasil,Rio de Janeiro,2013.
Ana Luísa Amaral
Ana Luísa Amaral ensina na Faculdade de Letras do Porto e tem um
doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de
livros de poesia e livros infantis e traduziu diferentes autores, como John
Updike ou Emily Dickinson.
A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido
diversos prémios, entre os quais o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o
Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da
Associação Portuguesa de Escritores.
É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua
cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do
livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas.
Branco é a cor de Ana Luísa Amaral.
Ana Margarida de Carvalho
Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Direito e
viria a tornar jornalista, assinando reportagens que lhe valeram sete dos mais
prestigiados prémios do jornalismo português, entre os quais o Prémio Gazeta
Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto
ou da Casa de Imprensa. Passou pela redacção da SIC e publicou artigos na
revista Ler, no Jornal de Letras, na Marie Claire e na Visão, onde ocupa
actualmente o cargo de Grande Repórter e faz crítica cinematográfica no
roteiro e no site de cinema oficial da revista,o Final Cut. Leccionou workshops de
Escrita Criativa, foi jurada em vários concursos oficiais e festivais
cinematográficos e é autora de reportagens reunidas em colectâneas, de
crónicas,de guiões subsidiados pelo ICA e de uma peça de teatro. Que Importa a
Fúria do Mar é a sua estreia no romance.
Ana Sousa Dias
Nascida em Lisboa em 1956, é jornalista desde os 20 anos. Trabalhou em
imprensa, televisão, rádio (Antena 1 e Rádio Clube Português) e na Agência
Lusa.
Entre as publicações a que está ou esteve ligada, contam-se os jornais Público,
Expresso, o diário, Jornal de Notícias, e as revistas Ler, Egoísta, UP Magazine, Ícon e
LxMetrópole.
Em 2003, recebeu o Prémio Gazeta do Clube dos Jornalistas pelo programa de
entrevistas Por Outro Lado, que manteve na RTP2 de janeiro de 2001 até março
de 2007. Em 1994, recebeu o Prémio “Educação” do Clube dos Jornalistas do
Porto.
Tem dois livros publicados - O que eu sei sobre os homens e O que eu sei sobre as
mulheres, seleção das crónicas homónimas da revista Pública. Colaborou nos
livros Jorge Vieira, o Homem Sol (1999), Cuidado com as Crianças (2003) de
Alfredo Cunha, Vidas a Descobrir –Mulheres Cientistas do Mundo Lusófono (2009)
de Joana Barros,e também em catálogos de exposições de artes plásticas.
Foi assessora de imprensa da Expo '98 e da Fundação José Saramago. Faz parte
do Conselho de Curadores da Fundação do Gil.
Andrés Neuman
Andrés Neuman nasceu em 1977 em Buenos Aires.Filho de músicos emigrados,
partiu ainda jovem para Granada, em cuja universidade estudou e foi professor
de literatura hispano-americana. Escritor, poeta e ensaísta, é autor dos
romances Bariloche, La vida en las ventanas e Una vez Argentina, dos livros de
contos El que espera, El último minuto e Alumbriamento, da colecção de
aforismos El equilibrista e do volume Década, que reúne os seus livros de
poemas publicados até ao momento. Recebeu o Prémio Hiperión de Poesia e
foi finalista do Prémio Herralde. No Hay Festival, foi eleito um dos melhores
autores da nova geração nascidos na América Latina.
Em 2009 recebeu o Prémio Alfaguara de Romance.
O Prémio Alfaguara de Romance é um dos mais importantes prémios literários
de Espanha,atribuído anualmente a um romance inédito em língua espanhola.
Antonio Gamoneda
Antonio Gamoneda nasceu em Oviedo em 1931, vive em León e faz parte de
uma geração de grandes nomes da poesia espanhola contemporânea como
Álvarez Ortega, Claudio Rodríguez, José Agustín Goytisolo, María Victoria
Atencia, Francisco Brines e Jaime Gil de Biedma, entre outros. Ainda que o seu
primeiro livro tenha sido publicado, como os daqueles poetas, no início da
década de sessenta, só no final dos anos oitenta a sua obra, ímpar e peculiar,
viria a ter o reconhecimento merecido.A ela foram atribuídos diversos prémios
dos quais destacamos o Prémio Cervantes e o Prémio Reina Sofía de Poesía
Iberoamericana,ambos em 2006.
Livros publicados em Portugal
Livro do Frio, tradução de José Bento. Lisboa, Assírio & Alvim, 1999; Ardem as
Perdas, tradução de Jorge Melícias. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições,
2004; Descrição da Mentira, tradução de Vasco Gato. Vila Nova de Famalicão,
Quasi Edições, 2007; Oração Fria, tradução de João Moita. Lisboa, Assírio &
Alvim,2013.
Bibliografia poética
Sublevación Inmóvil. Madrid, Rialp, 1960; Descripción de la Mentira. León,
Diputación Provincial, col. Provincia, 1977; León de la Mirada. León, Espadaña,
1979; Tauromaquia y Destino. León, Retablo, 1980; Blues Castellano (1961-1966).
Gijón, Noega, 1982; Lápidas. Madrid, Trieste, 1986; Edad (Poesía 1947-1986).
Madrid, Cátedra, 1987; Libro del Frío. Madrid, Siruela, 1992; Mortal 1936. Mérida,
Asamblea de Extremadura, 1994; El Vigilante de la Nieve. Lanzarote, Fundación
César Manrique,1995; Libro de los Venenos: corrupción y fábula del Libro Sexto de
Pedacio Dioscórides y Andrés de Laguna, acerca de los venenos mortíferos y de las
fieras que arrojan de sí ponzoña. Madrid, Siruela, 1995; Arden las Pérdidas.
Barcelona,Tusquets, 2003; Cecilia. Lanzarote, Fundación César Manrique, 2004;
Reescritura. Madrid, Abada, 2004; Esta Luz. Poesía Reunida (1947-2004).
Barcelona, Galaxia Gutenberg / Círculo de Lectores, 2004; Extravío en la Luz.
Madrid,Casariego,2009; Canción Errónea.Barcelona,Tusquets,2012.
António Mota
António Mota nasceu em Baião, em 1957.Foi professor do Ensino Básico.
Em 1979, publicou o seu primeiro livro: A Aldeia das Flores. Em 1983, com a obra
O rapaz de Louredo, ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores.
Em 1990, com o romance Pedro Alecrim, recebeu o Prémio Gulbenkian de
Literatura para Crianças.
Em 1996, com a obra A casa das Bengalas, ganhou o Prémio António Botto. Em
2004, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para crianças e
jovens, na modalidade livro ilustrado, com o livro Se eu fosse muito magrinho.
Tem livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, pela International
Youth Library,de Munique,e Plano Nacional de Bibliotecas do Brasil.
Em 2008 foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública.
Artur do Cruzeiro Seixas
Cruzeiro Seixas nasce a 3 de Dezembro de 1920. Matricula-se na Escola de
Artes Decorativas António Arroio, onde chumba durante dois anos letivos à
disciplina de desenho.Era habitual frequentador do Café Herminius na Avenida
Almirante Reis. Começou por atravessar uma fase expressionista-neo-realista,
mas desde cedo tomou parte no movimento surrealista, quer na pintura, quer
na poesia – movimento que respondia à sua necessidade de libertação em
termos estéticos, criativos, sociais e ideológicos. Em 1949 participa do
nascimento do grupo Os Surrealistas, ao lado de Mário Cesariny, António Maria
Lisboa, Pedro Oom, Mário Henrique Leiria, Risques Pereira, Fernando Alves dos
Santos, Carlos Eurico da Costa e Fernando José Francisco. Enquanto membro
deste grupo participou em várias iniciativas como exposições ou
manifestações públicas.
Cruzeiro Seixas dedicou especial atenção às formas de arte que contrariavam o
estatuto de artista, estimulavam a arte não ligada a escolas ou movimentos
artísticos numa valorização do trabalho feito por pessoas desprovidas de
formação artística, que considerava como puras. Foi neste sentido que atuou
valorizando o trabalho do amigo António Paulo Tomaz.
Em 1951 alista-se na Marinha Mercante viajando por África, Índia e Extremo
Oriente até se fixar em Angola em 1952. Efectuou viagens pelo interior do país
que lhe permitiram criar uma coleção etnográfica, embora não sendo
etnógrafo,uma vez que nunca teve essa preocupação.Realiza também algumas
exposições individuais, a primeira delas em 1953 em Luanda, onde coloca à
disposição 48 desenhos. A segunda exposição, em colaboração com Alfredo
Margarido virá no ano seguinte, também na mesma cidade, constituída por
colagens e objetos. Esta exposição levantou uma grande polémica e um
movimento de opinião, uma vez que o sentido de Cruzeiro Seixas não era de
pendor colonialista. Interessado por Museologia, em 1960 começa a
desempenhar funções no Museu de Angola. O regresso à Europa acontece em
1964,em virtude da guerra.
Em 1968 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Dirigiu diversas
galerias,entre elas a Galeria de São Mamede e a Galeria da Junta do Estoril.
Foi responsável por impulsionar a vida artística promovendo exposições,
trabalhando com museus e galerias e desenvolvendo a sua própria arte,
destacando-se sobretudo como desenhador. Expôs individual e coletivamente,
em Portugal e fora do território nacional. Participou na Exposição Internacional
Surrealista, na Holanda (1969) ou na World Surrealist Exhibition, nos Estados
Unidos da América (1976). A sua carreira internacional beneficiou ainda do
facto de estar ligado ao grupo Phases, de Paris, o que lhe permitiu aparecer em
várias apresentações colectivas do grupo,assim como em diversas publicações
como Phases, Brumes Blondes ou La troute-lièvre.
Em 1986 vê editado o seu livro de poemas Eu Falo em Chamas. Em 1989 o seu
trabalho é reconhecido através do prémio SOCTIP Artista do Ano, na sequência
do qual é publicado o álbum Cruzeiro Seixas sobre a sua vida e obra.
Em 1981 participa na exposição Phases, Permanance du Regard Surréaliste, em
Lyon. Em 1984 participa na exposição de Surrealismo Periférico organizada por
Luís Moura Sobral no Canadá. De 1984 a 1989 dirige a Galeria de Vilamoura, no
Algarve onde realiza exposições de Júlio, Sarah Afonso, Carlos Calvet, Júlio
Pomar, Jorge Vieira e a coleção de José Pierre, entre outros. Em 1989 regressa a
Lisboa.
Em 1993 doa ao Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro parte do seu
trabalho e espólio documental. Por sua vez, em 1999 à Fundação Cupertino de
Miranda é doado a totalidade da sua colecção.
Em 2000 é editado o álbum O que a Luz Oculta com poemas e desenhos de sua
autoria. A Fundação Cupertino de Miranda dedica-lhe uma exposição
retrospectiva e de homenagem por ocasião do seu 80.º aniversário. Desta
exposição resulta um álbum biográfico com a reprodução de cerca de 150 das
suas obras.
Encontra-se representado em diversas colecções privadas e em instituições
como o Museu do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian, Biblioteca Nacional, Biblioteca de Tomar, Fundação Cupertino de
Miranda, Museu Machado de Castro, Fundação António Prates, Fundación
Eugenio Granell (Galiza),Museu de Castelo Branco,entre outros.
Apesar do grupo Os Surrealistas se ter desmembrado ainda na década de 1950,
Cruzeiro Seixas continua, agora num percurso individual, embora com as
naturais dificuldades de alguém com 92 anos.
Aurelino Costa
Aurelino Costa nasceu em Argivai,Póvoa de Varzim,1956.Poeta e diseur.
Obra Poesia Solar (1992); Na Raiz do Tempo (2000); Pitões das Júnias, com Anxo
Pastor (2002); Amónio (2003), 2ª edição (bilingue, castelhano-português)
tradução de Sílvia Zaias (2006); Na Terra de Genoveva (2005); Domingo no
Corpo (2013)/Deriva Ed.
Antologias A Poesia é Tudo (2004); Na Liberdade – 30 anos – 25 de Abril (2004);
Vento – Sombra de Vozes/Viento – Sombra de Voces (2004); Son de Poesia (2005);
Os Dias da Criação (2006); Canto de Mar (2005); hotel ver mar, (bilingue
Português-Alemão) tradução de Michael Kegler (2009); Portuguesia
ContraAntologia (2009); Os dias do Amor (2009); Pegadas (2011); Corté la naranja
en dos, tradução de Fernando Reyes (2012); Amado Amato (2012); A Arqueologia
da Palavra e a Anatomia da Língua (2013); Cunhal/Cem anos/100 palavras (2013);
De voz dada, Porta XIII, Amália e os Poetas (2013); Barricadas de Estrelas e de Luas,
Antologia Poética no Centenário da Primeira Guerra Mundial (2013).
Vencedor do prémio Mineiro poético/2011.
Discografia Na Voz do Regresso, ed. Comemorativa do Centenário de
Nascimento de José Régio, com o Maestro António Victorino D'Almeida (2001);
Confluência CD Áudio, com Alberto Augusto Miranda (2002); Torga – Poesia, com
Victorino d'Almeida (2009).
Colaboração/narração em Miguel Cervantes & las Músicas del Quixote, com
Hespérion XXI,sob a direção de Jordi Savall (2006).
Participação no CD Peiwoh na voz da soprano Arianna Savall com o poema
Harpa e delírio da água,Ed.Alia Vox (2009).
Participação/diseur nos filmes Olhar Coimbra e Olhar o Mar (1993/1995).
Cinema ator em Netto e o domador de cavalos, de Tabajara Ruas, Rio Grande do
Sul – Brasil (2008) e em O tempo e as bruxas, de António Victorino d'Almeida
(2012).
Televisão colaboração nas séries Pianíssimo (2006), e Sons do Tempo (2007),
RTP1,de António Victorino d'Almeida.
Carlos Quiroga
Escrevo por indispensabilidade íntima, antiga. Publico quando posso por
imperativo histórico - abrigo uma Causa. Procuro que na troca e na lusografia o
meu impaís se ampare como tem procurado o Galeguismo. E contesto a
ortografia castelhana para a minha língua, esta. Mas não tenho nada contra
qualquer idioma: acho apenas que no meio da indigência o galego é também
oportunidade. De resto, o que me dá de comer ao corpo é ser professor na
Universidade de Santiago. Imaginei ou dirigi várias revistas (O Mono da Tinta, o
Máximo, Agália). Mexi algo em fotografia, vídeo (EU-KA-LO, 2005; Saudade - Un
murmullo intraducible no México, 2009). Ando nalguma antologia, congresso,
jornal e tal.Recebi verídicos prémios,duas vezes o Carvalho Calero de narrativa.
Em livro editei G.O.N.G. (1999), Periferias (1999, 2006 no Brasil), O Castelo da
Lagoa de Antela (Itália 2004), A Espera Crepuscular (2002), O Regresso a Arder
(2005), Venezianas (2007), Inxalá (2006; 2008 e 2010 em Portugal). E acaba de
sair no Brasil o Império do Ar.
Carmo Neto
Nasceu na Província de Malanje, em Angola. Advogado e jornalista. É membro
da Ordem dos Advogados de Angola. É o atual secretário-geral da União dos
Escritores Angolanos. Membro fundador do Jornal Desportivo de Angola e da
Revista das Forças Armadas. Concluiu o curso de direito na Universidade
Agostinho Neto. Publicou várias obras dentre as quais se destaca, o livro
Degravata. Em Portugal, está representado na Antologia de Contos Angolanos
Balada dos Homens que Sonham (Clube do Autor, 2012). Para 2014 prepara a
publicação de uma novela e uma coletânea de contos.
Cristina Norton
Cristina Kas Norton nasceu em 28 de fevereiro de 1948, em Buenos Aires,
Argentina,e reside em Portugal há mais de 30 anos.
Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e
História de Arte na ESARES, cursos que deixou incompletos. Desde os 17 anos
que colabora em revistas e jornais literários de diversos países.
A sua obra está publicada em Portugal, no Brasil, no Chile e em Espanha, e
engloba a poesia, o romance e o conto. Dos vários títulos que publicou, para
além de O Segredo da Bastarda, destacam-se O Afinador de Pianos, O Lázaro do
Porto, O Barco de Chocolate (contos infantis,Prémio Adolfo Simões Müller,2002),
A Casa do Sal e O Guardião de Livros.
Eduardo Lourenço
Eduardo Lourenço nasceu a 23 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco,
concelho de Almeida, distrito da Guarda. Frequenta a Escola Primária na sua
terra natal e o 1º. Ano do Ensino Secundário no Liceu Afonso de Albuquerque,
na Guarda. Entra em 1935 no Colégio Militar, em Lisboa, cujo curso conclui em
1940. Frequenta o Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra onde conclui a Licenciatura (23 de Julho de 1946),
com uma Dissertação com o título O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto.
Primeira parte. Em 1947, assume as funções de Professor Assistente nessa
Universidade,cargo que desempenha até 1953.Desde então e até 1958,exerce
as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de
Hamburgo, Heidelberg e Montpellier. Nos anos de 1958 e 1959, rege, na
qualidade de Professor Convidado, a disciplina de Filosofia na Universidade
Federal da Baía (Brasil). Ocupa depois o lugar de Leitor a cargo do Governo
francês nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta última Universidade
irá desempenhar posteriormente as funções de “Maître-Assistant”, cargo que
manterá até à sua jubilação no ano letivo de 1988-1989. Recebe em 1974, o
Prémio Casa da Imprensa, pelo seu livro Pessoa Revisitado – Leitura Estruturante
do Drama em Gente. Dirige, a partir do Inverno de 1988, a revista Finisterra Revista de Reflexão e Crítica. É nomeado, em 1989, Adido Cultural junto da
Embaixada de Portugal em Roma. Condecorado em 10 de Junho de 1981,
Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, recebeu inúmeras distinções,
entre as quais se destacam: Prémio Casa da Imprensa, pelo livro Pessoa
Revisitado – Leitura Estruturante do Drama em Gente (1974); Prémio de Ensaio
Jacinto do Prado Coelho, pelo seu livro Poesia e Metafísica (1984); Prémio
Nacional da Crítica, pelo livro Fernando, Rei da nossa Baviera (1986); Prémio
Europeu de Ensaio Charles Veillon (1988); Prémio António Sérgio (1992);
Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1992); Prémio D. Dinis, de
Ensaio, pela sua obra O Canto do Signo (1995); Prémio Camões (1996); Officier
de l'Ordre de Mérite pelo Governo francês (1996); Chevalier de L'Ordre des Arts
et des Lettres pelo Governo francês (2000); Prémio Vergílio Ferreira da
Universidade de Évora (2001); Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra (2001);
Cavaleiro da Legião de Honra (2002); Prémio da Latinidade (2003); Grã-Cruz da
Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2003); Prémio Extremadura a la
Creación (2006); Medalha de Mérito Cultural pelo Governo português (2008);
Medalha de Ouro da Cidade da Guarda (2008); Encomienda de Numero de la
Orden del Mérito Civil pelo Rei de Espanha (2009) e em 2011, Prémio Pessoa.
Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995),
Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e
Universidade de Bolonha (2006), desde 2002 Eduardo Lourenço exerce as
funções de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.
Bibliografia:
Heterodoxia I. Coimbra, Coimbra Editora, 1949 (republicado em 2005); O
Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga e o das Novas Gerações. Coimbra,
Coimbra Editora, 1955; Heterodoxia II. Coimbra, Coimbra Editora, 1967
(republicado em 2006); Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista. Lisboa, Ulisseia,
1968 (republicado em 2007); Fernando Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante
do Drama em Gente. Porto, Ed. Inova, 1973; Tempo e Poesia –À Volta da Literatura.
Porto, Ed. Inova, 1974 (2ª. edição na Relógio de Água, Lisboa, 1987; republicado
em 2003); Os Militares e o Poder. Lisboa, Editora Arcádia, 1975; O Fascismo
Nunca Existiu. Publicações D. Quixote, 1976; Situação Africana e Consciência
Nacional. Lisboa, Pub. Génese, 1976; O Labirinto da Saudade – Psicanálise Mítica
do Destino Português, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1978 (edições sucessivas
na Dom Quixote e Círculo de Leitores. Republicado em 2000 com novo
prefácio); O Complexo de Marx ou o Fim do Desafio Português. Lisboa,
Publicações D. Quixote, 1979; O Espelho Imaginário – Pintura, Anti-Pintura, NãoPintura, Lisboa, Imprensa Nacional Cada da Moeda, 1981; Pessoa Revisitado.
Leitura Estruturante do Drama em Gente. Porto, Editorial Inova, 1981; Poesia e
Metafísica –Camões,Antero, Pessoa.Lisboa,Sá da Costa Editora,1983; Ocasionais
I/1950-1965. Lisboa, A Regra do Jogo, 1984; Fernando, Rei da Nossa Baviera,
Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1986 (republicado em 2008);
Heterodoxias I e II, Lisboa, Assírio & Alvim, 1987; Fernando Pessoa, Roi de Notre
Bavière. Paris, Chandeigne, 1988; Le Labyrinthe de la Saudade – Psycanalyse
Mythique du Destin Portugais. Bruxelles,Ed.Sagres-Europa,1988; Nós e a Europa
ou as Duas Razões. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1988; L'Europe
Introuvable. Jalons pour une Mythologie Européenne. Paris, Métaillé, 1991; O
Canto do Signo – Existência e Literatura (1957/1993). Lisboa, Editorial Presença,
1994; A Europa Desencantada – Para uma mitologia europeia. Lisboa, Gradiva,
1994; Le Miroir Imaginaire – Essais sur la Peinture, Bordeaux, Ed. L'Escampette,
1994; Fernando Re Della Nostra Baviera. Roma, Empiria, 1997; Mythologie de la
Saudade. Essais sur la Mélancolie Portugaise. Paris, Ed. Chandeigne,1997; Nós
como Futuro. Lisboa, Assírio & Alvim (fotografias de Jorge Molder), 1997;
Portugal-Europa, Mythos und Melancholie: Essays. Frankfurt, TFM, 1997; O
Esplendor do Caos. Lisboa, Gradiva, 1998; A Nau de Ícaro seguido de Imagem e
Miragem da Lusofonia. Lisboa, Gradiva, 1999; Portugal como Destino seguido de
Mitologia da Saudade.Lisboa,Gradiva,1999; Mi És Europa. Búbosbanka,Ed.Ibisz,
1999; La Culture à L'Ere de la Mondialisation, suivi d'un Portrait par Catherine
Portevin. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001; Mythologie der Saudade.
Zur Portugiesischen Melancholie. Frankfurt am Main, Ed. Suhrkamp, 2001;
Europa y Nosotros o las Dos Razones. Madrid, Huerga y Fierro Editores, 2001; Le
Poète dans la Cité (Aujourd'hui) – De Dichter in de Samenleving (Vandaag).
Bruxelles, Instituto Camões – Delegação da Bélgica, 2002; Chaos a Nádhena –
Eseje o Identité. Praha, Dauphin, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays.
Dartmouth, Center for Portuguese Studies and Culture, University of
Massachusetts Dartmouth, 2002; Chaos and Splendor & Other Essays, Carlos
Veloso (ed.), Dartmouth. Center for Portuguese Studies and Culture, University
of Massachusetts Dartmouth, 2002; The Little Lusitanian House: Essays on
Portuguese Culture. Providence, Gavea-Brown Pub, 2003; Destroços – O Gibão de
Mestre Gil e Outros Ensaios. Lisboa, Gradiva, 2004; O Lugar do Anjo – Ensaios
Pessoanos. Lisboa, Gradiva, 2004; O Outro Lado da Lua – a Ibéria segundo
Eduardo Lourenço. Porto, Campo das Letras, 2005; A Morte de Colombo –
Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito. Lisboa, Gradiva, 2005; Pessoa
L'Etranger Absolu. Paris, Métaillé, 2006; As Saias de Elvira e Outros Ensaios.
Lisboa, Gradiva, 2006; Paraíso sem Mediação. Breves ensaios sobre Eugénio de
Andrade. Porto,Asa,2007; A Esquerda na Encruzilhada ou fora da História? Lisboa,
Gradiva,2009; Pequena Meditação Europeia. Lisboa,Verbo,2011.
Elgga Moreira
Helga Moreira, publicou o seu primeiro livro, Cantos do Silêncio (ed. autora), em
1978,seguido de Fogo Suspenso, em 1980 (edições O Oiro do Dia), Quem não vier
do sul, 1983 (edições O Oiro do Dia),e Aromas,1985 (edições & etc.).
Publicou em 1996,o livro Os Dias Todos Assim (edições & etc.).
Em 2001 publicou Um Fio de Noite e colaborou no volume Vozes e Olhares no
Feminino, edições Afrontamento, organizado por Isabel Pires de Lima. Em 2002,
publicou Desrazões (Quasi Editores) e em 2003 Tumulto (edições & etc), livro
que sinaliza uma viragem na sua poesia, afirmando as marcas identitárias.
Ainda em 2003, participou, juntamente com Luís Adriano Carlos, Amadeu
Baptista, Fernando Guerreiro, Alexandre Vargas, António Cândido Franco, José
Emílio Nelson na antologia Poesia Digital, 7 Poetas dos Anos 80, da Campo das
Letras.
Agora que falamos de morrer foi publicado em 2006,pela editora & etc.
É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua
cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do
livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas.
Vermelho é a cor de Elgga Moreira.
Filipa Leal
Filipa Leal (Porto, 1979) formou-se em Jornalismo na Universidade de
Westminster, Londres, e concluiu o Mestrado em Literatura (Estudos
Portugueses e Brasileiros) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Publicou o seu primeiro livro, lua-polaroid (ficção), em 2003, e estreou-se na
poesia no ano seguinte com Talvez os Lírios Compreendam (Cadernos do Campo
Alegre). Seguiram-se, na editora Deriva, A Cidade Líquida, O Problema de Ser
Norte, A Inexistência de Eva (finalista do Prémio Correntes d'Escritas) e Vale
Formoso (2012).
Foi, durante três anos, jornalista e locutora residente do programa Câmara
Clara/ Diário Câmara Clara,da RTP2.
Fez uma passagem pela Rádio Nova, foi editora do suplemento Das Artes, Das
Letras no jornal O Primeiro de Janeiro e, mais recentemente, da revista da Casa
Fernando Pessoa. Colaborou também com a revista Os Meus Livros. Integrou o
projecto LEM (Lisboa, Encruzilhada de Mundos), na Câmara Municipal de
Lisboa, participando na produção e divulgação do Festival TODOS, entre
outros.
Depois de um ano de formação no Balleteatro do Porto, começou a participar,
em 2003, em recitais de poesia no Teatro do Campo Alegre (Porto), ciclo
Quintas de Leitura, e desde então tem feito leituras com regularidade (CCB,
Casa Fernando Pessoa,Casa da Música,Teatro São Luiz,etc.).
Tem colaborações dispersas em vários jornais e revistas (Egoísta, MeaLibra,
INÚTIL, Colóquio Letras, Textos e Pretextos, entre outras). Está representada em
antologias em Portugal e no estrangeiro (Itália, Croácia, Galiza, Colômbia e
Venezuela), e o seu livro A Cidade Líquida e Outras Texturas foi recentemente
publicado em Espanha, em edição bilingue. Em 2010, teve um dos seus poemas
exposto no Metro de Varsóvia, na iniciativa Poems on the Underground e, já em
2012,representou Portugal no Festival de Poesia de Berlim.
Em 2013, escreveu e encenou a sua primeira peça de teatro. Morrer na Praia
estreou em Lisboa, no Teatro Rápido, e passou pelo Teatro do Campo Alegre, no
Porto,tendo sido vista por mais de 700 pessoas.
Actualmente, está a coordenar, com Inês Fonseca Santos, o ciclo de conversas
Os Espaços em Volta na Casa Fernando Pessoa.
Francisco José Viegas
Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é
responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem
e da Casa Fernando Pessoa. De junho de 2011 a outubro de 2012 exerceu o
cargo de Secretário de Estado da Cultura do XIX Governo Constitucional.
Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio
e televisão.
Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se
Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Crime em Ponta
Delgada, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um
Crime na Exposição, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus
(Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores
2005), O Mar em Casablanca e O Colecionador de Erva.
Os seus livros estão publicados na Itália, Alemanha, Brasil, França e República
Checa.
Golgona Anghel
Subiu dez andares para assim nos poder olhar de frente. Não lhe interessa o
que dizem os dissidentes da ditadura. Mas confessa que gostava dos
chocolates Toblerone que a sua tia lhe trazia no Natal. Colecciona cabelos nas
folhas de um herbário sentimental. Escreve a palavra vazio depois da palavra
espera. É como a Salomé — dizem — pede cabeças mas só lhe entregam pizzas.
Perdeu a fé num ataque de riso. Exige agora silêncio e um copo de tinto,
enquanto apresenta em directo a autópsia da sua glória.
Bibliografia
Eis-me Acordado Muito Tempo Depois de Mim — uma biografia de Al Berto, Quasi
Edições, 2006; Crematório Sentimental — Guia de Bem-Querer, Quasi Edições,
2007; Vim Porque me Pagavam, Mariposa Azual, 2011; Como uma Flor de Plástico
na Montra de um Talho,Assírio & Alvim,2013.
Helder Macedo
Helder Macedo, celebrado autor de Partes de África é uma das vozes mais
expressivas da literatura de língua portuguesa contemporânea. Com a sua
liberdade de recriar as palavras e fazer as frases moldarem-se à sua arte,
Helder Macedo nunca deixa de surpreender o seu público leitor.
Tendo iniciado a sua vasta obra de poeta, romancista, ensaísta e crítico literário
em 1957 com o livro de poemas Vesperal, da sua escrita de poesia resultaram
mais tarde Viagem de Inverno (1994) e Poemas Novos e Velhos (2011), ambos
publicados pela Editorial Presença. Partes de África (1991) assinala a estreia do
autor na ficção, seguida de Pedro e Paula (1998), Vícios e Virtudes (2000), Sem
Nome (2005), Natália (2009), e Tão Longo Amor Tão Curta A Vida (2013), todos
publicados pela Presença, que também editou a colectânea de ensaios Trinta
Leituras em 2007.
Estudos sobre a sua obra incluem os volumes coletivos A Experiência das
Fronteiras: Leituras da Obra de Helder Macedo (Eduff, Rio de Janeiro, 2002) e A
Primavera Toda Para Ti: Homenagem a Helder Macedo (Editorial Presença,Lisboa,
2004), bem como estudos em volumes individuais de vários autores, entre os
quais Claudio Guillén (De leyendas y lecciones, Crítica, Barcelona, 2007), Phillip
Rothwell (A Canon of Empty Fathers, Bucknell University Press, Massachusetts,
2007) e Teresa Cristina Cerdeira (A Tela da Dama, Editorial Presença, Lisboa,
2014).
Ficção e poesia: Vesperal, Folhas de Poesia, Lisboa, 1957; Das Fronteiras, Pedras
Brancas,Covilhã,1962; Poesia 1957-1968, Moraes Editores,Lisboa,1969; Poesia
1957-1977, Moraes Editores, Lisboa, 1979; Partes de África, Editorial Presença,
Lisboa, 1991 | Editora Record, Rio de Janeiro, 1999 | Diabasis, Bolonha, 2010 |
Leipziger Literaturverlag, Leipzig, 2010; Viagem de Inverno, Editorial Presença,
Lisboa, 1994; Pedro e Paula, Editorial Presença, Lisboa, 1998 | Editora Record,
Rio de Janeiro, 1999 | Editores Tusquets, Barcelona, 2002 |Giulio Einaudi
Editore,Torino, 2003; Viagem de Inverno e Outros Poemas, Editora Record, Rio de
Janeiro, 2000 | Vícios e Virtudes, Editorial Presença, Lisboa, 2000, 2001 | Editora
Record, Rio de Janeiro, 2002; Sem Nome, Editorial Presença, Lisboa, 2005
(Prémio do PEN Cube Português) | Editora Record, Rio de Janeiro, 2006 |
Tusquets Editores, Barcelona, 2008 | Comma 22, Bolonha, 2011; Natália,
Editorial Presença,Lisboa,2009 | Azougue,Rio de Janeiro,2010; Poemas Novos e
Velhos, Editorial Presença, Lisboa, 2011; Tão Longo Amor Tão Curta a Vida,
Editorial Presença,Lisboa,2013 |Editora Rocco,Rio de Janeiro,2013.
Ensaio: Nós, Uma Leitura de Cesário Verde, Plátano Editora, Lisboa, 1975/4ª
edição, Editorial Presença, Lisboa, 1999; Do Cancioneiro de Amigo (em
colaboração com Stephen Reckert), Assírio & Alvim, Lisboa, 1976/3ª edição
1996); Do Significado Oculto da Menina e Moça (Prémio da Academia das
Ciências de Lisboa), Moraes Editores, Lisboa, 1977/2ª edição Guimarães
Editores, Lisboa, 1999; Contemporary Portuguese Poetry (com a colaboração de
E. M. de Melo e Castro), Carcanet Press, Manchester, 1978; Camões e a Viagem
Iniciática,Moraes Editores,Lisboa,1980/edições revistas e aumentadas,Móbile,
Rio de Janeiro, 2013 e Abysmo, Lisboa, 2013; Cesário Verde: o Romântico e o
Feroz, & Etc, Lisboa, 1988; Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, Dom Quixote,
Lisboa, 1990/2ª edição 1999; Viagens do Olhar: Retrospecção, Visão e Profecia no
Renascimento Português (com Fernando Gil), Campo das Letras, Porto, 1998
(Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Internacional de Críticos
Literários e Prémio do PEN Clube Português)/University of Massachusetts
Press, Dartmouth, 2009; Obras de Bernardim Ribeiro (com a colaboração de
Maurício Matos),Editorial Presença,Lisboa,2010.
Inês Fonseca Santos
Inês Fonseca Santos (Lisboa,1979)
Jornalista e escritora.
Tirou o curso de Direito (Faculdade de Direito de Lisboa) e fez o mestrado em
Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea (Faculdade de Letras de
Lisboa).
Na televisão, trabalhou como jornalista nos programas Sociedade das Belas
Artes, Laboratório (ambos da SIC Notícias), Câmara Clara e Diário Câmara Clara
(ambos da RTP 2), do qual foi ainda editora e apresentadora. É, neste momento,
responsável pelos conteúdos editoriais da série documental Tradições –
Retalhos da Vida de um Povo (SIC Notícias).
Escreveu o ensaio A Poesia de Manuel António Pina –O Encontro do Escritor com o
seu Silêncio (Dep.Estudos Românicos da FLUL); a biografia Produções Fictícias –
13 Anos de Insucessos (Oficina do Livro); e os livros de poesia As Coisas e A
Habitação de Jonas (ambos da Abysmo).Escreveu ainda para o Prontuário do Riso
(Tinta-da-China) e colaborou com várias revistas: Ficções, Relâmpago, Textos e
Pretextos, Elle, entre outras. Textos seus figuram em antologias portuguesas e
estrangeiras.
Foi coordenadora do programa de rádio A História Devida (Antena 1/ Produções
Fictícias) e organizou, com Nuno Artur Silva, a Antologia do Humor Português
(Texto).
Na Casa Fernando Pessoa, coordenou o ciclo Humor de Pessoa (2013) e, ao
longo de 2014, é responsável, com Filipa Leal, pelos debates Os Espaços em
Volta.
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação,
trabalhou em rádio, imprensa e televisão. Manteve durante anos uma crónica
semanal no Expresso, que foi galardoada, em 2007, com o Prémio Paridade da
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Atualmente é diretora da
Casa Fernando Pessoa,colunista do semanário Sol e da revista Ler.
Ao longo de 20 anos de escrita publicou os seguintes romances: A Instrução dos
Amantes, Nas Tuas Mãos (Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A
Eternidade e o Desejo e Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura). Escreveu
ainda duas novelas fotográficas – Carta a uma Amiga, com fotografias de Maria
Irene Crespo e Do Grande e do Pequeno Amor, com fotografias de Jorge Colombo
– e o livro de contos Fica Comigo Esta Noite, além de ensaios biográficos,
crónicas, antologias e o livro de viagens No Coração do Brasil, com desenhos de
João Vilhena.
Dentro de Ti Ver o Mar,publicado em 2012,é a sua obra mais recente.
Encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. O seu
romance A Eternidade e o Desejo foi finalista do Prémio Literário PT 2009 e do
Prémio Correntes d'Escritas 2010.
Bibliografia
Mais Ninguém Tem, 1991, infantil, com ilustrações de Jorge Colombo; A
Instrução dos Amantes, 1992, romance; Nas Tuas Mãos, 1997, romance; Prémio
Máxima de Literatura; José Cardoso Pires: Fotobiografia, 1999, fotobiografia; 20
Mulheres Para o Século XX, 2000, ensaio biográfico; Poema de Amor - Antologia
de Poesia Portuguesa, Organização e prefácio, 2001, antologia; Fazes-me Falta,
2002, romance; A Menina Que Roubava Gargalhadas, 2002, infantil, com
desenhos de Júlio Pomar; Fica Comigo Esta Noite, 2003, contos; Anos Luz: Trinta
Conversas para Celebrar o 25 de Abril; 2004, entrevistas; Crónica Feminina, 2005,
crónicas; Carta a Uma Amiga, 2005, novela fotográfica, com Maria Irene Crespo;
Do Grande e do Pequeno Amor, 2006, novela fotográfica, com Jorge Colombo; Os
Melhores Amigos - Contos Sobre a Amizade, Organização e prefácio, 2006,
antologia; A Eternidade e o Desejo, 2007,romance; finalista do Prémio PT 2009 e
do Prémio Correntes d'Escritas 2010; No Coração do Brasil -Seis Cartas de Viagem
ao Padre António Vieira, 2008, livro de viagens, com desenhos de João Queiroz;
Os Íntimos, 2010, romance; Prémio Máxima de Literatura, Dentro de Ti Ver o Mar,
2012,romance.
Isabel Pires de Lima
Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Membro do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (FCT).
Professora convidada em Universidades europeias, africanas, americanas e
asiáticas.
Doutorada em Literatura Portuguesa com a tese As Máscaras do Desengano para uma leitura sociológica de 'Os Maias' de Eça de Queirós (1987); é especialista
em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e em estudos
queirosianos com dezenas de títulos publicados; trabalha ainda em Estudos
Interartísticos e em Literaturas Comparadas em língua portuguesa. Promotora
de inúmeros colóquios e congressos nacionais e internacionais.
Deputada à Assembleia da República Portuguesa (1999-2005/2008-2009).
Ministra da Cultura de Portugal (2005-2008).
Grande Oficial da Ordem do Infante D.Henrique.
Isaque Ferreira
Isaque Ferreira, Porto, 1974. Diseur com dezenas de apresentações nas Quintas
de Leitura do Teatro do Campo Alegre, entre centenas de participações noutros
eventos literários. Coordena a área de poesia dos Cíclos de Música e Poesia da
Fundação Cupertino de Miranda e a Oficina Locomovente da Poesia. Organiza a
Poesia na Relva para o Festival de Paredes de Coura. Queria que tudo o que
dissesse fosse poesia para os ouvidos de alguém. Está mais perto. Realiza
sonhos.
Ivo Machado
Nasceu em 1958, na ilha Terceira, onde publicou os primeiros poemas. Tem
colaboração dispersa em diferentes revistas literárias e participou em
encontros de escritores em Portugal, Espanha, Itália, Brasil, BósniaHerzegovina e Estados Unidos. Tem realizado leituras da sua poesia em
diversos países europeus e sul-americanos. Os seus poemas estão traduzidos
em línguas como espanhol, italiano, bósnio, alemão, inglês, húngaro, eslovaco,
letão e incluídos em numerosas antologias portuguesas e estrangeiras. É
membro da Associação Portuguesa de Escritores e do P.E.N. Clube Português.
Vive nos arredores do Porto desde 1987.
Publicou
Poesia Alguns Anos de Pastor (1981); Três Variações de um Sonho (1995); Cinco
Cantos com Lorca e Outros Poemas (1998); Adágios de Benquerença (2001); Os
Limos do Verbo (2005); Verbo Possível (2006); Poemas Fora de Casa (2006);
Quilómetro Zero (2008); Tamujal (2009) e Animal de Regressos (2011).
Teatro O Homem que Nunca Existiu (1997).
Novela Nunca Outros Olhos Seus Olhos Viram (1998).
Em 2011 publica o primeiro livro infantil: A Menina Que Queria Ser Bailarina.
Joana Bértholo
Joana Bértholo chega a Lisboa em 82, à Índia em 2003, a Berlim em 2007, a
Buenos Aires em 2009, e a Sevilha em 2012. Chega a estudar Design, chega a
escrever uma tese de mestrado sobre práticas artísticas de intervenção social
mas segue direto para o doutoramento em Estudos Culturais.
Debruça-se sobre o tema das sombras. Ao longo de tudo isto nunca chega a
parar de escrever,e chega a ganhar alguns prémios.
Publicados tem pela Caminho o romance Diálogos para o Fim do Mundo (2010),
Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (2009) e Havia – Histórias de coisas que
havia e de outras que vai havendo (2012).
João de Melo
João de Melo nasceu nos Açores, em 1949, e fez os seus estudos no continente.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e foi
professor nos ensinos secundário e superior. Entre 2001 e 2010, desempenhou
o cargo de Conselheiro Cultural na Embaixada de Portugal em Madrid.
Autor de vinte livros já publicados (ensaio,antologia,poesia,romance e contos),
algumas das suas obras de ficção valeram-lhe vários prémios literários,
nacionais e estrangeiros, e foram adaptadas para teatro e televisão, estando
traduzidas em cerca de uma dezena de países (Espanha, França, Itália, Holanda,
Roménia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, México e Croácia). Nesta 15ª
edição das Correntes d'Escritas será apresentada a edição comemorativa dos
25 anos do seu livro Gente Feliz com Lágrimas, Dom Quixote.
Bibliografia
O Meu Mundo não é Deste Reino (romance, 1983); Autópsia de Um Mar de Ruínas
(romance, 1984); Entre Pássaro e Anjo (contos, 1987); Os Anos da Guerra
(antologia, 1988); Gente Feliz Com Lágrimas (romance, 1988); Bem-Aventuranças
(contos, 1992); Dicionário de Paixões (crónicas, 1994); O Homem Suspenso
(romance, 1996); Açores, O Segredo das Ilhas (livro de viagem, 2000); Antologia
do Conto Português (2002); As Coisas da Alma (contos, 2003); O Mar de Madrid
(romance,2006); O Vinho (conto,2007); A Divina Miséria (novela,2009).
João Gobern
João Gobern nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da
Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo
familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço para
futebóis e coboiadas. Estudou até ao momento em que os jornais falaram mais
alto do que o Direito. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e,
assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vespertino antes do
desafio de O Independente.Foi director do Se7e (1991-1994),transitando para a
Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV
Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em
O Ponto, em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de
Notícias), na Egoísta, no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no
Correio da Manhã e na Playboy. Escreveu ficção para a revista do i. Na rádio,
passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF
e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em
Teledependentes, sempre na RTP. Actualmente, realiza, em parceria com Pedro
Rolo Duarte, o Hotel Babilónia (Antena Um), e integra o painel de comentadores
do Trio d'Ataque (RTPi). Publicou, em 2006, o livro Boca Doce. Vive na Póvoa de
Varzim, outra vez com vista para o mar. Nesta 15ª edição das Correntes
d'Escritas será lançado o seu livro de crónicas Pano para Mangas, da Âncora
Editora.
João Moita
João Moita nasceu em Alpiarça em 1984. Publicou O vento soprado como sangue
(Cosmorama, 2009) e Miasmas (Cosmorama, 2010). Em 2013, seleccionou e
traduziu uma antologia da poesia de Antonio Gamoneda (Oração Fria,Assírio &
Alvim).Prepara um novo conjunto de poemas, Fome.
João Ricardo Pedro
João Ricardo Pedro nasceu em 1973,na Reboleira,Amadora.
Curioso acerca da força de Lorentz, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica
pelo Instituto Superior Técnico. Durante mais de uma década, trabalhou em
telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis
equações de Maxwell. Na primavera de 2009, em consequência do caráter
caprichoso dos mercados, achou-se com mais tempo do que aquele de que
necessitava para cumprir as obrigações do quotidiano. Num acesso de
pragmatismo, começou a escrever. O Teu Rosto Será o Último é o seu romance de
estreia e está já publicado em diversas línguas.
João Rios
João Rios é pseudónimo de Manuel Vasques, nascido em 1964, em Vila do
Conde.
Editou os livros: No fogo dos Outros; Este país só ao balcão Pago no acto da
entrega; A Impaciência das cores seguido de Dicionário das Insignificâncias;
Súmula da Negação; O cão dos dedos; Livro das Legendas e mais recentemente
Aprendizagem Balnear. Participou nas antologias: Homenagem a Julio – Saúl
Dias; Poesia à mesa; Sombra de Vozes; A musa ao Espelho –Phatos; Divina Música;
Diga trinta e três. Colaborou nas revistas: Espanta Pardais, Brilho no Escuro, e
actualmente, com a revista rasca e vadia, Cru. Nesta 15ª edição das Correntes
d'Escritas será lançado o livro Livros Nómadas do Sangue, Edita-me.
João Tordo
João Tordo nasceu em Lisboa em 1975.
Licenciou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e
Nova Iorque. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de
Literatura. Publicou os romances O Livro dos Homens sem Luz (2004); Hotel
Memória (2007); As Três Vidas (2008), que recebeu o Prémio Literário José
Saramago e cuja edição brasileira foi, em 2011, finalista do Prémio Portugal
Telecom; O Bom Inverno (2010), finalista do prémio Melhor Livro de Ficção
Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Literário Fernando
Namora e cuja tradução francesa integra as obras seleccionadas para a 6.ª
edição do Prémio Literário Europeu; Anatomia dos Mártires (2011), finalista do
Prémio Literário Fernando Namora; e O Ano Sabático (2013).
Os seus livros estão publicados em França,Itália,Brasil,Sérvia e Croácia.
Trabalha como cronista,tradutor,guionista e formador em workshops de ficção.
José Carlos de Vasconcelos
Nasceu em Freamunde, em 1940, mas sempre viveu na Póvoa de Varzim, onde
fez a Escola e o Liceu, e muito cedo iniciou a atividade jornalística e cultural,
designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o
primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera (1960). Depois, estudou
Direito em Coimbra, onde foi, bem como a nível nacional, destacado dirigente
associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe
de redação da Via Latina, fundador e presidente do Círculo de Estudos
Literários, ator do TEUC, etc. Foi ainda dirigente do Cine-clube e chefe de
redação da revista de cultura Vértice, então, com a Seara Nova, a mais
importante.
Já licenciado, foi para a redação do Diário de Lisboa, interveio ativamente na
vida sindical (além do mais como presidente da Comissão de Liberdade de
Imprensa) e, como advogado, na defesa de presos políticos e jornalistas. Fez
numerosas sessões de leitura de poesia, em vários pontos do país, só ou
'acompanhado' por Carlos Paredes,como participou em sessões de Canto Livre
com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel
Freire,entre outros.
Logo após o 25 de Abril esteve na direção do Diário de Notícias e da informação
da RTP. Na RTP fez também, com Fernando Assis Pacheco, ainda em 1974, o
primeiro programa literário, Escrever é Lutar, e foi, durante muitos anos,
comentador político (na RTP-1 e na RTP-2) - tendo pertencido ainda ao seu
Conselho de Opinião. Foi um dos fundadores de O Jornal (propriedade dos
próprios jornalistas), seu diretor e diretor editorial do grupo, que criou várias
outras publicações (como o Sete, o Jornal da Educação, e a História, entre outras),
uma editora, a TSF/ Rádio Jornal, com uma cooperativa de profissionais de
rádio, etc. Foi também fundador e diretor editorial da revista Visão, que
substitui O Jornal, presidiu à assembleia geral do Sindicato e do Clube dos
Jornalistas-bem como à direção deste último.
Participou em numerosas iniciativas cívicas e integrou nomeadamente, após o
25 de Abril, a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, no âmbito da
Presidência do Conselho de Ministros, e, mais tarde, o Conselho Geral da
Fundação Calouste Gulbenkian - em ambos os casos até à sua extinção. Foi
deputado, à Assembleia da República, e presidiu à Comissão Parlamentar LusoBrasileira. Pertenceu à Comissão de Honra dos 500 Anos do Descobrimento do
Brasil,país a que está muito ligado.
Tendo criado,em 1981,o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias,que desde aí manteve,
regular e ininterruptamente, a sua publicação (quinzenal, e durante alguns
anos semanal) é seu diretor desde o início até hoje; e também coordenador
editorial da Visão e presidente do Conselho Geral do Sindicato de Jornalistas.
Integra ainda o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Conselho das
Ordens Honoríficas Nacionais (no âmbito da Presidência da República) e o
Conselho Consultivo do Instituto Camões.
Tem dez títulos de poesia, três livros infantojuvenis, um livro de entrevistas
(Conversas com José Saramago, 2011, Ed. JL/Visão) e um livro sobre Lei de
Imprensa/ Liberdade de Imprensa.As suas últimas obras editadas são, de poesia,
O Mar A Mar A Póvoa, com ilustrações de Júlio Resende (2001), Repórter do
Coração, com pintura de Graça Morais (2004), Caçador de Pirilampos (2007), com
ilustrações de Júlia Landolt, todas com a chancela da ASA, e O sol das palavras
(2011, Ed. Modo de Ler); e, infantojuvenis, Florzinha, gota de água; Arco, Barco,
Berço, Verso, com novas ilustrações (2010) e A gaivota e o passaroco (2011) todos Ed. Gradiva. Em dezembro de 2013 lançou, na Póvoa de Varzim, o livro O
Mar a Mar a Póvoa II, da Modo de Ler Editores.
Entre outras distinções foram-lhe atribuídos o Prémio Cultura, da Fundação
Luso-Brasileira, para personalidades dos dois países, logo na sua 1ª edição, e
todos os prémios de carreira do jornalismo português: o do Clube Português de
Imprensa; o da Casa de Imprensa; o Manuel Pinto de Azevedo, da Fundação
Século XXI/ O Primeiro de Janeiro; o Gazeta, Prestígio, do Clube de Jornalistas. E
também o Prémio Farnheit 451, da União dos Editores Portugueses, e o Açor
Reconhecimento, do III Encontro Internacional de Imprensa não Diária, nos
Açores.
É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de
Lisboa.
José Mário Silva
José Mário Silva nasceu a 2 de Março de 1972,em Paris.Licenciado em Biologia
pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,é jornalista desde 1993.
No Diário de Notícias, foi editor adjunto do suplemento DNA e da secção de
Artes. Fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos
pela RTP2 (Portugalmente e Juízo Final). Neste momento, trabalha como
freelancer. É coordenador da secção de Livros e crítico literário do jornal
semanário Expresso,além de colaborador da revista Ler.
Publicou três livros: Nuvens & Labirintos (poesia, Gótica, 2001), ao qual foi
atribuído o Prémio Literário Cidade de Almada; Efeito Borboleta e outras
histórias (narrativa, Oficina do Livro, 2008); e Luz Indecisa (poesia, Oceanos,
2009). Traduz ocasionalmente do francês e do inglês. Coordena um clube de
leitura.Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de
Babel (http://bibliotecariodebabel.com). Em fevereiro de 2011, durante a 12ª
edição das Correntes d'Escritas (Póvoa de Varzim), foi-lhe atribuído o Prémio
Especial do Júri na categoria jornalista/crítico literário dos Prémios de Edição
Ler/Booktailors.
José Ovejero
José Ovejero nasceu em Madrid em 1958. A sua paixão pela literatura e pelo
jornalismo leva-o a dividir a sua vida entre a cidade natal e Bruxelas.
Romancista, contista, ensaísta, dramaturgo e poeta, por todos estes géneros
recebeu diversos prémios literários. Pelo último romance, A Invenção do Amor,
foi destacado com o Prémio Alfaguara de Romance em 2013. Nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas será lançado em Portugal o seu livro A Invenção do
Amor, Alfaguara.
José Rentes de Carvalho
J. Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia, onde viveu até
1945. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de
Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris. Em 1956 passou a viver em
Amesterdão, na Holanda, como assessor do adido comercial da Embaixada do
Brasil. Licenciou-se (com uma tese sobre Raul Brandão) na Universidade de
Amesterdão, onde foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. Em
2012 foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica
APE/Câmara Municipal de Castelo Branco 2010-2011 com o livro Tempo
Contado, e em 2013 recebeu o Grande Prémio de Crónica APE/Câmara
Municipal de Sintra por Mazagran.Os seus livros Com os Holandeses, Ernestina, A
Amante Holandesa, Tempo Contado, La Coca, Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia,
O Rebate, Mazagran e agora Mentiras & Diamantes estão atualmente disponíveis
na Quetzal,que em abril irá publicar A Flor e a Foice.
Lídia Jorge
Lídia Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Da sua vasta obra destacam-se os
romances O Dia dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982), Notícia da
Cidade Silvestre (1984), os dois últimos distinguidos com o Prémio Cidade de
Lisboa, A Costa dos Murmúrios (1988), um dos mais poderosos textos sobre a
guerra colonial, adaptado ao cinema num filme de Margarida Cardoso, e O
Jardim sem Limites (1995), distinguido com o Prémio Bordallo de Literatura da
Casa da Imprensa. O Vale da Paixão (1998) recebeu os seguintes prémios: Dom
Dinis, Bordallo, Ficção do Pen Club, Máxima de Literatura e o Prémio Jean
Monet de Literatura Europeia – Escritor Europeu do Ano, tendo sido ainda
finalista do International IMPAC Dublin Literary Award 2003. O seu romance O
Vento Assobiando nas Gruas (2002) conquistou o Grande Prémio de Romance e
Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Literário Correntes
d'Escritas,e o romance Combateremos a Sombra,o Prémio Charles Bisset (2008).
A sua obra encontra-se traduzida em muitas línguas e países, sendo recebida
pelos críticos nacionais e internacionais com grande interesse.
Pelo conjunto da sua obra, foi vencedora do prestigiado prémio da Fundação
Günter Grass,na Alemanha,ALBATROS (2006) e do Grande Prémio Sociedade
Portuguesa de Autores – Millennium BCP. Em 2011, foi distinguida com o
Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura; o júri, presidido por Eduardo
Lourenço, premiou Lídia Jorge pela «consagração da sua obra, que muito tem
contribuído para o enriquecimento do património cultural e literário do
Portugal contemporâneo».
Em 2013, a prestigiada revista francesa Le Magazine Littéraire incluiu Lídia
Jorge entre“10 grandes vozes da literatura estrangeira”.
É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua
cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do
livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas.
Verde-água é a cor de Lídia Jorge.
O seu novo romance intitula-se Os Memoráveis e será publicado em Março de
2014 pelas Publicações Dom Quixote.
Luís Filipe Castro Mendes
Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950 e, ainda muito cedo, entre 1965 e
1967, foi colaborador do jornal Diário de Lisboa-Juvenil. Em 1974, licenciou-se
em Direito pela Universidade de Lisboa e desenvolveu, a partir de 1975, uma
carreira diplomática,tendo nomeadamente sido Cônsul Geral no Rio de Janeiro
e depois Embaixador em Budapeste, Nova Deli e junto da UNESCO. É, neste
momento, Embaixador de Portugal junto do Conselho da Europa, em
Estrasburgo. Enquadrável numa estética pós-modernista, a sua obra revela um
universo enigmático onde o fingimento e a sinceridade, o romântico e o
clássico,a regra e o jogo conduzem às realizações mais lapidares e expressivas.
Bibliografia
Poesia Recados. Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1983; Seis Elegias
e Outros Poemas.Porto,Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto,
1985; A Ilha dos Mortos. Lisboa, Quetzal, 1991; Viagem de Inverno. Lisboa,
Quetzal, 1993; O Jogo de Fazer Versos. Lisboa, Quetzal, 1994; Modos de Música.
Lisboa, Quetzal, 1996; Outras Canções. Lisboa, Quetzal, 1998; Poesia
Reunida,1985-1999. Lisboa, Quetzal, 1999, e Rio de Janeiro, Topbooks, 2001; Os
Dias Inventados. Lisboa, Gótica, 2001; Lendas da Índia. Lisboa, Dom Quixote,
2011; A Misericórdia dos Mercados. Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, cujo
lançamento será feito nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas.
Ficção Areias Escuras. Lisboa, ER-Heptágono, 1983; Correspondência Secreta.
Lisboa,Quetzal,1995.
Manuel da Silva Ramos
Nasceu na Covilhã, em 1947. Estudou Direito em Lisboa, mas por causa do
fascismo exilou-se em França. Aos 21 anos ganha o Prémio de Novelística
Almeida Garrett, com Os Três Seios de Novélia. Publica em parceria com Alface:
Os Lusíadas, As Noites Brancas do Papa Negro e Beijinhos.Regressa a Portugal em
1997, e em 1999 publica quatro livros: Portugal, e o Futuro?, O Tanatoperador,
Adeusamália e Coisas do Vinho. Em 2000 edita Viagem com Branco no Bolso e nos
anos seguintes Jesus, The Last Adventure of Franz Kafka, Café Montalto,
Ambulância, O Sol da Meia-Noite, A Ponte Submersa, Três Vidas ao Espelho e Pai,
Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela.
Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o livro Perfumes Eróticos
em Tempo de Vacas Magras, edições Parsifal.
Manuel Jorge Marmelo
Manuel Jorge Marmelo nasceu em 1971, no Porto. Estreou-se na literatura em
1996 e publicou, de então para cá, mais de vinte títulos, entre os quais se
contam os romances Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Somos Todos Um Bocado
Ciganos, Aonde o Vento Me Levar, Os Fantasmas de Pessoa e As Sereias do Mindelo.
Em 2005 conquistou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o
livro O Silêncio de Um Homem Só. Em 2013 lançou uma nova colectânea de
contos, Zero à Esquerda, bem como Crónicas do Autocarro, uma recolha de
crónicas.
Manuel Rivas
Manuel Rivas, escritor, poeta, ensaísta e jornalista, nasceu na Corunha em 1957.
É,desde 2009,membro da Real Academia Galega.
Parte da sua obra poética encontra-se reunida na antologia El Pueblo de la
Noche (1997). Em Portugal, com a chancela da Dom Quixote, foram publicados
os seguintes livros: O Segredo da Terra; Que Me Queres, Amor?; O Lápis do
Carpinteiro; Alma, Maldita Alma; As Chamadas Perdidas.
É igualmente autor dos romances Todo Ben, Un Millón de Vacas, En Salvaxe
Compaña, Os Comedores de Patacas, Mujer en el Baño, En Salvaxe Compaña, El
Héroe, A Cuerpo Abierto, La Desaparición de la Nieve, A Man dos Paiños, Os Libros
Arden Mal,Todo es Silencio, Lo más Extraño e Las Voces Bajas.
À obra de Manuel Rivas, que se encontra traduzida em diversas línguas, já
foram atribuídos, entre outros, os seguintes prémios: Prémio da Crítica
Espanhola; Prémio Torrente Ballester de Narrativa; Prémio da Associação de
Escritores em Língua Galega; Prémio Cálamo Extraordinário; Prémio Livreiros
de Madrid; Prémio Arcebispo Xoán de San Clemente.
Manuel Rui
Manuel Rui Alves Monteiro nasceu em Nova-Lisboa, hoje Huambo, planalto
central de Angola, em 1941. Licenciou-se em direito na Universidade de
Coimbra - Portugal, onde desenvolveu advocacia e foi membro fundador do
Centro de Estudos Jurídicos.
Ainda em Coimbra, foi membro do Centro de Estudos Literários da Associação
Académica de Coimbra, redator da revista de cultura e arte Vértice e
coordenador do suplemento literário Sintoma do Jornal do Centro. É cofundador
das edições Mar além onde se editou a Revista de cultura e literatura dos países
de língua oficial portuguesa.
Tem colaboração dispersa em diversos jornais e revistas, Jornal de Angola
(Jornal da Associação dos Naturais de Angola), O Planalto, Diário de Luanda,
Revista Novembro, Lavra & Oficina, Jango, Vértice, Jornal do Centro, Diário de
Lisboa, República (Portugal), África (Portugal), Europeu (Portugal), Público
(Portugal), Terceiro Mundo (Brasil), Jornal de Letras (Portugal), Mar além
(Portugal), Semanário o Angolense,entre outras.
Figura em Antologias de ficção e poesia. É autor da letra do Hino Nacional de
Angola e de outros hinos como o Hino da Alfabetização, Hino da Agricultura e a
versão angolana da Internacional. Também é autor de canções com parcerias
como Rui Mingas,André Mingas, Filipe Mukenga, Paulo de Carvalho e Carlos do
Carmo (Portugal) e Martinho da Vila e Cláudio Jorge (Brasil),entre outros.
É membro fundador e subscreveu a proclamação da União de Escritores
Angolanos, bem como da União dos Artistas e Compositores Angolanos e da
Sociedade de Autores Angolanos.
Tem publicadas as seguintes obras:
Poesia Poesia Sem Notícias (1967); A Onda (1973); 11 Poemas em Novembro –
Ano Um (1976), primeiro livro de poesia publicado em Angola após
Independência; 11 Poemas em Novembro – Ano Dois (1977); 11 Poemas em
Novembro – Ano Três (1978); Agricultura (1978); 11 Poemas em Novembro – Ano
Quatro (1979); 11 Poemas em Novembro Ano Cinco (1980); 11 Poemas em
Novembro - Ano seis (1981); 11 Poemas em Novembro – Ano sete (1984); Assalto,
com desenhos de Henrique Arede - literatura infantil com alguns poemas
musicados e editados em disco (1980); Ombela,2007 (bilingue: portuguêsumbundu) e O Semba da Nova Ortografia (2010).
Ficção Regresso Adiado (1973); Sim Camarada (1977), primeiro livro de ficção
angolana publicado após a Independência; A Caixa (1977), primeiro livro
angolano de literatura infantil; Cinco Dias depois da Independência (1979);
Memória de Mar (1980); Quem Me Dera Ser Onda, Prémio Caminho Das Estrelas
1980 (adaptado para teatro em Moçambique, Portugal e Angola, também em
televisão um extrato integra a Antologia de textos para o ensino secundário na
Suécia; incluído no Plano de Bibliotecas do Ministério da Educação para as
escolas secundárias no Brasil); Crónica de um Mujimbo (1989); Um Morto & Os
Vivos (1993) - adaptado para uma série na Televisão Pública de Angola (O
Comba); Rioseco (1997); Da Palma da Mão (1998); Saxofone e Metáfora (2001);
Um Anel Na Areia (2002); Nos Brilhos (2002); Maninha – crónicas, cartas
optimistas e sentimentais (2002); Conchas e Búzios - infanto-juvenil com
ilustrações do moçambicano Malangatana Valente (2003); O Manequim e o
Piano (2005); Estórias de Conversa (2006); A Casa do Rio (2007); Janela De Sónia
(2009) e Travessia Por Imagem (Luanda, 2012), publicado em Portugal, em
fevereiro de 2013, na 14ª edição das Correntes d'Escritas. A Trança é o seu mais
recente romance, publicado pela Mayamba Editora, no mês passado, em
Luanda.
Os seus textos estão traduzidos para umbundu, espanhol, francês, inglês,
italiano, checo, servo-croata, romeno, russo, alemão, árabe, sueco, finlandês,
hebraico e mandarim. Renunciou ao prémio nacional de cultura na disciplina
de literatura. Escreveu, ensaiou e pôs em cena duas peças de teatro,
respetivamente, O Espantalho (de inspiração na tradição oral e representado
por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango) e Meninos do
Huambo (representado por crianças e imediatamente impedida de divulgação
após a sua antestreia gravada para a televisão). Participou, com declamação de
poemas, no filme de António Ole O Caminho das Estrelas e com texto e dicção
nos filmes de Orlando Fortunato, Memória de Um Dia, Kianda e nos diálogos de
Combóio da Kanhoca. Desenvolve também a atividade de crítica, ensaio e
crónica.Tem participado em inúmeros eventos como conferências, colóquios e
similares.
Margarida Ferra
Margarida Ferra tem 36 anos e dois filhos. Licenciou-se em Ciências da
Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa.
Trabalhou numa pizzaria, num jornal, numa galeria de arte contemporânea, em
duas livrarias e no Palácio da Ajuda. Trabalha agora num grupo editorial, não o
mesmo onde publicou, em 2010, Curso Intensivo de Jardinagem e, três anos
depois, Sorte de Principiante, ambos de poesia, ambos pela & etc - a editora
independente que não faz reedições e celebrou recentemente 40 anos de
existência.
Maria Manuel Viana
Nasceu na Figueira da Foz, em 1955, onde estudou até entrar para a Faculdade
de Letras da Universidade de Coimbra. Durante os cinco anos em que tirou
Filologia Românica, deu aulas à noite na Escola Bernardino Machado, na
Figueira da Foz. Em 1979, enganou-se a preencher o boletim de concurso de
professores e foi colocada em Castelo Branco, cidade que adoptaria como sua e
onde viveu durante mais de 20 anos. Aí nasceram os seus dois filhos, David e
Manuel, e também aí foi coordenadora do Centro de Área Educativa, presidente
da Comissão Distrital de Proteção de Menores, candidata a deputada pelo
Partido Socialista, vereadora da cultura e coordenadora do Gabinete para a
Igualdade. Escreveu os romances A Paixão de ana b., A Dupla Vida de M.ª João,
Damas, Ases e Valetes (com Ana Benavente), O Verão de todos os silêncios.
Traduziu os dois últimos Prémios Nacionais da Crítica de Espanha, O dia de
amanhã de Ignacio Martínez de Pisón e A filha do Leste,de Clara Usón.
Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas será lançado o seu mais recente livro
ATeoria dos Limites, da Editora Teodolito.
Maria Teresa Horta
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras.
Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no
cineclubismo em Portugal, e é conhecida com uma das mais destacadas
feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960, e a sua obra poética
publicada até 2006 – dezoito títulos – está coligida em Poesia Reunida (Dom
Quixote,2009),livro que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária.
Na ficção surge com Ambas as Mãos Sobre o Corpo, em 1970. Seguem-se-lhe
Novas Cartas Portuguesas (1972) – em co-autoria com Maria Isabel Barreno e
Maria Velho da Costa –, obra que valeu às autoras um processo judicial «por
ofensa à moral pública», e os romances Ema (1984; Prémio Ficção Revista
Mulheres) e A Paixão segundo Constança H (1994).
Em 2011, publica o romance As Luzes de Leonor (Prémio D. Dinis 2011 e Prémio
Máxima de Literatura 2012) e, no ano seguinte, Poemas Para Leonor – conjunto
de versos dedicado a Leonor de Almeida Portugal e que fazem parte do
processo de escrita de As Luzes de Leonor. Escritos ao mesmo tempo que o
romance, e ao longo dos mais de dez anos que durou a sua preparação, falam
sobre a experiência da criação da personagem central, interrogam-na,
acompanham-na,espelham-na e dialogam com ela.
Também em 2012, a sua poesia erótica é reunida na antologia As Palavras do
Corpo.
Em 2013, é a vez de nos surpreender com A Dama e o Unicórnio, uma original
interpretação das tapeçarias quatrocentistas La Dame à la Licorne que conjuga
poesia e imagem: o livro é ainda valorizado por um CD com a cantata profana
do compositor António Sousa Dias sobre a poesia de Maria Teresa Horta dita
pela actrizAna Brandão.
É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua
cor refletindo a diversidade na sua diferença e na sua complementaridade” do
livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição
das Correntes d'Escritas.
Azul claro é a cor de Maria Teresa Horta.
Este ano, ser-lhe-á dedicado o dossiê da Revista Correntes d'Escritas lançada
durante o evento, e será apresentada uma nova edição do seu romance, Ambas
as mãos sobre o corpo, Publicações Dom Quixote.
Bibliografia:
Poesia Reunida (2009); Novas Cartas Portuguesas (2010 – edição anotada; org.
Ana Luísa Amaral); As Luzes de Leonor (Romance, 2011); As Palavras do Corpo
(Poesia, 2012); Poemas Para Leonor (Poesia, 2012); A Dama e o Unicórnio (Poesia,
2013); Ambas as Mãos Sobre o Corpo (Romance, 2014 – 1.ª edição na Dom
Quixote).
Marta Madureira
Marta Madureira é designer de comunicação e ilustradora, actividades que
lecciona no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave na licenciatura de Design
Gráfico e no mestrado de Ilustração e Animação.
É licenciada e mestre pela FBAUP e é doutoranda na Universidade do Minho.
Foi distinguida com algumas distinções de relevo, entre as quais: prémio
Jovens Criadores Bienal de Atenas, Grécia 2003; Prémio Jovens Criadores
Bienal de Nápoles, Itália 2005; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração
2010; Menção especial Prémio Nacional de Ilustração 2011, 1º prémio - 3x3
Magazine of Contemporary Illustration 2012.
Conta com cerca de 20 livros ilustrados para a infância com textos de Álvaro
Magalhães, Vergílio Alberto Vieira, Manuel António Pina, Adélia Carvalho, Ana
Luísa Amaral,entre outros.
É autora e realizadora da série de animação As Máquinas de Maria financiada
pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual.
É,juntamente com Adélia Carvalho,fundadora da editora Tcharan.
Michael Kegler
Michael Kegler (* 1967 em Gießen, Alemanha) viveu na Libéria e no Brasil, até
aos 10 anos. Na Alemanha frequentou diversos cursos universitários - entre
eles os de literatura brasileira e portuguesa e trabalhou no Centro do Livro e do
Disco de Língua Portuguesa, em Frankfurt, em cuja editora publicou a sua
primeira tradução literária. Desde o fim dos anos 90 considera-se tradutor
profissional. Verteu obras de - entre outros - Manuel Tiago (Álvaro Cunhal),
Gonçalo M.Tavares, Paulina Chiziane, José Eduardo Agualusa, Fernando Molica,
e mais recentemente Michel Laub, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato e Moacyr
Scliar. Desde 2001 publica o site www.novacultura.de sobre literatura dos
países de língua portuguesa.Frequenta as Correntes d'Escritas desde 2003.Em
2009 publicou a antologia de poesia lusófona hotel ver mar, em homenagem a
este festival.
Michel Laub
Michel Laub nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1973. Escritor e jornalista, foi
editor-chefe da revista Bravo e é actualmente colunista do jornal Folha de S.
Paulo. Escreveu seis romances — Música Anterior (2001), Longe da Água (2004), O
Segundo Tempo (2006), O Gato Diz Adeus (2009), Diário da Queda (2011) e A Maçã
Envenenada (2013). Michel Laub foi incluído na edição Os Melhores Jovens
Escritores Brasileiros da revista Granta, e os seus romances foram distinguidos
com vários prémios e nomeações. Diário da Queda, o único publicado em
Portugal (Tinta-da-china, 2012) foi publicado em 11 países e será adaptado
para cinema. Recebeu os prémios Brasília de Literatura e Bravo de Literatura, e
foi finalista dos prémios Portugal Telecom, Zaffari & Bourbon e São Paulo de
Literatura.
Miguel Real
Miguel Real nasceu em Lisboa em 1953 e é sintrense por adopção. É licenciado
em Filosofia pela Universidade de Lisboa e mestre em Estudos Portugueses
pela Universidade Aberta com uma tese sobre Eduardo Lourenço e a Cultura
Portuguesa.
Professor de Filosofia no Ensino Secundário e especialista em Cultura
Portuguesa, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama
(neste último género sempre em colaboração com Filomena Oliveira), tendo
recebido o Prémio de Revelação nas áreas da Ficção e do Ensaio Literário da
Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Ler/Círculo de Leitores, o
Prémio da Associação dos Críticos Literários, o Prémio Fernando Namora da
Sociedade Estoril-Sol, atribuído ao romance A Voz da Terra, também finalista do
Prémio de Romance e Novela da APE, e o Prémio SPA Autores pelo romance O
Feitiço da Índia.
É colaborador permanente do JL, onde faz crítica literária.
Publicou os romances A Verdadeira Apologia de Sócrates, A Visão de Túndalo por
Eça de Queirós, Memórias de Branca Dias, A Voz da Terra, O Último Negreiro, O Sal
da Terra, O Último Minuto na Vida de S., A Ministra, As Memórias Secretas da Rainha
D.Amélia,A Guerra dos Mascates, O Feitiço da Índia e A Cidade do Fim.
Tendo ainda publicado,entre muitos outros,os ensaios Nova Teoria do Mal, Nova
Teoria da Felicidade e Nova Teoria do Sebastianismo.
Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas, será apresentado o livro A Montanha
e o Titanic, de Luísa Franco (Parsifal),cuja edição é da sua responsabilidade.
Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares estudou Direito e Jornalismo, começando por trabalhar
em ambas as áreas. Viria depois a abandonar a advocacia pelo jornalismo e,
mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo comentário. Trabalhou em
jornais,revistas e televisão,tendo conquistado diversos prémios como repórter,
entre os quais o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa
e o Tucano de Ouro, 1º Prémio de reportagem televisiva do Festival de
Televisão e Cinema do Rio de Janeiro. Seria um dos fundadores da revista
Grande Reportagem, que dirigiu durante dez anos, tornando-a uma marca de
referência no panorama jornalístico português. Como comentador político,
mantém, de há vinte anos para cá, uma presença constante – hoje na SIC e no
jornal Expresso – onde a sua reconhecida independência arrasta fiéis e
acumula inimigos.
Depois de incursões do domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se
no romance em 2003, com Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares
em Portugal, estando ainda traduzido em 11 línguas e editado em cerca de 30
países, com adaptação televisiva em Portugal e no Brasil. Madrugada Suja é o
seu mais recente romance,já com tradução em curso em Itália.
Ondjaki
Nasceu em Luanda em 1977. Prosador, às vezes poeta. Co-realizou o
documentário Oxalá Cresçam Pitangas, sobre a cidade de Luanda. É membro da
União dos Escritores Angolanos, licenciado em Sociologia (Portugal), fez
doutoramento em Estudos Africanos (Itália).
Recebeu uma Menção Honrosa (Prémio António Jacinto, Angola, 2000); Prémio
Literário Sagrada Esperança (Angola, 2004); Prémio Literário António Pauloro
(Portugal,2004); Grande Prémio do Conto «Camilo Castelo Branco» C.M.de Vila
Nova da Famalicão/APE (Portugal, 2007); Grinzane for África – young writer
(Itália/Etiópia, 2008); Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância
(Portugal, 2012); Prémio FNLIJ – juvenil (Brasil, 2010 e 2013) e Prémio Jabuti
juvenil (Brasil, 2010). Com o romance Os Transparentes venceu o ano passado o
Prémio José Saramago.
Com romances, contos, poesia e livros infantis, foi traduzido para o francês,
espanhol,italiano,alemão,inglês,sérvio,polaco e sueco.
Onésimo Teotónio Almeida
Nasceu no Pico da Pedra, S. Miguel, Açores, no dia 18 de dezembro de 1946.
Doutorado em Filosofia pela Brown University (Providence, Rhode Island, EUA),
é Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e
Brasileiros,no Renaissance and Early Modern Program e no Wayland Collegium
for Liberal Learning, da mesma universidade. Recebeu recentemente na
Universidade de Aveiro um Doutoramento Honoris Causa.O seu livro de escrita
criativa mais recente é Onésimo. Português Sem Filtro – uma antologia (Clube do
Autor, 2011). Em 2012 publicou Utopias em Dói Menor – conversas
transatlânticas com Onésimo (Gradiva, 2012), uma longa troca internética com
João Maurício Brás. É de estórias o seu mais recente livro: Quando os Bobos
Uivam (Clube do Autor,2013).
Patrícia Portela
Patrícia Portela (1974). Autora de performances e obras literárias, vive entre
Portugal e Bélgica. Estudou cenografia e figurinos em Lisboa e Utrecht, cinema
em Ebeltoft, na Dinamarca, e Filosofia em Leuven, na Bélgica. Entre 1994 e
2002 trabalhou como figurinista e/ou cenógrafa para muitas das mais
importantes companhias e realizadores independentes em Portugal
recebendo o Prémio Revelação 94 pelo seu múltiplo trabalho para
performances e para cinema. Foi uma das fundadoras do grupo O Resto em
1996 e da Associação Cultural Prado em 2003 onde colabora com artistas
nacionais e internacionais em performances e instalações transdisciplinares e
faz itinerância com regularidade pela Europa e pelo mundo. Reconhecida
nacional e internacionalmente pela peculiaridade da sua obra, recebeu vários
prémios (dos quais destaca o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/F.C.G.ou o
Prémio Teatro na Década para Wasteband) e é considerada uma das artistas e
autoras mais desafiantes da sua geração.
Autora de Para Cima e não para Norte (2008) e Banquete (2012) foi convidada a
participar no 46º International Writing Program em Iowa City em 2013 e foi a
primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City.
Lecciona com regularidade no Forum Dança desde 2008.
Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas, será lançado o seu novo livro
Wasteband,da Editorial Caminho.
Patrícia Reis
Patrícia Reis nasceu em 1970. Tem carteira profissional de jornalista há 25
anos. Em 1988, começou a trabalhar no semanário O Independente. Esteve
depois na revista Sábado e estagiou na revista norte-americana Time, em Nova
Iorque. Foi jornalista do semanário Expresso, fez a produção do programa de
televisão Sexualidades, trabalhou na revista Marie Claire, na Elle e nos projectos
especiais do jornal Público.Desde 2000 que assume a edição da revista Egoísta.
Bibliografia
Começou a publicar ficção em 2004, com a novela Cruz das Almas, seguindo-se
os romances Amor em Segunda Mão (2006), Morder-te o Coração (2007), que
integrou a lista de 50 livros finalistas do Prémio Portugal Telecom de
Literatura, No Silêncio de Deus (2008), Antes de Ser Feliz (2009) e Por Este Mundo
Acima (2011). É ainda autora da biografia de Vasco Santana (2004), do romance
fotográfico Beija-me (2006, em co-autoria com João Vilhena) e de livros
infanto-juvenis, entre os quais a colecção Diário do Micas, todos com o selo do
Plano Nacional de Leitura.
Contracorpo, publicado em Março de 2013 pela Dom Quixote, aclamado pela
crítica e pelos leitores,é o seu mais recente romance.
Pedro Teixeira Neves
Pedro Teixeira Jardim Rocha Neves (1969)
Como jornalista: Jornal Semanário | Revisão de Texto; Jornalista de Desporto/
Sociedade/ Cultura, 1994-1998; Revista Arte Ibérica | Redactor/ Chefe de
Redacção, 1998 – 2001; Agenda Cultural de Lisboa | Redactor/ Editor, 1999 –
2001; Revista Magazine Artes | Fundador/ Proprietário/ Director, 2001 – 2007–
Editor do Livro Contos Fantásticos (edição em parceria com o Fantasporto);
Ticketline Magazine | Fundador/ Editor/ Jornalista 2008 – 2010; Revista Epicur |
Jornalista e Fotógrafo – 2010 até 2012; Programa Câmara Clara - RTP2 |
Jornalista–2010 até Dez 2012.
Como fotógrafo: Publicações em Magazine Artes, revista Egoista, Ticketline
Magazine; Fotógrafo da revista Epicur entre 2010 e 2012; Vencedor da primeira
edição do Prémio Retratar Um Livro da Fundação José Saramago – 2012, com
um portfólio sobre o romance Nome de Guerra; Responsável pela apresentação
fotográfica sobre a poesia de Maria do Rosário Pedreira no âmbito de uma
sessão para as Quintas de Leitura, do Teatro do campo Alegre, no Porto, em
Janeiro de 2013; Edição de Lisboa Reunida http://www.blurb.com/b/4057692-
lisboa-reunida; Segundo classificado na II Edição do Prémio de Fotografia
Retratar um Livro, da Fundação José Saramago, com um portfólio sobre o
romance O Ano da Morte de Ricardo Reis,2013; Publicação do livro Criminal Man,
http://www.blurb.com/ebooks/reader.html?e=387465#/spread/front; Prémio
de Fotografia Reflexos de Lisboa,Lisbonweek 2013; Assinatura das imagens de
capa dos livros Poema, de Alex Andrade (Confraria do Vento/ Brasil), e Poemas
com Alzheimer,de Alberto Pereira (Glaciar).
Como Escritor/ Autor -Romance: Uma Visita a Bosch,Temas e Debates,2001.
Poesia: Chiasco, Quasi Edições, 2003. | Infantil: Histórias de Patente com Tenente
e Outra Gente, Caminho, 2007; Histórias Tais, Animais e Outras Mais, Caminho,
2007; Amor de perdição, Adapt. do original de Camilo Castelo Branco, Edições
Quasi/ Jornal Sol; Histórias do Barco da Velha, Trinta Por Uma Linha, 2009; O
Livro Que Não Queria Dormir, Sete Dias, Seis Noites, 2011, texto e ilustrações;
Colaboração na antologia Versos de Não Sei Quê e Barricadas de Estrelas e de
Luas, da Trinta por Uma Linha; Edição (Fevereiro 2014) do livro O Rei de Roupa
Pouca,Glaciar,texto e ilustrações.| Conto: O Sorriso de Mona Lisa,Deriva Edições,
2008; Edição integral do conto Asclépio, Caçador de Eclipses no manual de
língua portuguesa da Porto Editora, Expressões (10º ano). | Outros: Colecção
Palanquinha, Cocan 2010, Edição Babel, 2010; Desprovérbios, Palavrices e
Algumas Tolices, Apenas Livros, 2012; Às Barbas, Por Deus!, com ilustrações de
António Ferra, ed. de autor, 2013; Existenciais, Algo a Menos ou a Mais, ed. de
Autor,2013; Edição de contos e poemas em vários títulos de Imprensa.
Renato Filipe Cardoso
Renato Filipe Cardoso nasceu em Aveiro em 1971.
Cursou Comunicação Social e Línguas e Literaturas Modernas no Porto.
Desde 1989, trabalhou cerca de 12 anos como jornalista em jornais diários, foi
crítico literário e musical, coordenador de revistas e projectos jornalísticos e
veio, gradualmente, a dedicar-se à escrita criativa, ao copywrite publicitário e à
locução comercial,em detrimento do jornalismo.
Tem sido voz oficial de diversas instituições e marcas de dimensão nacional e
internacional, realizando inúmeras campanhas publicitárias e institucionais
em voz-off para meios audiovisuais, além de locutor de vários programas e
documentários de televisão.
Em 2007 fundou a Texto Sentido, empresa de escrita criativa, copywrite e
edição que detém também a marca Voz-off®, Agência de Locutores, produtora
de audiovisuais e entidade de formação na área da Voz,da Locução e da Técnica
Vocal.
Apresenta, há 3,5 anos, o programa RádioAtivo, no Porto Canal, sobre música
alternativa, estando ligado à produção de alguns outros programas televisivos
de Cultura e Arte.
Em Março de 2013, idealizou, produziu, escreveu e deu voz(es) à série de humor
As Desventuras de Austerix, produzida para as comemorações dos 25 anos da
TSF.
No âmbito da escrita, é poeta galardoado com um prémio e algumas menções
honrosas; teve várias publicações em jornais, revistas literárias e antologias
poéticas; venceu um prémio na área do conto fantástico; e publicou um livro de
conto para crianças.
Publicou os livros de poesia Aprendiz de Dourado (2012), Cavalo de Troika (2013)
–primeiro livro a ser apresentado no Festival de Paredes de Coura–e Máquinade-lavar-corações (2014), pela editora Texto Sentido, cujo lançamento será feito
nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas.
É dizedor convidado das Quintas de Leitura do Teatro do Campo Alegre, onde
também participa esporadicamente com o projecto videográfico Rua da Poesia.
Participou no programa Um poema por Semana do Canal 2, da autoria de Paula
Moura Pinheiro. Mantém o projecto de performance poética Stand-up Poetry
com os dizedores Isaque Ferreira e Rui Spranger. Semanalmente, ainda,
participa nas noites de Poesia do Pinguim Café, onde foi dizedor residente das
Quintas Movediças entre 1991 e 1993.
Rui Zink
Rui Zink (Lisboa, 1961). Escritor, professor, cidadão – por esta ordem de gosto, a
de importância já é facultativa. Estreou-se como ficcionista em 1986 e desde
então publicou três dezenas de obras, entre ficção, ensaio, literatura para a
infância, BD e teatro. Alguns dos seus livros encontram-se traduzidos para
línguas interessantes, coitadinhas, mas que nem chegam aos calcanhares da
nossa.Passados 40 anos sobre o 25 de Abril, A Instalação do Medo será adaptada
para o palco pelo grande Jorge Listopad.
Ficção: A metametamorfose e outras fermosas morfoses; Hotel Lusitano; A
realidade agora a cores; Homens Aranhas; Apocalipse Nau; O Suplente; Os
Surfistas; Dádiva Divina; A Palavra Mágica; A Espera; O Anibaleitor; O Destino
Turístico; O amante é sempre o último a saber; A Instalação do Medo.
Sara Figueiredo Costa
Antes de chegar ao jornalismo,estudou literatura e linguística na Universidade
Nova. Jornalista free-lancer, escreve para a Blimunda, a Time Out e o Expresso,
muitas vezes sobre livros, autores, ficção, banda desenhada e ilustração.Assina
uma crónica mensal no diário Ponto Final, de Macau, e tem passado por outras
páginas, com menos regularidade. Mantém, desde 2007, o blogue Cadeirão
Voltaire, sobre livros e edição, e desde 2003, o Beco das Imagens, dedicado à
banda desenhada e à ilustração. É um dos membros fundadores da Oficina do
Cego – Associação de Artes Gráficas, onde ensina o que sabe sobre história do
livro e edição e onde suja as mãos com tinta, caracteres de chumbo e diluentes
caseiros.
Uberto Stabile
Uberto Stabile (Valencia 1959) Poeta, editor, traductor y gestor cultural.
Director del Encuentro Internacional de Editores Independientes de Punta
Umbría, Edita, y del Salón del Libro Iberoamericano de Huelva. Fundador de la
colección de poesía bilingüe y del encuentro de escritores hispano-luso
Palabra Ibérica. Premio Valencia de Literatura y Premio Internacional de Poesía
Surcos. Su poesía ha sido recopilada bajo el título Habitación desnuda
1977/2007 y sus artículos bajo el título Entre Candilejas y Barricadas. Poemas
suyos han sido traducidos al italiano, portugués, inglés, búlgaro, turco, lituano,
catalán y francés. Es autor de las antologías: Mujeres en su tinta, poetas
españolas en el siglo XXI y Tan lejos de Dios, poesía mexicana en la frontera norte.
Ungulani Ba Ka Khosa
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de
Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de Agosto de 1957, em Inhaminga, província
de Sofala. Professor de carreira, exerce actualmente as funções de director do
Instituto Nacional do Livro e do Disco. Foi director adjunto do Instituto
Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Durante a década de 90 foi
cronista de vários jornais nacionais,participando ativamente em debates que a
segunda República despoletou. Foi co-fundador da revista literária Charrua. É
membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, exercendo, actualmente,
as funções de Secretário-geral. Prémio Gazeta de Ficção Narrativa, em 1988;
Prémio Nacional de Literatura, em 1991; Homenagem da CPLP- Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa, em 2003; Prémio José Craveirinha, em 2007;
e com Ualalapi, obra de estreia, consta da lista dos cem melhores autores
africanos do século XX.
É também autor de Orgia dos Loucos (1990); Histórias de Amor e Espanto (1993);
Os Sobreviventes da Noite (2005); Prémio José Craveirinha; Choriro (2009), O Rei
Mocho, História Infanto-Juvenil (2012); e Entre as Memórias Silenciadas (2013),
Prémio BCI,melhor livro do ano 2013.
Nesta 15ª edição das Correntes d'Escritas serão lançados os livros Choriro e
Entre Memórias Silenciadas,da Alcance Editores.
Valério Romão
Nasce em França, nos idos de 1974. Aos dez anos muda-se para Portugal, onde
continua os estudos que desembocarão em Filosofia, na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas de Lisboa. Para além de tech geek e de eterno aprendiz de
dançarino, tem publicado contos (revistas Granta, Magma, Construções
Portuárias), escrito peças de teatro (Posse, Teatro da Trindade ou A Mala,
CCB/Box Nova, por exemplo) e assinado traduções de Samuel Beckett ou
Virginia Woolf (para a editora Aguasfurtadas), cujo universo revisitou também
em instalações. Os dois romances publicados, Autismo e O da Joana (abysmo)
afirmaram-no como uma das vozes mais promissoras da ficção nacional
contemporânea. Considera-se curioso e teimoso em doses equivalentes e
suficientes para aprender as técnicas necessárias para erguer ou remodelar
uma casa.
Valter Hugo Mãe
Valter Hugo Mãe nasceu em Saurimo,Angola,no ano de 1971.
Licenciou-se em Direito e é pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna
e Contemporânea. Publicou os romances: o nosso reino; o remorso de baltazar
serapião, Prémio José Saramago em 2007; o apocalipse dos trabalhadores; a
máquina de fazer espanhóis, Grande Prémio Portugal Telecom, categoria melhor
livro do ano, e Prémio Portugal Telecom, categoria melhor romance do ano, em
2012; O Filho de Mil Homens e A Desumanização.
A sua poesia encontra-se reunida no volume contabilidade. Escreveu diversos
livros ilustrados para os mais novos, entre os quais: Quatro Tesouros; O Rosto e
As mais belas coisas do mundo.
Va l t e r H u g o M ã e é v o c a l i s t a d o g r u p o m u s i c a l G o v e r n o
(www.myspace.com/ogoverno), projeto que editou o EP Propaganda
Sentimental,com cinco canções,através do selo Optimus Discos.
Escreve as crónicas Autobiografia imaginária, no Jornal de Letras, e Casa de papel,
na revista de domingo do jornal Público.
Outras informações sobre o autor podem ser encontradas no Facebook (Valter
Hugo Mãe–Pag.Oficial) ou em: www.valterhugomae.com
Vergílio Alberto Vieira
Poeta, ficcionista, autor de livros para a infância, Vergílio Alberto Vieira (1950,
Braga) cursou Letras no Porto, tendo exercido actividades docentes em Lisboa
até 2009.
Dirigiu a revista Mealibra (dois primeiros números) e foi co-fundador dos
cadernos de poesia lusófona Lugarcomum (1976-1978); da revista de poesia
Babel (1986); da revista de cultura Vandoma (n/ único, 1985) e da revista
Delphica – Letras & Artes,editada em finais de 2013.
Assinou colaboração nos Cadernos de Literatura, Colóquio Letras, África, Rua
Larga, Escritor e Magazine Artes (Portugal); Hora de Poesia, Malvís, Serta, ABCLetras y Artes, Vozes de Galicia e Literastur (Espanha); Albatroz (França); Il Cobold
e Il Vento Salato (Itália); Apertura Magazine (Luxemburgo); Ficção, Escrita e
Suplemento Literário de Minas Gerais (Brasil); Reenbou (Canadá); Micromegas
(USA); Poética (Uruguay); Kanora (Colombia).
Encontra-se representado nas publicações: Antologia do Conto Português
Contemporâneo (1984, ICALP, Lisboa), La Poèsie des Palmipèdes (1987, Paris),
Poesia Ibérica: Generación de la Democracia (1991, Madrid), Tarde Tranquila, Casi
(1994, Roma); Identidades/ Antologia Literária de Língua Portuguesa (1996,
Universidade de Coimbra), Relatos Portugueses de Viagem/ A Imagem de
Marrocos (1998, Universidade Dhar el Mahraz, Fes), Vozes Poéticas da Lusofonia
(1999,Instituto Camões,Lisboa), Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea
(1999, Rio de Janeiro), Antologia da Ficção Portuguesa Contemporânea (2000,
Budapest), Contos da Cidade das Pontes/ Cuentos de la Ciudad de los Puentes/
Short Stories of the City of Bridges (2001, Porto), Antologia del Cuento Portugués
del Siglo XX (2001, México); Histórias em Língua Portuguesa (2007, Porto), Hotel
Ver Mar/Antologia Poética da Lusofonia,Michael Kegler (trad.) para língua alemã,
(2009, Frankfurt), O primeiro dia/A mãe na poesia portuguesa (2012), Alquimia de
la tierra (2013,Huelva), Dezasseis olhares sobre a Póvoa de Varzim (2013,Porto).
Pedra de transe (1984), A adivinhação pela água (1990) e Os sinais da terra (1984)
foram editados em Espanha/ trad. Clara Janés; com o título Peregrinação ao Sul,
saíram na Bulgária: A adivinhação pela água (1990) e O caminho da serpente
(1993), trad. Jordanka Velinova/Manuel Nascimento; com o título Contos por
contar/trad. Luis M. Fernández foram editados, na Galiza (Tambre, 2006) os
livros A semana dos nove dias (1988), O peixinho Folha-de-Água (1989/2000) e O
livro dos enganos (2001).
Livros de sua autoria foram editados em Espanha, Bulgária, Egipto, Brasil e
Moçambique.
Entre 1975 e 2000, fez crítica de livros na revista África, no Jornal de Notícias
(Porto) e no semanário Expresso (Lisboa), textos reunidos nos volumes: Os
consentimentos do mundo (1993); A sétima face do dado (2000); O momento da
rosa/Reflexões sobre literatura infantil e juvenil (2012); As batalhas fingidas
(2013).
Nos últimos anos, editou/reeditou: A Biblioteca de Alexandria/narrativa/pref.
António Cabrita (2001); Chão de víboras/narrativa, 2ª edição/pref. J.L. Pires
Laranjeira (2003); Crescente branco/poesia/pref. Alexei Bueno (2004); Pára-me
de repente/teatro/pref. Manuel Lourenzo (2005), levada ao palco em 2007 pela
Companhia de Teatro de Braga; Papéis de fumar/Obra poética/pref. Ivan
Junqueira/desenhos de Sofia Areal (2006); O navio de fogo/narrativa/2ª edição/
pref. Cristina Robalo Cordeiro (2009); Minhas cartas nunca escritas/narrativa/
pref. Ernesto Rodrigues (2012); Amante de um só dia/poesia (2012); Ardente a
cegueira (2014); O ilusório ponto do geómetra (2014).
Foi membro de júri dos prémios Vida Literária, Romance e Novela, Literatura
Biográfica e Poesia da Associação Portuguesa de Escritores; do PEN Clube
Português; Correntes d'Escritas; do Prémio de Narrativa Eixo-Atlântico, do
Prémio Karingana wa Karingana (Moçambique) e dos prémios do Conto Camilo
Castelo Branco e Manuel da Fonseca; e de poesia Florbela Espanca,Teixeira de
Pascoaes,Sebastião da Gama,Natércia Freire e Maria rosa Colaço,entre outros.
Integrou direcções da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube
Português, do IBBY e da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do
Porto.
A· HOTEL AXIS VERMAR
D· MUSEU MUNICIPAL
Rua da Imprensa Regional
T 252 298 900/F 252 298 901
www.hotelaxisvermar.com
Rua Visconde de Azevedo,17
T 252 090 002/F 252 090 012
[email protected]
B· DIANA BAR
E· BIBLIOTECA MUNICIPAL
Avenida dos Banhos
T 252 618 703
[email protected]
Rua Manuel Lopes
T 252 616 000/F 252 617 069
www.cm-pvarzim.pt/biblioteca
C· CASINO DA PÓVOA
Avenida dos Descobrimentos
T 252 690 888/F 252 690 871
www.casino-povoa.com
Equipa
Organização
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Coordenação
Biblioteca Municipal Rocha
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Daniel Curval
Fátima Pessoa
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Gina Pinheiro
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José Ferreira
Lurdes Adriano
Manuel Costa
Clara Casanova
Filipa Moreira
Maria João
Sílvio Fernandes
Feira do Livro
Secretariado
Gabinete de Relações
Públicas/Comunicação
Aloísio Soares da Costa
Adriana Baldaia
Armando Jorge (Hotel Axis Vermar)
Beatriz Ramalho
Cláudia Ribeiro
Josué Rocha
Maria José Ramôa
Maria José Vagaroso
Paula Martins
Rui Gonçalves
Fotógrafos
José Carlos Marques
Rui Sousa
Transportes – autocarros
Carlos Ressureição
Vítor Cadilhe
Transportes – automóveis BMW
Álvaro Novo
João Gomes
Sérgio Novo
Paulo Leitão
Alfredo Costa
Pedro Soares
Angélica Santos
Fátima Serra
Francisco Casanova
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Design Gráfico
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Museu Municipal
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Eugénia Mª Ferreira Gonçalves
José Manuel Flores Gomes
Madalena Cristina Moreira
Maria de Fátima Pito Araújo
Maria Emília Silva Costa
Maria Gabriela Aguiar Abreu
Maria Jesus Leites Rodrigues
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Monografia Correntes d`Escritas 2014