QUAIS RESULTADOS APRESENTAM AS EMPRESAS QUE CONTRATAM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA? Pág. 46
N
1Ô0(52‡35(d25
ISSN 2176-5553
9 772176555004
QUEM NÃO QUER
PENDURAR
AS CHUTEIRAS
CHUTEIRAS
AS
O EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS
QUE MANTÊM-SE À FRENTE
DE NEGÓCIOS HÁ DÉCADAS
DECADAS E
DESCARTAM PARAR.
PÁGINA 38
NESTA EDIÇÃO
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MOBILIDADE
As empresas que
aproveitam a explosão
das vendas de tablets
e smartphones.
| Daniel
Wehmuth, da
Quimisa. Faturamento da empresa
é superior a R$
170 milhões.
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Especialistas ensinam
como montar uma
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SEU ERP NAS
NUVENS
O poder dos sistemas
de gestão baseados em
cloud computing.
E MAIS:
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EMPRESÁRIOS DO MERCADO DE HIGIENE E LIMPEZA COMEMORAM RESULTADOS POSITIVOS
E PROJETAM CRESCIMENTO A MÉDIO E LONGO PRAZO. O DESAFIO, NO ENTANTO, É CORRER
CONTRA O TEMPO PARA ENTENDER AS TRANSFORMAÇÕES DO SETOR.
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especial SOFTWARE NACIONAL informatização
MAIS
INSERIDOS
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Setores da economia antes considerados com baixo grau
de adesão a sistemas de gestão mostram que esse quadro
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entrar em uma nova realidade informatizada.
E
m um canteiro de obras, é possível
deparar-se com vários materiais e
operários fazendo atividades comuns
a esses locais, como trabalhadores
carregando tijolos, preenchendo lajes
e operando elevadores. Adicione a essa cena um
operário portando um iPad e fazendo coleta de
dados sobre cada processo que ocorre lá dentro,
transmitindo as informações em tempo real para
engenheiros e gestores de obra que podem estar a
quilômetros de distância dali.
Talvez pareça incomum tal descrição, mas tem
se tornado cada vez mais presente no cotidiano
dos canteiros de obras – pelo menos para as empresas que adquiram o sistema Mobuss, da Teclógica, sediada em Blumenau.
Não foi por acaso que a empresa resolveu investir no setor da construção civil. Quando refez
seu planejamento estratégico em 2008, a companhia buscava renovar seu direcionamento de
mercado. Uma das consequências dessa reformulação foi o nascimento da área de produtos, com o
intuito de desenvolver a expansão da empresa por
meio de soluções segmentadas para setores específicos, e o primeiro foi construção civil.
Os grandes eventos esportivos e programas
como o PAC fizeram o setor entrar em franca
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expansão. Nesse contexto que foi lançado o Mobuss, um produto operado através de dispositivos
móveis com atualização em tempo real e que pode
ser acessado através de qualquer navegador. Os
módulos incluem controles de apontamentos, segurança, materiais e qualidade.
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Nele, pode-se apurar, por exemplo, o tempo
de construção de uma laje e, com base na velocidade de produção, mensurar se aquela tarefa será terminada no prazo, ou ainda visualizar
com antecedência um possível atraso e alocar
recursos para evitar tal prejuízo. Tudo isso através de smartphones ou tablets.
O controle de equipamentos de segurança é
Adriana Bombassaro,
diretora de produtos
da Teclógica. Pela maior
aceitação dos produtos, vale
até ajudar o cliente a comprar
seu tablet.
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tos clientes concordavam em adquirir nosso produto, porém tinham dúvidas sobre qual tablet comprar ou qual plano de Internet 3G assinar”, lembra.
Estender a assessoria à aquisição dos equipamentos
foi uma maneira eficaz de aumentar o número de
clientes, uma vez que se sentiram acolhidos tanto na
parte de software quanto em hardware.
Outra situação que ajudou na inserção do Mobuss entre players-chave da construção civil foi a
percepção de valor agregado. Em geral, quem utiliza o sistema no canteiro de obras é um colaborador conhecido como apropriador de informações.
Muitas vezes, são trabalhadores que iniciaram a
carreira em funções basicamente braçais. Assim,
participar de atividades em nível gerencial com um
dispositivo mobile em mãos representa a continuidade de um processo de ascensão profissional.
Sistema Mobuss sendo
utilizado em
obra. Solução
é operada
através de
dispositivos
móveis.
outro atrativo. Com um dispositivo móvel, um
supervisor pode aplicar treinamentos, entregar
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e
coletar assinaturas digitais, fazendo total gestão de
estoque e entregas por indivíduo.
Além disso, o sistema permite a integração com
outros ERPs ou sistemas de planejamento da empresa. “Isso representa menos atraso em obras,
melhor uso dos recursos e consequentemente redução dos custos”, afirma a diretora de produtos,
Adriana Bombassaro Alexandre.
Contudo, nem tudo foi um mar de rosas no caminho do Mobuss e da Teclógica. Adriana conta
que, no início, havia certo receio sobre a aceitação.
Antes que isso pudesse se tornar um problema, ela e
os demais diretores agiram. “Percebemos que mui-
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Os benefícios que trazem sistemas de gestão na
construção civil, contudo, já estão relativamente
bem difundidos. Isso em parte ocorre devido à
procura por meios que tornem construtoras e incorporadoras mais competitivas. Viviane da Silva
Ferreira, gerente comercial da Globaltec, afirma
que esse tem sido um dos maiores motivos de
adesão a novas tecnologias no setor. “Os gestores
eram muito preocupados com a construção em
si, e agora estão focados na gestão. Sistemas que
auxiliem nesse processo estão quebrando paradigmas no segmento”, conceitua.
A Globaltec – que tem sede em Goiânia e filiais
em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Joinville – desenvolveu o UAU. Trata-se de um ERP
para automação e gestão de construtoras, imobiliárias e incorporadoras, com módulos de segurança, orçamento e, entre outros, suprimentos.
Viviane conta que o UAU pode ser adquirido em
módulos, de acordo com a realidade e necessidade
do cliente. “Empresas menores podem comprar
apenas as soluções que precisam no momento, e,
conforme crescem, vão adquirindo o restante”. A
gerente também fala sobre outro dado que mostra
que o setor já está num nível maior de maturidade. “Raramente chegamos em clientes desprovidos de quaisquer sistemas de gestão. Ocorre que
muitas vezes eles têm soluções mais simples, sem
o poder de integrar setores, e estão buscando um
ERP mais robusto”, justifica Viviane.
especial SOFTWARE NACIONAL informatização
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Imagine um percurso de 13 quilômetros de
carretas enfileiradas, todas carregadas com frutas,
verduras e legumes comercializados pelo Grupo
Pão de Açúcar. Essa quantidade de alimentos corria o risco de ser descartada, algo que pôde ser evitado devido a um mapeamento de toda a logística,
que vai desde o preparo da plantação à chegada
dos produtos às gôndolas dos supermercados.
Tal mapeamento não foi realizado por equipes
especializadas do Grupo Pão de Açúcar, mas sim
pela PariPassu, uma empresa de Florianópolis que
desde 2005 desenvolve sistemas de rastreamento
e fomento de cadeias produtivas de alimentos.
Dessa maneira, a empresa tem como clientes produtores rurais, distribuidores e também varejistas
como Angeloni e Pão de Açúcar – onde o nível de
devolução dos produtos caiu 40% desde quando a
parceria com a PariPassu foi estabelecida, o equivalente aos 13 quilômetros de carretas citados.
Dentro do software da PariPassu, cada microprocedimento é registrado. “É possível saber
a quantidade de defensivos agrícolas utilizados,
tipo de adubo, como foi embalado, quem trans-
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portou, de qual maneira e há quantas horas chegou no ponto de venda. É uma espécie de diário
de bordo do produto”, compara André Donadel,
diretor de desenvolvimento da PariPassu. “Isso
tudo fica disponível no sistema, e pode ser usado para saber onde estão os problemas da cadeia
toda e o que precisa ser aperfeiçoado”, completa
André, informando que a companhia tem hoje
400 clientes – dentro e fora do Brasil – e processa
cerca de 50 quilos de produtos por segundo.
O trabalho com os produtores, que André
chama de empreendedores rurais, tem reservado surpresas positivas ao diretor da empresa.
Se antes havia grande preconceito com relação
à disponibilização tão profunda de informações
do manejo, hoje as barreiras têm diminuído. “O
mercado está exigindo esse nível de profissionalização, principalmente para quem quer atuar em mercados maiores e mais lucrativos. Os
clientes vão percebendo que o que eles comandam é um negócio como outro qualquer”. Esse
amadurecimento tem trazido resultados como o
crescimento anual das receitas em 40%, índice
mantido desde 2008.
André Donadel,
diretor da
PariPassu.
Competitividade
impulsiona
clientes à
adesão dos
sistemas de
gestão na
produção
agrícola.
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Negócios e Empreendimentos ed.18 – Mais inseridos do que nunca