Chefe de Polícia Civil do Rio pede ajuda do SinMed/RJ para elucidar assassinato de médica do HGV e
orienta ações da entidade para preservar os médicos".
A Delegada Martha Rocha, Chefe de Polícia Civil, aceitou a ajuda oferecida pelo SinMed/RJ para
acelerar a investigação da morte da médica pediatra Sônia Maria Santanna Stender, assassinada na saída
do plantão do Hospital Getúlio Vargas, no último dia 16. Em reunião realizada nesta 4ª (19/9), com o
Presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze, e advogados da entidade, Martha Rocha, acompanhada de uma
equipe de delegados, salientou que é importante que os colegas da médica assassinada façam chegar à
Polícia todas as informações que possam ajudar a desvendar se houve latrocínio (roubo seguido de morte)
ou se foi vingança praticada por alguém ligado a um dos seus pacientes. “O sindicato pode ajudar e muito”,
destacou, lembrando que os policiais souberam apenas pela imprensa sobre as ameaças que a médica
teria recebido antes de morrer. Darze asumiu o compromisso de fazer contato com os médicos que eram
mais ligados à vítima para pedir que eles prestem depoimento, o que poderá ser feito em qualquer local fora
do hospital, o que os deixará mais seguros para falar. O Delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo
Barbosa, informou que a Polícia está trabalhando com todas as possibilidades, embora não tenha qualquer
comprovação de que o crime foi premeditado. Darze informou que a colega assassinada, embora já
estivesse aposentada, voltou a trabalhar na unidade aos sábados, quinzenalmente, para complementar a
sua renda.
Diante do apelo do SinMed para que seja garantida a segurança dos profissionais de saúde
principalmente durante a entrada e saída dos hospitais, a Chefe de Polícia Civil determinou que a sua
equipe acione o Comando do 16º BPM para pedir o reforço do policiamento nas imediações do Hospital
Getúlio Vargas, nos horários de entrada e saída dos plantões. O mesmo pedido foi feito pelo sindicato para
proteger os médicos do Hospital de Saracuruna, que também estão enfrentando a violência na rotina
profissional. A delegada encarregou sua assessoria de fazer um levantamento sobre as ocorrências policiais
em que os servidores foram vítimas para ter uma noção mais clara do que está acontecendo. Martha Rocha
pediu ainda ao presidente do SinMed/RJ que encaminhe ofício ao Comando Geral da PM relatando as
agressões e ameaças enfrentadas no dia a dia pelos médicos da rede pública.
Sobre o número crescente de transferências de presos custodiados para os hospitais públicos, sem
que as unidades possuam estrutura de segurança necessária para isso, Martha Rocha informou que a
Polícia Civil não faz mais custódia de presos, salientando que “o nó está no sistema penitenciário”. Ela
sugeriu que o sindicato leve essa demanda para a Secretaria de Assuntos Penitenciários, com a
participação dos Secretários de Saúde do Estado e do Município, que “devem ser aliados nesta discussão”.
Sobre a denúncia feita por Darze de que os médicos peritos do INSS também são
vítimas da
agressão de segurados da Previdência Social, e que as agências não implantaram sistema de vigilância
monitorado, embora o sindicato tenha obtido liminar na Justiça Federal, a Chefe de Polícia orientou a
entidade a pedir o auxílio da Superintendência da Polícia Federal para buscar uma solução para este
impasse.
A delegada e a sua equipe colocaram-se à disposição para continuar acompanhando de perto os
problemas apresentados pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, discutindo as saídas mais
adequadas a cada situação, para garantir ao médico condições adequadas de segurança para o exercício
profissional.
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