INDICADORES DE RENTABILIDADE SOB A ÓTCA DO MÉTODO DUPONT: UM ESTUDO EM UMA IF APÓS PARTICIPAR DO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – ISE. [email protected] APRESENTACAO ORAL-Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável MARIA DANIELLA DE OLIVEIRA PEREIRA DA SILVA1; JONAS FERNADES DE MENEZES2; RUBIA WANESSA DOS REIS CRUZ3. 1,3.UFRPE, RECIFE - PE - BRASIL; 2.FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA, CARUARU - PE - BRASIL. INDICADORES DE RENTABILIDADE SOB A ÓTCA DO MÉTODO DUPONT: um estudo em uma IF após participar do índice de sustentabilidade empresarial – ISE. INDICATORS OF PROFITABILITY THE METHOD OF ACTO DUPONT: a study in IF after taking part in corporate sustainability-ISE. Grupo de Pesquisa: Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável Resumo O objetivo deste trabalho foi analisar a variação dos indicadores de rentabilidade, propostos pelo método Dupont, após a integração do Bradesco ao índice de sustentabilidade empresarial – ISE. Dessa forma, para a realização do estudo foi realizada uma pesquisa descritiva, através de um estudo de caso aplicado ao Banco Bradesco, por a mesma ser integrante do índice de sustentabilidade empresarial, e por desenvolver diversas práticas ambientais através de uma Gestão Ambiental, visando reparar os impactos ambientais por elas causados. Os dados, para a realização do estudo, foram obtidos através do relatório da administração, nos quais foram levantados dados contábeis, no sentido de levantar os indicadores de rentabilidade propostos pelo modelo, como margem líquida, giro do ativo, multiplicador de alavancagem financeira a fim de se obter o (ROA) retorno sobre ativo e (ROE) retorno sobre patrimônio líquido. Assim, o estudo levantou que a empresa apresenta variações positivas nos índices de rentabilidade, o que demonstra que existiu uma relação favorável para a empresa após a mesma passar a integrar o ISE. Palavras-chaves: Método Dupont; Sustentabilidade empresarial; Retorno Financeiro Abstract The objective of this study was to analyze the variation of profitability indicators, the method proposed by Dupont, after the integration of the Bradesco Corporate Sustainability Index - ISE. Thus, for the study was conducted a descriptive study, using a case study applied to Bank Bradesco, for the same being a member of the index of corporate sustainability, and developing various environmental practices through an Environmental Management in order to repair environmental impacts caused by them. The data for the study were obtained from the management report, in which financial data were collected in order to raise the profitability indicators proposed by the model, such as net margin, asset turnover, financial leverage multiplier in order to obtain the (ROA) and return on assets (ROE) Return on equity. Thus, the study raised the company has positive changes in the rates of return, which shows that there was a favorable for the company after it passed its inclusion in the ISE. 1 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Key Words: Dupont Method; Sustainability business; Financial Return. 1. INTRODUÇÃO Diante da globalização e com o conseqüente aumento da concorrência, as empresas têm buscado cada vez mais a evolução patrimonial, através da maximização da lucratividade e a redução de riscos financeiros e ambientais. Dessa forma, elas avaliam seus negócios, investimentos através de diferentes óticas usando vários indicadores, no sentido de evidenciarem a real rentabilidade da empresa e de seus projetos. A questão ambiental vem sendo um assunto muito discutido, estudado e trabalhado devido sua importância, tanto para preservação do planeta, como para o setor empresarial, o qual tem considerado a gestão sustentável no seu processo operacional. A partir da Revolução Industrial as empresas passaram a consumir os recursos naturais, sem fazer um planejamento, de forma irresponsável, pois antes se pensava nos recursos naturais eram fontes de matéria prima inesgotável. Na contemporaneidade, são observadas as conseqüências, do uso desenfreado dos recursos naturais, no qual meio ambiente está sendo degradado, além da extração e destruição, a matéria prima pura retirada é muitas vezes transformada em lixo, prejudicando não só as empresas, mas principalmente a sociedade. Com isso, as empresas vêm tentando reverter o problema ambiental e mostrar sua responsabilidade perante o planeta, outras pela redução dos custos. Algumas empresas começaram a investir na questão ambiental, como forma de melhorar sua imagem perante a sociedade e com isso atrair investidores, já que a sustentabilidade tem dado resultados positivos, pois estas empresas que estão investindo no meio ambiente mostram sua responsabilidade, transparência, segurança. As empresas vêm buscando mudar a imagem muitas vezes associada à produção de lixo, através de projetos de sustentabilidade. Estes projetos representam uma responsabilidade corporativa, onde existe ainda a governamental e individual, ou seja, trata-se de uma prestação de contas para com o meio ambiente, a sustentabilidade e uma tendência, na qual quem quer se destacar nesta pratica, e quem não acompanhar acabara ficando pra traz, e isto se da em todos os setores econômicos. A sustentabilidade vem como beneficio não só para reputação da marca, mas também para obtenção de crédito, através da relevância das informações geradas pelos indicadores, que também são analisadas as relações custo x beneficio para aplicação dos projetos relacionados ao aspecto ambiental e social, programas como: educação e reeducação ambiental, conservação da água, arborização urbana, neutralização do carbono, projetos como estes fazem com que as empresas sejam bem vistas e assim sejam convidadas a participarem do (ISE) índice de sustentabilidade empresarial na bolsa de valores (mercado de capitais) segundo o (GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE, 2007). Nesse índice estão reunidas as principais e maiores companhias de capital aberto com melhores práticas de sustentabilidade que garantem ótimo retorno, retorno esse será analisado no estudo através do método Dupont. 2 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural O método Dupont é uma ferramenta que vem evidenciar quantitativamente e qualitativamente o patrimônio e o resultado do retorno sobre os investimentos. As demonstrações contábeis têm com função principal fornecer as informações de forma eficiente, gerando assim, resultado eficaz dos indicadores, que é cálculo através de Índices como, margem líquida, giro do ativo total, e a taxa de retorno do ativo total, e taxa de retorno sobre patrimônio liquido, desta forma revelando o desempenho real da empresa. Diante da procura cada vez maior por práticas ambientais por parte principalmente das empresas de capital aberto o trabalho visa responder o seguinte questionamento, Qual a variação dos indicadores de rentabilidade, medidos pelo método Dupont, após a integração do Bradesco ao índice de sustentabilidade empresarial- ISE? 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Histórico do Método Dupont O método Dupont foi desenvolvido por influência das indústrias que preocupavamse muito com a produção em grande escala, sem levar em consideração a devida preocupação com a qualidade dos produtos, os gastos para produção, processos produtivos e a concorrência, pois havia grande demanda dos produtos, posteriormente a situação se inverteu gerando assim a busca maior pela qualidade dos produtos e processos, foi quando F. Donaldson Brown, formado em engenharia e com conhecimento dos processos, principalmente produtivo desenvolve o método Dupont voltado para todas as atividades, (12MANAGE, 2009). O nome Dupont vem da empresa na qual surgiram as primeiras pesquisas sobre o método Dupont 2.2 Conceitos Do Método Dupont O método Dupont busca a maximização nos lucro do período, com isso vem analisar a margem líquida ao qual se mensura a lucratividade sobre as vendas, com o giro do ativo indica-se a eficiência nos processos em relação às vendas da empresa, a taxa de retorno sobre o ativo, esse o método mostrar como o retorno sobre o patrimônio é afetado pelo giro do ativo (BRIGHAM; GAPENSKY E EHRHARDT, 2001) O método Dupont é um modelo que geralmente é utilizado para analisar e mensurar, ao longo do tempo, os impactos sofridos pela empresa. Esse modelo recolhe as informações contidas na demonstração do resultado do exercício (DRE), balanço patrimonial (BP), é faz uma análise com intuito de medir a rentabilidade, o retorno sobre os ativos e desta forma retirar as informações necessárias para se tomar as melhores decisões, com isso o método Dupont conta com ajuda de alguns índices como (ML) margem liquida, (GAT) Giro do Ativo Total e o (ROA) Taxa de Retorno Sobre Ativos, pois a não verificação destes indicadores podem levar a descontinuidade da empresa, ele verifica onde esta ocorrendo desperdício em determinado setor, investimento, aplicação ou processos e os gestores não venham ter conhecimento. 2.3 Índices Utilizados Pelo Método Dupont. 2.3.1 Margem Líquida A margem líquida é calculada pela divisão do lucro líquido pelas vendas, fornece o lucro por unidade monetária de vendas segundo, (BRIGHAM e HOUSTON, 1999, p.89) 3 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Essa análise vem identificar e demonstrar qual foi o retorno obtido mediante a receita gerada pela empresa, ou seja, quanto que ficou para a empresa das vendas efetuadas após a dedução das despesas, quanto maior o retorno maior essa margem, pois ela e comparada com a média do setor. Para Iudícibus, (1998, p.110) “Este quociente compara o lucro com as vendas líquidas, de preferência”. Margem líquida = LL disponível para acionistas/vendas Margem líquida = 113,5/3.000 = 3,78% Média do setor = 5,0% Quadro 01: Exemplo Margem Líquida Fonte: Autor (2009). O resultado obtido pela margem foi de 3,78% comparada com a média do setor que era 5,0% e identificando uma ineficiência nos processos, pois indica que pode ter ocorrido um aumento nos custos ou redução nas vendas. Desta forma, a empresa estaria abaixo da média, de posse desta informação o gestor tem como tomar medidas corretivas. 2.3.2 Giro Do Ativo Total O giro do ativo é calculado dividindo-se as vendas pelo ativo total segundo, (BRIGHAM e HOUSTON, 1999, p.84). A análise do giro do ativo total tem como papel principal demonstrar quantas vezes o ativo girou por ano em função das vendas, ou seja, o giro do ativo vai indicar se a empresa foi eficiente na utilização dos ativos para gerar as vendas. Para Iudícibus, (1998, p.111) “Este quociente que já foi tratado como quociente de rotatividade. Aqui ele volta e ganha realce e importância para compor o retorno sobre o investimento”. Giro do Ativo Total = vendas/ativo total Giro do Ativo Total = 3.000/3.597 = 0,83 vezes Média do setor = 1,0 vez Quadro 02: Exemplo do Giro do Ativo Fonte: Autor (2009). A média do giro do ativo total foi de 0,83 vezes em relação ao setor que era de1 vez isso indica que a empresa não está gerando um bom volume de negócios em relação a aquisição de investimentos em ativos, esta empresa novamente estaria abaixo da média, novamente o gestor teria de tomar decisões a fim de não cair ainda mais sua lucratividade, seja aumentando o volume de suas vendas ou na redução de seus ativos. 2.3.3 Taxa De Retorno Sobre Ativo Total (Roa) 4 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural O quociente do lucro líquido em relação ao total dos ativos mede o (RSA) retorno sobre os ativos ou (ROA) return on assets, líquido de juros e impostos segundo, (BRIGHAM e HOUSTON, 1999, p.90). Este e o principal índice para analise do método Dupont e através dele que pode ser levantada a rentabilidade do ativo, analisando a lucratividade no geral. O (ROA) atua fazendo um levantamento de quanto a empresa obteve de lucro para cada valor investido, ou seja, ele mede a capacidade e eficiência que uma empresa tem de gerar lucro. Para Iudícibus, (1998, p.111) “E, provavelmente, o mais importante quociente individual de toda a análise de balanços”. Retorno Sobre Ativos = LL disponível para acionistas/ativo total Retorno Sobre Ativos = 113,5/3.597 = 3,14% Média do setor = 5,0% Quadro 03: Exemplo de Taxa de Retorno sobre o Ativo. Fonte: Autor (2009). De acordo exemplo mostrado no quadro sobre a taxa de retorno sobre o ativo, o resultado desta análise foi de 3,14% desta forma verificamos que a média desta empresa esta bem abaixo em relação a média do setor que é 5,0%, ou seja, esta empresa não estaria gerando lucro suficiente para atingir a média do setor, isso se da em relação ao seu nível de eficiência, seu endividamento. Por isso tanto o a margem liquida, giro do ativo total, quanto à taxa de retorno do ativo eles têm de ser apresentados de forma real e transparente, e assim fornecer uma visão macro das movimentações podendo se identificar onde estão os possíveis problemas e solucioná-los, pois o método Dupont não serve apenas para análise, mais também auxilia o sistema de gestão do retorno sobre o ativo. 2.3.4 Taxa De Retorno Sobre O Patrimônio Líquido (ROE) A taxa de Retorno Sobre o Patrimônio Líquido ou (ROE) Return On Equity e um indicador que e utilizado junto ao método Dupont para se ter uma análise mais extensa e tem como função mensurar a capacidade de se agregar valor a empresa usando recursos próprios mediante o levantamento da margem líquida, giro do ativo, alavancagem financeira, de acordo com esse levantamento e processamento destes dados o resultado obtido vai indicar a situação da empresa se está favorável ou desfavorável. 2.3.5 Multiplicador De Alavancagem Financeira Esta análise se da em relação a quantidade de capital de terceiros e financiamentos que as empresas utilizam para se capitalizar, alguns autores denominam esse índice como grau de alavancagem financeira, outros como margem de alavancagem financeira ou apenas alavancagem financeira, para fins desse estudo utilizaremos como multiplicador de alavancagem financeira “E o uso de financiamentos por meio de dividas” segundo (BRIGHAM e HOUSTON, 1999). O Multiplicador de Alavancagem Financeira tem como função levantar os custos financeiros que a empresa arcou para maximizar assim sua lucratividade antes do imposto de renda. 5 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Alavancagem financeira = Passivo total/PL Alavancagem financeira = 3,597/1,957 = 1,84 Media = 1,0 Quadro 04: Exemplo de Multiplicador de Alavancagem. Fonte: Autor (2009). Essa análise indica que esta empresa teve um índice de 1,84, onde a Média se da acima de 1, indicando assim, que houve alavancagem, ou seja utilizou de recurso de terceiros para se capitalizar. 2.4 SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade e as questões envolvendo o meio ambiente ganharam mais ênfase aproximadamente nas últimas décadas do século XX é inicio do século XXI devido às preocupações climáticas, nessa época a sociedade começa a ver as mudanças afetando o meio ambiente, onde antes se pensava que estes recursos seriam infinitos, mais diante da real situação as empresas começaram a buscar saídas para que a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico possam andar lado a lado, uma vez que foi a partir da revolução industrial que se desencadeou o crescimento econômico juntamente com a produção em grande escala visando apenas a quantidade produzida e os lucros obtidos. (Rosa, Ensslin, 2007). Desde os primórdios o homem vem consumindo os recursos naturais, sendo que após a revolução industrial o consumo aumentou excessivamente trazendo consigo reflexos negativos como o derretimento das calotas polares, escassez de água potável, poluição de mananciais, solo e do ar. Com isso surge a necessidade de se criar encontros a fim de discutir os impactos ambientais e as possíveis soluções, encontros como: em 1968 conferência da UNESCO, (1972) conferencia das nações unidas em Estocolmo, 1983 formação da comissão mundial sobre o meio ambiente e o desenvolvimento pela ONU, 1987 publicação nosso futuro, 1988 reunião internacional em Belgrado, 1990 tratado Kioto, 1991 criação da ECO-management and audit scheme EMAS, ECO-92 uitend nations conference on eniromrnt and development no Rio de Janeiro, 1996 criação da ISO 14000, 2000 1º foro mundial de âmbito ministerial (Suécia), 2002 cúpula mundial sobre desenvolvimento sustentável Rio+10, contribuindo assim para o propagação e crescimento da sustentabilidade. (Rosa, Ensslin, 2007). Sustentabilidade pode ser definida como a relação às atividades econômicas, sócias, culturais e principalmente ambientais desenvolvidas pelas empresas e que são geralmente atreladas ao custo pela degradação do meio ambiente, esse processo tem sido adotado como forma de minimizar os impactos, danos causados pelo homem e pelas entidades, a sustentabilidade esta dividida em cinco Dimensões. Na visão de Tinoco e Kraemer (2006), apud, campos (2001). 6 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Figura 03: Dimensões da Sustentabilidade Fonte: Adaptação Tinoco e Kraemer, (2006) apud, campos (2001) Sustentabilidade Social: são processos de desenvolvimento que visam reduzir as diferenças de padrão de vida na sociedade entre ricos e pobres, ou seja, melhorar a qualidade de vida da população. Sustentabilidade Econômica: esta por sua vez se alcança alocando e gerenciando os recursos em seu fluxo de investimentos públicos ou privados, esta relacionada entre produção e consumo. Sustentabilidade Ecológica: se da através da correta aplicação dos recursos, redução de produtos não renováveis e redução na geração de resíduos e reciclagem, relacionamento com a poluição do planeta. Sustentabilidade Espacial: é entendida através da divisão rural-urbana melhor distribuição nos assentamentos humanos e atividades econômicas. Sustentabilidade Cultural: é conseguido através da modernização dos sistemas agrícolas facilitando e gerando soluções especificas para o ecossistema, diferença entre os povos. A sustentabilidade busca equilibrar a extração com a reposição ou redução dos recursos naturais, promovendo o bem estar, e com isso, tende a preservar os recursos existentes hoje, no sentido de garantir o consumo para as gerações futuras podendo recuperar e preservar o meio ambiente e utilizar os recursos de forma racional, criando assim um ambiente saudável e ainda contribuem para o desenvolvimento social e exploração de recursos renováveis, garantindo assim a preservação do meio ambiente, para que as próximas gerações possam desfrutar e dar continuidade na preservação do planeta, a sustentabilidade traz consigo alguns ganhos, conforme citado por, Tinoco e Kraemer (2006), esses ganhos são: Melhor gerenciamento em relação aos aspectos sociais, ambientais e econômicos, identificação de falhas no processo e melhor gerenciamento destes. 7 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Redução de custos, aperfeiçoamento produtivo, redução e eliminação do desperdício. Desenvolvimento empresarial, atração de investidores, desenvolvimento de novos produtos fidelização de clientes e atração de novos, reputação da marca, melhor imagem perante a sociedade. Algumas décadas atrás os valores utilizados em pró da preservação ambiental ou da busca pela qualidade, eram considerados como despesas, custos, hoje verificasse que estes valores desembolsados devem ser considerados como investimentos, uma vez que os mesmos trazem ganhos e benefícios para as empresas. “A sustentabilidade exige uma postura preventiva, que identifique tudo que um empreendimento pode fazer de positivo – para ser maximizado – e de negativo - para ser minimizado” conforme Tinoco e Kraemer, (2006) apud Almeida (2002, p.130). Desta forma as empresas desenvolvem diversas práticas ambientais como a não emissão dos gases e líquidos tóxicos, não desmatamento, aumentar a reciclagem, reflorestamento e utilização de produtos renováveis, pois a pressão sobre as empresas aumenta cada vez mais, pressão essa que vem de todos os lados principalmente dos “stakeholders”. Fazendo assim com que as empresas se adaptem mudando seus processos e conceitos, ou seja, fazendo o diferencial que não só é visto pelo lado ambiental, estas práticas também lhes trazem retorno e benefícios em vários sentidos como redução de custos, melhoria de sua imagem perante o mercado e a sociedade além de se torna atrativa para os investidores. 2.5 Índice De Sustentabilidade Empresarial - ISE 2.5.1 Definição O Índice de Sustentabilidade empresarial (ISE) é o índice responsável por mensurar o retorno obtido pelas empresas que tem maior volume de ações em negociação na Bovespa, e se preocupam com meio ambiente, estas empresas têm como diferencial a responsabilidade social e sustentabilidade empresarial, 8 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 2.5.2 Objetivo Do ISE Esse índice tem como objetivo estimular as empresas a adotarem práticas sustentáveis, em contra partida fazendo com que estas empresas sejam bem vistas no mercado, atraindo assim investidores de todo mundo para aplicação de seus recursos, o (ISE) foi formulado a partir do conceito internacional Triple Botton Line (TBL) que visa os aspectos sociais, ambientais, e econômico-financeiros. No Brasil essa busca por empresas com boas práticas ambientais já vem crescendo há alguns anos e há uma perspectiva de crescimento, uma vez que o desenvolvimento das práticas ambientais gera diversos benefícios. 2.5.3 Formação Diante dessa evolução e busca por empresas socialmente corretas, surgiu à necessidade de se criar um índice para mensurar as empresas integrantes desse mercado e seu retorno, no ano de 2005 a Bovespa, juntamente com outras instituições como: Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (ANDIB), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento no Mercado de Capitais (APIMEC), Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social (ETHOS) e Ministério do Meio Ambiente formaram um conselho deliberativo presidido pela Bovespa e criaram o (ISE) Índice de Sustentabilidade Ambiental. (BOVESPA, 2009). 2.5.4 APLICAÇÃO DO QUESTIONARIO Para análise destas empresas o Índice de Sustentabilidade Ambiental conta com o (CES - FGV) Centro de Estudos da Fundação Getulio Vargas que desenvolveu um questionário de 136 perguntas fechadas, para avaliar e acompanhar as empresas de grande volume de ações negociadas na Bovespa com boas praticas ambientais em diversos setores, para essa avaliação o (CES - FGV) leva em consideração quatro divisões como: aspectos ambientais, sociais, econômico-financeiro e governança corporativa. Sendo assim as empresas que tem esse diferencial são convidadas a participar de uma seleção, estas empresas têm um mês para confirmar seu cadastro e o pagamento da taxa de participação no valor de R$ 5.000,00 para empresas não controladas e R$ 6.000,00 para controladas, as informações apresentadas se necessário, deve-se anexar os documentos comprovando a veracidade das informações, as respostas destes questionários serão analisadas e diante do resultado serão escolhidas as empresas de maior desempenho e caso aprovadas pelo conselho, desse grupo sairão as escolhidas a participar da carteira que é composta por 40 empresas no Maximo onde terá a duração de um ano, o questionário também será avaliado anualmente é o não cumprimento de algum critério ou exigência acarretará na exclusão da empresa. (BOVESPA, 2009). 3. METODOLOGIA O estudo foi realizado mediante uma pesquisa com base no método indutivo no qual se partiu de uma avaliação específica, para uma visão geral sobre a relação ambiental com a rentabilidade empresarial. 9 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Assim, quanto aos procedimentos, a pesquisa foi considerada descritiva, por descrever as características do modelo estudado, e sobre os indicadores de rentabilidade levantados. Em relação aos meios de investigação, para realização da pesquisa, foi inicialmente realizado um levantamento bibliográfico, através de sites, revistas científicas, artigos científicos, entre outros, sobre o processo de gestão ambiental e sobre o modelo Dupont. Foi realizado também em estudo de caso, com o levantamento de informações através do relatório administrativo do Banco Bradesco. 3.1 Delimitações Da Pesquisa Para a realização dessa pesquisa será feito um levantamento das empresas que atuam no mercado de capitais listadas no índice de sustentabilidade empresarial – (ISE) e dentre elas será escolhida uma empresa para ser estudada. 3.2 Amostragem Para a realização deste trabalho foi feita uma seleção das empresas que permanecem no (ISE) Índice de Sustentabilidade Empresarial desde sua criação em 2005 até a carteira de 2008, Que por sua vez, são as maiores de acordo com a Bovespa. Sendo assim, a empresa classificada foi o Banco Bradesco. 3.3 Procedimentos E Instrumentos De Coleta De Dados. Através de uma analise no relatório da administração do Bradesco, foram coletadas as informações para o levantamento dos indicadores de rentabilidade da empresa, que foram organizados de acordo com o modelo Dupont. A pesquisa realizou um levantamento das ações ambientais desenvolvidas pelas empresas, através do site da empresa. Para analisar os indicadores de rentabilidade, além da estatística descritiva (com o levantamento dos percentuais), utilizou-se o cálculo estatístico, coeficiente de correlação de pearson | r |, que é utilizado para verificar se há relacionamento entre duas variáveis X e Y . O coeficiente de correlação expressa de forma numérica tanto a força quanto o sentido da correlação, se positiva ou negativa, desta forma o coeficiente oscila entre -1 e +1 conforme o quadro abaixo: - 1,00 correlação negativa perfeita - 0,95 correlação negativa forte - 0,50 correlação negativa moderada -0,10 correlação negativa fraca -0,00 ausência de correlação +0,10 correlação positiva fraca +0,50 correlação positiva moderada +0,95 correlação positiva forte +1,00 correlação positiva perfeita 10 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Quadro 07: Força da correlação Fonte: Adaptado de Kevin (1987, p. 280) Pode-se dizer que quanto mais próximo de +1,00 e -1,00, maior a intensidade da correlação e mais próximo de 0,00, menor a intensidade da correlação entre as duas variáveis em questão. Assim, foram avaliados os períodos de 2002, 2003 e 2004 como períodos anteriores ao ISE e 2005, 2006 e 2007 como períodos após o ISE. Quadro 08: Fórmula da correlação. Fonte: Adaptado de Kevin (1987) 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Histórico da Empresa Avaliada: Banco Bradesco S/A Fundado em 1943, no interior de são Paulo, Marília, o Bradesco que na época chamava-se banco brasileiro de descontos tinha como público alvo, pequenos comerciantes, funcionários públicos e publico em geral. O Bradesco tem em sua história varias passagens onde se mostra pioneiro, (BRADECO, 2009). No ano de 1951, ele torna-se o maior banco privado do Brasil, seis anos mais tarde é criada a Fundação Bradesco com intuito de levar educação gratuita para crianças, jovens e adultos carentes, anos mais tarde com o surgimento tecnológico é realizada no ano de 1962 a aquisição do primeiro computador da America latina que possibilitava acesso diário a extratos pelos clientes e mais adiante a implantação do cartão de crédito. Já no ano de 1990 o Bradesco passa a trabalhar on-line e o auto-atendimento se expande a nível nacional, fazendo assim com que todos os clientes tenham acesso a saldos, extratos, transferências e fecha o século como líder dos bancos privados do Brasil. (BRADECO, 2009). 4.1.1 Visão De Sustentabilidade Do Banco Para o Bradesco sustentabilidade não é novidade, pois a empresa vem investindo e promovendo ações sustentáveis, mesmo antes de se falar em desenvolvimento sustentável, o Bradesco já se preocupava com a educação, o meio ambiente e o desenvolvimento do País. Esse compromisso vem asendo aplicado desde os anos 50, com a criação do maior projeto de investimento social privado do país, a Fundação Bradesco entre outros como Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Educa+Ação, Fundação SOS Mata Atlântica, Finasa Esportes além de doações e patrocínios promovendo valores de respeito, dignidade e cidadania. 11 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 4.2 Participação do ISE As iniciativas sócio ambientais desenvolvidas pelo banco, fizeram com que o Bradesco fosse convidado a participar do ISE e permanece desde 2005, em maio de 2006 foi concedida ao Bradesco a certificação NBR – ISO 14001, que esta relacionada aos aspectos ambientais, com destaque para trabalhos de redução da geração de resíduos sólidos de obras civis e do consumo de insumos, O Bradesco foi a primeira Instituição Financeira no Brasil a receber esta Certificação. Pelo fato do Bradesco ser um dos líderes do setor financeiro privado e um dos maiores empregadores na categoria. Além de apresentar o melhor índice de eficiência entre os bancos de varejo. 4.3 Resultados Financeiros Do Banco Até o final do 2º trimestre de 2009, o Bradesco havia fechado com os seguintes saldos: • R$ 482,4 bilhões em Ativos Totais. • R$ 212,7 bilhões, das operações de crédito consolidadas, incluindo adiantamento sobre contratos de Câmbio e Arrendamento Mercantil. • R$ 211,7 bilhões em fundos de investimento e carteiras administradas. • Também ocupa posição de liderança no mercado de Previdência Privada, com mais de 2 milhões de participantes e R$ 61,7 bilhões administrados na Carteira de Investimentos. 4.1.5 Bradesco S/A Internacional O Bradesco possui nove unidades em outros países, uma estrutura que tem entre seus objetivos apoiar os negócios de empresas brasileiras no exterior – por meio, por exemplo, da concessão de créditos para operações de importação e exportação e concessão de empréstimos Caso distinto é o da Bradesco Services Japan, constituída em outubro de 2001 para dar suporte e prestar serviços especializados à comunidade brasileira que vive no Japão, incluindo assistência no envio de remessas ao Brasil e no aconselhamento referente a investimentos no País. Vejamos a estrutura da organização Bradesco no exterior. (BRADESCO, 2009). Junho/2008 Junho/2009 Total de Ativos Patrimônio Líquido Total de Ativos Patrimônio Líquido Bradesco Nova York 2.030 173 3.076 188 Bradesco Grand Cayman (1) 10.680 3.877 10.241 3.045 12 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Junho/2008 Junho/2009 Total de Ativos Patrimônio Líquido Total de Ativos Patrimônio Líquido Bradesco Grand Cayman (3) 425 425 1.741 1.741 BMC Grand Cayman (2) 44 44 - - Bradesco Nassau 25 25 25 25 Cidade Capital Markets Ltd. – Grand Cayman 37 37 38 38 Bradesco Services Co., Ltd. – Tóquio 1 1 - - Banco Bradesco Argentina S.A. 38 31 41 28 Banco Bradesco Luxembourg S.A. 679 157 759 168 13.959 4.770 15.921 5.233 Total Quadro 09: Agencias Internacionais Fonte: Bradesco, 2009 4.5 Análise Das Demonstrações Financeiras Do Bradesco 4.5.1 Amostragem E Aplicação Do Método Dupont Para análise foram retiradas as informações contidas nos demonstrativos, Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do Bradesco S/A que está inserido no Nível 1 de governança da Bovespa no período de 2002 a 2008. Assim apresentar o resultado proposto que é analisar o retorno obtido pelo Bradesco através do método Dupont. Antes e depois de sua entrada no Índice de Sustentabilidade Empresarial. 4.5.2 AVALIAÇÃO DA MARGEM LÍQUIDA ML 2002 6,34% Média: 12,62% 2003 8,23% 2004 11,68% 2005 16,36% 2006 13,22% 2007 19,25% 2008 13,23% 13 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Fonte: Autor (2009) Quadro 10: Análise da Margem Liquida R= 0,55 coeficiente de correlação positiva moderada Fonte: Autor (2009) Gráfico 01: Evolução do ML Verifica-se que houve uma variação positiva da ML de 10,02% pois a empresa apresentava um índice de 6,34% em 2002 e atingiu um índice de 16,36% em 2005, em relação a 2008 que era 13,23% ocorreu uma redução deste índice, permanecendo com uma média de 12,62% indicando assim uma eficiência nos processos, gerados através da receita obtida e quitação de suas despesas. Avaliando a correlação existente antes (2002 a 2004) e após entrar o ISE (2005 a 2008) observa-se que a correlação foi de -0,55, ou seja, existe uma relação moderada com o retorno sobre a receita. 4.5.3 AVALIAÇÃO DO GIRO DO ATIVO 2002 2003 2004 2005 GAT 22,35 15,92 14,17 16,15 Média: 2006 14,39 2007 12,19 2008 12,68 15,41 Fonte: Autor (2009) Quadro 11: Análise do Giro do Ativo Total 14 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural R= 0,58 correlação positiva moderada Fonte: Autor (2009) Gráfico 02: Evolução do GAT Já no GAT observa-se uma queda onde em 2005 ele apresentava um giro de 22,35 vezes, chegando em 2005 a 16,15 vezes no ano de sua entrada no índice, em 2008 chega a 12,68 vezes permanecendo com uma média de 15,41 vezes, indicando má utilização de seus ativos, aquisição de investimentos a fim de gerar receita. Apesar da queda, ao considerar o coeficiente de correlação observa-se uma correlação positiva moderada o que indica uma relação com o ISE. 4.5.4 AVALIAÇÃO DO ROA 2002 2003 ROA 1,42% 1,31% Média: 2004 1,65% 2005 2,64% 2006 1,90% 2007 2,35% 2008 1,68% 1,85% Fonte: Autor (2009) Quadro 12: Análise do (ROA) 15 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural R= 0,56 coeficiente de correlação positivo e moderado Fonte: Autor (2009). Gráfico 03: Evolução do ROA Verifica-se que houve variação positiva no caso do ROA onde em 2002 seu retorno era 1,42% chegando assim em 2005 com 2,64%, em relação a 2008 novamente ocorre uma redução para 1,68%, permanecendo assim com uma média de 1,85%, no período analisado, indicando assim um aumento do retorno obtido. Avaliando o coeficiente de correlação, observa-se que ocorreu contribuição positiva moderada de retornos financeiros sobre o patrimônio líquido da empresa após a empresa participar do ISE, após 2005. 4.5.5 AVALIAÇÃO DO MAF MAF 2002 1,32 Média: 1,20 2003 1,30 2004 1,22 2005 1,08 2006 1,08 2007 1,12 2008 1,33 Fonte: Autor (2009) Quadro 13: Análise do (MAF) 16 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural R= 0,97 correlação negativa forte Fonte: Autor (2009) Gráfico 04: Evolução do MAF Verifica-se que no MAF houve uma pequena redução entre os anos analisados, em 2002 o índice apresentado era de 1,32 chegando a 1,08 em 2005, uma variação de 0,24 indicando assim uma redução em relação aquisição de capital de terceiros se elevando em 2008 para 1,33, obtendo uma média de 1,20 em relação aos anos analisados. Avaliando o coeficiente de correlação, avalia-se que O multiplicador de alavancagem financeira tem uma relação negativa e forte com o ISE, ou seja, tem uma relação negativa com a quantidade de capital de terceiros e financiamentos que as empresas utilizam para se capitalizar, isso demonstra que após integrar ao ISE a empresa passou a captar menos capital de terceiros. 4.5.6 AVALIAÇÃO DO ROE ROE 2002 18,69% Média: 21,90% 2003 17,03% 2004 20,05% 2005 28,38% 2006 20,46% 2007 26,39% 2008 22,28% Fonte: Autor (2009) Quadro 14: Análise (ROE) 17 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural R= 0,037 Ausência de Correlação Fonte: Autor (2009) Gráfico 05: Evolução do ROE Ao analisar os Índices apresentados observa-se que a partir de sua entrada no ISE em 2005 houve uma variação positiva em sua maioria, no caso do ROA que em 2002 o Índice era 1,42% em 2005 chegou há 2,64% e em 2008 encerra com 1,68%, embora tenha havido uma redução em relação a 2005 ele se encontra superior aos anos anteriores a sua entrada no ISE, em relação ao ROE em 2002 o Índice era de 18,68% em 2005 teve novamente um aumento para 28,38% e termina 2008 com 22,38% novamente houve redução, mais permanecendo superior aos anos anteriores a sua entrada no ISE. Entretanto quando é avaliada a correlação, observa-se que não há correlação da entrada no ISE com o retorno sobre o patrimônio. CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante a credibilidade que as empresas participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE tem, cada vez, mas empresas têm investido na sustentabilidade a fim serem convidadas pelo ISE, visando assim os beneficio que o índice proporciona como obtenção de crédito, melhoramento de sua imagem, maximização dos seus lucros e investimentos como também para preservação ambiental. De acordo com o estudo realizado no Bradesco S/A sobre os índices de rentabilidade propostos pelo método Dupont, observou-se que a maioria dos indicadores, apresenta variações positivas, e correlações na maioria das vezes moderada ao avaliar o período antes e após a integração ao ISE, o que nos leva a concluir que a integração ao ISE tende a direcionar a empresa para maiores retornos, entretanto, não se pode chegar a uma conclusão geral que o ISE pode direcionar a maiores rentabilidades em virtude de que o trabalho foi realizado em apenas uma empresa. 18 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural REFERÊNCIA 12Manage The Executive Fast Track, Dupont model. Disponível em: <http://www.12manage.com/methods_dupont_model_pt.html> acesso em: 18 set. 2009 BM & FBOVESPA. Boletim Informativo - Janeiro de 2009: Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Pdf/Indices/012009_bolISE.pdf> Acesso em: 01 jun. 2009. BM & FBOVESPA. Boletim Informativo - Maio de 2009: Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Pdf/Indices/052009_bolISE.pdf> Acesso em: 01 jun. 2009. BOVESPA. BCO Bradesco. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Principal.asp> Acessado em: 19 de Out. de 2009 BOVESPA, Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Pdf/Indices/ISE.pdf> Acessado em: 19 de Out. 2009 Bradesco, Certificação ISO 14001. Disponível em: <http://www.bradesco.com.br/rsa/> Acessado em: 04 de Nov. 2009 BOVESPA, Conselho do ISE inicia consulta pública sobre questionário para avaliação das companhias. Disponível em: <http://www.acionista.com.br/bovespa/040906_conselho_ise.htm > Acessado em: 17 Out. 2009 BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração financeira: teoria e pratica. São Paulo: Atlas, 2001. BRIGHAM, Eugene F.: HOUSTON, Joel F. Fundamentos da Moderna Administração Financeira. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus DUPONT.Saiba mais sobre a Dupont. Disponível em: <http://www2.dupont.com/Our_Company/pt_BR/> Acesso em: 05 jun. 2009 FIGUEIREDO, Gabriela Negrão de.: ABREU, Regilane Lacerda.: CASAS, Alexandre Luzzi Las.: Reflexos do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) na Imagem das Empresas: Uma Análise do Papel do Consumidor Consciente e do Marketing Ambiental. Disponível em: <http://www.fae.edu/seminario_sustentabilidade/sustentabilidade_se/Alexandre%20Casas, %20Gabriela%20Figuieredo%20e%20Regilane%20Abreu.pdf> Acessado em: 07 de Nov. 2009 GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo: Bookman, 1997 GITMAN, Lawrence Jeffrey.; MADURA, Jeff. Administração Financeira: Uma Abordagem Gerencial. São Paulo: Addison Wesley, 2002LEVIN, Jack. Estatística Aplicada a Ciências Humanas. Trad. de Sérgio Francisco Costa. 2 OLIVEIRA, Antonio de Alencar; MATSUMOTO, Alberto S. Analise dos Lucros do Setor de Siderurgia e Metalurgia Pela Fórmula Dupont. 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