Estudo do potencial larvicida de bromeliáceas sobre Aedes aegypti. Marise Maleck1,2,3, Richard R. B. T. Vieira1,3, Karine S. Martins 1,3, Victor A. Kersten1,3, Michele A. de Carvalho1,3, Maria das Graças A. Guimarães2,3 1 Laboratório de Insetos Vetores, Universidade Severino Sombra, Rua Antenor Caravana, 677, Barreiro, 27700.000, Vassouras, RJ. 2Mestrado profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Av. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 280, 27700.000, Vassouras, RJ. 3Centro de Ciências da Saúde, Universidade Severino Sombra, Av. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 280, 27700.000, Vassouras, RJ. Bromélias são plantas pertencentes à família Bromeliaceae, presente na região tropical do continente americano. Por sua estrutura possibilitar a formação de fitotelmata, surge a dúvida das bromélias atuarem como possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. A. aegypti (Culicidae) é um mosquito antropofílico encontrado nas regiões tropicais e subtropicais, sendo o principal vetor do vírus da dengue. No Brasil, o seu controle é realizado por meio de aplicações de larvicidas e inseticidas. Com isso cresce a busca por fontes alternativas, como os produtos naturais de plantas. As bromélias utilizadas neste estudo foram coletadas no município de Miguel Pereira, RJ, e levadas para o Laboratório de Química Orgânica/USS, para o processamento dos extratos. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade larvicida dos extratos de acetato de etila das espécies Aechmea fasciata e Neoregelia compacta sobre A. aegypti. Os extratos foram solubilizados em DMSO nas concentrações finais de 10, 100 e 200 μg/μL. Os bioensaios foram realizados em grupos de 20 larvas de 3º estádio (L3), incluindo o grupo controle (sem solvente e sem substância), controle testemunho (com solvente e sem substância) e os grupos testes (com a substância). Os experimentos foram realizados em triplicata e três repetições. Os extratos foram aplicados no meio de criação das larvas, em recipientes contendo 20 mL de água mineral (mL/larva), nas referidas concentrações. Após 1h do tratamento foi adicionado alimento de ração de peixe (0,3 mg/larva) ao meio de criação, para o desenvolvimento das larvas. O experimento foi mantido em B.O.D a 27°C ± 1°C e 70% ± 10% UR. O extrato de N. compacta apresentou mortalidade de 100% nas concentrações de 100 e 200 μg/mL, e o extrato de A. fasciata apresentou mortalidade de 55% e 100% nas concentrações de 100 e 200 μg/mL, respectivamente. Estes dados sugerem o potencial de N. compacta e A. fasciata no controle da população do mosquito vetor da dengue. Palavras-chave: atividade larvicida, Aedes aegypti, bromeliáceas. Apoio: FAPERJ, CNPq, PIBIC/USS.