Placas
Tectonicas
O que são placas tectônicas?
São os gigantescos blocos que compõem a camada
sólida externa do nosso planeta, sustentando os
continentes e os oceanos. Impulsionadas pelo
movimento do magma incandescente no interior da
Terra, as dez principais placas se empurram, afastam-se
umas das outras e afundam alguns milímetros por ano,
alterando suas dimensões e modificando o contorno do
relevo terrestre. Esses gigantescos fragmentos atuam
como artistas que recriam a paisagem da Terra. Aliás, a
palavra tectônica vem de tektoniké, expressão grega
que significa "a arte de construir". "Mas é mais correto
chamar essas estruturas de placas litosféricas, já que
elas se estendem por toda a camada exterior do
planeta, a chamada litosfera“.
O planeta Terra é coberto por uma camada formada por
terra e rochas chamada de crosta terrestre ou litosfera. Esta
crosta não é lisa e uniforme, mas sim irregular e composta
por placas tectônicas. Estas placas não são fixas, pois estão
sob o magma (rocha fundida de alta temperatura).
Estas placas tectônicas estão em constante movimento,
exercendo pressão umas nas outras. Muitos terremotos são
ocasionados pela energia liberada pelo choque entre estas
placas. Regiões habitadas, que estão situadas nestas áreas,
recebem maior impacto destes terremotos.
Muitos vulcões se formam nestas regiões de convergência
entre placas. A ruptura no solo faz com que, muitas vezes, o
magma terrestre escape, atingindo a superfície.
O Brasil está situada na parte interna da Placa SulAmericana, portanto, os tremores de terra sentidos em nosso
país são considerados de grau baixo. Isto ocorre, pois
estamos distantes das zonas de impacto entre placas.
Quebra-cabeças planetário
Terremotos e vulcões concentram-se nas bordas
das dez placas.
• PLACA DO PACÍFICO
A maior placa oceânica - são cerca de 70
milhões de quilômetros quadrados - está em
constante renovação na região do Havaí, onde
o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. No
encontro com a placa das Filipinas, a placa
afunda em uma região conhecida como fossa
das Marianas, onde o oceano atinge sua
profundidade máxima: 11 034 metros
• PLACA DE NAZCA
A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros
quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10
centímetros menor pelas trombadas com a placa sulamericana. Esta, por ser mais leve, desliza por cima da
placa de Nazca, gerando vulcões e elevando mais as
montanhas dos Andes.
• PLACA SUL-AMERICANA
Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32
milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os
efeitos de terremotos e vulcões. No centro do
continente, a placa mede 200 quilômetros de espessura.
Na borda com a placa da África, os terrenos mais jovens
não passam de 15 quilômetros.
• PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE
Com 70 milhões de quilômetros quadrados, engloba
toda a América do Norte e Central. O deslocamento
horizontal em relação à placa do Pacífico cria uma
fronteira turbulenta: em um dos limites, na Califórnia,
está a falha de San Andreas, famosa pelos terremotos
arrasadores.
• PLACA DA ÁFRICA
No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho
para o magma do manto inferior, fazendo com que esse
bloco se afaste progressivamente da placa sulamericana - com quem formava um continente único há
135 milhões de anos - e cresça de tamanho. A tendência
é passar os 65 milhões de quilômetros quadrados
atuais.
• PLACA DA ANTÁRTIDA
A parte leste da placa, que há 200 milhões de anos
estava junto de Austrália, África e Índia, chocou-se com
pelo menos cinco placas menores que formavam o lado
oeste. O resultado é um bloco que dá suporte à
Antártida e a uma parte do Atlântico Sul, em um total de
25 milhões de quilômetros quadrados.
• PLACA INDO-AUSTRALIANA
O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que
sustenta a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia e a maior
parte do oceano Índico ruma velozmente para o norte.
Além do subcontinente indiano se chocar com a Ásia, a
borda nordeste bate na placa das Filipinas, criando
novas ilhas na região turbulenta.
• PLACA EUROASIÁTICA OCIDENTAL
Sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e
do mar Mediterrâneo. Na trombada com a placa indoaustraliana, nasceu o conjunto de montanhas do
Himalaia, no sul da Ásia, onde há mais de 100
montanhas com altitudes superiores a 7 mil metros. Sua
área total é de 60 milhões de quilômetros quadrados.
• PLACA EUROASIÁTICA ORIENTAL
Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40
milhões de quilômetros quadrados choca-se contra a
placa das Filipinas e com a do Pacífico, na região onde
fica o Japão. O encontro triplo é tumultuado e dá origem
a uma das áreas do globo com maior índice de
terremotos e vulcões.
• PLACA DAS FILIPINAS
Essa pequena placa de apenas 7 milhões de
quilômetros quadrados concentra em seus limites quase
a metade dos vulcões ativos do planeta. Colisões com a
placa euroasiática oriental causam terremotos e
erupções destruidoras, como a do monte Pinatubo, em
1991, considerada uma das mais violentas dos últimos
50 anos.
• Flutuando no magma
As placas apresentam uma densidade menor (em média
2,8) que a do magma (em média 3,2) e por isso as
placas "flutuam" no magma da astenosfera que é tão
quente (geralmente mais de 1.000ºC) que se apresenta
derretido, portanto quase líquido, mas muito viscoso.
Como todo líquido quente, o magma gira e ao girar
empurra as placas em um certo sentido. Então, elas
podem se chocar:
Ou separar
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