CMYK EDITOR: Alexandre Botão ● SUBEDITORA: Cida Barbosa ● E-MAIL: [email protected] ● TELEFONE: (61) 3214-1176 6 Brasília, segunda-feira, 9 de setembro de 2013 Já acabou a F-1? Sebastian Vettel (ffoto) passeia em Monza, fatura o GP da Itália e abre mais de 50 pontos sobre o segundo colocado no Mundial. Max Rossi/Reuters CAMPEONATO BRASILEIRO OS NÚMEROS TAMBÉM MENTEM Yasuyoshi Chiba/AFP - 23/1/13 Luis Fabiano, em partida válida pela Libertadores: o São Paulo é um dos retratos mais claros de que as estatísticas podem ser enganosas Cruzeiro não toma conhecimento do frágil Flamengo no Mineirão, vence por 1 x 0 e se consolida na ponta do Brasileirão com quatro pontos de vantagem sobre o Bota. CMYK 2 Líder sem sustos 4 Encerrado o primeiro turno do Nacional, estatísticas mostram clubes que estão na zona de rebaixamento liderando quesitos teoricamente importantes, como passes e dribles BRAITNER MOREIRA m tese imprescindíveis na análise de um jogo de futebol, as estatísticas podem desapontar quem se agarra a elas. Dois dos fundamentos mais importantes em uma partida são capazes de enganar os mais desatentos à classificação do Campeonato Brasileiro. Com o fim do primeiro turno, os líderes nos quadros de passes e dribles estão bem distantes da ponta da tabela: e há espaço até para o Náutico se sobressair, o lanterna de pior campanha da história dos pontos corridos. Em ambos os fundamentos, o São Paulo também aparece com destaque. Mesmo assim, a equipe que mais pontuou na história do Brasileirão em pontos corridos — 711 conquistados em 10 edições e meia — parece ter desaprendido a disputar a maratona de 38 rodadas. Com metade do campeonato para trás, o tricolor paulista tem vários predicados que o colocariam entre os favoritos ao título. Ninguém neste Brasileirão tem tanto tempo de posse de bola quanto o São Paulo, por exemplo. Apesar disso, os comandados de Paulo Autuori completaram ontem 11 rodadas na zona de rebaixamento, Artilharia do com 18 pontos soBrasileirão mados em 19 partidas até agora. Sozinhos, os núÉderson (Atlético-PR) 12 meros não chegam William (Ponte Preta) 11 a explicar por que o São Paulo tem o seAlex (Coritiba) 9 gundo pior ataque André (Vasco) 8 do campeonato, se é o time que mais Maxi Biancucchi (Vitória) 8 acerta passes e, ainRafael Marques (Botafogo) 8 da, um dos que meWalter (Goiás) 8 nos erra: apenas um toque sem direção para cada 11 corretos. Além disso, ainda dribla muito, impulsionado pelo individualismo da dupla Osvaldo e Aloísio. Para o São Paulo, não basta que Rogério Ceni e Jadson acertem o pé antes de cobrar pênaltis nem focar no treinamento de pontaria ao tentar fazer gols. Se um time com tanta bola no pé é apenas o 10º que mais finaliza, falta atenção no momento do famigerado “último passe”. Como a fase não é boa, a explicação pode estar, então, na eficiência de atletas fundamentais. O Fluminense, 14º colocado, parece mesmo incapaz de defender o título do ano passado. A situação poderia ser diferente caso a mira de Rafael Sobis estivesse melhor: o atacante precisou chutar 28 bolas para conseguir marcar cinco vezes. Para efeito comparativo, o artilheiro do Brasileirão, Éderson, do Atlético-PR, fez 12 gols em 26 finalizações. Efetividade é essencial também nos dribles. Os três melhores jogadores do país neste fundamento ainda não conseguiram impulsionar suas equipes. O Atlético-MG de Diego Tardelli (3,5 dribles por jogo), a Ponte Preta de Ramírez (3,1), o Náutico de Rogério (2,9) e o Flamengo de André Santos (2,9) ocupam as seis últimas colocações da tabela. Com os dados somados, o quarteto faz mais jogadas individuais do que todo o elenco do Cruzeiro, dono do melhor ataque da competição e líder. E Campeão é de Brasília Mané Garrincha encerra o primeiro turno do Nacional como o estádio mais rentável e com melhor público entre todas as arenas. Maracanã terminou em segundo lugar.