Agora sou um líder e dirijo uma equipe. Estou preparado para esse desafio? A formação técnica ou universitária é suficiente para o exercício de uma boa liderança, correto? A prática denuncia que não! Das inúmeras atividades exercidas por gestores, uma delas ganha destaque: a liderança de uma equipe. Ao alcançarem esse status, muitos líderes se prendem tão somente à prática da boa intensão e por vezes se tornam nada mais que um líder sedutor. Outros, por seu turno, confiam que a formação acadêmica, fruto de investimentos de longa data, garantirão o exercício da boa liderança. Sabe-se também daqueles que confiam tão somente em sua experiência técnica, resultado de muitos anos de trabalho em determina área, e acreditam que conseguirão dirigir uma equipe. Mas chega o dia em que percebem que a formação acadêmica, a boa intenção e a experiência técnica os deixam na mão diante de situações inusitadas, e perdem o controle! Nesse contexto, vale o questionamento: o que caracteriza o líder de sucesso? Podemos considerar os seguintes atributos: o amor às verdades, o respeito, à ética, o equilíbrio emocional, a capacidade do bom relacionamento humano, entre outros. Para alguns autores ganha destaque o papel do líder na condição de facilitador, onde o líder desempenha a função de facilitar a aplicação dos conhecimentos já presente nos membros do grupo. Facilita as experiências e todo arcabouço de informação previamente construído, individual ou coletivamente. Embora tais atributos também sejam desejáveis é importante considerar o líder como mediador e não somente facilitador, conforme proposto pela pesquisadora Carmem Andaló. Nessa ótica, o líder percebe as potencialidades de cada membro do grupo lançando-os para a condição de investigadores e experimentadores, proporcionando valorização do saber individual e grupal. Os membros do grupo, autores da própria história individual e coletiva, quando unidos com objetivos comuns, são mediados pela figura do líder que, longe de apenas encontrar soluções e apresentar ao grupo e designar tarefas, encoraja a espontaneidade e a desinibição, denuncia contradições, problematiza o naturalizado, dá pistas, oferece caminhos, provoca reflexões, fomentado o grupo a encontrar respostas em prol do próprio crescimento; ele não dirige o outro, dirige com o outro, atribuindo a cada membro o papel de coordenador. Nessa relação, está sempre atento ao sentido das verbalizações e não verbalizações, posturas corporais, distribuição dos participantes no ambiente, entre outras peculiaridades. Enfim, o bom líder dirige de tal forma que se apresenta como o próprio grupo, assumindo diferentes padrões de liderança em concordância com a situação que se apresenta em grupo, fazendo-se intérprete dos desejos e intenções de todos percebendo particularidades de cada integrante e o movimento do próprio coletivo. Se você leitor, atua como líder ou vislumbra um futuro como tal, atente para essas questões. Autores: Sandra Gohr - Cress - 2021 Consultora, Personal e Professional Coaching. Graduada em Serviço Social. Pós-Graduada em: Psicologia Organizacional e do Trabalho, Metodologia do Ensino, Psicopedagogia Clínica e Institucional e em Dinâmica dos Grupos. Possui formação em Consultoria, Ciências Empresariais, Socioterapia e Liderança Diferenciada. Diretora da Liderhar – Gestão de Pessoas. Antônio Carlos Lançoni Jr - [email protected] Graduado em História e Pós Graduado em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos. Graduado em Psicologia e membro do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PETSaúde/Saúde Mental- Crack, Álcool e outras Drogas).