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“O Pai, O Adulto, A Criança”. A tríade da
Personalidade e a sua influência na
Administração
Por: Adm. José Mauro Alvim Machado
Consultor Empresarial
A Análise Transacional é uma teoria psicológica, criada e desenvolvida pelo
Canadense Eric Lennard Bernstein. Seu pai era médico clínico geral e sua mãe escritora.
Diplomou-se em 1935 e logo depois se mudou para os EUA onde iniciou sua residência
em psiquiatria. Tornou-se cidadão americano adotando oficialmente o nome pelo qual é
conhecido até hoje, Éric Berne.
Em 1941 iniciou o treinamento como psicanalista, sendo analisado por Paul
Federn. Este processo foi interrompido por causa da Segunda Guerra Mundial.
BERNE se alistou no Corpo Médico do Exército em 1943 (como psiquiatra),
começando a praticar terapia de grupo. Deu baixa em 1946 e recomeçou o treinamento
psicanalítico com Erik Erikson.
Seu primeiro livro “A Mente em Ação” foi publicado em 1947 e revisado em 1957
com o título “Guia de Psiquiatria e de Psicanálise para a Pessoa Leiga”.
Em 1949, Berne publicou o primeiro de seis artigos a respeito da intuição. Deste
ano até 1958, seus artigos apresentaram as ideias sobre as quais baseou a Análise
Transacional.
Em 1956 se inscreveu para tornar-se membro de um instituto de psicanálise, mas
foi rejeitado. Resolveu, então, elaborar uma nova abordagem à psicoterapia. Ele observou
que em cada pessoa existem três partes distintas e funcionais, as quais denominou Estados
de Ego. Definiu um estado de Ego como “um sistema de emoções e pensamentos”,
acompanhado por um conjunto a fim de padrões de conduta.
A Análise Transacional emprega uma linguagem simples e compreensível, partindo
da concepção do indivíduo como uma unidade bio-psico-social, divide didaticamente a
personalidade em três componentes denominados Estados do Ego, que são o PAI, o
ADULTO e a CRIANÇA (PAC). Estes estados do Ego agem como três pessoas distintas,
atuando e interagindo continuamente dentro da nossa cabeça.
Os Estados do Ego representam três modos de ser, de pensar, de sentir e de atuar.
Não são construções teóricas invisíveis, mas sim realidades concretas, observáveis e
mensuráveis. Conforme BERNE, “formam um sistema de sentimentos e pensamentos que
provocam uma série de pautas de condutas” (1961), que podem ser diagnosticadas ou
identificadas pela observação do vocabulário, tom de voz, gestos e expressão corporal do
indivíduo; enfim, pela expressão verbal e não verbal do sujeito.
A representação mais simples dos Estados do Ego, em forma de diagrama, é a que
se segue:
Pai
Conceito ensinado de vida (gravações)
Adulto
Conceito pensado de vida
Criança
Conceito sentido de vida
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A emissão proeminente da Análise Transacional tem contribuído enormemente com
o quotidiano administrativo, visto que a sua compreensão e implementação de conceitos,
tem viabilizado melhorias na relação interpessoal permitindo, assim, compreender a
realidade construída ao longo do tempo por cada um dos integrantes das equipes que
transacionam entre si no âmbito do Corporativo.
Um dos conceitos introduzidos por BERNE e que considero fundamental para a
compreensão objetiva da reação das pessoas frente a determinadas situações da vida, é a
Posição Existencial.
A Posição Existencial (PE) é a forma como percebemos a nós mesmos em relação
às outras pessoas. Ou ainda, são juízos de valores ou conceitos de si mesmo e dos demais,
adquiridos na infância, através de tomadas de decisões, muitas vezes imaturas e irreais,
uma vez que são baseadas nas condições precárias da criança para raciocinar e pensar
objetivamente diante da realidade.
BERNE definiu quatro Posições Existenciais básicas, organizando-as na sequencia
descrita a seguir:
1ª) - Eu estou OK / Você está OK (+/+) = Realista;
2ª) - Eu estou OK / Você não está OK (+/-) = Projetada;
3ª) - Eu não estou OK / Você está OK (-/+) = Depressiva; e
4ª) - Eu não estou OK / Você não está OK (-/-) = Fútil/Niilistes
À medida que percebemos através das reações das pessoas em qual dos estados do
“EU” está, fica mais fácil lidar com determinadas situações como, por exemplo,
administrar conflitos, ansiedades, excesso de brincadeiras desagradáveis e qualquer outra
manifestação indesejada que esteja abalando o clima organizacional, a ambiência e, em
última análise, a relação entre os integrantes das equipes de trabalho.
A Gestão empresarial pressupõe a liderança e, esta liderança, deve conduzir as
pessoas aos resultados desejados, logo, conhecer e ter condições de intervir na relação
das pessoas, de tal sorte que possamos transacionar de forma sadia questões que possam
suscitar polêmicas ou divergências pessoais, de certo que enviesa notório poder, que
passa a atuar como fonte para conduzir as pessoas ao diálogo, ao entendimento e a razão.
A JMAM Consultoria tem capitalizado resultados altamente positivos em todos os
treinamentos que tem implementado em empresas de pequeno, médio e grande porte,
atraindo simpatizantes que tem direcionado um olhar diferenciado para a Análise
Transacional de BERNE, cujos participantes tem procurado ampliar os conhecimentos
adquiridos sobre o tema.
A Administração ganha à oportunidade de agregar mais uma contribuição
científica ao seu arcabouço. Além de poder contar com a Psicologia, a Análise
Transacional vem preencher um hiato de competências a sua grade científica que, sem
dúvida alguma, assevero não pode ela prescindir.
Amotivação é algo que refresca a alma mas acaba logo. Se compreendemos que
nem os efeitos positivos produzidos pelo banho são para sempre, por isto que ele é
recomendado, no mínimo, uma vez ao dia. Dessa mesma forma a Motivação deve ser
praticada quotidianamente. Deve fazer parte da prática da gestão. É um investimento
sobre o qual não carece fazer economia.
O mundo está repleto de contradições. No ritmo em que a desagregação de valores
está é preciso que algo seja feito urgentemente para reestabelecer a ordem ao caos
interno. Violência, depredação dos valores familiares, ausência de convivência pessoal
substituída pela convivência virtual, são exemplos que podem levar as pessoas a
introjecção e ao isolamento, potencializando danos no campo da personalidade. Nesse
abandono, quem ajuda a pagar a conta é a empresa que reúne em si um grupo heterogênio
de pessoas que necessitam compartilhar informações, conviver e construir resultados
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juntas e é por isto que os gestores precisam se capacitar para lidar dia-a-dia, com um
universo de surpresas que só a psique humana é capaz de intelectualizar e materializar.
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