Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Economia Semestre dedePrimavera 2010/2011 Universidade Nova Lisboa Faculdade Economia Universidade Nova de de Lisboa Semestre de Inverno 2011/2012 Universidade Nova de Lisboa Faculdade Economia Faculdade de Economia Semestre de Primavera Universidade Nova de2010/2011 Universidade Nova deLisboa Lisboa Semestre de Inverno 2011/2012 Semestre de Primavera 2011/2012 Cálculo I Cálculo I Cálculo I Caderno Cálculo de exercícios I Menos Um CadernoCálculo de exercícios I Menos Um Caderno de exercícios Menos Um Caderno de exercícios Menos Um Caderno de exercícios Menos Um ! Pretende-se com este capítulo que os alunos refresquem o conhecimento, a prática e ! as armadilhas da matemática elementar desde a soma de fracções até à resolução de sistemas equações inequações. Pretende-se comde este capítuloe que os alunos refresquem o conhecimento, a prática e as armadilhas Não se trata de uma re-exposição da matéria da repetição de demonstrações. da matemática elementar desde a soma de fracções até ànem resolução de sistemas de equações e Faremos revisão prática de técnicas com ênfase em conceitos. a prática e Pretende-se comsobretudo os alunos conhecimento, inequações. Não seeste tratacapítulo de uma que re-exposição darefresquem matéria nemoda repetição de demonstrações. as armadilhas da matemática elementar desde a soma de fracções até à resolução de Faremos sobretudo revisão prática de técnicas com ênfase em conceitos. sistemas equações inequações. Pretende-se comde este capítuloe que os alunos refresquem o conhecimento, a prática e as armadilhas Não se trata de uma re-exposição da matéria da repetição de demonstrações. da matemática elementar desde a soma de fracções até ànem resolução de sistemas de equações e Faremos sobretudo revisão prática de técnicas com ênfase em conceitos. inequações. Não se trata de uma re-exposição da matéria nem da repetição de demonstrações. Faremos sobretudo revisão prática de técnicas com ênfase em conceitos. Maria Helena Pinheiro Almeida José António Claudia Andrade Ernesto Freitas Guilherme Pereira Claudia Alves Ernesto Freitas Claudia Alves Maria Helena Almeida José António Pinheiro Claudia ErnestoAndrade Freitas Guilherme Pereira Claudia Alves Ernesto Freitas Claudia Alves ! Capítulo MENOS UM 1 Potências ................................................................................................................................................3 1.1 Primeira definição.........................................................................................................................3 1.2 Primeiro alargamento...................................................................................................................5 1.3 Exercícios resolvidos.....................................................................................................................7 1.4 Fuja das armadilhas, cena 1.........................................................................................................9 1.5 Segundo alargamento .................................................................................................................10 2 Duas histórias para crianças com laranjas.......................................................................................12 2.1 História 1......................................................................................................................................12 2.2 História 2......................................................................................................................................13 2.3 Chuva de exercícios.....................................................................................................................14 3 Uma aplicação das potências .............................................................................................................19 4 Raízes ...................................................................................................................................................21 4.1 Generalidades..............................................................................................................................21 4.2 Não cair nas armadilhas principais das raízes .........................................................................21 4.3 Primeiras regras..........................................................................................................................22 4.4 Não caia na armadilha clássica das raízes ................................................................................23 4.5 As propriedades operatórias das raízes costumam ser enriquecidas com estas outras .......23 4.5.1 Raiz de raiz ...............................................................................................................................23 4.5.2 Transformação do índice da raiz e do expoente do radicando ............................................24 4.5.3 Viajando para dentro e para fora do radical ........................................................................24 4.5.4 Fuja das armadilhas, cena 2....................................................................................................24 4.6 Nova chuva de exercícios............................................................................................................25 5 O grande alargamento........................................................................................................................27 5.1 A definição de potência de expoente fraccionário....................................................................27 5.2 Fuja das armadilhas, cena 3.......................................................................................................28 5.3 Fuja desta armadilha que é mesmo má!!!.................................................................................29 5.4 Exercícios propostos ...................................................................................................................31 6 Os famosos casos notáveis, ou os notáveis casos famosos................................................................32 7 Expressões algébricas .........................................................................................................................34 8 Fuja das armadilhas, cena 4, especial ‘’sinal menos’’!....................................................................36 9 Fracções!..............................................................................................................................................37 9.1 Soma (ou diferença) de fracções ................................................................................................38 9.2 Produto de fracções.....................................................................................................................38 9.3 Divisão de fracções......................................................................................................................40 10 Equações ............................................................................................................................................43 10.1 Equações lineares, mesmo só para aquecer, os alunos não costumam ter dificuldades.....43 10.2 Equações com módulos, os mal amados..................................................................................43 10.3 Equações do 2º grau disfarçadas e outras travestidas...........................................................45 10.4 Equações do 2º grau à séria......................................................................................................46 10.5 Como inventar equações do 2º grau fáceis de resolver..........................................................47 10.6 Equações de graus superiores ainda resolúveis .....................................................................49 11 Sistemas de duas equações lineares; método de redução ..............................................................50 12 Inequações .........................................................................................................................................52 12.1 Inequações lineares e com módulos.........................................................................................52 12.2 Algumas inequações de grau superior ....................................................................................55 12.3 Algumas inequações de grau superior ....................................................................................57 12.4 Sistemas de inequações .............................................................................................................58 13 O desenvolvimento de ......................................................................................................60 Testes passados.......................................................................................................................................63 2 Capítulo MENOS UM 1 Potências 1.1 Primeira definição Sendo um número qualquer (incluindo zero, uma fracção, uma raiz, uma expressão numérica...) e um número natural, define-se Exemplos de escrita • • • • • • Cuidado com as tentações: é isto e não outra coisa, embora o resultado final seja tal que • . (há outra forma de resolver esta potência pelo binómio de Newton mas de momento não é isso que nos interessa destacar) • 3 Capítulo MENOS UM Propriedades operatórias das potências Com base nesta definição prova-se (verifica-se...) que a definição de potência goza das propriedades operatórias seguintes: • • , desde que.... • • • Estas propriedades são simples consequências de regras da álgebra elementar e da definição de potência. São para compreender e para decorar com o uso. Decorar com o uso é muito diferente de decorar, Provérbio Mongol Exemplos • • • 4 Capítulo MENOS UM Atençãozinha! Este último caso é fonte desnecessária de erros. A potência de uma potência é a base da primeira potência elevada ao produto dos expoentes. Pode decorar com base legal no provérbio Mongol mas o melhor é mesmo perceber que NÃO PODE ser algo como ou, quem sabe, ou seja, e 1.2 Primeiro alargamento Sendo um número qualquer excepto zero (incluindo uma fracção, uma raiz, uma expressão numérica...) define-se Não se trata de uma birra, de uma invenção nem, como por vezes se diz, de uma convenção. Trata-se de generalizar o conceito de potência para que o expoente possa ser zero. Mas esta generalização é feita de tal modo que faz sentido e permite incluir este valor (zero) nas regras das potências: Faz sentido? Sim, faz: Infelizmente esta generalização tem um ponto frágil: não se consegue arranjar maneira de encaixar a expressão neste passo em frente. A expressão não tem sentido neste âmbito. 5 Capítulo MENOS UM Pode tentar o truque que mostrámos acima....É verdade que por exemplo ao escrever já abusámos da situação pois . Mas , expressão que não tem sentido.... Candidatura ao Prémio Nobel da Matemática Apresente uma tese coerente para que à expressão possa ser atribuído um valor que a integre na grande família da álgebra elementar e, não só Prémio Nobel da Matemática será criado, como lhe será atribuído. Alfred Bernhard Nobel (Estocolmo, Suécia, 21 de Outubro de 1833 - San Remo, Itália, 10 de Dezembro de 1896) Se a tese for longa e estiver bem escrita talvez lhe seja atribuído também o Nobel da Literatura. Observação Note no entanto que em matemática mais avançada surge a necessidade de definir para manter a consistência de certas operações ou de certas notações. Mas esta convenção não é justificável como o é a convenção segundo a qual para a diferente de zero. 6 , Capítulo MENOS UM Tem mesmo o inconveniente de poder criar confusão com o símbolo de indeterminação . No final do semestre compreenderá a seguinte observação, que é um dos exemplos avançados que necessita daquela convenção: ‘’o desenvolvimento de em série de Mc Laurin só permanece consistente para x=0 quando escrito em somatório se se considerar que ’’. Mas atenção, para nós continua a ser uma expressão sem significado no sentido que nenhuma convenção é vendável com matemática elementar. Quer saber mais? http://en.wikipedia.org/wiki/Exponentiation Interessantíssimo artigo!!! A matemática é uma caixinha de surpresas!!! 1.3 Exercícios resolvidos 1 Calcule o valor de a) b) método com (espera-se que o aluno NÃO USE este ...) 7 Capítulo MENOS UM c) d) Não caia na tentação de dizer que é –1!!! ( espera-se que o aluno USE este método com expressões como e) Não existe aqui na nossa aldeia, lembra-se? Por favor escreva ao Senhor Alfred Nobel! f) g) h) 2 Exprima as seguintes expressões de forma concisa como potências (nota: forma concisa de ). a) b) c) d) e) f) g) 8 éa Capítulo MENOS UM 1.4 Fuja das armadilhas, cena 1 1 Distinga bem de ou de Não decore frases como ‘um quadrado é sempre positivo porque está ao quadrado’. • • • Primeiro, decorar só por decorar é mau (relembre provérbio Mongol!). Segundo, está errado (zero ao quadrado é zero). Terceiro, talvez o mais grave, pode induzir em erro ( pode pensar que um quadrado e não é, é o simétrico de um quadrado). é Pontos nos i’s e tracinhos nos tê’s sobre uma tentação padrão • • • • • é o simétrico de um quadrado pode-se escrever mas não nem ; é um número negativo pois tem lá o sinal menos atrás de um número positivo . Caso ainda não esteja confuso vai mais uma variação; veja se está de acordo que ? Está baralhado? Óptimo. Quanto a é simplesmente igual a . 9 Capítulo MENOS UM 2 Não deixe que a caneta escorregue • é igual a . Estamos a ficar sábios! Caso queira transformar algo pode escrever . • e não • mas não • Parece simples e infantil!! É simples e infantil....Mas vamo-nos cuidando.... 1.5 Segundo alargamento Sendo um número qualquer excepto zero ( incluindo uma fracção, uma raiz, uma expressão numérica...) e sendo n um número natural define-se Este segundo alargamento tem menos intuição que o primeiro mas resulta igualmente! A ideia deve ter estado na necessidade de escrever sem objecções sobre e . Exemplos Já sabemos sem problemas que mas agora também podemos escrever , o que bate certo com 10 !!!! Capítulo MENOS UM Com esta nova aquisição temos então que: o o o o Mas já que chegámos a este liberalismo... o o o , ou ainda... o o Não se ponha a decorar já!!!! Pegue na caneta... Exemplo o 11 Capítulo MENOS UM Para concluir as revisões baseadas no uso das regras das potências vamos contar duas histórias com laranjas para crianças. As duas histórias destinam-se a que, de uma vez por todas, desistam de decorar quais os valores das expressões problemáticas do tipo e . Pode parecer excessivo estar-se a explicar isto num curso superior mas já vimos tanta forma original para estes resultados, já ouvimos tanta justificação para erros graves (o meu professor de matemática até confirmou com a professora de biologia!) que é melhor jogar pelo seguro. 2 Duas histórias para crianças com laranjas 2.1 História 1 Eu tenho 10 laranjas e estou a ver 5 lindas criancinhas que vieram ter comigo para distribuir irmamente os frutos entre elas. 10 laranjas a dividir por 5 crianças....isto exige esforço mas... !!! A divisão fez-se!!!! As crianças estão felizes e foram-se embora com 2 laranjas cada! No dia seguinte as 5 lindas criancinhas vieram de novo ter comigo. Vieram mesmo. Eu estava no meu posto. Só que não tinha laranjas....Mas como sou um intelectual vou dizer que tinha zero laranjas. As crianças vieram, eu dividi as zero laranjas por 5 crianças, cada uma delas recebeu nada mas como também querem ser intelectuais, vão dizer que receberam zero laranjas! As crianças estão infelizes, foram-se embora com zero laranjas cada, mas a operação fez-se!! As duas partes desta primeira história são iguais no que respeita a operações: a operação fez-se e o resultado é único e compreensível. Afinal (com ) não é uma expressão problemática. 12 Capítulo MENOS UM 2.2 História 2 Eu tenho 10 (ou mesmo muitas mais...) laranjas e estou à espera que algumas lindas criancinhas venham ter comigo para distribuir irmamente essas 10 laranjas (ou mesmo muitas mais)... Mas o tempo passa, o tempo passa...e as crianças não aparecem... Não vêm. Não há crianças para receber as laranjas. Ou há zero crianças para receber as laranjas... A operação não se faz, não há divisão, não há resultado.... igual a coisa alguma. Se se lembrar destas duas histórias nunca mais se vai enganar. 13 não tem sentido....não é Capítulo MENOS UM 2.3 Chuva de exercícios 1 Simplifique: a) Resposta b) Resposta c) Resposta d) Resposta e) Resposta f) Resposta g) Resposta h) Resposta i) Resposta j) Resposta 2 Calcule o valor de: a) Resposta b) Resposta c) Resposta d) Resposta e) Resposta f) Resposta g) Resposta 14 Capítulo MENOS UM h) Resposta i) Resposta 3 Escreva a expressão : a) Só com expoentes positivos Resposta b) Só com expoentes negativos Resposta c) Com um só expoente negativo Resposta , por exemplo.... d) Na forma de uma fracção com ’’1’’ no numerador Resposta 4 Nas expressões seguintes, algumas não fazem sentido, outras fazem. Diga as que não fazem e, das que fazem, calcule o seu valor. a) Resposta apressada Resposta cautelosa 1 Resposta cautelosa 2 b) Resposta cautelosa Resposta apressada c) Resposta 15 Capítulo MENOS UM d) Resposta não faz sentido e) Resposta f) Resposta não faz sentido g) Resposta h) i) Resposta 0 Resposta j) Resposta k) Resposta l) Resposta não faz sentido embora de repente pareça 1... m) Resposta não faz sentido n) Resposta não faz sentido o) Resposta não faz sentido p) Resposta 0 se nem se nem forem zero ; de outro modo não faz sentido 5 Quais das seguintes igualdades estão correctas? a) b) c) d) Falsa Falsa Correcta Correcta 16 Capítulo MENOS UM e) f) g) h) Falsa Falsa Verdadeira Falsa i) Verdadeira mas não generalize, é um acaso! 6 Resolva as seguintes equações: a) b) c) d) e) f) Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta 6 Sendo a e b números positivos e m e n números inteiros, diga quais das seguintes igualdades são verdadeiras: a) Falso b) Verdadeiro se c) d) e) f) Verdadeiro Verdadeiro Falso Falso g) Falso h) Falso i) Falso 7 Complete .... a) Resposta b) Resposta c) Resposta d) Resposta 17 , o que é verdade por acaso! Capítulo MENOS UM e) Para qualquer n inteiro ... Resposta: é igual a +1 f) Resposta g) Resposta h) Resposta 8 Simplifique ao máximo: a) Resposta b) Resposta c) Resposta d) Resposta e) f) Resposta Resposta 18 Capítulo MENOS UM 3 Uma aplicação das potências a) Uma utilização sugestiva das potências em economia e em gestão é o cálculo de juros compostos. Se no dia 1 de Janeiro do ano zero colocar 1000 EUR a prazo com o juro fixo anual de 3%... ...no dia 1 de Janeiro do ano 1 tenho 1000.[(1+0,03)]=1000.1,03=1030 EUR; ...no dia 1 de Janeiro do ano 2 tenho [1000.(1+0,03)]. (1+0,03)=1060,9 EUR; ou ...no dia 1 de Janeiro do ano 3 tenho [1000.(1+0,03) .(1+0,03)] .(1+0,03) ou ...no dia 1 de Janeiro do ano n tenho Já agora….no dia 1 de Janeiro do ano zero tenho b) Suponha que deposita a quantia 800 EUR num banco que lhe dá um juro mensal de 0,01 (1 por cento) ao mês. Ao fim de 1 ano terá Se no segundo ano o juro subir para 1,1 por cento ao mês, terá no final do segundo ano c ) Raciocínio ao contrário: daqui a 8 anos quero ter 10.000 EUR num depósito a prazo de juro anual 3%. Que quantia devo colocar a prazo hoje? Será verdade? Pegue na calculadora e confirme que . Os economistas costumam dizer que 7894 é o valor actual (VA) ou descontado de 10.000 EUR a um prazo de 8 anos. 19 Capítulo MENOS UM Exercícios propostos 1 Colocando hoje (suponha que é o dia 1 de Janeiro para facilitar) 1000 EUR a prazo a uma taxa de 3,5% ao ano e sendo este juro acrescido em 0,25% ao ano, quanto terei no final do décimo ano? 2 Daqui a 6 anos quero ter 10.000 EUR num depósito a prazo de juro anual 3% nos 3 primeiros anos e 3,6% nos três anos seguintes. Que quantia devo colocar a prazo hoje? 20 Capítulo MENOS UM 4 Raízes 4.1 Generalidades Define-se raiz quadrada de um número não negativo, x, como sendo o número não negativo y tal que e escreve-se porque . Leia bem de novo!!! Exemplos porque porque porque Será que também ...(cuidado!)...se pode dizer... porque porque porque Estas igualdades, a serem verdade, talvez permitam escrever .... Poderemos? Não, não podemos escrever nada disto! Relembre a definição de raiz quadrada! 4.2 Não cair nas armadilhas principais das raízes A maior atenção às seguintes asneiras típicas: • não se define, não existe, não é um número real; mas por convenção é -5’’! Não é verdade!! Se se lembra, criaram-se os números imaginários ou 21 Capítulo MENOS UM complexos para arranjar uma saída airosa e útil para o problema; por isso não escreva que é uma das raízes de • não se define porque não há raízes de números negativos! Não é verdade! O que está escrito é estar escrito , que se pode abreviar como Do mesmo modo se define razão pela qual que toma o valor se , tal como poderia e que toma o valor . , sendo x um número real qualquer, e também . Mas cuidado não diga que . Lembra-se certamente que as raízes de índice ímpar não levantam problemas de definição, ao contrário das raízes de índice par. 4.3 Primeiras regras Para operar com raízes deduziram-se apenas duas regras. Sendo n um número natural maior que 1 A estas regras vamos juntar outras mais à frente quando definirmos potências de expoente fraccionário. Mas fixemos desde já que só se definem produto e quociente de raízes quando elas têm o mesmo índice. Certamente que se lembra das grande vantagens do uso de raízes. Permitem, por exemplo, livrarmo-nos de cálculos problemáticos porque apenas não os fazemos. Seja o produto . Nem nem são números simpáticos de calcular...Ambos são irracionais e o mais a que podemos aspirar é a umas aproximações com imensas casas decimais: Multiplicar estes dois números!? Nem pensar. 22 Capítulo MENOS UM No entanto ! 4.4 Não caia na armadilha clássica das raízes • não é igual a • está errado Para o primeiro caso basta um contra exemplo para verificar que assim não é: e Provérbio Tibetano Um exemplo nada prova, um contra exemplo tudo destrói. Este provérbio Tibetano quer dizer o seguinte: • Não é porque que eu posso dizer que ; há que provar que isto se dá para todos os números possíveis! Deverá tê-lo feito no Liceu • MAS basta que se verifique não é igual a para poder dizer que 4.5 As propriedades operatórias das raízes costumam ser enriquecidas com estas outras 4.5.1 Raiz de raiz Exemplo ; verifique que 23 Capítulo MENOS UM 4.5.2 Transformação do índice da raiz e do expoente do radicando 4.5.3 Viajando para dentro e para fora do radical Exemplo 4.5.4 Fuja das armadilhas, cena 2 Todas as propriedades apresentadas são válidas quando as operações que as formam façam sentido. Não é verdade, por exemplo, que a e b. Acontece que que e para todos os valores de têm de fazer sentido. De outro modo: sendo verdade , não é verdade que porque a fracção à direita não faz sentido ( no campo real, que é onde, de momento, temos os pés!). 24 Capítulo MENOS UM 4.6 Nova chuva de exercícios 1 Efectue, até onde puder encontrar uma forma mais simples, os cálculos seguintes Resolvidos a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) m) Propostos n) Resposta o) Resposta 25 Capítulo MENOS UM p) Resposta q) Resposta r) Resposta s) Resposta 2 Resolva as equações especiais a) b) Resposta Resposta c) d) Resposta Resposta e) f) g) h) Resposta Resposta Resposta Resposta i) j) Resposta Resposta Impossível 26 Capítulo MENOS UM 5 O grande alargamento 5.1 A definição de potência de expoente fraccionário A completa flexibilidade nas operações com potências vem da definição ou convenção com p e q inteiros e desde que a expressão faça sentido....(que quer isto dizer?...). A ideia deve ter surgido de observações como Bom, a verdade é que resulta, as propriedades operatórias são mantidas e a nossa vida fica facilitada. Rodando e treinando, • • • • • • • Cuidado... 27 Capítulo MENOS UM • Mas.... • não faz sentido.... Do mesmo modo, • mas • não faz sentido. 5.2 Fuja das armadilhas, cena 3 Estas são mesmo más....Distinga bem.... • é uma potência de potência... Mas... • não é uma potência de potência... A maçada é que pode dar igual por mero acaso.... • é uma potência de potência... • 28 Capítulo MENOS UM Mas relembre o famoso provérbio Tibetano! Com base neste alargamento espera-se que saiba transformar para a frente e para trás expressões como • • • Ginástica, pura ginástica! 5.3 Fuja desta armadilha que é mesmo má!!! Caso nos apareça uma expressão como esta do Caso 1 podemos sentir algum desconforto ou mesmo calafrios se não reduzirmos a fracção antes de continuar. Ora veja: 29 Capítulo MENOS UM Situação ‘’Caso 1 socorro!!! 1’’ OPS!!!! Situação ‘’ Caso 1 socorro!!! 2’’ Estará certo? Em que ficamos? Situação Caso 1 estou salvo !!! Reduzir já! Será que escapámos de mais esta delicada situação? Que tal outro exemplo? Este é tão simples que ninguém espera escorregar. É o Caso 2. Situação ‘’Caso 2 socorro!!! 1’’ OPS!!!! Será verdade?.... 30 Capítulo MENOS UM Situação ‘’Caso 2 socorro!!! 2’’ A última expressão nem faz sentido. Mas há mais!! Situação ‘’Caso 2 socorro!!! 3’’ Sim, socorro....Sinto-me inseguro!! Em que ficamos? Situação Caso 2 estou salvo !!! Sim, reduzir já a fracção é a solução!! Nunca fiar!!! Agora é que está certo! Conclusão: tornar a fracção irredutível antes de partir à aventura!!! 5.4 Exercícios propostos Transforme as expressões seguintes. O objectivo é praticar. O resultado indicado pode não ser o único. a) Resposta: 31 Capítulo MENOS UM b) Resposta c) Resposta d) Resposta 6 Os famosos casos notáveis, ou os notáveis casos famosos Estes três casos aparecem com frequência em todo o tipo de desenvolvimentos matemáticos Quadrado da soma Quadrado da diferença Diferença de quadrados As expressões deduzem-se por simples desenvolvimentos algébricos. Faça. Estas expressões vão-nos permitir alargar o leque de exemplos e exercícios. 6.1 Exercícios resolvidos Desenvolva (ou contraia...) as seguintes expressões cheias de casos notáveis: a) b) c) Simplifique... d) e) f) 32 Capítulo MENOS UM Exercícios propostos (não se apresentam as soluções, são óbvias demais...) g) h) i) j) k) l) m) n) o) p) 33 Capítulo MENOS UM 7 Expressões algébricas Ginástica, mais ginástica. Supõe-se como adquirido que os alunos sabem bem as regras operatórias com polinómios nomeadamente a propriedade distributiva. 1 Desenvolva e simplifique as expressões seguintes: Exercícios resolvidos a) b) c) Exercícios propostos d) e) f) g) h) i) j) k) l) m) 2 Arranje-se para pôr em evidencia factores (ou factorizar) nas seguintes expressões mesmo que numa primeira observação não lhe pareça necessário: a) b) c) d) e) f) Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta g) Resposta h) Resposta i) Resposta 34 , s! Capítulo MENOS UM j) Resposta k) Resposta 3 Factorizações que são só para grandes especialistas: a) Resposta b) Resposta c) Resposta d) Resposta e) Resposta f) Resposta 35 Capítulo MENOS UM 8 Fuja das armadilhas, cena 4, especial ‘’sinal menos’’! Exercícios resolvidos; há sempre outras formas de se safar dos ‘menos’; não queira livrar-se deles todos ao mesmo tempo; pequenos passos; quando possível cancele dois a dois...veja as setas. a) b) ou c) d) e) Exercícios propostos (não damos as respostas para não limitar as opções). a) b) c) d) 36 Capítulo MENOS UM 9 Fracções! Temos muitas e boas razões para incluir algumas notas sobre este assunto. O problema não é tanto que apareçam disparates como ou complicações desnecessárias como A nossa preocupação é mais virada para erros deste tipo ETC! Seja como for, para evitar vazios e angústias... 37 Capítulo MENOS UM 9.1 Soma (ou diferença) de fracções Só se podem somar (ou subtrair) fracções com o mesmo denominador 9.2 Produto de fracções A regra mais fácil da álgebra elementar! Só com esforço se cometem erros. O produto de fracções é feito termo a termo. Atenção ao último passo, veja bem como nos livrámos do menos... É com base nesta operação que se podem fazer as famosas simplificações ou cortes! Fixe: em fracções • só pode cortar factores!!! • não pode cortar parcelas Mas isto é uma birra? Claro que não!! O corte de parcelas existe mas em adições.... 38 Capítulo MENOS UM Quanto às fracções esta meia dúzia de exemplos e contra exemplos vai ajudar: 1 2 Caso tenha a tentação de se livrar do –1 no penúltimo passo (lapso comum) e escrever 2* ERRO!! Tem duas maneiras de se auto verificar: pense como se factoriza neste outro caso 3 ou reconstrua a expressão de 2* a partir do penúltimo passo e veja que não dá o mesmo valor: 2* ...ATENÇÃO 4 que não se pode simplificar mais! 5 que não se pode simplificar mais! Mas por vezes pode ser conveniente complicar 5* ; mas isto não tem que ver com a designada lei do corte! 6 Por exemplo! 7 39 Capítulo MENOS UM 8 Atenção NÃO PODE PROCEDER A SIMPLIFICAÇÕES COMO ESTAS a) b) c) d) e) f) 9.3 Divisão de fracções Há uma regra que deve ter decorado pelo provérbio Mongol: os extremos a dividir pelos meios! Por vezes também é referido o provérbio Nepalês Casca com casca, miolo com miolo! Em Nepalês soa muito bem: shri pânch sarkâr mahârâjâdhirâja sadâ rahos unati. Exemplos 40 Capítulo MENOS UM Caso apareçam expressões como.... ou terá de identificar bem onde está a divisão principal; jogue pelo seguro, pequenos passos... Por vezes a simples colocação imprecisa do sinal “=” leva a erros desnecessários. 41 Capítulo MENOS UM Exercícios resolvidos 1 Desembarace-se dos denominadores duplos e simplifique Exercícios resolvidos 1 2 3 Exercícios propostos 1 2 3 4 42 Capítulo MENOS UM 10 Equações Caso o aluno tenha adquirido uma boa prática nos tópicos anteriores, a resolução de equações não deve apresentar dificuldades de maior. Supõe-se que o aluno, de tanto as repetir, conhece as regras para resolução de equações. Não vamos pois repeti-las, vamos praticá-las. 10.1 Equações lineares, mesmo só para aquecer, os alunos não costumam ter dificuldades a) b) c) d) 10.2 Equações com módulos, os mal amados Os alunos costumam detestar módulos axiomaticamente. E, no entanto, pode ser mais fácil do que parece. Pensem assim: se o módulo (valor absoluto) de uma quantidade é 3, então... • • Ou a quantidade já é 3 Ou a quantidade é –3 ...e com o módulo fica 3! Exemplo • Ou já é 3 então • Ou é –3 (e com o módulo fica 3) e então De modo mais formal ou • tem solução 43 Capítulo MENOS UM • tem solução Experimente a ver se é verdade: • • Este raciocínio resolve-lhe logo uma data de equações. 1 Resolva: Exercícios resolvidos a) Ou ou Complete a resolução b) Ou ou Complete a resolução c) é impossível ...pense que é equivalente a d) é um tigre de papel Exercícios propostos e) Dica: ou as quantidades são iguais ou são simétricas... 44 Capítulo MENOS UM ou ...conclua Também pode conjecturar que mas não acrescenta nada f) Dica ( ou ) conclua g) Necessariamente ambas as parcelas tem de ser zero. Donde... 10.3 Equações do 2º grau disfarçadas e outras travestidas 1 Resolva: Exercícios resolvidos a) b) c) d) e) Exercícios propostos a) b) c) Resposta Não use a fórmula resolvente! Resposta Cuidado com esta!!! Resolva-a e veja que a pode levar à 45 Capítulo MENOS UM forma que parece do 2º grau à séria mas não é porque simplificada fica ou que tem as soluções x=2 e x= –2. MAS x=2 não pode ser raiz desta equação...Porquê?....Assim sendo, a única raiz é x=–2. d) Cuidados idênticos com esta e) Não se canse muito com esta Resposta: não tem soluções f) Resposta g) Resposta: 10.4 Equações do 2º grau à séria Pretende-se com estas recorrer à mais famosa fórmula que aprendeu no liceu. A equação é resolúvel pela fórmula Dito assim, feito assim, não tem graça mas é preciso saber! A solução pode ser real ou complexa, de momento apenas as soluções reais nos interessam. Exercícios resolvidos a) donde b) Cuidado!! 46 Capítulo MENOS UM Exercícios propostos a) Não se canse... b) Não se canse... c) (lembra-se desta, chamada equação bi-quadrada?) d) Equações como • • também podem ser resolvidas por esta fórmula mas.. dá mais trabalho não tem graça No entanto não lhe fica mal experimentar. Resolva, pois, para rodar a fórmula resolvente d1) d2) d3) pela fórmula 10.5 Como inventar equações do 2º grau fáceis de resolver Se não sabe, fica a saber que se prova que se designar por S e por P respectivamente a soma e o produto das duas raízes da equação , esta se pode escrever na forma Será verdade? Vamos ver exemplos. a) Quero uma equação com raízes –2 e –1; S = -3, P = 2; a equação será Resolva e verifique. b) Quero uma equação com raízes ou e –1; S = , P = ; a equação será Resolva e verifique. Se não sabe fica também a saber que uma equação do 2º grau raízes e se pode sempre factorizar 47 com Capítulo MENOS UM c) Factorize a equação As raízes vêm da resolução de e são 3 e ; então a equação também se pode escrever Verifique. Abuso de linguagem. Ao falarmos de factorizar a equação estamos a incorrer num abuso de linguagem. O que se factoriza é o trinómio , que não precisa de ser igualado a zero para ser decomposto em factores. Mas como a factorização põe logo em claro quais são as raízes do trinómio, cometemos esse abuso por excesso de à vontade sem que venha mal ao mundo. Para compensar eis alguns exercícios propostos, correctamente formulados: a) Decomponha os seguintes trinómios em factores do 1º grau . b) Determine dois números cuja soma seja 4 e cujo produto seja 3 sem recorrer a um sistema de equações. c) Será que a decomposição também resulta para raízes complexas? Tentemos...Escreva uma equação do 2º grau de coeficientes reais que admita a solução . Dica: se admite esta, admite também ....Será que a parte imaginária desaparece ao fazermos a Soma e o Produto?... d) Determine b de modo que a equação tenha a solução . e) Construa a equação bi-quadrada que admita as raízes 2 e –3. Dica: equação bi quadrada? Não se lembra?... ....Já terá resolvido uma no ponto 10.4. 48 Capítulo MENOS UM 10.6 Equações de graus superiores ainda resolúveis Acima do segundo grau apenas casos particulares podem ser resolvidos. Casos particulares quer dizer que em geral será a lei do anulamento do produto a ajudar-nos ou que uma raiz salta a vista e .... Exercício resolvido a) Factorizando em termos de menor grau As soluções são , , e Exercícios propostos b) c) d) e) (cuidado com a tentação de aplicar logo a fórmula resolvente! Uma raiz salta a vista...) f) g) h) 49 Capítulo MENOS UM 11 Sistemas de duas equações lineares; método de redução A resolução de sistemas com muitas equações e com muitas incógnitas será objecto de estudo aprofundado na disciplina de Álgebra Linear. De momento pretendemos nesta revisão que os alunos adoptem o método de redução ao resolverem sistemas de duas equações lineares em casos elementares. É um método elegante, simples e muito menos vulnerável a erros do que o método de substituição. Aliás, nunca ouvimos falar do método de substituição (Provérbio Butanês!) Exemplos a) Neste primeiro exemplo começamos com o sistema já numa forma preparada, simples, para ilustrar o método: Porquê? Note que aos termos em foi dado o coeficiente simétrico. Agora somamos ordenadamente as equações e o x desaparece! Magia! Sobra , donde É proibido usar o método de substituição para determinar x!! Embora neste caso até fosse simples pois .... Porquê? Agora somamos ordenadamente as equações e o y desaparece! Magia! Sobra , donde b) Caso o sistema não esteja arrumado na designada forma canónica apenas temos de o organizar nessa forma. Isso é um exercício que nos faz bem. 50 Capítulo MENOS UM Agora começa a ter graça. ...Sobra ou Sobra Verifique se está certo por substituição na primeira equação. c) d) Este vai dar impossível....O que será isso? Leve-o à forma canónica e verá como é fácil de entender e) E este vai dar indeterminado....O que será isso? Leve-o à forma canónica e verá como é fácil de entender 51 Capítulo MENOS UM 12 Inequações 12.1 Inequações lineares e com módulos As inequações são muito parecidas com as equações. Mas levantam algumas armadilhas específicas. A maior delas é que quando multiplicamos ambos os membros da inequação por um número negativo, o sinal da inequação tem de mudar. Em casos simples esta é mesmo a única diferença. Convém no entanto perceber bem porquê; pegue num lápis, desenho um eixo ordenado, e ilustre: Se , então , , etc. MAS Se , então , , , , etc. Tendo atenção a este pequeno pormenor a resolução é como se fosse uma equação. a) b) ATENÇÃO!! É AQUI! c) Esta confortável situação desaparece rapidamente com uma desigualdade como esta ; temos vontade de nos desembaraçar de denominadores MAS erramos se fizermos a seguinte passagem Onde está o erro? Está em que não sabemos o sinal de sinal da desigualdade ou não. e não sabemos se devemos inverter o 52 Capítulo MENOS UM A forma correcta é fazer aparecer zero no lado direito (apenas porque é mais prático! ) da desigualdade e então jogar com os sinais dos intervenientes. Vamos a isto: Não fizemos nenhuma operação com implicações no sinal. E chegamos a um ponto onde podemos avaliar o sinal da fracção pelo sinal do numerador e do denominador. Costuma-se analisar esta variação simultânea num quadro muito cómodo: x 6 -x+6 2x-7 + - + 0 Sem senti do + + + 0 + + 0 - A solução da inequação dada é a seguinte Note no entanto que, havendo outras formas de chegar a esta solução, a informação do quadro resolve todas as inequações que envolvam a expressão e não apenas a desigualdade dada. Por exemplo tem solução Com o mesmo tipo de raciocínio resolvem-se inequações onde figuram expressões não lineares desde que as saibamos decompor em factores. 53 Capítulo MENOS UM A habitual chuva com alguns exemplos resolvidos. a) Fuja das armadilhas!!! Este é um clássico para o seguinte famoso ERRO: Está errado. Há várias maneiras de desconfiar... i) Pense em ; menor que 1 MAS não é menor que ZERO ii) Para um número ao quadrado ser menor que 1, o número ele mesmo NÃO pode ser muito grande. iii) Graficamente desenhando a função Mas o melhor é mesmo resolver bem....Comece por factorizar: depois faça o quadro e verá que a solução é Deve também fugir de resoluções destas É a técnica do estudo dos sinais que deve usar quando aparecerem inequações onde só figurem factores b) Faça o quadro... c) Faça o quadro... d) Faça o quadro... e) Faça o quadro... f) Se adormeceu é o momento de acordar!! 54 Capítulo MENOS UM g) Identifique as proposições verdadeiras: Falso Verdadeiro Depende de x Verdadeiro Falso Verdadeiro h) Diga quais das desigualdades seguintes são sempre verdadeiras Verdadeiro Falso; pense em Falso; pense em Verdadeira Falsa 12.2 Algumas inequações de grau superior Já foram apresentadas algumas. Podemos resolver inequações de qualquer grau desde que possamos factorizar a expressão algébrica de tal modo que as raízes dos factores ressaltem e desde que a inequação esteja na forma menor ou igual ou maior ou igual que zero. Se assim não for a resolução é impossível por via analítica e apenas em casos muito particulares é possível encontrar soluções. Exercícios resolvidos a) Faça o quadro...depois de ter todas as raízes b) Faça o quadro...depois de ter todas as raízes c) 55 Capítulo MENOS UM Comece por factorizar ; -100 X então +100 - 0 + 0 + + + + 0 - 0 + Ou seja, d) Dica: , . Então.... d) Dica: as variações de sinal de e de já estão estudadas. Então só precisa de fazer um grande quadro com 4 linhas... e mais uma linha... e mais outra linha. e) . Primeiro passo . Segundo passo.... 56 Capítulo MENOS UM 12.3 Algumas inequações de grau superior Inequações com módulos: um medo desnecessário As duas situações de referência que o vão ajudar a evitar erros são estas Se e terá de ser simultaneamente . Pense: se em modulo um número é menor que 3, esse número não pode ser muito grande!!! Nem acima de 3 nem abaixo de –3. Neste caso é equivalente a . Assim se resolvem de forma correcta inequações como ( ) donde ( Seguindo a lógica apresentada com ) ou . também podia ter escrito , que é uma inequação dupla Se terá de ser alternativamente ou Pense: se em módulo um número é maior que 3, esse número tem de ser muito grande!!! Para ser grande, ou já está acima de 3 ou está abaixo de –3 e o módulo trata do resto! Assim se resolvem de forma correcta inequações como ( ) donde ( ou 57 ) Capítulo MENOS UM 12.4 Sistemas de inequações A expressão sistema de inequações não pode ser entendida da mesma forma que sistema de equações. O sistema tem uma só incógnita (ao contrário de um sistema de equações) e terá por solução (se a tiver) um intervalo que é um conjunto de valores de x que verificam simultaneamente as duas desigualdades. Resolvendo Um sistema pode não ter solução (ou ter como solução o conjunto vazio); exemplo: Exercícios propostos a) ou b) 58 Capítulo MENOS UM c) Impossível, nenhum valor de x satisfaz a primeira equação, logo nenhum a satisfaz seja em que companhia for!!! Cuidado com esta situação. Veja o caso seguinte: d) Impossível, nenhum valor de x satisfaz a primeira equação, logo nenhum a satisfaz seja em que companhia for!!! Óptimo, olhando para as duas últimas expressões estava assustado. d) Dica: neste caso (note bem, neste caso!!!) pode desembaraçar-se da primeira com elegância já que o denominador é sempre não negativo... Vamos ajudar. Como o denominador é sempre positivo, a resolução fica muito facilitada! Conclua! e) Umas dicas porque é de certeza positivo e não há perigo de não invertermos o sinal. Quanto à segunda inequação.. 59 Capítulo MENOS UM Vá, agora é consigo!!! 13 O desenvolvimento de Foi-lhe dito, e bem, que se quisesse obter o desenvolvimento de deveria recorrer a uma astúcia: . Estando certo, não espera certamente ter que a usar para calcular . O desenvolvimento de é obtido da forma seguinte: Esta fórmula tem uma alternativa que lhe é equivalente (de outro modo não era alternativa...) Eu prefiro a primeira e vamos tomá-la como referência. Esta fórmula, chamada binómio de Newton, tem uma lógica tão airosa que só por teimosia a irá decorar! No Butão decorar esta fórmula é um castigo por fumar em público. Deve sabe que . Análise combinatória, lembra-se? Deve também saber que Quanto a . Lembra-se? deixo à sua criatividade.... A vida torna-se fácil! Verifique que 60 Capítulo MENOS UM Agora ao contrário: Simplifique os cálculos em Exercícios resolvidos Desenvolva os seguintes binómios a) b) Oriente-se por Simplifique por si!!! c) Oriente-se por d) Calcule o valor de SEM máquina de calcular O objectivo é apenas fazer ginástica!! Não está proibido de usar a máquina para verificar o resultado de e) Calcule o valor de com seis decimais e sem máquina de calcular. 61 Capítulo MENOS UM O objectivo é apenas fazer ginástica!! Não está proibido de usar a máquina para verificar o resultado de f) Demonstre que o cardinal do conjunto das partes de um conjunto de n elementos é . Uma demonstração divertidíssima!!! Se não se lembra, de que se lembra? g) Calcule o sexto termo do desenvolvimento de Exercício típico em que é preciso lembrar que adoptámos a fórmula para referência. O sexto termo será ...já está quase tudo feito... h) Calcule o sétimo termo do desenvolvimento de . Exercício típico em que é preciso lembrar que adoptámos a fórmula ...já tínhamos dito, não já? O sétimo termo será ...já está quase tudo feito... 62 Capítulo MENOS UM Exemplos de testes passados 07 de Outubro de 2006 Duração: 90 minutos 1 (1 valor) Escreva as expressões seguintes sem denominadores nas formas mais simplificadas que possa: 2 (1 valor) Efectue as seguintes operações e apresente o resultado sem raízes e na forma de uma fracção (a forma final da resposta não é única): 3 (1.5 valores) Transforme as expressões seguintes mas apresente o resultado como produto de dois novos binómios: a) b) 4 (2.5 valores) Resolva: a) b) 5 (1.5 valores) Resolva as seguintes inequações do 2º grau: a) b) 63 Capítulo MENOS UM 6 (1 valor) Simplifique a seguinte expressão mas no resultado final use, no máximo, um sinal ‘menos’: 7 (2 valores) Sendo a e b números positivos, diga quais das expressões seguintes estão correctas, justificando sucintamente: 8 (1.5 valores) Resolva as equações especiais: a) b) 9 (1 valor) Escreva como uma raiz única: 64 Capítulo MENOS UM 10 (2 valores) Diga quais das seguintes expressões fazem sentido e quais não fazem mas explique porquê sucintamente: a) b) c) d) 11 (2 valores) Escreva o 3º termo de um expoente negativo. com um único x no qual colocará 12 (3 valores) Resolva os seguintes sistemas de inequações: a) b) 65 Capítulo MENOS UM Exemplos de testes passados 06 de Outubro de 2007 Duração: 90 minutos GRUPO I Diga apenas se é verdadeiro ou falso indicando a sua resposta no quadro abaixo (cada resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,3 valores): 1. é menor que 2. -102 é igual a 100 3. (3xy)3 é igual a 3x3y3 para x,y quaisquer 4. 5. 6. não faz sentido 7. 8. 00 é igual a 1 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Questão 1 Valor lógico 2 3 4 5 6 Verdadeiro Falso 66 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Capítulo MENOS UM Grupo II Resolva e apresente sempre o conjunto-solução: 1 (1 valor) 2 (1 valor) 67 Capítulo MENOS UM 3 (1 valor) 4 (1 valor) 68 Capítulo MENOS UM 5 (1 valor) 6 (1 valor) 69 Capítulo MENOS UM 7 (1 valor) 70 Capítulo MENOS UM Grupo III Simplifique as seguintes expressões ao máximo. 1 (1,25 valores) 2 (1,25 valores) 71 Capítulo MENOS UM Grupo IV Escreva como uma potência de expoente fraccionário de x: 1 (1,5 valores) 2 (1,5 valores) Copyright 72