Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Introdução O Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) recomendou, em março de 2009, que os “dirigentes máximos das entidades gestoras de dinheiros, valores ou património públicos” elaborassem planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas”. O plano deve identificar os riscos de corrupção e infrações conexas para cada uma das áreas da organização e, principalmente, indicar e implementar medidas que os previnam. Deve igualmente definir e identificar os responsáveis envolvidos na gestão do plano, e elaborar anualmente um relatório sobre a sua execução. Durante o ano de 2009, a Universidade do Minho protagonizou um complexo processo de migração para o novo quadro legal do ensino superior e dos seus novos estatutos, que envolveu mudanças dos seus orgãos de governo, incluindo a equipa reitoral, o que justificou que o inquérito do CPC para levantamento dos riscos de corrupção e infrações conexas não tenha sido efetuado em 2009, ou, se o foi, não se conhecem os resultados. Em 2010, a Universidade elaborou o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, tendo iniciado a implementação de procedimentos e mecanismos adequados. Apresenta-se aqui a revisão do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, envolvendo já a avaliação do trabalho desenvolvido . 2 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas I Atribuições da Universidade do Minho, Organogramas e identificação dos responsáveis 3 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Identificação da Entidade A1. Denominação Universidade do Minho. A2. Natureza e regime jurídico A Universidade do Minho é uma pessoa coletiva de direito público, dotada de autonomia estatutária, científica, pedagógica, cultural, administrativa, patrimonial, financeira e disciplinar. A3. Missão “A Universidade tem como missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, que tenha o saber, a criatividade e a inovação como fatores de crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade” (Estatutos da Universidade do Minho, art. 2º) A4. Objecto O cumprimento da missão é realizado num quadro de referência internacional, com base na centralidade da investigação e da sua estreita articulação com o ensino, mediante a prossecução dos seguintes objetivos: a) a formação humana ao mais alto nível, nas suas dimensões ética, cultural, científica, artística, técnica e profissional, através de uma oferta educativa diversificada, da criação de um ambiente educativo adequado, da valorização da atividade dos seus docentes, investigadores e pessoal não docente e não investigador, e da educação pessoal, social, intelectual e profissional dos seus estudantes, contribuindo para a formação ao longo da vida e para o exercício de uma cidadania activa e responsável; b) a realização de investigação e a participação em instituições e eventos científicos, promovendo a busca permanente da excelência, a criatividade como fonte de propostas e soluções inovadoras e diferenciadoras, bem como a procura de respostas aos grandes desafios da sociedade; c) a transferência, o intercâmbio e a valorização dos conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos, através do desenvolvimento de soluções aplicacionais, da prestação de serviços à comunidade, da realização de ações de formação contínua e do apoio ao desenvolvimento, numa base de valorização recíproca e de promoção do empreendedorismo; d) a promoção de atividades que possibilitem o acesso e a fruição de bens culturais por todas as pessoas e grupos, internos e externos à Universidade; e) o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições e organismos nacionais e estrangeiros, através da mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente e não investigador, do desenvolvimento de programas; f) a promoção de atividades que possibilitem o acesso e a fruição de bens culturais por todas as pessoas e grupos, internos e externos à Universidade; g) o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições e organismos nacionais e estrangeiros, através da mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente e não investigador, do desenvolvimento de programas educacionais e da investigação com base em parcerias, da contribuição para a cooperação internacional, com especial destaque para os países europeus e de língua oficial portuguesa, e da construção de um ambiente multilinguístico na Universidade. 4 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e) a interação com a sociedade, através de contribuições para a compreensão pública da cultura, da análise e da apresentação de soluções para os principais problemas do quotidiano, e de parcerias para o desenvolvimento social e económico, nos contextos regional, nacional ou internacional; f) a contribuição para o desenvolvimento social e económico da região em que se insere e para o conhecimento, defesa e divulgação do seu património natural e cultural; h) a promoção da sua sustentabilidade institucional e da sua competitividade no espaço global. B. Modelo de Governo O modelo de governo da Instituição preconizado nos atuais Estatutos é apresentado no organograma da Figura 1. Figura 1 – Organograma da Universidade do Minho A Figura 2 apresenta o organograma funcional da Universidade do Minho, com a designação de todas as Unidades Orgânicas de Ensino e de Investigação. A Figura 3 explicita a área de atividade dos Vice-Reitores e Pró-Reitores e as interações com os outros órgãos da estrutura diretiva da Universidade. São indicados ainda os responsáveis dos diversos órgãos na Universidade do Minho. 5 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Figura 2. Organograma funcional Figura 3 – Organograma da equipa reitoral 6 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Conselho Geral Constituição Competências Presidente: • Compete ao Conselho Geral, entre outras Álvaro Laborinho Lúcio Aprovar as alterações aos Estatutos da Universidade, nomeadamente no que respeita à criação, transformação ou extinção de unidades e subunidades orgânicas Vice-Presidente: • Isabel Furtado Secretário: • Apreciar os atos do Reitor e do conselho de gestão Ana Paula Marques Aprovar o pano estratégico de médio prazo e o plano de ação para o quadriénio propostos pelo Reitor Representantes dos Professores e Investigadores: • Jorge Manuel Rolo Pedrosa Aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade nos planos científico, pedagógico, financeiro e patrimonial • Licínio Carlos Viana Silva Lima • Luís Alfredo Martins Amaral • Rui António Rodrigues Ramos • Lúcia Portela de Lima Rodrigues Aprovar as propostas de orçamento bem como as contas anuais consolidadas • Margarida Paula Amorim Casal Fixar as propinas • Francisco José Alves Coelho Veiga • Manuel Joaquim da Silva Pinto Propor, ou autorizar, a aquisição ou alienação de património imobiliário da Universidade • Álvaro Iriarte Saroman Aprovar propostas de contratos-programa • Maria Clara Faria Costa Oliveira • Ana Cristina Gomes Cunha • Ana Paula Pereira Marques Representantes dos Estudantes: • Carlos Alberto da Fonte Videira • Pedro Alexandre Pereira Sanches • César Manuel Moreira da Costa • Bruno Jorge Travassos Alcaide Representante do Pessoal não docente e não investigador: • Maria Fernanda Teixeira Ferreira • Membros Externos Cooptados: • Álvaro Laborinho Lúcio • António Murta • Manuel Carvalho da Silva • Paula Moura Pinheiro • Howard Davies 7 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Reitor Cargo António M. Cunha Reitor Competências Dirige e representa a Universidade. Compete-lhe elaborar o plano estratégico de médio prazo, e o plano de ação para o quadriénio do seu mandato, definir as linhas gerais de orientação nos planos científico e pedagógico, as propinas devidas pelos estudantes, as propostas de criação, transformação, ou extinção de unidades ou subunidades orgânicas, de aquisição ou alienação de património imobiliário e de operações de crédito, os planos de atividade anuais e respetivos relatórios bem como os orçamentos e contas anuais consolidadas, a fim de serem apresentados ao Conselho Geral. Compete-lhe ainda aprovar a criação, suspensão ou extinção de ciclos de estudos e aprovar valores máximos para novas admissões e inscrições de estudantes, superintender na gestão académica garantindo a qualidade do ensino e da investigação, conceder estatuto de professor emérito, aprovar sistemas de autoavaliação da Universidade e avaliação dos trabalhadores docentes, não docentes e investigadores, nomear e exonerar dirigentes e exercer o poder disciplinar, aprovar regulamentos previstos na lei e nos estatutos. Compete-lhe ainda promover a obtenção de meios financeiros adequados ao bom funcionamento da Universidade, prover as unidades orgânicas com recursos financeiros, garantindo mecanismos de coesão interna, atribuir apoio aos estudantes e prémios escolares, reafectar recursos humanos e financeiros. Compete-lhe ainda superintender serviços de ação social. 8 os Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Equipa Reitoral Cargo Pelouro António M. Cunha Reitor Coordenação e direção Rui Vieira de Castro Vice-Reitor Educação Rui Luís Gonçalves Reis Vice-Reitor Investigação José F. Mendes Vice-Reitor Valorização do Conhecimento e Projetos Especiais Graciete Dias Vice-Reitor Qualidade e Avaliação José Filipe Vilela Vaz Pró-Reitor Novos Projetos de Ensino Carla Cristina Esteves Martins Pró-Reitor Internacionalização do Ensino Paulo Ramísio Pró-Reitor Infraestruturas e Sustentabilidade Conselho de Gestão Constituição Competências Reitor - Profº António Cunha Profº Rui Vieira de Castro Conduzir a gestão administrativa, patrimonial e financeira da Universidade, bem como a gestão dos seus recursos humanos. Profª Graciete Dias Fixar taxas e emolumentos. Profº José Mendes Administrador, Engº José Fernandes 9 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação UOEI Dirigentes Escola de Arquitectura (EA) Presidente: Professor Vincenzo Riso Vice-Presidentes: Profº Paulo Almeida Profº Ana Luísa Rodrigues Escola de Ciências (EC) Secretária da EA Drª Ana Carolina Esteves Pires Presidente: Professora Estelita Rodrigues Vaz Vice-Presidentes: Profº Stéphane Clain Profª José Manuel Meijome Profª Sandra Cristina A. Paiva Secretária da EC Escola de Ciências da Saúde (ECS) Presidente: Vice-Presidentes: Drª Sofia Barreto Professora Maria Cecília Leão Profº Jorge Rolo Pedrosa Profº Nuno Jorge Carvalho Sousa Profª Joana Almeida Pacheco Palha Secretário da ECS Escola de Direito (ED) Drª Maria Paulina Dias Martins Sousa Presidente: Professora Maria Clara Calheiros Vice-Presidentes: Profº Cristina Dias Profº João Sérgio Ribeiro Secretária da ED Escola de Economia e Gestão (EEG) Presidente: Vice-Presidentes: Drª Sandra Cerqueira Amorim Gameiro Professor Manuel Rocha Armada Profº Luís Francisco Aguiar Conraria Profº Artur Jorge Pereira Rodrigues Profº João Carlos Cerejeira Silva Escola de Engenharia (EENG) Secretária da EEG Drª Aleida Carvalho Presidente: Professor João Luís Monteiro Vice-Presidentes: Profº António Gomes Correia Profº Guilherme Augusto Pereira Profª Rosa Maria Castro Vasconcelos Secretário da EENG Drª Márcia Rodrigues Souto Escola de Psicologia (EP) Presidente: Professora Isabel Maria Costa Soares Vice-Presidentes: Profº Mário Miguel Osório Gonçalves Profº Pedro Sales Fonseca Rosário Secretário da EP 10 Drº António Santos Lourenço Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Escola Superior de Enfermagem (ESE) Presidente: Vice-Presidentes: Professora Maria Isabel Lage Profº Maria Manuela Almendra Magalhães Profº Rui Manuel Freitas Novais Secretária da ESE Instituto de Ciências Sociais (ICS) Presidente: Vice-Presidentes: Profª Virgínia Barroso Henriques Professora Maria Helena Costa Sousa Profº Emília Rodrigues Araújo Profª Teresa Augusto Correia Ruão Pinto Secretária do ICS Instituto de Educação (IE) Drª Arminda Lúcia Azevedo Presidente: Professor José Augusto Pacheco Vice-Presidentes: Profª Leonor Maria Lima Torres Profª Ana Maria Henriques Serrano Profº José António Soares Carvalho Secretária do IE Drª Luísa Teixeira Machado Santos Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) Presidente: Professora Eunice Silva Ribeiro Vice-Presidentes: Profº Orlando Alfred Arnold Grossegesse Profª Lúcia Carmo Amaral Curado Profº Joaquin Nuñez Sabarís Secretária do ILCH 11 Drª Ìris do Carmo Silva Saraiva Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Investigação e Desenvolvimento: Centros FCT Escola Centro de Investigação Diretor ENG 3 B's - Research Group - Biomaterials, Biodegradables and Biomimetics Prof. Doutor Rui Luís Gonçalves Reis ENG Centro Algoritmi Prof. Doutor Ricardo Jorge Silvério Magalhães Machado ECUM Centro de Biologia Funcional de Plantas Prof. Doutor Rui Manuel Peixoto Tavares ECUM Centro de Biologia Molecular e Ambiental Prof. Doutora Margarida Paula Pedra Amorim Casal ENG Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil Prof. Doutor Fernando Batista Nunes Ferreira ECUM Centro de Ciências da Terra Prof. Doutora Maria Isabel Santos Rosa Caetano Alves ENG Centro de Ciências e Tecnologias da Computação Prof. Doutor José Manuel Ferreira Machado ENG Centro de Engenharia Biológica Prof. Doutor José António Couto Teixeira ICS Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Prof. Doutor Moisés Adão Lemos Martins ED Centro de Estudos em Direito da União Europeia Prof. Doutora Alessandra Aparecida Souza Silveira ILCH Centro de Estudos Humanísticos Prof. Doutora Ana Gabriela Vilela Pereira Macedo ECUM Centro de Física Prof. Doutor Nuno Miguel Machado Reis Peres ICS Centro de Investigação em Ciências Sociais Prof. Doutora Ana Paula Pereira Marques IE Centro de Investigação em Educação Prof. Doutora Maria Lourdes Trindade Dionísio IE Centro de Investigação em Estudos da Criança Prof. Doutora Maria Graça Ferreira Simões Carvalho EP Centro de Investigação em Psicologia Prof. Doutor Mário Miguel Machado Osório Gonçalves ENG Centro de Investigação em Software Confiável Prof. Doutor Rui Carlos Mendes Oliveira ECUM Centro de Investigação Geológica, Ordenamento e Valorização de Recursos Prof. Doutor Alberto Silva Lima ED Centro de Investigação Interdisciplinar em Direitos Humanos Prof. Doutor Pedro Carlos Silva Bacelar Vasconcelos 12 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas ICS Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória Prof. Doutor Arnaldo Rui Azevedo Sousa Melo ECUM Centro de Matemática Prof. Doutora Ana Jacinta Pereira Costa Soares ECUM Centro de Química Prof. Doutora Maria João Ribeiro Peixoto Queiróz ENG Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais Prof. Doutor José Carlos Fernandes Teixeira ENG Centro de Território, Ambiente e Construção Prof. Doutor Paulo António Alves Pereira ENG Centro de Investigação em Gestão Industrial e da Tecnologia Prof. Doutora Maria Madalena Teixeira Araújo ENG Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering Prof. Doutor Paulo José Brandão Barbosa Lourenço ECS Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde Prof. Doutor Jorge Manuel Rolo Pedrosa IPC Instituto de Polímeros e Compósitos Prof. Doutor Júlio César Machado Viana ED Núcleo de Estudos de Direito das Autarquias Locais Prof. Doutor António Cândido Macedo Oliveira EEG Núcleo de Estudos em Administração e Políticas Públicas Prof. Doutora Sílvia Maria Vele Mendes Camões EEG Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais Prof. Doutor José António Passos Palmeira EEG Núcleo de Investigação em Microeconomia Aplicada Prof. Doutora Priscila Andrea Marques Ferreira EEG Núcleo de Investigação em Políticas Económicas Prof. Doutor Odd Rune Straume EEG Núcleo de Investigação iMARKE - Investigação em Marketing e Estratégia Prof. Doutor José Carlos Martins Rodrigues Pinho ECUM Biosystems & Integrative Sciences Institute Prof. Doutor Rui Tavares ICS Laboratório de Paisagens, Património e Território Prof. Doutora Maria Manuela dos Reis Martins ENG Mechanical Engineering and Resource Sustainability Center Prof. Doutor José Carlos Fernandes Teixeira ICS Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território Prof. Doutor António Bento Gonçalves 13 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Unidades Culturais e Diferenciadas Dirigentes Arquivo Distrital de Braga (ADB) Drº António Sousa Biblioteca Pública de Braga (BPB) Drº Elísio Silva Maia Araújo Casa Museu de Monção (CMM) Profº José Viriato Eiras Capela Centro de Estudos Lusíadas (CEL) Profª Virgínia Conceição Soares Pereira Museu Nogueira da Silva (MNS) Profº Carlos Alberto Lago Cruz Corais Unidade de Arqueologia (UA) Profª Maria Manuela Reis Martins Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva Drª Aida Pires Branco Alves Instituto Confúcio Profª Sun Lam Unidade de Educação de Adultos (UEA) Profº Rui Manuel Costa Vieira de Castro 14 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Unidades de Serviços Dirigentes Serviços de Apoio ao Reitor Drª Heliana Silva Assessoria Jurídica (AJ) Profª Doutor António Cunha Direcção de Recursos Humanos (DRH) Dr. Luís Carlos Fernandes Direcção Financeira e Patrimonial (DFP) Drª. Manuela Pereira Gabinete de Auditoria e Controlo (GAC) Drº Manuel Carvalho Serviços para a Garantia da Qualidade (SGAQ) Profª Graciete Dias Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem (GCII) Profª Serviços de Relações Internacionais (GRI) Drª Adriana Carvalho Direcção de Tecnologias e Sistemas de Informação (DTSI) Eng José Machado Fernandes Gabinete de Apoio ao Ensino (GAE) Eng. Filipe José Clemente Serviços de Comunicações (SCOM) Eng. Paulo Valverde Costa Serviços Académicos (SA) Drª Carla Lavrador Serviços de Documentação (SD) Drº Eloy Rodrigues Serviços Técnicos (ST) Engª Helena Campos 15 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Serviços da Reitoria Serviço Missão Competências Dirigente/ Responsável Serviços de Apoio ao Reitor Assegurar o funcionamento do Gabinete do Reitor, nos aspectos técnico e administrativo Assegurar a comunicação e articulação com os órgãos de governo da U.M. e com o exterior Drª Heliana Silva Receber, registar e arquivar toda a documentação e realizar o expediente relativo a publicações na imprensa oficial Recolher e sistematizar a legislação relevante Promover a tramitação e controlo dos processos de contratação, colaboração e cooperação Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem Assegurar a implementação da política e estratégias de comunicação e imagem da Universidade Estabelecer contatos com as unidades orgânicas da Um e entidades externas, nomeadamente a comunicação social para desenvolver as atividades previstas Drª Júlia Pereira Assegurar a criação de materiais informativos e promocionais Coordenar a organização de sessões solenes, conferências e outras atividades promovidas pela Reitoria, superintendendo o respectivo protocolo Assessoria Jurídica Divisão Académica Estudar e tratar assuntos nos domínios da consulta jurídica, procedimento e contencioso administrativo e processo disciplinar Assegurar o funcionamento técnico e administrativo do Senado Académico e apoiar concursos e provas académicas Elaborar informações e estudos jurídicos Prof. Doutor António Cunha Preparar projetos de resposta em ações, recursos e outros processos de contencioso, de que sejam notificados órgãos ou presidentes de órgãos da Universidade, e acompanhar o seu andamento Organizar processos relativos à realização de provas de agregação, doutoramento, processos de equivalência, e concursos para admissão ou promoção na carreira de pessoal docente Manter registos atualizados da 16 Drº Victor Soares Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas oferta educativa e organizar processos de criação, modificação ou extinção de cursos de 1º, 2º ou 3º ciclo Manter atualizado o registo de deliberações do Senado, e proceder à sua divulgação Serviços Administrativos e Financeiros Serviço Direcção de Recursos Humanos Missão Competências Participar na definição da política de gestão da Universidade nos domínios administrativo e de pessoal Implementar a política de gestão de recursos humanos Dar parecer e submeter a despacho superior os assuntos relativos aos sectores de si dependentes e de que não haja delegação Propor, divulgar e monitorizar o plano de necessidades de formação Dirigente/ Responsável Drº Luís Carlos Fernandes Produzir indicadores de gestão de recursos humanos Organizar procedimentos de contratação Exercer todas as competências que lhe forem delegadas e atribuídas por lei Direcção Financeira e Patrimonial Implementar e coordenar a gestão financeira/orçamental, garantindo o cumprimento de todos os normativos legais e procedimentais adequados, em conformidade com os princípios de responsabilização e prestação de contas Implementar e coordenar a gestão financeira e orçamental Elaborar a proposta técnica e acompanhar a execução do orçamento Efetuar o acompanhamento periódico do orçamento Assegurar a gestão financeira e patrimonial da Universidade, promover a elaboração do orçamento e acompanhar a sua execução propondo as alterações necessárias 17 Drª Manuela Pereira Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Gabinete de Auditoria e Controlo Contribuir para a melhoria do processo de gestão, através do apoio aos órgãos de gestão da Universidade do Minho nos domínios da gestão financeira e patrimonial e da auditoria interna Apoio técnico em matéria económica, financeira e patrimonial Drº Manuel Carvalho Proceder a ações de avaliação da adequação dos procedimentos em matéria de gestão de recursos com especial incidência nos financeiros e patrimoniais Contribuir para a promoção e implementação de processos que visem desenvolver a melhoria dos sistemas e procedimentos administrativos e de controlo interno Serviços Especializados Serviço Direcção de Tecnologias e Sistemas de Informação Missão Competências Dirigente/ Responsável Desenvolver, manter e coordenar os sistemas de informação da Universidade Garantir apoio aos órgãos e unidades da Universidade, coordenando e gerindo os sistemas de informação em todas as suas dimensões Eng. José Manuel Fernandes Fornecer serviços de informação estáveis e compatíveis com as necessidades existentes e emergentes Gerir os protocolos institucionais relacionados com contratos de software e hardware transversais na Universidade Emitir pareceres de avaliação e seleção de equipamentos e aplicações necessárias à gestão Serviços Académicos Gerir administrativamente os processos escolares dos alunos Informar, organizar e acompanhar os processos relativos à matrícula, inscrição, frequência e aproveitamento dos alunos em todos os ciclos Assegurando o atendimento a alunos, docentes e público em geral Assegurar o apoio administrativo aos cursos de preparação, bem como á realização das provas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos Manter atualizados os dados respeitantes a programas e planos de estudo, emitir diplomas e suplementos ao diploma, organizar processos administrativos relativos a consultas de 18 Drª Carla Lavrador Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas provas, reclamações, processos de reconhecimento de grau ou equivalências, e outros Atender e prestar informações aos utentes sobre questões relacionadas com os serviços académicos Registar e depositar as receitas arrecadadas pelos Serviços Académicos provenientes de propinas e taxas diversas Serviços de Comunicações Fornecer serviços e infraestrutura de comunicações à UMinho Gerir tecnicamente as infraestruturas de voz e dados da UMinho, apoiar as salas de acess grid existentes nos campi, bem como os serviços de segurança na área das comunicações Eng. Paulo Valverde Serviços de Documentação Gerir todas as unidades funcionais de biblioteconomia e informação bibliografia na UMinho Recolher, gerir e facultar informações bibliográficas a toda a UMinho, acionando as tarefas e serviços de biblioteca Drº Eloy Rodrigues Garantir o normal funcionamento do sistema informático dos SDUM, assegurando a sua interligação com outros sistemas ou redes de informação científica e técnica Executar a aquisição de bibliografia e outros recursos informativos Serviços para a Garantia da Qualidade Coordenar, acompanhar e apoiar o desenvolvimento das atividades de avaliação e promoção da qualidade dos projetos de ensino, investigação e interação com a sociedade Garantir a coordenação e apoiar os processos de avaliação interna e externa Drª Isabel Santos Serviço de Relações Internacionais Coordenar, acompanhar e apoiar operacionalmente o desenvolvimento de todas as atividades de internacionalização do ensino Recolher, tratar informação e coordenar ações de cooperação internacional bem como programas e iniciativas de cooperação e mobilidade académica Drª Adriana Carvalho Serviços Técnicos Participar ativamente no planeamento e gestão dos projetos de construção da Universidade Gerir os espaços pedagógicos da UMinho Engª Helena Campos Coordenar e dinamizar a implementação do Sistema Interno para a Garantia de Qualidade Gerir o Portal Alumni-UM Coordenar o Observatório da Oferta Educativa Assegurar o planeamento, gestão e acompanhamento dos projetos de construção, bem como na sua manutenção, conservação e reabilitação, incluindo nos espaços exteriores nos campi Coordenar e controlar os campi da UMinho, os tempos de ocupação dos 19 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas auditórios, bem como períodos de cedência ou aluguer dos mesmos Elaborar planos e regulamentação relativa ao controlo de acessos, higiene e segurança Elaborar planos de emergência Gabinete de Apoio a Projetos Apoiar as atividades de I&D na UMinho Desenvolver atividades de prospeção de oportunidades de participação em projetos financiados Apoiar tecnicamente os centros de investigação nas candidaturas a programas diversos, nacionais e internacionais, bem como os investigadores Drª Carla Santos Gabinete de Apoio ao Ensino Apoiar os projetos de ensino Compete nomeadamente o planeamento e o desenvolvimento de ações de formação destinada aos docentes O apoio aos docentes centrados no desenvolvimento de programas de ensino e de avaliação A disponibilização e produção de recursos online, designadamente, tutoriais e publicações dedicadas O apoio ao desenvolvimento de projetos de ensino a distância, nas suas diferentes modalidades A gestão e a exploração de serviços eletrónicos de apoio ao processo de ensino/aprendizagem, nomeadamente as plataformas de e-learning Dr. Filipe Rocha A gestão dos recursos partilhados, nomeadamente a manutenção e gestão de salas de recursos informáticos de utilização genérica Gabinete para a Inclusão Promover a inclusão em contexto académico Atender estudantes, docentes ou outros trabalhadores com deficiência ou necessidades especiais Coordenar e desenvolver trabalho de produção de materiais de estudo e proporcionar o acesso a tecnologias de informação apropriadas 20 Profª Graciete Dias Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Secretários das UOEI Serviço UOEI Missão Competências Dirigente/ Responsável Orientar e coordenar os serviços administrativos das unidades orgânicas de ensino e investigação, segundo as orientações do respectivo presidente Apoiar tecnicamente os órgãos da UO, elaborar estudos, pareceres, e informações relativos à gestão Cargo de direção intermédia de 1º grau Dirigir o pessoal não docente e não investigador Garantir a conformidade legal em todos os procedimentos associados à realização de despesas 21 Livremente nomeado e exonerado pelo Presidente da UOEI Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Parte II Identificação dos riscos de corrupção e infrações conexas 22 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas 2.1 Introdução De acordo com o Banco Mundial, as dimensões da governação (“tradições e instituições pelas quais a autoridade é exercida”) incluem a prestação pública de contas, a estabilidade política, a eficácia do governo, a qualidade da regulação, a regra da lei e o controlo da corrupção. Figura 4. Dimensões da Governação Fonte: Adaptado de Tanzi, 2002, pg. 26; Kaufmann et al., 2009, pg. 8 23 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Um número muito elevado de estudos 1 tem analisado o impacto da corrupção, quer no funcionamento interno das instituições, quer em termos das suas consequências directas no crescimento económico e no investimento. A corrupção diminui a confiança nas instituições, o que por sua vez permite gerar um ciclo vicioso que aumenta a prevalência da corrupção; por outro lado, se as pessoas têm menos confiança nas instituições poderão ter uma percepção de níveis de corrupção mais elevados (Cho and Kirwin,2007) 2 . Apesar de tudo, a definição do termo tem levantado dificuldades. O Banco Mundial (1997) e o FMI (2005) definem corrupção como o mau uso ou abuso da “coisa pública” para obter ganhos ou o cumprimento de objetivos privados, mas pode também entender-se num âmbito mais largo, como o abuso de poder público para obter ganhos individuais (Transparency International, 2004). Em qualquer dos casos, trata-se de um fenómeno multifacetado, com uma significativa variedade de formas que incluem, entre outras, prendas, suborno 3, roubo, fraude, nepotismo, favoritismo, uso ilegítimo de informação para conseguir obter um benefício privado, constitui um sério impedimento ao desenvolvimento económico e social e interrelaciona-se com a necessidade de aumentar o investimento na educação e na saúde (OCDE, 2005). A corrupção constitui um problema ético, “contradiz elementos democráticos” (Caiden et. al., 2001, pg. 277) 4, distorce fluxos de informação e recursos, encoraja gastos excessivos, contribui para a redução na provisão de serviços públicos na medida em que substitui os impostos, constitui uma barreira à entrada, dificulta procedimentos com base no mérito, permite comportamentos oportunistas não éticos e a exploração dos mais fracos e gera desconfiança nas instituições. As causas da corrupção podem ser entendidas como originadas no lado da procura e no lado da oferta 5. No primeiro caso, estão razões que se prendem com comportamentos individuais, institucionais ou mesmo com o conjunto de valores, atitudes, normas tradicionais ou práticas que caracterizam a sociedade. Assumindo que o “limite de tentação” está associado a valores morais e atitudes éticas individuais6 não pode colocar-se de parte a hipótese de que existam pessoas potencialmente corruptas, embora alguma literatura aponte fatores objetivos como salários baixos e sistemas muito ineficientes de monitorização. Importa mais analisar as causas que se situam ao nível das instituições, na medida em que estas podem mesmo ser entendidas como as “regras do jogo” formais e informais, numa sociedade; facilitam as transações, e reduzem por isso mesmo a incerteza, permitindo a existência de estruturas estáveis para a cooperação, tanto mais quanto melhor definidos estiverem os direitos de propriedade, e mais perfeita e completa for a informação (North, 1990) 7. Em termos formais, o sistema jurídico é muito importante. O risco de corrupção é, antes de mais, minimizado pela jurisprudência prevalecente, pela existência de leis e pelo estabelecimento de contratos, bem como por sanções adequadas e a sua efectiva aplicação. A aplicação da lei é complementada por um sistema de monitorização eficiente, baseado em procedimentos e regras estabelecidas dentro de cada instituição, e pelo exercício adequado do poder discricionário. Trata-se assim de gerir bem, monitorizando através de instrumentos de controlo e auditoria, assegurando mecanismos de responsabilização e transparência na prestação de contas, e por essa via prevenindo a probabilidade de corrupção administrativa ou substantiva. Embora possa efectivamente considerar-se que demasiada 1 Vd., entre muitos outros, Anderson, Christopher J. and Yuliya V. Tverdova .2003. “, Corruption, Political Allegiances, and Attitudes toward Government in Contemporary Democracies”, American Journal of Political Science, 47(1), 91-109; Bianca Clausen, Bianca, Aart Kraay,Zsolt Nyiri.2009. “Corruption and Confidence in Public Institutions Evidence from a Global Survey”, World Bank, Policy Research Working Paper 5157; Newton, Kenneth and Pippa Norris .2000.”Confidence in Public Institutions: Faith,Culture, or Performance?,” in Pharr, Susan J. and Robert D. Putnam: Disaffected Democracies: What’s Troubling the Trilateral Economies, Princeton, NJ: Princeton University Press;de Vaal, Albert and Woutr Ebben.2011.”Institutions, Corruption and Economic Growth” Review of Development Economics, 15(1), pp.108-123; Mauro, Paolo.2004.”The Persistence of Corruption and Slow Economic Growth”, IMF Staff Papers 51, Washington, DC:IMF. 2 Cho, W. and M.F. Kirbin.2007.”A Vicious Circle of Corruption and Mistrust in Institutions in Sub-Sahran Africa: A Micro-Level Analysis”; 3 Assume-se aqui que as prendas são dadas sem uma expectativa de um dado retorno, enquanto o suborno é dado na esperança de obter um benefício esperado. 4 Caiden, E.G,.P.O.D. Wivedi and J. Jabbra.2001.Where Corruption Lives, Kumarian Press, Blomfield, Ct. Este autor identifica cerca de 60 atos diferentes como podendo caracterizar corrupção. 5 Heimann,F. e N.Z. Boswell. 1998.”The OECD Convention:Milestone on the Road to Reform” in Transparency International (ed.) New Perspectives on Combating Corruption , pp. 65-74; Everett, Jeff, Dean Neu e Abu Shiraz Rahaman. 2006.”The Global Fight against corruption : a Foucaultian , Virtues-Ethic Framing” Journal of Business Ethics, 65, p. 1-12. 6 Buscaglia, Edgardo.2001.”An Economic and Jurimetric Analysis of Official Corruption in the Courts”, United Nations, Global Program against Corruption, working paper CICP-12, pg.2. 7 North, Douglass C. 1990. Institutions, Institutional Change and Economic Performance, Cambridge: Cambridge University Press. 24 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas regulamentação, ou excessiva complexidade, criam também por si um risco de corrupção, a ausência de políticas claras e de procedimentos reconhecidos e validados, demasiada informalidade dentro da instituição, publicitação insuficiente das decisões tomadas, falta de previsibilidade nos resultados, sistemas frágeis de controlo e auditoria interna, a sensação de tratamento diferenciado, e a percepção de baixa probabilidade de se ser sancionado, constituem-se em cada instituição como potenciais causas de corrupção, tanto mais quanto as obrigações éticas individuais forem menos claramente reconhecidas. . Recomendações - Chave Boa Gestão Transparência Sistema de monitorização interna dos procedimentos Pública prestação de contas Cultura de ética, confiança e lealdade e rigor Detecção e sanção de conduta incorrecta No lado da oferta, as causas da corrupção interrelacionam-se com as normas tradicionais prevalecentes na sociedade, e com o papel sancionatório efectivo de todo o sistema legal. A reforma dos sistemas fiscais, a avaliação de desempenho dos trabalhadores que exercem funções públicas, bem como o envolvimento de todas as instituições públicas e privadas no design e na implementação de um controlo eficaz têm sido identificadas como soluções possíveis para os riscos de corrupção. O controlo da corrupção passa portanto pelo conjunto de mecanismos, formais ou informais que têm como objectivo prevenir os riscos associados com a sua ocorrência (Fig.4). Trata-se desde logo da existência de linhas de conduta estabelecidas para a instituição, reforçando valores éticos como a responsabilidade, a transparência, a prestação pública de contas, a lealdade, a participação, geradores de maior confiança de toda a comunidade exterior face à instituição, mas também entre todos os elementos que a constituem. Confiar no mecanismos internos de decisão significa que lhes é reconhecida “imparcialidade, objectividade e cumprimento rigoroso da lei” (Salminen et. al. 2007, pg. 84), bem como na capacidade para tentar diminuir os riscos de corrupção. Figura 5. Controlo da corrupção Fonte: Salminen, Vinamäki e Ikola-Norrbacka , pg.2007, pg.82 8 Salminen, Ari, Olli-Pekka Viinamäki.2007. “The control of corruption in Finland” Administratie Şi Management Public,nº9, pp. 81-95 8 25 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas O quadro anti-corrupção 9que a Universidade assume está representado na Figura 5. Baseia-se na definição mais lata de corrupção, incluindo infrações conexas, assumindo um qualquer tipo de benefício privado e segue ainda a check-list da OCDE 10: • • • • • • Corrupção, incluindo suborno, nepotismo e clientelismo Fraude e apropriação ou furto de recursos, incluindo substituição por produtos de qualidade inferior Conflito de interesses Abuso e manipulação de informação Tratamento discriminatório Abuso dos recursos da instituição Figura 6. Quadro anti-corrupção Este quadro que aqui se propõe resulta da literatura relevante citada e dos casos analisados , nomeadamente Transparency Internacional. 2009. “Transparency in Reporting on Anti-Corruption: A Report on Corporate Practices “ . 10 OCDE. 2008. ”Enhancing integrity in public procurement: a check-list”, www.oecd.org/gov/ethics/procurement 9 26 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas 2.2 Prevenção de Riscos de Corrupção: Ambiente Jurídico e Ético Considera-se fundamental o estabelecimento de orientações que visem a promoção e a observância de padrões éticos nas atividades da Universidade do Minho e na conduta dos seus membros. O compromisso da equipa que lidera a instituição foi explicitado de forma clara perante a academia. Figura 7. Ambiente jurídico e ético Neste âmbito, é necessário institucionalizar procedimentos éticos, integrando-os na gestão dos recursos humanos, e implementando uma estratégia de “tolerância-zero”. Nomeadamente, reconhece-se a necessidade e coloca-se como objectivo: Código de conduta/ético baseado na missão e nos valores da Universidade do Minho; o código de conduta deverá especificar a definição de corrupção, e proibir todas as formas de corrupção sejam activas ou passivas. O código de conduta deverá incluir regras relativas à comunicação da informação, sublinhando valores como a competência, o mérito e a criatividade, mas também a lealdade e o espírito de equipa, a responsabilidade e a prestação de contas, num ambiente institucional de transparência e respeito 11; Procedimentos para gerir situações de conflitos de interesses, incluindo o registo de interesses relevantes e de decisões tomadas, bem como para oferecer e aceitar prendas de cortesia, ou qualquer outro recebimento de vantagens pessoais depois de ajuda a alguém na relação de trabalho ou comercial com a universidade, no sentido de evitar situações de eventual corrupção por desconhecimento 12; As sugestões sobre os códigos de conduta são variadas, mas na generalidade estes são os valores assumidos; ver p.ex., von Hauenschild, Caspar.2001.”How to Discover and Avoid Corruption in Companies”. 2007. Corporate Ethics and Corporate Governance, part III, pp. 149-156. Algumas empresas recomendam que nos relatórios de atividade se faça referência explícita aos funcionários que não cumpriram o código de conduta interno. Muitas vezes é difícil detectar previamente a expectativa de quem dá a prenda; nem sempre existirá de facto uma expectativa de benefício, mas é recomendável lembrar que não há “almoços grátis”. Por exemplo aceitar um convite de um fornecedor pode ser entendido como abuso do standard ético da instituição; esta discussão idealmente deveria contar com o envolvimento de todos, já que no fundo remete para o re-desenho da cultura da instituição. De forma alternativa, a existência de um conjunto de procedimentos poderá facilitar a decisão de aceitação ou não da prenda; por exemplo, acima de um dado valor, ser necessário reportar a prenda recebida. 11 12 27 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Reconhecimento de que o valor monetário da prenda não constitui em problema em si. Independentemente do valor que tem, a percepção é que está eventualmente associado a uma de duas situações possíveis: a troca de um favor já feito ou a antecipação de um favor a fazer 13 O recebimento de prendas no valor anual igual ou superior a 360 € antes da tomada de qualquer decisão pode ser considerado como potencialmente criador de um interesse económico; devendo, nesse caso, ser obrigatoriamente reportado à Reitoria da UMinho; O reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido poderá ser feito seguramente através de um e-mail, ou por qualquer outra forma escrita, ou ainda telefonicamente. Recomenda-se uma informação pública no site da UMinho deste tipo, ou neste sentido: ”A Universidade do Minho tem como missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo de forma transparente, íntegra e com base na pública prestação de contas para a construção de um modelo de sociedade baseado em princípios humanistas, que tenha o saber, a criatividade e a inovação como fatores de crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade. Como parte do nosso compromisso para com a prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas, e em geral com a confiança no funcionamento das instituições públicas, temos uma política estrita de não aceitação de prendas. Desde já agradecemos a colaboração de todos. O reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido poderá ser feito por escrito, e-mail ou telefonicamente”. Proibição de discriminação, assédio e bullying, suborno, nepotismo ou favorecimento, com definição de sanções e efectiva aplicação pelo Reitor; Reconhecimento de que o uso indevido de informação confidencial ou manipulação da informação para atingir objetivos específicos não deve ocorrer em absoluto; Mecanismos internos de auditoria e controlo. Foram definidos objetivos para 2010, com implementação efectiva até ao final de 2011, nomeadamente: - foi determinada a afixação em todas as UOEI e unidades de serviços a Carta Ética da Administração Pública; - iniciou-se a auditoria interna com carácter sistemático e contínuo; - 13 será criada uma Comissão de Conduta de Ética Académica, no âmbito do Senado Académico, e elaborado um Código de Conduta Académico; Estas normas existem num número muito significativo de administrações públicas e empresas privadas, por todo o mundo. 28 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Prevenção de Riscos: Ética e ciberespaço A internet constitui um instrumento fundamental para comunicar, criando oportunidades para divulgar informação, envolver a comunidade na discussão de assuntos relevantes, responder a questões frequentemente colocadas, contribuindo para que o processo de tomada de decisão seja mais transparente. - serão preparados e divulgados manuais de procedimentos. No entanto, as relações da instituição com os seus alunos e colaboradores, bem como com o exterior, não devem ser colocadas em causa por comportamentos desrespeitosos dos seus membros. Vincular informação incorrecta ou potencialmente indutora de erros na apreciação por comportamento hostil por parte de alguém que pertença à instituição mas entende-se que seguramente é inconsistente com os valores éticos de confiança e lealdade. Actuar de forma anónima, ou sob pseudónimo, poderá não constituir em si um procedimento não ético, mas já poderá levantar uma questão nesse âmbito se eventualmente for feito para evitar a responsabilidade associada. da assim, deverão ser implementados mecanismos internos que permitam a apresentação de queixas, m que se venha a sofrer de qualquer retaliação, que deverão ser bem documentadas. CARTA ÉTICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEZ PRINCÍPIOS ÉTICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Princípio do Serviço Público Os funcionários encontram-se ao serviço exclusivo da comunidade e dos cidadãos, prevalecendo sempre o interesse público sobre os interesses particulares ou de grupo. Princípio da Legalidade Os funcionários actuam em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e o direito. Princípio da Justiça e da Imparcialidade Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem tratar de forma justa e imparcial todos os cidadãos, actuando segundo rigorosos princípios de neutralidade. Princípio da Igualdade Os funcionários não podem beneficiar ou prejudicar qualquer cidadão em função da sua ascendência, sexo, raça, língua, convicções políticas, ideológicas ou religiosas, situação económica ou condição social. 29 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Princípio da Proporcionalidade Os funcionários, no exercício da sua atividade, só podem exigir aos cidadãos o indispensável à realização da atividade administrativa. Princípio da Colaboração e da Boa Fé Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem colaborar com os cidadãos, segundo o princípio da Boa Fé, tendo em vista a realização do interesse da comunidade e fomentar a sua participação na realização da atividade administrativa. Princípio da Informação e da Qualidade Os funcionários devem prestar informações e/ou esclarecimentos de forma clara, simples, cortês e rápida. Princípio da Lealdade Os funcionários, no exercício da sua atividade, devem agir de forma leal, solidária e cooperante. Princípio da Integridade Os funcionários regem-se segundo critérios de honestidade pessoal e de integridade de carácter. Princípio da Competência e Responsabilidade Os funcionários agem de forma responsável e competente, dedicada e crítica, empenhando-se na valorização profissional. 30 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas 2.3. Prevenção de Riscos de Corrupção: Formação A criação de uma cultura institucional forte é fundamental, mas trata-se de um processo sempre em aberto, na medida em que a própria sociedade em mudança coloca questões e desafios novos; não é suficiente fazer apenas um código de conduta, e publicá-lo na intranet. Trata-se antes de integrar o código de conduta e demais procedimentos numa cultura que se revê numa atitude activa contrária à corrupção Neste sentido, deve ser sistemáticamente lembrada através de ações de formação, emails etc, e a probabilidade de sanção deve ser claramente percepcionada como significativa. A UMinho deve ter um compromisso para com a formação dos seus colaboradores em questões de ética e corrupção. Os temas formativos deverão incluir temas sobre formas e riscos de corrupção, integridade, princípios de não discriminação, bullying e assédio, contratação pública, direito do emprego público, sistemas de avaliação do desempenho, conflitos de interesse, responsabilidade e accountability, transparência, entre outros. Foram definidos objetivos para 2010, com implementação efectiva até ao final de 2011, nomeadamente: − Foram identificadas as necessidades formativas da instituição, e dado início ao Programa de Formação Profissional 2011; − Foram já realizadas ações de formação, nomeadamente em contratação pública, direito do emprego público, estando prevista a realização ainda durante 2011 de uma ação formativa sobre corrupção, os seus riscos, e medidas preventivas. Esta ação formativa será aberta ao público em geral, de forma a permitir que potenciais fornecedores dela tenham conhecimento14 − Foi decidido avançar com um grupo de trabalho para proceder a uma análise do sistema de avaliação de desempenho; − Está prevista a divulgação de “boas práticas”. 2.3. Prevenção de Riscos de Corrupção: Gestão Administrativa e Financeira Considera-se como absolutamente fundamental garantir a sustentabilidade financeira e a racionalização na utilização dos recursos públicos num quadro de transparência, pública prestação de contas, mas também de eficiência e contínua monitorização e controlo dos resultados. Sendo certo que os procedimentos internos devem tornar possível o controlo da corrupção e assegurar a transparência e eficiência, não devem ser demasiadamente complexos, ou muito exigentes na utilização de tempo requerido para o seu cumprimento. Regulação excessiva ou redundante 15 pode também criar riscos de corrupção. Neste âmbito, os objetivos colocados como centrais são: Procedimentos transparentes na gestão financeira; Definição clara de responsabilidades: No que se refere a contratos que envolvem responsabilidades financeiras significativas por parte da instituição, a tomada de decisão quer no seu compromisso, quer face à assinatura dos contratos, não deve ser tomada uninominalmente. Todas as decisões, negociações e pagamentos, devem ser documentados. Esta é uma recomendação presente em muitas organizações “think thank” sobre corrupção, e nomeadamente nos trabalhos da OCDE e Nações Unidas. A contratação pública tem sido apontada como base para potencial corrupção, dadas as quantias significativas que pode atingir. A Transparency International , in “Corruption and Public Procurement” working paper #05/2010 estima que os danos da corrupção podem chegar aos 50% do valor do contrato, rondando em média os 10% a 25%. Nessa medida, é importante que os potenciais fornecedores conheçam o compromisso da UMinho para com o efectivo combate da corrupção. 15 A literatura relevante utiliza o termo “red tape” para caracterizar a burocracia excessiva, muitas vezes irrelevante e ineficiente. 14 31 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Deve estar assegurado o fluxo de informação entre quem prepara os processos de contratação pública e quem os autoriza. Definição clara dos níveis de autoridade para autorizar as despesas, baseada no princípio da segregação. Deve ser evitada a fragmentação de responsabilidades e a ausência de coordenação efectiva. Acima de um determinado valor, que deverá ser proposto, analisado e avaliado em Conselho de Gestão, ou ainda para certos assuntos considerados da maior relevância institucional, poderá ser implementado um sistema de múltipla revisão do processo de contratação pública. Embora se devam acautelar exigências próprias dos serviços, a rotatividade dos responsáveis, eventualmente envolvendo novas responsabilidades16, pode contribuir para a redução dos riscos de corrupção na medida em que diminui o contacto frequente e prolongado com fornecedores. Regras claras e transparentes no processo de contratação de bens e serviços: Deverão ser divulgadas online, em condições de fácil acesso, informações sobre os processos de contratação pública abertos. Os júris dos concursos não devem ser sempre conduzidos pelos mesmos trabalhadores. De acordo com os valores legalmente estabelecidos, se for caso, deverá a informação em causa ser colocada também em língua inglesa. Os procedimentos internos deverão prevenir e detectar comportamentos colusivos Recomenda-se a inclusão de análises de custo-benefício em todos os processos de contratação pública que envolvam a instituição e se traduzam em custos significativos. Manuais de procedimentos claros, escritos em linguagem que possa ser entendida por todos e divulgados internamente na intranet. Normas públicas e transparentes na progressão dos funcionários e concursos públicos, com divulgação ampla na intranet, bem como divulgação pública de todas as aberturas de concursos. Controlo e auditoria internos e externa s UOEI e às unidades de serviços efectuada de forma sistemática. A auditoria do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas será efetuada anualmente, sob responsabilidade do Gabinete de Auditoria e Controlo. Política e procedimentos de prestação de informação: Produção regular de relatórios Prestação de contas pública e transparente Avaliação contínua dos mecanismos e procedimentos Definição de critérios para lidar com informação confidencial e privilegiada Definição de critérios para tomada de decisões administrativas e divulgação institucional correspondente Formato estandardizado dos documentos Estabelecimento de mecanismos efectivos de comunicação de políticas Divulgação pública, online, do mecenato recebido, bem como dos subsídios, transferências, doações ou contribuições autorizados anualmente. Todas as doações e mecenato têm de ser justificadas, indicando o nome e identificação fiscal do mecenas, o valor doado com indicação da respectiva data, a identificação do recipiente, os objetivos a que se destina, e se for o caso de 16 Esta sugestão aparece largamente referida na literatura relevante, bem como em muitos casos de sucesso analisados, embora se deva revestir de cuidados ; vd. OECD.2008., “Enhancing Integrity in Public Procurement: a Check List” 32 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas bens ou serviços, devem ser identificados e descritos. Há lugar a uma autorização prévia pelo Conselho de Gestão e posterior divulgação; Recomenda-se que se eventualmente for atingido um valor total anual de 5.000€, seja efetuado um registo adicional; Divulgação pública, online das instituições sem fins lucrativos, associações ou fundações participadas pela UMinho. Fonte: Anti-Corruption Resource Center, Setembro 2009, nº 9, www.U4.no/themes/ethics Foram definidos objetivos para 2011, já com implementação efectiva de grande parte das mesmas sendo que na atividade de gestão e administração de dinheiros, valores e património público, a actuação da UMinho, nas áreas tidas como mais sensíveis a saber a contratação pública, fundamentalmente no que se refere à aquisição de bens e serviços e a concessão de benefícios públicos, apenas tem significado na primeira (contratação pública). − De acordo com o RJIES e o Estatuto da Universidade do Minho existe ao nível da instituição a figura do Fiscal Único, Revisor Oficial de Contas, que assume a natureza de órgão fiscalizador. O Conselho Geral da UM desempenha ainda uma função fiscalizadora, bem como tal acontece em cada uma das unidades orgânicas de Ensino e Investigação. − Estão já a ser produzidos com regularidade e divulgação institucional na intranet, relatórios de atividade anual e semestral, com análise orçamental e planos de atividade anual com indicação dos objetivos a cumprir. − A UMinho produz e divulga institucionalmente na intranet o mapa de pessoal, o Balanço Social, com análise detalhada dos respetivos indicadores, o Plano de Atividades para o Quadriénio e anual, o respectivo orçamento anual e respetivo relatório semestral de forma detalhada, o relatório de contas individuais e consolidadas, com parecer do fiscal único e certificação legal das contas. − Têm sido reforçadas medidas de controlo interno. Foi elaborado um Manual de Controlo, distribuído a todas as Unidades Orgânicas, e o Regulamento Orgânico da Universidade do Minho, aprovado em abril de 2010, reforça as funções do Gabinete de Auditoria e Controlo no que respeita à auditoria interna. − Foi elaborado, e divulgado, o manual de procedimentos relativos à utilização dos fundos de maneio, e deverá ser publicado durante 2011 um conjunto de procedimentos relativos às compras públicas. − Foram já auditados internamente duas unidades orgânicas, com acompanhamento de auditores externos, e elaboração de relatório final. Durante 2011, deverá ser dada continuidade a esta prática, em pelo menos mais outras duas unidades orgânicas. As auditorias foram efectuadas de acordo com o Manual de Auditoria e Procedimentos do Tribunal de Contas. 33 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas 2.3.. Prevenção de Riscos de Corrupção: Reporte e Auditoria Considera-se como absolutamente fundamental a existência de mecanismos claros de reporte e de auditoria do Plano de Riscos de Corrupção. O reporte de eventuais práticas de corrupção e infrações conexas, devidamente comprovado, deverá ser enviado ao Reitor da Universidade do Minho, que promoverá a necessária interface com o Presidente da Comissão de Ética, com a Comissão Disciplinar, e tomará as medidas adequadas à situação. Anualmente, proceder-se-á à auditoria do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção, cabendo a responsabilidade de tal ao Gabinete de Auditoria e Controlo, ou a uma comissão nomeada para o efeito pelo Reitor. 34 Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas UNIVERSIDADE DO MINHO Identificação dos Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e Medidas Preventivas PRINCIPAIS ATIVIDADES RISCOS IDENTIFICADOS Recrutamento de Pessoal, por • Favorecimento de candidato; concurso ou por convite • Corrupção passiva para acto ilícito; (docente, docente convidado, • Tráfico de Influência. não docente, bolseiros RISCO FRACO Processamento de remunerações, abonos, comparticipação de despesas • Pagamentos indevidos; • Corrupção activa para acto ilícito Emissão de Certidões ou Declarações • Falsificação de documento com prestação de falsas declarações; • Corrupção passiva para acto ilícito. FRACO Inscrição, matrícula, Renovação de matrícula, lançamento de notas • Falsificação de documento com prestação de falsas declarações; • Corrupção passiva para acto ilícito. FRACO FRACO MEDIDAS • Nomeação de júris diferenciados para cada concurso, com divulgação e publicação em DR, e publicitação no site da UM; • Afixação da abertura dos concursos na intranet da UM; • Nos concursos de pessoal docente, o Júri ser maioritariamente composto por individualidades externas, art.º 46.º n.º 1 d) do ECDU. • Segregação de funções e rotatividade ao nível do processamento de vencimentos; • Verificação mensal pela Direcção de Recursos Humanos, dos movimentos processados, em sede de conferência; • Verificação mensal pela DFP, em sede de pagamento de vencimentos e de integração da matriz contabilística • Segregação de funções e rotatividade ao nível do processo de emissão de documentos: o documento é emitido por funcionário diferente daquele que o submete a assinatura pelos responsáveis, nesse momento é acompanhado da informação constante do processo; • Histórico processual dividido por várias Secções, e registado em vários suportes, o que contribui para a detecção de eventuais irregularidades. • Informatização do processo de matrícula, estando as regras de matrícula incorporadas e testadas na plataforma informática de gestão de candidaturas; Processo de matrícula efectivado pelo aluno, sob supervisão dos Serviços e posterior revisão dos elementos fornecidos; • Lançamento de notas efectuado pelo próprio docente em Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas múltiplos suportes; Processos de aquisição de bens e serviços Verificação dos bens ou serviços prestados • Supressão dos procedimentos obrigatórios; • Falta de análise cuidada da necessidade do bem ou serviço, e dos custos envolvidos; • Favorecimento de fornecedores; • Corrupção passiva para acto ilícito; • Participação económica em negócio; • Tráfico de Influência. FRACO • Desvio, retenção ou não entrega pelo fornecedor dos bens ou serviços contratado; • Corrupção passiva para acto ilícito; FRACO • Tráfico de Influência. 36 • Exigir a fundamentação da necessidade do projecto de aquisição, a indicação explícita da viabilidade económica do mesmo, bem como sobre os impactos ambientais e sociais, se for o caso; • Análise custo-benefício requerida para todas as contratações públicas que envolvam custo significativos; • Criação e divulgação de um regulamento de compras a adoptar para todos os procedimentos de compras públicas; • Criação e divulgação de procedimentos de controlo interno ao nível da despesa; • Incremento do número de fornecedores/prestadores de serviços consultados, de forma a diminuir a possibilidade de repetição de adjudicações; • Esquema sequencial hierarquizado de aprovação e autorização no decurso do processo de aquisição; • Auditorias de Processos periódicas efetuadas por empresa externa; • Recomenda-se a existência de um plano de compras para toda a UMinho, pelo menos em alguns bens a identificar cuidadosamente, que possam ser adquiridos de forma transparente e com menores custos através de leilões online e evitando o recurso excessivo ao procedimento/adjudicação por ajuste directo - Regime simplificado. • Reforço das práticas de compras agregadas, embora com fornecimentos faseados ao longo do tempo. • Criação e divulgação de procedimentos de controlo interno; • Acesso público á informação; • Gestão informatizada do processo de aquisições e de stocks; • Esquema sequencial hierarquizado para concretização do processo de aquisição e verificação da materialização do mesmo; • Identificação e responsabilização de pessoal com competências técnicas para acompanhar os processos; • Segregação de funções e rotatividade dos trabalhadores; • Identificação e responsabilização de pessoal com capacidades Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas técnicas para verificar o cumprimento dos bens e serviços prestados, que não tenha estado envolvido no acompanhamento da prestação dos mesmos; • Auditorias de Processos periódicas efectuadas por empresa externa Verificação da habilitação dos fornecedores • Não apresentação ou não verificação dos documentos por parte do fornecedor; • Corrupção passiva para acto ilícito; Gestão de Bens Públicos • Apropriação ou utilização indevida de bens públicos, nomeadamente por abates sem autorização do órgão competente, não etiquetagem de bens, transferência ou cedência de bens sem autorização; • Violação do princípio da prossecução do interesse público. Emissão de recibos Não registo de receita, por não emissão ou anulação indevida de recibos ou por não recebimento de valor correspondente ao recibo emitido. • Corrupção passiva para acto ilícito. Pagamento de propinas • Perdão não autorizado de juros, em propinas em atraso; • Cobrança de juros em propinas em FRACO FRACO • Criação e divulgação de regras internas de credenciação de fornecedores, sujeitas a actualização periódica; • Segregação de funções e rotatividade ao nível do registo de fornecedores e do tratamento das propostas recepcionadas. • Implementação de medidas de controlo interno que permitam o controlo dos bens; • Gestão informatizada de stocks; • Auditorias de Processos periódicas efectuadas por empresa externa; MÉDIO • Reforço das medidas de controlo interno • Auditorias de Processos periódicas efectuadas por empresa externa FRACO • Reforço das medidas de controlo interno, através da segregação de funções e rotatividade dos trabalhadores • Auditorias de Processos periódicas efectuadas por empresa 37 Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas atraso, em montante inferior ao devido. • Corrupção passiva para acto ilícito. Prestação de serviços ao exterior Prestação dos serviços facturação dos mesmos. sem externa FRACO Arquivo dos documentos e conservação dos mesmos Extravio e/ou inutilização dos documentos MÉDIO Tratamento da informação e publicitação Desactualização dos conteúdos informativos no site da UM MÈDIO Trabalhadores docentes e não docentes Ocupações secundárias Médio 38 • Reforço das medidas de controlo interno • Auditorias de Processos periódicas efectuadas por empresa externa . Reforço das medidas de controlo interno de verificação do cumprimento de regas de manuseamento e utilização dos documentos . Digitalização dos documentos de modo a permitir sempre que possível o manuseamento dos mesmos sem recurso ao original Acompanhamento, verificação e actualização permanente Obrigatoriedade de informar os superiores hierárquicos e obter prévia autorização