“Nunca imaginei que seria
acusado de matar todas essas
vítimas. Sempre fui
cidadão correto.”
“Ganhava R$ 50. Montava
instrumentos, levava
água para eles.”
“Colocava (o artefato) no braço
do Marcelo. Danilo dava sinal de
quando acionar e eu acionava.”
“Vi o Kiko ao lado do Danilo no
dia 26 (de janeiro de 2013).”
“Márcio (percussionista) avisou
que estava pegando fogo. Olhei,
era uma bola de fogo.
Atirei água mineral.”
“Marcelo pegou extintor.
Não funcionou. Ouvi uma voz,
que acho que era do Márcio
(percussionista),
dizendo: Fogo. Fogo.”
“Eu e Danilo (gaiteiro)
estávamos em cima do palco.
Disse: Danilo, vamos sair.
Vamos morrer aqui.”
“As pessoas gritavam: Abram a
porta que está pegando fogo.”
“Me tranquei nos ferros. Pensei:
vão me esmagar. Cai, perdendo
o sentido. Coloquei a cabeça na
camiseta e respirei. Pedi a Deus
para me tirar de lá de dentro.”
“Danilo saiu na frente. Ele
estava com a gaita. Saí atrás
dele. Nisso, baixou a fumaça
muito rápido. As pessoas
gritavam: Abre a porta. Fogo.
Enxergava a porta que
não estava aberta.”
“No Absinto, era o mesmo
artefato, o mesmo show.”
“Ninguém pediu ou ofereceu
para comprar artefato
mais barato.”
“Perguntaram (polícia) se tinha
mais ou menos de mil pessoas.
Acho que tinha mais de mil.”
“Se o Danilo estivesse vivo,
eu não estaria aqui, porque ele
diria que eu era roadie e fazia o
que ele me mandava fazer.”
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“Nunca imaginei que seria acusado de matar todas essas