COMO ELABORAR O BRIEFING DO CLIENTE
Briefing
COMO ELABORAR O BRIEFING DO CLIENTE
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05.
Etapas de um Projeto
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Itens como ergonomia, luminotécnica, paisagismo, conforto (térmico e
acústico), ornamentos, Gestalt (teoria da forma), história do design são
importantíssimos ao desenvolvimento de design de interiores e merecem
cursos distintos sobre cada tema. Muitos destes assuntos poderão ser
encontrados nos cursos da AM Cursos Online. Tais como: Curso de
Iluminação residencial, Decoração de Interiores II, História do Design e do
Mobiliário entre outros.
Não existe um senso comum e uma única maneira a ser seguida para
o design de interiores. No mercado, existem alguns livros bons e cada um
dita quais são as regras, princípios e bases do design de interiores, por isso
estar em constante estudo e nunca achar uma verdade absoluta, também
são bases para um bom designer.
Neste material, daremos enfoque apenas em conhecer seu cliente e os
elementos de composição e necessidades do ambiente. Você verá uma visão
de abordagem com alguns itens a mais e outros expostos de forma
diferenciada de outras fontes de estudo, se a ideia fosse ser igual aos
demais, não haveria sentido de você estudar este material.
01. Conhecendo seu cliente:
Parte essencial, fundamental e irrevogável de todo o projeto de
interiores é a entrevista com o cliente. Precisamos conhecer para quem é o
nosso projeto. O projeto de um ambiente é feito para o cliente usufruir deste
local e não o profissional. Isso não significa que o profissional deve anular
seu gosto e sua técnica, muito pelo contrário, ele tem a obrigação de adequar
esse conhecimento à realidade de seu cliente e ao gosto dele.
Outro item essencial da entrevista é entender o personagem, neste
momento, assumimos um pouco o papel de psicólogo. É importante ouvir
coisas que aparentemente podem estar fora do escopo de trabalho, mas são
elas que vão nos dar dicas do que realmente é indispensável para o cliente.
Nem sempre o que o cliente pede é o que ele realmente tem
necessidade.
Talvez
ele
tenha
pedido,
porque viu na casa de um amigo ou
porque apareceu na novela do horário
nobre, entretanto não condiz com a
realidade e o que ele realmente
precisa. Por exemplo: na novela mais
vista da TV, a escada é bem moderna
linda, sem corrimão, mas quem habita
esta casa é a mocinha da trama que
vive sozinha. Por outro lado, o cliente
recebe constantemente a visita de
sua mãe idosa, que fica com seus dois filhos pequenos, quando o casal sai
para jantar. Você acha que a escada sem corrimão funcionaria? E se você
não tivesse perguntado do dia a dia dele, saberia que uma pessoa idosa faz
visitas eventuais na casa? E, é óbvio que o cliente não vai falar tudo, às
vezes, ele tem certo receio, ou até vergonha de falar de sobre o cotidiano.
Uma conversa informal, no decorrer da entrevista, fugindo do foco do
projeto em si, pode ajudar a descobrir esses pormenores. Porém, fique atento
as referências que o cliente citará, talvez a dica da escada você possa
aproveitar de outras formas, como se é redonda ou quadrada, o material que
ela é feita, o estilo mais clássico ou mais contemporâneo. Ou seja, traduzir a
referência.
Uma boa entrevista proporcionará como resultado um perfil de cliente e um
chamado briefing. Diversas atividades trabalham com briefings, como a
moda, a publicidade. Este instrumento é um resumo de todos os itens que
compõe o seu “problema”. Problema aqui com a conotação de resolução, não
de algo negativo.
02. Elementos que não podem faltar em uma entrevista:

Aspectos técnicos como atividades a serem desenvolvidas no
ambiente, número de usuários, espaço necessário
(pode ser que o cliente não saiba definir, mas notar o grau de importância de
cada cômodo para ele. Para alguns, o banheiro deve ser um SPA, para
outros, quanto menor, melhor) etc.;

Perfil do usuário, como medidas (em função da ergonomia devemos
saber a altura e habilidades do cliente), sexo, idade, hobbies. É muito
importante sabermos se há pessoas portadoras de necessidades especiais
que residam no local.;

Aspectos estéticos como gosto, referências do entrevistado (caso ele
tenha dificuldade de definir, observe as vestimentas, o ambiente em que ele
vive), etc.;

Caso o ambiente seja frequentado por mais pessoas, elas também
devem ser entrevistadas. Por exemplo, para um quarto de casal é
importantíssimo conhecer os dois, já presenciei muita briga de casal por este
motivo.
Notem que é apenas uma base. Não costumo fazer uma listinha do
que perguntar, pois tenho esses aspectos em mente e conforme vou
descobrindo o cliente, direciono e formulo outras e novas perguntas.
“Entender cada um dos envolvidos, a finalidade dos ambientes e as
características existentes no espaço físico destinado a cada finalidade é o
ponto-chave e o primeiro passo em um bom projeto de design de interiores.”
(GURGEL, 2009).
Exercício: Elabore uma entrevista com alguém. Você pode ter tópicos
pré-definidos para não se perder, mas lembre de tentar perceber cada
indivíduo e ir adaptando sua entrevista. Procure entrevistar alguém não
muito próximo como sua mãe ou um irmão, pode ser um primo, um
amigo, alguém que trabalhe com você. Peça para ele escolher um
cômodo de sua casa que gostaria de reformar, a partir disso faça sua
entrevista. Com duração de 1h00, no mínimo (se possível, visitar onde
essa pessoa mora).
03.
Conhecendo o ambiente de seu cliente: Documentando
Para este item, é essencial o desenvolvimento do senso de
observação. Uma maneira de começar a treinar a análise de ambientes
observar imagens de revistas de decoração e analisá-las.
Outra forma de desenvolver o senso de observação é desenvolvendo
seu banco de dados de imagens de decoração na sua memória (e claro, você
também deve os ter de forma física em revistas, livros, fotos). Conseguir
reproduzir os ambientes gravados é uma forma de verificar se você está
desenvolvendo este sentido, e isso é essencial, pois temos que reproduzir
em nossos escritórios os ambientes de nossos clientes. Visto que, por mais
que façamos anotações, fotos e descrições deles, nada como vivenciá-los e
conectarmos todas essas informações separadas em um único “arquivo”
visual dentro de nossa cabeça.
Uma ferramenta, conhecida como mapa mental, pode ser adaptada
para a realidade do design de interiores e aplicada nesse sentido de senso
de observação.
Mapa mental é o nome dado a uma representação gráfica parecida
com um diagrama. Criado pelo inglês Tony Buzan e utilizado para criar
esquemas visuais, que podem servir para elaboração de estratégias, resumo
de informações, memorização, aprendizado, na criação de livros, palestras e
uma infinidade de aplicações.
Algumas referências:
Fonte: http://www.idph.net/artigos/novaeducacao/mapamental.jpg Data: 14/07/2011 17:48
Fonte: http://www.organizesuavida.com.br/imagem/vida-pessoal/estudo/mapas-mentais.jpg data: 17/07/2011 17:55
Fonte: http://www.easymapper.com.br/capacitacao/htm/img/mapa_mental_plan_jose_maria.png data:
17/07/2011 17:57
Essa junção de informações descrita antes de um ambiente, contendo
medidas, fotos, anotações, podem se transformar em um mapa mental dentro
de sua cabeça, ou físico conforme mostrado nos exemplos anteriores. Não
existe modelo pronto, cada um deve desenvolvê-lo dentro de seu
entendimento (isso já serve de treino para a criatividade), caso você procure
na internet sobre o assunto, encontrará uma infinidade de modelos, mas o
importante é que todas as informações-chave estejam arranjadas.
Observem a imagem abaixo
Agora não retornem a imagem e vá para a página seguinte.
Exercício: Tente reproduzir detalhadamente a imagem visualizada
anteriormente. Não importa se você não saiba desenhar com escala,
lembre que é um esquema. 15 min.
Ao concluir o seu desenho, retorne a imagem e verifique o que de
importante você colocou ou esqueceu.
Novamente, em um primeiro momento pode parecer um exercício
muito simples de se fazer. Todavia, lembrem que o óbvio, nunca é óbvio, e
desafio vocês a realizarem o exercício abaixo como prova.
Exercício: Crie um mapa mental do cômodo que vocês mais
frequentam na sua casa, mas que vocês não estejam no momento
(portanto se você usa mais seu quarto, mas agora está estudando
nele, não vale, opte pela sala por exemplo. Crie um esquema que
pode ser até uma espécie de planta (não importa se você não sabe
usar escala é um desenho ou um esquema a mão livre). Nele devem
constar todos os itens importantes de seu quarto. Após desenhar
veja as próximas considerações. 45 min
Agora que você terminou o desenho, visite seu cômodo escolhido e
compare. Veja se você colocou os seguintes itens: tomadas, janelas, portas,
pé-direito, móveis e suas posições, cores, acessório como tapetes cortinas,
acabamentos especiais (lembre-se que todos os itens são importantes em
uma ambientação).
Grande parte das pessoas que realizam esse exercício primeiro
demoram a desenhar o cômodo, mesmo sendo um ambiente de convício
diário e, no segundo momento, quando vislumbra o ambiente real, percebem
que esqueceram alguma coisa, se aconteceu isso com você, não se
preocupe, é normal. É apenas uma questão de treino. Caso você tenha
conseguido reproduzir com 100% de exatidão, parabéns, seu senso de
observação está bem aguçado.
Com estes treinos e estas concepções você estará pronto para
desenvolver as entrevistas com os clientes com eficiência e dinamismo.
Ótimo trabalho!!!
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