Operações elementares Operações espaciais As operações elementares sobre objectos espaciais p baseiam-se nas p propriedades p geométricas básicas (euclidianas) dos objectos espaciais • e o resultado ser numérico: ○ operações elementares ○ operações espaciais cujo resultado é um valor lógico ○ operações para derivação de informação - buffers - dissolução - overlay • • • • • • • Distância entre pontos • d(a,b)=||a-b|| (||.|| notação q que representa p a norma euclidiana – comprimento do d segmento d de recta com extremos a e b) • distância de Manhattan O plano é um espaço onde é possível definir uma topologia e, consequentemente, definir: num problema espacial, por vezes, não é a distância euclidiana que é relevante Distância entre linhas • não existe uma definição única • a geometria euclidiana apenas define distância entre linhas paralelas • num SIG raramente as linhas são paralelas, portanto, usam-se definições escolhidas em função do problema que se pretende resolver: • • • distância entre os pontos mais próximos de 2 linhas área da superfície definida pelos segmentos ... Distância entre polígonos ... Graça Abrantes 2 Topologia do espaço Uma operação pode envolver mais do que 1 objecto: • centróide de um polígono envolvente de um conjunto (de pontos, linhas ou polígonos) Graça Abrantes Operações elementares • comprimento de uma linha área de um polígono perímetro de um polígono e o resultado ser outro objecto espacial: • Graça Abrantes Uma operação pode envolver apenas 1 objecto, 3 Interior – o conjunto de pontos do objecto para os quais existe uma vizinhança espacial contida no objecto Fronteira – o conjunto dos pontos cujas vizinhanças intersectam o interior e que contém pontos que não estão no interior Derivado – a união do interior e da fronteira Exterior – o complemento do derivado Graça Abrantes interior fronteira exterior 4 1 Relações booleanas Operações com valor lógico Com base na topologia do plano é possível definir: relações booleanas – conjunto de operadores para testar as relações espaciais entre objectos vectoriais (norma ISO/OGC) • Ex.: intersecta, contém, adjacente proposições lógicas envolvendo relações booleanas p espaciais p booleanas (também chamadas, operações ou lógicas) • Ex.: A intersecta B, A contém B, A é adjacente a B • as proposições espaciais lógicas envolvem dois objectos espaciais A e B, em que A e B podem ser pontos, linhas, polígonos, pontos e linhas, pontos e polígonos, linhas e polígonos Graça Abrantes Só se considera que “A contém B” está definido se A for um objecto com dimensão igual ou superior a B Considera-se que “A toca B” não está definido se A e B forem pontos ou conjuntos de pontos A partir de conjuntos de objectos espaciais podem ser criados novos objectos espaciais As operações que geram novos objectos espaciais (linhas, pontos ou polígonos) são designadas por operações para derivação Graça Abrantes 6 Graça Abrantes Operações para derivação Algumas operações apenas estão definidas para certos tipos p p de objectos. j Exemplos: p A igual a B – os objectos A e B são espacialmente coincidentes A disjunto de B – não existe nenhum ponto comum nos derivados de A e B A intersecta B – a intersecção entre os interiores de A e de B é não vazia A toca (adjacente a) B – a intersecção entre os j vazio e a interinteriores de A e B é o conjunto secção entre as fronteiras de A e B é não vazia A está contido em B – a intersecção entre o derivado de A e o derivado de B é igual a A ... 5 Operações com valor lógico Exemplos: 7 aos novos objectos espaciais chamamos objectos espaciais derivados algumas destas operações são definidas por operadores também utilizados nas relações boolenas (mas o resultado não é booleano!) exemplos: l • • • • • • intersecção união complementar (ex.: complementar de A em B) centro de polígono (ou centróide) remoção de fronteiras comuns (dissolve) buffer de ponto, linha ou polígono Graça Abrantes B A 8 2 Operações espaciais: a tabela de atributos resultante Operações básicas para derivação Geração de buffers Envolvente convexo dado um objecto ou conjunto de objectos devolve o mais pequeno polígono (convexo) que contém todos esses objectos Intersecção Operações espaciais que dão origem a novos objectos espaciais implicam a criação de uma nova tabela de atributos. Essa tabela é definida em função da operação que é efectuada e das tabelas d atributos de ib d das cartas sobre b as quais i a operação é efectuada. dado um objecto A e um número k, define-se o polígono cujos pontos estão a uma distância de A inferior ou igual a k dados 2 objectos devolve o(s) objectos(s) definidos por todos os pontos que são comuns aos 2 objectos dados • isto é, os pontos que pertencem simultaneamente aos derivados (a união iã do d interior i t i ed da ffronteira) t i ) dos d 2 objectos bj t d dados d União ... Diferença dados dois objectos A e B devolve o objecto A-B, isto é, os pontos de A que não pertencem aointerior de B (Nota: esta operação não é comutativa) 9 Graça Abrantes Operações de derivação Graça Abrantes 10 Dissolução (cont.) Dissolução (ou dissolve) – os novos objectos espaciais são obtidos por remoção das fronteiras comuns aos derivados dos objectos de um dado conjunto de dados dados. Opcionalmente Opcionalmente, pode ser indicado indicado, como parâmetro desta operação, um ou mais atributos; neste caso, os novos objectos espaciais são obtidos por remoção das fronteiras comuns aos derivados dos objectos que têm o mesmo valor no(s) atributo(s) indicado(s). Dissolução (ou dissolve) – tabela de atributos do conjunto de dados geográficos resultante: no caso de não ser indicado qualquer atributo na operação operação, o conjunto de dados geográficos resultante não tem nenhum dos atributos do conjunto de dados de entrada; no caso contrário, os atributos do conjunto de dados geográficos resultante são aqueles sobre os quais foi efectuada a dissolução; • cada um dos objectos do conjunto resultante possui, como valores destes atributos, os mesmos valores desses atributos dos objectos do subconjunto de dados sobre o qual foi efectuada a dissolução o conjunto de dados geográficos resultante pode ainda ter novos atributos • os valores de um novo atributo são sempre obtidos por cálculos envolvendo os valores de outro atributo do conjunto de objectos de entrada (soma, média, máximo, mínimo, ...) • os valores que contribuem para o cálculo do valor de um novo atributo são apenas os valores do atributo dos objectos do subconjunto dissolvido Graça Abrantes 11 Graça Abrantes 12 3 Exemplo Dissolução: criação da tabela 1 4 3 1 2 5 6 Criação da tabela de atributos associada – instrução SQL: Group by indica o atributo que define o agrupamento Select atrib1 From tabela_entrada Group by atrib1 3 2 8 7 avg(atrib3) 9 Se se quiser também incluir no resultado da operação uma função f (soma, média, ...) dos valores do atributo atrib2, aplicada a cada grupo definido da forma acima: S l t atrib1, Select t ib1 f( f(atrib2) t ib2) From tabela_entrada Group by atrib1 id atrib1 1 A 2 B 3 A Graça Abrantes 13 SELECT DT as conc.DT, area AS SUM(conc.area) FROM conc GROUP BY conc.DT; Graça Abrantes Resultado da operação de dissolução by DT Graça Abrantes 14 15 sum(area) Graça Abrantes 16 4 Sobreposição topológica (ou overlay) 1º passo Operações de derivação Sobreposição topológica (ou overlay): os novos j espaciais p são definidos após p a intersecção objectos dos objectos espaciais existentes em 2 ou mais conjuntos de dados geográficos a tabela de atributos resultante deste tipo de operações contém os atributos dos (2 ou mais) conjuntos de objectos sobre os quais a operação incide no caso do conjunto de dados geográficos (layer) resultante ser armazenado numa geodatabase, os valores correctos das áreas, perímetros e comprimentos (consoante aplicável) de cada (novo) objecto espacial (polígono ou linha) são calculados automaticamente; não sucede o mesmo no caso do conjunto de dados geográficos (layer) resultante ser armazenado em formato shapefile Graça Abrantes A 2 1 1 3 2 A sobreposição B 1 17 6 9 4 2 3 7 10 12 13 11 5 8 Graça Abrantes 18 Sobreposição topológica (ou overlay) 2º passo As operações de sobreposição ou overlay podem ser de um dos tipos seguintes: Sobreposição topológica: união • aplica-se a dois conjuntos de dados: um conjunto A e um conjunto B; • o conjunto de saída inclui todos os objectos espaciais formados pelas intersecções entre os objectos de A e de B; • os atributos do conjunto de saída são os de A e de B; • os valores dos atributos de cada objecto do conjunto de saída são os mesmos dos objectos de A e de B em que está contido, sendo null o valor dos atributos de A quando o objecto não está contido em nenhum objecto de A e sendo null o valor dos atributos de B quando o objecto não está contido em nenhum objecto de B. União Intersecção Graça Abrantes B 3 Sobreposição topológica (ou overlay) 2º passo Sobreposição topológica (ou overlay): os novos objectos espaciais p são definidos após p a intersecção ç dos objectos j espaciais existentes em 2 ou mais conjuntos de dados geográficos 19 Graça Abrantes 20 5 Exemplo: Sobreposição topológica: união A união com B A sobreposição B 1 6 4 8 2 3 7 11 9 13 12 5 10 locais de Terrenos Inertes e Vazios ou de Baixa Produtividade 1 6 4 8 2 3 7 11 9 13 12 5 10 Graça Abrantes 21 Sobreposição topológica (ou overlay) 2º passo Sobreposição topológica: intersecção sobreposição topológica: intersecção • aplica-se a dois conjuntos de dados: um conjunto j A e um conjunto j B • o conjunto de saída inclui apenas os objectos espaciais que estão contidos em objectos de A e de B • os atributos do conjunto de saída são os de A e de B • os valores dos atributos de cada objecto do conjunto de saída são os mesmos dos objectos de A e de B em que está contido Graça Abrantes 22 Graça Abrantes A sobreposição B 1 23 6 4 8 2 3 7 11 9 13 5 12 10 A intersecta B 1 23 Graça Abrantes 4 5 24 6 Exemplo: Operação de recorte (ou clip) locais de Terrenos Inertes e Vazios e de Baixa Produtividade A operação recorte (ou clip) • aplica-se a dois conjuntos de dados: um conjunto A que é recortado ((de tipo p ponto, p , linha ou polígono) p g ) e um conjunto j B de recorte (obrigatoriamente de polígonos) • o conjunto de saída inclui apenas os objectos espaciais que estão contidos em objectos de A e na dissolução do(s) polígono(s) de B • esta operação não é comutativa • os atributos do conjunto de saída são os mesmos de A • os valores dos atributos de cada objecto do conjunto de saída são os mesmos do objecto de A em que está contido Graça Abrantes 25 Recorte (ou clip) - exemplos Graça Abrantes Graça Abrantes 26 Exemplo: função clip no ArcGIS 27 Graça Abrantes 28 7 Corte (ou erase) - exemplos Operação de corte (ou erase) A operação corte (ou erase) • aplica-se a dois conjuntos de dados: um conjunto A que é cortado t d (d (de tipo ti ponto, t linha li h ou polígono) lí ) e um conjunto j t B de corte (obrigatoriamente de polígonos) • o conjunto de saída inclui apenas os objectos espaciais que estão contidos em objectos de A e que não estão contidos no(s) polígono(s) de B • esta operação não é comutativa • os atributos do conjunto de saída são os mesmos de A • os valores dos atributos de cada objecto do conjunto de saída são os mesmos do objecto de A em que está contido Graça Abrantes 29 Graça Abrantes 30 Exemplo: A=concelhos do continente; B=distritos de Bragança e C.Branco Exemplo: função erase no ArcGIS Graça Abrantes A cortado por B 31 Graça Abrantes 32 8 Dado o conjunto de dados geográficos A A tabela de atributos de A atribA ID Mais exemplos ... 1 2 3 4 33 Graça Abrantes 1 100 2 200 3 300 4 400 34 Graça Abrantes A união com B e dado o conjunto de dados geográficos B Tabela de atributos de A união com B B Tabela de atributos de B 5 ID 1 1 6 atribB 2 1 8 11 X 7 4 3 10 12 9 Graça Abrantes 35 id 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A.id 1 2 3 4 atribA 100 200 300 400 1 2 100 200 3 300 4 400 Graça Abrantes B.id 1 1 1 1 1 atribB X X X X X 1 1 X X 1 X 36 9 (A união com B) intersecção com B C=A união B; C intersecção B 5 2 1 7 6 4 3 Qual é a tabela de atributos? 8 Graça Abrantes 37 Id A.id atribA C.B.id 1 1 100 1 2 2 200 1 3 3 300 1 4 4 400 1 5 1 6 1 7 1 8 1 C.atribB B.id B.atribB X 1 X X 1 X X 1 X X 1 X X 1 X X 1 X X 1 X X 1 X Graça Abrantes 38 10