Estudo Daquiprafora – Tênis Universitário
Ser top 50 ITF é garantia de sucesso no profissional?
OBJETIVO
Identificar padrões de resultados obtidos por tenistas que chegaram a um nível muito alto no
juvenil, o top 50 do ranking da Federação Internacional de Tênis.
MÉTODO
Pesquisando e analisando resultados de tenistas que alcançaram o top 50 ITF. A análise foi
feita com tenistas nessa faixa de ranking nos anos 2008, 2009 e 2010 supondo-se que o
tempo de 4 a 7 anos seria razoável para um bom ex-juvenil se firmar no top 200 profissional,
ou no top 100 de duplas (faixas de ranking que começam a dar retorno do investimento na
carreira).
FONTE
Site da Federação Internacional de Tênis (www.itftennis.com)
RESULTADOS
1 - Dos 132 jogadores do estudo (18 jogadores se repetiram nos rankings), 26 deles já
acharam seu espaço no top 200 de simples ou top 100 de duplas (faixas de rankings
consideradas para o investimento como tenista começar a dar retorno).
2 - Dos 132 jogadores, 32 deles optaram pelo caminho do tênis universitário e receberam
generosas bolsas de estudos.
3 - Dos 132 jogadores do estudo, 15 nem foram para a faculdade nos EUA e nem seguiram
tentando jogar profissional.
4 - Dos 132 jogadores, 59 deles continuam tentando espaço no top 200 (sendo que 22 deles
não arrumaram espaço no top 500 ainda, 4 a 7 anos após terminar o juvenil).
Ver tabela abaixo:
Jogadores
2010
2009
2008
Total
50
39
43
132
100%
Top
200
11
5
10
26
20%
Aposentados College
7
4
4
15
11%
10
10
12
32
24%
Fora Top
200
22
20
17
59
45%
Fora top
500*
10
7
5
22
17%
Rua Clodomiro Amazonas, 1435 • 2º andar • CEP: 04537-012 • São Paulo-SP • Brasil
(11) 3049-0400 • www.daquiprafora.com.br • facebook.com/daquiprafora1
Obs.: O top 500 é só colocado como referência (pois, de acordo com entendidos do esporte,
não é uma faixa de ranking tão difícil assim de atingir em 5-7 anos de profissional)
CONCLUSÕES
- Se chegar ao top 50 juvenil já é difícil, chegar ao top 200 profissional é muito mais.
- Quem chega ao top 50 ITF está jogando um nível altíssimo de tênis e ainda assim apenas
20% deles conseguiu chegar a um nível profissional que traga pelo menos algum retorno.
- Para jogar torneios, um jogador profissional vai precisar dispor de pelo menos R$ 150.000
por ano até chegar a um nível no qual as contas conseguem se equilibrar.
- Se um tenista passa 5-6 anos jogando sem conseguir obter retorno financeiro, estamos
falando de cifras entre R$ 750.000 e quase um milhão de reais (isso corresponde a um
apartamento de luxo em grandes cidades brasileiras). Quase metade dos tenistas do estudo
continua gastando esse dinheiro anualmente sem obter retorno.
- Se os top 50 ITF (novamente, um nível altíssimo) têm toda essa dificuldade com o tênis
profissional, pode-se imaginar que quem não conseguiu chegar a um nível top 50 ITF tenha
mais dificuldade e precise de mais tempo (e mais dinheiro) até cavar seu espaço no pró.
- Dentre os 24% que escolheram o tênis universitário, vários deles já estão de volta ao
circuito e em situação melhor ou igual do que muitos que optaram por seguirem jogando
futures (e gastaram muito menos durante o tempo na faculdade).
Abaixo alguns nomes de tenistas que estavam no estudo e optaram por faculdades nos EUA:
- Roberto Quiroz (Equador) está atualmente no último ano da University of Southern California e
está em 520º do mundo, tem 23 anos. Era o 7º do mundo ITF em 2010
- Mitchel Frank (Estados Unidos) está atualmente no último ano da University of Virginia, tem 22
anos e está em 580º do mundo. Era o 6º do mundo ITF em 2009
- Tennys Sandgreen (Estados Unidos) foi para a University of Tennessee e se formou, tem 24
anos e está atualmente em 350º do mundo. Era o 24º do mundo ITF em 2009
- Nicholaas Scholtz (África do Sul) se formou pela University of Mississippi e está atualmente
em 445º do mundo, está com 24 anos. Era o 41º do mundo ITF em 2009
- Marcelo Arevalo (El Salvador) estudou na Tulsa University por 3 anos. Voltou para o circuito e
é atualmente o 305º do mundo. Tem 24 anos. Era o 12º do mundo ITF em 2008
- Chase Buchanan (Estados Unidos) se formou na Ohio State University, voltou para o circuito e
é atualmente o 195º do mundo, tem 24 anos. Era o 14º do mundo ITF em 2008
- Henrique Cunha (Brasil) se formou na Duke University, tem 25 anos, voltou para o circuito e
está em 255º do mundo, tem 25 anos. Era o 16º do mundo ITF em 2008
- Bradley Klahn (Estados Unidos) se formou na Stanford University, voltou para o circuito e é
atualmente o 241º do mundo (já foi 65), tem 25 anos. Era o 18º do mundo ITF em 2008
- Jarmere Jenkins (Estados Unidos) se formou pela University of Virginia, voltou para o circuito
e atualmente é o 205º do mundo, tem 25 anos. Era o 24º do mundo ITF em 2008
Rua Clodomiro Amazonas, 1435 • 2º andar • CEP: 04537-012 • São Paulo-SP • Brasil
(11) 3049-0400 • www.daquiprafora.com.br • facebook.com/daquiprafora1
- Blaz Rola (Eslováquia) estudou na Ohio State University por 3 anos, voltou para o circuito e
agora é 95º do mundo, tem 25 anos. Era o 38º do mundo ITF em 2008
- Jose Hernandez (República Dominicana) jogou 3 anos pela University of North Carolina,
voltou para o circuito e está em 190º do mundo, tem 25 anos. Era o 44º do mundo ITF em 2008
Rua Clodomiro Amazonas, 1435 • 2º andar • CEP: 04537-012 • São Paulo-SP • Brasil
(11) 3049-0400 • www.daquiprafora.com.br • facebook.com/daquiprafora1
Download

pesquisa itf top 50