MARINA DE PORTIMÃO MARINAS DE BARLAVENTO – EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, SA WP 4 – Case Study Conteúdo 1. DESCRIÇÃO FÍSICA DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 2 2. AUDITORIA ENERGÉTICA ...................................................................................................... 3 3. RESULTADOS GLOBAIS .......................................................................................................... 4 4. MEDIDAS PRECONIZADAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................... 5 4.1 SISTEMAS DE ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS ................................................................................ 5 4.2 CORRECÇÃO DO FACTOR SOLAR NOS VÃO ENVIDRAÇADOS ............................................................ 6 4.3 ISOLAMENTOS ........................................................................................................................ 7 4.4 EMISSÃO DE CERTIFICADO ENERGÉTICO .................................................................................... 7 5. CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO ......................................................... 8 1. DESCRIÇÃO FÍSICA DO EMPREENDIMENTO A Marina de Portimão está situada na barra mais segura do país, no amplo estuário do Rio Arade e estende-se por uma área de cerca de 25 ha, enquadrada pelos fortes de Santa Catarina e S. João e por magníficas instalações de apoio. A Marina tem águas profundas que permitem entrar e sair da mesma, em qualquer maré, ampla entrada e espaçosas áreas de manobra, abrigadas dos ventos predominantes. O núcleo de Estaleiros da Marina de Portimão ocupa na margem direita do rio Arade um espaço total de 20.000 m2. Dispõe de um pórtico rolante “ travel lift”, com capacidade para içar embarcações de grande porte até 300 tons e catamarans até 9 metros de boca oferecendo uma vasta gama de serviços especializados e de qualidade. O condomínio de luxo tem praia exclusiva, hotel apartamento com 280 unidades de alojamento, explorado pelo grupo Tivoli, restaurantes, lojas, bares e piscina oceânica, e ainda vigilância contínua e estacionamento privativo ao ar livre e coberto. A sociedade Marinas de Barlavento, concessionária da Marina de Portimão, tem como principal serviço o Posto de Amarração de embarcações até 50 metros de comprimento. Este serviço engloba estadias de curta e longa duração. Para clientes com estadias superiores a 9 meses, a Marina tem os seguintes serviços / produtos: Contratos de 9 Meses; Contratos de 1 ano; Contratos de 5 anos; Contratos de 10 anos; Ainda ao nível dos serviços, conta igualmente com o serviço (próprio) de estacionamento de embarcações a seco num Estaleiro, com estadias diárias e mensais, bem como o serviço de movimento de Travel-lift até 300 tons e serviço de lavagem de fundos. Como fornecimento de produto, dispõe a abastecimento de combustível (Gasóleo e Gasolina) Tem como principal mercado emissor Portugal, e como mercados alvo externos Espanha, o Reino Unido, França, Países Baixos e Alemanha. 2 2. AUDITORIA ENERGÉTICA A auditoria energética consiste na abordagem dos diversos aspectos relacionados com as condições de utilização e uso da energia e inclui o levantamento dos consumos de energia das diferentes actividades ou processos, tendo sido realizada bem como os conteúdos do presente documento pelo ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, em Outubro de 2010. A auditoria contempla a avaliação do seguinte: Registo do consumo energético nos últimos anos; Análise à instalação existente – depósitos, caldeiras, bombas de circulação, espaço disponível, sistema de aquecimento; Caracterização das acções a realizar – local para colocação de colectores, orientação, sombreamentos, tipo de cobertura; Dados de dimensionamento – consumo médio, perfil de consumo, picos de consumo, tubagem, isolamentos; Os custos de investimento associados às economias energéticas e ao contributo para a eficiência energética; Atentos os dados obtidos no que respeita aos consumos de energia do edifício em estudo, e da análise efectuada às instalações de energia concluiu-se pela oportunidade e viabilidade da implementação de projectos nas seguintes áreas: i) Sistema Solar Térmico ii) Correcção do factor solar nos vãos envidraçados iii) Isolamentos térmicos Foram emitidos memórias descritivas e cadernos de encargos relativamente a cada uma das linhas de intervenção anteriormente referidas onde, para além de maior detalhe no dimensionamento dos sistemas, se identificam os investimentos requeridos, a energia poupada e/ou produzida por fonte renovável e impacto económico. Para a realização da auditoria energética foi colectada toda a informação sobre a facturação energética do edifício de forma a caracterizar o seu perfil de consumos. Foi 3 efectuado um levantamento no local onde se recolheu toda a informação sobre envidraçados, tipo de vidro, tipo de caixilho e sombreamentos existentes e sobre portas para verificar a hipótese de calafetagem. Foi ainda detalhada a informação sobre climatização e AQS além de verificar e caracterizar os espaços técnicos e disponibilidade de área para a instalação de depósitos de para apoio aos novos sistemas e ainda o espaço disponível nas coberturas. 3. RESULTADOS GLOBAIS Efectuou-se ainda a recolha da informação sobre os consumos energéticos do edifício, tendo-se verificado um consumo de electricidade no ano de 2009, de 542.108 kWh/ano. Por sua vez o consumo médio em AQS foi de 6000l/dia. Gráfico 1 - Consumo de energia total - Electricidade Foram identificadas as medidas de melhoria da eficiência energética e os respectivos custos, elevando-se o investimento total a 85.051 €, desagregado da seguinte forma: 79.294,8 € para o sistema solar térmico, 5.360€ para a película reflectora e 396€ para a calafetagem de portas e janelas. A redução total do consumo de energia primária associada a estas medidas é de cerca de 21 tep e de emissões de CO2 de 35 tonCO2. O projecto será desenvolvido nos Balneários Norte e Sul do empreendimento Marina de Portimão situado em Ponta da Areia, Portimão 4 4. MEDIDAS PRECONIZADAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 4.1 SISTEMAS DE ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS Os Balneários dividem-se entre dois edifícios equipados com sistemas de AQS distintos. Nos balneários orientados a Sul, o sistema de AQS composto por um termoacumulador eléctrico com capacidade igual a 300 l e um reservatório do sistema solar térmico instalado de 820 l. Nos balneários orientados a norte estão instalados 3 termoacumuladores eléctricos com capacidade igual a 300 litros. Para a preparação das água quente sanitária a consumir no edifício foi preconizado um sistema composto de colectores solares que convertem a energia solar e entregam essa energia através de um fluido por meio de permutadores de calor em depósitos acumuladores de água quente sanitária. O dimensionamento da instalação foi efectuado com recurso ao programa de cálculo SOLTERM 5.0 do INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I.P., agora LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia, cujo relatório se anexa a este documento. Tendo em conta a melhor optimização entre os investimentos necessários e a quantidade de energia solar convertida pelo sistema em energia passível de utilização, foi dimensionada uma instalação de cujos indicadores fundamentais se caracterizam no relatório de auditoria e caderno de encargos anexos. Os colectores serão assim colocados na cobertura do edifício com uma inclinação de 35º e com uma orientacao de 20º. A cobertura apresenta uma inclinação de cerca de 15º e não existem obstáculos que provoquem sombreamentos. A seguinte tabela resume as principais características do sistema: Tabela 1 - Dados do sistema solar térmico global para os balneários 5 4.2 CORRECÇÃO DO FACTOR SOLAR NOS VÃO ENVIDRAÇADOS De acordo com o levantamento local e com as plantas do edifício, foram identificados os vãos envidraçados no quadrante Sul em que poderia haver melhoria das condições de conforto térmico ao reduzir os ganhos solares pelos envidraçados. Para este edifício preconizou-se um sistema onde as películas de protecção solar serão colocadas em todos os vãos envidraçados exceptuados os voltados a norte ou que apresentem sombreamento adequado. Estas películas permitem bloquear a radiação solar excessivas e permitem o aumento da eficácia dos aparelhos de ar condicionado, diminuindo os custos com energia ao mesmo tempo que permite a entrada de luz solar. Pretende-se que as películas a instalar tornem o factor solar dos vãos envidraçados regulamentares. Tabela 2 - Envidraçados a instalar película Tabela 3 - Investimento da película a instalar, por tipologia de envidraçado 6 4.3 ISOLAMENTOS De acordo com o levantamento local e com as plantas do edifício, foram identificados os vãos envidraçados e portas em que poderia haver melhoria das condições de conforto térmico e evitando potenciais infiltrações. Tabela 4 - Identificação dos locais e perímetros Tabela 5 - Investimento em calafetagem Não obstante e sabendo que as infiltrações podem causar desconforto é necessário que existiam sistemas de extracção mecânica ou de insuflação para que possa haver uma renovação do ar interior e garantir desta forma a qualidade do ar interior. A fita deve ser extremamente elástica para a calafetagem rápida e eficiente de portas e janelas. A fita é composta por Borracha (8 anos de garantia) ou espuma (2 a 4 anos de garantia). A fita deverá ser resistente às condições climáticas mais adversas, altas temperaturas e aos raios UV. 4.4 EMISSÃO DE CERTIFICADO ENERGÉTICO Esta medida consiste na emissão de certificado energético das instalações abrangidas pelo SCE e será elaborada de acordo com os requisitos e metodologia de auditoria preconizados pelas notas técnicas das ADENE - Agência para a Energia. Os trabalhos serão realizados por peritos qualificados, sendo os resultados devidamente suportados por relatório técnico que comprove a melhoria do desempenho energético, em consonância com os objectivos do projecto. 7 5. CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO O cronograma proposto dos trabalhos é o seguinte: Fase 1S 2010 2S 2010 1S 2011 2S 2011 1S 2012 2S 2012 1. Adjudicação 2. Projecto de Execução 3. Instalação 4. Auditoria Energética e Certificação Tabela 6 - Cronograma 8