D.3.3 - Saúde Pública. AVALIANDO VALORES E PREFERÊNCIAS DE PACIENTES NA TOMADA DE DECISÃO SOBRE TROMBOPROFILAXIA DURANTE A GRAVIDEZ 1* 2* 3 4 5 Dominique T. Oliveira , Francine C. Lopes , Michele M. Yoshioka , Rosilene F. de Souza , Matheus L. Araújo , 6 7 8, 9 10 Shannon M. Bates , Pablo Alonso-Coelho ; Mark H. Eckman Joyce M. Annichino-Bizzacchi ; Gordon H. Guyatt ; 11. Luciane C. Lopes 1. Estudante de Treinamento Técnico na Universidade de Sorocaba - UNISO; [email protected] 2. Estudante de Treinamento Técnico na Universidade de Sorocaba - UNISO; [email protected] 3-4. Estudante do curso de Enfermagem da Universidade de Sorocaba – UNISO; 5. Coleta de Dados. Estudante da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP; 6. Professora Associada, Departamento de Medicina, McMaster University; 7. Pesquisador do Centro Cochrane Iberoamericano, Epidemiologia Clínica e Departamento de Saúde Pública, Barcelona; 8. Professor de Medicina Clínica, Divisão da Medicina Interna Geral e Centro para Eficácia Clínica, University of Cincinnati, Ohio; 9. Professora Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; 10. Pesquisador Departamento de Epidemiologia Clínica e Bioestatística da Universidade de McMaster, Canadá. 11. Pesquisadora Doutora em Farmacologia e Pós doutoramento em Epidemiologia Clínica, Pesquisador Titular do Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas – UNISO. Palavras Chave:Tromboembolismo, gravidez, profilaxia. não houve uma diferença significativa na proporção de Introdução O risco de gravidez relacionado ao tromboembolismo venoso (TEV) é maior em mulheres com histórico de trombose. A profilaxia com heparina de baixo peso molecular (HBPM) é dispendiosa, complexa, impõe maiores cuidados com a gravidez, e pode aumentar o risco de hemorragia. Incertezas persistem, mesmo perante os benefícios apresentados pela tromboprofilaxia, fazendo com que o uso de HBPM na gestação fique a critério das mulheres que escolheram a profilaxia entre aquelas de alto risco (87,1%) e de baixo risco (60,0%) de recidiva (p = 0,01). A proporção de mulheres que optaram por usar a profilaxia com HBPM foi de 65,1% para o cenário de baixo risco hipotético (risco de 4% de reincidência), 79,7 % para o cenário de médio risco (risco de 10% de reincidência) e 87,8 % para o cenário de alto risco (16% risco de recorrência). Conclusões preferências das mulheres grávidas, que ainda não foram estudadas. A maioria das mulheres que sofreram de TEV Resultados e Discussão Foi realizado um estudo transversal multicêntrico, envolvendo cinco países e sete centros, com entrevistas a mulheres com histórico de TEV, classificadas em alto ou baixo risco de recorrência, que estavam grávidas, planejando ou que consideraram a gravidez no futuro. Participaram das entrevistas 123 mulheres Foi empregado como padrão de risco o valor de 16% de TEV sem profilaxia gerando uma redução de limiar médio de risco de 4,3% em mulheres que estavam dispostas a usar escolherão a profilaxia durante uma gravidez subsequente, independentemente de como classificadas; alto ou baixo risco de recorrência. No entanto, 40% das mulheres que apresentaram baixo risco de reincidência optaram por diminuir o uso de HBPM, bem como, a vontade de mais de 10% de mulheres que apresentaram elevado risco de reincidência. Estes achados revelam que a tomada de decisão deve ser individualizada, considerando o uso de HBPM durante a gravidez, o que enfraquece as recomendações presentes, atualmente, nas diretrizes. profilaticamente a HBPM. Mulheres grávidas; que estavam planejando uma gravidez, em comparação com aquelas que poderiam considerar a gravidez futuramente e aquelas com menos de 2 semanas de experiência de uso de HBPM durante a gravidez, comparadas com aquelas com maior experiência, necessitaram de maior redução de risco Agradecimentos À FAPESP pelo auxílio financeiro (nº 2013/051658); à Universidade de Sorocaba pelo apoio institucional e à Profa. Dra. Luciane C Lopes pela orientação ao longo deste projeto. para a escolha do uso da profilaxia. No cenário da vida real 67ª Reunião Anual da SBPC