Bichos Incríveis – Flávia Muniz e Márcia Kupstas
Bichos Incriveis - Capa CP 01ed03.ai
PROJETO DE LEITURA
As Autoras
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Flávia Muniz é formada em Pedago-
gia, com especialização em Orientação Educacional pela Pontifícia Universidade Católica – PUC-SP.
Trabalhou catorze anos na Editora Abril e, hoje, além de escrever livros didáticos, obras de referência e
de literatura, elabora revistas para
a garotada, colabora com vários sites e ainda tem tempo para cuidar
de gatos, seu bicho preferido. Rita,
Não Grita!, Beto Baguncinha e Manual dos Namorados fazem parte
do conjunto de trinta obras publicadas pela autora, com 3 milhões de
exemplares vendidos. Nesta obra a
autora convida o leitor a se divertir
com suas histórias e brincadeiras.
Para entrar em contato com a autora, acesse o site www.oyo.com.br/
autores/ficcao/flavia-muniz/
Assim como Flávia, Márcia Kupstas
também gosta de gatos. Tem vinte
anos de carreira e quase uma centena de livros publicados. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio
Revelação Mercedes-Benz de Literatura Juvenil, o Prêmio Orígenes Lessa
e o Jabuti. Ministra palestras e cur-
21 12 09
11:46:47
Ficha
Autoras: BICHOS
Flávia MunizINCRÍVEIS
e Márcia Kupstas
Ilustrador:
Paulo Borges
Formato:
17 x 24,5 cm
No de páginas:
32
Elaboração:
Shirley Bragança
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sos em bienais de livros e secretarias
de Educação e Cultura em diversos
estados do Brasil. Formada em Letras pela Universidade de São Paulo,
foi professora de Literatura e de Técnica e Metodologia de Redação em
grandes escolas da capital paulista,
onde nasceu em 1957. Para saber
mais sobre a autora, acesse o site
www.marciakupstas.com.br.
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Primeiras Histórias – Bichos Incríveis reúne literatura
e informação. Os textos selecionados para este volume pretendem entreter os pequenos leitores que
apreciam histórias sobre bichos, se interessam em
saber como eles vivem e desejam conhecer suas incríveis habilidades.
São sete textos sobre animais de diferentes espécies, desde as mascotes mais comuns, como o cão
ou o gato, até outras distantes do convívio urbano,
mas não menos interessantes, como a coruja e o lobo.
Precedidas de páginas que promovem a participação do leitor trazendo desafios, informações científicas, curiosidades e brincadeiras, as histórias de
Bichos Incríveis também variam de forma e extensão
para tornar a leitura ainda mais prazerosa.
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BICHOS
INCRÍVEIS
Flávia Muniz
&
Márcia Kupstas
Primeiras Histórias – Bichos Incríveis é uma rica
oportunidade de entretenimento.
Quadro sinóptico
Gênero: literário
Tema transversal: meio
ambiente
Palavras-chave: bichos, jogos,
meio ambiente
Interdisciplinaridade: Ciências,
Arte e Literatura
INDICAÇÃO:
Leitor
em processo
a partir dos
8
anos
ensino
fundamental
O ilustrador
Resenha
Paulo Borges nasceu em São Paulo,
A obra Bichos Incríveis segue a lógica das ideias de Monteiro Lobato,
que via o livro como um material de
muitas utilidades e possibilidades,
e uma delas é o brinquedo, objeto
muito significativo na vida de qualquer criança.
Este livro propõe brincadeiras e
histórias em vários gêneros para o
em 1965. Desde muito cedo aprendeu a expressar ideias e emoções
com seus desenhos. Durante nove
anos desenhou com exclusividade
histórias em quadrinhos para a Editora Abril e para alguns estúdios brasileiros que trabalham para editoras
americanas e europeias.
Atualmente é profissional liberal trabalhando para editoras no Brasil e
exterior e algumas agências de publicidade. Para saber mais sobre o
ilustrador, acesse o site www.pauloborges.com.
2
pequeno leitor se divertir de maneira interativa. Cada história traz em
destaque um dos bichos presentes
no universo infantil, com informações e curiosidades sobre ele, além
de atividades interessantes.
Olhares curiosos sobre a obra
Bichos Incríveis é um livro interativo que convida o leitor a participar das histórias por meio de textos e atividades diversificadas (trava-línguas, desenhos,
curiosidades, gincanas etc.), despertando nele (leitor) o desejo de brincar com
o livro. Essas atividades são introdutórias e funcionam como aperitivo, ou seja,
preparam o pequeno leitor para ouvir e degustar uma história. Elas também
sinalizam temas para o professor desenvolver atividades afins e aprofundá-las
em sala de aula.
Cada história e respectivas atividades envolvem um animal que faz parte do
universo infantil (mundo da fantasia ou real), o que permite uma aproximação
maior entre a criança e o livro. O conhecimento sobre esse animal é ampliado
por meio dos tipos textuais empregados (descrição, narração, quadras) e dos
gêneros literários (fábulas, contos de fadas, adivinhas etc.), propiciando um
trabalho interdisciplinar e intertextual em sala de aula e contribuindo para o
desenvolvimento de várias habilidades de leitura e escrita.
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O jogo polissêmico está presente
na obra e é explorado nas atividades
propostas. Em Gatos São Interessantes!, por exemplo, as autoras brincam com o sentido literal e figurado
das palavras gato/gata, levando o
leitor a refletir sobre essas acepções
e sobre a relação dessas palavras
com o texto/contexto. Além disso, a
obra instiga o leitor a descobrir outros personagens e a estabelecer diálogo com outras histórias, como O
Gato de Botas e Garfield.
Este livro-brinquedo, cujo destaque são os animais, é uma oportunidade de o aluno conhecer um pouco
mais esse universo por
meio de diferentes
textos, de maneira
lúdica e divertida.
Ampliando o tema
A Terra abriga aproximadamente 1.500.000 diferentes espécies de
animais de tamanhos, cores e formas
variadas, que vão desde criaturas microscópicas até as enormes baleias.
Esses animais são classificados pelos
cientistas como vertebrados e invertebrados.
Os seres vertebrados, aqueles que
possuem esqueleto interno, constituem, aproximadamente, 44 mil
espécies. Destas, 21 mil são de peixes, 8.600, de pássaros e 6.500, de
répteis, como lagartos e cobras. Existem aproximadamente 4 mil espécies
de anfíbios (rãs, sapos, salamandras
e outros animais que vivem na terra e
reproduzem-se na água) e a mesma
quantidade de mamíferos (criaturas
de sangue quente e que possuem
pelos no corpo).
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A maior parte dos vertebrados
possui sistema nervoso desenvolvido. Seu sistema nervoso central é
composto pelo cérebro e pela medula espinhal. Nos vertebrados inferiores, o cérebro controla predominantemente as funções dos órgãos
sensoriais. No caso dos vertebrados
superiores, o cérebro, que é maior,
permite troca de informações mais
intensa entre as diferentes partes do
organismo.
Os vertebrados são amplamente
superados em número pelos invertebrados (animais sem esqueleto
interno). Existem quatro vezes mais
caracóis, lesmas, lulas e outros moluscos (animais com conchas) do
que peixes. O maior grupo de todos
é o dos insetos. Aproximadamente 1
milhão de espécies já foram identifi-
cadas, e os cientistas acreditam que
pode haver outros 30 milhões ainda
não descobertos.
De modo geral, podemos dizer
que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover.
Contudo, as esponjas somente realizam essa tarefa quando ainda são
bem jovens e pequenas. Já as lagostas e os insetos são capazes de se
movimentar durante toda a sua existência. Diferentemente dos vegetais
(que produzem a própria energia
através da fotossíntese), os animais
necessitam de outros seres para extrair a energia necessária à sua sobrevivência. Para isso, se alimentam
de seres autótrofos (vegetais) e heterótrofos (animais).
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Conhecer, desde cedo, como
animais e plantas
se desenvolvem
nos biomas é importante para os alunos porque
eles passam a valorizar a
diversidade e a enxergar
melhor como a interferência
do homem pode causar danos
irreversíveis ao meio ambiente,
comprometendo a vida com qualidade no planeta.
O LIVRO NA SALA DE AULA
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Preparando a leitura
Trabalhando a leitura
O diálogo entre arte e outras áreas
do conhecimento auxilia a criança a
perceber o mundo que a cerca de
maneira mais ampla. As cantigas
de roda (pequenos cantos que pertencem à tradição popular brasileira, a maioria de origem portuguesa)
e as cantigas populares são gêneros
textuais que permitem um trabalho
integrado entre arte e outras disciplinas, além de estimular experiências visuais, sinestésicas e auditivas.
Ao ar livre, faça comentários com
os alunos sobre os animais que aparecerão nas cantigas, destacando:
o modo como se locomovem, a cobertura do corpo, a alimentação etc.
Em seguida, inicie a brincadeira.
Destacamos as seguintes: “Corre cutia”, “Macaco na roda”, “A
carrocinha pegou três cachorros de
uma vez”, “O galo e a galinha foram à festa em Portugal”, “Quem
fez a arca” etc.
1. Leia as páginas 10, 11 e 12 do livro
Bichos Incríveis. Teça comentários
sobre o Projeto Tamar, relatando
sua importância para o meio ambiente e para a sobrevivência das
tartarugas.
2. Em seguida, ressalte que a tartaruga e o jabuti aparecem em várias histórias que pertencem ao
universo da cultura popular, revelando uma sabedoria passada de
pai para filho.
3. Depois de ler a história “O jantar
do jabuti”, levante alguns questionamentos. Por que não se
pode agradar a todos? O que
acontece quando tentamos
agradar a todos? Se você fosse
o jabuti, que prato serviria? Em
seguida, a partir dessa pergunta,
elabore uma receita coletiva com
os alunos.
4. O jabuti fez um trato com os convidados: da próxima vez os enjoados teriam que trazer o próprio
prato. A partir dessa informação,
pergunte aos alunos como eles
elaborariam um convite para uma
festa a fantasia para esses bichos
enjoados.
Explorando a leitura
TEMA: É o bicho!
Os jogos possibilitam aos alunos
executar ações importantes como
leitura, compreensão de recomendações e procedimentos. Possibilitam,
ainda, o desenvolvimento da tolerância e do respeito mútuo. Lançar mão
dessa estratégia pedagógica é uma
forma de desenvolver habilidades e
competências de leitura e escrita por
meio de textos significativos.
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É O BICHO!
Monte o jogo: recorte e cole o círculo numa superfície emborrachada
ou em uma embalagem (tampa de
caixa de pizza, por exemplo). Perfure
com um parafuso o meio do círculo
e encaixe um clipe no parafuso.
Número de jogadores: 2 a 8
Início da partida: distribua uma cartela para cada jogador. Em seguida
cada um dará um peteleco no clipe e
anotará no canto do cartão-resposta a letra que foi apontada. Caso
haja coincidência, os jogadores
envolvidos rodarão o clipe novamente. A sequência dos
jogadores obedecerá à ordem alfabética.
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O jogo: os jogadores rodarão o clipe duas vezes: a primeira para saber
a classificação do animal (doméstico, vertebrado, invertebrado, ave,
mamífero ou selvagem) e a segunda
para saber a letra que inicia o nome
dele. Todos anotarão nas respectivas cartelas o nome dos animais,
começando pelo número 1, que se
refere à primeira rodada. Quem terminar primeiro dirá a palavra PARE.
Nesse momento, a anotação será
interrompida, e esse jogador revelará em voz alta o que escreveu e em
seguida passará a vez para o outro
jogador à esquerda. Ele procederá
da mesma forma, e assim sucessivamente até o último jogador.
Caso algum participante não concorde com a resposta dada por um
outro jogador, o dicionário e materiais diversos deverão ser consultados imediatamente. Se a reclamação
se justificar, a resposta será anulada.
Se na rodada nenhum dos participantes conseguir se lembrar do
nome de um animal, na classificação dada, o jogador da vez rodará
o clipe novamente, sorteando outra
letra e outra classificação.
Fim do jogo: o jogo terminará quando um dos participantes preencher
toda a cartela, tornando-se assim o
vencedor.
CARTÃO-RESPOSTA
RESPOSTAS
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Outras obras
RESPOSTAS
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ORTHOF, Sylvia. Os Bichos Que Tive
(Memórias Zoológicas). São Paulo:
Salamandra, 1983.
VELTTHUIJS, Max. O Sapo Apaixonado.
São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MACHADO, Ana Maria. De Fora da
Arca. São Paulo: Ática, 2004.
LALAU e LAURABEATRIZ.
Brasileirinhos: Poesia para os bichos mais
especiais da nossa fauna. São Paulo:
Cosac Naify, 2001.
MELO, Thiago de. Amazonas: Águas,
pássaros, seres e milagres. São Paulo:
Salamandra, 1998.
REFERENCIAL TEÓRICO
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No Dicionário Michaelis, a palavra
“leitura” (do latim medievo lectura)
significa não só ação ou efeito de ler,
mas também ato de olhar e tomar
conhecimento da indicação de um
instrumento de medição ou de quaisquer sinais que indiquem medidas ou
aos quais se atribui alguma significação. O verbete “leitura” da Enciclopédia Einaudi assinala que o termo
leitura não remete a um conceito e
sim a um conjunto de práticas que
regem as formas de utilização que a
sociedade, particularmente através
da instituição escolar, faz dele. Leitura é, pois, conforme acentuam Barthes e Compagnon nessa enciclopédia, uma palavra de significado vago,
deslizante, que é preciso ocupar “por
meio de umas sondagens sucessivas
e diversas”, segundo os muitos fios
que tecem sua trama.
Apesar do questionamento ao
conceito fechado de leitura, vale refletir um pouco sobre a etimologia
da palavra ler, do latim legere, que
pode nos ajudar a compreender um
pouco melhor essa prática. Numa primeira instância, ler significava contar,
enumerar letras; numa segunda, significava colher, e, por último, roubar.
Observe-se que em sua raiz a palavra
já traduz pelo menos três maneiras,
não excludentes, de fazer leitura. Na
primeira, soletramos, repetimos fonemas, agrupando-os em sílabas,
palavras e frases. É o primeiro ato da
leitura, o primeiro estágio, correspondente à alfabetização. Já no segundo
momento, o verbo colher implica a
ideia de algo pronto, correspondendo a uma tradicional interpretação
de texto, em que se busca
um sentido predeterminado. Ao leitor caberia apenas descobrir
que sentido o autor
quis dar a seu texto.
Ele colheria o sentido
como se colhe uma
laranja no pé. Nesse
tipo de leitura é que se
busca sobretudo a mensagem do texto, seu tema.
Aparentemente, o leitor
não teria poder algum, a não ser o de
traduzir o sentido que
e s t ar ia
pronto
no texto.
Entretanto
o texto não
se apresenta ao leitor
senão como uma proposta de produção de sentido, que pode ou não
ser aceita. Trata-se de um pacto de
leitura que constitui o que denominamos interação leitor/texto.
Há ainda uma terceira instância,
correspondente ao verbo roubar, que
traz uma ideia de subversão, de clandestinidade. Não se rouba algo com
conhecimento e autorização do proprietário, logo essa leitura do texto vai
se construir à revelia do autor, ou melhor, vai acrescentar ao texto outros
sentidos, a partir de sinais que nele
estão presentes, mesmo que o autor
não tenha consciência disso. Nesse
tipo de leitura, o leitor tem mais poder
e vai, como diz Umberto Eco, construir
suas próprias trilhas no texto/bosque.
Considerando a ideia de leitura como
transgressão, De Certeau também
compara o leitor a um viajante:
Bem longe de serem escritores, fundadores de um lugar próprio, herdeiros dos lavradores de antanho – mas,
sobre o solo da linguagem, cavadores de poços e construtores de casa
–, os leitores são viajantes; eles circulam sobre terras de outrem, caçam,
furtivamente, como nômades através
de campos que não escreveram, arrebatam os bens do Egito para com
eles se regalar.
Como se vê, embora não tenha
um sentido fixo, a palavra carrega
significações que nos levam a encarar
“sondagens sucessivas e diversas”.
(Paulino, Graça et al. Tipos de Textos, Modos de Leitura. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001, p. 11-13).
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Bibliografia
AGUIAR, Vera Teixeira de et al. Era uma
Vez na Escola: Formando educadores
para formar leitores.
Belo Horizonte: Formato, 2001.
COELHO. Nely Novaes. Literatura
Infantil: Teoria, análise, didática.
São Paulo: Moderna, 2000.
LAMBERT, David. Atlas dos Animais.
São Paulo: Moderna, 1995.
OLIVEIRA, Gildson. Câmara Cascudo:
Um homem chamado Brasil. Brasília:
Brasília Jurídica, 1999.
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Download

É o bicho!