CUIDADO MARIMBONDO ZANGADO!
Autora: Sônia Xavier Pim entel
Marimbondinho Juju
Não quer saber de pensar
Em qualquer situaç ão
Seu negóc io é ferroar!
Não adiant a c onselhos
Que a v ó J oana lhe dá
Ele diz: assim nasc i
Assim é que vou fic ar!
Nada disso, meu pequeno,
A vida vai lhe ensinar,
Com esf orç o nós podemos
T endênc ias modific ar.
Deus nos deu esse rec urso,
Para def esa da v ida
Não f aç a de seu f errão
Um c ausador de ferida!
M as t eimoso e agressiv o
Saía Juju de c asa
E ai de quem ousasse
Enc ostar em sua c asa.
Ferroava c om vontade
O marimbondo brigão
E de nada adiant av a
S e lhe pedissem perdão.
Pensav a que v ida era
F eit a só de saf anão
M as não sabia, c oit ado,
Logo viria a liç ão.
Quando nós não resolv emos
Caminhar c om o c oraç ão
A vida nos mostra o rumo
Da dor e reparaç ão.
Cert o dia ele est av a
Nos jardins da residênc ia
Ferroando aqui e ali
T otalmente sem c lemênc ia.
Senhor Jorge retirava
As grades c heias de mel
Numa investida Juju
Caiu dent ro do t onel.
Coit ado, se debat ia
Grudado naquele doc e
S eu pensament o pedia
S oc orro de onde f osse.
Paulinho ao v er a c ena
Gritou: Oh! Pare papai
É um pobre marimbondo.
S ozinho ele não sai!
Pegou depressa a c olher
T irou c om todo c uidado
O pobre Juju do pote
Quase morto e bem melado.
Nada podia f azer
Sem voar, nem se mexer
Com o ferrão grudadinho
Que iria ac ontec er?
M as o M enino sabia
Que é de Deus a c riaç ão
Limpou o pobre bic hinho
Até mesmo o seu ferrão.
Disse- lhe c om tal c arinho:
- Amigo, vou esperar
Para v er se o sol c onsegue
S uas asinhas sec ar.
E lá fic ou vigiando
Até o bic ho se erguer
E meio tonto voar
Querendo lhe agradec er.
Juju muito envergonhado
Pois já atac ara o menino
Nessa hora at é pensav a
Em mudar o seu destino.
Que ainda podia pic ar
A si mesmo prometia:
Eu hei de me c ontrolar!
Daí uns tempos se via
Juju mais pac ific ado,
Bem alegre t rabalhando
C’a v ov ó J oana ao seu lado!
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CUIDADO MARIMBONDO ZANGADO! Autora: Sônia Xavier