Acta 75 da Assembleia-Geral Aos quinze dias do mês de Novembro do ano de dois mil e treze, pelas dezoito horas e trinta minutos, na Sede Social da Associação Promotora do Ensino dos Cegos (doravante designada APEC), sita na Rua Francisco Metrass, número noventa e cinco, em Lisboa, iniciou-se a AssembleiaGeral Ordinária desta Instituição, em segunda convocatória, por não se encontrar presente o número legal de Associados à hora marcada para início dos trabalhos, em primeira convocatória, mantendo-se o local e a “Ordem de Trabalhos”. Por impedimento inesperado da Senhora Primeiro Secretário da Mesa da Assembleia-Geral da Associação, Dra. Maria Alice Mourão Teixeira, e do Segundo Secretário, Dr. Joaquim Manuel Cardoso, devidamente justificado junto do Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, não lhes foi possível comparecerem à reunião desta Assembleia. Assim, e em conformidade com o consignado nos Estatutos da Instituição, O Senhor Presidente da Mesa, Dr. José Miguel Pestana de Mello Moser, propôs à Assembleia a nomeação dos Senhores Associados Dr. João Eduardo Pestana de Mello Moser e Dr. José Francisco Rocha Borges dos Reis Ribeiro para exercerem as funções dos membros da Mesa ausentes. Não tendo havido qualquer oposição, os Senhores Associados foram nomeados para o exercício das funções de, respectivamente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, ficando, deste modo, completa a Mesa da AssembleiaGeral, para a referida reunião, cessando as funções no final dos trabalhos, conforme o determinado nos Estatutos. Com a Mesa da Assembleia-Geral devidamente constituída, o Senhor Presidente da Mesa abriu a sessão e cumprimentou a Assembleia, agradecendo a presença de todos mostrando a sua convicção de que eram do conhecimento geral as razões pelas quais a Assembleia-Geral se encontrava reunida, após o que enunciou os pontos constantes da Ordem de Trabalhos: 1. Ratificação da deliberação tomada na Assembleia Geral de 15 de Novembro de 2012, lavrada na Acta n.º 72, relativa à apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades da Direcção e do Orçamento para o ano de 2013 e do Parecer do Conselho Fiscal. 2. Ratificação da deliberação tomada na Assembleia Geral de 15 de Novembro de 2012, lavrada na Acta n.º 72, relativa à apresentação, discussão e votação de pedido de alienação dos imóveis sitos na Rua das Fontainhas a S. Lourenço, n.ºs 19 a 23 e 25 a 33, inscritos na matriz predial urbana da freguesia de S. Cristóvão e S. Lourenço sob os n.ºs 182 e 183, em Lisboa, e aplicação do produto da venda na reabilitação do imobiliário restante e eventuais aquisições. 1 3. Ratificação de todos os actos praticados pela Direcção à luz das deliberações tomadas na referida Assembleia geral de 15 de Novembro de 2012, e designadamente, das escrituras de compra e venda dos imóveis acima mencionados, outorgadas, respectivamente, em quinze de Maio de 2013 e em trinta de Janeiro de 2013 no Cartório Notarial de Pedro Alexandre Barreiros Nunes Rodrigues, lavradas a folhas 143 e seguintes do Livro 320, e folhas 81 e seguintes do Livro 312, respectivamente. 4. Apresentação, Discussão e Votação do Plano de Actividades da Direcção e do Orçamento, para o ano de 2014 e do Parecer do Conselho Fiscal; 5. Informações. O Senhor Presidente da Mesa informou ainda que no final dos trabalhos convidaria os presentes a aprovarem um voto de pesar e a cumprirem um minuto de silêncio em memória dos Senhores Associados falecidos no decurso de 2013, nomeadamente a Senhora D. Maria Antónia Benthein de Noronha Oliveira Martins de Mesquita e o Senhor Dr. Mário Augusto Saraiva Almeida e Brito. O Associado Sr. José da Silva Pereira entregou na Mesa um documento que classificou como um requerimento, que foi recebido para análise do conteúdo, pelos membros da Mesa, depois do que seria aceite ou recusado. Dada a palavra à Direcção, para que esclarecesse a Assembleia acerca da razão de ser dos três primeiros pontos da Ordem de Trabalhos, o Senhor Presidente, Dr. Henrique Portugal, saudou os presentes, na pessoa do Sr. Presidente da Mesa, e solicitou ao Senhor Presidente que informasse o teor do dito texto entregue na Mesa pelo Senhor Associado José da Silva Pereira, e que a Assembleia fosse informada do número de Associados com direito de voto, quer os presentes quer os representados. Foi feito um breve compasso de espera A Mesa informou que estavam 25 (vinte e cinco) Associados presentes e 16 (dezasseis) representados, impossibilitados de comparecer, representações em conformidade com o disposto no n.º 1 do art.º 25.º dos Estatutos da Associação, totalizando 41 (quarenta e um) votantes com direito de expressão. Seguidamente, o documento apresentado pelo acima identificado Associado, Sr. José da Silva Pereira, foi recusado pela Mesa que sugeriu ao autor do texto que pedisse à Direcção a quem encaminhou o assunto, que lhe desse a resposta adequada. Tomando então a palavra, a Direcção, por intermédio do Senhor Presidente, fez uma exposição breve, durante a qual referiu que as deliberações aprovadas por esmagadora maioria dos Associados presentes na Assembleia-Geral de 15 de Novembro de 2012 haviam sido consideradas nulas por efeito da anulação da dita Assembleia-Geral, na sequência de uma acção de impugnação movida pelo Associado Sr. José da Silva Pereira contra a APEC. Não obstante constar da sentença que as alegações da APEC haviam sido dadas como provadas, algumas das alegações do Sr. 2 José da Silva Pereira não o tinham sido, mas uma ou outra o fora, a sentença foi no sentido de anular a Assembleia porque, no entender da Meritíssima Juiz não se tinham cumprido os quinze dias legalmente estabelecidos. Segundo esse entendimento, o dia 31 de Outubro e o dia 15 de Novembro não poderiam ser considerados e, assim sendo, apenas se contavam catorze dias. Em conformidade com tal entendimento, a Assembleia-Geral foi considerada anulada por irregularidade na sua convocação e por tal razão as deliberações tornaram-se nulas. Ora, com o Plano de Actividades e o Orçamento para 2013 praticamente cumpridos nesta data, com a transacção referente aos prédios da Rua das Fontainhas, 19 a 23 e 25 a 33, em Lisboa, já concretizada com base na autorização para isso dada à Direcção, a APEC está de momento perante um vazio que urge ultrapassar. Nesse sentido, a Direcção decidiu solicitar à Assembleia-Geral que se pronunciasse, ratificando ou não as deliberações tomadas há um ano, designadamente o Plano de Actividades, o Orçamento para 2013 e o competente Parecer do Conselho Fiscal (Ponto um); igualmente solicitou a ratificação da autorização para a venda dos prédios acima identificados (Ponto dois) e bem assim, a ratificação das respectivas escrituras (Ponto três). O Associado Sr. José Mendonça de Freitas solicitou ao Senhor Presidente da Mesa autorização para assinar o livro de presenças porque se tinha esquecido de o fazer. Assim, o número de presenças subiu para 26 (vinte e seis) e os votantes ascenderam a 42 (quarenta e dois). O Senhor Presidente da Mesa pôs à consideração da Assembleia o modo de proceder à votação das matérias constantes dos três primeiros pontos da Ordem de Trabalhos: votar separadamente ponto por ponto, cujo enunciado releu, ou votar conjuntamente os três pontos, que de novo enumerou. Na realidade, relembrou, as matérias em apreço já haviam sido aprovadas e a necessidade de ratificar as deliberações resultava exclusivamente do facto de a Assembleia-Geral ter sido anulada por não haverem sido considerados 15 dias mas 14 entre o momento da expedição das convocatórias e a data da Assembleia. O Senhor Vice-Presidente da Direcção, Vítor Graça, informou que havia em suporte áudio o texto da acta Nº 72 (setenta e dois) relativa à Assembleia-Geral de 15 de Novembro de 2012, sugerindo que a mesma fosse apresentada aos presentes. O Senhor Presidente da Mesa interrogou a Assembleia sobre a necessidade da audição da identificada acta 72, alvitrando que cada um pudesse lê-la calmamente noutro momento. Disponibilizou-se para oferecer um exemplar ao Associado Sr. José da Silva Pereira, mesmo porque a acta desmente afirmações não verdadeiras, nomeadamente a referida perante o tribunal pelo seu advogado, quando este afirmou que o próprio Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (Senhor Dr. José Miguel Moser) alterara a Ordem de Trabalhos da reunião de há um ano. O Sr. José da Silva Pereira respondeu 3 não ter chamado mentiroso ao Senhor Presidente da Mesa, e não poder falar em nome do advogado, mas que, conhecia a acta porque ela constava do processo judicial. Por isso, prescindia da leitura do documento. A Mesa pôs à apreciação dos presentes a forma de votar, sendo a opção a votação conjunta das matérias dos três primeiros pontos da presente Ordem de Trabalhos aprovada por unanimidade dos 42 (Quarenta e dois) votantes com direito de expressão. Postos à votação os pedidos de ratificação enunciados, os mesmos foram aprovados com 40 (quarenta) votos a favor, nenhuma abstenção e 2 (dois) votos contra. Os Senhores Associados José da Silva Pereira e José Mendonça de Freitas, pediram para apresentar uma declaração de voto. Tendo o Senhor Associado José da Silva Pereira, declarado que tinha votado contra porque não conseguia entender os valores que a Remax pôs no seu Site, para a venda dos prédios, pois até mesmo depois da Assembleia-Geral os mesmos continuavam a estar referidos, indicando que um estava vendido e o outro reservado. Tendo o Senhor Presidente da Mesa respondido que a sua declaração de voto devia ter sido encaminhada atempadamente para o órgão competente e não discutida nesta Sessão. Quanto ao Senhor Associado José Mendonça de Freitas o mesmo referiu que o seu voto fora contra porque o resultado da venda não tinha sido aplicado em prol das pessoas com deficiência visual, tendo o Senhor Presidente da Mesa respondido ao Associado, que a sua declaração de voto não se enquadrava no que se estivera a votar. Mau grado isso, o Sr. Associado José Carlos Oliveira insurgiu-se contra o Sr. José da Silva Pereira, chamando-o à atenção para o facto de ele estar integrado numa associação e não ser o seu proprietário, pedindo-lhe que “tivesse vergonha”. Abrindo o ponto 4 da Ordem de Trabalhos, a Mesa deu a palavra à Direcção, inquirindo se a documentação fora previamente dada a conhecimento de todos os senhores Associados. Em caso afirmativo, sugeriu que se fizesse uma súmula do Plano de Actividades para 2014 e se procedesse à apresentação do Orçamento. O Senhor Presidente da Direcção esclareceu que, dando cumprimento a uma garantia dada em 22 de Março, toda a documentação disponível fora lançada na página da APEC na internet, em 7de Novembro de 2013, com excepção do Parecer do Conselho Fiscal, por entrega em 8 de Novembro, já para além do tempo útil para a inclusão na página. Todavia, o documento e restante documentação estiveram disponíveis para consulta no prazo inscrito na convocatória. Acrescentou que, para além da disponibilização na página, toda a documentação fora apresentada em versão corrente e em Braille. Aliás, exceptuando a Assembleia-Geral de 13 de Abril de 2012, realizada em condições por todos conhecidas, a prática da Direcção tem sido a de facultar atempadamente toda a informação aos senhores 4 Associados. Seguidamente e sem querer confrontar o Senhor Presidente da Mesa, solicitou à Assembleia autorização para que o Plano fosse integralmente lido, porque era pouco extenso e porque se evitaria qualquer omissão. Caberia à Senhora Tesoureiro a explanação dos elementos constantes do Orçamento. Em seguida, comunicou que se tinha optado pela sua apresentação em suporte áudio, solicitando a todos que acompanhassem a leitura, na medida em que a cada um fora entregue um exemplar do texto. Finda a leitura do Plano de Actividades da Direcção para 2014, documento que se incluirá na documentação relativa a esta Assembleia-Geral, o Senhor Presidente da Direcção solicitou à Senhora Tesoureiro, D. Helena Bastos, que procedesse à apresentação e explicitação do Orçamento para 2014, documento igual e previamente distribuído a cada um dos senhores Associados presentes e que também se incluirá na documentação desta Assembleia-Geral. Terminada a exposição da Senhora Tesoureiro, o Senhor Presidente da Direcção disse que estariam à disposição dos senhores Associados para responder a questões por eles entendidas pertinentes. Perguntado à Assembleia se pretenderia passar de imediato à apresentação do Parecer do Conselho Fiscal ou entrar na fase de esclarecimentos, entendeu-se dar prioridade às questões suscitadas pelos senhores Associados. Tomando a palavra, o Sr. Associado Dr. José Tomé Coelho começou por se congratular com a votação das ratificações solicitadas nos três primeiros pontos da Ordem de Trabalhos, porque revelavam a coerência dos votantes mostrando o que fazem, como fazem e porque o fazem. Deixou palavras de congratulação pelo trabalho desenvolvido pela Direcção, realçando as condições que a mesma recebera ao assumir as suas funções e a evidente mudança de rumo levada a cabo. Acrescentou que lamentava que os projectos já apresentados e de que oportunamente tomara conhecimento, ainda estivessem por se concretizar, representando já doze meses de considerável atraso e assinaláveis prejuízos. Mais, acrescentou que todos os Associados deveriam ter presentes os interesses da Associação, não obstruindo a acção da Direcção, afirmando que a história se encarregaria de dar razão a quem a tivesse. Considerou, finalmente, que o Plano mostrava ideias muito, muito interessantes e que seria importante que a Direcção as pudesse pôr em prática, dizendo esperar que tal acontecesse, alertando para que não se pode exigir a terceiros o que cada um não pode nem deixa fazer. O Senhor Associado José da Silva Pereira interveio, apontando o facto de o Plano entregue aos Associados não estar assinado, o que acontecia com o Parecer do Conselho Fiscal, como já acontecera no ano passado. Disse ter lido no Plano que seria distribuído o projecto do Regulamento Interno, mas que o mesmo não lhe fora entregue. Apontou a referência ao projecto de 5 intervenção junto de idosos, constante do Plano, inquirindo se se destinava a idosos, em geral, o que não se encontra contemplado nos Estatutos, ou a idosos deficientes visuais. Por fim, questionou a verba inscrita com encargos com o pessoal, alertando para que, embora se tivesse reduzido o número de funcionários a verba se mantivesse sem grandes diferenças. A Senhora Tesoureiro esclareceu desde logo que o original se encontrava assinado e o Senhor Presidente da Mesa solicitou à Direcção que o mesmo fosse exibido, tendo a Direcção manifestado de imediato toda a disponibilidade para que o original devidamente assinado fosse mostrado ali na Assembleia, se algum dos Senhores Associados o desejasse. O Senhor Presidente da Direcção passou a responder às quatro questões formuladas, começando por dizer que o Plano integrado na página da APEC na internet fora lançada directamente da versão existente no computador em que fora elaborado, não se tendo, de facto, digitalizado as assinaturas. Por outro lado, desvalorizou o facto, porque todos os senhores Associados sabem quem são os membros da Direcção e, para que não houvesse dúvidas e para que constasse, identificou-se como o Presidente, Henrique António Portugal Araújo Moreira. Sobre a segunda pergunta, esclareceu que, obviamente, os idosos que constituem a população alvo dos projectos seriam os cegos, aliás, objecto de um projecto a implementar em parceria com a Universidade Nova, pois, na verdade, não se sabe quem são, quantos são e onde estão os deficientes visuais junto de quem se poderá intervir e bem assim, as suas condições de vida; o levantamento far-se-á inicialmente em Lisboa, alargando-se depois conforme as possibilidades. Esclareceu, ainda, utilizar a designação deficiente visual, já que esta estende o conceito a patamares distintos, que passou a enunciar: cego será a terminologia aplicada a quem nada veja ou tenha uma acuidade visual inferior a um décimo, ou seja, uma cegueira técnica, segundo a Organização Mundial de Saúde; acima desse décimo e até três décimos, consideram-se afectados por baixa visão; os detentores de quatro ou cinco décimos, por terem um acentuado decréscimo da visão, igualmente se poderiam incluir no conceito de deficientes visuais. Disse ainda saber-se que há pessoas deficientes visuais que não aparecem, outras que pouco ou nada vêem mas afirmam o contrário e, por fim, há aqueles que fingem ver muito pouco, sendo detentores de 95% de incapacidade, mas uma realidade desmentida pela sua prática: De facto, conhece pessoalmente alguns, um dos quais, por exemplo, tem carta de condução e conduz mesmo. Reafirmou que a população alvo a apoiar é a constituída por idosos com deficiência visual, o que, aliás, é o objecto dum projecto já concluído e a ser submetido à Segurança Social. No que toca ao Regulamento Interno, foi dito que o mesmo já deveria ter sido elaborado há anos, desde que os actuais Estatutos foram aprovados. Todavia, nada estava feito e informou que brevemente um projecto já 6 esboçado será posto à apreciação de alguns juristas, para depois serem dados a conhecimento dos senhores Associados. Na Assembleia-Geral para a apresentação do Relatório de Actividades, que decorrerá no próximo ano, o documento será posto à apreciação geral. Contudo, afirmou que a elaboração do Regulamento é da estrita competência da Direcção e a sua apresentação à Assembleia-Geral revestirá, por um lado, uma questão de respeito para com os senhores Associados e, por outro lado, uma questão de delicadeza para com a própria Assembleia-Geral. Acrescentou que o Regulamento poderia já estar em fase mais avançada, mas o muito tempo dispendido com os vários processos judiciais em curso tem impedido que outras questões bem importantes fiquem para trás, não significando que os ditos processos não revistam grande importância. Quanto à quantia consignada na rubrica dos encargos com o pessoal, não obstante ter sido reduzido o seu número, o acréscimo apontado pelo senhor José da Silva Pereira fica a dever-se a um aumento das prestações sociais respectivas. Interveio seguidamente o Senhor Associado Dr. António de Oliveira e Costa que cumprimentou o Senhor Presidente da Mesa pela forma como os trabalhos estavam a ser conduzidos e agradeceu a presença de todos. Disse conhecer o trabalho da Direcção e os seus projectos e, depois de referir o seu passado de vinte anos em actividades de carácter social, manifestou a sua estranheza por se impugnar uma Assembleia-Geral apenas por se ter feito uma convocatória com o atraso de um dia, e a sua perplexidade pelo que representa um ano de trabalho posto em causa. Sem questionar as intenções dos Associados, reconhece que é um direito que assiste a qualquer um e, que representando encargos judiciais, espera mais tarde poder compreender as razões que levaram a tal decisão. Abordando o projecto que rotulou de alcance e de visão da Direcção, o do rastreio para saber quantas, quem são e onde se encontram as pessoas com baixa visão, seja ela total ou parcial, muita ou pouca, considerou que este será o primeiro ingrediente para desenvolvimento de uma política pública, pois hoje em dia nem em Portugal nem em qualquer outro país da Europa se poderá desenvolver tais políticas públicas se não houver dados a partir dos quais se possa saber onde estão as necessidades e onde estão os recursos a alocar, de modo a que os deficientes visuais possam beneficiar de uma política coerente, consistente e pensada. Assumindo-se como actuando no sentido de fazer lobby no sentido da administração de políticas públicas, entende que o projecto referido pela Direcção venha a concretizar-se, nomeadamente porque os idosos, que naturalmente vão perdendo a visão, carecem de uma intervenção atempada que permita colmatar as suas carências, o que num país com parcos recursos exige um correcto conhecimento da situação. Reiterou a sua estranheza por se porem em causa deliberações esmagadoramente votadas por maioria, formulou o voto para que o projecto venha a ser levado a cabo e deixou um apelo para que o 7 trabalho da Direcção possa ser conccretizado nas condições necessárias e merecidas. Por fim, deixou no ar uma pergunta: em anteriores mandatos e quando houve questões bem graves na Associação, os Associados impugnaram as Assembleias-gerais e também teriam exercido a sua vigilância atenta? Seguindo a linha da intervenção do Senhor Associado Dr. António Oliveira e Costa, o Senhor Presidente da Mesa estabeleceu a analogia com um projecto desenvolvido por uma Associação de Bombeiros, cujos Órgãos Dirigentes integra, sugerindo ao Senhor Associado João Pereira Coutinho, membro do executivo da dita Associação, que oportunamente aborde o assunto com a Direcção da APEC. Dada a palavra à Senhora Associada, D. Idalina Coelho, esta felicitou a Direcção pelo trabalho que tem vindo a desenvolver. Afirmou querer esclarecer a “oposição, que a faz bem cerrada” e sem se saber porquê, que a maioria dos presentes não punha em causa o discordar mas sim a forma como tal discordância se tem vindo a fazer. Entende a Senhora Associada que discordar é salutar, o que ela também faz, mas discordar de modo fanático é o que se repudia. Acrescentou, caricaturando, que ao saírem de casa e ao serem interrogados pelos filhos, os visados responderiam que ”iam impugnar uma Assembleia, que não se preocupassem”. Finalizou, deixando o pedido para que fosse tido em conta que as pessoas trabalham e não gostariam de ter de voltar a tratar das mesmas coisas daqui a um ano. Não havendo mais intervenções por parte dos Senhores Associados, foi dada a palavra ao Conselho Fiscal, a fim de que apresentasse o competente Parecer. O Senhor Presidente do Conselho Fiscal, João Pereira Coutinho, procedeu à leitura do documento, por forma a que todos dele tomassem conhecimento. Finda a leitura, o Senhor Presidente do Conselho Fiscal justificou a ausência do Senhor Vogal, Eng. Jorge Miguel Azevedo, invocando motivos profissionais. A exemplo do que se verifica com os anteriores documentos apresentados pela Direcção, o Parecer constará da documentação desta Assembleia-Geral. Não havendo questões suscitadas pela Assembleia, o Senhor Presidente da Mesa propôs que se passasse à votação. O Senhor Presidente da Direcção solicitou à Mesa uma recontagem de Associados com direito a voto e inquiriu se haviam entrado ou saído alguns Associados, nomeadamente durante a discussão deste último ponto da Ordem de Trabalhos. Foi comunicado que se encontravam presentes 26 (vinte e seis) Associados, contando-se 16 (dezasseis) representações, num total de 42 (quarenta e dois) Associados com direito de expressão, por se ter retirado um senhor Associado António José Roxo e entrado o Senhor Associado Eng. Carlos Rosa, logo no início da apresentação do Plano de Actividades, matéria do Ponto 4 da Ordem de Trabalhos. 8 Considerando a estreita ligação entre o Plano de Actividades da Direcção, que os Estatutos designam Programa de Acção, e o Orçamento para 2014, e bem assim, o Parecer do Conselho Fiscal, a Mesa sugeriu a votação conjunta dos documentos. Os mesmos foram aprovados com 40 (quarenta) votos a favor, nenhuma abstenção e 2 (dois) votos contra, pelo que o Senhor Presidente da Mesa realçou o facto duma expressiva maioria ter seguido o Parecer do Conselho Fiscal. Entrando-se no quinto e último ponto da Ordem de Trabalhos, cuja inclusão na convocatória foi solicitada pela Direcção, o Senhor Presidente, Dr. Henrique Portugal, anunciou que, de forma não muito longa, não muito detalhada por razões óbvias, iria retomar um assunto já abordado na Assembleia-Geral de dia 22 de Março de 2013. Disse-se, então, ter sido apresentada pelo Senhor Associado José Manuel Correia uma providência cautelar tendente à suspensão das deliberações aprovadas na AssembleiaGeral extraordinária que decorrera em 19 de Dezembro de 2012, respeitantes ao processo de cedência do exercício de direito de superfície à PPR, estando a situação ainda pendente. A sentença foi proferida quatro dias depois, em 26 de Março de 2013, sendo favorável à Associação Promotora do Ensino dos Cegos, caindo pois essa acção. Todavia, o mesmo Associado interpôs nova acção ordinária de impugnação, que de momento corre os seus termos em tribunal. Notificada a APEC, já foi dada a resposta e aguarda-se a notificação do que o Magistrado tiver por mais certo, mais correcto. Prosseguindo, afirmou não querer deixar de afirmar que toda esta situação já representa alguns prejuízos para a Associação, que explicitou: como é sabido por todas as pessoas, o contrato de cedência pressupunha a disponibilização de uma quantia avultada para fazer face à regularização da situação na Segurança Social; igualmente, estava contemplada uma verba para a intervenção tendente a recuperar a totalidade do património imobiliário da APEC. Ora, não sendo possível a assinatura do contrato e demais documentos então aprovados, os financiamentos ainda não puderam ser canalizados para a APEC. Como é óbvio, isso traduz-se em prejuízos, limitações e preocupações para a Direcção. Acrescentou que não é possível estimar o tempo que o processo demorará, pois tal não depende da Associação, mas de factores terceiros, ou seja, do tribunal. Entretanto, todos os projectos a lançar estão dependentes daquilo que, como enfatizou, faz mover tudo no mundo: os financiamentos. Assim, espera-se que possam avançar em 2014. O Senhor Associado Tomé Coelho pediu um esclarecimento acerca da necessidade da abordagem deste tema, pois, segundo entendia, a aprovação das matérias constantes dos pontos 1, 2 e 3 da presente Assembleia-Geral permitiria encerrar a questão. Clarificando, o Senhor Presidente da Mesa informou que se estava perante duas Assembleias-Gerais distintas, uma 9 realizada em 15 de Novembro de 2012, cujas deliberações e efeitos constavam dos enunciados ponto 1, 2 e 3. Sobre essa acção houve já uma sentença desfavorável à Associação, apenas por um dia de atraso na expedição das convocatórias. A votação de hoje para ratificações reporta-se a essa Assembleia. Existem, contudo, outras acções em curso e a matéria agora acabada de ser apresentada reporta-se ao processo relativo a uma outra Assembleia-Geral, mas datada de 19 de Dezembro de 2012. Mais nenhuma questão foi posta à Direcção e porque não havia outras informações a dar, encerrado este ponto da Ordem de Trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa pediu à Assembleia que aprovasse um voto de pesar pelo falecimento de alguns Senhores Associados, ocorrido no decurso deste ano de 2013, que a seguir se transcreve, e que fosse cumprido um minuto de silêncio. VOTO DE PESAR Tendo a Assembleia-Geral da Associação Promotora do Ensino dos Cegos, tido conhecimento do passamento da Associada Honorária Senhora D. Maria Antónia Benthein de Noronha Oliveira Martins de Mesquita, por todos os Associados falecidos, recordando o Senhor Dr. Mário Augusto Saraiva Almeida e Brito, os Associados presentes nesta Sessão apresentam às famílias enlutadas um sentido voto de pesar pelo seu falecimento. Os Corpos Sociais A Mesa da Assembleia-Geral A Direcção O Conselho Fiscal Após a leitura do voto de pesar, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, pôs o mesmo à votação, sendo aprovado por unanimidade. Seguidamente foi cumprido um minuto de silêncio, em pé, por todos os Associados presentes na sala. O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, depois de agradecer uma vez mais a presença e a colaboração de todos no decurso dos trabalhos, encerrou a reunião, pelas vinte horas e quinze minutos, dela se lavrando a presente acta que, vai ser assinada pelos membros que constituíram a Mesa, e será apresentada na próxima Assembleia-Geral para votação. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral O 1º Secretário da Mesa da Assembleia-Geral, em exercício O 2º Secretário da Mesa da Assembleia-Geral, em exercício 10