Reportagem Ayrton Senna do Brasil Especial Apólogos Entrevista com dr. Octávio Cintra {SUMÁRIO} 3 Entrevista: Felipe M. Pereira Ribeiro Editorial 4 Reportagem: Saúde UMA REFERÊNCIA PARA A NAÇÃO Submarino Nuclear: um sonho brasileiro Um olhar diferente 6 Entrevista: Dr. Octávio Cintra Apneia do sono: o inimigo invisível 7 Crônica Só Batatas Ayrton Senna brilhou nas pistas de Fórmula 1, sempre carregando consigo a bandeira do Brasil, pois como ele mesmo afirmava “O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho”, e, ainda hoje, mesmo 20 anos após sua morte, é lembrado pelo povo que tanto se orgulhou de suas conquistas. É de grande importância que tenhamos como referência pessoas tão competentes quanto Ayrton, tão humanas e tão patriotas, que nos espelhemos naqueles que fizeram sua história sempre buscando o melhor, de forma justa e honesta. 8 Reportagem: Esporte “Ayrton Senna do Brasil” 11 Entrevista: Roger Chammas Nesta edição, apresentamos uma reportagem sobre alguns fatos importantes da vida desse ídolo brasileiro e, em nossa seção especial, demonstramos parte do trabalho dos alunos na redação de apólogos, pequenos textos, de linguagem bastante simples, porém que nos trazem grandes reflexões sobre o comportamento humano. Além dessas matérias, diversos outros assuntos e gêneros foram abordados, pois, como já explicado em edições anteriores, todos os textos aqui publicados são frutos de produções realizadas por nossos alunos dos 8os e 9os anos do Ensino Fundamental II. Câncer: a busca de sua cura 12 Especial: Apólogos 14 Reportagem: Comportamento Planejando o futuro 16 Reportagem: Esporte Pequenos atletas, grandes talentos 17 Crônica Nem sempre o tempo leva ao progresso Desde a escolha do tema, pesquisas, contato com entrevistados, enfim, todos os passos do processo de elaboração de um texto são de responsabilidade dos alunos, que, na maioria das vezes, trabalham em equipe, desenvolvendo o espírito de coletividade e aprendendo a lidar com as adversidades. É com grande apreço que o Colégio Vértice divulga esta publicação, por ser mais um exemplo da seriedade com que atua na área da educação, desenvolvendo em seu aluno um olhar diferenciado e crítico da sociedade em que vive. 18 Resenhas 19 Crônica Plim Boa Leitura! 20 Seção Curumim Claudine Alves Willemann 22 Quiz: Você conhece a Fórmula 1? 23 Guia Vitaminas de Sucesso Professora responsável pela execução do projeto Errata: Na edição de número 10, o depoimento de Walkiria de Alexandre Cloretti é de responsabilidade da aluna Bianca Hallage, então aluna do 9º Ano C. Expediente Conselho editorial: Claudine Alves Willemann Alunos dos 8os e 9os anos do Colégio Vértice Diretoria: Walkiria Gattermayr Ribeiro Revisão: Claudine Alves Willemann Liliana L. de Mello Castanho 2 { VÉRTICES } julho 2014 Produção dos textos: Alunos dos 8os e 9os anos do Colégio Vértice Capa: Alexandra A. Terzian Simonka Imagem da capa: Instituto Ayrton Senna Editora de arte: Alexandra A. Terzian Simonka Contato: [email protected] Impressão: Improta Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 2500 exemplares Colégio Vértice R. Vieira de Morais, 172 CEP 04617-000 – Campo Belo – SP TEL/FAX: 11 5533-5500 {ENTREVISTA} FELIPE MARTINS PEREIRA RIBEIRO Submarino Nuclear: um sonho brasileiro Por Daniel André Campos, Fernanda Igino Franzin, Gabriel de Rosa Peano, Georgia Vaccari Borrelli, Júlia de Souza Capuano, Júlia Loripe Guimarães e Ricardo Hori. Alunos do 8º Ano A. Felipe Martins Pereira Ribeiro, formado em Engenharia Metalúrgica na POLI (Universidade de São Paulo), é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do submarino nuclear, projeto que está sendo executado pelo Brasil em parceria com a França, onde funcionários brasileiros são treinados para a realização de suas etapas. Serão fabricados cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um de propulsão nuclear, que funcionará com combustível nuclear como fonte de energia. Felipe atua na análise e desenvolvimento da vareta de combustível. O projeto de construção de um submarino já é idealizado desde a década de 70, mas os governantes foram adiando-o, pois o julgavam menos importante. O que motivou o Estado a construir o submarino agora? Principalmente a descoberta das reservas do présal, que ampliou muito a área no oceano, necessitando de vigília. O submarino é uma das maneiras de vigiar essa nova área a ser controlada. Os engenheiros brasileiros já estão na França recebendo treinamento para construírem o submarino. Qual é a importância de construí-lo aqui e não importá-lo? O convênio foi feito principalmente com a França porque, diferente de outros países que venderiam o submarino, o país está fazendo transferência de tecnologia. É o mesmo motivo pelo qual o Brasil comprou os caças da Suécia, pois, além do material, ele terá todo o projeto de como fabricá-lo. Em sua opinião, por que a Rússia, um dos países com acesso a submarinos de propulsões nucleares, interferiu na fabricação dessas máquinas aqui no Brasil? Eu não sei exatamente de que maneira interferiu, mas sempre que o país vai avançando na construção, outros países colocam empecilhos, por exemplo, se precisamos de algum material que é difícil de comprar, se precisamos fazer algum teste que é difícil de fazer, todos os países tentam dificultar. Se todo mundo tivesse um submarino nuclear, deixaria de ser uma vantagem. Imagino que a Rússia tenha interferido pelo mesmo motivo que outros países interferem. Em 2013, a presidente Dilma Rousseff anunciou que, com a fabricação dos submarinos, o Brasil pode se incluir no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O senhor acha que, com nossos arsenais, podemos nos in- cluir nesse grupo de países, em sua maioria desenvolvidos? É uma pergunta complicada. O Brasil tenta se projetar política e militarmente para pleitear esse assunto na ONU e no conselho de segurança. Não sei se construir um submarino por si só traria essa vantagem e essa possibilidade. A presidente inaugurou, no ano passado, uma unidade de fabricação de estrutura metálica para a construção de peças do submarino. Os gastos serão, em média, de 21 bilhões de reais, mostrando a grande importância do projeto. Para o senhor, qual é essa importância? Além da proteção do pré-sal e das reservas de petróleo, enfim, da parte militar, o projeto é importante porque são feitas muitas pesquisas com esse dinheiro, ou seja, o submarino é a última parte do projeto. Até chegar ao resultado, o Brasil aprende a construir reatores nucleares, metalurgia, materiais, enfim, muitas técnicas são aprimoradas pelo país. O Brasil não vai produzir só um submarino com esse dinheiro, conseguirá muitas outras coisas, principalmente na parte de ciências e tecnologia; além de formar muitas pessoas, que estão fazendo cursos e aprendendo em outros países, e isso, sem dúvida, é importante para o Brasil. O submarino nuclear já provou ser uma das armas mais letais no combate naval, como, por exemplo, na Guerra das Malvinas. Há necessidade de ter uma arma com tamanho potencial? O Brasil aproveitará todo o potencial dessa arma? Com certeza, a área de litoral do Brasil é imensa, de aproximadamente 200 milhas a partir da costa, e o país pretende ampliar ainda mais essa área. Mas, para isso, deve estar presente em áreas marítimas, daí a importância do sub- marino nuclear, que tem uma vantagem muito grande sobre os submarinos convencionais, pois consegue monitorar uma área bem maior, devido a sua própria construção. Qualquer submarino exige uma fabricação minuciosa, além de uma alta tecnologia para garantir o funcionamento dessa máquina. O Brasil tem capacidade tecnológica para esse projeto sonhado pelo governo desde a década de 70? Esse dinheiro está sendo investido na capacitação tecnológica, não só na aquisição de materiais e na construção em si, então o que não se possui, será produzido. Além do submarino nuclear, outros quatro submarinos convencionais serão construídos. Quais seriam as funções desses quatro submarinos? Os quatro primeiros submarinos serão movidos a diesel elétrico, enquanto o Scorpène (quinto submarino) será oco e colocaremos o nosso próprio reator, ou seja, a diferença entre eles é principalmente essa. A função desses quatro submarinos é capacitar o país para construir um de propulsões nucleares. Além disso, também possuem uma função de defesa e, para o mesmo projeto, missões poderão ser aplicadas. Quais seriam os benefícios que o submarino nuclear traria para o nosso país? Fora o desenvolvimento científico e tecnológico, há a questão militar e o fato de o submarino nuclear ser feito por meio de baterias elétricas, que fazem com que o submarino não precise emergir, podendo permanecer até dez anos debaixo d’água, diferente do submarino convencional, que, quando a bateria se esgota, sobe e liga o motor a diesel para recarregá-la, pois precisa usar o oxigênio da superfície. { www.colegiovertice.com.br} 3 {SAÚDE} Um olhar diferente 9 % da população mundial (sendo 8% do sexo masculino e 1% do sexo feminino) apresentam uma anomalia ocular, conhecida como daltonismo, que faz com que os portadores não percebam ou não discriminem determinadas cores Por Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza, Izabella Martins Ramos Rodrigues, Maria Luíza Nakano Fujihara, Pedro Carneiro Malta e Rodrigo Rossi Longo. Alunos do 9º Ano B. História do Daltonismo John Dalton nasceu em Eaglesfield, um pequeno povoado localizado no oeste da Cúmbria, Inglaterra, em 6 de setembro de 1766. Foi químico, meteorologista e físico inglês. Tornou-se mais conhecido pela criação da primeira teoria atômica moderna, pesquisa que o colocou na história da ciência. Além disso, descobriu a anomalia da visão das cores, que ficou conhecida como daltonismo. Descreveu-a como uma cegueira congênita para as cores em alguns indivíduos. Interessou-se por esse estudo, pois ele próprio apresentava a anomalia. Entendendo um pouco a genética Todos têm seu DNA (ADN, em português: ácido desoxirribonucleico; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) formado por genes que são unidades da hereditariedade, ou seja, que herdamos de nossos pais. Em nosso organismo, os genes sexuais, que definem nosso sexo, dividem-se em dois tipos, denominados de X e de Y. Se a pessoa for mulher, ela possuirá um X recebido de sua mãe e um X recebido de seu pai. Caso o indivíduo seja homem, receberá um X de sua mãe e um Y de seu pai. Como funciona a hereditariedade do Daltonismo Os genes têm total influência para a presença dessa anomalia ocular nos indivíduos. Para que apresente visão normal, seu gene X deve vir acompanhado do genótipo* D; porém caso o gene X esteja junto a um genótipo d, o indivíduo poderá apresentar uma visão anormal, podendo ser daltônico. Explicando, todas as mulheres possuem genes XX, que normalmente são XDXD, porém há algumas exceções. Caso a mulher possua XDXd, carregará consigo o gene do daltonismo, mas não o apresentará; porém, se possuir XdXd, apresentará a anomalia. Contudo, é válido lembrar que casos como esse são muito raros. A maior parte da população daltônica é masculina, possuindo XdY (homens que tem XDY apresentam visão normal). O homem daltônico recebe o Xd de sua mãe, e o Y de seu pai, ou seja, o filho herda a anomalia de sua mãe que, na maioria das vezes, não a apresenta. Já no caso raro de mulheres daltônicas, estas recebem Xd de sua mãe e Xd de seu pai (que deve possuir o déficit também), sendo então, nesse caso, a mãe e o pai os responsáveis por transmitir a anomalia. (*Genótipo é a formação genética de um indivíduo devido a seu material hereditário, herdado de seus pais). 4 { VÉRTICES } julho 2014 CONDIÇÃO DOS PAIS CONDIÇÃO DOS FILHOS PAI XDY MÃE XDXD Não serão daltônicos. PAI XdY MÃE XDXd PAI XDY Há a probabilidade de 50% dos filhos MÃE XDXd serem daltônicos e de 50% das filhas serem portadoras do gene. PAI XdY MÃE XDXd 50% dos filhos e filhas serão daltônicos. PAI XDY MÃE XdXd Os filhos serão daltônicos e as filhas portadoras do gene. PAI XdY MÃE XdXd Tanto os filhos quanto as filhas serão daltônicos. FORMAÇÃO GENÉTICA Não serão daltônicos, mas as filhas portarão o gene do daltonismo. CARACTERÍSTICA XDXD Mulher com visão normal. X D Xd Mulher com visão normal, porém portadora do gene do daltonismo. X d Xd Mulher daltônica. XDY Homem com visão normal. X dY Homem daltônico. Tipos de Daltonismo Há diferentes tipos de daltonismo, ocasionados pelo déficit ou defeito em certas células, como os cones (responsáveis pela visão das cores) e bastonetes (que proporcionam a visão em preto e branco, cinza e visão noturna). Entre esses tipos estão: Monocromacia: Ocorre quando há apenas bastonetes, permitindo somente a percepção de tons de cinza, sendo incomum na população humana. Tipo Possui apenas Monocromata típico Bastonetes Monocromata atípico Um tipo de cone (células receptoras de tons de branco, cinza e preto) Enxerga apenas Como enxerga Protanopia Um tipo de cor cones são ligados à terminações individuais bastonete grupos de bastonetes ligados à mesma terminação nervosa Como identificar o daltonismo Hoje, os oftalmologistas têm um “arsenal” de testes para identificar o daltonismo. O mais comum e eficaz é o teste das placas de Ishihara. Não possui/está danificado Cones receptores de vermelho Impossibilidade/dificuldade de diferenciar Como enxerga Tons de vermelho e verde Tons de verde, amarelo ou vermelho Cones receptores de azul Tons de azul e amarelo Mutação Placas de Ishihara Foi criado em 1917, pelo professor da Universidade de Tóquio Dr. Shinobu Ishihara (1879-1963). O teste criado por Ishihara consiste na exibição de vários cartões com pequenos círculos de cores pouco diferentes. As pessoas com visão normal enxergam todos os números presentes em seu interior, enquanto os daltônicos enxergam somente alguns, dependendo do tipo da anomalia que apresentam. São exibidas 32 placas para a identificação no exame. Lãs de Holmgreen Tricromacia anômala: mutação de cores e pigmentos da visão, manifestando-se de três formas: Tipo terminações nervosas, em direção ao nervo óptico fundo do olho: células da retina cone Deuteranopia Cones receptores de verde Tritanopia É na retina que o daltonismo tem seus efeitos, ou seja, quando apresenta a anomalia ocular, ocasiona o déficit ou defeito em certas células presentes nessa estrutura. Essas células são chamadas de cones (receptoras de cores) e bastonetes (receptoras de tons de cinza, preto e branco). Tons de cinza Dicromacia: Ocorre quando há ausência de um determinado cone. A dicromacia, presente em seres humanos, pode ser classificada em: TIPO Anatomia do Olho Humano Impossibilidade/ dificuldade de Protanomalia Mutação nos cones vermelhos Diferenciar vermelho com preto Deuteranomalia Mutação nos cones verdes Identificar a cor verde Tritanomalia Mutação nos cones azuis Diferenciar a cor azul da cor amarela Segundo a oftalmologista Fabiana Blasbalg, “O tipo mais comum de daltonismo é a dificuldade de discriminar as cores verdes-vermelhas, e o menos comum é a falta do pigmento amarelo-azul”. Curiosidade: Os daltônicos têm mais facilidade de enxergar no escuro e conseguem perceber quando há alguém ou algo camuflado, por isso, geralmente, são chamados para a guerra. Neste teste, deve-se separar alguns fios de lã pintados com cores muito parecidas. Esses fios devem ser agrupados em uma sequência de cor pré-estabelecida em um gabarito. Conforme os erros na ordem das cores do gabarito é possível determinar o tipo de daltonismo do indivíduo. Amaloscópio de Nagel O anomaloscópio de Nagel é um aparelho utilizado para diagnosticar problemas oculares, principalmente o daltonismo. No teste, o paciente tem o seu campo de visão dividido em duas partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela padrão, enquanto a outra é iluminada por diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O indivíduo deve mexer em botões de ajuste para tentar igualar as tonalidades dos dois campos visuais. Através da comparação entre a tonalidade real e a visualizada pelo paciente é possível determinar qual o tipo e o grau do daltonismo. Imagens: http://wallpaper.ultradownloads.com.br/133661_Papel-de-Parede-New-York-em-pretoe-branco_1280x800.jpg. http://megaarquivo.files.wordpress.com/2014/03/cores-primc3a1rias. png. https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRalqMEfb3xxvpQ5E0-BUD_ VnBsADSGvQ5zkCMb-jHYr4I8JJde. http://www.verivide.com/assets/images/Ishihara%20x5.jpg { www.colegiovertice.com.br} 5 {ENTREVISTA} DR. OCTÁVIO CINTRA Apneia do sono: o inimigo invisível Por Beatriz Gutierrez Souza, Enzo Faleiros Resende, Giulia Rigamonti, Isabella Guimarães Del Nero, Louise Webster Lima Costa Cruz, Rafael Garrido de Oliveira Almeida. Alunos do 8º Ano B. Muitas pessoas apresentam queixas de ronco durante o sono. Quais são as causas mais comuns desse mal que incomoda muitos indivíduos? A Apneia Obstrutiva do Sono é uma alteração respiratória, caracterizada por várias paradas respiratórias durante o sono por, no mínimo, 10 segundos. É causada pelo estreitamento das vias respiratórias. Alguns sintomas da síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono são: ronco, agitação ao dormir, sensação de sufocamento ao despertar, sonolência excessiva durante o dia, impotência sexual, dor de cabeça e irritabilidade. Dr. Octávio Cintra é cirurgião dentista, formado pela Unicamp, especialista em anatomia de cabeça e pescoço pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Nesta entrevista, Dr. Octávio Cintra esclarece-nos algumas dúvidas sobre a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. 6 { VÉRTICES } julho 2014 O ronco em si, na realidade, é igual ao soluço. Ele não é uma doença, é um sintoma. Sintoma de uma provável alteração, podendo ser a passagem aérea muito estreita, somada a uma alteração anatômica. Há três tipos dessa alteração. Você pode ter uma flacidez do músculo (músculo mole), hipertrofia (aumento da úvula) ou alteração facial. O ar, quando respiramos, entra pelo nariz e pela boca para chegar ao pulmão. Nesse processo, ele passa por uma espécie de canudo, que se chama faringe e, se esse “canudo” for estreito ou tiver alguma alteração anatômica, o ar passa sob pressão, fazendo a úvula tremer em cima das cordas vocais, que emitem o som da fala, ou seja, são as cordas vocais que fazem o barulho do ronco. Como o senhor, enquanto cirurgião dentista, faz o diagnóstico da Apneia Obstrutiva do Sono? O papel do cirurgião dentista na Apneia Obstrutiva do Sono não é dar o diagnóstico. Quem sofre por Apneia Obstrutiva do Sono ou da Síndrome da Resistência da Via Aérea Superior (o nome técnico mais usado) vai ser diagnosticado por 3 ou 4 especialistas, pelo menos, de diferentes áreas, ou seja, nós estamos na integração multidisciplinar. É difícil caber a nós, cirurgiões dentistas, um diagnóstico. Ajudamos a montá-lo. Normalmente, esses pacientes não vêm tratar de seu problema conosco. Eles vão ao neurologista, pois não estão dormindo bem; ou vão ao otorrino, porque percebem que não estão respirando direito. Após isso, o médico, neurologista ou otorrinolaringologista, vai suspeitar de uma alteração anatômica da face ou aumento dos maxilares da mordida, por isso, encaminham-nos esses pacientes. E nós, juntamente a essas áreas médicas, montamos o diagnóstico e os direcionamos ao plano do tratamento. Nossa especialidade no tratamento é avaliar a maxila da mandíbula. Essa doença ocorre com mais frequência em que tipo de indivíduo? Esse tópico é muito individual, mas se pegarmos a população que apresenta a doença, observaremos que, em geral, manifesta-se em indivíduos com mais de 40 anos e indivíduos obesos. A hereditariedade tem relação com a Apneia Obstrutiva do Sono, ou seja, se seus pais têm apneia do sono, você nasce com tendência a tê-la também. Há alguma forma de prevenir a Apneia Obstrutiva do Sono? Existe sim. A prevenção é sempre uma forma de nos tratar, de evitar o problema. Uma frase que costumamos usar, quando o paciente tem Apneia Obstrutiva do Sono, é: a Apneia Obstrutiva do Sono normalmente não tem cura, ela tem tratamento. É como quem tem, por exemplo, diabetes. Se uma pessoa for diabética, deve controlar o açúcar, e, eventualmente, tomar remédio, a insulina. Provavelmente, essa pessoa nunca ficará curada do diabetes, pode até se curar, mas não é o normal. Ela pode viver uma vida inteira bem, mesmo sendo diabética, pois a doença está controlada, já que sabe exatamente quanto pode ou não comer de açúcar, o quanto pode ou não tomar de bebida alcoólica. A Apneia Obstrutiva do Sono é a mesma coisa, a pessoa pode ter a doença, mas pode viver controlada, sem nenhum problema. Para prevenir que ela se instale, há algumas orientações, como não ganhar muito peso. Isso é um pouco contraditório, pois, nem todo obeso apresenta Apneia Obstrutiva do Sono. Nós temos pacientes que a apresentam e são magros. Em contrapartida, recebemos muita gente obesa, que não tem apneia. Porém, há uma chance maior de apresentar essa doença o indivíduo que ganha muito peso. Evitar o aumento de peso é um tipo de prevenção. Também é preciso pensar em qualidade de vida, mantendose saudável. Quando a alteração é anatômica, é difícil de prevenir. Por exemplo, se o indivíduo cresceu, desenvolvendo características genéticas, que os pais transmitiram, como: se seu queixo e sua mandíbula ficaram pequeninos, a língua também ficará para trás e apertará a passagem de ar, Imagem do processo de um tratamento que um cirurgião dentista realiza deixando-a muito estreita. Nesse caso, é difícil prevenir, mas é necessário corrigir. Para corrigir deve-se fazer uma cirurgia, pegando a arcada inferior e colocando-a para frente. Quando colocamos para frente, a língua será trazida também para frente, desobstruindo a passagem do ar. A Apneia Obstrutiva do Sono é definida como uma doença crônica, incapacitante e letal. Como o senhor definiria os termos: crônica, incapacitante e letal? Crônico é tudo aquilo que tem uma duração de longo prazo. Incapacitante é tudo aquilo que, como o próprio nome diz, gera incapacidade, limitação. Quando falamos de relacionar o termo incapacitante à Apneia Obstrutiva do Sono, observamos que as pessoas que têm essa doença convivem com algumas dificuldades geradas por ela. O indivíduo normalmente não dorme bem. Apneia é a parada de respiração total, que dura mais de 10 segundos. A polissonografia é o exame que mostra isso: quantas apneias acontecem. Quando paramos de respirar, não jogamos oxigênio para dentro do corpo que, de alguma maneira, precisa oxigenar os tecidos, por isso o coração acelera o batimento. O sistema nervoso desse indivíduo percebe a falta de oxigênio e alerta-o com o chamado microdespertar, um despertar não consciente, como se a pessoa acordasse para respirar de novo, sem consciência disso. As pessoas que apresentam a Apneia Obstrutiva do Sono incapacitante sentem muito sono durante o dia, pois não conseguem dormir à noite. Essa é a grande incapacidade delas, uma incapacidade física, mas, ao mesmo tempo, acaba sendo uma incapacidade intelectual, uma incapacidade psicológica. Elas têm uma série de alterações que são decorrentes desse sono bagunçado. Já a apneia obstrutiva letal é a que mata. A apneia em si, raramente mata alguém, o que mata é não tratar as alterações causadas pela apneia, como, por exemplo, uma pessoa que ficou com pressão alta, alteração cardíaca, alteração biológica e não tratou, pode sim ter apneia letal, ou seja, pode morrer devido às consequências da apneia, e não dela em si. SÓ BATATAS Por Ana Beatriz Nogues Forlin, João Eduardo Raimundo Vuolo e Julia Fernanda Chou. Alunos do 8º Ano C. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A. 18 de novembro, dia de meu aniversário de casamento. Sempre tento agradar ao máximo a patroa, mas este ano está complicado... Dívida com o banco, aluguel atrasado, parcelas de celular, do carro e do tênis para pagar, enfim, a grana tá curta! Hoje de manhã, estava indo ao trabalho de carro, quando parei no farol e um daqueles caras chatos de boné e cheios de panfletos na mão parou ao lado de minha janela, já me passando dois folhetos de propagandas de uma só vez. Peguei e logo li: “60% de desconto no restaurante mais badalado da cidade! Só hoje! Aproveite!”. Acabara de se criar a ocasião perfeita para o dia de hoje: levar minha ilustríssima esposa para um jantar romântico à noite. Isso que é unir o útil ao agradável! Depois de sair do trabalho, muito ansioso para que a noite chegasse logo, liguei para minha esposa e pedi para que se arrumasse com sua melhor roupa e que me esperasse já na portaria de nosso prédio, pois tinha lhe preparado uma surpresa. Apanhei-a e levei-a direto para o super-restaurante. Ao chegarmos, fomos muito bem recebidos e, de imediato, direcionados para uma mesa bem no centro do salão. O garçom, todo formal, ofereceu-nos, gentilmente, o cardápio. Imediatamente recusei e pedi para que nos trouxesse a sugestão do chef e o vinho mais caro de sua carta. Minha esposa olhou-me espantada. Acalmei-a, abanando o panfleto promocional e dizendo que estava tudo sob controle. Neste momento, o garçom olhou-me de forma estranha e logo dirigiu seu olhar para o panfleto, em seguida olhou para nós e, depois, novamente para o panfleto. Delicadamente, aproximou-se bem da mesa e, em tom de voz bem baixo, disse: – Senhor, desculpe-me interrompê-lo, mas esse cupom só é válido para uma de nossas entradas, no caso, batatas fritas. – Mas isso não está escrito aqui! – esbravejei com o garçom. Novamente, de forma muito gentil e com uma calma invejável, o garçom apontou para um minúsculo asterisco branco no canto do papel. Li, reli... Eu e minha esposa entreolhamo-nos e, sem muito pensar, decidi: – Acho que vamos de batatas mesmo. Paciente antes e depois de um tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono Senti-me o último dos homens, não sabia se sentia mais vergonha do garçom ou de minha esposa. Minha vontade era gritar: “Bando de oportunistas! Oferecem promoções enganosas, que no fundo só querem nos obrigar a consumir, consumir e CONSUMIR!”. Mas me contive, pois isso só aumentaria ainda mais nosso constrangimento. Devoramos as batatas e fomos jantar em casa. { www.colegiovertice.com.br} 7 {ESPORTE} “Ayrton Senna do Brasil” “Seja quem você for, seja qualquer posição que você tenha na vida, nível altíssimo ou mais baixo, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.” “Ayrton! Ayrton Senna do Brasil!”. Essa era a frase mais esperada pelos brasileiros aos domingos de Fórmula 1, sempre utilizada por Galvão Bueno para saudar as vitórias inesquecíveis do maior piloto desse segmento esportivo. Ayrton tornou-se um símbolo do patriotismo brasileiro. Nascido em 21 de março de 1960, no bairro Bela Vista, em São Paulo, Ayrton Senna foi criado por sua mãe, Neyde Senna, e por seu pai, Milton Guirado Theodoro da Silva, de quem recebeu seu primeiro kart, aos 4 anos de idade, dando início a sua paixão pela velocidade. Aos 13 anos, Ayrton participou de sua primeira competição oficial, deixando claro que um novo talento no kartismo havia surgido. Reunindo, em um ano, vitórias nas categorias “estreantes” e “novatos”, o piloto passou para a categoria Júnior, na qual conheceu Lúcio Pascoal, também chamado de “Tchê”, que se tornou seu mentor nas competições de kart. 8 { VÉRTICES } julho 2014 Por Carolina Juste Rodado, Carolina Webber Fedrigo, Daniel Chammas Schwartz, Gustavo Felde Giusti, Júlia Hall-Nielsen Fraige, Mariana Carvalho Picinini e Olavo Gualberto Martins Ferreira. Alunos do 9° Ano C. Imagens: Instituto Ayrton Senna. Em 1983, entrou para a Fórmula 3 britânica e, no ano seguinte, para a Fórmula 1, recebendo propostas das equipes Toleman, McLaren e Williams. Recusou as duas últimas, aceitando a primeira. Nos três anos seguintes, uma nova proposta foi aberta pela equipe Lotus, a qual foi aceita. Nessa equipe, Ayrton conquistou seis vitórias. Já em 1988, transferiu-se para a McLaren, conquistando, ao total, três campeonatos e 35 vitórias, sendo essa época a “era de ouro” de sua carreira. Sua melhor volta A maior primeira volta da história da fórmula 1 foi realizada por Ayrton Senna em uma de suas 76 passagens completadas no asfalto inglês de Donington Park, em 11 de abril de 1993. Nela ele fez uma série de ultrapassagens em locais improváveis e necessitou de menos de uma volta para alcançar o primeiro lugar. O Rival Em 1984, no GP de Mônaco, Ayrton surpreendeu seus expectadores: mesmo sob chuva, o corredor brasileiro ultrapassou todos os pilotos. Quando estava ultrapassando o primeiro colocado, Alain Prost, a corrida foi suspensa. Senna, inconformado com tal situação, pretendia “vingar-se” do corredor de origem francesa que, mais tarde, tornou-se seu maior rival. Em 1988, no GP do Japão, adquiriu seu primeiro título e, ao mesmo tempo, derrotou Prost. Nesse mesmo ano, Senna ignorou um acordo feito com a equipe McLaren e Alain ao ultrapassá-lo na segunda largada da corrida no circuito de Ímola, ampliando o cenário de rivalidade que existia entre os dois. Já em 1989, novamente no GP do Japão, Prost forçou uma batida em Senna, e, quando o brasileiro estava retornando à corrida, o francês conversou com o presidente da FIA (Federação Internacional do Automóvel), que desclassificou Senna. Assim, Prost conseguiu seu terceiro título. Entretanto, apesar da desclassificação, a equipe toda estava voltada para Ayrton. Portanto, não havia mais lugar na equipe para Alain. Com isso, Prost muda-se para a Ferrari. Contudo, as disputas não acabam. Em 1993, no encerramento da temporada de outro GP no Japão, com Prost em primeiro lugar e Ayrton em segundo, aconteceu o inesperado: os maiores rivais da história da Fórmula 1 cumprimentaram-se, mostrando que ambos haviam superado o passado. Desse momento até 1994, uma amizade foi criada. A morte Em 1994, Senna, na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, faleceu aos 34 anos de idade. Constatou-se que a causa de sua morte fora morte cerebral. O carro que o corredor utilizava, da Williams, foi apontado como o melhor do mundo, desconsiderando qualquer suspeita de erros mecânicos. Especulações apontam os dois fatores mais prováveis: uma falha na pista da Itália, cenário de sua morte, ou falhas nos pneus, que não teriam atingido a temperatura e a pressão adequadas, porém, foi identificada a quebra da barra de direção que havia sido soldada. Na véspera de sua morte, Ayrton ressaltava a questão da segurança da distância entre a pista e o muro lateral, que deveria ser de, no mínimo, duzentos metros, entretanto não chegava a atingir dez metros. O Instituto O Instituto Ayrton Senna é uma organização criada em 1994, assim como desejava Senna. Tal organização começou a atuar em grande escala a partir de 1996, visando melhorar a qualidade da educação, tendo como foco, principalmente, as crianças. Funciona à base de doações e da iniciativa privada. Os resultados obtidos com a atuação da organização mostramse promissores e, por isso, desde 2004, o Instituto Ayrton Senna participa da rede de Cátedras UNESCO, que é um programa mundial de troca de conhecimentos e solidariedade entre países em desenvolvimento, colaborando, dessa maneira, para que o Brasil atinja suas metas determinadas pela ONU, até 2015. { www.colegiovertice.com.br} 9 {ESPORTE} Depoimentos sobre Ayrton Senna Ayrton ficou marcado na história não só como o melhor corredor de Fórmula 1 do mundo, mas também como uma figura humanitária e nacionalista, que ajudava a equipe a reformular pistas e a formular estratégias, além de ter um grande carisma. Influenciou a sociedade com sua forma de pensar e sua humildade. Ainda hoje, é respeitado e idolatrado pelo mundo todo, com destaque para grande parte da nação brasileira. Ainda hoje é uma importante fonte de inspiração para corredores atuais da F1, como Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Fernando Alonso. ANTÔNIO GALVÃO LEITE CINTRA “Por ser um esportista dedicado e campeão do mundo de Fórmula 1, Ayrton Senna era muito prestigiado e colocava o nome de seu país em evidência. Era um jovem inteligente, destemido, de muita boa aparência e saúde. Além de corajoso era, dentro do possível, cuidadoso em suas corridas. Sua morte significou uma perda irreparável, pois ele era tido como insubstituível no automobilismo de competição.” AHMED REDA EL HAYEK “Entre as décadas de 80 e 90, Ayrton Senna, devido a sua habilidade no automobilismo de competição, ajudou na divulgação do nome de nosso país, em um esporte que, até então, interessava a poucos brasileiros. Quando faleceu, foi uma perda não só de um simples corredor, mas de um homem humilde, preocupado com outros, esforçado e dedicado, que marcou a nossa história.” RUBENS SCHWARTZ “Ayrton Senna era uma pessoa que perseguia seus objetivos com eficiência. Era humilde, carismático e solidário, um exemplo como esportista e como pessoa. Fiquei muito triste com sua morte, pois tinha um relacionamento profissional com ele. Lembro-me de quando Ayrton me ligava, perguntando se podia vir a minha clínica para fazer exames e depois tomar um café. Um verdadeiro ídolo que nunca será esquecido, sempre estará no coração da nação brasileira.” OTÁVIO DE BERÇA FRAIGE E TAMARA HALL-NIELSEN FRAIGE “Ayrton Senna era um grande corredor. Toda a população o amava! Era um esportista de caráter, uma pessoa boa, que ajudava aos outros. Não bebia, não fumava e a gente tinha orgulho dele. Era um herói – o maior ídolo de inspiração para muitos brasileiros. A Fórmula 1, com Ayrton Senna, passou a ser muito importante, ninguém a perdia, fazia parte de nosso cotidiano, era o momento mais esperado da semana. Com sua morte, todo o povo brasileiro ficou de luto. O Brasil perdeu um grande ídolo. Depois de Ayrton, a Fórmula 1 perdeu o seu brilho, já que, atualmente, ainda não teve nenhum corredor igual a ele, e nós já não temos mais vontade de assistir às corridas! Sua morte foi uma comoção nacional e, até hoje, no dia em que ele faleceu, muitas pessoas prestam homenagens e demonstram respeito indo ao seu túmulo, como aconteceu neste ano, mesmo depois de 20 anos após sua morte! Ele sempre permanecerá em nossos corações e em nossas lembranças, tanto da nova geração quanto da velha! O Brasil sempre teve carência de ídolos, 10 { VÉRTICES } julho 2014 e ele era perfeito: muito bom, obcecado por vitórias, e amava o que fazia – tudo o que o brasileiro quer e aprecia. Ele mostrava o que o Brasil tinha de bom e fazia com que nos orgulhássemos de sermos brasileiros, ele promovia a identidade nacional!” SÉRGIO TAKAYAMA “Ayrton Senna, além de um atleta exemplar, foi um ícone nacional e internacional. Ele despertava no brasileiro um sentimento de nacionalismo e patriotismo muito grande. Era um líder que estava sempre em busca do progresso e, para ele, nada era impossível. Lembro-me como se fosse ontem... Toda manhã de domingo, acordava para vê-lo correr. Sempre foi e sempre será admirado por todos. Sua morte significou a perda de um herói, de um exemplo, despertando um sentimento nacional de tristeza muito grande.” ANDREIA APARECIDA DA SILVA “Ayrton Senna era um representante do Brasil. Através dele, o Brasil foi reconhecido internacionalmente. Antes de Ayrton, a Fórmula 1 não era um esporte tão popular como o futebol. Ele despertou o gosto pela corrida em todos os brasileiros, independentemente da classe social. Em meio às dificuldades que a população passava, ver as corridas de Ayrton aos domingos trazia alegria, unia as famílias, que se sentavam à frente de seus televisores para, juntas, torcerem por ele. Ayrton era uma pessoa que transmitia sensibilidade, era um patriota. Sua personalidade inspirava e dava a esperança de um futuro melhor. Dentro da pista, ele superava todas as adversidades. Sua fibra, garra, superação, a vontade de vencer era algo que comovia as pessoas e as fazia terem força para encarar seus problemas. Ele era o grande destaque de todos os meios de comunicação, ficando conhecido como “Ayrton Senna do Brasil”. Lembrome como se fosse hoje: a expectativa da corrida de domingo para mais uma vitória de Ayrton e, na hora dos preparativos do almoço, uma batida... A angústia na voz de Galvão Bueno, que transmitia a corrida, era desesperadora. O carro que havia sofrido o acidente era de Ayrton, horas depois veio a fatídica notícia: “Ayrton Senna do Brasil” havia morrido. Quando seu corpo chegou ao Brasil, foi recebido com honras. Recordome de ver muitas pessoas unidas aos prantos pelas ruas... Houve uma comoção nacional, todos haviam perdido seu ídolo. Foi a mesma dor de perder algum familiar, foi um dos dias mais tristes de minha vida. Ayrton era uma pessoa humilde, ele demonstrava preocupação com o próximo. Ao mesmo tempo, era muito tímido e sensível, era uma pessoa “iluminada”, um guerreiro nato. Era a “cara” do Brasil. Sua história encaixa-se perfeitamente com a música “Canção da América” de Milton Nascimento, e, todas as vezes que a ouço, recordo-me desse “amigo” que partiu de forma precoce e deixou saudades.” {ENTREVISTA} ROGER CHAMMAS Câncer: a busca de sua cura Por Gabriella D’Elia Cossi, João Eduardo Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo, Júlia Fernanda Chou, Manuella Kersting Frediani e Tiago Hadid Chammas. Alunos do 8º Ano C. Roger Chammas, 48 anos, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com passagem como pesquisador visitante na Universidade de San Diego, Califórnia; no Centro Moffitt de Pesquisas do Câncer, em Tampa; no Instituto Friedrich-Miescher, na Basileia; e na Universidade de Harvard , em Boston. Atualmente é membro da Academia Brasileira de Ciências e realiza estudos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Em nossa entrevista, contou-nos sobre prevenções, avanços e os procedimentos na busca da cura dessa doença. Confira! Nos últimos anos, o número de pessoas com câncer aumentou. Quais são as causas desse aumento? Tendo isso em mente, podemos nos perguntar “Será que conseguimos melhorar a terapia?”. O câncer é uma doença de envelhecimento. Para ocorrerem as mutações que são necessárias para o seu desenvolvimento, é preciso muito tempo. Já que estamos vivendo mais, essas alterações na divisão do DNA têm mais tempo para se propagar, fazendo com que ocorram mais desses tumores. A industrialização de uma série de produtos também é uma causa desse aumento. Isso nos expõe a uma série de substâncias que modificam nossa genética. Alguns médicos acreditam que certas plantas, como o pinhão-bravo, chás naturais e frutas, como a graviola, podem ajudar na cura do câncer, o senhor acredita realmente em sua eficiência? Em contrapartida a isso, hoje, muito mais que ontem, muitas pessoas sobrevivem ao câncer. A que o senhor atribui esse avanço? Muito da sobrevivência está associada ao aumento da nossa condição de manejar o paciente com câncer por meio da cirurgia. A técnica cirúrgica hoje está muito avançada, nossos colegas cirurgiões podem, por meio de joysticks, controlar robôs que executam a operação. O tratamento não se encaixa nesse panorama, porque salva somente pacientes que possuem seu tumor descoberto precocemente. O senhor vem fazendo pesquisas sobre a cura do câncer há algum tempo. Sabe-se que esses estudos geram um alto custo. Há incentivos financeiros do governo brasileiro para a área de pesquisas em saúde? Há sim. O governo brasileiro, principalmente o paulista, investe muito em pesquisas direcionadas a essa área. Existe um sistema muito bem organizado de estudo do Estado de São Paulo feito pela FAPESP. Mas o investimento ainda é modesto perante a importância do programa. Com todas as pesquisas e estudos feitos pelo senhor, já existe algo que apresenta evidências para a cura do câncer? A cura do câncer talvez seja um alvo não atingível, mas, para o controle de alguns deles, já existem muitas evidências. Nós conseguimos, em animais, curar o câncer. A questão é, como traduzir isso do animal para o homem? Então nosso objetivo é entender a resposta do corpo à terapia. Sim. Há muitos produtos naturais que são potentes antitumorais. Mas para ter quantidades necessárias com o intuito de fazer efeito, vai ser necessário beber muito chá e muito suco de graviola. “Aqui no pinhão-bravo tem uma substância que vai te curar. Esquece a quimioterapia, esquece o tratamento que o médico te passou, coma só isso que você vai estar curado!”, não podemos dizer isso. Mesmo tendo grandes riscos, mas também grande eficácia, o que o doutor pensa sobre a virusterapia (terapia que modifica os vírus para combater o câncer)? Do ponto de vista experimental, é muito eficiente. O fato é que ainda não sabemos como utilizar bem esse tratamento nas pessoas. Com certeza, a terapia com vírus é algo interessante de se estudar, mas prefiro pensar que os medicamentos serão mais eficientes que a terapia viral. Quais são os procedimentos feitos num teste de um tratamento ou de um medicamento que busca a cura do câncer? Primeiramente, é necessário saber qual é o alvo procurado. Tendo isso certo, são feitas avaliações em culturas de células e em laboratórios de bioquímica e biologia celular para ver se aquela substância conseguirá matar as células cancerígenas. Na fase 2, essa substância é usada em animais, onde haverá tumores induzidos. Se a segunda parte der certo, passamos para o uso no indivíduo saudável, definindo as doses toleradas e seguras. Quando essas medidas estiverem prontas, podemos tornar isso um medicamento. Qual o seu alvo nas pesquisas da cura do câncer atualmente? Entender as respostas das células tumorais aos tratamentos dos tecidos cancerígenos, testar nos animais, no humano e, a partir daí, tentar melhorar os procedimentos. Essa é a nossa ideia, nossa linha de pesquisa. Desde quando o senhor começou a pesquisar sobre a cura do câncer, já houve algum avanço? Eu comecei nessa área entre os anos de 85 e 86, quando estava na faculdade. Nesses últimos 30 anos, muito conhecimento foi gerado. Antes de 85, imaginava-se que todos os cânceres eram causados por um agente externo, um vírus, mas depois se descobriu que não, que eram os próprios genes dos indivíduos que se alteravam. Depois foi descoberto que esse tumor não era fruto exclusivo do mau funcionamento dos genes alterados, mas sim, resultado da interação de uma célula modificada em conjunto com células vizinhas normais. Após isso, desvendou-se como fazer substâncias dirigidas a alvos específicos, como terapias próprias, já que, antes disso, eram usados apenas medicamentos contra características mais gerais das células tumorais. As pesquisas sobre imunoterapia, tratamento que consiste em estimular o sistema imunológico do paciente, foram deixadas de lado por não terem resultados satisfatórios. Em sua opinião essas pesquisas deveriam continuar? Certamente. Em algum momento, o sistema imunológico para de ser eficiente, e é aí que o tumor aparece. O que devemos saber é como essa perda de controle ocorre, para talvez fortalecer o sistema imune no momento certo e ajudá-lo a controlar o câncer. Mas a questão é, quando é o momento certo? É praticamente impossível ressuscitar o sistema imune quando ele já estiver esgotado. Espero que consigamos colocar no arsenal de um médico um bom diagnóstico imunológico. Há algum método de prevenção do câncer? Muitos. O sexo seguro previne todos os cânceres associados ao HPV. Usar o filtro solar, diminuir a obesidade, não fumar, não beber e vacinar-se, são atos que podem evitar alguns tipos de câncer. { www.colegiovertice.com.br} 11 {ESPECIAL} As Duas Escovas E m um consultório odontológico viviam muitas escovas e, em uma bela manhã, chegaram duas jovens escovas, uma vinda de uma grande indústria e outra de uma pequena empresa: – Sejam bem-vindas! - anunciou a escova mais velha. – Estamos muito gratas por nos receberem carinhosamente. - disse uma das novatas. – Porém há um problema! Vocês deverão dividir o mesmo porta-escovas. Vocês duas ficarão naquele ali, de vidro. – disse a escova anciã. Já no porta-escovas, ao se acomodarem, a escova mais esnobe iniciou uma discussão com a escova mais simples. – Ah, não! Não acredito que terei que viver com você! Assim não haverá espaço para minhas cerdas e massageadores de gengivas! Será que não conseguem ver que somos totalmente diferentes? – Não concordo com você. Somos todas iguais, temos a mesma função, apenas possuímos acessórios diferentes. – respondeu calmamente a escova mais simples. – Olhe-se no espelho! Observe, eu tenho cerdas N de borracha, massageadores de gengivas, limpador de língua... Já você, pobrezinha! Cerdas simples e nada mais! – Tudo bem! Mas o que seria de uma escova se não tivesse cerdas? No fim, realizamos o mesmo trabalho, igualmente. – Hahahaha... Isso é o que você pensa! Agora chega! Você está cansando minha beleza. A discussão finalmente teve fim, deixando no consultório um ar de tensão. Algum tempo depois, um paciente chegou ao consultório sem escovar os dentes. O dentista pediu que escolhesse uma escova. Primeiramente escolheu a escova mais desenvolvida, por ser mais chamativa. Mas, ao iniciar a escovação, percebeu que ela tinha tantos “apetrechos” que sua função principal não era bem executada, então, pediu ao seu dentista se poderia pegar a escova mais simples, porque essa sim cumpria muito bem sua função. “ As aparências enganam.” Por Francisco Fernandes Ribeiro Martins, Giovanna Ricci Yunes Salles e Julia Fernanda Chou. Alunos do 8ºAno C. A Vassoura e o Aspirador de Pó o depósito de uma mansão, diversos materiais de limpeza dividiam o mesmo espaço. Lá vivia um aspirador de pó egocêntrico que sempre perturbava uma humilde vassoura. Certo dia ele foi mais rude que nos outros, dizendo: – Por que você ainda está nesta casa? Eu limpo muito mais rápido do que você, sou muito mais prático e higiênico. Além disso, já estamos no século XXI, o século da automatização. A vassoura respondeu tranquilamente: – Deixe-me quieta, por favor, senhor! Sem desistir, o aspirador continuou a provocar a coitada, sendo cada vez mais chato: – Você não presta para nada neste mundo! Você já se viu limpando a casa de nossa dona? É toda desengonçada, lenta e velha, joga pó por todos os cantos e precisa sempre do auxílio de uma pazinha. A vassoura, com o seu jeito paciente, não respondeu às provocações do aspirador de pó. De repente, as duas faxineiras da casa entraram no depósito e pegaram a vassoura e o aspirador para cada uma limpar metade da mansão. Após duas horas de trabalho duro, a faxineira, que pegara o aspirador, terminou o trabalho e colocou-o de volta no depósito. Já a faxineira que estava com a vassoura continuou por mais três horas e, assim que terminou, colocou-a em seu devido lugar. O aspirador sem perder a oportunidade, voltou a importuná-la: – Hahahahahaha! Terminei muito mais rápido que você. Está vendo? Você já era, não se encaixa mais no mundo moderno! A vassoura, equilibrada, respondeu: – Tudo bem, pelo menos consegui terminar o meu trabalho e estou satisfeita com o resultado! O aspirador não gostou nada da serenidade man- 12 { VÉRTICES } julho 2014 tida pela vassoura, por isso continuou perturbando-a sempre que podia. Certo dia, antes de iniciarem a faxina, as faxineiras foram buscar seus materiais no armazém. Quando cada uma preparava-se para executar seus serviços, acabou a energia. Logo, a faxineira que usaria o aspirador desanimou-se, pois teria de esperar a outra faxineira desocupar a vassoura para usá-la em seu trabalho. O aspirador, sem utilidade naquele momento, foi colocado de volta em seu canto. Depois de muito tempo, as faxineiras voltaram ao armazém a fim de guardar os materiais utilizados, entre eles a vassoura, que estava feliz da vida por ter sido tão útil e ter provado, principalmente ao aspirador que, mesmo em pleno século XXI, ainda era importante. Sem perder a arrogância, o aspirador puxou conversa: – Tem alguém que está toda cheia de si, achandose o máximo, só porque trabalhou feito uma vassoura doida. Sabiamente, e com a habitual calma, a vassoura dirigiu-se ao aspirador e disse: – Amigo, acho que não é hora de zombar dos outros, pois não sou eu que dependo de uma tomada e da eletricidade para funcionar. Cumpro meu trabalho de forma independente. Posso ser desengonçada, velha e outras coisas como você diz, mas inútil, jamais. Não é qualquer queda de luz que me impede de realizar minhas funções, já o senhor não pode dizer o mesmo, não é? “Quem ri por último, ri melhor!” Por Beatriz Gutierrez de Souza, Júlia Sica Hanriot e Vinícius Barden Lucciola Gonçalves. Alunos do 8º Ano B. O Lápis e a U m lápis e uma borracha moravam em um estojo. A Borracha sempre teve inveja do Lápis, pois ele fazia desenhos lindos, e ela apenas conseguia apagar os traços errados feitos por ele. A Borracha sentindo-se injustiçada, queria que o Lápis parasse de receber tanta atenção e tantos elogios. Certo dia, teve uma ideia para acabar com a fama do Lápis, decidiu que sempre que ele começasse um desenho, ela o apagaria. Para a sorte de Dona Borracha, nesse mesmo dia, ouviu o Lápis falar: – Hoje está um ótimo dia para desenharmos uma margarida! Venham Lápis de Cores! Vamos fazer um lindo desenho! A Borracha sentindo-se rejeitada pelos lápis, pois não havia sido convidada, resolveu que colocaria seu plano em prática naquele momento. Saiu de dentro do estojo e foi para a mesa de desenhos. Quando o Lápis começou a fazer os primeiros traços, ela foi atrás, apagando. O Lápis percebeu a intenção dela, mas fingiu que não estava notando-a a seu redor. Continuou a traçar e, quando terminava, começava tudo de novo, pois a folha estava novamente em branco. E A Receita Esp m uma cozinha, repleta de copos, pratos, frigideiras, e talheres, as panelas iniciaram uma discussão: “Por que você está na frente do armário? Sabe que nunca foi utilizada pelo cozinheiro, e deveria ficar no fundo, sem nos atrapalhar.” “Mas…” - tentou se defender a pequena panela, que foi logo interrompida pela panela mais antiga. “Sem ‘mas’ nenhum, vá para o fundo, vá para o local que te pertence”. “Por favor, deixe-me em paz”- disse a panelinha. Outra continuou: “’É verdade, vá para lá! Você é inútil e não deveria estar aqui! Nem consegue cozinhar!” “Como vocês sabem, se nunca fui usada?”- respondeu, ofendida a panela provocada. “Simplesmente sabemos, pois sempre está aí, sem uso algum, provavelmente não é uma boa panela!”- todas responderam em uníssono. A panela humilde, sem outra resposta, afastou-se para o fundo do armário. Começo ma e rel “Nã nas hora não tem gará a s Acre O c estava r bater o pirou: “Ahh posso fa perei an Ea “Eu nã o impo Por Helen Guimarã Campos E a Borracha Os dois estavam determinados a continuar, embora já estivessem muito cansados. Depois de vários dias, desenhando e apagando, a Borracha começou a sentir dificuldade para apagar, estava mais lenta, e com menos força. Quando olhou para seu corpo, tomou um susto: tinha diminuído drasticamente de tamanho, mas mesmo assim não queria desistir, e considerar-se derrotada. Continuou por mais ou menos uma hora, até que começou a tossir, sentindo muita dor. Então, parou de repente e deitou na mesa. Logo em seguida, o menino que tomava conta do estojo entrou no quarto, e, quando viu a Borracha naquele estado, pegou-a e, antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, foi jogada no potinho de borrachas inúteis. Enquanto chorava baixinho, o Lápis apareceu, e sabiamente disse: – Viu, Dona Borracha! Você queria destruir meus desenhos, mas não percebeu que estava destruindo a si própria! “O feitiço sempre volta contra o feiticeiro.” Por Julia de Pavia Rossi, Luisa Godoi Haug, Thiago Lira Weber Romeiro. Alunos do 8º Ano C. pecial De repente, o armário se abriu. Uma mão se esticou, para alcançar algumas panelas. Do fundo do armário, a panelinha sentia o cheiro delicioso das comidas que estavam sendo preparadas em algumas de suas colegas. ou a chorar. Escutava uma voz callaxante que dizia: ão desista, nunca desista, mesmo as difíceis. Você é igual às outras e m razão para chorar. Em breve, chesua hora.” editando no impossível, foi à frente. cozinheiro, procurando por algo, revistando o armário inteiro. Ao olho na panela, agarrou-a e sus- h… finalmente te encontrei. Agora azer minha receita especial que esnos para cozinhar”. panelinha voltou a ouvir a voz: ão disse, a persistência realiza ossível!” na Prado Guimarães, Isabella ães Del Nero e Henrique Chammas de Araújo. Alunos do 8º Ano B. U O Livro e o Leitor Digital m uma sala de estar, sobre o braço do sofá, repousavam um belo livro de romance e um leitor digital, cujo único objetivo era se tornar o centro das atenções. Para isso, bolou um plano que deveria ser posto em prática imediatamente. Ele queria mandar o livro de romance para a mesinha de centro da sala, onde seria mais um livro de decoração. – E aí, “romântico”, como é que você está? - disse o leitor digital com o ar de deboche. – Já te pedi para não me chamar assim, mas vou bem, e você?- retrucou o livro. – Não me sinto muito bem, minha bateria deve estar acabando, afinal a patroa não me largou um segundo neste fim de semana. – Fico feliz por você, pena que ela não me use com tanta frequência quanto usa você. – Ah, você sabe! Não sou apenas um livro, sou vários! E ainda tenho memória para muitos! Além do mais, sou muito mais prático que você. Mas tenho uma dica para te dar. Se quer chamar mais atenção, sugiro que vá para a mesinha, junto àqueles outros livros, pois somente os melhores ficam lá. – Sinto-me lisonjeado, mas prefiro ficar em meu lugar, onde todos podem desfrutar de minhas belas histórias. – Não! Mas na mesinha você receberá o destaque que merece! – insistiu o leitor digital. – Obrigado pela ideia, mas a estante é minha casa, vivo lá há tanto tempo e não quero ir para uma mesinha agora. – Ainda acho que deveria experimentar, lá a patroa te verá todos os dias, pois estará ao alcance de seus olhos! – Não quero que ela me veja como se fosse um objeto de decoração, nasci para ser lido! O leitor digital sugeriu ao amigo que apenas tentasse fazer uma experiência, para ver se, de fato, despertaria o interesse de sua dona. Para não fazer papel de chato, o livro aceitou o conselho de seu colega e dirigiu-se à mesinha. Todo gentil, o leitor digital ofereceu-se para acompanhá-lo: – Vou com você, assim te posiciono no melhor ângulo, para que nossa dona te enxergue a quilômetros de distância! Agradecido, o livro aceitou sua companhia. Entretanto, quando já estavam próximos aos demais objetos decorativos, o leitor digital esbarrou propositalmente em uma xícara de café esquecida ali, danificando grande parte das páginas do livro que, entristecido, disse: – Puxa! Não deveria ter te escutado. Olha só o meu estado! Agora tenho certeza de que nem para decoração sirvo mais. “Não há pior inimigo que um falso amigo.” Por Catarina Monteiro Palumbo, Georgia Vaccari Borrelli e Maria Eduarda Parada Vinhas. Alunas do 8º Ano A. A Caneta Tinteiro e a Luminária m senhor passava seu tempo livre escrevendo com sua bela caneta tinteiro. Certa vez, quando deu uma pausa para tomar seu chá da tarde, em sua bancada, seus instrumentos de trabalho, a luminária astuta e a caneta humilde, começaram a conversar: – Você não percebe, minha querida amiga? perguntou a luminária. – Perceber o quê, minha senhora? - indagou a caneta. – Meu bem, perceba que sua escrita está fraca, nem mesmo eu, com toda essa luz, consigo enxergar! - exclamou a luminária. – Então o que você propõe, dona luminária? - perguntou a caneta. – Ora, solte mais tinta, querida. – Obrigada pelo conselho, prometo que irei usá-lo. - disse a caneta gentilmente. – De nada! Disponha, querida. - falou a luminária toda orgulhosa. Quando o senhor retornou de seu chá, interrompendo a conversa das duas, voltou a escrever, e a caneta, aceitando o conselho da luminária, soltou mais tinta. Assim ele escreveu por horas até que teve vontade de ir ao banheiro. Então a luminária disse novamente à caneta: – O que aconteceu? – Como assim? – questionou a caneta confusa. – Você não soltou mais tinta, eu continuei sem enxergar. – Mas é claro que soltei! - disse a caneta indignada. – Pois então, da próxima vez, solte mais, meu bem. – Seguirei seus conselhos, querida amiga. O escritor retornou do banheiro e elas pararam de conversar. Ele começou a escrever e, novamente, a caneta soltou mais tinta. Entretanto, depois de horas escrevendo, a tinta acabou e o senhor foi procurar um refil. Enquanto isso a luminária e a caneta voltaram a dialogar: – Minha amiga, dessa vez você quase acertou na medida de tinta, por pouco sua escrita não ficou perfeita. - disse a luminária. – Não acha que exagerei? - perguntou a caneta preocupada. - Ele vai ter até que trocar o refil de tinta! - exclamou. – Imagine, querida! O refil já estava no fim, isso acontece, solte um pouco mais de tinta e você será a melhor caneta tinteiro que ele já teve! – Obrigada de novo, não sei o que seria de mim sem você, amiga. - disse a caneta feliz. O senhor voltou e trocou o refil da caneta, retomando sua escrita. Atendendo aos conselhos da companheira, a caneta soltou mais tinta. Porém, dessa vez, a medida foi exagerada, causando uma enorme mancha no trabalho do escritor que, aborrecido e achando que a caneta estava quebrada, acabou jogando-a fora, juntamente com a folha borrada. Dentro do lixo, a folha de papel perguntou à caneta: – O que houve? – Aceitei o conselho de alguém que se dizia minha amiga. disse com tristeza. – É, minha querida... se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Por Marcelo Campos Camargo, Sofia Terzian Simonka e Tiago Hadid Chammas. Alunos do 8º Ano C. {www.colegiovertice.com.br} 13 {COMPORTAMENTO} Planejando o futuro Por Lucca Pappas Ditleff, Luíza Mutter Quinderé Fraga, Maria Luiza Assumpção de Oliveira Costa, Mariana Pirani Vieira Parisi, Mateus Motta Buchaim e Nicolás Ivanovic. Alunos do 9º Ano A. Ilustração de Izabella Martins Ramos Rodrigues. Aluna do 9º Ano B. Ter uma boa aposentadoria não é fácil, é preciso planejamento e dedicação para conseguir viver bem nos seus últimos anos de vida. Há diferentes planos de previdência, cada um pode trazer benefícios diferentes a seus contribuintes D e acordo com o dicionário Aurélio, a palavra previdência significa a busca de proteção contra efeitos danosos de eventos futuros. A previdência é o conjunto de instituições ou de medidas de proteção e assistência aos cidadãos em caso de doença, desemprego, aposentadoria e invalidez. A forma de as pessoas precaverem-se para o futuro ou adversidades pode ser pública ou privada. Segundo o administrador Marcos Willemann, especialista em mercado financeiro, a contribuição para a previdência social e/ou para um plano de previdência privada, é algo importante e fundamental para sustentar o padrão de vida no futuro, e, por isso, acredita que todas as pessoas deveriam ter um plano como esses, “A disciplina de poupar é muito importante para assegurar um futuro melhor. Infelizmente, muitos só percebem isso quando o tempo passou, e aí o exercício para atingir o objetivo fica muito maior, muitas vezes, até impossível.” – defende. A previdência pública é administrada pelo Governo Federal. Os cidadãos que possuem registros no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) contribuem com uma parcela do seu salário mensalmente para prover os fundos da previdência social. Esse dinheiro é utilizado para subsidiar o pagamento das aposentadorias atuais. O cidadão não está fazendo uma poupança pessoal, mas sim contribuindo para os gastos presentes da Previdência. Devido a isso, os beneficiários de hoje não estão recebendo os frutos daquilo que pagaram no seu período de trabalho, e, sim, o dinheiro pago pela geração de trabalhadores atuais. Quando a população começa a envelhecer e a taxa de natalidade diminuir, a quantidade de trabalhadores pagantes tende a reduzir no longo prazo, afetando o volume de dinheiro arrecadado pela previdência. Esta fórmula faz com que o saldo de arrecadação seja insuficiente, sendo necessário que o governo arque com as diferenças, que só aumentam ano após ano. Na previdência privada, a pessoa pode decidir o quanto vai investir no seu futuro e, com o auxílio de um especialista do mercado financeiro, pode definir qual a renda que gostaria de possuir mensalmente no período de sua aposentadoria, dessa forma é um investimento pessoal, administrado por uma instituição financeira. Por ser um investimento, 14 { VÉRTICES } julho 2014 poderá ter tributações específicas, de acordo com o produto contratado. A rentabilidade desse fundo estará associada ao tipo de aplicação financeira que o banco efetuará, bem como às taxas cobradas. Os riscos desse produto são relativamente baixos, já que os órgãos reguladores (SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, CVM – Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central) acompanham muito de perto como as instituições administram essa solução financeira. Vantagens da previdência social Sendo um inscrito e contribuinte da previdência social, o cidadão habilita-se a receber benefícios, tais como a aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão, pensão por morte, salário-maternidade e salário-família. Com a aposentadoria por idade, o trabalhador urbano do sexo masculino pode parar É muito importante que de trabalhar aos 65 anos, já do sexo femini- o trabalhador tenha no, aos 60. Os trabalhadores rurais podem se sua carteira de trabalho aposentar cinco anos antes. Na aposentadoria sempre atualizada para que possa gozar dos por tempo de contribuição, o trabalhador ho- benefícios da previdênmem pode se aposentar depois de 35 anos de cia social profissão e a mulher, após 30 anos. A aposentadoria especial é concedida a quem trabalhou em condições prejudiciais à saúde pelo período de 15 a 25 anos, como trabalhos em locais insalubres e profissões que exijam muito esforço físico. O auxílio-doença é para os trabalhadores incapacitados de exercer sua profissão por algum problema de saúde ou acidente. Esse direito é concedido a partir do 16º dia de afastamento. O funcionário, que tem sua capacidade de trabalho reduzida por sequelas de um acidente, recebe o auxílio-acidente. O auxílio-reclusão é concedido ao trabalhador que foi preso e não está recebendo o salário da empresa. Quando o contribuinte morre, sua família recebe a pensão por morte. Mulheres contribuintes que se tornam mães recebem o salário-maternidade nos 120 dias que ficam afastadas de suas funções. Os trabalhadores com filhos de até 14 anos recebem o salário-família para ajudar no sustento destes, se tiverem dependência econômica comprovada. Desvantagens da previdência social Independente do salário que o trabalhador ganhe mensalmente e de sua contribuição mensal, o máximo que ele poderá ganhar na previdência social é R$3691,74, valor chamado “teto máximo”, inferior a sete salários mínimos. De acordo com o senhor Willemann, “Existe algo que precisa ser aprimorado no modelo atual da previdência social, já que, apesar de uma arrecadação maior em 2013 sobre 2012, de 4,8%, as despesas continuaram crescendo, em especial pelos reajustes e pelo crescimento natural dos beneficiários, dado à melhora na expectativa de vida do brasileiro. Os maiores déficits estão no setor rural, em 2013 o valor variou em cerca de R$ 75,9 bilhões, essa é mais uma evidência de que o modelo atual pode ter melhorias.”. Vantagens da previdência privada A previdência privada consiste em um sistema no qual o indivíduo reserva parte de suas finanças durante um período, para que, em sua aposentadoria, receba uma remuneração mensal melhor, que atenda a suas expectativas. Dependendo do contribuinte, o retorno financeiro obtido pode ser extremamente mais alto que o da previdência social, podendo, na maioria das vezes, ser complementar. Em caso de alguma fatalidade antes da aposentadoria, o dinheiro investido na previdência fica para os beneficiários. Assim como, caso a pessoa não consiga mais pagar o valor estipulado devido a problemas financeiros, o dinheiro investido já estará guardado e poderá ser resgatado, obedecendo às regras de cada produto. Outro pró é que a previdência privada, por exemplo, do tipo PGBL (Programa Gerador de Benefícios Livre) pode ser utilizada para deduzir a base de cálculo do Imposto de Renda anual de contribuintes que optam pela declaração do tipo completa. O mercado financeiro oferece diversas opções de planos, sempre respeitando o perfil de cada cliente. Nossa equipe procurou uma instituição financeira e simulou dois tipos diferentes, um para jovens, e outro para aqueles que buscam uma aposentadoria regular. PREVIDÊNCIA JOVEM PREVIDÊNCIA REGULAR Logo que a criança nasce, seus pais fazem um plano de previdência para que, aos 18 anos, o jovem passe a receber, durante 5 anos, uma remuneração mensal. Supondo que um jovem adulto de 24 anos comece a planejar seu futuro, para que, aos 60 anos, passe a gozar de benefícios, contrate um plano de previdência privada, pagando um valor mensal de R$ 724,00. No prazo estipulado, ou seja, na idade escolhida, passará a receber uma renda mensal estimada em R$ 4.733,75. Entretanto, se esse mesmo indivíduo decidir planejar sua aposentadoria para 5 anos mais tarde, ou seja, aos seus 65 anos, sua renda mensal estimada será de R$ 8.109,97. Por exemplo, se os pais ou responsáveis pagarem uma quantia mensal deR$ 151,00, o jovem, ao completar a maioridade, receberá o valor de R$ 1.066,00 por mês. Caso os pais optem por um valor maior, como R$ 362,00 por mês, a renda mensal de aposentadoria por cinco anos será de R$ 2.555,00. Tal planejamento é muito importante para o período universitário dos filhos. Com base nesses dados é possível perceber que quanto mais cedo as pessoas se programarem para o futuro, maiores serão seus benefícios. Desvantagens da previdência privada As taxas cobradas pelas instituições financeiras para administrar os recursos investidos podem variar muito, e, dependendo do fundo, a rentabilidade pode ser inferior ou igual à inflação. Alguns fundos possuem riscos e podem apresentar rentabilidade negativa, o que diminui a expectativa de ganho no longo prazo. As taxas de carregamento, por exemplo, podem ser de até 3%. Além disso, é muito importante que o investidor analise suas condições financeiras antes de aderir ao plano, pois a maioria estipula períodos de carência para resgates. Curiosidade sobre os planos de previdência privada disponíveis no mercado Quando for contratar um plano de previdência privada, é importante que o interessado saiba que há dois planos diferentes, o PGBL e o VGBL. Saiba agora quais são as diferenças básicas entre um e outro e qual seria o mais adequado a seu perfil. • PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) Este plano é indicado para aqueles que fazem declaração completa de Imposto de Renda (IR), pois permite que o aplicador deduza do IR o investimento no plano, no limite máximo de 12% de sua renda bruta anual. Terão desconto de IR no momento do resgate tanto os recursos depositados quanto os rendimentos. • VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) Já este plano é indicado àqueles que fazem declaração simplificada de Imposto de Renda, já que não permite deduzir o investimento do IR ou para quem pretende contribuir com mais de 12% da sua renda bruta anual em previdência complementar. No momento do resgate, apenas os rendimentos terão incidência de IR. Como ambos os tipos de aposentadoria apresentam vantagens e desvantagens, as pessoas que têm condições optam por planejar, além da previdência pública, a privada. Isso ocorre, geralmente, quando a pessoa sabe que não conseguirá manter seu padrão de vida após se aposentar com o dinheiro vindo somente da previdência social. Outra possível alternativa é o pagamento mínimo necessário, de acordo com o seu salário, da previdência pública, investindo, assim, mais dinheiro na aposentadoria privada, já que o investidor conseguirá ter mais controle sobre a quantia mensal recebida após aposentar-se. Sendo assim, cabe ao indivíduo decidir qual opção adequa-se melhor as suas necessidades. { www.colegiovertice.com.br} 15 {ESPORTE} Pequenos atletas, grandes O Colégio Vértice tem em seu corpo discente atletas de diversas idades e em categorias de esportes diferentes. Do infantil à 3ª Série do Ensino Médio, os atletas de nossa Instituição mostram que é possível conciliar a vida de estudante e de atleta mantendo uma saúde física e mental. O esporte mostra a esses alunos que sua prática constante só traz benefícios em qualquer fase da vida A prática de judô, futebol, tênis, assim como de outros esportes, na infância, deve ser encarada como um dos meios de desenvolvimento da criança, devido à boa formação dos ossos, músculos, mente e autoestima do praticante. Francisco Maciel, aluno da Educação Infantil do Colégio Vértice, mostra ter uma vida esportiva muito ativa. O aluno faz judô, natação e educação do movimento (conjunto de atividades recreativas para crianças), no Clube Paineiras do Morumby. Apesar de ser apenas uma criança, o pequeno Francisco já participou de muitos festivais, como o de Escolas Esportivas, no Clube Esperia; LUDICAP, no Clube Francisco Maciel, Paulistano; e as Olimapós receber uma medalha por sua píadas de Esportes, no vitória Clube Hebraica. Quanto mais cedo a criança iniciar-se na prática esportiva, mais benefícios colherá no decorrer de sua vida, como a obtenção de um bem estar físico, uma melhor organização de sua rotina, além de aprender, desde novo, a traçar metas a serem alcançadas. Vinícius Coutinho Colombo Martini, aluno do 5º ano, pratica karatê há 3 anos e obteve o 2º lugar no Campeonato Mundial de Karatê SEIWAKAI 2013. Juntamente com sua família, organizou seus treinos para os fins de tarde, para que tenha tempo suficiente de realizar seus afazeres escola- Vinícius Colombo Martini, organização res. Desta forma, sua entre a vida escolar e vida esportiva só tem a prática esportiva influências positivas em sua vida. Nicholas Ferreira Tavares, também é um exemplo de organização, procura prestar muita atenção às aulas, para facilitar suas lições de casa e, com isso, ter tempo suficiente para 16 { VÉRTICES } julho 2014 resultados e cumpre suas obridedicar-se ao esporte que pratica gações de estudantes. há 6 anos, o futebol. Nicholas diz São diversos os benefícios contar com a ajuda de sua super promovidos pelo esporte; enmãe no controle de horários e de tretanto, ganha destaque a sosuas atividades. cialização, já que o esportista A escolha de um esporte deve desenvolve um grande ciclo de ser algo muito bem pensado e amizade, estabelecendo vínculos planejado, é preciso que a crianentre seus colegas e treinador. ça tenha perfil para o esporte e Além disso, desenvolve o espíque sinta prazer em realizá-lo. rito esportivo, em que aprende Como o caso de Luiz Henrique respeitar regras, conviver com os Novais Robotton que, inspirado Nicholas Ferreira Tavares, demais e lutar por um objetivo. em seu irmão, começou a prati- dedica-se ao esporte há Um exemplo de esporte que car tênis há 5 anos, conquistando 6 anos envolve o espírito de coletividade o 1º lugar na Copa das Nações em 2013. Sua família organiza seus horários é o futebol, praticado por nosso aluno do 9° para que a atividade esportiva não atrapalhe ano, Lucas Manuel Torrado, que afirma que a prática é muito prazerosa, pois, ao entrar seu desempenho escolar. Na adolescência, a prática esportiva traz em campo, sente uma satisfação muito grana boa formação da mente, já que proporcio- de, além de criar amizades que tornam o jogo na um melhor fluxo sanguíneo cerebral, dimi- mais vivo. Lucas consegue gerenciar sua rotina de esnuindo o risco de se desenvolver um quadro depressivo, ou de tornar-se um indivíduo es- tudos, administrando bem seu tempo entre a tressado ou ansioso. Também ameniza alguns vida escolar e a esportiva, porém ressalta que diagnósticos, como o TDAH (Transtorno de é preciso muita organização e planejamento Déficit de Atenção e Hiperatividade), como, a fim de que as viagens para campeonatos por exemplo, a aluna Manuella Frediani, não interfiram em rendimento do 8º ano, que, quando pequena, aos qua- seu tro anos, foi orientada a realizar uma práti- escolar. Compete pelo ca esportiva para manter-se focada em suas atividades. Iniciou-se então no judô, e, hoje, clube Pequeninos aos treze anos, pratica, além do judô, jiu-jitsu, do Joquey, partiapresentando uma cipando de divermelhora considerável sos campeonatos; como Paulista de em sua concentração. Manuella dedica- Base, Estadual de se muito ao esporte e São Paulo, Disney Lucas Torrado participando da Disney Cup já conquistou diversos Cup (nos EUA). Para Rodrigo Dabus, também aluno do 9° títulos, representando a Associação Villa ano, o esporte trouxe muitos benefícios, como Sônia, e ganhou cam- uma obediência à rotina, a organização de peonatos nacionais seus afazeres e uma alimentação mais saupela Federação Paulis- dável. Em seu dia a dia, organiza-se através Manuella Frediani ta de Judô (FPJ). Mes- do calendário escolar, marcando com anteaos 4 anos de idade, inciando sua carreira mo com uma rotina cendência as datas de campeonatos, já plaesportiva puxada, obtém bons nejando os dias em que irá faltar, pois ele talentos Por Beatriz Pontes Cunha Cortez, Felipe Lopes Tafner Ferreira, Helena Moreno Vasconcellos, Kayan Ahmed Reda El Hayek, Larissa Dupre Cintra e Gomes, Leonardo Fazzio e Nicolas Peccia Takayama. Alunos do 9º Ano C. mesmo estabeleceu que seus estudos seriam sua prioridade. Rodrigo tem acompanhamento psicológico para que, como atleta, saiba lidar com eventuais problemas e frustrações. Levando uma vida Rodrigo Dabus participando da Copa da organizada, Rodrigo Juventude no CNC Dabus alcançou o sucesso em seu esporte, a Vela. Com apenas 14 anos, já possui um contrato com a Audi e já participou de campeonatos importantes, como Mundial da Classe 420, Semana de Vela em Buenos Aires, Campeonato Sul Americano de Vela, Campeonato Francês e Campeonato Nacional de Vela. Atualmente, pratica vela pela YCSA . Não só os pais, mas também outros familiares influenciam na escolha de um esporte. Esse é o caso dos alunos Rodrigo Rossi Longo, 9º ano, e sua irmã, Gabriela Rossi Longo, aluna da 3ª série do Ensino Médio. Rodrigo iniciou sua vida esportiva aos 8 anos, praticando polo aquático por influência de seu pai e avô , que também já foram atletas desse esporte. Gabriela treina polo aquático profissionalmente, Rodrigo Longo praticando polo aquático pelo Clube Paineiras do Morumby, e já foi campeã em torneios profissionais, como Paulista, Brasileiro, Sul-americano e Pan-americano feminino, além de conquistar a Taça Brasil. Treina desde seus 13 anos e quebrou o “tabu” de que é impossível conciliar a cansativa rotina da 3ª série do Ensino Médio com o esporte. A aluna recebe elogios de seus coordenadores que afirmam ser uma excelente aluna e sempre a incentivam. Todos sabem que os alunos do Vértice possuem uma rotina de estudos, tanto na escola, como em casa, portanto aqueles que praticam esportes devem se organizar e aproveitar suas horas vagas para realizar suas tarefas escolares corretamente e nos prazos devidos. Um dos benefícios do esporte é o senso de organização e disciplina que os atletas adquirem. Rodrigo Longo organiza seus horários para que possa concluir as suas lições de casa antes de ir a seu treino, e, em semana de provas, começa a estudar cerca de um mês antes. O Colégio Vértice apoia qualquer iniciativa de alunos relacionada a esportes, incentivando nossos pequenos atletas para que obtenham sucesso em suas vidas esportivas, profissionais e pessoais, mantendo sempre seu lazer e aproveitando cada fase da vida. Nem sempre o tempo leva ao progresso Por Daniel Chammas Schwartz, Felipe Tafner e Gustavo Felde Giusti. Alunos do 9º Ano C. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A. Ando abismado com algo que tenho visto cada vez com mais frequência. Conversa? Não tem mais. Relações? Só pelo “WhatsApp”. Famílias juntas, só fisicamente. A comunicação perde-se no momento em que alguém saca um celular do bolso. Estava em uma lanchonete no shopping há alguns dias, e foi impossível não perceber que todas as famílias, TODAS MESMO, não trocavam uma só palavra. Quer dizer, não com a boca, porque a conversa, provavelmente, estava rolando mesmo é com os dedos, além de acontecer com terceiros, ignorando todos os presentes. Também vi várias crianças, resmungando e chorando, gritando sons que ninguém entendia. O remédio mais eficaz para isso, algo que concluí por meio da observação, é um tablet, bem abastecido com os jogos mais recentes. A tecnologia, cada vez mais avançada e rebuscada, tem – ou melhor – deveria ter, a função de aumentar e melhorar a comunicação entre as pessoas. Mas se prestarmos bastante atenção, veremos que isso não passa de um paradoxo funesto: elas só serviram como um “pesticida” para as relações entre os homens, as quais ficaram mais enfeitadas por smartphones e redes sociais, mas, a longo prazo, deixaram-nas “intoxicadas”. Deixe-me explicar mais. Ao invés de encontrarmos nossos amigos, ou ficarmos com nossa família, optamos por sentarmos num sofá, ligarmos a televisão e deixarmos o celular ao nosso alcance. Porém, o jogo de futebol que está sendo transmitido em nosso aparelho televisivo é completamente ignorado, e o turbilhão de SMS toma nossa atenção. Tal superficialidade das relações humanas deixa-nos distante da realidade, aumentando quantitativamente grupos de amigos, mas enfraquecendo os laços de amizade em afetividade e sinceridade. Assim como os vegetais em que foram utilizados adubo químico e inseticidas parecem ser melhores, talvez, ficar em casa trocando mensagens com os colegas, ao invés de encontrá-los na vida real, também pareça. Mas todos sabemos que aquele legume orgânico, mais miudinho e murchinho, porém mais natural, é o melhor para a saúde. { www.colegiovertice.com.br} 17 {RESENHA} para ler... para ouvir... O SÁBIO SHERLOCK HOLMES – ENIGMAS DA MORTE PURE HEROINE O livro “O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte” foi escrito por Andrew Lane, que ainda não tinha um passado pelo ramo da literatura. Ao longo de sua carreira atuou mais na televisão, desenvolvendo, por exemplo, várias séries famosas, na rede BBC inglesa, como: “Doctor Who”, “Torchwood” e “Randall and Hopkirk”. Sempre foi amante dos estilos de ficção científica e mistério, e tinha um enorme conhecimento sobre o personagem Sherlock Holmes, no caso, a obra original, escrita por Arthur Conan Doyle. E, devido a isso, em 2009, a Fundação Sir. Arthur Conan Doyle fez uma parceria com Lane, elaborando a história com foco na vida precoce do personagem. No Brasil, foi traduzido por Débora Isidório e lançado pela editora Intrínseca, em julho de 2011. No enredo, Sherlock Holmes é um menino de quatorze anos, muito inteligente, porém ainda sem consciência disso. Uma das coisas de que o menino mais gostava de fazer era viajar com sua família nas férias de verão, porém, em uma de suas férias, isso não iria acontecer, pois sua mãe estava com uma grave doença e seu pai, viajando para servir o exército na Índia. Devido a isso, seu irmão mais velho, Mycroft, decide deixar o rapaz na casa de uns tios desconhecidos que moravam em uma pequena cidade, chamada Farmhan, onde eles eram os mais ricos moradores. Sherrinford, o tio, era uma espécie de pastor religioso, e Anna, a tia, vivia em um constante monólogo, dia e noite. Nenhum dos dois dava muita atenção para o garoto. Na casa também havia uma governanta, chamada Sra. Eglantine, que todos da cidade diziam ser um mistério. Mycroft e seu pai queriam que Sherlock estudasse durante as férias, para isso contrataram um tutor chamado Amyus Crowe, um senhor muito experiente que realmente fazia Sherlock pensar. E essa relação de desafios tornou-os cada vez mais próximos. Um dia, Crowe mandou Sherlock ir à floresta, atrás da casa dos tios, para aprender mais sobre cogumelos venenosos. Durante a caminhada, Sherlock fez um amigo, Matthew Arnatt, que lhe contou que, dias atrás, havia visto uma fumaça saindo da janela de um prédio e que lá havia um homem morto, todo ensanguentado. Sherlock ficou muito assustado, mas logo se acalmou. No dia seguinte, Crowe mandou Sherlock ir novamente à floresta, porém, durante a caminhada, encontrou um corpo abandonado com uma nuvem ao seu redor e muitas manchas de sangue no rosto. Para desvendar esse mistério, Sherlock contará com a ajuda de seu novo amigo Matthew, Amyus Crowe e sua filha, Virginia Crowe. Juntos poderão salvar a vida de todo o exército inglês, desvendando esse crime. “O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte” (Death Cloud) é um livro extremamente detalhista, facilitando sua compreensão. Os desafios que Amyus Crowe propõe a Sherlock são incríveis, oferecendo ao leitor muitas informações curiosas. É um livro contagiante, embora seu início seja um pouco confuso, com várias tramas, depois todas se juntam em uma só e tudo começa a fazer sentido. O mais novo CD da cantora e compositora neozelandesa Ella Marija Lani Ye l i c h - O ’ C o n n o r, mais conhecida pelo seu nome artístico “Lorde”, foi lançado dia 27 de setembro de 2013 pela Universal Music e apresenta dez músicas, com a duração total de 37 minutos. Lorde, mesmo tendo apenas 17 anos, já foi nomeada a “Mulher do Ano”, em 2013, pela MTV. Já teve quatro indicações ao Grammy Awards e venceu nas categorias: “Canção do Ano” e “Melhor Performance Pop do Ano”, com seu single “Royals”, e com essa mesma música conquistou o título de ser a mais jovem artista vencedora do primeiro lugar da Billboard Hot 100. Está nessa profissão desde 2012, junto ao empresário Scott Maclachlan. Esse álbum de música pop recebeu muitos elogios de críticos; o portal Metacritic, por exemplo, classificou-o com 78 pontos de 100. Já Jason Lipshutz, da revista Billboard, concedeu-lhe 94 pontos, chamando-o de “imaculado” e elogiando o trabalho e a voz de Lorde. Yelich-O’Connor tem outro CD, lançado em março de 2013, chamado The Love Club, contendo cinco faixas, sendo bem comentado pelos críticos. “Pure Heroine” é um ótimo álbum, com diferentes ritmos e canções “viciantes”. Possui uma diversidade agradável de velocidade das faixas e dos ritmos, não sendo entediante ouvilo. Além disso, pode ser indicado para todas as idades, dependendo do gosto musical da pessoa. » FICHA TÉCNICA: TÍTULO: “O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte” AUTOR: Andrew Lane TRADUÇÃO: Débora Isidório EDITORA: Intrínseca PÚBLICO ALVO: Infanto-juvenil NÚMERO DE PÁGINAS: 288 ANO: 2011 VALOR: R$ 29,90 Por Por Isabella Ferrari Cordeiro. Aluna do 8º Ano C. 18 { VÉRTICES } julho 2014 » FICHA TÉCNICA TÍTULO: Pure Heroine CANTOR(A): Ella Marija Lani Yelich-O’Connor IDIOMA: Inglês GRAVADORA: Universal DURAÇÃO: 37:08 LANÇAMENTO: 27 de setembro de 2013 GÊNERO: Art pop MÚSICAS: 10 faixas Produzido Por Giulia Rigamonti. Aluna do 8º Ano B. para assitir... SAIA DA FANTASIA Blackfish é um documentário que mostra, com fatos e argumentos incontestáveis, a verdade sobre as orcas do parque aquático Sea World, em Orlando. A morte de uma das treinadoras mais experientes do Sea World, Dam Brancheau, levou a diretora brasileira Gabriela Cowperthwait a elaborar o filme. Com duração de 84 minutos, o longa-metragem vai fundo em investigações sobre os cuidados recebidos pelas baleias e os motivos que teriam resultado, não apenas nesse incidente, mas em vários outros ocorridos ao longo dos anos. Através de depoimentos de ex-treinadores e pessoas que já estiveram ligadas ao parque ou à captura de orcas, é possível montar um panorama medonho sobre os abusos cometidos no trato desses animais. As consequências são literalmente sentidas na pele, como comprovam as várias imagens de cortes e machucados no corpo das baleias orcas causados pelos próprios “companheiros de cela”, devido à tensão e à frustração da vida restrita. Entretanto, mais que uma denúncia, Blackfish busca mostrar o lado emocional dos animais, ou seja, não se concentra somente na apresentação de imagens, mas também na análise de tudo que acontece naquele cenário. É valido ressaltar que Blackfish, por se tratar de um documentário, possui cenas bastante fortes que podem impressionar os telespectadores. Seu conteúdo faz com que as pessoas percebam o quão egoísta são ao se divertirem com o aprisionamento de animais que são privados de viver em seu habitat natural, de acordo com sua própria natureza, com o único intuito de serem condicionados a executar shows que agradem a uma plateia, tudo em troca de uma merecida refeição. O filme promove um conflito entre o espectador e sua sociedade. » FICHA TÉCNICA TÍTULO: Blackfish DIREÇÃO: Gabriela Cowperthwait ELENCO PRINCIPAL: Samantha Berg, Dave Duffus, Jhons Crow, Cristopher Poter, Tilikum DURAÇÃO: 84 minutos GÊNERO: Documentário ANO: 2013 Por Ana Cristina Pontes de Azevedo, Maria Antônia M. de Souza de Medeiros e Maria Eduarda Parada Vinhas. Alunas do 8º Ano A. Plim Por Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza e Giulianna Gama de Quadros Bezerra. Alunos do 9º Ano B. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A. “Tec-tec-tec” e um delicioso “plim”, som de vitória, acabo de comprar on-line a mais maravilhosa, perfeita e inigualável capinha de celular à prova d’água. Com ela me tornarei especial, as pessoas serão diferentes comigo e o mundo não será mais o mesmo; bom, pelo menos é o que promete a descrição do produto. Bem, havia selecionado a opção de entrega que demorasse menos, porque não poderia esperar para testar minha capinha. Três dias não parecem muito tempo, mas quando você só tem uma coisa na cabeça, O TEMPO CONGELA! Lá vou eu, finalmente chega o dia esperado. Passo horas no sofá. A campainha toca e é minha tão sonhada capinha. Assino os papéis do Correio correndo e vou logo pra sala abrir minha caixa. Para minha surpresa, era uma capinha de celular à prova d’água, só que não a MINHA capinha!! Essa capinha era totalmente diferente da que comprara pela internet, totalmente diferente da foto e isso é inaceitável! “Tec-tec-tec” entro logo no site para conseguir o número, ligar e reclamar. Ao ligar para o site, fico cinco minutos ouvindo uma musiquinha irritante. Ao atenderem meu telefonema, com um tom dócil, oferecem-me várias coisas, porém já corto a pessoa e vou direto ao assunto, explicando como a capinha que recebera era diferente da foto do site e digo que quero uma igual àquela vista por mim. A mulher do outro lado da linha diz que não é possível efetuar a troca da capinha, porque, segundo ela, a descrição do produto diz que ele pode ou não ser como o da imagem. Aquele “pode” deixou-me tão brava, mas tão brava, que decidi desligar logo o telefone, mas, em seguida, me arrependi. Liguei de novo e a mesma mulher atendeu. Implorei a ela para que trocasse minha capinha, porque, se não trocasse, eu não poderia tornar-me especial, como sugeria a descrição do produto. Porém, dessa vez, ela mesma desligou o telefone. Fui dormir totalmente desapontada e desolada, decidida a nunca mais realizar compras pela internet. “Plim”. { www.colegiovertice.com.br} 19 1. COMPLETE O DESENHO! Narizinho só conseguiu desenhar metade de sua boneca Emília. Ajude-a a terminar seu desenho, depois colora-o. 2. COMPLETANDO Emília deixou sua canastrinha cair no chão e quebrou seu cantinho. Ajude-a encontrando a parte que completa a figura em destaque para que possa consertá-la. Por Rodrigo Yocida Nagai, Victoria Cardoso e Vinícius Barden Lucciola Gonçalves. Alunos do 8º Ano B. 4. QUEM SERÁ? Sou defensor das florestas e dos animais. Descubra quem sou, colocando as iniciais das figuras nos locais indicados. Por Bruno Tripodi Ott, Caroline Akemi Soares Iizuka, Catarina Monteiro Palumbo, Daniel André Campos e Daniela Mika Yamaji. Alunos do 8º Ano A. 3. QUANTOS SÃO? Ajude Visconde de Sabugosa a contar os animais do Sítio do Picapau Amarelo. Por Louise Webster Lima Costa Cruz, Lucca Nazari da Silva e Souza, Maria Eduarda Cordeiro Cunha, Mirella Pagano Stipkovic e Pedro Henrique Rodrigues de Moraes. Alunos do 8º Ano B. 5. QUANTAS ESTRELAS PARA CADA PLANETA? As estrelas estão perdidas no espaço e precisam de sua ajuda para achar seus planetas! Faça com que cada planeta tenha o mesmo número de estrelas. Por Giovanna Ricci Yunes Salles, Isabella Ferrari Cordeiro, João Eduardo Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo e Julia de Pavia Rossi. Alunos do 8º Ano C. 20 { VÉRTICES } julho 2014 Por Diego Biagioni Rotella, Fábio Adelizzi, Fernanda Igino Franzin, Gabriel De Rosa Peano e Gabriela Quadros Barreiros. Alunos do 8º Ano A. 6. QUAL SERÁ? Curumim perdeu sua bola e quer encontrá-la. Ajude-o a pegar a bola certa. Por Júlia Loripe Guimarães, Lívia Mota Ferreira, Luis Claudio Ferrari Luz, Luiz Arnaldo Pontes de Azevedo e Maria Antônia M. de Souza de Medeiros. Alunos do 8º Ano A. 7. COMPLETE A FIGURA! Em cada uma das fileiras, você encontrará um personagem do Sítio do Picapau Amarelo. A seu lado, há três imagens em que uma parte do personagem foi omitida, descubra e desenhe para que fiquem iguais ao modelo. Por Isabella Guimarães Del Nero. Aluna do 8º Ano B. 8. SIGA AS COORDENADAS! 10. QUAL É O DIFERENTE? 9. QUE PALAVRA NÃO Curumim e seus amigos adoram passar as Dona Benta adora fazer quitutes deliciosos PERTENCE AO CONJUNTO? tardes brincando. Para descobrir quais são para a turminha do Sítio do Picapau Curumim está fazendo um Por Isabella Amarelo. Andrade Clemente, Larissa Dupré Cintra equais Gomessão e suas brincadeiras preferidas, é só seguir as Veja nas linhas abaixo trabalho escolar, porém está Por Jean Pierre Nader, Pedro Barletta Marcondes Perito e Théo Ferreira Reis. Alunos do 8º Ano B. Luiza Brianez Urrutia. Alunas do 8º Ano B. coordenadas! com dificuldades em diferenciar os quitutes que saíram diferentes. os temas. Ajude-o circulando A B C D E F a palavra que não pertence a 1 J L P G N C cada conjunto. 2 T H D B K Q 3 N Y O F Ç U 4 E A S M X Z 5 U I R A B D 6 P S Y O T E C1 A4 D1 B4 A6 F6 D1 D5 F6 C4 F1 C3 E1 C2 A4 - C2 F6 B5 F1 B4 E3 D5 C4 D6 A5 C5 D2 C5 B4 B4 E1 Por Amanda Kasabkojian Lima, Ana Beatriz Nogues Forlin, Bruna Trindade Barros Costa, Bruno Netto Mota e Carolina Yumi Katsurayama. Alunos do 8º Ano C. D5 D6 E6 F6 C3 Júlia Fernanda Chou, Leopoldo Baptista TestaFraige Neto e Luisa Por Carolina Webber Fedrigo, Júlia Hall-Nielsen do 8º Ano Alunas C. eGodoi Luíza Haug. Mutter Alunos Quinderé Fraga. do 8º Ano C. Por Alessandra Kim, Ana Clara Pileckas Proença, Ana Cristina Pontes de Azevedo, André Fontanez Bravo e Anna Beatrice Cerca Toledo. Alunos do 8º Ano A. RESPOSTAS: F1 F6 ; 8. Pega-pega, esconde- B5 F5 2. B; 3. 5 galinhas, 4 patos, 3 porcos e 3 vacas; C1 A3 4. Curupira; 5. 6; 6. D6 esconde, pic bandeira e caça ao tesouro; F1 9. Curumim, elefante, chapéu e mandioca; B6 10. A4 { www.colegiovertice.com.br} 21 {TESTANDO SEU CONHECIMENTO} Por Beatriz Pontes Cunha Cortez, Carolina Juste Rodado, Isabella Kim, Kevin Chin Koi Chiou e Rafael Machado Barreto. Alunos do 9º Ano C. Quem foi o piloto mais jovem a conquistar um campeonato na Fórmula 1? a) Ayrton Senna. b) Michael Schumacher. c) Sebastian Vettel. d) Fernando Alonso. 2. Quem foi o piloto a obter a centésima vitória brasileira? a) Rubens Barrichello. b) Felipe Massa. c) Emerson Fittipaldi. d) Nelson Piquet. 3. Qual foi o piloto a vencer mais GPs na Fórmula 1? a) Fernando Alonso. b) Lewis Hamilton. c) Michael Schumacher. d) Ayrton Senna. 4. Quando foi a última vez que um brasileiro foi campeão de um GP de Fórmula 1? a) 1991. b) 2000. c) 1997. d) 2008. 5. Quantas marchas têm o câmbio de um carro de Fórmula 1? a) 7 com a ré. b) 6 com a ré. c) 6 sem a ré. d) 7 sem a ré. 9. 6. Qual foi o ano de estreia da Fórmula 1? a) 1945. b) 1950. c) 1965. d) 1980. 7. Quantos litros de gasolina, em média, são gastos por uma equipe de Fórmula 1, por temporada? a) 150 mil litros. b) 230 mil litros. c) 140 mil litros. d) 200 mil litros. 10. Dos seis pilotos brasileiros vencedores de corridas, qual foi o único que nunca venceu uma corrida no Brasil? a) Felipe Massa. b) José Carlos Pace. c) Nelson Piquet. d) Rubens Barrichello. 8. Qual é a maior velocidade atingida, em quilômetros por hora, em um GP, atualmente? a) 361,8 Km/h. b) 359,1 Km/h. c) 410 Km/h. d) 299,3 Km/h. Quando acabará a temporada da Fórmula 1, em 2014? a) 20 de agosto. b) 23 de novembro. c) 5 de outubro. d) 15 de dezembro. 11. Qual é o único fornecedor de pneus para a Fórmula 1? a) Pirelli. b) Goodyear. c) Michelin. d) Bridgestone. 12. Qual é o único país com dois tricampeões de Fórmula 1 e com três pilotos com mais de um título mundial? a) Alemanha. b) Itália. c) Brasil. d) França. De 0 a 4 pontos: De 5 a 8 pontos: De 9 a 12 pontos: Você está parecendo o piloto Taki Inoue, eleito o pior piloto da Fórmula 1 nos últimos 20 anos. Procure saber mais sobre esse esporte que tem grande importância nos avanços do automobilismo. Você apresenta um conhecimento mediano sobre o esporte que já deu muito orgulho ao Brasil. Procure ler mais a respeito e divertir-se um pouco aos domingos assistindo aos GPs. Uau!!! Você é um verdadeiro Ayrton Senna em conhecimentos sobre a Fórmula 1! É isso aí! Compartilhe seu conhecimento com seus colegas, para que todos tenham a oportunidade de conhecer esse esporte tão cheio de emoções e surpresas. 22 { VÉRTICES } julho 2014 RESPOSTAS: 1-C;2-A;3-C;4-A;5-D;6-B;7-D;8-A;9-B;10-D;11-A;12-C. 1. {GUIA} Está cansado de tomar remédios para melhorar sua saúde e tomar sucos sem graça que lhe indicam? Saiba como ter uma vida saudável e prazerosa com a ingestão de sucos e vitaminas deliciosos Textos e imagens produzidos por Adriana Paiva De Luca, Henrique Maniçoba Ferraz, Lucas Manuel Torrado, Sofia Di Mauro Pedro e Tiago Loureiro Motta. Alunos do 9º Ano B. À base de frutas naturais, os sucos e vitaminas são ótimas opções para mantermos nosso organismo saudável. Além disso, possuem inúmeros minerais, antioxidantes e nutrientes que melhoram nossa saúde e aparência. Diferente dos sucos industrializados que contêm 90 por cento de água, muito açúcar e aromatizantes, as bebidas sugeridas ajudam na absorção de vitaminas e posterior eliminação das toxinas, aumentando a disposição e a hidratação, além de suavizar a pele e de rejuvenescer. Para ganhar energia Para ação antienvelhecimento Para perder peso Vitamina: Frutas vermelhas Suco: Mix tropical Vitamina: Vitamora Essa combinação é extremamente saudável. Além de ser um importante energético, também auxilia no tratamento contra o câncer e substitui alimentos sólidos em um café da manhã. Suco excelente que, além de proporcionar prazer, apresenta uma quantidade gigantesca de nutrientes que formam o colágeno, essencial proteína constituinte de tecidos do nosso organismo. Inclua-a em seu café da manhã como alternativa saborosa que poderá auxiliar em sua perda de peso. Receita: 10 morangos sem folha, 25 framboesas, 25 blueberries congeladas, 400 ml de iogurte desnatado. Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura homogênea. Beba em seguida. Receita: 4 maçãs cortadas em fatias grossas, 40 framboesas, 1 colher de chá de açaí. Para a pele: Suco contra acne: Xô espinha! Esse suco poderá ajudá-lo em um tratamento contra a acne, sem falar que é saudável e delicioso. Receita: Suco de 2 limões, 200ml de água e 10 gotas de óleo de oliva. Modo de preparo: Esprema os limões e depois bata junto com os demais ingredientes no liquidificador. Beba em seguida. Sugestão: para melhores resultados, tome o suco duas vezes ao dia. Modo de preparo: Passe as maçãs e as framboesas pela centrífuga alternadamente. Adicione o suco ou a polpa de açaí, misture e beba em seguida. Receita: 25 amoras, 450ml de iogurte desnatado, 1 porção de amêndoas a sua escolha. Modo de preparo: Bata as amoras e o iogurte no liquidificador até obter uma mistura homogênea. Coloque amêndoas por cima a gosto. Beba em seguida. Para o cérebro Para acalmar-se Vitamina: Caribe Suco: Pé direito Repleta de frutas tropicais, essa vitamina é uma ótima solução contra a depressão e outros problemas cerebrais, como a falta de memória. A combinação dessas frutas aliviará a tensão do paulistano em seu dia a dia. Receita: 1 abacaxi cortado em pedaços grandes, 2 bananas, 300 ml de leite de coco. Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura homogênea e está pronta para beber. Receita: 300ml de água congelada em cubinhos, 15 morangos sem as folhas, 2 bananas maduras, um ramo de hortelã. Modo de preparo: Triture o gelo no liquidificador e adicione os morangos, as bananas e a hortelã. Bata até obter uma mistura homogênea e beba em seguida. { www.colegiovertice.com.br} 23 Agradecemos aos alunos dos 8os e 9os anos que produziram esta edição. 8.º Ano A: Alessandra Kim, Ana Clara Pileckas Proença, Ana Cristina Pontes de Azevedo, Andre Fontanez Bravo, Anna Beatrice Cerca Toledo, Bruno Ott Tripodi, Caroline Akemi Soares Iizuka, Catarina Monteiro Palumbo, Daniel André Campos, Daniela Mika Yamaji, Diego Biagioni Rotella, Fábio Adelizzi, Fernanda Igino Franzin, Gabriel De Rosa Peano, Gabriela Quadros Barreiros, Georgia Vaccari Borrelli, Henrique Perin Debski, Isabella Carvalho Grandinetti, Isabelli Curiel Pereira de Souza, Júlia de Souza Capuano, Júlia Loripe Guimarães, Lívia Mota Ferreira, Luis Claudio Ferrari Luz, Luiz Arnaldo Pontes de Azevedo, Maria Antônia M. de Souza de Medeiros, Maria Eduarda Parada Vinhas, Maria Fernanda de Oliveira Lemos, Pedro Romani Samuel, Rafael Rebollo Francisco da Silva, Ricardo Hori, Rodrigo Marques Malagutti, Vitória Gomes Valejo Sanches. 8.º Ano B: Alice Amy de Queiroz Rocholli, André Vieira dos Santos, Anna Gabriela Seiko Ferraz Taguchi, Augusto Alves da Costa Dessimoni, Barbara Nicole Lima Orihuela, Beatriz Figueiredo Fredel, Beatriz Gutierrez de Souza, Bruno José Rocha de Sousa, Dunia Curi, Enzo Faleiros Resende, Felipe D’Errico Butolo, Fernanda Alves Cricci, Gabriela Maria Cepêda Brunetti, Giulia Rigamonti, Guilherme Gimenes Liao, Helena Prado Guimarães, Henrique Chammas Campos de Araújo, Isabella Guimarães Del Nero, Júlia Sica Hanriot, Laura Perin Farah, Louise Webster Lima Costa Cruz, Lucca Nazari da Silva e Souza, Maria Eduarda Cordeiro Cunha, Mirella Pagano Stipkovic, Pedro Henrique Rodrigues de Moraes, Rafael Garrido de Oliveira Almeida, Rodrigo Yocida Nagai, Victoria Cardoso, Vinícius Barden Lucciola Gonçalves. 8.º Ano C: Amanda Kasabkojian Lima, Ana Beatriz Nogues Forlin, Bruna Trindade Barros Costa, Bruno Netto Mota, Carolina Yumi Katsurayama, Eduardo Bispo Nago, Eduardo Zeppelini Inaba, Fernanda Greco Weissenberg, Francisco Fernandes Ribeiro Martins, Gabriella D’Elia Cossi, Giovanna Ricci Yunes Salles, Isabella Ferrari Cordeiro, João Eduardo Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo, Julia de Pavia Rossi, Julia Fernanda Chou, Leopoldo Baptista Testa Neto, Luisa Godoi Haug, Manuella Kersting Frediani, Marcelo Campos Camargo, Nicole Lee Yang, Rafael Scandiuzzi Valente Tomomitsu, Renata De Carli Rojão, Rodrigo Carneiro Traldi, Sofia Terzian Simonka, Thiago Lira Weber Romeiro, Tiago Hadid Chammas. 9.º Ano A: Arthur Veloso Kuahara, Beatriz Makssoudian Ferraz, Bruna Felde Giusti, Bruno Bispo Nago, Erick Yugo Muranaka, Gabriela Gomes Valejo Sanches, Gustavo Luíz Argani, Isabela Cássia Nascimento Rocha, Isabella Bueno Abbud, Isabella Caglio Chiavone, Jean Pierre Nader, João Carlos Burunzuzian, Julia Tiemi Kamiya, Lucca Pappas Ditleff, Luíza Basile, Luíza Mutter Quinderé Fraga, Maria Luisa U Prudente do Espirito Santo, Maria Luiza Assumpção de Oliveira Costa, Mariana Molnar Moreira, Mariana Pirani Vieira Parisi, Mateus Motta Buchaim, Matheus Bitetti Paiva, Maurício Herrera Fontes, Nicolás Ivanovic, Pedro Henrique Duck Lochter Arraes, Rafael Kiehl Cretella, Ricardo Monteiro Barbosa, Stela Terribile Garbugio, Victor André Laxer, Victoria Perini Pederiva. 9.º Ano B: Adriana Paiva De Luca, Camila Ranali de Carvalho Pinto, Dylan John Tong, Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza, Giulianna Gama de Quadros Bezerra, Henrique Maniçoba Ferraz, Isabella Andrade Clemente, Izabella Martins Ramos Rodrigues, João Pedro Cerizza Marques, Laura Temer Cursino de Sousa, Lucas Manuel Torrado, Marcelo Nobre Rabelo, Maria Beatriz Teixeira, Maria Fernanda Creazzo de Carvalho, Maria Fernanda Salles Vasconcellos, Maria Luíza Nakano Fujihara, Nádia Naomi Ota Terzi, Nícolas Iglecias Lemos, Pedro Carneiro Malta, Pedro Iago Barbosa Maturano, Renan Massato Hanashiro Sakaguchi, Rodrigo Rossi Longo, Sofia Di Mauro Pedro, Thais Abdo Pereira, Tiago Loureiro Motta, Victor Germano Moreira Batista da Silva, Vitória Calixto Gallas. 9.º Ano C: Beatriz Pontes Cunha Cortez, Carolina Juste Rodado, Carolina Webber Fedrigo, Daniel Chammas Schwartz, Felipe Lopes Tafner Ferreira, Gustavo Felde Giusti, Helena Moreno Vasconcellos, Isabella Kim, Júlia Hall-Nielsen Fraige, Juliana Secchim Sotto Maior, Kayan Ahmed Reda El Hayek, Kevin Chin Kai Chiou, Larissa Dupré Cintra E Gomes, Leonardo Fazzio, Luiza Truzzi Menegon, Maria Clara Prates da Silva Galhardo, Mariana Carvalho Picinini, Mariana de Araujo Bento Ribeiro, Mateus Ken Madeira da Fonseca, Mei Lian Suzin Jou, Nícolas Peccia Takayama, Olavo Gualberto Martins Ferreira, Pedro Barletta Marcondes Perito, Rafael Machado Barreto, Rodrigo Dabus, Suellen Hornos Vieira, Théo Ferreira Reis.