FRANCIS DUBÈ
ESTUDOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS COM Eucalyptus sp. NO NOROESTE DO ESTADO
DE MINAS GERAIS: O CASO DA COMPANHIA MINEIRA DE METAIS
Tese apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das
exigências do Curso de Ciência
Florestal, para obtenção do título de
“Magister Scientiae”.
VIÇOSA
MINAS GERAIS - BRASIL
NOVEMBRO - 1999
FRANCIS DUBÈ
ESTUDOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS COM Eucalyptus sp. NO NOROESTE DO ESTADO
DE MINAS GERAIS: O CASO DA COMPANHIA MINEIRA DE METAIS
Tese apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das
exigências do Curso de Ciência
Florestal, para obtenção do título de
“Magister Scientiae”.
APROVADA: 25 de julho de 1999.
Prof. Rasmo Garcia
(Conselheiro)
Prof. Geraldo A. de Andrade Araújo
(Conselheiro)
Prof. Helio Garcia Leite
Prof. Márcio Lopes da Silva
Prof. Laércio Couto
(Orientador)
Aos meus pais, Suzanne e Gilles.
À Hélène, minha única irmã.
Ao Félix e Vincent, meus sobrinhos.
Ao Rev. Pe. John Kim Badka, meu amigo.
ii
AGRADECIMENTO
A Deus, todo poderoso, magnífico criador do nosso universo.
Aos meus pais, Suzanne e Gilles, pelo amor, pelo apoio, pelo incentivo,
pelo sacrifício e pela dedicação constantes ao longo da minha vida.
À minha irmã, Hélène, ao meu cunhado, Gilles, e aos meus padrinhos,
Raymond e Rachel, pelo amor e apoio de sempre.
Ao professor Laércio Couto, pela segura orientação, pelos ensinamentos,
pela experiência transmitida, pela consideração e pela grande oportunidade de
convivência.
Aos professores Márcio Lopes da Silva, Rasmo Garcia, Geraldo Antônio
de Andrade Araújo e Helio Garcia Leite, pela oportunidade de convivência, pelo
estímulo e pelas críticas e sugestões.
À CMM-Companhia Mineira de Metais, nas pessoas dos engenheiros
florestais Luciano Lage Magalhães, Vicente de Paula Silveira, Raul Nogueira
Melido e Arnaldo Cardoso e do técnico agropecuário Wagner, pelo apoio e
fornecimento de dados necessários para a realização deste estudo.
Ao professor Luiz Carlos Couto, pela amizade, pelo encorajamento e
pela ajuda constante, sem a qual a minha vinda ao Brasil não teria sido possível.
Aos professores Alexandre Santos Pimenta, Carlos Antônio Moreira
Leite, Carlos Cardoso Machado, Elias Silva, José Gabriel de Lelles, José Mauro
iii
Gomes, Sebastião Renato Valverde e Vidar J. Nordin, pela amizade, atenção e
agradável convivência.
Ao Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de
Viçosa, pela única oportunidade de realizar o curso neste país.
Aos funcionários do Departamento de Engenharia Florestal, em especial
a Ritinha, Chiquinho, José Mauro, Graça, Imaculada, Jamile, Paulo e Tadeu, pela
simpatia e pelo cordial convívio.
À Fondation d’Éducation Globale Laflamme, pela ajuda financeira
concedida no início do Mestrado.
Aos amigos Ana Márcia, Badka, Cacá, Carlos Antônio do Nascimento
Santos, Carlos Gondim, Jandir e Nelsa Zanchet, Javier Gonzaléz Molina, Jules
Marcelo Brum da Silveira, Lídia Maria Lopes, Louis Courtemanche, Loiola e
Jeane, Lucrécia, Márcia Mascarenhas, Cristina Tavares, Mônica Ribeiro Pirozi,
Enivaldo e Gislaine Minette, Otto Viana Pessôa de Mendonça, Raquel Franco,
Roberta Paulino, Valdone Domingos Rabelo, Wagner Aldeir Bastos e Yvonne
Sangster.
Aos colegas e amigos do DEF, em especial a Alcides Gatto, Fernando
Silveira Franco, Ivar Wendling, Gilson Fernando da Silva, Sebastião Lourenço
de Assis Júnior, Mariângela Vidal e Omar Daniel, pela bela convivência durante
este curso.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho.
Enfim, ao povo brasileiro, pela incrível hospitalidade, gentileza e
simpatia, sem as quais não teria sido possível minha integração neste lindo país!
iv
BIOGRAFIA
FRANCIS DUBÈ, filho de Gilles Dubè e Suzanne Laplante Dubè,
nasceu em Montréal, Província de Québec, Canadá, em 30 de maio de 1972.
Realizou seu curso colegial em Québec, no “Petit Séminaire de Québec”.
Em 1991, ingressou no Curso de Engenharia Florestal da Université
Laval, cidade de Québec, Canadá.
Em 1993-1994, participou de um intercâmbio acadêmico na University
of British Columbia, em Vancouver, Canadá.
Em maio de 1995, graduou-se Engenheiro Florestal pela Université
Laval.
Em março de 1996, iniciou o Curso de Mestrado em Ciência Florestal,
com concentração em área de Agrossilvicultura e Sistemas Agroflorestais, na
Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, defendendo tese em julho
de 1999.
No ano de 1998, participou ativamente da comissão organizadora do I
Seminário Internacional de Produtos Sólidos de Madeira de Alta Tecnologia SIMATEC 98, juntamente com o I Encontro sobre Tecnologias Apropriadas de
Desdobro, Secagem e Utilização da Madeira de Eucalipto, eventos promovidos
pela Sociedade de Investigações Florestais - SIF e pelo Departamento de
Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa.
v
CONTEÚDO
Página
EXTRATO ..............................................................................................
ABSTRACT............................................................................................
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................
1.1. O problema: importância e justificativas ......................................
1.2. Objetivo.........................................................................................
2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................
2.1. Sistemas agroflorestais: conceitos, classificação e importância ...
2.1.1. Vantagens biológicas e sócio-econômicas..............................
2.1.1.1. Vantagens biológicas ........................................................
2.1.1.2. Vantagens econômicas e sociais ......................................
2.2. Sistemas agroflorestais com Eucalyptus no Brasil .......................
2.2.1. Região Norte ...........................................................................
2.2.2. Região Nordeste......................................................................
2.2.3 Região Centro-Oeste................................................................
2.2.4. Região Sul...............................................................................
2.2.5. Região Sudeste........................................................................
2.2.5.1. Sistemas silviagrícolas......................................................
2.2.5.1.1. Eucalipto e milho........................................................
2.2.5.1.2. Eucalipto e feijão ........................................................
2.2.5.1.3. Eucalipto e soja...........................................................
2.2.5.1.4. Eucalipto e arroz, sorgo e outras culturas agrícolas ...
2.2.5.2. Sistemas silvipastoris........................................................
vi
ix
xi
1
1
3
4
4
5
5
6
7
8
10
11
11
12
12
12
14
15
16
18
Página
2.2.5.3. Sistemas agrossilvipastoris ...............................................
2.3. Avaliação econômica de projetos agroflorestais...........................
3. MATERIAIS E MÉTODOS ...............................................................
3.1. Caracterização da macrorregião noroeste do Estado de Minas
Gerais ...........................................................................................
3.2. Caracterização da área utilizada no estudo de caso ......................
3.3. Caracterização dos sistemas agroflorestais utilizados pela CMM
3.3.1. Ano zero..................................................................................
3.3.2. Ano um....................................................................................
3.3.3. Ano dois ..................................................................................
3.3.4. Ano três...................................................................................
3.3.5. Ano quatro ..............................................................................
3.3.6. A partir do ano cinco ..............................................................
3.4. Curva de crescimento e produção .................................................
3.5. Avaliação econômica dos sistemas agroflorestais utilizados pela
CMM ............................................................................................
3.5.1. Valor presente líquido (VPL) .................................................
3.5.2. Valor esperado da terra (VET)................................................
3.5.3. Benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE).................
3.5.4. Taxa interna de retorno (TIR).................................................
3.5.5. Relação benefício-custo (B/C)................................................
3.6. Custo anual da terra (a) .................................................................
3.7. Simulações de alternativas técnicas e econômicas .......................
3.8. Custos e receitas............................................................................
3.8.1. Custos de implantação de eucalipto...........................................
3.8.2. Custos de manutenção de eucalipto no primeiro ano .............
3.8.3. Custos de manutenção de eucalipto no segundo ano..............
3.8.4. Custos de manutenção de eucalipto no terceiro ano...............
3.8.5. Custos de manutenção de eucalipto do quarto ao décimo
primeiro ano............................................................................
3.8.6. Custos de implantação, condução e colheita de arroz ............
3.8.7. Custos de implantação, condução e colheita de soja ..............
3.8.8 Custo de formação e manutenção de pastagens.......................
3.8.9. Custos dos insumos, da mão-de-obra e da aquisição de
novilhos de corte.....................................................................
3.8.10. Custos anuais de depreciação relacionados à pecuária de
corte.......................................................................................
vii
22
23
25
25
27
30
32
36
38
39
42
42
45
45
46
46
46
46
47
47
47
48
48
48
48
48
49
49
49
49
49
49
Página
3.8.11. Receitas resultantes da comercialização dos produtos
obtidos...................................................................................
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................
4.1. Crescimento e produção................................................................
4.2. Análise econômica do sistema agrossilvipastoril .........................
4.2.1. Custos......................................................................................
4.2.2. Receitas ...................................................................................
4.2.3. Avaliação econômica ..............................................................
4.3. Monocultura de eucalipto .............................................................
4.3.1. Custos......................................................................................
4.3.2. Receitas ...................................................................................
4.3.3. Avaliação econômica ..............................................................
4.4. Comparação econômica do sistema agroflorestal e da
monocultura ..................................................................................
4.5. Simulações de alternativas ............................................................
4.5.1. Rotação de 11 anos .................................................................
4.5.1.1. Variação nos preços de venda dos produtos obtidos no
sistema..............................................................................
4.5.1.2. Variação nos custos de produção dos componentes do
sistema..............................................................................
4.5.2. Rotação de nove anos .............................................................
4.5.2.1. Avaliação econômica........................................................
4.5.2.2. Variação simultânea nos preços de venda dos produtos
obtidos ..............................................................................
4.5.2.3. Variação simultânea nos custos de produção ...................
5. RESUMO E CONCLUSÕES .............................................................
6. RECOMENDAÇÕES .........................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................
APÊNDICES...........................................................................................
APÊNDICE A .........................................................................................
APÊNDICES B .......................................................................................
viii
50
51
51
53
53
66
68
69
69
70
70
71
72
72
72
82
91
92
95
97
100
104
106
114
115
130
EXTRATO
DUBÈ, Francis, M.S., Universidade Federal de Viçosa, novembro de 1999.
Estudos técnicos e econômicos de sistemas agroflorestais com Eucalyptus
sp. no noroeste do Estado de Minas Gerais: o caso da Companhia
Mineira de Metais. Orientador: Laércio Couto. Conselheiros: Geraldo
Antônio de Andrade Araújo e Rasmo Garcia.
O presente trabalho foi conduzido na Unidade Agroflorestal da
Companhia Mineira de Metais - CMM, na região noroeste do Estado de Minas
Gerais. Objetivou-se avaliar, detalhadamente, os aspectos técnicos e econômicos
de sistemas agroflorestais com Eucalyptus sp. na região de cerrado, tomando
como base exemplos de sistemas ali tradicionalmente utilizados. Por meio de
simulações, analisaram-se os efeitos de variações nos preços de venda dos
produtos e nos custos de produção e, ainda, compararam-se os atuais sistemas
agroflorestais da CMM com as novas propostas, considerando as mudanças na
rotação do componente florestal. O valor presente líquido (VPL), o valor
esperado da terra (VET), o benefício-custo periódico equivalente (B(C)PE), a
relação benefício-custo (B/C) e a taxa interna de retorno (TIR) foram os
indicadores utilizados na avaliação econômica, utilizando uma taxa de desconto
de 10% ao ano Os resultados deste trabalho demonstraram que a idade técnica de
ix
colheita do povoamento de eucalipto em sistemas agroflorestais cai de 11 para
9 anos, de acordo com a equação linear ajustada para determinar a produção
(m3.ha-1), em função da idade (anos). Os custos de implantação e manutenção de
1 ha de eucalipto representaram mais de um terço dos custos totais de
implantação, manutenção e colheita dos componentes dos sistemas. Mais da
metade do valor da receita foi proveniente da venda dos produtos madeireiros
obtidos ao longo da rotação de 11 anos. Os sistemas agroflorestais adotados pela
empresa são economicamente mais atrativos que a monocultura de eucalipto, se
esta fosse hoje prática vigente na empresa. Variações de ±20% no preço da
arroba de boi gordo (componente animal) afetaram significativamente os
indicadores financeiros, logo seguidas pelas variações nos preços de venda de
madeira para serraria e energia. Variações de ±20% no custo de implantação do
componente florestal afetaram também, expressivamente, os indicadores
econômicos. Os sistemas agroflorestais mostraram-se menos sensíveis ao
aumento simultâneo de 20% nos custos de produção de seus componentes do que
à redução simultânea de 20% nos preços de venda de seus produtos. Enfim, os
sistemas simulados com rotação de nove anos mostraram-se economicamente
mais atrativos que os atuais sistemas com rotação de 11 anos, validando, assim, a
nova idade técnica de colheita do componente florestal proposta na equação
ajustada.
x
ABSTRACT
DUBÈ, Francis, M.S., Federal University of Viçosa, November of 1999.
Technical and economic studies of Eucalyptus-based agroforestry
systems in Northwestern Minas Gerais: a case study of the Companhia
Mineira de Metais. Adviser: Laércio Couto. Committee Members: Geraldo
Antônio de Andrade Araújo and Rasmo Garcia.
The present work was carried out in the Agroforestry Unit of the
Companhia Mineira de Metais - CMM, Northwestern Minas Gerais State. The
objective was to evaluate the technical and economic aspects of Eucalyptusbased agroforestry systems established in a savanna-like region, known as
Cerrado in Brazil. Through simulations, the effects of variations in the prices of
sale of the products obtained and in the costs of production were analyzed.
Moreover, the current Agroforestry Systems at CMM were compared with new
proposals, considering changes in the rotation age of the forest component. The
net present value (VPL), the expected land value (VET), the periodical
equivalent benefit-cost (B(C)PE), the benefit-cost ratio (B/C) and the internal
rate of return (TIR) were the indicators used in the economic analysis, using an
interest rate of 10% per year. The results of this work demonstrated that the
xi
technical rotation age of the forest component of the eucalypt-based Agroforestry
Systems drops from 11 to 9 years, according to the linear equation adjusted to
determine the production (m3.ha-1) in function of the age (years). The
establishment and maintenance costs of 1 ha of eucalypt represented more than
one third of the total implantation, maintenance and harvest costs of the
components of the Systems. More than half of the revenue was coming from the
sale of the wood products (charcoal and sawn wood) obtained along the 11 yearold rotation. The Agroforestry Systems adopted by the company are
economically more attractive than the eucalypt monoculture, if this were an
effective practice today in the company. Variations of ±20% in the sale price of
cattle (animal component) affected significantly the sensitivity analysis, soon
followed by the variations in the prices of wood for sawmill and energy.
Variations of ±20% in the establishment costs of the forest component also
affected significantly the economic indicators. The Agroforestry Systems
appeared to be less sensitive to a simultaneous increase of 20% in the costs of
production of its components than to a simultaneous reduction of 20% in the
prices of sale of its products. Finally, the Systems simulated with a 9 year-old
rotation age appeared economically more attractive than the current Systems
adopted by the company, validating the new technical rotation age of the forest
component proposed in the adjusted equation.
xii
1. INTRODUÇÃO
1.1. O problema: importância e justificativas
Na América do Sul, cerca de 300 milhões de hectares são cobertos por
savanas, bioma este conhecido como cerrados no Brasil e llanos na Colômbia e
Venezuela. Uma parte significativa dessa área tem potencial agrícola e pode ser
considerada para produção de alimentos, constituindo uma alternativa de
expansão de fronteira agrícola (GOEDERT, 1987).
O cerrado brasileiro cobre cerca de 150 milhões de hectares, o que
corresponde a 25% da superfície do país. No Estado de Minas Gerais, 21 milhões
de hectares são cobertos por cerrados, ou seja, 37% do território estadual
(VILELA, 1977), o que mostra a sua grande importância econômica não só para
o Estado, mas também para o país.
A maior parte das atividades de reflorestamento com Eucalyptus sp.,
espécie florestal exótica de maior importância comercial no Brasil, destinada à
produção de celulose e papel, carvão vegetal, óleos essenciais, chapas de fibras e
aglomerados, lenha, madeira para construção e móveis etc., concentra-se no
Estado de Minas Gerais, na região do cerrado, que também possui grande
potencial para o cultivo de grãos e a pecuária de corte. No entanto, para sustentar
atividades pecuárias nos locais reflorestados com Eucalyptus sp., faz-se
1
necessário interplantar forrageiras entre as árvores, pois o sub-bosque natural, em
geral, apresenta baixo valor forrageiro.
A utilização de sistemas consorciados de florestas com culturas agrícolas
e, ou, pastagens bem-planejados reduz consideravelmente os custos de
implantação e manutenção das plantações de Eucalyptus sp., aumenta a
produtividade do local e minimiza a erosão do solo e outros impactos negativos
ao meio ambiente. Várias pesquisas realizadas no Brasil, entre outras as de
GURGEL FILHO (1962), COUTO et al. (1982, 1988, 1994a e b, 1995, 1998),
DUBOIS (1982), MONIZ (1987), RIBASKI (1987), MARQUES (1990),
PASSOS (1990 e 1996), SANTOS (1990), ALMEIDA (1991), FERREIRA
NETO (1994), GARCIA et al. (1993 e 1994), LOKER (1994), ALMEIDA
(1995), CASTRO (1996) e SILVA (1998a e b), têm mostrado a importância de
sistemas consorciados como forma de uso mais adequado do solo.
No noroeste do Estado de Minas Gerais, no cerrado, tem-se o maior
exemplo de sistemas agroflorestais com Eucalyptus sp. no Brasil, e talvez nas
Américas ou mesmo no mundo. Nessa região, os consórcios seqüenciais de
Eucalyptus sp. e seus híbridos com cultivos anuais nas entrelinhas, nos primeiros
anos de estabelecimento da floresta, seguidos, posteriormente, da semeadura de
forrageiras perenes para engorda de gado de corte, têm sido utilizados com
sucesso. Tais consorciações constituem alternativas potenciais para amortizar os
custos iniciais de implantação e manutenção das plantações florestais, permitir
fluxo de caixa constante ao longo do período de maturação da floresta, além de
fornecer rendas complementares (OLIVEIRA e MACEDO, 1996).
Entretanto, apesar de o embasamento teórico e os subsídios técnicos
terem sido satisfatórios, até o presente momento, para o funcionamento dos
diversos sistemas naquela região, existe ainda carência de informações científicas
sobre os efeitos de determinadas técnicas silviculturais, como densidade de
plantio, desrama, desbaste, capina e queima controlada, na produção dos
diferentes componentes dos referidos sistemas. Por outro lado, existe também a
necessidade de estudar novas opções de consorciação dos diferentes
componentes que formam os sistemas agroflorestais na região.
2
Assim, são necessários estudos mais aprofundados dos diferentes
sistemas agroflorestais com potencial para a macrorregião noroeste do Estado de
Minas Gerais, que avaliem, inclusive, as interações existentes entre os diversos
componentes e a multiplicidade de produtos possíveis de serem obtidos.
1.2. Objetivo
O objetivo geral deste trabalho foi estudar, detalhadamente, os aspectos
técnicos e econômicos de sistemas agroflorestais com Eucalyptus sp., na região
de cerrado, no noroeste do Estado de Minas Gerais, tomando como base os
exemplos de sistemas ali tradicionalmente utilizados. Especificamente,
objetivou-se, por meio de simulações, analisar os efeitos de variações em
parâmetros importantes como os preços de venda dos produtos e os custos de
produção, bem como comparar os atuais sistemas com as novas propostas,
considerando as mudanças na rotação do componente florestal.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Sistemas agroflorestais: conceitos, classificação e importância
Os sistemas agroflorestais são definidos como sistemas viáveis de uso da
terra, segundo o princípio de rendimento sustentado, que permitem aumentar a
produção total, combinando cultivos agrícolas, arbóreos e plantas forrageiras e,
ou, animais, simultaneamente ou seqüencialmente, aplicando práticas de manejo
compatíveis com os padrões culturais da população local (BENE et al., 1977).
NAIR (1984, 1993) definiu sistema agroflorestal como o plantio
deliberado de árvores, ou de outras plantas lenhosas perenes, com culturas
agrícolas e, ou, animais, na mesma unidade de terra ou em alguma outra forma de
arranjo espacial ou temporal, por meio das interações (ecológicas e, ou,
econômicas) significativas (positivas ou negativas) entre os componentes
arbóreos e os não-arbóreos do sistema. É também uma consorciação de práticas
que variam entre regiões, onde são observadas as características socioeconômicas, culturais, geográficas e ecológicas locais (NAIR, 1979).
Conforme BROOKS et al. (1991), as plantas lenhosas perenes em
sistemas agroflorestais bem-planejados podem servir como quebra-ventos,
favorecer a estabilização do solo em topografia íngreme e ajudar no controle das
4
condições de umidade do solo, proporcionando melhor manejo de bacias
hidrográficas.
A integração de árvores e cultivos agrícolas pode resultar numa
utilização mais eficiente de água, nutrientes e radiação solar do que, geralmente,
é possível em monocultivos florestais ou agrícolas (BENE et al., 1977). Uma das
razões biológicas de interesse para sistemas agroflorestais é que as árvores usam
porções da biosfera que plantas agrícolas ou animais geralmente não usam, o que
resulta em maior produção de biomassa total.
De acordo com COMBE e BUDOWSKI (1979), os sistemas
agroflorestais são classificados da seguinte forma:
• Sistemas Silviagrícolas: árvores associadas aos cultivos agrícolas, para
produção simultânea de culturas florestais e agrícolas.
• Sistemas Silvipastoris: árvores associadas aos animais e, ou, à pastagem, para
produção de madeira, celulose, frutos, carvão e alimento para animais
domésticos.
• Sistemas Agrossilvipastoris: árvores associadas aos cultivos agrícolas e aos
animais e, ou, à pastagem, ao mesmo tempo ou em seqüência temporal.
2.1.1. Vantagens biológicas e sócio-econômicas
2.1.1.1. Vantagens biológicas
• Melhor ocupação do local. A consorciação de plantas com diferentes
exigências de luz, água e nutrientes possibilita o uso mais eficiente desses
fatores de produção, resultando em maior produção de biomassa.
• Melhoramento das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. As
árvores promovem a ciclagem de nutrientes das camadas mais profundas do
solo para as camadas superficiais, via translocação desses nutrientes para os
galhos, as folhas e outras partes da planta, que, ao cair no solo, promoverão o
aumento do teor de matéria orgânica do solo.
5
• Aumento da produtividade. A produção integrada dos sistemas agroflorestais
é, freqüentemente, maior que nos monocultivos.
• Controle da erosão do solo. Os sistemas agroflorestais que incluem consórcios
de plantas que ocupam diferentes estratos de copas podem reduzir o impacto
das chuvas e os riscos da erosão do solo.
• Redução de variáveis microclimáticas. O dossel de copas das árvores nos
sistemas agroflorestais funciona como protetor do solo contra a radiação solar
direta durante o dia e impede que ele perca energia à noite, diminuindo a
amplitude de variação de temperatura e umidade locais.
• Redução do risco de perda de produção. A biodiversidade pode reduzir o risco
de perda de produção devido a ataques de pragas e doenças ou a condições
climáticas desfavoráveis.
• Tutor ou suporte para trepadeiras. Nos sistemas agroflorestais, as árvores
podem funcionar como tutores ou suportes para espécies trepadeiras de valor
econômico.
• Uso adequado do sombreamento. Isso é verdade principalmente em locais
onde as condições de solo não são adequadas, quando a pluviosidade é muito
grande ou quando a temperatura é muito alta (McDICKEN e VERGARA,
1990; NAIR, 1993).
2.1.1.2. Vantagens econômicas e sociais
• Aumento das oportunidades de renda por unidade de área. Os sistemas
agroflorestais aumentam a receita do produtor rural.
• Maior variedade de produtos e, ou, serviços. A utilização de sistemas
agroflorestais permite a obtenção de um número maior de produtos e, ou,
serviços a partir de uma mesma área de terra, do que quando se utilizam
monocultivos.
• Melhoria da alimentação e nutrição humana. A grande diversidade de plantas e
as diferentes alternativas de consorciação de espécies agrícolas com árvores e
6
espécies arbustivas permitem a obtenção de vários produtos para o consumo
humano.
• Diversidade de culturas e redução de riscos. A grande diversidade de plantas e
as diferentes alternativas de consorciação de espécies agrícolas com árvores e
espécies arbustivas permitem a obtenção de variada gama de produtos.
• Amortização dos custos de plantio e manutenção florestal. Os custos de
estabelecimentos de plantações florestais podem ser reduzidos quando outras
culturas são plantadas simultaneamente, ou quando se utilizam consorciações
com bovinos e ovinos.
• Melhoria da distribuição de mão-de-obra rural ao longo do ano. Há uma
melhor distribuição da demanda de mão-de-obra no decorrer do ano, em
oposição ao que ocorre nas monoculturas.
• Redução das necessidades de capinas. A presença da cobertura arbórea pode
reduzir a radiação solar em nível de superfície do solo, diminuindo, por
conseguinte, o crescimento de ervas invasoras não-tolerantes à sombra
(McDICKEN e VERGARA, 1990; NAIR, 1993).
• Contribuição no manejo de paisagens. A recomposição paisagística de uma
área degradada pode ser feita com o uso de sistemas agroflorestais, pois estes
proporcionam maior diversidade cultural e beleza cênica do que as
monoculturas arbóreas, por exemplo.
2.2. Sistemas agroflorestais com Eucalyptus no Brasil
Embora a maioria das pesquisas com sistemas agroflorestais com base
em eucalipto concentre-se, atualmente, no Estado de Minas Gerais, a origem
histórica dessa atividade remonta ao antigo Serviço Florestal do Estado de São
Paulo e à Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A primeira informação
sobre sistemas agroflorestais, envolvendo eucalipto, parece ter sido registrada
no trabalho de ANDRADE e VECCHI (1918), quando relataram as
experiências com a criação de ovinos em pastoreio sob florestas, além da
utilidade apícola do gênero.
7
O primeiro trabalho, no Brasil, que tratou de um consórcio
silviagrícola do ponto de vista científico foi o de GURGEL FILHO (1962), no
Estado de São Paulo. Nesse trabalho, o pesquisador testou o plantio de linhas
de milho entre as linhas de Eucalyptus alba, com o objetivo de avaliar o efeito
do consórcio sobre o crescimento em altura e diâmetro do eucalipto, bem como
sobre a produção de grãos da gramínea.
Para facilitar o entendimento e a evolução dos estudos nessa área, serão
relatadas, a seguir, algumas pesquisas realizadas com sistemas agroflorestais
com Eucalyptus em cada região do País.
2.2.1. Região Norte
No Estado de Rondônia, COSTA et al. (1998) avaliaram o desempenho
agronômico
de
leguminosas
forrageiras
tropicais
que
cresciam
sob
sombreamento de eucaliptos, com o objetivo de selecionar as mais promissoras
para a formação de pastagens em sistemas silvipastoris. A semeadura foi
realizada nas duas primeiras semanas de dezembro de 1996, numa área plantada
com eucaliptos havia cerca de 12 anos, no espaçamento de 3 x 3 m.
Considerando os rendimentos e a distribuição estacional de forragem, a
composição química e a cobertura do solo, as leguminosas com melhor potencial
para formação de pastagens foram Desmodium ovalifolium CIAT-350, Pueraria
phaseoloides CIAT-9900 e BRA-0612 e Centrosema macrocarpum CIAT-5065.
Em Paragominas, Estado do Pará, MARQUES (1990) avaliou o
crescimento e o desenvolvimento do paricá (Schizolobium amazonicum), da
tatajuba (Bagassa guianensis) e do eucalipto (Eucalyptus tereticornis), até os
36 meses de idade, em consórcio com milho (Zea mays) e capim-marandu
(Brachiaria brizantha). As árvores foram cultivadas em linhas triplas de 3 x
3 m, distanciadas 12 m entre si. Houve tratamentos que foram cultivados nas
entrelinhas e nas entrefaixas. Seus resultados e suas conclusões para os
tratamentos com o eucalipto foram:
8
• o ganho em termo de matéria seca total ultrapassou 110%, enquanto o de
matéria seca do lenho no eucalipto consorciado foi superior a 59%, quando
comparado ao monocultivo do componente florestal, o que ocorreu em
virtude do aproveitamento dos resíduos de fertilizantes aplicados no milho;
• as produtividades do milho sob eucalipto alcançaram 1.086, 738 e
335 kg.ha-1, respectivamente, para o primeiro, segundo e terceiro ano, as
quais, embora baixas, reduziram os custos de plantio e manutenção do
componente florestal, no primeiro e segundo ano, em 21 e 64%,
respectivamente, em relação ao monocultivo de eucalipto;
• a produtividade de matéria seca do capim-marandu, 12 meses após a
semeadura, foi de 9.029 kg.ha-1, valor que se situa na faixa média obtida na
região; e
• o baixo rendimento do milho no terceiro ano indica que a semeadura do
capim deve ser antecipada para o segundo ano e que os animais devem ser
soltos no ano seguinte.
Novamente em Paragominas, um estudo semelhante foi realizado por
VEIGA e MARQUES (1998), visando avaliar a viabilidade dos sistemas
silvipastoris compostos pelas espécies florestais paricá (Schizolobium
amazonicum), tatajuba (Bagassa guianensis) e eucalipto (Eucalyptus
tereticornis) com as forrageiras capim-marandu (Brachiaria brizantha),
capim-colonião
(Panicum
maximum)
(substituído
posteriormente
por
Brachiaria dictyoneura) e quicuio (Brachiaria humidicola). As mudas de
eucalipto foram plantadas em janeiro de 1985, em faixas constituídas de três
linhas, no espaçamento de 3 x 3 m, deixando um espaço entre faixas de 12 m
de largura, resultando numa densidade de 555 árvores por hectare.
Os sistemas silvipastoris que envolviam o paricá foram os mais
promissores, do ponto de vista da produção florestal (maior altura e DAP),
para as condições de Paragominas. Para a produção animal, o capim-marandu
foi a forrageira mais indicada, em termos de produção de forragem e de
persistência, permitindo o pastejo ao longo de todo o experimento.
9
O sistema agrossilvipastoril, além das vantagens gerais comuns a
todos os SAF, potencializa o lado econômico, ambiental e de aproveitamento
de recursos naturais e de insumos.
Essas características o tornam particularmente importante para os
plantadores do, no passado, tão criticado eucalipto, pois: apresenta maior
biodiversidade, mesmo que ao longo de determinado espaço de tempo;
propicia o melhor aproveitamento dos recursos edáficos, em nível horizontal e
vertical; e os insumos aplicados podem ser mais eficientemente aproveitados
pelas plantas florestais e agrícolas e pelos animais. Além disto, do ponto de
vista econômico, o produtor poderá obter receitas intermediárias importantes
para a redução de custos florestais, além dos desbastes (POTTIER, 1984), e
até mesmo superávit ao longo do ciclo das rotações programadas para as
árvores.
O lado econômico dessa modalidade de SAF, nos moldes de obtenção de
receitas intermediárias, pode torná-lo um sistema capaz de incentivar os
produtores rurais a plantarem árvores de espécies nativas, de crescimento lento,
porém de madeira com qualidade superior e maior valor. Os custos com as
espécies florestais são diluídos ao longo do tempo, e os agrossilvicultores podem,
praticamente, se “esquecer” das árvores, para se lembrarem delas somente
quando estiverem em ponto de abate (COUTO et al., 1998).
2.2.2. Região Nordeste
Em região semi-árida, em Petrolina, Estado de Pernambuco, RIBASKI
et al. (1993) trabalharam com gado bovino sob povoamentos de Eucalyptus
camaldulensis, com oito anos de idade, e com as forrageiras: capim-urochloa
(Urochloa mosambicensis), capim-búfel (Cenchrus ciliaris) e capim-colonião
(Panicum maximum). Os animais foram colocados a pastejarem por duas
vezes, em períodos de três meses por ano. Como principal resultado, houve um
incremento volumétrico de 21% no eucalipto do sistema silvipastoril, em
relação ao do monocultivo.
10
O eucalipto é uma espécie apropriada para as práticas silvipastoris,
pois apresenta copas estreitas, que deixam penetrar razoável quantidade de luz
direta ou difusa até o nível do solo, o que permite o desenvolvimento de
plantas forrageiras, quando em espaçamento e manejo adequados, e fornece
sombra aos animais (COUTO et al., 1998).
O desbaste e a desrama artificial podem potencializar essas condições
favoráveis, resultando na redução de custos de implantação e manutenção,
especialmente no controle de plantas daninhas e na prevenção de incêndios,
além da receita antecipada em virtude da venda de animais, antes mesmo do
final da primeira rotação. Ademais, a distribuição de esterco e a possibilidade
de uso de forrageiras fixadoras de nitrogênio podem melhorar as propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo.
2.2.3 Região Centro-Oeste
Nos cerrados de Planaltina, Distrito Federal, MELO et al. (1994)
testaram o consórcio entre Eucalyptus grandis, Pinus oocarpa, mandioca,
arroz e capim-andropogon, em várias combinações, durante três anos. Os
autores relataram que o desenvolvimento das culturas agrícolas não foi bom
quando consorciadas com eucalipto. Segundo eles, tal fato provavelmente
ocorreu por causa da rápida competição por luz e do entrelaçamento de raízes,
provocados por essa espécie florestal. Vale ressaltar que o espaçamento
utilizado foi de 5 m entre as linhas duplas de 2 x 1,5 m. Aos 77 meses de
idade, os resultados demonstraram que o crescimento do eucalipto não foi
afetado pelo consórcio, quando comparado com o dos monocultivos
tradicionais.
2.2.4. Região Sul
SCHREINER (1989, 1992) testou o plantio de três a cinco linhas de
soja entre as linhas de Eucalyptus grandis, em espaçamento de 3 x 2 m, contra
11
o monocultivo de ambas as culturas. As conclusões do autor foram:
• a cultura da soja propiciou receita 30% superior, podendo compensar as
despesas necessárias para o plantio e crescimento inicial do eucalipto;
• a soja favoreceu em 30% o desenvolvimento juvenil do eucalipto, em
comparação ao eucalipto em monocultivo; e
• o uso de cinco linhas de soja, distanciadas de 0,50 m entre as linhas de
eucalipto, foi o mais recomendado para esse tipo de consórcio.
Na região fisiográfica da Depressão Central do Rio Grande do Sul,
SILVA (1998a) avaliou a produtividade de componentes de um sistema
silvipastoril constituído por Eucalyptus saligna Smith e pastagens cultivadas e
nativas. Estudou também o desempenho de bovinos e seus efeitos sobre duas
populações de eucalipto (1.670 e 833 árvores.ha-1, com espaçamento de 2 x
3 m e 2 x 6 m, nas linhas e entrelinhas, respectivamente) e três níveis de
utilização de forragens do sub-bosque, compostas de azevém anual (Lolium
multiflorum L.) e trevo-vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi cv. Yuchi), no
período de inverno-primavera (6, 11 e 16% de oferta de matéria seca de
forragem por animal.dia-1).
2.2.5. Região Sudeste
2.2.5.1. Sistemas silviagrícolas
2.2.5.1.1. Eucalipto e milho
No Estado de São Paulo, GURGEL FILHO (1962) testou o plantio de
uma, duas e três fileiras de milho (Zea mays L.) entre as linhas de Eucalyptus
alba, plantado no espaçamento inicial de 3 x 1,5 m. Com o aumento do número
de linhas de milho, diminuiu-se a distância entre a linha de árvores e a da
cultura agrícola. O autor avaliou a altura e o diâmetro do eucalipto,
respectivamente, aos 18 e 42 meses de idade. Concluiu que o aumento do
12
número de linhas de milho prejudicou o crescimento das árvores e que o
consórcio com uma linha foi favorável a ambas as culturas.
O caráter heliófilo do eucalipto deve ser considerado nessa
modalidade de consórcio. O milho apresenta crescimento rápido, atingindo um
porte que pode trazer prejuízo ao crescimento das árvores, principalmente, em
virtude da competição por luz. A diminuição da distância entre a cultura
agrícola e a linha da cultura florestal, à medida que se aumentou o número de
linhas de milho, provavelmente ocasionou a redução no crescimento do
eucalipto.
No consórcio com culturas temporárias de porte alto, tal como o
milho, nem sempre é possível manter a produtividade agrícola desejada ou
esperada, utilizando os espaçamentos tradicionais para as árvores, ou um
número de linhas para a cultura agrícola semelhante ao do monocultivo.
No Estado de Minas Gerais, MONIZ (1987) também detectou redução
no crescimento em altura, diâmetro, peso de matéria seca, número de
folhas e sobrevivência do eucalipto. O autor avaliou o consórcio entre
Eucalyptus torelliana F. Muell. e milho, aos seis meses após o plantio das
árvores, que estavam espaçadas em 3 x 2 m. As principais conclusões de seu
trabalho foram:
• as receitas líquidas de todos os tratamentos em consórcio foram superiores
às do milho em monocultivo; e
• como o consórcio com apenas uma fileira de milho apresentou receita
superior aos custos de implantação do eucalipto, tal sistema foi considerado
o mais recomendado, em virtude da necessidade de menor capital inicial;
ademais, esse sistema não prejudicou o crescimento e a sobrevivência do
eucalipto.
Resultados semelhantes foram obtidos por COUTO et al. (1994a). Os
autores verificaram que mais de uma linha de milho entre as fileiras de
eucalipto (espaçamento 3 x 2 m) reduziram a sobrevivência e o crescimento
inicial das plantas de eucalipto, aos seis meses de idade.
13
PASSOS et al. (1992) reavaliaram o trabalho com Eucalyptus grandis,
utilizando os mesmos tratamentos de MONIZ (1987), analisando os dados
disponíveis até os 25 meses de idade. Neste caso, o consórcio permitiu
redução de até 20% nos custos de implantação da cultura florestal. Além disto,
a produção de grãos foi significativamente afetada pela cultura florestal,
independente do número de fileiras utilizadas. Segundo COUTO et al.
(1994a), a redução dos custos de implantação florestal pela utilização de
sistemas agroflorestais pode atingir até 60% do total.
Esses trabalhos demonstram que a redução dos custos de implantação do
eucalipto é efetivo quando se utiliza um SAF com milho.
2.2.5.1.2. Eucalipto e feijão
Apesar de o feijão (Phaseolus vulgaris L.) ser uma leguminosa
fixadora de nitrogênio, ele não o faz tão efetivamente quanto outros
representantes da família, como a soja, nem mesmo produz grande quantidade
de matéria orgânica. Portanto, não se pode justificar o consórcio de árvores
com feijão, com base em tal fato. Busca-se, então, a redução de custos de
implantação florestal, a cobertura do solo, o aproveitamento de resíduos de
adubação pelas árvores e a produção de alimentos (COUTO et al., 1998).
No Estado de São Paulo, SCHREINER e BALLONI (1986)
procuraram analisar os efeitos do consórcio entre Eucalyptus grandis e feijão.
O espaçamento da cultura florestal foi de 3 x 2 m, e as observações foram
feitas até os 35 meses de idade da floresta. O feijão foi testado mediante a
utilização de quatro a seis linhas, contra os monocultivos das duas espécies.
As principais conclusões dos autores foram:
• a sobrevivência, a altura e o diâmetro das árvores não foram afetados pelo
consórcio;
• com cinco e seis linhas de feijão, os resultados foram igualmente positivos
para a produção volumétrica do eucalipto;
14
• o uso de cinco linhas de feijão foi o recomendado, pois resultou em ganho
de 20% em volume de madeira de eucalipto, comparado com o seu
monocultivo, principalmente por causa da adubação residual da cultura
agrícola; e
• a produção de feijão foi maior (917 kg.ha-1) com cinco linhas do que com
seis (780 kg.ha-1).
No Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, PASSOS (1990) estudou o
comportamento inicial de um SAF que envolvia eucalipto e feijão, sendo as
árvores espaçadas de 3 x 2 m e as filas da cultura agrícola variando de duas a
cinco. Pelos resultados obtidos, foi possível concluir que:
• o aumento do número de fileiras de feijão causou redução nos valores
obtidos para várias características (matéria seca e número de grãos por
vagem e por planta, número de vagens e matéria seca de grãos por área); e
• o consórcio não afetou a altura, o diâmetro e o volume do eucalipto, embora
a biomassa total por hectare e a do lenho por árvore tenham tido tendência
de aumento, nos tratamentos com maior número de fileiras de feijão.
COUTO et al. (1995) também constataram a ocorrência de redução
dos custos de implantação de eucalipto, em sistemas agroflorestais com feijão.
Segundo os autores, a produtividade do feijão em consórcio foi maior do que
em
monocultivo,
o
que
pode
indicar
a
ocorrência
de
interações
complementares.
2.2.5.1.3. Eucalipto e soja
Em Bom Despacho, Estado de Minas Gerais, COUTO et al. (1982)
demonstraram a viabilidade do uso dessa cultura agrícola na redução de custos
da implantação florestal. Em seu experimento, os autores, utilizando de uma a
cinco fileiras de soja (Glycine max) nas entrelinhas de Eucalyptus grandis,
concluíram que uma cultura não prejudicou o crescimento e a produção da
15
outra e que houve, ainda, redução do custo de manutenção da plantação
florestal.
No município de Unaí, noroeste de Minas Gerais, CAFGV (1992),
cultivando soja entre as linhas de Eucalyptus urophylla, em espaçamento de
5 x 2 m, conseguiu a produtividade de 30 sacas por hectare, o que, segundo
seus pesquisadores, é idêntica à que se obtém na monocultura de soja na
região. Para o eucalipto, os resultados do consórcio foram bastante significativos, ocorrendo aumento de diâmetro, altura e volume das árvores.
Em Itapetininga, Estado de São Paulo, SCHREINER (1989) testou o
plantio de três a cinco linhas de soja entre as linhas de Eucalyptus grandis, em
espaçamento 3 x 2 m, contra o monocultivo de ambas as culturas. O autor
recomendou o uso de cinco linhas de soja para esse tipo de consórcio, com o
qual foi possível obter, somente com a cultura agrícola, um retorno econômico
de 30%. Além disto, detectou o favorecimento do crescimento do eucalipto,
pelo menos até os 18 meses de idade.
O favorecimento do crescimento do eucalipto, segundo o autor, deveuse: ao aproveitamento da adubação residual da cultura da soja; ao
aproveitamento do nitrogênio fixado pela leguminosa; e às condições
ambientais favoráveis ao crescimento inicial, em virtude da melhor cobertura
do solo.
2.2.5.1.4. Eucalipto e arroz, sorgo e outras culturas agrícolas
Em Itararé, Estado de São Paulo, STAPE e MARTINI (1992) testaram
o consórcio de eucalipto em várias combinações com arroz e feijão, com e sem
o uso de calcário dolomítico e calcítico. O espaçamento da cultura florestal foi
de 3 x 2 m. Vale a pena listar seus resultados e conclusões:
• o consórcio favoreceu o crescimento em altura do eucalipto, pelo menos no
início do estabelecimento da cultura florestal, assim como verificado por
MONIZ (1987), para milho, e PASSOS (1990), para feijão;
16
• aos 52 meses de idade, detectou-se um acréscimo de 5% na produção de
madeira de eucalipto, no consórcio com o arroz, além da inexistência de
alelopatia;
• a produtividade da floresta consorciada foi superior à dos monocultivos de
Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna;
• a maior produtividade das duas espécies de eucalipto resultou em maior
taxa interna de retorno (TIR) e menor custo de produção no consórcio; e
• os ganhos de produtividade para o Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna e
Eucalyptus dunnii em consórcio resultaram em menores custos de colheita
e remoção da madeira que os dos monocultivos florestais.
Em Vazante, Minas Gerais, a Cia. Mineira de Metais, em sua Unidade
Agroflorestal, além de arroz, soja e milho, tem utilizado também o sorgo como
componente agrícola em seus sistemas agroflorestais com eucaliptos. Por
outro lado, a GERDAU S.A., em suas pesquisas na região de Divinópolis,
Minas Gerais, também utilizou, além do arroz, milho e feijão, a mandioca
como um dos componentes nos sistemas agroflorestais estudados.
PASSOS et al. (1996) testaram um consórcio de Eucalyptus urophylla
e arroz (Oryza sativa), em Cláudio, Minas Gerais, utilizando espaçamentos
que variaram de 6 a 10 m por planta, avaliando-as aos 21 meses de idade. Os
dados sobre a cultura de arroz foram coletados em duas safras. Os resultados
confirmaram o efeito positivo sobre a produção volumétrica do eucalipto,
comparado com o do monocultivo florestal. Entre os espaçamentos menores (3
x 2 m, 4 x 1,5 m e 5 x 1,5 m) a produtividade foi a mesma, tendo sido superior
à dos espaçamentos maiores. Quanto ao arroz, verificou-se que a
produtividade da segunda safra teve redução de um terço a um quarto do que
se obteve no primeiro ano, o que indica a inviabilidade dessa cultura em
consórcio com o eucalipto a partir do segundo ano, independente do
espaçamento utilizado (PASSOS, 1996).
PASSOS et al. (1993) estudaram o consórcio entre eucalipto, milho e
feijão, em espaçamento de 3 x 2 m para as árvores, até os 25 meses.
17
Verificaram que as culturas não se afetaram mutuamente e que o consórcio
eucalipto/três fileiras de milho/seis fileiras de feijão e o consórcio milho/feijão
não diferiram estatisticamente entre si, em termos de produtividade agrícola.
Novamente, os resultados da pesquisa vêm comprovar a viabilidade
técnica e econômica dos SAF com eucalipto, neste caso tratando-se,
especificamente, do consórcio com arroz, milho, feijão e mandioca.
Para o produtor agrícola, há a possibilidade de produzir alimentos nos
mesmos níveis de produtividade dos monocultivos de ciclo curto, com a
vantagem dos aportes financeiros futuros produzidos pela cultura florestal.
No caso do produtor florestal, é uma oportunidade de reduzir os custos
de implantação e manutenção da floresta, o que contribui para o melhor
aproveitamento dos solos que também apresentem potencial agrícola,
reduzindo, assim, a pressão ambiental gerada pela cultura de eucalipto.
2.2.5.2. Sistemas silvipastoris
É possível que as primeiras experiências com a criação de animais sob
florestas de eucaliptos tenham sido relatadas por ANDRADE e VECCHI
(1918), no Estado de São Paulo. Neste caso, o que levou à tentativa de
consórcio foi a preocupação de controlar incêndios no período da seca,
agravados pelo aumento do material combustível proveniente da vegetação
rasteira nativa ou de invasoras, como o capim-gordura (Melinis minutiflora).
Com o passar do tempo, o capim-gordura tornou-se dominante mesmo em
florestas com 15 anos de idade.
Inicialmente, tais experiências visavam o aproveitamento da pastagem
para criação de ovinos, mas os resultados obtidos foram negativos, por causa
da falta de adaptação das raças utilizadas (ANDRADE, 1961). Em seguida,
foram testados bovinos, que foram muito atacados por bernes, comuns na
criação destes animais sob arvoredos, segundo o autor. Por fim, a criação de
eqüídeos teve sucesso. Verificou-se que cada égua necessitou de 2,5 ha.ano-1
para se alimentar, com a vantagem de seu custo de aquisição e manutenção ter
18
sido um pouco inferior ao custo da roçada da mesma área. O inconveniente
detectado estava na necessidade de descompactar o solo após a retirada dos
animais.
O aumento da compactação em virtude do tráfego de animais causa
decréscimo na quantidade de macroporos, o que resulta em diminuição nas
taxas de infiltração de água e aumento do escorrimento superficial, causando
erosão do solo, impede o crescimento radicular das plantas, aumenta a
atividade de microorganismos desnitrificadores e reduz a disponibilidade de
nitrogênio (ADAMS, 1975; SCHNEIDER et al., 1978).
No município de Bocaina-SP, SCHREINER (1988) testou a viabilidade de um sistema silvipastoril, em solos de Areia Quartzosa, sob floresta de
Eucalyptus grandis em espaçamento 3 x 2 m, com 13 meses de idade no início
do experimento, utilizando braquiária como forrageira. O gado permaneceu
pastejando por um ano. A principal conclusão obtida foi que não houve efeito
do pisoteio sobre as características físicas do solo. Resultados semelhantes
foram obtidos por COUTO et al. (1988), em Dionísio, Minas Gerais, com
gado bovino pastando sob Eucalyptus urophylla em idade de corte. Ademais,
neste último caso, o rebanho contribuiu para a eliminação de ervas invasoras e
ajudou a reduzir os formigueiros do gênero Acromyrmex.
Utilizando bovinos e ovinos que pastejavam sob Eucalyptus
citriodora, COUTO et al. (1994b) também registraram a compactação do solo,
com o aumento do número de animais por unidade de área, especialmente na
camada superficial do solo, até 15 cm de profundidade. Por outro lado, seus
resultados mostram também claras vantagens do uso de ovinos para minimizar
esse problema.
As conclusões desses trabalhos evidenciaram que os efeitos da
presença de animais, pastando sob florestas de eucalipto, dependem do tipo de
solo e dos animais utilizados, além do seu manejo adequado.
No município de Dionísio-MG, em área pertencente à Cia. Agrícola e
Florestal Santa Bárbara, ALMEIDA (1991), trabalhando em sub-bosque de
19
povoamentos de Eucalyptus citriodora com ocorrência de capim-colonião
(Panicum maximum), delineou uma série de tratamentos que envolviam várias
combinações de bezerros e, ou, ovelhas. O eucalipto tinha cinco meses de
idade e altura média de 2 m, enquanto os bovinos estavam com 12 meses e os
ovinos, com idade variada. O experimento estendeu-se até os 24 meses de
idade da floresta. Os principais resultados obtidos foram: a percentagem de
árvores danificadas não foi influenciada pela presença dos animais; houve
compactação do solo, percebida apenas nas camadas superficiais; nenhum dos
tratamentos afetou o crescimento do eucalipto, em altura e diâmetro; enfim, a
presença de rebanho permitiu reduzir os custos de manutenção dos
povoamentos florestais e possibilitou diminuição do material combustível, que
representava risco elevado de incêndio florestal na estação seca.
Na mesma região, COUTO et al. (1994b) também trabalharam com
essa espécie de eucalipto e forrageira, durante 24 meses, visando avaliar o
efeito do pastoreio de bovinos e ovinos no crescimento das árvores e sobre os
custos florestais, a compactação do solo e o ganho de peso dos animais.
Concluíram que não houve efeito dos tratamentos sobre a sobrevivência e os
incrementos em altura e diâmetro do eucalipto; que os animais não foram
responsáveis pelos danos detectados nas árvores; que a redução dos custos de
estabelecimento da floresta foi de 52 a 93%; e que os animais podem ser
introduzidos no sub-bosque a partir dos quatro meses do plantio de eucalipto.
Os resultados indicam, também, que o sistema silvipastoril pode auxiliar no
controle das gramíneas, diminuindo sua competição com o eucalipto.
Apesar das diferenças de tolerância de gramíneas e leguminosas a
diferentes níveis de sombreamento em sub-bosque, de modo geral, a tendência
é a redução da sua produtividade. MACEDO et al. (1996) verificaram que o
capim-colonião
(Panicum
maximum
var.
Tanzânia)
sofre
muito
as
conseqüências do sombreamento próximo às árvores de eucalipto, tendo sido
detectado que o índice de recobrimento do solo varia de 0,50%, a 1 m das
linhas de árvores, até 19%, entre 4 e 6 m das linhas.
20
Visando avaliar o efeito de algumas forrageiras (Calopogonium.
mucunoides, Cajanus cajan, Melinis minutiflora, Brachiaria brizantha,
Panicum maximum e Andropogon gayanus) sobre o crescimento de
Eucalyptus clöeziana, SANTOS (1990) implantou um experimento no
município de Montes Claros-MG, quando o eucalipto, em espaçamento
3 x 1,5 m, apresentava dois anos de idade. As forrageiras foram então
semeadas, coletando-se os dados após um ano. Suas principais conclusões
foram:
• não houve prejuízos ao eucaliptal, em decorrência do consórcio;
• as forrageiras Panicum maximum e Cajanus cajan apresentaram maiores
valores de massa verde e seca; e
• a produção de massa verde e seca nos consórcios com Panicum maximum,
Melinis minutiflora e Brachiaria brizantha foi considerada satisfatória.
Na Zona da Mata de Minas Gerais, GARCIA et al. (1993, 1994), ao
testarem o consórcio entre Eucalyptus grandis, Brachiaria decumbens e
Melinis minutiflora, em vários espaçamentos das árvores com dois a três anos
de idade, concluíram que o espaçamento mais adequado para o consórcio foi
de 6 x 2 m, podendo ser de 4 x 2 m ou 5 x 2 m para o caso da B. decumbens,
que se mostrou menos exigente em luz que M. minutiflora. No período do
experimento, o consórcio não afetou o crescimento do eucalipto.
No consórcio de árvores, é comum o questionamento sobre a melhor
época para semear as forrageiras. COUTO e MEDEIROS (1993) responderam
essa questão para Eucalyptus grandis x Brachiaria decumbens. Concluíram
em seu trabalho que o eucalipto não tolera a convivência com essa forrageira
desde o seu plantio, necessitando de controle pelo menos até aproximadamente
os 120 dias de idade. A convivência não afetou o crescimento em altura, mas
sim a massa seca de folhas e galhos, além do diâmetro e da massa seca do
caule.
Em Dionísio, região do médio Rio Doce, Minas Gerais, FERREIRA
NETO (1994) avaliou o comportamento inicial do Eucalyptus grandis W. Hill
ex Maiden em plantio consorciado com leguminosas forrageiras.
21
Em pesquisas realizadas no cerrado de Minas Gerais, detectou-se que
as leguminosas que produziram maior quantidade de massa verde e melhor
cobertura do solo, como é o caso de Calopogonium mucunoides e Cajanus
cajan, prejudicaram o crescimento em altura e diâmetro de Eucalyptus
grandis, E. camaldulensis, E. citriodora, E. clöeziana e E. urophylla. Tal fato
ocorreu, provavelmente, em conseqüência da competição por nutrientes e
água, pois tais forrageiras apresentam sistema radicular profundo e ramificado
(FERREIRA NETO, 1994; ALMEIDA, 1995). No entanto, quando os
componentes foram a Crotalaria juncea e Desmodium heterophylium, houve
tendência ao aumento da produção de biomassa da parte aérea e à
sobrevivência do eucalipto (ALMEIDA, 1995).
Em Coronel Pacheco, Zona da Mata de Minas Gerais, CASTRO (1996)
testou a tolerância de seis gramíneas forrageiras tropicais ao sombreamento. O
autor estudou a influência de três níveis de sombreamento artificial (0, 30 e
60%) sobre o crescimento, a produtividade, o valor nutritivo e a composição
mineral
de
Andropogon
gayanus,
Brachiaria
brizantha,
Brachiaria
decumbens, Melinis minutiflora, Panicum maximum e Setaria sphacelata.
Todos os resultados apresentados até aqui estão relacionados com a
produção de madeira, especificamente. Entretanto, é possível o manejo
silvipastoril com outros objetivos, como a produção de óleos essenciais,
resinas, taninos ou de madeira para energia. LIMA (1993) referiu-se a essas
atividades em Barra Bonita, Estado de São Paulo, onde foram utilizados gado
bovino e produção de óleos essenciais de Eucalyptus globulus, de E.
staigeriana e de E. citriodora, com sucesso.
2.2.5.3. Sistemas agrossilvipastoris
No município de Vazante-MG, um sistema agrossilvipastoril rotativo
utilizado pela CMM tem apresentado bons resultados (OLIVEIRA e
MACEDO, 1996). A tecnologia consiste no cultivo seqüencial de arroz e soja
até o segundo ano, entre as linhas de eucalipto em espaçamento de 10 x 4 m.
22
No segundo ano, há formação de pastagens manejadas para engorda de gado
de corte. Buscando diminuir os efeitos da competição do eucalipto com as
culturas agrícolas e conferir maior valor aos fustes, as árvores são desramadas
até a altura de 4 m. No terceiro ano, nos módulos com pastagens, manejam-se
animais para engorda. Neste mesmo ano, é feita uma segunda desrama até a
altura de 6 m. No quarto ano, prossegue o manejo com animais em módulos de
pastagens formadas. A partir do quinto ano, há opção de desbaste seletivo das
árvores, visando a redução de competição e antecipação de receita; a venda
bianual de animais; e a previsão de corte raso, de reforma da floresta e de
pastagens a partir do 11o ano.
2.3. Avaliação econômica de projetos agroflorestais
Segundo REZENDE e OLIVEIRA (1993), a avaliação econômica de um
projeto baseia-se em seu fluxo de caixa, o que é definido como a relação dos
custos e das receitas, distribuídos ao longo da vida útil do empreendimento.
Para analisar a viabilidade econômica de projetos agroflorestais, são
usados os indicadores valor presente líquido (VPL), valor esperado da terra
(VET), benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE), taxa interna de retorno
(TIR) e relação benefício custo (B/C).
O valor presente líquido de um projeto consiste na soma algébrica dos
valores descontados, a uma dada taxa de juros, do fluxo de caixa a ele associado
(OLIVEIRA e MACEDO, 1996). Conforme LIMA JÚNIOR (1995), um projeto
será economicamente viável se o seu VPL for positivo, de acordo com
determinada taxa de desconto, ou seja, o valor descontado das receitas futuras é
superior ao valor do investimento. Quanto maior o VPL, mais economicamente
atrativo será o projeto. Um projeto será economicamente inviável se o seu VPL
for negativo. Por outro lado, o valor esperado da terra é o nome dado pelos
técnicos florestais ao valor presente líquido de um projeto de reflorestamento,
quando se considera a ocorrência de rotações idênticas, repetidas infinitamente
(Platais, 1989, citado por ALBUQUERQUE, 1993). Ademais, utiliza-se esse
23
critério na determinação da idade ótima de corte de povoamentos florestais e em
situações em que se deseja comparar projetos com durações diferentes
(LEUSCHNER, 1984).
De acordo com LIMA JÚNIOR (1995), o benefício (custo) periódico
equivalente é definido como o valor anual simples do lucro, ou seja, receitas
menos custos. O B(C)PE representa também a parcela periódica e constante
necessária ao pagamento de uma quantia igual ao VPL da opção de investimento
em análise, ao longo de sua vida útil (REZENDE e OLIVEIRA, 1993).
Conforme SILVA (1992), o B(C)PE é de uso relevante para comparar projetos
com diferentes horizontes de planejamento, uma vez que os valores equivalentes
obtidos, por período, corrigem, implicitamente, as diferenças de horizontes.
A taxa interna de retorno é definida como sendo a taxa de desconto que
iguala o valor presente das receitas ao valor presente dos custos de um projeto,
ou seja, é a taxa média de crescimento de um investimento. É a taxa de desconto
na qual o VPL do fluxo de caixa é nulo (PEARSE, 1990).
A aceitação de um projeto avaliado por esse critério, isto é, sendo
economicamente viável, ocorrerá se a sua TIR for superior a uma taxa de juros
correspondente à taxa de remuneração alternativa do capital, ou seja, a taxa
mínima de atratividade (OLIVEIRA e MACEDO, 1996). De acordo com LIMA
JÚNIOR (1995), os projetos podem ser comparados diretamente pelo método da
TIR só se tiverem o mesmo investimento inicial; neste caso, o de maior taxa
interna de retorno é o melhor.
Finalmente, cabe mencionar que a relação benefício-custo de um projeto
representa a divisão do valor presente dos benefícios futuros pelo valor presente
dos custos futuros, para uma determinada taxa de desconto (AZEVEDO FILHO,
1996). Um projeto é considerado economicamente viável se apresentar B/C
superior a 1, sendo mais viável quanto maior for esse valor. Ele será rejeitado se
sua B/C for inferior a 1. Ademais, quando o valor da B/C é igual a 1, a taxa de
desconto utilizada é a própria taxa interna de retorno do empreendimento
(REZENDE e OLIVEIRA, 1993).
24
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Caracterização da macrorregião noroeste do Estado de Minas Gerais
O noroeste do Estado de Minas Gerais abrange cerca de 19 municípios,
cujas características populacionais são apresentadas a seguir (Quadro 1).
A região noroeste do Estado de Minas Gerais, localizada entre os graus
de latitude sul 14o30’ e 18o30’ e de longitude W-Gr 45o e 47o30’ (FJP, 1994;
IGA, 1997), abrange as regiões bioclimáticas 6, 7 e 9, segundo GOLFARI
(1975).
O clima da região bioclimática 6 é subtropical úmido, com temperatura
média anual variando entre 20 e 23 oC e com índice pluviométrico de 1.300 a
1.800 mm, sendo as chuvas concentradas no verão. No inverno, a seca, que pode
durar de três a cinco meses, gera déficit hídrico que varia de 30 a 90 mm.ano-1. A
evapotranspiração potencial anual atinge de 1.000 a 1.200 mm. A altitude varia
entre 300 e 1.000 m, com relevo variando de suave ondulado a forte ondulado. A
formação vegetal predominante é o cerrado, com ocorrência de floresta
subperenifólia. Os solos dominantes são ferralsolos ácricos, litossolos, ferralsolos
órticos e luvissolos férricos.
25
Quadro 1 - Tabela, por município, segundo a população total, a população
por sexo, a área e a sua densidade populacional
Municípios
Total – MG
Arinos
Bonfinópolis de Minas
Brasilândia de Minas
Buritis
Cabeceira Grande
Dom Bosco
Formoso
Guarda-Mor
João Pinheiro
Lagoa Grande
Natalândia
Paracatu
Pintópolis
Riachinho
Santa Fé de Minas
Unaí
Uruana de Minas
Urucuia
Vazante
População
Total
Homens
Mulheres
Área (km²)
16.672.613
17.149
6.611
10.436
19.796
5.407
4.078
6.263
6.411
39.032
6.940
2.986
68.047
5.692
7.942
4.017
65.216
3.041
7.222
18.938
8.259.009
8.942
3.421
5.353
10.299
2.900
2.176
3.329
3.461
19.948
3.657
1.628
34.462
2.961
4.189
2.133
33.362
1.599
3.755
9.623
8.413.604
8.207
3.190
5.083
9.497
2.507
1.902
2.934
2.950
19.084
3.283
1.358
33.585
2.731
3.753
1.884
31.854
1.442
3.467
9.315
588.383,60
5.338,50
1.825,80
2.523,70
5.238,10
1.035,20
824,50
3.833,40
2.072,30
10.768,40
1.223,10
473
8.241,10
1.236,80
1.739,40
2.926,50
8.492,00
592,60
2.082,80
1.913,00
Densidade
Populaciona
l (hab.km-²)
28,336
3,212
3,621
4,135
3,779
5,223
4,946
1,634
3,094
3,625
5,674
6,313
8,257
4,602
4,566
1,373
7,680
5,132
3,467
9,900
Fonte: IBGE (1996).
O clima da região bioclimática 7 é subtropical úmido-subúmido, com
temperatura média anual variando de 19 e 22 °C e com precipitação média anual
de 1.100 a 1.450 mm. No inverno, a seca, que pode durar de quatro a seis meses,
gera um déficit hídrico entre 60 e 120 mm.ano-1. A evapotranspiração potencial
alcança de 900 a 1.150 mm.ano-1. A altitude varia entre 600 e 1.000 m,
compreendendo chapadões baixos e colinas com relevo variando de ondulado
suave a forte ondulado. A formação vegetal predominante é o cerrado. Os solos
dominantes são ferralsolos ácricos.
Finalmente, o clima da região bioclimática 9 é tropical seco-subúmido,
com temperatura média variando entre 22 e 24 °C por ano e com índice
pluviométrico de 900 e 1.200 mm, sendo as chuvas concentradas no verão. No
inverno, a seca, que pode durar de cinco a sete meses, gera déficit hídrico anual
que varia de 90 a 210 mm, reduzindo significativamente o incremento
volumétrico dos plantios. A evapotranspiração potencial anual varia de 1.100 a
1.250 mm. A altitude varia de 400 a 900 m, com planaltos, chapadões e planícies
26
com relevo desde plano a forte ondulado. A formação vegetal predominante é o
cerrado, com seus diferentes tipos, desde cerradões a campos. Os solos
dominantes são ferralsolos ácricos, luvissolos férricos e arenossolos ferrálicos.
Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF, 1998), o Estado de
Minas Gerais possui 2.514.161,04 ha reflorestados com Eucalyptus e Pinus, dos
quais 284.718,48 ha estão localizados na região noroeste, ou seja, 11,32% do
território estadual. O município de João Pinheiro possui a maior área de
reflorestamento do Estado, ou seja, 199.069,30 ha. Aparecem, a seguir (Quadro
2), as principais áreas de reflorestamento por município no noroeste do Estado de
Minas Gerais.
Quadro 2 - Principais áreas de reflorestamento por município na macrorregião
noroeste do Estado de Minas Gerais
Município
Lagamar
Buritis
Bonfinópolis de Minas
Arinos
Urucuia
Vazante
Unaí
Paracatu
João Pinheiro
Total noroeste
Total Minas Gerais
Área (ha)
0,25
104,00
1.456,50
3.571,00
11.198,25
13.542,75
16.419,25
39.357,18
199.069,30
284.718,48
2.514.161,04
%*
0,00
0,04
0,51
1,25
3,93
4,76
5,77
13,82
69,92
100,00
-
%**
0,00
0,00
0,06
0,14
0,44
0,54
0,65
1,56
7,93
11,32
100,00
* % é relativa às áreas de reflorestamentos totais do noroeste de Minas Gerais.
**% é relativa às áreas de reflorestamentos totais do Estado de Minas Gerais.
Fonte: IEF (1998).
3.2. Caracterização da área utilizada no estudo de caso
Escolheu-se, para o estudo de caso, a Companhia Mineira de MetaisCMM, uma empresa do Grupo Votorantim, a maior corporação industrial de
capital privado nacional. No setor metalúrgico do Grupo, a CMM é responsável
27
por 50% da produção nacional de zinco e, aproximadamente, 1% da produção
mundial. Além do zinco, a CMM produz zamac, óxido de zinco, pó de zinco,
concentrados de chumbo e calcário dolomítico.
No Brasil, a produção de zinco eletrolítico começou na década de 50.
Nessa época, foi fundada, em 1956, a CMM, com o objetivo principal de
industrializar os minérios wilemita e calamina para a produção de zinco e seus
derivados. Os minérios são extraídos e concentrados em sua usina, no município
de Vazante-MG. O concentrado é transportado para outra unidade fabril, no
município de Três Marias, às margens da BR-040 e do rio São Francisco.
Na década de 70 foi criada a unidade de reflorestamento, com o objetivo
de produzir lenha e carvão vegetal para alimentar os fornos que concentravam o
zinco, em sua usina de Vazante-MG. Todavia, a partir do início da década de 90,
a siderúrgica mudou sua tecnologia de produção, concentrando o metal por meio
de processo químico, fazendo com que seus autofornos parassem de consumir
lenha e carvão vegetal.
Hoje, o complexo Agrossilvipastoril ou apenas CMM-AGRO, que tem
como missão principal trabalhar a terra, promovendo o pleno desenvolvimento
sustentado, é a empresa que possui a maior área ocupada por sistemas
agroflorestais no Brasil. Ela produz madeira para serraria e construção, lenha e
carvão vegetal para uso doméstico, paletes, arroz, soja, feijão, gado para abate,
reprodutores Simental e manga. A melhor madeira é vendida para serrarias e
construção civil, enquanto a de qualidade inferior é vendida para as carvoarias
(serviço terceirizado para empreiteiros). O carvão de qualidade superior,
empacotado para churrasco sob a marca Corisco, é comercializado no mercado
varejista nacional (600.000 kg.mês-1). O restante é vendido para abastecer os
fornos do parque siderúrgico de Sete Lagoas (ANÔNIMO, 1998; FRANCO,
1998).
São 83.912 ha de terra, divididos em cinco fazendas (Bom Sucesso, no
município de Vazante; Riacho e Carrapato, no município de Paracatu; e Santa
Cecília e Santa Rita, no município de João Pinheiro) (Figura 1 e Quadro 3),
19.088 ha de florestas plantadas (área útil para reflorestamento: 42.200 ha),
6.801 cabeças de gado Zebu e azebuado (Bos indicus), das quais 3.000 são matrizes aneloradas e 500 Nelore, e mais 300 animais de raça Simental (Bos taurus).
28
Figura 1 - Localização das fazendas da CMM-AGRO, em relação às principais
rodovias na região noroeste do Estado de Minas Gerais.
Quadro 3 - Áreas dos componentes do sistema agrossilvipastoril por fazenda
Fazendas
Área
Eucalipto
Pastagem
Agricultura
(ha)
(ha)
(ha)
(ha)
Bom Sucesso
28.330,04
11.164,01
13.464
3.241
Santa Cecília
24.985,30
2.216,71
500
1.075
Santa Rita
12.690,19
1.679,20
350
580
Riacho
17.592,11
3.929,08
(1)
5.485
360
314,36
100,00
(2)
200
142
20.000
360
Carrapato
TOTAL
83.912
19.089
1) Tem 658 ha de florestas consorciadas.
2) Área totalmente consorciada.
3) Área plantada com arroz.
Fonte: FRANCO (1998).
29
(3)
A CMM emprega 150 funcionários diretos e 300 indiretos, mantém uma
vila residencial na fazenda Bom Sucesso, com posto de saúde, luz elétrica, escola
de 1o grau e associação dos empregados. Por outro lado, a fazenda Bom Sucesso
mantém uma reserva particular de Patrimônio Natural, numa área contínua de
1.650 ha, distribuídos pelas duas margens do rio Escuro, no limite dos
municípios de Paracatu e Vazante. Esse santuário, preservado desde 1974 pela
CMM, abriga centenas de espécimes de mamíferos, répteis, aves e peixes,
inclusive algumas ameaçadas de extinção. Ele constitui, também, um dos locais
que o IBAMA utiliza para soltar animais silvestres capturados.
Os dados utilizados neste trabalho foram fornecidos pela equipe técnica
da Unidade Agroflorestal, de propriedade da Companhia Mineira de Metais
(CMM), em Vazante (latitude 17o 36’ 09”, longitude 46o 42’ 02”), município
pertencente à região bioclimática 6 (GOLFARI, 1975), do Estado de Minas
Gerais.
O clima predominante nessa região é do tipo subtropical úmido
(megatérmico) de savana, com temperatura média máxima de 32 oC e mínima de
16 oC. As precipitações médias anuais variam, conforme os locais, de 1.300 a
1.800 mm; seu regime de distribuição é periódico, concentrando-se no semestre
mais quente. Há seca de sete meses por ano, de abril a outubro, gerando déficit
hídrico médio de 171 mm.ano-1. A evapotranspiração potencial anual atinge de
1.000 a 1.200 mm. A altitude média é de 550 m e o relevo varia de plano a suave
ondulado. A formação vegetal predominante é o cerrado, com suas variações de
campo limpo até capões ou matas (cerradões), nas manchas de terras mais férteis.
Conforme os dados de inventário florestal da CMM, o solo é classificado
como Latossolo Vermelho-Escuro distrófico, textura argilosa (71,7% de argila,
14,4% de silte e 13,9% de areia), fase cerrado, de baixa fertilidade e alta acidez.
3.3. Caracterização dos sistemas agroflorestais utilizados pela CMM
As áreas produtivas eram constituídas, inicialmente, de vegetação típica
do cerrado, que foi derrubada para a produção de carvão vegetal, o qual foi,
30
subseqüentemente, colocado no mercado ou utilizado pelo setor metalúrgico da
Companhia Mineira de Metais, para a produção de zinco.
As atividades de reflorestamento na empresa começaram em 1974. Desta
época até a década de 90, as florestas passaram por uma importante evolução
tecnológica, cujas principais fases e características são apresentadas a seguir.
No ano de 1974 ocorreu o primeiro plantio, com adubação, de
Eucalyptus grandis, E. saligna, E. alba e E. tereticornis, a partir de sementes
nacionais. A produtividade alcançada era de 20 a 25 st.ha-1.ano-1, no corte aos
sete anos. De 1974 a 1980, foram realizados plantios não-adubados de
E. grandis, E. saligna, E. camaldulensis e E. urophylla (sementes nacionais). A
produtividade atingida foi de apenas 10 a 12 st.ha-1.ano-1, aos sete anos. De 1981
a 1983, plantios adubados de E. grandis, E. saligna e E. urophylla (sementes
nacionais) produziram de 12 a 15 st.ha-1.ano-1, aos sete anos. De 1984 a 1992,
estabeleceram-se principalmente plantios adubados de E. camaldulensis, cujas
sementes foram importadas da região de Petford, norte da Austrália, alcançando,
aos sete anos de idade, a produtividade de 20 a 22 st.ha-1.ano-1.
A partir de 1993, a CMM desenvolveu uma tecnologia própria de
implantação de reflorestamentos com clones híbridos de eucalipto (Eucalyptus
camaldulensis X Eucalyptus grandis, Eucalyptus camaldulensis X Eucalyptus
urophylla e Eucalyptus camaldulensis X Eucalyptus tereticornis) bem-adaptados
às condições edafoclimáticas locais, produtivos e apresentando madeira de
qualidade superior para fins de multiprodutos (OLIVEIRA e MACEDO, 1996).
No momento de estabelecimento do sistema agrossilvipastoril rotativo,
foram utilizados esses clones de eucalipto plantados no espaçamento de 10 m
entre as linhas e 4 m entre as árvores, para possibilitar os consórcios entrelinhas,
com culturas agrícolas nos primeiros anos e pastagens a partir do terceiro ano.
As unidades de manejo para o gado são compostas por piquetes de
37,5 ha cada um, dispostos lado a lado em áreas contíguas; todavia, plantados
com diferentes clones de eucalipto. Essa disposição proporciona um adequado
plano de manejo seqüencial/rotativo de explorações agrossilvipastoris ao longo
do ciclo de rotação das plantações de eucalipto (11 anos).
31
O sistema agrossilvipastoril rotativo, iniciado em 1993, ainda está em
fase de implantação, ocupando no momento apenas 758,5 ha dos 20.000 ha
envolvidos no projeto agropecuário da empresa. Da área florestal já integrada ao
sistema (nas fazendas Riacho e Carrapato), apenas 250 ha foram formados com
forrageiras, onde se estabeleceram pastagens de Brachiaria humidicola, Panicum
maximum vars. mombaça e tanzânia e Panicum maximum var. vencedor (fazenda
Carrapato); o restante ainda está sendo explorado em fase agrícola (20.000 ha de
pastagens, dos quais 17.000 ha em pastos naturais). O objetivo da empresa era
formar mais 300 ha de pastagem até o final de 1998 e, a partir de 1999,
incorporar ao sistema 500 ha.ano-1, até atingir 15.000 ha de floresta consorciada
(FRANCO, 1998). Para a pecuária, o objetivo é chegar ao ano 2000 com um
rebanho de 10.000 cabeças de gado de corte.
Apesar de a produtividade da lavoura entre as linhas de eucalipto ser
baixa (23,33 sacos de arroz e 25 sacos de soja por ha), ela permite reduzir os
custos de plantio das árvores e prepara o solo para introdução das forrageiras
melhoradas (braquiárias, tanzânia e mombaça).
A seguir, são apresentados os consórcios e as técnicas de manejo
seqüencial de exploração do sistema agrossilvipastoril rotativo atualmente
adotados pela Cia. Mineira de Metais, na sua fazenda Riacho.
3.3.1. Ano zero
No ano zero, início das atividades, ocorre o preparo das áreas
anteriormente reflorestadas com monocultivos de eucaliptos. As áreas são
preparadas para plantio de clones híbridos de Eucalyptus sp., no espaçamento de
10 x 4 m (250 árvores por hectare), consorciado com arroz (Oryza sativa cv.
Guarani). O arroz é a primeira cultura plantada, por causa da sua menor
exigência em fertilidade, mantendo 1 m de distância das covas para não
prejudicar as raízes das árvores, para facilitar os tratos culturais e para diminuir
os efeitos competitivos, principalmente por luz.
O preparo de solo necessário para a semeadura consiste em uma destoca
de cepas de eucalipto, anteriormente em monocultivo nessas áreas, à
32
profundidade de 10 a 15 cm no solo, com trator de esteira com lâmina, seguida
de um desmatamento da regeneração de vegetação de cerrado. A seguir, há uma
aração à profundidade de 20 cm, com arado de disco acoplado a trator, seguida
de uma gradagem niveladora, para homogeneizar e aplainar a superfície do solo,
e de uma limpeza de área, para tirar as raízes e os tocos mortos. As operações de
plantio e adubação são conduzidas simultaneamente com semeadeira –
adubadeira, acionada por trator agrícola convencional.
Para a calagem, são anteriormente incorporadas ao solo 4,0 t.ha-1 de
calcário Zincal 200 MMA (PRNT 85%), no mês de julho do mesmo ano. Enfim,
a adubação mineral consiste em 200 kg.ha-1 de NPK 05-25-15, ou seja, 9,0 g por
metro linear, sendo o adubo localizado no solo abaixo e ao lado das sementes.
A semeadura do arroz ocorre na última semana de outubro de cada ano,
início da estação chuvosa, ocupando uma área de efetivo plantio de 325 ha. O
número de sementes de arroz Guarani por metro é de 80, ou seja, 50 kg.ha-1,
semeadas à profundidade de 3 cm, com espaçamento de 0,45 m entre as linhas
(18 linhas de arroz por entrelinha de eucaliptos). Nota-se que todas as sementes
são inicialmente tratadas com inseticida Furazin - 1,7 l.100-1 kg de sementes.
Caso haja infestação de lagartas, é feita uma aplicação de inseticida
Dipel PM, na dosagem de 0,60 kg por hectare.
O cultivar Guarani é de ciclo curto e floresce num período de 75 a 90
dias após a semeadura; seu ciclo de maturação é de 105-120 dias. Ele alcança,
conforme a fertilidade do solo, uma altura média de 100 cm, e sua produção é de
23,33 sc.ha-1. Ademais, o ‘Guarani’ apresenta tolerância média à brusone nas
folhas, além de ser bastante resistente à seca.
Observa-se que todos os restos culturais da colheita do arroz são
incorporados ao solo. Não há gradagem logo após a colheita, mas, sim, no
momento de incorporação do calcário no solo, no mês de julho a seguir.
O plantio das mudas de eucalipto ocorre entre 15 de novembro e 15 de
dezembro de cada ano, na mesma área já parcialmente coberta pelo arroz;
portanto, o ano da implantação é aquele em que as mudas são plantadas como
referência em dezembro. As linhas de eucalipto são plantadas no sentido lesteoeste, para proporcionar plena radiação solar para as culturas consorciadas nas
33
entrelinhas. Os clones híbridos utilizados possuem boa resistência contra déficit
hídrico e ataque de lagartas, além de excelente capacidade de brotação após o
corte.
No momento do preparo de solo para a semeadura do arroz, são feitas
duas gradagens suplementares, para formação dos camalhões, seguido de
coveamento, para plantio das mudas de eucalipto, conforme ilustrado na Figura
2.
Figura 2 - Formação dos camalhões para plantio das mudas de eucalipto, no
momento de preparo das áreas.
As mudas são plantadas em terra molhada pela chuva ou irrigação,
ficando aprumadas, alinhadas e enterradas até o coleto (região do caule bem
próxima da terra), prevenindo-se o ataque de formigas. A Figura 3, apresentada a
seguir, ilustra as mudas de eucaliptos plantadas no meio da lavoura de arroz.
34
Para a distribuição de corretivos na cova de eucalipto, é utilizada uma
mistura de 240 kg.ha-1 de fosfato natural (Araxá, Catalão ou Patos de Minas),
120 kg.ha-1 de gesso agrícola e 48 kg.ha-1 de óxido de magnésio, totalizando
408 kg.ha-1. Enfim, a adubação mineral consiste em 37,5 kg.ha-1 de NPK 10-2806 ou 06-30-06, ou seja, 150 g.muda-1.
Figura 3 - Eucaliptos plantados nos camalhões no meio da lavoura de arroz.
O controle de cupins é feito por meio de aplicação de cupinicida na cova,
à razão de 2,5 kg.ha-1, ou seja, 10 g.planta-1. Não há uso de herbicida na hora do
plantio.
35
São realizados três combates a formigas no momento de implantação da
floresta, o primeiro sendo o mais rigoroso, com 6,00 kg.ha-1 de formicida
granulado Atamex (iscas), e os demais com 0,50 kg.ha-1.
3.3.2. Ano um
No ano um, é semeada a soja (Glycine max cv. Doko, Conquista e
Vitória) no lugar do arroz, na entrelinha do eucalipto, mantendo novamente 1 m
de distância das árvores. A soja é inoculada, inicialmente, com a bactéria
Bradyrhizobium japonicum.
A semeadura da soja ocorre na primeira semana de novembro; o número
de sementes por metro linear é de 22 a 26, ou seja, 60 kg.ha-1 (produção de
25 sc.ha-1), semeadas à profundidade de 3 a 5 cm, com espaçamento de 0,45 m
entre as linhas (18 linhas de soja por entrelinha de eucaliptos). A densidade
populacional é de 200.000 plantas.ha-1. As sementes são tratadas com fungicida
Tecto 100 (150 g.100-1 kg de sementes), molibdato de sódio (135 g.100-1 kg de
sementes) e sulfato de cobalto (42 g.100-1 kg de sementes). A operação é
realizada simultaneamente à inoculação, sendo feita à sombra, e o plantio é
realizado no mesmo dia. No momento da inoculação, as sementes são umedecidas
com solução de sacarose (625 g de açúcar.100-1 kg de sementes). Posteriormente,
elas são misturadas ao inoculante (1,0 kg.100-1 kg de sementes), de maneira a
promover uma boa distribuição sobre as sementes.
Quanto ao controle de invasoras do meio da cultura, é utilizado o
herbicida Trifluralina 1,8 l.ha-1 - diluição 150 l.ha-1, associado a 1,0 l.ha-1 de óleo
natural, misturados antes de serem colocados no pulverizador. A mistura é
aplicada, antes da semeadura, ao solo úmido isento de torrões e restos vegetais, e
incorporada imediatamente à profundidade de 5 a 10 cm, conforme ilustrado na
Figura 4.
Caso ocorra infestação de pragas, são feitas aplicações do inseticida
Pounce, na dosagem 0,05 l.ha-1, e Thiodan, na dosagem 0,50 kg.ha-1. A Figura 5
mostra a soja já formada nas entrelinhas de eucalipto.
36
Figura 4 - Aplicação de herbicida ao solo úmido nas entrelinhas de eucalipto,
antes da semeadura da soja.
Figura 5 - Soja formada nas entrelinhas de eucalipto.
37
O preparo de solo necessário para a semeadura consiste de uma
gradagem aradora e duas gradagens niveladoras.
Para a calagem, são anteriormente incorporadas ao solo 3,0 t.ha-1 de
calcário Zincal 200 MMA, PRNT 85%, no mês de julho do mesmo ano. Enfim, a
adubação consiste em 300 kg.ha-1 de 02-20-20 (N-P-K), ou seja, 13,5 g.m-1
linear, sendo o adubo localizado no solo abaixo e ao lado das sementes.
Mais uma vez, todos os restos culturais da colheita da soja são incorporados ao solo. Nesse ano, ocorre também a primeira manutenção de florestas
de eucalipto (capinas manuais, conservação de estradas e aceiros e combate às
formigas com formicida granulado Atamex, na dosagem de 2,0 kg.ha-1).
3.3.3. Ano dois
No ano dois, há formação de pastagens manejadas para engorda de gado
de corte, isto é, com capacidade de suporte estimada em 1,0 UA (unidade
animal) .ha-1 no inverno e 2,0 UA.ha-1 no verão.
Para a calagem, é anteriormente incorporada ao solo 1,0 t.ha-1 de calcário
dolomítico Zincal 200 MMA (PRNT 85%), em julho do mesmo ano.
O preparo de solo necessário para a semeadura consiste de uma
gradagem pesada à profundidade de 20 cm, com arado de disco de 20 x 32” no
centro das entrelinhas e 16 x 26” nas laterais das entrelinhas, seguida de uma
gradagem niveladora com arado de disco de 48 x 20”, para homogeneizar e
aplainar a superfície do solo. Após a semeadura, é feita uma gradagem
niveladora de incorporação, com a finalidade de cobrir as sementes lançadas.
A semeadura do capim (Brachiaria brizantha) ocorre no mês de
novembro. A quantidade de sementes de capim é de aproximadamente 10 kg.ha1
. Essas são misturadas com fosfato natural (400 kg.ha-1) e superfosfato simples
(100 kg.ha-1). A mistura é espalhada com carreta Jan, distribuidora de calcário a
lanço acoplada a trator agrícola.
De três em três anos após a implantação das pastagens, é feita uma
adubação de manutenção, cuja composição é de 1.000 kg.ha-1 de calcário
dolomítico, 300 kg.ha-1 de fosfato natural, 200 kg.ha-1 de superfosfato simples e
80 kg.ha-1 de cloreto de potássio. Quando necessário, é feita a limpeza da
pastagem com roçadas e combate a cupins, com cupinicida na dosagem de
2,5 kg.ha-1.
38
Nesse mesmo ano, os eucaliptos, com 6 m de altura e aproximadamente
18 meses de idade, são desramados até a altura de 4 m do solo e no máximo 50%
da copa. A desrama permite amenizar os efeitos competitivos com as culturas
agrícolas e forrageiras, além de proporcionar, no futuro, fustes livres de nós, com
maior valor agregado na época do seu corte, melhorando a qualidade da madeira
para serraria e aumentando seu valor comercial (PETRUNCIO, 1994). As
ferramentas utilizadas são a foice, para galhos finos de diâmetro inferior a 2 cm;
o serrote, para galhos médios de diâmetro superior a 2 cm e inferior a 4 cm; e a
motosserra, para galhos grossos de diâmetro superior a 4 cm. Em todos os casos,
a poda deve ficar rente ao tronco, não deixando lascas nem ferimentos no caule.
Os galhos cortados são enleirados, para se decomporem naturalmente no sentido
da linha do plantio. A Figura 6 ilustra a pastagem formada nas entrelinhas de
eucaliptos já desramados.
No segundo ano, ocorre novamente a manutenção das florestas de
eucalipto (roçada manual, conservação de estradas e aceiros e combate a
formigas com formicida granulado Atamex, na dosagem de 2,0 kg.ha-1).
3.3.4. Ano três
No ano três, 90 dias após a implantação das pastagens, inicia-se o
período de utilização para engorda de bois, conforme ilustrado na Figura 7.
Os novilhos são adquiridos bianualmente, considerando um prazo
necessário de dois anos para engorda. Assim, a cada dois anos os bois gordos são
vendidos e substituídos por novilhos, para iniciar um novo ciclo de engorda.
Deste modo, é prevista a compra de novilhos para engorda nos anos 3, 5, 7 e 9, e
a venda de bois gordos nos anos 5, 7, 9 e 11.
Os novilhos azebuados (Bos indicus) com um ano de idade são
adquiridos com um peso médio de 5 arrobas e vendidos, decorridos dois anos,
com peso vivo de 15 arrobas, prontos para o abate. Após o abate, o rendimento
de carcaça alcança, em média, 5 arrobas de carne por hectare, por ano. Hoje, a
empresa abate 1.500 bois.ano-1. No futuro, os novilhos colocados no sistema
agrossilvipastoril serão produtos do cruzamento industrial (Simental x Nelore).
39
Figura 6 - Pastagem de braquiária formada nas entrelinhas de eucaliptos,
desramados até a altura de 4 m do solo.
Figura 7 - Início do sistema silvipastoril, com bois pastejando forrageiras
perenes no meio da floresta de eucalipto.
40
No terceiro ano, há novamente a manutenção de florestas de eucalipto
(roçada manual, conservação de estradas e aceiros e combate a formigas com
formicida granulado Atamex, na dosagem de 2,0 kg.ha-1), assim como uma
segunda desrama, feita até 6 m de altura, por meio de serrote e motopoda. No
momento da desrama, os eucaliptos estão com, aproximadamente, 42 meses de
idade. Além do mais, há estabelecimento de cercas vivas e instalação de aguadas
para os animais.
Para delimitar as bordaduras das áreas reflorestadas e manter o subbosque sob controle, as árvores, a partir dessa idade, são utilizadas como
mourões vivos, lascas e esticadores, para formar a chamada “eucacerca”. Nesta, o
arame pantaneiro liso é passado através de furos nas próprias árvores, como se
fosse em lascas normais. Com o passar do tempo, as árvores vão fechando os
furos, travando o arame na madeira, formando uma cerca de alta resistência,
conforme ilustrado na Figura 8.
Figura 8 - Utilização dos eucaliptos bordando os piquetes do sistema
silvipastoril como mourões, para formar a chamada “eucacerca”.
41
A “eucacerca” custa aproximadamente US$ 300 por quilômetro
construído, enquanto a cerca convencional custa US$ 1.200 (ANÔNIMO, 1998).
Assim, a cerca viva permite reduzir as despesas com material e mão-de-obra,
deixando apenas o gasto com o arame galvanizado. Hoje, a empresa conta com
20 km de “eucacerca”.
3.3.5. Ano quatro
No ano quatro, há simplesmente a manutenção de florestas de eucalipto
(conservação de estradas e aceiros e combate a formigas com formicida
granulado Atamex, na dosagem de 2,0 kg.ha-1).
3.3.6. A partir do ano cinco
A partir do ano cinco, tem-se o estabelecimento do sistema silvipastoril,
envolvendo eucalipto e produção de carne de gado de corte. Ocorre também, até
o ano 11, a manutenção de florestas de eucalipto (conservação de estradas e
aceiros e combate a formigas com formicida granulado Atamex, sempre na
dosagem de 2,0 kg.ha-1).
Se preciso, é realizado um desbaste seletivo para a espécie florestal, com
o objetivo de reduzir a competição e o sombreamento sobre as pastagens e, com a
venda desta madeira, antecipar receitas ao fluxo de caixa do sistema.
A partir do quinto ano, tem-se uma periodicidade bianual de vendas de
bois gordos.
A partir do ano 11, há coincidência de venda de boi gordo e de corte raso
da floresta de eucalipto, com produção de madeira de 385 st.ha-1, devendose ressaltar que 231 st.ha-1 são para energia (60% da madeira produzida) e
154 st.ha-1 são para serraria (40% da madeira).
Na Figura 9 estão descritas as principais operações do sistema
agroflorestal, da implantação e manutenção de seus componentes até a
comercialização de seus produtos.
O croqui ilustra (Figura 10), de maneira seqüencial, as disposições
espacial e temporal das culturas que compõem o sistema agroflorestal.
42
FLUXOGRAMA DAS OPERAÇÕES
Venda da Madeira
de Destoca de
Regeneração de
Cerrado
ANO 0
1) Preparo das Áreas
Colheita e Venda
do Arroz
2) Semeadura do Arroz
3) Plantio das Mudas de Eucalipto
ANO 1
1) Semeadura da Soja Entrelinhas Eucalipto
Colheita e Venda
da Soja
2) Manutenção das Florestas de Eucalipto
ANO 2
1) Semeadura da Braquiária Entrelinhas de Eucalipto
a
2) Manutenção das Florestas de Eucalipto e 1 Desrama
ANO 3
1) Formação da “Eucacerca”
a
2) Manutenção das Florestas de Eucalipto e 2 Desrama
a
3) 1 Aquisição de Novilhos para Engorda
ANO 4
Manutenção das Florestas de Eucalipto
ANO 5
a
1) 1 Venda de Boi Gordo
a
2) 2 Aquisição de Novilhos para Engorda
3) Manutenção das Florestas de Eucalipto
a
1 Manutenção
da Pastagem
ANO 8
a
2 Manutenção
da Pastagem
ANO 11
1) Última Venda de Boi Gordo
2) Corte e Venda da Madeira, com 60%
para Energia e 40% para Serraria
Figura 9 - Fluxograma das principais operações.
43
ANO 0
•
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
ANO 1
•
•
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
•
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
•
•
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
•
• SSSSSSSSSSSSSSSSSS •
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
•
•
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
ANOS de 3 a 11
•
GGGGGGGGGGGGGGGGG
GGGGGGGGGGGGGGGGG
•
•
GGGGGGGGGGGGGGGGG
•
•
GGGGGGGGGGGGGGGGG
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
•
A
S
P
G
•
• PPPPPPPPPPPPPPPPPP •
4,0 m
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
•
•
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
10,0 m
•
•
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
GGGGGGGGGGGGGGGGG
•
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
PPPPPPPPPPPPPPPPPP
GGGGGGGGGGGGGGGGG
•
•
ANO 2
GGGGGGGGGGGGGGGGG
•
•
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
•
•
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
•
SSSSSSSSSSSSSSSSSS
clone híbrido de eucalipto (Eucalyptus sp.);
arroz (Oryza sativa);
soja (Glycine max);
pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha); e
pastejo para engorda de bois (Bos indicus).
Figura 10 - Croqui de uma área do sistema agroflorestal.
44
•
3.4. Curva de crescimento e produção
Com os dados do inventário florestal oriundo das florestas consorciadas,
foi ajustado um modelo de crescimento e produção para determinar a idade ótima
de rotação do eucalipto. Empregou-se o modelo LnV = ß0 + ß1.I-1 + ε,
em que
Ln = logaritmo neperiano;
V = volume de madeira (m3.ha-1);
I = idade do povoamento florestal (anos);
ß0 e ß1 = parâmetros do modelo; e
ε = erro aleatório, ε ~ NID(0, σ2).
A escolha desse modelo teve por base algumas análises preliminares.
Inicialmente, foram elaborados gráficos que relacionam as variáveis DAP, altura,
área basal (B), área basal por hectare (BHA), volume por hectare (VHA) e idade,
com o objetivo de conhecer o relacionamento entre estas variáveis. Um primeiro
modelo, relacionando a produção com a idade e a área basal, foi descartado por
causa da insignificância da área basal. Por outro lado, o índice do local não foi
incluído nos modelos visualizados, por não estarem disponíveis os dados de
altura de árvores dominantes. Apesar disto, constatou-se não haver grandes
diferenças de produtividade no povoamento, com base em produções observadas
em uma mesma idade. Assim, depreendeu-se não haver problemas ao incluir
apenas o efeito da variável idade, resultando no modelo mencionado. Alguns
dados discrepantes, caracterizados como “outliers”, foram eliminados antes do
ajuste do modelo. De posse da equação ajustada, obteve-se a idade técnica de
colheita (rotação), definida como -ß1.
3.5. Avaliação econômica dos sistemas agroflorestais utilizados pela CMM
Empregaram-se os seguintes critérios e fórmulas para analisar a
viabilidade econômica dos sistemas agroflorestais utilizados pela CMM:
45
3.5.1. Valor presente líquido (VPL)
VPL = [Σ Rj (1+i)-j] - [Σ Cj (1+i)-j]
em que
Rj = receita líquida no final do ano ou do período j considerado;
Cj = custos no final do ano ou do período j considerado;
j = período (anos); e
i = taxa de desconto anual.
3.5.2. Valor esperado da terra (VET)
VET =
RLP
[(1+i)P - 1]
em que
RLP = receita líquida ao fim de cada P anos;
P = duração de cada cíclo produtivo da floresta; e
i = taxa de desconto anual.
3.5.3. Benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE)
B(C)PE = VPL x
i
1 - (1+i)-n
em que
VPL = valor presente líquido;
n = número de anos do ciclo completo; e
i = taxa de desconto anual.
3.5.4. Taxa interna de retorno (TIR)
Σ Rj (1+TIR)-j = Σ Cj (1+TIR)-j
Os termos são os mesmos definidos na equação 1.
46
3.5.5. Relação benefício-custo (B/C)
B/C = [Σ Rj (1+i)-j] / [Σ Cj (1+i)-j]
Os termos são os mesmos definidos na equação 1.
3.6. Custo anual da terra (a)
A consideração do custo de oportunidade do capital investido na terra é
imprescindível para a análise econômica de um projeto, uma vez que a terra
constitui um fator de produção essencial para obtenção de madeira e culturas
agrícolas. As alternativas existentes no mercado para investimento desse capital
justificam a necessidade de considerar tal custo (PEARSE, 1990).
De acordo com Haley (1966), citado por ALBUQUERQUE (1993), a
determinação do custo da terra é necessária no caso de florestas de rotações
curtas e quando não se tem perfeito conhecimento da curva de crescimento dos
povoamentos.
O custo anual da terra é obtido pelo produto da taxa de desconto anual,
ou seja, a taxa de juros, pelo capital investido em terra.
A equação para o cálculo do custo anual da terra é:
a = Vt x i
em que
a = custo anual da terra;
Vt = valor da terra; e
i = taxa de desconto anual.
3.7. Simulações de alternativas técnicas e econômicas
Com o objetivo de melhorar a metodologia proposta, foram simuladas
alternativas técnicas e econômicas para os atuais sistemas agroflorestais adotados
pela empresa, a saber: variação da idade de rotação da floresta e variação (±20%)
dos preços dos produtos obtidos e dos custos de produção. Para cada alternativa
foi feita uma avaliação econômica, usando os critérios anteriormente definidos.
47
3.8. Custos e receitas
Todos os dados utilizados para montar os quadros de custos e receitas
foram compilados a partir do banco de dados encontrado na empresa. Para
análise dos fluxos de caixa, foram considerados os seguintes custos e receitas.
A taxa de desconto utilizada foi de 10% ao ano, sendo a taxa real de
juros, excluindo a inflação.
3.8.1. Custos de implantação de eucalipto
Os custos de implantação incluem as seguintes operações: elaboração do
projeto e topografia; construção de estradas e aceiros; desmatamento da
regeneração de cerrado; destoca de cepas de eucalipto; limpezas da área;
gradagem Rome; combates a formigas; alinhamento e balizamento; mistura e
distribuição de corretivos; gradagem “bedding”; coveamento; distribuição de
adubo e cupinicida na cova; mistura de adubo com cupinicida; reforma de
aceiros; transporte, distribuição, plantio e replantio de mudas; e irrigação.
3.8.2. Custos de manutenção de eucalipto no primeiro ano
Estes custos compreendem as seguintes atividades: capinas manuais;
conservações de estradas e aceiros; e combate a formigas.
3.8.3. Custos de manutenção de eucalipto no segundo ano
Estes custos envolvem: roçada manual; primeira desrama até 4 m do
solo; conservações de estradas e aceiros; e combate a formigas.
3.8.4. Custos de manutenção de eucalipto no terceiro ano
Estes custos incluem: roçada manual; segunda desrama até 6 m do solo;
conservações de estradas e aceiros; e combate a formigas.
48
3.8.5. Custos de manutenção de eucalipto do quarto ao décimo primeiro ano
Estes custos compreendem as operações a seguir: conservações de
estradas e aceiros e combates a formigas.
3.8.6. Custos de implantação, condução e colheita de arroz
Estes custos envolvem gradagem aradora; limpeza de área; gradagem
niveladora; calagem; tratamento de sementes; plantio e adubação; e colheita.
3.8.7. Custos de implantação, condução e colheita de soja
Estes custos incluem as atividades: gradagens aradora e niveladora;
calagem; inoculação e tratamento de sementes; aplicações de herbicida; plantio e
adubação; aplicações de inseticida; e colheita.
3.8.8 Custo de formação e manutenção de pastagens
Estes custos incluem as seguintes atividades: calagem e gradagens
aradora e niveladora; plantio a lanço; gradagem de incorporação; mistura de
corretivos e adubos; distribuição de corretivos; aplicação de cupinicida; roçada
manual; construção de “eucacercas”; e instalação de aguadas e saleiras.
3.8.9. Custos dos insumos, da mão-de-obra e da aquisição de novilhos de
corte
Estes custos compreendem os seguintes itens: vaqueiro; aquisição de
novilhos com 5 arrobas; vacinas contra aftosa e carbúnculo; vermífugo; sal
mineral; sal comum; e carrapaticida e bernicida.
3.8.10. Custos anuais de depreciação relacionados à pecuária de corte
Estes custos envolvem: moradia para vaqueiros; depósito; curral;
eucacercas elétricas; aguadas; saleiras; acessórios para montaria; e cavalos.
49
3.8.11. Receitas resultantes da comercialização dos produtos obtidos
As receitas são obtidas pela venda dos seguintes produtos: arroz; soja;
boi gordo; madeira de destoca da regeneração de cerrado; e madeira para serraria
e energia. A produção de cada um é multiplicada pelo preço de venda
correspondente, para obter o valor da receita por produto. Considerou-se que a
produtividade é de 35 st.ha-1.ano-1 e que 60% da madeira produzida é para
energia e 40% é para serraria. Cortando-se o eucalipto com 11 anos de idade,
obtém-se uma produção de 385 st.ha-1, sendo 231 st (60% de 385 st) para energia
e 154 st (40% de 385 st) para serraria.
O preço de venda considerado foi o da madeira em pé, ficando os custos
de exploração, transporte, carbonização e serração por conta do comprador.
50
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Crescimento e produção
Conforme os dados de inventário florestal do sistema agroflorestal
(Quadro 1C), foi ajustado um modelo linear para determinar o volume por
hectare (m3.ha-1), em função da idade (anos) do povoamento. A equação obtida
foi LnV = 6,27793 - 8,98803.Idade-1, com R 2 = 0,727 e CV = 10,9%.
O incremento corrente anual (ICA) é obtido ao derivar a equação de
produção. Então, pode-se escrever que:
LnV = 6,27793 - 8,98803.I-1 ou V = e6,27793 - 8,98803.I-1.
Fazendo dV/dI, resulta em dV/dI = e6,27793 - 8,98803.I-1 (8,98803) * I-2.
O incremento médio anual (IMA) é obtido por V/I, ou seja,
IMA = (e6,27793 - 8,98803.I-1) * I-1.
Pode-se demonstrar que existe um ponto de máximo de IMA quando
IMA=ICA. Então, segue que:
(e6,27793 - 8,98803.I-1) * I-1 = e6,27793 - 8,98803.I-1 (8,98803) * I-2.
Isolando I, obtém-se I2/I = 8,98803 ou I = 8,98803
Assim, considerando a rotação como sendo a idade de máximo IMA,
pode-se inferir que a rotação encontrada é de aproximadamente nove anos. Estas
relações entre V, ICA e IMA são apontadas nas Figuras 11 e 12.
51
250,00
Volume (m 3.ha-1)
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
0
1
2
3
4
5
6
Idade (anos)
7
8
9
10
11
Figura 11 - Curva de produção de madeira de eucalipto híbrido (m3.ha-1) em
sistema agrossilvipastoril, em função da idade do povoamento, na
região de Paracatu, noroeste de Minas Gerais.
IMA
35,00
ICA
Incremento (m 3.ha-1.ano-1)
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Idade (anos)
Figura 12 - Curvas de incremento corrente anual (ICA) e de incremento médio
anual (IMA) de eucalipto híbrido (m3.ha-1.ano-1) em sistema
agrossilvipastoril, em função da idade do povoamento, na região de
Paracatu, noroeste de Minas Gerais.
52
4.2. Análise econômica do sistema agrossilvipastoril
O Quadro 4 mostra o fluxo de caixa para os sistemas agroflorestais
atualmente encontrados na empresa. Os dados de custos usados para montar esse
fluxo de caixa encontram-se nos Quadros de 1A a 7A, enquanto os dados de
receitas encontram-se no Quadro 8A.
4.2.1. Custos
No Quadro 1A são mostrados o rendimento e o custo das operações
necessárias à implantação de 1 ha de clones híbridos de eucalipto, plantados no
espaçamento de 10 x 4 m. No final da última coluna, aparece o valor de
R$ 457,28, que representa o custo total, por hectare, para a implantação de
povoamentos de eucalipto. Este valor é transcrito para a coluna de custos do
Quadro 4.
No Quadro 2A estão descritos o rendimento e o custo das operações
necessárias às manutenções anuais de florestas de eucalipto, plantado no
espaçamento de 10 x 4 m. Assim, na primeira manutenção o custo por hectare é
de R$ 52,75, na segunda é de R$ 82,75, na terceira é de R$ 85,75, e assim por
diante, até a 11a manutenção, cujo custo.ha-1 é de R$ 16,75. Esses valores são
transcritos para a coluna de custos do Quadro 4.
Para obter o custo total por hectare das operações necessárias à
implantação, condução e colheita de culturas de arroz e de soja semeadas entre
fileiras de eucalipto, distanciadas de 10 m, basta consultar os Quadros 3A e 4A,
respectivamente.
Os custos por hectare das operações necessárias à formação de
pastagens, à instalação de infra-estrutura e à manutenção de pastagens formadas
entre fileiras de eucalipto, distanciadas de 10 m, encontram-se no Quadro 5A. Já
os custos anuais por hectare dos insumos, da mão-de-obra e da aquisição de
novilhos para a pecuária de corte e os custos anuais por hectare de depreciação
relacionados à atividade de pecuária de corte estão descritos nos Quadros 6A e
7A, respectivamente.
53
Quadro 4 - Fluxo de caixa para o atual sistema agrossilvipastoril
Atividade
Ano
Custo
(R$.ha-1)
Receita
(R$.ha-1)
Saldo
(R$.ha-1)
Custo Atual
(R$.ha-1)
Receita Atual
(R$.ha-1)
Cus. At.Acum.
(R$.ha-1)
Rec.At.Acum.
(R$.ha-1)
Tempo Ret. Cap.
(R$.ha-1)
· Implantação dos povoamentos de eucalipto
0
457,28
-
-
-
-
-
-
· Plantio, condução e colheita de arroz
0
236,09
-
-
-
-
-
-
-
Subtotal 1
· Venda de arroz
0
279,96
-
693,37
-
-
-
0
693,37
-
-
-
-
-
-
· Venda de madeira de regeneração de cerrado
0
-
100,00
-
-
-
-
-
-
0
-
379,96
-
-
379,96
-
-
-
0
-
-
-313,41
-
-
693,37
379,96
-313,41
Subtotal 2
TOTAL
-
54
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
1
52,75
-
-
-
-
-
-
-
· Plantio, condução e colheita de soja
1
283,91
-
-
-
-
-
-
-
Subtotal 1 **
· Venda de soja
1
386,66
-
315,00
-
351,51
-
-
-
1
-
-
-
-
-
1
-
315,00
-
-
286,36
1
-
-
-71,66
-
-
2
2
82,75
122,29
-
-
-
-
Subtotal 1 **
2
255,04
-
-
210,78
-
-
-
-
Subtotal 2
2
-
0,00
-
-
0,00
-
-
-
Subtotal 2
TOTAL
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Formação de pastagem com braquiária
TOTAL
1.044,88
-
-378,56
-
-
2
-
-
-255,04
-
-
666,32
-589,33
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Infra-estrutura da pecuária
3
3
85,75
118,45
-
-
-
-
-
-
-
· Insumos da pecuária
3
13,74
-
-
-
-
-
-
-
· Mão-de-obra da pecuária
3
1,67
-
-
-
-
-
-
-
· Aquisição de novilhos
3
125,00
-
-
-
-
-
-
-
· Depreciação *
3
6,21
-
-
-
-
-
-
-
Subtotal 1 **
3
400,82
-
-
301,14
-
-
-
-
Subtotal 2
3
-
0,00
-
-
0,00
-
-
-
3
-
-
-400,82
-
-
666,32
-890,47
TOTAL
1.255,66
666,32
1.556,80
Continua...
54
Quadro 4, Cont.
Atividade
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
55
4
4
4
4
4
4
Custo
(R$.ha-1)
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
-
Receita
(R$.ha-1)
0,00
Saldo
(R$.ha-1)
-
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
16,75
13,74
1,67
125,00
6,21
107,58
320,95
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
16,75
13,74
1,67
125,00
6,21
213,37
-
375,00
375,00
0,00
375,00
375,00
-88,37
54,05
-88,37
-
199,28
49,88
109,49
-
232,85
0,00
192,43
1.617,16
1.816,44
1.866,32
-
666,32
899,17
899,17
-
-950,83
-917,27
-967,15
-
7
-
-
161,63
-
-
1.975,82
1.091,60
-884,21
Ano
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Aquisição de novilhos
· Depreciação *
· Manutenção de pastagens
Subtotal 1 **
· Venda de boi gordo
Subtotal 2
TOTAL
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Aquisição de novilhos
· Depreciação *
Subtotal 1 **
· Venda de boi gordo
Subtotal 2
TOTAL
Custo Atual
(R$.ha-1)
60,36
-
Receita Atual
(R$.ha-1)
0,00
Cus. At.Acum.
(R$.ha-1)
-
Rec.At.Acum.
(R$.ha-1)
-
Tempo Ret. Cap.
(R$.ha-1)
-
Continua...
55
Quadro 4, Cont.
Atividade
Ano
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Depreciação *
· Manutenção de pastagens
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
56
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Aquisição de novilhos
· Depreciação *
Subtotal 1 **
· Venda de boi gordo
Subtotal 2
TOTAL
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
· Manutenção dos povoamentos de eucalipto
· Insumos da pecuária
· Mão-de-obra da pecuária
· Depreciação *
Subtotal 1 **
· Venda de boi gordo
· Venda de madeira para energia
· Venda de madeira para serraria
Subtotal 2
TOTAL
8
8
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
11
11
11
11
11
11
11
11
11
11
Custo
(R$.ha-1)
16,75
13,74
1,67
6,21
107,58
195,95
16,75
13,74
1,67
125,00
6,21
213,37
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
-
Receita
(R$.ha-1)
Saldo
(R$.ha-1)
Custo Atual
(R$.ha-1)
0,00
375,00
375,00
0,00
375,00
1.848,00
1.848,00
4.071,00
-
-195,95
161,63
-88,37
3.982,63
91,41
90,49
34,07
30,97
-
Receita Atual
(R$.ha-1)
0,00
159,04
0,00
1.426,86
-
Cus. At.Acum.
(R$.ha-1)
2.067,23
2.157,72
2.191,79
2.222,76
Rec.At.Acum.
(R$.ha-1)
1.091,60
1.250,64
1.250,64
2.677,50
Tempo Ret. Cap.
(R$.ha-1)
-975,62
-907,08
-941,15
454,74
* Casas, curral, depósitos, cavalos, arreios e cercas, ** ao subtotal 1 foi adicionado o custo anual da terra de R$ 50,00.ha-1 e *** na época de coleta dos dados, R$ 1,00 = US$ 0,80
56
Nota-se que todos os subtotais anuais de custos por hectare do Quadro 4
foram descontados para o ano zero, os quais foram usados para calcular os custos
atuais acumulados por hectare. Essa atualização proporciona um padrão de
comparação real dos custos futuros, aumentando, assim, a consistência da
análise.
A participação percentual dos custos das operações necessárias à
implantação de 1 ha de clones híbridos de eucalipto, plantados no espaçamento
de 10 x 4 m, é apresentada nas Figuras 13 e 14. Observa-se na Figura 13 que as
operações mecanizadas representam mais do que a metade (55%) dos custos
totais de implantação. Dentre o custo total das operações mecanizadas e manuais,
incluindo os insumos (Figura 14), o desmatamento de regeneração de cerrado e a
destoca de cepas de eucalipto constituem, juntos, 34% das despesas, seguidos de
longe pelas atividades de transporte, distribuição, plantio e replantio de mudas
(16%) e de combates a formigas (10%).
insumos
26%
manual
19%
mecanizado
55%
Figura 13 - Participação percentual dos custos das operações, por classe de atividades, necessárias à implantação (ano 0) de 1 ha de clones híbridos
de eucalipto, plantados no espaçamento de 10 x 4 m.
57
1% 2%
16%
8%
6%
34%
7%
1%
10%
7%
8%
Elaboração do projeto e topografia
Construção e reforma de estradas e aceiros
Desmatamento e destoca
1ª Limpeza de área
Gradagens
Combates a formigas
Alinhamento e balizamento
Mistura e distribuição de corretivos
Coveamento e distribuição adubo/cupinicida
Transporte, distribuição, plantio e replantio mudas
Irrigação
Figura 14 - Participação percentual dos custos das operações, por atividade,
necessárias à implantação (ano 0) de um hectare de clones híbridos
de eucalipto plantados no espaçamento de 10 x 4 m.
A participação percentual dos custos das operações necessárias à
manutenção de 1 ha de clones híbridos de eucalipto, plantados no espaçamento
de 10 x 4 m, é apresentada nas Figuras 15 e 16. Observa-se na Figura 15 que as
operações manuais representam mais do que dois terços (68%) dos custos totais
de manutenção. Dentre o custo total das operações mecanizadas e manuais,
incluindo os insumos (Figura 16), as três primeiras manutenções representam,
juntas, 73% das despesas, devendo-se ressaltar que na primeira manutenção
(19,3% do custo total) são feitas duas capinas manuais, na segunda (27,6%) é
realizada uma primeira desrama (72,5% do custo da manutenção) e na terceira
(26,0%) é realizada uma segunda desrama (73,5% do custo da manutenção). As
desramas, atividades ainda semimecanizadas na empresa, justificam a alta
contribuição das operações manuais ao custo de manutenção.
58
insumos
16%
mecanizado
16%
manual
68%
Figura 15 - Participação percentual dos custos das operações, por classe de
atividades, necessárias à manutenção (a partir do ano 1) de 1 ha de
clones híbridos de eucalipto, plantados no espaçamento de 10 x 4 m.
1ª Manutenção (ano 1)
4%
4%
5%
2ª Manutenção (ano 2)
3% 3% 2%
3% 3%
19%
3ª Manutenção (ano 3)
4ª Manutenção (ano 4)
5ª Manutenção (ano 5)
6ª Manutenção (ano 6)
7ª Manutenção (ano 7)
8ª Manutenção (ano 8)
28%
26%
9ª Manutenção (ano 9)
10ª Manutenção (ano 10)
11ª Manutenção (ano 11)
Figura 16 - Participação percentual dos custos de manutenção (a partir do ano1)
de 1 ha de clones híbridos de eucalipto, plantados no espaçamento de
10 x 4 m.
59
A participação percentual dos custos das operações necessárias à
implantação, condução e colheita de 1 ha de arroz semeado entre as fileiras de
eucalipto, plantado no espaçamento de 10 x 4 m, é apresentada nas Figuras 17 e
18, a seguir. Observa-se na Figura 17 a contribuição importante dos insumos
(50%), principalmente sementes e adubos (75% do valor dos insumos), nas
despesas totais. As operações mecanizadas, conforme a Figura 18, representam
44% do total, nas quais só o plantio e a adubação são responsáveis por 40% do
custo total, seguidos de longe pela colheita mecanizada (16%) e pelas gradagens
aradora e niveladora (14%).
mecanizado
44%
insumos
50%
manual
6%
Figura 17 - Participação percentual dos custos das operações, por classe de
atividades, necessárias à implantação, condução e colheita (ano 0) de
1 ha de arroz semeado entre as fileiras de clones híbridos de
eucalipto, distanciadas de 10 m.
16%
14%
Gradagens
11%
2ª Limpeza de área
Calagem
11%
40%
8%
Tratamento de
sementes
Plantio e adubação
Colheita
Figura 18 - Participação percentual dos custos das operações, por atividade,
necessárias à implantação, condução e colheita (ano 0) de 1 ha de
arroz semeado entre as fileiras de clones híbridos de eucalipto,
distanciadas de 10 m.
60
A participação percentual dos custos das operações necessárias à
implantação, condução e colheita de 1 ha de soja semeada entre as fileiras de
eucalipto, plantado no espaçamento de 10 x 4 m, é apresentada nas Figuras 19 e
20. Observa-se na Figura 19 a grande contribuição dos insumos (57%),
principalmente na forma de sementes, adubos e herbicidas (80% do valor dos
insumos), nas despesas totais. As operações mecanizadas, tais como ilustradas na
Figura 20, representam 42% do total, nas quais só o plantio e a adubação são
responsáveis por 38% do custo total, seguidos pelas aplicações de herbicida
(20%) e pela colheita mecanizada (14%).
A participação das operações manuais é quase desprezível (6 e 1% do
custo total para as culturas de arroz e soja, respectivamente), em relação à
participação de 19% para a implantação de povoamentos de eucalipto e de 68%
para sua manutenção, ou seja, 36% do custo total atualizado de implantação e
manutenção das florestas de eucalipto. Tal fato demonstra o nível elevado de
mecanização agrícola e a grande dependência da empresa nas operações manuais
do seu setor florestal, principalmente de desramas, capinas e roçadas e combates
a formigas.
mecanizado
42%
insumos
57%
manual
1%
Figura 19 - Participação percentual dos custos das operações, por classe de
atividades, necessárias à implantação, condução e colheita (ano 1) de
1 ha de soja semeada entre as fileiras de clones híbridos de eucalipto,
distanciadas de 10 m.
61
11%
14%
8%
6%
3%
20%
38%
Gradagens
Calagem
Inoculação + tratamento de sementes
Aplicações de herbicida
Plantio e adubação
Aplicações de inseticida
Colheita
Figura 20 - Participação percentual dos custos das operações, por atividade,
necessárias à implantação, condução e colheita (ano 0) de 1 ha de
soja semeada entre fileiras de clones híbridos de eucalipto,
distanciadas de 10 m.
A participação percentual dos custos das operações necessárias à
construção de infra-estruturas e à formação e manutenção de 1 ha de pastagens
semeadas entre as fileiras de eucalipto, plantado no espaçamento de 10 x 4 m, é
apresentada nas Figuras 21 e 22. Observa-se na Figura 21 a grande contribuição
dos insumos (60%), principalmente sementes de braquiária, corretivos de solo e
aguadas (80% do valor dos insumos), nas despesas totais. As operações
mecanizadas para a formação de pastagens representam 67% do custo de todas as
operações mecanizadas. De acordo com a Figura 22, só o plantio a lanço e a
calagem são responsáveis por 57% do custo de formação de pastagens, seguidos
pelas duas gradagens aradoras e pela gradagem niveladora (35%). O custo da
primeira gradagem aradora, realizada com trator de esteira D6, constitui mais da
metade do custo dessas gradagens, sendo o tipo de máquina usada o responsável
pelo aumento de preço.
62
mecanizado
24%
insumos
60%
manual
16%
Figura 21 - Participação percentual dos custos das operações, por classe de
atividades, necessárias à construção de infra-estruturas e à formação
e manutenção de 1 ha de pastagens semeadas entre as fileiras de
clones híbridos de eucalipto, distanciadas de 10 m.
8%
35%
57%
Gradagens aradoras (2X) e niveladora
Plantio a lanço e calagem
Gradagem de incorporação
Figura 22 - Participação percentual dos custos das operações, por atividade,
necessárias à formação de 1 ha de pastagens semeadas entre as
fileiras de clones híbridos de eucalipto, distanciadas de 10 m.
63
Na Figura 23 é apresentada a participação percentual dos custos atuais de
aquisição de novilhos, dos insumos e da mão-de-obra para a pecuária de corte.
Observa-se que a aquisição bianual de novilhos com peso de 5 arrobas constitui a
maior despesa, ou seja, 80% do custo total por hectare, no momento em que os
insumos são responsáveis por apenas 18%, seguidos de longe pelos 2% da mãode-obra. Dentre os custos de insumos, o sal mineral Fosbov representa 55% das
despesas, seguido do carrapaticida e bernicida, com 21%. Em relação à mão-deobra, a única despesa provém dos vaqueiros, cada um cuidando de 300 animais.
18%
2%
80%
Insumos (anos 3 a 11)
Mão-de-obra (anos 3 a 11)
Novilhos (anos 3-5-7-9)
Figura 23 - Participação percentual dos custos atuais, por hectare, de aquisição
de novilhos, de insumos e de mão-de-obra para a pecuária de corte.
A participação percentual dos custos globais, descontados das operações
necessárias à implantação, manutenção e colheita, se for o caso, dos
64
componentes dos sistemas agroflorestais anteriormente descritos é apresentada na
Figura 24, a seguir. Observa-se que mais de um terço dos custos (37%) é
associado à implantação e manutenção de 1 ha de eucalipto. No entanto, não se
deve esquecer que mais da metade (52%) do valor atualizado da receita,
conforme ilustrado na Figura 25, é proveniente da venda dos produtos
madeireiros obtidos ao longo da rotação de 11 anos. Posteriormente, vem a
contribuição dos custos de formação e manutenção da pecuária e de depreciação
(21%). A participação dos custos associados às lavouras de arroz e soja ainda são
os menores, com 12 e 14% do total, respectivamente.
21%
37%
16%
12%
14%
Implantação e manutenção de 1 ha de eucalipto
Implantação, condução e colheita de 1 ha de arroz
Implantação, condução e colheita de 1 ha de soja
Formação e manutenção de 1 ha de pastagens
Formação e manutenção da pecuária e depreciação
Figura 24 - Participação percentual dos custos globais atualizados das operações
necessárias à implantação e manutenção de 1 ha de clones híbridos
de eucalipto, plantados no espaçamento de 10 x 4 m, à implantação,
condução e colheita de 1 ha de arroz e de soja, à formação e
manutenção de 1 ha de pastagens e à formação e manutenção da
pecuária de corte.
65
4.2.2. Receitas
No Quadro 8A estão as receitas (R$.ha-1) resultantes da comercialização
dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril rotativo da empresa. Por
exemplo, na primeira linha, no caso do arroz, considerando uma produção de
23,33 sacos por hectare, vendidos ao preço de R$ 12,00.sc-1, obtém-se uma
receita de R$ 279,96.ha-1. Este valor é transferido para a coluna de receitas no
fluxo de caixa, apresentado no Quadro 4, no ano em que foi feita a sua
colheita.
No caso do boi gordo, na terceira linha do Quadro 8A, a produção de
15 arrobas de carne por hectare é obtida a cada dois anos. Assim, considerando
que os novilhos com um ano de idade são adquiridos com um peso médio de
5 arrobas, em dois anos alcançam 15 arrobas e estão prontos para o abate, com
preço de venda de R$ 25,00.@-1, totalizando R$ 375,00.ha-1. Este valor é
transcrito para a coluna de receitas do Quadro 4, nos anos 5, 7, 9 e 11,
correspondentes aos anos de abate.
Nesse mesmo fluxo de caixa, considerou-se um incremento médio anual
(IMA) de 35 st.ha-1.ano-1 de madeira para a floresta de clones híbridos de
eucalipto, ou seja, uma produção de 385 st.ha-1 aos 11 anos de idade. Ademais,
supôs-se que 40% da madeira produzida (154 st.ha-1) seria vendida para serraria,
ao preço de R$ 12,00.st-1, e que os 60% restantes (231 st.ha-1) seriam vendidos
para energia, ao preço de R$ 8,00.st-1. Assim, as receitas obtidas com as vendas
de madeira para serraria e energia são ambas de R$ 1.848,00.ha-1. Estes valores
são transcritos para a coluna de receitas no ano 11.
Nota-se que todos os subtotais anuais de receitas por hectare do Quadro
4 foram descontados para o ano zero (receitas atuais), as quais foram usadas para
calcular as receitas atuais acumuladas por hectare. A taxa de juros utilizada foi de
10% ao ano.
A participação percentual das receitas atualizadas provenientes da
comercialização dos produtos obtidos nos sistemas agroflorestais da empresa é
apresentada na Figura 25. Observa-se que a participação do arroz e da soja
66
constitui quase a mesma percentagem da receita total, ou seja, 10 e 11%,
respectivamente. As culturas agrícolas são responsáveis por um quinto da receita
obtida do sistema. A participação do valor de venda de boi gordo (27%) supera
ligeiramente a de madeira para serraria (24%) ou de madeira para energia (24%).
As vendas de boi gordo representam mais de um quarto (27%) das vendas totais,
o que demonstra a importância deste componente nos sistemas agroflorestais
adotados pela empresa. Outrossim, a contribuição da madeira produzida para
serraria e energia representa quase a metade (48%) da receita total, o que não é
desprezível. Todavia, uma maior alocação de madeira para serraria, em virtude
do seu preço de venda mais atraente, proporcionaria melhor retorno. Deve-se
considerar também a rotação, uma vez que o valor descontado da receita
(R$ 647,71) representa apenas quase um terço do valor obtido aos 11 anos de
idade (R$ 1848,00), considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano.
10%
24%
11%
27%
24%
4%
Arroz (ano 0)
Soja (ano 1)
Boi gordo (anos 5-7-9-11)
Madeira proveniente da destoca de regeneração de cerrado (ano 0)
Madeira de Eucalyptus sp. para serraria (ano 11)
Madeira de Eucalyptus sp. para energia (ano 11)
Figura 25 - Participação percentual das receitas atualizadas resultantes da
comercialização dos diversos produtos obtidos nos sistemas
agroflorestais da empresa.
67
4.2.3. Avaliação econômica
A avaliação econômica do presente sistema agrossilvipastoril foi o valor
presente líquido (VPL), o valor esperado da terra (VET), o benefício (custo)
periódico equivalente (B(C)PE), a relação benefício-custo (B/C) e a taxa interna
de retorno (TIR). Conforme descrito no Quadro 5, para taxa de juros de 10% ao
ano e custo anual da terra de R$ 50,00.ha-1, o sistema tem VPL (R$ 454,74.ha-1),
VET (R$ 700,13.ha-1) e B(C)PE (R$ 70,01.ha-1.ano-1) positivos, B/C superior a
1 (1,20) e TIR superior a 10% a.a. (13,49%).
Quadro 5 - Valor presente líquido (VPL), valor esperado da terra (VET),
benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE), relação
benefício-custo (B/C) e taxa interna de retorno (TIR) para o atual
sistema agrossilvipastoril utilizado pela empresa
Produção de Madeira
IMA
1
Serraria
Energia
(st.ha-1.ano-1)
%
st.ha-1
%
st.ha-1
35,00
40
154,00
60
231,00
VPL(1)
VET(1)
B(C)PE(1)
TIR
B/C(1)
-------- (R$.ha-1) -------
454,74
(%)
(a.a.)
(R$.ha-1.ano-1)
700,13
70,01
1,20
13,49
VPL, VET, B(C)PE e B/C calculados a 10% ao ano de taxa de desconto.
Considera-se viável economicamente o empreendimento agroflorestal da
empresa, pois tem VPL positivo, de acordo com determinada taxa de desconto,
ou seja, o valor descontado das receitas futuras é superior ao valor do
investimento; tem VET positivo, ou seja, o valor presente líquido das rotações
periódicas perpétuas é positivo; enfim, seu B(C)PE é positivo, ou seja, o valor
anual simples do lucro é positivo. Em relação à B/C, pode-se dizer que o sistema
produz uma receita média de R$ 1,20 para cada R$ 1,00 investido (MARQUES e
FERREIRA, 1998); quanto à TIR, a taxa média de crescimento do investimento é
68
de 13,49, ou seja, é maior que a taxa de remuneração alternativa do capital,
também chamada de taxa mínima de atratividade (PEARSE, 1990; REZENDE e
OLIVEIRA, 1993).
4.3. Monocultura de eucalipto
As florestas de eucalipto, plantadas anteriormente no espaçamento de
3 x 3 m, completavam um ciclo de 21 anos antes de serem totalmente
reformadas. Cada rotação durava sete anos, sendo a segunda e terceira oriundas
da rebrota. Por isso, ocorriam operações de implantação e manutenção na
primeira rotação, e apenas operações de manutenção nas últimas duas rotações.
A avaliação econômica apresentada a seguir tem como objetivo analisar
a viabilidade dessa monocultura, usando os mesmos clones híbridos dos atuais
sistemas agroflorestais, como se fosse hoje prática vigente na empresa, para,
então, compará-la aos sistemas adotados pela empresa.
4.3.1. Custos
O Quadro 1B mostra o rendimento e o custo das operações necessárias à
implantação de 1 ha de clones híbridos de eucalipto, plantados no espaçamento
de 3 x 3 m. No final da última coluna, aparece o valor de R$ 852,58, que
representa o custo total, por hectare, para a implantação de povoamentos de
eucalipto. Este valor (R$ 852,58) está transcrito na coluna de custos no ano zero
do fluxo de caixa apresentado no Quadro 4B.
Nesse quadro, são descritos o rendimento e o custo das operações
necessárias às manutenções anuais de florestas de eucalipto, plantado no
espaçamento de 3 x 3 m. Assim, na primeira manutenção o custo por hectare é de
R$ 150,72, na segunda é de R$ 51,91, na terceira é de R$ 19,93, e assim por
diante, até a 21a manutenção. Todos esses valores são transcritos para a coluna de
custos do Quadro 4B.
69
Nota-se que todos os subtotais anuais de custos por hectare do Quadro
4B foram descontados para o ano zero, os quais foram usados para calcular os
custos atuais acumulados por hectare.
4.3.2. Receitas
No Quadro 3B estão listadas as receitas (R$.ha-1) resultantes da
comercialização da madeira para serraria e energia. Por exemplo, na primeira
linha, no caso da madeira proveniente da destoca de regeneração de cerrado,
considerando uma produção de 50,00 st por hectare, vendidos ao preço de
R$ 2,00.st-1, obtém-se uma receita de R$ 100,00.ha-1. Este valor está transferido
na coluna de receitas no fluxo de caixa, no Quadro 4B, no ano da colheita.
Nesse mesmo fluxo de caixa, considerou-se um incremento médio anual
(IMA) de 35 st.ha-1.ano-1 da floresta na primeira rotação, ou seja, uma produção
de 245 st.ha-1 aos sete anos de idade. Essa produção cai 20% na segunda rotação
(196,00 st.ha-1) e 33% na terceira (163,42 st.ha-1). Ademais, supôs-se que 40% da
madeira produzida seria vendida para serraria e 60% para energia, ao preço de
R$ 12,00.st-1 e R$ 8,00.st-1, respectivamente. Assim, as receitas obtidas com as
vendas de madeira para serraria e energia nas primeira, segunda e terceira
rotações são, ambas, de R$ 1.176,00, R$ 940,80 e R$ 784,40, respectivamente.
Estes valores estão transcritos na coluna de receitas no ano em que foi feita a
colheita.
Todos os subtotais anuais de receitas por hectare do Quadro 4B foram
atualizados, para calcular as receitas atuais acumuladas por hectare.
4.3.3. Avaliação econômica
Os critérios utilizados para a avaliação econômica da monocultura de
eucalipto foram o VPL, VET, B(C)PE, B/C e TIR. Conforme descrito no Quadro
6, para taxa de juros de 10% ao ano, a monocultura apresenta VPL, VET e
B(C)PE positivos (R$ 386,30.ha-1, R$ 446,66.ha-1 e R$ 44,67.ha-1.ano-1
respectivamente), B/C superior a 1 (1,24) e TIR maior que 10% a.a. (12,56%).
70
Quadro 6 - Valor presente líquido (VPL), valor esperado da terra (VET),
benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE), relação
benefício-custo (B/C) e taxa interna de retorno (TIR) para a
monocultura de eucalipto
Custo Anual da
Terra
-1
-1
(R$.ha .ano )
50,00
1
Madeira
Serraria
Energia
-------- (%) -------40%
60%
VPL
-1
(R$.ha )
VET
(R$.ha )
-1
------ (R$.ha ) ------386,30
TIR
B(C)PE
-1
-1
B/C
-1
(R$.ha .ano )
446,66
44,67
(%)
(a.a.)
1,24
12,56
VPL, VET, B(C)PE e B/C calculados a 10% ao ano de taxa de desconto.
4.4. Comparação econômica do sistema agroflorestal e da monocultura
A avaliação econômica apresentada a seguir tem como objetivo
comparar a viabilidade do atual sistema agrossilvipastoril com a monocultura de
eucalipto, como se esta fosse ainda praticada hoje na empresa.
Os critérios utilizados na avaliação econômica foram o valor esperado da
terra (VET), pois permitiu a comparação, de maneira inteiramente análoga,
dessas duas alternativas de investimento, caracterizadas por fluxos de caixa e
períodos de retorno distintos (Ribeiro e Graça, 1996, citados por MARQUEZ,
1997); e o benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE), uma vez que os
retornos equivalentes obtidos, por rotação, corrigem, implicitamente, as
diferenças de horizontes de planejamento (SILVA, 1992). Não foram utilizados o
VPL, visto que as duas alternativas econômicas comparadas não têm a mesma
duração (NEVES, 1979), nem a TIR, por causa da diferença no investimento
inicial de cada alternativa (LIMA JÚNIOR, 1995).
Considerando essas observações, constata-se que o VET e o B(C)PE do
sistema agrossilvipastoril (R$ 700,13.ha-1 e R$ 70,01.ha-1.ano-1, respectivamente)
são 56,7% superior aos da monocultura de eucalipto (R$ 446,66.ha-1 e
R$ 44,67.ha-1.ano-1, respectivamente). Diante desses valores, não se pode
contestar a maior atratividade econômica do sistema agrossilvipastoril rotativo. O
71
sistema agroflorestal proporciona receitas múltiplas provenientes da venda de
seus diversos produtos agrícolas e pecuários, obtidos ao longo do seu cíclo de
produção, o que permite abater as despesas associadas à implantação e à
manutenção de povoamentos de eucalipto (NAIR, 1993).
4.5. Simulações de alternativas
A análise econômica apresentada no Quadro 5 refere-se a uma situação
real para o sistema agrossilvipastoril adotado pela empresa, não considerando as
variações que podem ocorrer em parâmetros importantes, como os preços de
venda dos produtos agrícolas, do boi gordo e da madeira, assim como os custos
de implantação e manutenção de povoamentos de eucalipto, de produção de arroz
e soja, de formação e manutenção de pastagem e de aquisição de novilhos.
Ademais, ainda não se sabe como uma mudança na idade de rotação do sistema,
como novas culturas agrícolas a serem consorciadas e como a substituição do
eucalipto por uma outra espécie de maior valor madeireiro, adaptada às
condições bioclimáticas da região, afetariam a lucratividade do atual sistema
agrossilvipastoril.
4.5.1. Rotação de 11 anos
Para poder inferir com mais segurança a lucratividade do atual sistema
agrossilvipastoril, em virtude das alterações nos parâmetros anteriormente
mencionados, foram feitas simulações para analisar a sensibilidade do VPL, do
B(C)PE, da B/C, da VET e da TIR.
4.5.1.1. Variação nos preços de venda dos produtos obtidos no sistema
As simulações realizadas aqui apresentam as mudanças nos indicadores
econômicos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes à diminuição e ao
aumento de 20% no preço de venda de cada produto obtido no sistema
72
agrossilvipastoril. Os resultados estão nos Quadros de 7 a 12, apresentados a
seguir. Nota-se, em todos os casos, que uma queda individual de 20% no preço
de venda de cada produto não acarreta VPL negativo, B/C inferior a 1, nem TIR
inferior a 10%.
Quadro 7 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda do
saco de arroz
% de Variação no
Preço do Saco de
Arroz
-20,0
0,0
20,0
Preço de Venda
-1
(R$.sc )
9,60
12,00
14,40
VPL
VET
-1
-------- (R$.ha ) --------398,75
454,74
510,73
613,92
700,13
786,34
B(C)PE
-1
TIR
-1
(R$.ha .ano )
61,39
70,01
78,63
B/C
1,18
1,20
1,23
(%)
12,98
13,49
14,03
Quadro 8 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda do
saco de soja
% de Variação no
Preço do Saco de
Soja
-20,0
0,0
20,0
Preço de Venda
-1
(R$.sc )
10,08
12,60
15,12
VPL
VET
-1
-------- (R$.ha ) -------397,47
454,74
512,01
611,95
700,13
788,31
B(C)PE
-1
TIR
-1
(R$.ha .ano )
61,20
70,01
78,83
B/C
1,18
1,20
1,23
(%)
12,99
13,49
14,03
Quadro 9 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda da
arroba de boi gordo
% de Variação no Preço de Venda
VPL
VET
Preço da Arroba de
-------- (R$.ha-1) --------(R$.@-1)
Boi
-20,0
20,00
311,59
479,73
0,0
25,00
454,74
700,13
20,0
30,00
597,89
920,53
73
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
47,97
70,01
92,05
TIR
B/C
1,14
1,20
1,27
(%)
12,42
13,49
14,55
Quadro 10 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda do
estéreo de madeira proveniente da destoca de regeneração de
cerrado
% de Variação no Preço de Venda
VPL
VET
Preço do Estéreo de
---------- (R$.ha-1) --------(R$.st-1)
Madeira
-20,0
1,60
434,74
669,34
0,0
2,00
454,74
700,13
20,0
2,40
474,74
730,92
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
66,93
70,01
73,09
TIR
B/C
1,20
1,20
1,21
(%)
13,31
13,49
13,68
Quadro 11 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda do
estéreo de madeira para serraria
% de Variação no Preço de Venda
Preço do Estéreo de
(R$.st-1)
Madeira
-20,0
9,60
0,0
12,00
20,0
14,40
VPL
VET
--------- (R$.ha-1) -------325,20
454,74
584,28
500,68
700,13
899,58
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
50,07
70,01
89,96
TIR
B/C
1,15
1,20
1,26
(%)
12,60
13,49
14,33
Quadro 12 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no preço de venda do
estéreo de madeira para energia
% de Variação no Preço de Venda
Preço do Estéreo de
(R$.st-1)
Madeira
-20,0
6,40
0,0
8,00
20,0
9,60
VPL
VET
------- (R$.ha-1) ------325,20
454,74
584,28
500,68
700,13
899,58
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
50,07
70,01
89,96
TIR
B/C
1,15
1,20
1,26
(%)
12,60
13,49
14,33
Observa-se no Quadro 7 que diminuição de 20% no preço de venda do
saco de arroz acarreta quedas de 12,3% nos VPL, VET e B(C)PE, 1,7% na B/C e
3,8% na TIR, enquanto o aumento de 20% proporciona aumentos de 12,3% nos
VPL, VET e B(C)PE, 2,5% na B/C e 4% na TIR.
74
No Quadro 8 verifica-se que a diminuição de 20% no preço de venda do
saco de soja acarreta quedas de 12,6% nos VPL, VET e B(C)PE, 1,7% na B/C e
3,7% na TIR, enquanto o aumento de 20% no preço de venda do saco de soja
causa aumentos de 12,6% nos VPL, VET e B(C)PE, 2,5% na B/C e 4% na TIR.
Para as duas culturas, as análises de sensibilidade apresentam diferenças mínimas
ou nulas. Apesar de o preço de venda do saco de soja ser ligeiramente superior ao
do arroz, os indicadores quase não mostram diferenças de valores, provavelmente
em razão do maior custo de implantação e condução da soja.
No Quadro 9 observa-se que os parâmetros são muito sensíveis a
mudanças no preço de venda da arroba de boi gordo, contradizendo os resultados
obtidos por OLIVEIRA e MACEDO (1996). A diminuição de 20% nos preços de
venda acarreta quedas de 31,5% nos VPL, VET e B(C)PE, 5% na B/C e 7,9% na
TIR. Por outro lado, o aumento de 20% nos preços de venda proporciona
aumentos de 31,5% nos VPL, VET e B(C)PE, 5,8% na B/C e 7,9% na TIR. De
fato, as mudanças no preço da arroba de boi gordo são as que mais afetam a
análise de sensibilidade, em relação aos outros componentes do sistema
agrossilvipastoril, sendo responsáveis pelas maiores variações observadas nos
indicadores.
No Quadro 10 verifica-se que os parâmetros são pouco sensíveis a
variações no preço de venda do estéreo de madeira proveniente da destoca de
regeneração de cerrado, sendo este componente o que menos afeta a análise de
sensibilidade. A diminuição de 20% nos preços de venda causa quedas de apenas
4,4% nos VPL, VET e B(C)PE, nenhuma variação na B/C e redução de 1,3% na
TIR. Por outro lado, o aumento de 20% nos preços de venda proporciona
aumentos de apenas 4,4% nos VPL, VET e B(C)PE, quase 1% na B/C e 1,4% na
TIR.
Nos Quadros 11 e 12 observa-se que os parâmetros são bastante
sensíveis a variações nos preços de venda dos estéreos de madeira para serraria e
para energia. Nos dois casos, a redução de 20% nos preços de venda proporciona
quedas de 28,5% nos VPL, VET e B(C)PE, 4,2% na B/C e 6,6% na TIR, ao
mesmo tempo o que o aumento de 20% nos preços de venda acarreta aumentos
75
de 28,5% nos VPL, VET e B(C)PE, 5% na B/C e 6,2% na TIR.
Coincidentemente, a maior percentagem de madeira para energia compensou por
seu menor preço de venda, tendo o mesmo ocorrido para a madeira para serraria,
fazendo com que os indicadores financeiros de cada componente se equivalessem
entre si. As variações nos preços de venda de madeira para serraria e energia,
logo em seguida às variações no preço de venda de boi gordo, são responsáveis
pelas maiores variações observadas nos indicadores econômicos.
Para cada indicador econômico, foi feito um gráfico de análise de
sensibilidade, ilustrando o comportamento de cada produto obtido no sistema
agrossilvipastoril, dado às variações de -20% a +20% no seu preço de venda. Os
gráficos de análise de sensibilidade encontram-se nas Figuras de 26 a 30. As
mudanças nos VPL, VET e B(C)PE, em relação às variações de ±20% nos
preços de venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril, estão
ilustradas nas Figuras 26, 27 e 28, respectivamente. Observa-se que os VPL,
VET e B(C)PE, em virtude das mudanças nos preços do boi gordo, variam
de R$ 311,59 a R$ 597,89.ha-1, de R$ 479,73 a R$ 920,53.ha-1 e de R$ 47,97
a R$ 92,05.ha-1.ano-1, respectivamente. Não se deve esquecer que as receitas
resultantes de vendas de boi gordo representam mais de 27% da receita total,
superando ligeiramente às de madeira para serraria ou energia (24%). Esses
valores são seguidos de perto pelas mudanças nos preços da madeira para serraria
e energia, cujos VPL, VET e B(C)PE variam de R$ 325,20 a R$ 584,28.ha-1, de
R$ 500,68
a
R$ 899,58.ha-1
e
de
R$ 50,07
a
R$ 89,96.ha-1.ano-1,
respectivamente. As curvas de VPL, VET e B(C)PE seguem as mesmas
tendências para as duas culturas agrícolas. Para cada indicador, elas diferem
ligeiramente entre si. As variações nos preços de venda de madeira de destoca de
regeneração de cerrado são as que menos afetam os indicadores econômicos. Não
se deve esquecer que seu baixo preço de venda (R$ 2,00.st-1) influencia pouco os
indicadores usados na análise econômica.
76
VPL (R$.ha -1)
650,00
Arroz
600,00
Soja
550,00
Boi gordo
500,00
Madeira da destoca de
regeneração de cerrado
Madeira para serraria / energia
450,00
400,00
350,00
300,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos preços de venda
Figura 26 - Mudanças no VPL em relação às variações de ±20% nos preços de
venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
1000,00
VET (R$.ha-1)
Arroz
900,00
Soja
800,00
Boi gordo
700,00
Madeira da destoca de
regeneração de cerrado
Madeira para serraria / energia
600,00
500,00
400,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos preços de venda
Figura 27 - Mudanças no VET em relação às variações de ±20% nos preços de
venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
77
100,00
Arroz
B(C)PE (R$.ha-1.ano-1)
90,00
Soja
Boi gordo
80,00
Madeira da destoca de
regeneração de cerrado
70,00
Madeira para serraria / energia
60,00
50,00
40,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos preços de venda
Figura 28 - Mudanças no B(C)PE em relação às variações de ±20% nos preços
de venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
As mudanças na B/C e na TIR, em relação às variações de ±20% nos
preços de venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril, são ilustradas
nas Figuras 29 e 30, respectivamente. Observa-se que a B/C e a TIR, dado às
mudanças nos preços do boi gordo, variam de 1,14 a 1,27 e de 12,42 a 14,55%,
respectivamente. Esses valores são seguidos de perto pelas mudanças nos preços
da madeira para serraria e energia, cujas B/C e TIR variam de 1,15 a 1,26 e de
12,6 e 14,33%, respectivamente. As curvas de B/C e TIR seguem as mesmas
tendências para o arroz e a soja. Para cada indicador, as curvas não diferem entre
si. As variações nos preços de venda de madeira de destoca de regeneração de
cerrado são as que menos afetam os indicadores econômicos, ou seja, acarretam
uma variação de 1,20 a 1,21 para a B/C e de 13,31 a 13,68% para a TIR.
Ademais, observa-se, em todos os gráficos de análise de sensibilidade,
que nenhuma queda individual de 20% no preço de venda dos produtos obtidos
no sistema agrossilvipastoril acarretou VPL, VET e B(C)PE negativos, B/C
inferior a 1 e TIR inferior à taxa de juros de 10%. Daí a vantagem dos sistemas
agroflorestais, no caso de cair o preço de venda de um de seus produtos.
78
1,28
1,26
Arroz / Soja
B/C
1,24
Boi gordo
1,22
Madeira da destoca de
regeneração de cerrado
1,20
Madeira para serraria / energia
1,18
1,16
1,14
1,12
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos preços de venda
Figura 29 - Mudanças na B/C em relação às variações de ±20% nos preços de
venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
15,00
14,50
Arroz / Soja
TIR (%)
14,00
Boi gordo
13,50
Madeira da destoca de
regeneração de cerrado
Madeira para serraria / energia
13,00
12,50
12,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos preços de venda
Figura 30 - Mudanças na TIR em relação às variações de ±20% nos preços de
venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
79
No Quadro 13 estão as mudanças nos indicadores econômicos VPL,
B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes às variações simultâneas de ±20% nos
preços de venda dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril.
Observa-se que a diminuição simultânea de 20% nos preços de venda
dos sacos de arroz e soja, da arroba de boi gordo, do estéreo de madeira
proveniente da destoca de regeneração de cerrado e dos estéreos de madeira para
serraria e energia acarreta quedas de 117,8% nos VPL, VET e B(C)PE, 20% na
B/C e 30,6% na TIR. Por outro lado, o aumento simultâneo de 20% nos preços
de venda proporciona aumentos de 117,8% nos VPL, VET e B(C)PE, 20,8% na
B/C e 29,5% na TIR.
Para cada indicador econômico, foi feito um gráfico de análise de
sensibilidade, ilustrando o seu comportamento advindo das variações simultâneas
de -20% a +20% nos preços de venda dos produtos. Os gráficos de análise de
sensibilidade encontram-se nas Figuras 31 e 32.
As mudanças nos VPL, VET e B(C)PE, em relação às variações
simultâneas de ±20% nos preços de venda, estão ilustradas na Figura 31.
Nota-se que os VPL, VET e B(C)PE variam de R$ -80,76 a R$ 990,24.ha-1, de
R$ -124,34 a de R$ 1.524,60.ha-1 e R$ -12,43 a R$ 152,46.ha-1.ano-1, respectivamente. Os indicadores mostram-se muito sensíveis às variações simultâneas
nos preços.
As mudanças na B/C e na TIR, em relação às variações simultâneas de
±20% nos preços de venda, estão ilustradas na Figura 32. Observa-se que a B/C e
a TIR variam de 0,96 a 1,45% e de 9,36 a 17,47%, respectivamente.
Quadro 13 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação às variações simultâneas nos
preços de venda do saco de arroz e soja, da arroba de boi gordo,
do estéreo de madeira proveniente da destoca de regeneração de
cerrado e dos estéreos de madeira para serraria e para energia
% de Variação
no Preço
Preço do
Preço da
Preço do
Preço da Madeira (R$.St-1)
Arroz (R$.sc-1) Soja (R$.sc-1) Boi (R$.@-1) Destoca Serraria
VPL
VET
B(C)PE
Energia (R$.ha-1) (R$.ha-1) (R$.ha-1.ano-1)
B/C
TIR
(%)
-20,0
9,60
10,08
20,00
1,60
9,60
6,40
-80,76
-124,34
-12,43
0,96
9,36
0,0
12,00
12,60
25,00
2,00
12,00
8,00
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
14,40
15,12
30,00
2,40
14,40
9,60
990,24
1.524,60
152,46
1,45
17,47
80
180,00
VPL (R$/ha)
1600,00
160,00
VET (R$/ha)
1400,00
140,00
B(C)PE (R$/ha/ano)
1200,00
120,00
1000,00
100,00
800,00
80,00
600,00
60,00
400,00
40,00
200,00
20,00
0,00
-200,00-20,0
R$.ha-1.ano-1
R$.ha-1
1800,00
0,00
20,0-20,00
0,0
-400,00
-40,00
% de variação simultânea nos preços dos produtos
Figura 31 - Mudanças nos VPL, VET e B(C)PE em relação às variações
simultâneas de ±20% nos preços de venda dos produtos obtidos no
sistema agrossilvipastoril.
20,00
1,60
B/C
TIR (%)
18,00
1,40
14,00
1,20
TIR (%)
B/C
16,00
12,00
1,00
10,00
0,80
-20,0
8,00
20,0
0,0
% de variação simultânea nos preços dos produtos
Figura 32 - Mudanças na B/C e na TIR em relação às variações simultâneas de
±20% nos preços de venda dos produtos obtidos no sistema
agrossilvipastoril.
81
Apesar de os preços de venda terem caído, simultaneamente, 20%, a B/C
ficou apenas 4% inferior a 1 e a TIR, 6,4% inferior à taxa de juros de 10%.
4.5.1.2. Variação nos custos de produção dos componentes do sistema
As simulações feitas aqui mostram as variações nos indicadores
econômicos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes à diminuição e ao
aumento de 20% no custo de produção de cada componente do sistema
agrossilvipastoril. Os resultados estão apresentados nos Quadros de 14 a 21.
Observa-se no Quadro 14 que a queda de 20% no custo de implantação
de povoamentos de eucalipto acarreta aumento de 20,1% nos VPL, VET e
B(C)PE, 5% na B/C e 6,7% na TIR. Por outro lado, o aumento de 20% no custo
de implantação proporciona quedas de 20,1% nos VPL, VET e B(C)PE, 3,3% na
B/C e 6,1% na TIR. Essas variações nos indicadores financeiros são as maiores
observadas entre os componentes do sistema, em virtude das variações de ±20%
nos seus custos de produção. No entanto, não se deve esquecer que os custos de
implantação da floresta de eucalipto, conforme mostrado no fluxo de caixa
apresentado no Quadro 4, principalmente para desmatamento e destoca,
constituem a maior proporção dos custos totais de implantação e manutenção do
sistema agrossilvipastoril.
Quadro 14 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de
implantação de povoamentos de eucalipto
% de Variação no Custo de Implantação
VPL
VET
Custo de Implan-1
tação de Eucalipto -------------------- (R$.ha ) ----------------------
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
-20,0
365,82
546,20
840,95
84,09
1,26
14,40
0,0
457,28
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
548,74
363,28
559,32
55,93
1,16
12,67
82
Quadro 15 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de
manutenção (do 1o ao 3o ano) de povoamentos de eucalipto
% de Variação no Custo de Manutenção
VPL
VET
Custo de Manutenção
------------------- (R$.ha-1) ---------------------de Eucalipto
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
-20,0
42,20; 66,20; 68,60
490,89
755,79
75,58
1,22
13,82
0,0
52,75; 82,75; 85,75
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
63,30; 99,30; 102,90
418,59
644,47
64,45
1,19
13,18
Quadro 16 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de
manutenção (do 4o ao 11o ano) de povoamentos de eucalipto
% de Variação no Custo de Manutenção
VPL
VET
Custo de Manutenção
-------------------- (R$.ha-1) --------------------de Eucalipto
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
-20,0
13,40
468,17
720,80
72,08
1,21
13,60
0,0
16,75
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
20,10
441,31
679,46
67,95
1,20
13,39
Quadro 17 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de produção
de arroz
% de Variação no Custo de Produção
VPL
VET
Custo de Produção
-------------------- (R$.ha-1) ---------------------de Arroz
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
-20,0
188,87
501,96
772,83
77,28
1,23
13,95
0,0
236,09
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
283,31
407,52
627,43
62,74
1,18
13,06
83
Quadro 18 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de produção
de soja
% de Variação no
Custo de
Produção de Soja
Custo de Produção
VPL
VET
-20,0
227,13
506,36
779,60
77,96
1,23
13,97
0,0
283,91
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
340,69
403,12
620,66
62,07
1,18
13,03
-------------------- (R$.ha-1) ----------------------
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
Quadro 19 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de formação
de pastagem
% de Variação no
Custo de Formação
VPL
VET
B(C)PE
Custo de Formação
-------------------- (R$.ha-1) --------------------- (R$.ha-1.ano-1)
de Pastagem
TIR
B/C
(%)
-20,0
97,83
474,95
731,25
73,13
1,22
13,67
0,0
122,29
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
146,75
434,52
669,01
66,90
1,19
13,32
Quadro 20 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de
manutenção de pastagem
% de Variação no
Custo de Manutenção
VPL
VET
B(C)PE
Custo de Manutenção
-------------------- (R$.ha-1) ---------------------- (R$.ha-1.ano-1)
de Pastagem
TIR
B/C
(%)
-20,0
86,06
478,14
736,16
73,62
1,22
13,67
0,0
107,58
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
129,10
431,34
664,10
66,41
1,19
13,31
84
Quadro 21 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação à variação no custo de aquisição
de novilhos
% de Variação no
Custo de Aquisição
VPL
VET
Custo de Aquisição
-------------------- (R$.ha-1) ---------------------de Novilhos
B(C)PE
(R$.ha-1.ano-1)
TIR
B/C
(%)
-20,0
100,00
512,48
789,03
78,90
1,24
13,95
0,0
125,00
454,74
700,13
70,01
1,20
13,49
20,0
150,00
397,00
611,24
61,12
1,17
13,04
No Quadro 15 observa-se que a diminuição simultânea de 20% no custo
de manutenção de povoamentos de eucalipto, do primeiro ao terceiro ano,
acarreta aumentos de 7,9% nos VPL, VET e B(C)PE, 1,7% na B/C e 2,4% na
TIR, enquanto o aumento simultâneo de 20% nos mesmos custos causa redução
de 7,9% nos VPL, VET e B(C)PE, 0,8% na B/C e 2,3% na TIR.
No Quadro 16 verifica-se que a diminuição simultânea de 20% no custo
de manutenção de povoamentos de eucalipto, do 4o ao 11o ano, acarreta
aumentos de apenas 3% nos VPL, VET e B(C)PE, e 0,8% na B/C e na TIR, ao
mesmo tempo que o aumento simultâneo de 20% nos mesmos custos
proporciona queda de 3% nos VPL, VET e B(C)PE, 0% na B/C e 0,7% na TIR,
sendo as menores variações observadas dentre todos os componentes do sistema.
Os indicadores financeiros mostram-se muito mais sensíveis a flutuações dos
custos nos três primeiros anos de manutenção, em virtude das capinas manuais
no primeiro ano e duas desramas nos anos seguintes.
No Quadro 17 verifica-se que a queda de 20% no custo de produção de
arroz proporciona aumentos de 10,4% nos VPL, VET e B(C)PE, 2,5% na B/C e
3,4% na TIR. Por outro lado, o aumento de 20% no custo causa redução de
10,4% nos VPL, VET e B(C)PE, 1,7% na B/C e 3,2% na TIR. Observa-se no
Quadro 18 que a queda de 20% no custo de produção de soja acarreta aumentos
de 11,4% nos VPL, VET e B(C)PE, 2,5% na B/C e 3,6% na TIR. Por outro lado,
85
o aumento de 20% no custo causa redução de 11,4% nos VPL, VET e B(C)PE,
1,7% na B/C e 3,4% na TIR. Os VPL, VET e B(C)PE foram os indicadores
financeiros mais sensíveis, sendo apenas 1% superiores e inferiores aos
indicadores referentes às variações nos custos de produção de arroz. Os
indicadores econômicos referentes às culturas agrícolas foram os terceiros mais
afetados por variações nos seus custos de produção, logo após as variações nos
custos de implantação de eucalipto e de aquisição de novilhos.
No Quadro 19 observa-se que a redução de 20% no custo de formação de
pastagem proporciona aumentos de 4,4% nos VPL, VET e B(C)PE, 1,7% na B/C
e 1,3% na TIR. Por outro lado, o aumento de 20% no mesmo custo causa redução
de 4,4% nos VPL, VET e B(C)PE, 0,8% na B/C e 1,3% na TIR. Os indicadores
foram os segundos mais estáveis, logo após os indicadores referentes às
variações no custo de manutenção (do 4o ao 11o ano) de eucalipto.
Observa-se no Quadro 20 que a queda de 20% no custo de manutenção
de pastagem acarreta aumentos de 5,1% nos VPL, VET e B(C)PE e que o
aumento de 20% no mesmo custo causa redução de 5,1% nos VPL, VET e
B(C)PE. Os VPL, VET e B(C)PE foram os únicos indicadores financeiros
sensíveis, sendo apenas 0,7% superiores e inferiores em relação aos indicadores
referentes às variações nos custos de formação de pastagem.
No Quadro 21 pode-se verificar que os indicadores são muito sensíveis a
mudanças no custo de aquisição de novilhos, sendo os segundos mais afetados,
seguindo os indicadores referentes à implantação de eucalipto. A diminuição de
20% no preço acarreta aumentos de 12,7% nos VPL, VET e B(C)PE, 3,3% na
B/C e 3,4% na TIR. Por outro lado, o aumento de 20% no custo proporciona
queda de 12,7% nos VPL, VET e B(C)PE, 2,5% na B/C e 3,3% na TIR.
Para cada indicador financeiro, foi feito um gráfico de análise de
sensibilidade, ilustrando o comportamento de cada componente do sistema
agrossilvipastoril advindo das variações de -20% a +20% no seu custo de
produção. Os gráficos de análise de sensibilidade encontram-se nas Figuras de 31
a 35. As mudanças nos VPL, VET e B(C)PE, em relação às variações de ±20%
nos custos de produção dos componentes do sistema agrossilvipastoril, estão
86
ilustradas nas Figuras 33, 34 e 35, respectivamente. Observa-se que os VPL,
VET e B(C)PE, por causa das mudanças nos custos de implantação de eucalipto,
variam de R$ 546,20 a R$ 363,28.ha-1, de R$ 840,95 a R$ 559,32.ha-1 e de
R$ 84,09 a R$ 55,93.ha-1.ano-1, respectivamente. Esses valores são seguidos
pelas mudanças nos custos de aquisição de novilhos, cujos VPL, VET e B(C)PE
variam de R$ 512,48 a R$ 397,00.ha-1, de R$ 789,03 a R$ 611,24.ha-1 e de
R$ 78,90 a R$ 61,12.ha-1.ano-1, respectivamente. A curva que representa a
manutenção de eucalipto, do 4o ao 11o ano, é a menos afetada pelas variações nos
seus custos. Dos itens de custo analisados, os fatores que mais influenciaram os
VPL, VET e B(C)PE foram: implantação de eucalipto, aquisição de novilhos e
produção de soja e de arroz. Os fatores que menos influenciaram foram:
manutenção de eucalipto (do 4o ao 11o ano), formação e manutenção de
pastagem, manutenção de eucalipto (do 1o ao 3o ano).
Implantação de eucalipto (R$/ha)
600,00
Manutenção de eucalipto (1º ao 3º
ano) (R$/ha)
550,00
VPL (R$.ha -1)
Manutenção de eucalipto (4º ao 11º
ano) (R$/ha)
500,00
Produção de arroz (R$/ha)
Produção de soja (R$/ha)
450,00
Formação de pastagem (R$/ha)
400,00
Manutenção de pastagem (R$/ha)
350,00
-20,0
Aquisição de novilhos (R$/ha)
0,0
20,0
% de variação nos custos
Figura 33 - Mudanças no VPL em relação às variações de ±20% nos custos de
produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril.
87
900,00
Implantação de eucalipto (R$/ha)
VET (R$.ha-1)
850,00
Manutenção de eucalipto (1º ao 3º
ano) (R$/ha)
800,00
Manutenção de eucalipto (4º ao 11º
ano) (R$/ha)
750,00
Produção de arroz (R$/ha)
Produção de soja (R$/ha)
700,00
Formação de pastagem (R$/ha)
650,00
Manutenção de pastagem (R$/ha)
600,00
Aquisição de novilhos (R$/ha)
550,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos custos
B(C)PE (R$.ha-1.ano-1)
Figura 34 - Mudanças no VET em relação às variações de ±20% nos custos de
produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril.
90,00
Implantação de eucalipto (R$/ha)
85,00
Manutenção de eucalipto (1º ao 3º
ano) (R$/ha)
80,00
Manutenção de eucalipto (4º ao 11º
ano) (R$/ha)
Produção de arroz (R$/ha)
75,00
Produção de soja (R$/ha)
70,00
Formação de pastagem (R$/ha)
65,00
Manutenção de pastagem (R$/ha)
60,00
Aquisição de novilhos (R$/ha)
55,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos custos
Figura 35 - Mudanças no B(C)PE em relação às variações de ±20% nos custos
de produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril.
88
As mudanças na B/C e na TIR, em relação às variações de ±20% nos
custos de produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril, estão
ilustradas nas Figuras 36 e 37, respectivamente. Observa-se que a B/C e a TIR,
por causa das mudanças nos custos de implantação de povoamentos de eucalipto,
variam de 1,26 a 1,16 e de 14,40 a 12,67%, respectivamente. A relação B/C não
se mostrou sensível às variações nos custos de manutenção de eucalipto (do 4o ao
11o ano) e de formação e manutenção de pastagem, nem às variações nos custos
de produção de arroz e soja. A TIR não se mostrou sensível à redução de 20%
nos custos de formação e manutenção de pastagem, nem mostrou diferença de
comportamento para quedas de 20% nos custos de produção de arroz e aquisição
de novilhos.
Observa-se também, em todos os gráficos de análise de sensibilidade,
que nenhum aumento individual de 20% nos custos de produção dos
componentes do sistema agrossilvipastoril acarretou VPL, VET e B(C)PE
negativos, B/C inferior a 1 e TIR inferior à taxa de juros de 10%.
1,27
Implantação de eucalipto (R$/ha)
1,25
Manutenção de eucalipto (1º ao 3º ano)
(R$/ha)
1,23
B/C
Manutenção de eucalipto (4º ao 11º
ano) / formação de pastagem /
manutenção de pastagem (R$/ha)
1,21
Produção de arroz / soja (R$/ha)
1,19
Aquisição de novilhos (R$/ha)
1,17
1,15
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos custos
Figura 36 - Mudanças na B/C em relação às variações de ±20% nos custos de
produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril.
89
14,40
Implantação de eucalipto (R$/ha)
14,20
Manutenção de eucalipto (1º ao 3º
ano) (R$/ha)
14,00
Manutenção de eucalipto (4º ao 11º
ano) (R$/ha)
TIR (%)
13,80
Produção de arroz (R$/ha)
13,60
Produção de soja (R$/ha)
13,40
Formação de pastagem (R$/ha)
13,20
Manutenção de pastagem (R$/ha)
13,00
Aquisição de novilhos (R$/ha)
12,80
12,60
-20,0
0,0
20,0
% de variação nos custos
Figura 37 - Mudanças na TIR em relação às variações de ±20% nos custos de
produção de cada componente do sistema agrossilvipastoril.
O Quadro 22 e as Figuras 38 e 39 ilustram as mudanças nos indicadores
financeiros VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes às variações simultâneas
de ±20% nos custos de produção dos componentes do sistema agrossilvipastoril.
Observa-se que a diminuição simultânea de 20% nos custos acarreta aumentos de
75% nos VPL, VET e B(C)PE, 18,3% na B/C e 25,4% na TIR, enquanto o
aumento simultâneo de 20% nos custos causa redução de 75% nos VPL, VET e
B(C)PE, 13,3% na B/C e 20% na TIR.
Apesar de os custos de produção terem aumentado, simultaneamente,
20%, nenhum indicador financeiro evidenciou inviabilidade econômica do
sistema. Os VPL, VET e B(C)PE passaram para R$ 113,51.ha-1, R$ 174,76.ha-1 e
R$ 17,48.ha-1.ano-1, respectivamente; a B/C ficou ligeiramente superior a
1 (1,04); e a TIR ficou 7,9% maior que a taxa de juros de 10%. Esses resultados
mostram que o sistema agrossilvipastoril é menos sensível a aumentos nos custos
de produção do que a reduções nos preços de venda de seus produtos,
contradizendo novamente os resultados obtidos por OLIVEIRA e MACEDO
(1996).
90
Quadro 22 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril, em relação às variações simultâneas nos
custos de implantação e manutenção de povoamentos de
eucalipto, de produção de arroz e soja, de formação e
manutenção de pastagem e de aquisição de novilhos
%
Variação
Impl. Eucal.
Man. Eucal.1
Man.
Eucal.2
Arroz
Soja
Form.
Past.
Man.
Past.
Aquis.
Nov.
VPL
VET
B(C)PE
-1
-1
B/C
-1
nos Custos ----------------------------------------------------------------------- (R$.ha ) ---------------------------------------------------------------------- (R$.ha .ano )
-20,0
365,82
42,20; 66,20; 68,60
13,40
188,87 227,13
97,83
86,06
100,00
795,97 1.225,50
0,0
20,0
457,28
52,75; 82,75; 85,75
16,75
236,09 283,91
122,29
107,58
125,00
454,74
548,74
63,30; 99,30; 102,90
20,10
283,31 340,69
146,75
129,10
150,00
113,51
1400,00
140,00
1200,00
120,00
1000,00
100,00
800,00
80,00
600,00
60,00
400,00
40,00
200,00
20,00
TIR
(%)
122,55
1,42 16,91
700,13
70,01
1,20 13,49
174,76
17,48
1,04 10,79
VPL (R$/ha)
-1
B(C)PE (R$/ha/ano)
-1
R$.ha .ano
R$.ha
-1
VET (R$/ha)
0,00
0,00
-20,0
0
20,0
% de variação simultânea nos custos
Figura 38 - Mudanças nos VPL, VET e B(C)PE em relação às variações
simultâneas de ±20% nos custos de produção de cada componente
do sistema agrossilvipastoril.
4.5.2. Rotação de nove anos
Para poder inferir a lucratividade do sistema agrossilvipastoril, em
virtude da mudança na sua idade de rotação, foram realizadas uma avaliação
econômica e simulações, para analisar a sensibilidade dos VPL, B(C)PE, B/C,
VET e TIR.
91
1,50
19,00
B/C
1,40
17,00
1,30
15,00
1,20
13,00
1,10
11,00
1,00
9,00
0,90
-20,0
TIR (%)
B/C
TIR (%)
7,00
20,0
0,0
% de variação nos custos
Figura 39 - Mudanças na B/C e na TIR em relação às variações simultâneas de
±20% nos custos de produção de cada componente do sistema
agrossilvipastoril.
4.5.2.1. Avaliação econômica
No Quadro 5B estão as receitas (R$.ha-1) resultantes da comercialização
dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril simulado com rotação de nove
anos. Todos os valores de receitas foram transferidos para a coluna de receitas no
fluxo de caixa, apresentada no Quadro 6B.
Nesse mesmo fluxo de caixa, considerou-se um incremento médio anual
(IMA) de 35 st.ha-1.ano-1 de madeira para a floresta de clones híbridos de
eucalipto, ou seja, uma produção de 315 st.ha-1 aos nove anos de idade. Ademais,
supôs-se que 40% da madeira produzida (126 st.ha-1) seria vendida para serraria
ao preço de R$ 12,00.st-1 e que os 60% restantes (189 st.ha-1) seriam vendidos
para energia ao preço de R$ 8,00.st-1. Assim, as receitas obtidas com as vendas
de madeira para serraria e energia são de R$ 1.512,00.ha-1. Estes valores estão
transcritos na coluna de receitas no ano 9.
92
A participação percentual das receitas atualizadas provenientes da
comercialização dos produtos está apresentada na Figura 40. Observa-se que o
arroz e a soja são, cada um, responsáveis por 11% da receita total. Em seguida, a
participação do valor de venda de boi gordo (23%) é ligeiramente inferior à da
madeira para serraria (26%) ou da madeira para energia (25%), o que é de se
esperar. As vendas de madeira para serraria representam mais de um quarto das
vendas totais, o que demonstra a importância deste componente no sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos. Por outro lado, a contribuição da
madeira produzida para serraria e energia representa mais da metade (51%) da
receita total, sendo favorecida pela menor rotação.
11%
25%
11%
23%
26%
4%
Arroz (ano 0)
Soja (ano 1)
Boi gordo (anos 5-7-9)
Madeira proveniente da destoca de regeneração de cerrado (ano 0)
Madeira de Eucalyptus para serraria (ano 9)
Madeira de Eucalyptus para energia (ano 9)
Figura 40 - Participação percentual das receitas atualizadas resultantes da
comercialização dos produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril
com rotação de nove anos.
Os critérios utilizados para avaliação econômica deste sistema
agrossilvipastoril foram os VPL, VET, B(C)PE, B/C e TIR. Conforme descrito
no Quadro 23, para taxa de juros de 10% ao ano e custo anual da terra de
93
R$ 50,00, o sistema apresenta VPL, VET e B(C)PE positivos (R$ 428,41.ha-1,
R$ 743,89.ha-1 e R$ 74,39.ha-1.ano-1, respectivamente), B/C superior a 1 (1,20) e
TIR superior à taxa de desconto de 10% (14,09%).
Quadro 23 - Valor presente líquido (VPL), valor esperado da terra (VET),
benefício (custo) periódico equivalente (B(C)PE), relação
benefício-custo (B/C) e taxa interna de retorno (TIR) para o
sistema agrossilvipastoril com rotação de nove anos
Produção de Madeira
Serraria
Energia
IMA
-1
1
-1
-1
(st.ha .ano )
%
st.ha
35,00
40
126,00
VPL(1)
-1
%
st.ha
60
189,00
VET(1)
-1
----------- (R$.ha ) ----------
428,41
743,89
B(C)PE(1)
-1
-1
(R$.ha .ano )
74,39
TIR
B/C(1)
1,20
(% a.a.)
14,09
VPL, VET, B(C)PE e B/C calculados a 10% de taxa de desconto.
Para comparar a viabilidade do sistema agrossilvipastoril simulado com
rotação de nove anos com o atual sistema agrossilvipastoril adotado pela
empresa, foram utilizados os critérios VET e B(C)PE, pois estes permitem a
comparação dessas duas alternativas de investimento, caracterizadas por períodos
de retorno distintos; e a TIR, pois o investimento inicial de cada alternativa foi o
mesmo. Não foi utilizado o VPL, uma vez que as duas alternativas econômicas
comparadas não têm a mesma duração (NEVES, 1979).
Constata-se que os VET e B(C)PE do sistema agrossilvipastoril com
rotação de nove anos (R$ 743,89.ha-1 e R$ 74,39.ha-1.ano-1, respectivamente) são
6,3% superiores aos do sistema agrossilvipastoril com rotação de 11 anos
(R$ 700,13.ha-1 e R$ 70,01.ha-1.ano-1, respectivamente). A TIR ficou 4,4%
superior. Diante desses valores, constata-se a maior atratividade econômica do
sistema agrossilvipastoril simulado, mesmo com rotação menor para produção de
madeira e um abate a menos de boi gordo.
94
4.5.2.2. Variação simultânea nos preços de venda dos produtos obtidos
No Quadro 24, apresentado a seguir, estão as mudanças nos indicadores
financeiros VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes às variações simultâneas
de ±20% nos preços de venda dos produtos obtidos no sistema.
Quadro 24 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos, em relação às
variações simultâneas nos preços de venda do arroz e soja, do
boi gordo, da madeira proveniente da destoca de regeneração de
cerrado e da madeira para serraria e para energia
% de Variação
no Preço
Preço do
Preço da
-1
Preço da Madeira (R$.St-1)
Preço do
-1
-1
Arroz (R$.sc ) Soja (R$.sc ) Boi (R$.@ ) Destoca
-20,0
9,60
0,0
20,0
Serraria
Energia
VPL
VET
B(C)PE
------ (R$.ha-1) ------ (R$.ha-1.ano-1)
-135,82
-13,58
TIR
B/C
0,96
(%)
10,08
20,00
1,60
9,60
6,40
-78,22
9,23
12,00
12,60
25,00
2,00
12,00
8,00
428,41
743,89
74,39
1,20
14,09
14,40
15,12
30,00
2,40
14,40
9,60
935,03
1623,59
162,36
1,44
18,77
Observa-se que a diminuição simultânea de 20% nos preços de venda
dos sacos de arroz e soja, da arroba de boi gordo, do estéreo de madeira
proveniente da destoca de regeneração de cerrado e dos estéreos de madeira para
serraria e energia acarreta quedas de 118,3% nos VPL, VET e B(C)PE, 20% na
B/C e 34,5% na TIR. O aumento simultâneo de 20% nos preços de venda causa
aumentos de 118,3% nos VPL, VET e B(C)PE, 20% na B/C e 33,2% na TIR.
Todos os indicadores, com exceção da B/C, mostraram-se um pouco
mais sensíveis às variações simultâneas nos preços de venda dos produtos
obtidos do sistema agrossilvipastoril com rotação de nove anos, em relação ao
sistema atual adotado pela empresa. A variação na TIR, que ficou 12,6% inferior
e superior à do sistema com rotação de 11 anos, foi a mais afetada.
Para cada indicador econômico, foi feito um gráfico de análise de
sensibilidade, ilustrando o seu comportamento advindo das variações simultâneas
de -20% a +20% nos preços de venda dos produtos. Os gráficos de análise de
sensibilidade encontram-se nas Figuras 41 e 42.
95
180,00
VPL (R$/ha)
1600,00
160,00
VET (R$/ha)
1400,00
140,00
1200,00
120,00
1000,00
100,00
800,00
80,00
600,00
60,00
400,00
40,00
200,00
20,00
0,00
-200,00-20,0
B(C)PE (R$/ha/ano)
R$.ha-1.ano-1
R$.ha-1
1800,00
0,00
20,0-20,00
0,0
-400,00
-40,00
% de variação simultânea nos preços dos produtos
Figura 41 - Mudanças nos VPL, VET e B(C)PE em relação às variações
simultâneas de ±20% nos preços de venda dos produtos obtidos no
sistema agrossilvipastoril com rotação de nove anos.
1,50
20,00
B/C
1,40
1,30
16,00
1,20
14,00
1,10
TIR (%)
B/C
TIR (%)
18,00
12,00
1,00
10,00
0,90
0,80
8,00
-20,0
0,0
20,0
% de variação simultânea nos preços dos produtos
Figura 42 - Mudanças na B/C e na TIR em relação às variações simultâneas de
±20% nos preços de venda dos produtos obtidos no sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos.
96
As mudanças nos VPL, VET e B(C)PE, em relação às variações
simultâneas de ±20% nos preços de venda, estão ilustradas na Figura 41. Nota-se
que os VPL, VET e B(C)PE variam de R$ -78,22 a R$935,03.ha-1, de R$ -135,82
a R$ 1623,59.ha-1 e de R$ -13,58 a R$ 162,36.ha-1.ano-1, respectivamente. Os
indicadores mostram-se muito sensíveis às variações simultâneas nos preços.
As mudanças na B/C e na TIR, em relação às variações simultâneas de
±20% nos preços de venda, estão ilustradas na Figura 42. Observa-se que a B/C e
a TIR variam de 0,96 a 1,44 e de 9,23% a 18,77%, respectivamente.
Apesar de os preços de venda terem caído, simultaneamente, 20%, a B/C
ficou apenas 4% inferior a 1 e a TIR, 7,7% inferior à taxa de juros de 10%.
4.5.2.3. Variação simultânea nos custos de produção
O Quadro 25 e as Figuras 43 e 44 mostram as mudanças nos indicadores
financeiros VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR, referentes às variações simultâneas
de ±20% nos custos de produção dos componentes do sistema agrossilvipastoril
com rotação de nove anos. Nota-se que a redução simultânea de 20% nos custos
acarreta aumentos de 76,6% nos VPL, VET e B(C)PE, 19,2% na B/C e 28,7% na
TIR e que o aumento de 20% causa diminuição de 76,6% nos VPL, VET e
B(C)PE, 13,3% no B/C e 22,9% na TIR.
Quadro 25 - Mudanças nos VPL, B(C)PE, B/C, VET e TIR do sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos, em relação às
variações simultâneas nos custos de implantação e manutenção
de povoamentos de eucalipto, de produção de arroz e soja, de
formação e manutenção de pastagem e de aquisição de novilhos
% de Variação
nos Custos
Impl.
Eucal.
Man. Eucal.1
Man.
Eucal.2
Arroz
Soja
Form.
Past.
Man.
Past.
Aquis.
Nov.
VPL
VET
--------------------------------------------------------------------- (R$.ha ) ---------------------------------------------------------------------
42,20; 66,20; 68,60
13,40
188,87 227,13
86,06
100,00
756,57 1.313,71
-1
TIR
-1
(R$.ha .ano )
131,37
(%)
-20,0
365,82
0,0
457,28
52,75; 82,75; 85,75
16,75
236,09 283,91
122,29
107,58
125,00
428,41
743,89
74,39
1,20 14,09
20,0
548,74
63,30; 99,30; 102,90
20,10
283,31 340,69
146,75
129,10
150,00
100,24
174,06
17,41
1,04 10,87
97
97,83
B(C)PE
B/C
-1
1,43 18,14
1400,00
VPL (R$/ha)
140,00
VET (R$/ha)
1000,00
100,00
800,00
80,00
600,00
60,00
400,00
40,00
200,00
20,00
0,00
-20,0
B(C)PE (R$/ha/ano)
R$.ha-1.ano-1
120,00
R$.ha-1
1200,00
0,00
-20,0
0,0
% de variação simultânea nos custos
Figura 43 - Mudanças nos VPL, VET e B(C)PE em relação às variações
simultâneas de ±20% nos custos de produção de cada componente
do sistema agrossilvipastoril com rotação de nove anos.
20,00
1,50
B/C
1,45
TIR (%)
18,00
1,40
B/C
1,30
14,00
1,25
12,00
1,20
1,15
TIR (%)
16,00
1,35
10,00
1,10
8,00
1,05
1,00
-20,0
6,00
20,0
0,0
% de variação simultânea nos custos
Figura 44 - Mudanças na B/C e na TIR em relação às variações simultâneas de
±20% nos custos de produção de cada componente do sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos.
98
Apesar de os custos de produção terem aumentado, simultaneamente,
20%, nenhum indicador financeiro evidenciou inviabilidade econômica do
sistema. Os VPL, VET e B(C)PE passaram para R$ 100,24.ha-1, R$ 174,06.ha-1 e
R$ 17,41.ha-1.ano-1, respectivamente; a B/C ficou ligeiramente superior a
1 (1,04); e a TIR ficou 8,7% maior do que a taxa de juros de 10%. O sistema
agrossilvipastoril é menos sensível a aumentos nos custos de produção do que a
reduções nos preços de venda. Os indicadores mostraram-se mais sensíveis a
variações simultâneas nos custos de produção dos componentes do sistema
agrossilvipastoril com rotação de nove anos, em relação ao sistema atual adotado
pela empresa.
99
5. RESUMO E CONCLUSÕES
O presente trabalho teve por objetivo estudar, detalhadamente, os
aspectos técnicos e econômicos de sistemas agroflorestais com Eucalyptus sp. na
região de cerrado, no noroeste do Estado de Minas Gerais, tomando como base
exemplos de sistemas ali tradicionalmente utilizados. Especificamente, desejouse, por meio de simulações, analisar os efeitos de variações em parâmetros
importantes como os preços de venda dos produtos e os custos de produção, bem
como comparar os atuais sistemas agroflorestais com as novas propostas,
considerando as mudanças na rotação do componente florestal.
Escolheu-se, para o estudo de caso, a Unidade Agroflorestal da
Companhia Mineira de Metais - CMM, localizada no município de Vazante,
Minas Gerais. Os dados técnicos e econômicos referentes à implantação e à
manutenção dos atuais sistemas agroflorestais foram fornecidos pela equipe
técnica da empresa.
No momento de estabelecimento dos sistemas agrossilvipastoris, foi
consorciado o cultivo seqüencial de arroz e soja até o segundo ano, entre as
linhas de clones híbridos de eucalipto, em espaçamento 10 x 4 m. No ano dois,
há formação de pastagens de braquiária. A partir do ano três, manejam-se
novilhos para engorda, com venda bianual para corte a partir do ano cinco. A
100
partir do 11o ano, são feitos o corte raso da floresta de eucalipto, a última venda
de boi gordo e a reforma dos sistemas agroflorestais.
Considerando os aspectos técnicos e econômicos estudados e as
simulações realizadas, obtiveram-se os resultados resumidos a seguir.
Conforme
os
dados
de
inventário
florestal
dos
sistemas
agrossilvipastoris, a equação linear LnV = 6,27793 - 8,98803.Idade-1, ajustada
para determinar a produção (m3.ha-1) em função da idade (anos), indicou uma
idade técnica de colheita de aproximadamente nove anos.
Em relação à participação percentual dos custos globais descontados,
utilizando uma taxa de juros de 10% ao ano, das operações necessárias à
implantação,
manutenção
e
colheita
dos
componentes
dos
sistemas
agroflorestais, 37% dos custos foram associados à implantação e manutenção de
1 ha de eucalipto. A contribuição dos custos de formação e manutenção da
pecuária e depreciação foi de 21%, enquanto os custos associados às lavouras de
arroz e soja constituíram 12 e 14% do total, respectivamente.
Com relação à participação percentual das receitas atualizadas, com taxa
de desconto de 10% a.a., provenientes da comercialização dos produtos obtidos
nos sistemas agroflorestais, a contribuição da madeira produzida para serraria e
energia representou 48% da receita total, as vendas de boi gordo 27% e o arroz e
a soja 10 e 11%, respectivamente.
A comparação econômica dos atuais sistemas agroflorestais com a
monocultura de eucalipto, como se esta fosse ainda praticada hoje na empresa,
indicou a maior atratividade econômica dos sistemas agrossilvipastoris. Os
indicadores financeiros VET (valor esperado da terra) e B(C)PE (benefício custo
periódico equivalente) dos sistemas ficaram 56,7% superiores aos da
monocultura de eucalipto.
Em relação às simulações realizadas para medir os efeitos da diminuição
e do aumento de 20% nos preços de venda dos produtos, observou-se que
nenhuma queda individual de 20% acarretou VPL (valor presente líquido), VET
e B(C)PE negativos, B/C (relação benefício-custo) inferior a 1 e TIR (taxa
101
interna de retorno) inferior à taxa de juros de 10%. Todavia, a queda simultânea
de 20% nos preços afetou negativamente os indicadores, inviabilizando o sistema
agroflorestal.
Quanto aos efeitos da variação de ±20% nos custos de produção dos
componentes dos sistemas agroflorestais, nenhum aumento individual ou
aumento simultâneo de 20% indicou inviabilidade econômica dos sistemas.
A avaliação econômica feita para os sistemas agroflorestais simulados
com rotação de nove anos indicou que os indicadores VET e B(C)PE foram 6,3%
e a TIR 4,4% superiores aos indicadores dos sistemas com rotação de 11 anos.
Todos os indicadores financeiros, com exceção da B/C, mostraram-se
mais sensíveis às variações simultâneas de ±20% nos preços de venda dos
produtos obtidos, em relação aos indicadores dos sistemas atuais com rotação de
11 anos.
Em relação à variação simultânea de ±20% nos custos de produção dos
componentes dos sistemas com rotação de nove anos, os indicadores mostraramse também mais sensíveis que nos sistemas atuais adotados pela empresa. No
entanto, apesar do aumento simultâneo de 20% nos custos de produção, nenhum
indicador mostrou inviabilidade econômica do sistema agroflorestal.
Com base nos resultados apresentados, as seguintes conclusões são
apontadas:
1. A idade técnica de colheita do povoamento de eucalipto nos atuais sistemas
agroflorestais cai de 11 para nove anos, de acordo com o modelo de produção
ajustado.
2. Os custos de implantação e manutenção de 1 ha de eucalipto representam
mais de um terço dos custos totais de implantação, manutenção e colheita dos
componentes dos sistemas agroflorestais.
3. Mais da metade do valor da receita é proveniente da venda dos produtos
madeireiros obtidos ao longo da rotação de 11 anos. Uma alocação de madeira
para serraria superior a 40% proporcionaria melhor retorno.
4. Os sistemas agroflorestais adotados pela empresa são economicamente mais
atrativos que a monocultura de eucalipto.
102
5. As variações de ±20% no preço da arroba de boi gordo afetam
significativamente os indicadores financeiros, logo seguidas pelas variações
nos preços de venda de madeira para serraria e energia.
6. As variações de ±20% no custo de implantação do componente florestal
afetam expressivamente os indicadores financeiros.
7. Os sistemas agroflorestais são menos sensíveis ao aumento simultâneo de 20%
nos custos de produção do que à redução simultânea de 20% nos preços de
venda de seus produtos.
8. Os sistemas agroflorestais simulados com rotação de nove anos mostraram-se
economicamente mais atrativos que os atuais sistemas com rotação de 11 anos,
o que valida a nova idade técnica de colheita proposta neste estudo.
9. A empresa, utilizando sistemas agroflorestais, está sendo mais eficiente do
ponto de vista econômico no uso da terra.
103
6. RECOMENDAÇÕES
Considerando a importância e a necessidade das análises técnicas e
econômicas que foram realizadas no presente trabalho, para qualquer empresa do
cerrado que deseja implantar sistemas agroflorestais em suas propriedades,
recomenda-se para estudos futuros:
• comparar os atuais sistemas agroflorestais com as novas propostas,
considerando os diferentes componentes florestais, agrícolas e animais, bem
como os diferentes combinações de multiprodutos originários dos mesmos;
• testar espécies arbóreas de alto valor madeireiro, como a teca, e de produtos
não-madeireiros, como resinas, óleos essenciais, taninos etc;
• testar novas culturas agrícolas passíveis de serem consorciadas, como batatadoce, mandioca, mamona, gergelim e girassol;
• avaliar novas espécies forrageiras, principalmente leguminosas, visando
selecionar as mais tolerantes ao sombreamento;
• testar novos componentes animais para produção de carne, como ovelhas,
avestruz, ema etc;
• testar a viabilidade técnica e econômica de novos espaçamentos para as
espécies florestais, tal como o de 5 m nas entrelinhas por 3 m nas linhas;
104
• verificar a viabilidade de implantação desses sistemas para recuperar áreas
degradadas;
• estudar a utilização da biomassa para produção de furfurol, eletricidade e
volumoso para ração de gado;
• testar novos clones de eucalipto e adubações, visando redução da idade técnica
de colheita do componente florestal; e
• implementar mecanização das operações florestais.
105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, S.N. Sheep and cattle grazing in forests: a review. The Journal of
Applied Ecology, v.12, n.1, p.143-152, 1975.
ALBUQUERQUE, J.L. Avaliação econômica de alternativas de
financiamento da produção florestal no estado de Minas Gerais. Viçosa:
UFV, 1993. 102p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) –
Universidade Federal de Viçosa, 1993.
ALMEIDA, J.C.C. Comportamento inicial de Eucalyptus citriodora Hooker,
em áreas submetidas ao pastejo com bovinos e ovinos no Vale do Rio
Doce, Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1991. 44p. Dissertação (Mestrado em
Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1991.
ALMEIDA, N.O. Crescimento inicial de eucaliptos consorciados com
leguminosas na região de cerrado em Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1995.
105p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de
Viçosa, 1995.
ANDRADE, E.N. O eucalipto. 2.ed. Companhia Paulista de Estradas de Ferro,
São Paulo, 1961. 688p.
ANDRADE, E.N., VECCHI, O. Os eucaliptos. Sua cultura e exploração.
Typografia Brazil, São Paulo, 1918. 228p.
ANÔNIMO. O boi na floresta. Ed. Pé Vermelho Gado Simental, n.17, p.46-51,
1998.
106
AZEVEDO FILHO, A.J.B.V. Elementos de matemática financeira e análise
de projetos de investimento. Piracicaba, DESR/ESALQ, 1996. (Série
Didática, 109) INTERNET: http:/am.esalq.usp.br/desr/dum/dum.html
BENE, J.G., BEALL, H.W., COTE, A. Trees, food and people: Land
management in the tropics. International Development Research Centre,
Ottawa, Canada, 1977. (Report IDRC-084e)
BROOKS, K.N., FFOLLIOTT, P.F., GREGERSEN, H.M., THAMES, J.L.
Hydrology and the management of watersheds. Ames, Iowa State
University Press, 1991. 392p.
CAFGV - Centro de Apoio Florestal do Grupo Votorantim. Sistema agroflorestal
de maior escala. O caso do eucalipto com cultivos agrícolas na Fazenda São
Miguel-Unaí-MG. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ECONOMIA E
PLANEJAMENTO FLORESTAL, 2, Curitiba, 1991. Anais... Colombo:
EMBRAPA-CNPF, 1992. v.1, p.221-230.
CASTRO, C.R.T. Tolerância de gramíneas forrageiras tropicais ao
sombreamento. Viçosa: UFV, 1996. 247p. Tese (Doutorado em Zootecnia)
– Universidade Federal de Viçosa, 1996.
COAD - Centro de Orientação, Atualização e Desenvolvimento Profissional.
Imposto de Renda Pessoa Jurídica, 1995: Depreciação, Amortização e
Exaustão/Depreciação Acelerada. Brasília, 1995. 24p.
COMBE, J., BUDOWSKI, G. Classificación de las técnicas agroflorestales: una
revision de literatura. In: TALLER SISTEMAS AGROFLORESTALES EN
AMERICA LATINA, Turrialba, 1979. Taller... Turrialba, Gonzalo de Las
Salas, 1979. p.17-48.
COSTA, N.L., TOWNSEND, C.R., MAGALHÃES, J.A. Desempenho
agronômico de leguminosas forrageiras sob sombreamento de eucaliptos. In:
ANAIS DO 2o CONGRESSO BRASILEIRO EM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS, Belém, 1998. Anais... Belém: EMBRAPA/CPATU,
1998. p.204-6.
COUTO, L., MEDEIROS, A.G.B. Efeito do período de controle de convivência
da braquiária no estabelecimento da cultura do eucalipto. In: CONGRESSO
FLORESTAL BRASILEIRO, 7, Curitiba, 1993. Anais... Curitiba:
SBS/SBEF, 1993. v.1, p.277-280.
107
COUTO, L., BARROS, N.F., REZENDE, G.C. Interplanting soybean with
eucalypt as a 2-tier agroforestry venture in South-eastern Brazil. Aust. For.
Res., v.12, p.329-32, 1982.
COUTO, L., BINKLEY, D., BETTERS, D.R., MONIZ, C.V.D. Intercropping
eucalypts with maize in Minas Gerais, Brazil. Agroforestry Systems, v.26,
p.147-156, 1994a.
COUTO, L., DANIEL, O., GARCIA, R., BOWERS, W., DUBÈ, F. Sistemas
agroflorestais com eucaliptos no Brasil: uma visão geral. Viçosa, MG,
SIF, 1998. 49p. (Documento SIF, 17)
COUTO, L., GARCIA, R., BARROS, N.F., GOMES, J.M.G. Redução do custo
de reflorestamento no Vale do Rio Doce em Minas Gerais por meio da
utilização de sistemas silvipastoris: gado bovino em eucaliptal a ser
explorado. Belo Horizonte, EPAMIG, 1988. 28p. (Boletim Técnico, 26).
COUTO, L., GOMES, J.M., BINKLEY, D., BETTERS, D.R., PASSOS, C.A.M.
Intercropping eucalypts with beans in Minas Gerais, Brazil. International
Tree Crops Journal, v.8, p.83-93, 1995.
COUTO, L., ROATH, R.L., BETTERS, D.R., GARCIA, R., ALMEIDA, J.C.C.
Cattle and sheep in eucalypt plantations: silvopastoril alternative in Minas
Gerais, Brazil. Agroforestry Systems, v.28, p.173-185, 1994b.
DUBOIS, J.L.C. Sistemas y práticas Agroflorestales en los Trópicos
Humedos da Baja Altura: Una contribución para el Estado Actual de
conocimentos. Belém, IICA, 1982. 32p. (Monografia)
FERREIRA NETO, P.S. Comportamento inicial do Eucalyptus grandis W.
Hill ex Maiden em plantio consorciado com leguminosas na região do
médio Rio Doce, Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1994. 92p. Dissertação
(Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1994.
FJP - FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Anuário Estatístico de Minas Gerais,
1990 - 1994. V.8. Belo Horizonte, FJP, 1994. 760p.
FRANCO, M. Eucalipto e boi fazem boa dobradinha. DBO Rural, v.17, n.213,
p.68-74, 1998.
108
GARCIA, N.C.P., REIS, G.G., SALGADO, L.T., FREITAS, R.T.F. Consórcio
do Eucalyptus grandis com gramíneas forrageiras em área de encosta na
Zona da Mata de Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE
SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 1, Porto Velho, 1994. Anais... Colombo:
EMBRAPA-CNPF, 1994. v.2, p.113-120.
GARCIA, N.C.P., SALGADO, L.T., REIS, G.G., FREITAS, R.T.F.
Consorciação do eucalipto com gramínea forrageira na Zona da Mata de
Minas Gerais, com aplicação de gesso. In: CONGRESSO FLORESTAL
BRASILEIRO, 7, Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBF/SBEF, 1993. v.1,
p.274-277.
GOEDERT, W.J. Management of acid tropical soils in the Savannas of South
America. In: PROCEEDINGS OF AN IBSRAM INAUGURAL
WORKSHOP, Peru/Brasília, DF, 1985. Management of acid tropical soils
for sustainable agriculture. Bangkok, Thailand, 1987. p.109-27.
GOLFARI, L. Zoneamento ecológico do Estado de Minas Gerais para
reflorestamento. Belo Horizonte, PRODEPEF/PNUD/FAO/IBDF, 1975.
65p. (Série técnica, 3).
GURGEL FILHO, O.A. Plantio de eucalipto consorciado com milho.
Silvicultura em São Paulo, v.1, n.1, p.85-102, 1962.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS.
Características do Estado de Minas Gerais. Contagem da População. 1996.
23p. INTERNET:http://www.ibge.org/geocientifica/Territ/perfil/mundo
IGA - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS APLICADAS. Estado de Minas
Gerais: Regiões Administrativas. Secretaria de Estado de Ciência e
Tecnologia. 1997. (Mapa 1:1.500.000)
INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. Área de Reflorestamento do
Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1998. 9p. (Modelo IEF / 002)
LEUSCHNER, W.A. Introduction to forest resource management. New York,
John Wiley & Sons, 1984. 297p.
LIMA JÚNIOR, V.B. Determinação da taxa de desconto para uso na
avaliação de projetos de investimentos florestais. Viçosa: UFV, 1995. 90p.
Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de
Viçosa, 1995.
109
LIMA, W.P. Impacto ambiental do eucalipto. 2.ed. São Paulo, Editora da
Universidade de São Paulo, 1993. 302p.
LOKER, W.M. Where’s the beef?: Incorporating cattle into sustainable
agroforestry systems in the Amazon Basin. Agroforestry Systems, v.25, n.3,
p.227-241, 1994.
MAcDICKEN, K.G., VERGARA, N.T. Agroforestry: classification and
management. New York , John Wiley & Sons, 1990. 382p.
MACEDO, R.L.G., GOMES, L.J., SILVEIRA, V.P. Influência do Eucalyptus
urophylla sobre o estabelecimento inicial do capim tanzânia (Panicum
maximum var. Tanzânia) em sistema silvipastoril. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL SOBRE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS, 4, 1996,
Belo Horizonte. Resumos... Belo Horizonte: Biosfera, 1996. p.30-33.
MARQUES, L.C.T. Comportamento inicial de Paricá, Tatajuba e Eucalipto,
em plantio consorciado com milho e capim-marandu, em Paragominas,
Pará. Viçosa: UFV, 1990. 92p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal)
– Universidade Federal de Viçosa, 1990.
MARQUES, L.C.T., FERREIRA, C.A.P. Avaliação técnica e econômica de um
sistema agroflorestal na região do Tapajós, Pará. In: CONGRESSO
BRASILEIRO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 2, 1998, Belém.
Anais... Belém: EMBRAPA/CPATU, 1998. p.146-49.
MARQUEZ, C.E.C. Estudo silvicultural e econômico de povoamentos de
eucalipto na região de cerrado de Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1997.
131p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de
Viçosa, 1997.
MELO, J.T., MOURA, V.P.G., FIALHO, J.F. Sistemas agroflorestais na região
dos cerrados. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS, 1, 1994, Porto Velho. Anais... Colombo: EMBRAPACNPF, 1994. v.1, p.123-131.
MONIZ, C.V.D. Comportamento inicial de eucalipto (Eucalyptus torelliana
F. MUELL), em plantio consorciado com milho (Zea mays L.) no Vale do
Rio Doce, em Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1987. 61p. Dissertação
(Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1987.
NAIR, P.K.R. Intensive multiple cropping with coconuts in India. Berlin,
Verlag Paul Parey, 1979.
110
NAIR, P.K.R. Soil productivity aspects of agroforestry. International Council
for Research in Agroforestry, Nairobi, Kenya, 1984.
NAIR, P.K.R. An introduction to agroforestry. Dordrecht, Kluwer Academic
Publishers, 1993. 499p.
NEVES, A.R. Avaliação socio-econômica de um programa de
reflorestamento na Região de Carbonita, Vale do Jequitinhonha, MG.
Viçosa: UFV, 1979. 72p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) –
Universidade Federal de Viçosa, 1979.
OLIVEIRA, A.D., MACEDO, R.L.G. Sistemas agroflorestais: considerações
técnicas e econômicas. Lavras, MG, UFLA, 1996. 255p. (Projeto de
consultoria)
PASSOS, C.A.M. Comportamento inicial do eucalipto (Eucalyptus grandis
W. Hill ex. Maiden) em plantio consorciado com feijão (Phaseolus
vulgaris L.), no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1990. 64p.
Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de
Viçosa, 1990.
PASSOS, C.A.M. Sistemas agroflorestais com eucalipto para uso em
programas de fomento florestal, na região de Divinópolis, MG. Viçosa:
UFV, 1996. 146p. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) – Universidade
Federal de Viçosa, 1996.
PASSOS, C.A.M., COUTO, L., FERNANDES, E.N. Comportamento inicial de
Eucalyptus grandis W.Hill ex Maiden consorciado com milho (Zea mays L.)
e feijão (Phaseolus vulgaris L.) no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. In:
CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7, 1993, Curitiba. Anais...
Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p.270-273.
PASSOS, C.A.M., COUTO, L., GARCIA, R., SILVA, E., LEITE, H.G.,
JUCKSCH, I. Avaliação da produtividade do consórcio de Eucalyptus
urophylla com Oriza sativa na região de Divinópolis, MG. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL SOBRE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS, 4, 1996,
Belo Horizonte. Resumos... Belo Horizonte: Biosfera, 1996. p.359-360.
PASSOS, C.A.M., FERNANDES, E.N., COUTO, L. Plantio consorciado de
Eucalyptus grandis com milho no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. In:
ENCONTRO BRASILEIRO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO
FLORESTAL, 2, 1991, Curitiba. Anais... Colombo: EMBRAPA-CNPF,
1992. v.1, p.409-421.
111
PEARSE, P.H. Introduction to forestry economics. Vancouver, University of
British Columbia Press, 1990. 226p.
PETRUNCIO, M.D. Effects of pruning on growth of Western Hemlock
(Tsuga heterophylla (Raf.) Sarg.) and Sitka Spruce (Picea sitchensis
(Bong.) Carr.) in Southeast Alaska. Washington: University of
Washington, 1994. 152p. Thesis (Ph.D) - University of Washington, 1994.
POTTIER, D. Ganaderia bajo los árboles: un experimento agrosilvícola.
Unasylva, v.36, n.143, p.23-27, 1984.
REZENDE, J.L.P., OLIVEIRA, A.D. Avaliação de projetos florestais. Viçosa:
UFV, Impr. Univ., 1993. 47p.
RIBASKI, J. Comportamento de algaroba (Prosopis juliflora (SW) DC) e do
capim-búfel (Cenchrus ciliaris L.) em plantio consorciado, na região de
Petrolina, PE. Viçosa: UFV, 1987. 58p. Dissertação (Mestrado em Ciência
Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1987.
RIBASKI, J., OLIVEIRA, M.C., CRUZ, S.C. Avaliação de um sistema
silvipastoril em região semi-árida, envolvendo a consorciação de eucalipto
com pastagem. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7, 1993,
Curitiba. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p.268-269.
SANTOS, F.L.C. Comportamento do Eucalyptus cloëziana F. Muell em
plantio consorciado com forrageiras, na região do Cerrado, em Montes
Claros, Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1990. 83p. Dissertação (Mestrado em
Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1990.
SCHNEIDER, P.R., GALVÃO, R., LONGHI, S.J. Influência do pisoteio de
bovinos em áreas florestais. Floresta, v.9, n.1, p.19-23, 1978.
SCHREINER, H.G., BALLONI, E.A. Consórcio das culturas de feijão
(Phaseolus vulgaris L.) e eucalipto (Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden)
no sudeste do Brasil. Boletim de Pesquisa Florestal, n.12, p.83-104, 1986.
SCHREINER, H.G. Culturas intercalares de soja em reflorestamentos de
Eucalyptus no sul-sudeste do Brasil. Boletim de Pesquisa Florestal, n.18/19,
p.1-10, 1989.
SCHREINER, H.G. Viabilidade de um sistema silvipastoril em solos de areia
quartzosa no Estado de São Paulo. Boletim de Pesquisa Florestal, n.17,
p.33-38, 1988.
112
SCHREINER, H.G. Viabilidade dos sistemas agroflorestais no sul do Brasil. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO
FLORESTAL, 2, 1991, Curitiba. Anais... Colombo: EMBRAPA/
CNPFLORESTAS, 1992. v.1, p.123-37.
SILVA, J.L.S. Produtividade de componentes de um sistema silvipastoril
constituído por Eucalyptus saligna Smith e pastagens cultivada e nativa
no Rio Grande do Sul. Viçosa: UFV, 1998a. 178p. Tese (Doutorado em
Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, 1998a.
SILVA, J.M.S. Estudo silvicultural e econômico do consórcio de Eucalyptus
grandis com gramíneas sob diferentes espaçamentos em áreas
acidentadas. Viçosa: UFV, 1998b. 83p. Dissertação (Mestrado em Ciência
Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1998b.
SILVA, R.P. Simulação e avaliação econômica de um programa plurianual
de reflorestamento para fins de planejamento da empresa florestal.
Viçosa: UFV, 1990. 56p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) –
Universidade Federal de Viçosa, 1992.
STAPE, J.L., MARTINI, E.L. Plantio consorciado de Eucalyptus e arroz na
região de Itararé-SP. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ECONOMIA E
PLANEJAMENTO FLORESTAL, 2, 1991, Curitiba. Anais... Colombo:
EMBRAPA-CNPF, 1992. v.1, p.155-169.
VEIGA, J.B., MARQUES, L.C.T. Desempenho de sistemas silvipastoris em
Paragominas, Estado do Pará. In: CONGRESSO BRASILEIRO EM
SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 2, 1998, Belém. Anais... Belém:
EMBRAPA/CPATU, 1998. p.224-7.
VILELA, H. Manejo de pastagens em Cerrado. In: SIMPÓSIO SOBRE
MANEJO DE PASTAGENS, 4, Piracicaba, 1977. Anais do Simpósio sobre
Manejo de Pastagens. Piracicaba, 1977. 284p.
113
APÊNDICES
114
APÊNDICE A
Quadro 1A - Rendimento e custo das operações necessárias à implantação (ano 0) de 1 ha de clones híbridos de eucalipto,
plantados no espaçamento de 10 x 4 m
Operação
- Elaboração de projeto e topografia*
- Construção de estradas e aceiros
- Desmatamento regeneração cerrado
- Destoca de cepas de eucalipto
- 1a Limpeza de área
- Gradagem Rome
- 1o Combate a formigas
- Alinhamento e balizamento
- Mistura de corretivos
115
- Distribuição de corretivos
- Gradagem Bedding
- Coveamento
- Distribuição de adubo na cova
- Distribuição de cupinicida na cova
- Mistura de adubo / cupinicida
- 2o Combate a formigas
- Reforma de aceiros
- Transporte de mudas
- Distribuição de mudas
- Plantio de mudas
- 3o Combate a formigas
- Replantio
- Irrigação
- CUSTO TOTAL (R$/ha)
Eq
02
17
01
02
05
03
Mecanizado
hM/ha
R$/hM
0,64
0,08
0,25
3,00
1,50
0,50
44,00
39,00
88,00
44,00
13,00
44,00
R$/ha
28,16
3,12
22,00
132,00
19,50
22,00
06
04
0,25
0,25
13,00
44,00
3,25
11,00
06
0,09
13,00
1,17
17
21
0,08
0,15
39,00
10,00
3,12
1,50
20
---
0,30
---
13,00
---
3,90
250,72
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
10,06
7,50
2,40
18,00
7,50
1,78
1,17
2,40
2,40
2,40
18,00
4,27
2,81
2,14
0,83
0,83
1,50
1,50
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
5,14
1,99
1,99
3,60
3,60
0,60
1,25
2,76
0,94
1,00
0,75
---
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
---
1,44
3,00
6,62
2,26
2,40
1,80
86,98
Especificação
Formicida granulado (kg)
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
6,00
3,00
18,00
240,00
120,00
48,00
0,05
0,02
0,20
12,00
2,40
9,60
38,00
2,50
0,28
1,65
10,45
4,13
Formicida granulado (kg)
0,50
3,00
1,50
Mudas de eucalipto (un)
Formicida granulado (kg)
Mudas de eucalipto (un)
250,00
0,50
50,00
0,20
3,00
0,20
50,00
1,50
10,00
Fosfato natural (kg)
Gesso (kg)
Óxido de magnésio (kg)
Adubo NPK (06-30-06)(kg)
Cupinicida (kg)
---
---
---
119,58
Custo
(R$/ha)
10,06
28,16
3,12
22,00
132,00
37,50
22,00
36,00
4,27
14,81
2,40
9,60
3,25
11,00
5,14
13,61
6,12
3,60
5,10
3,12
2,94
3,00
56,62
3,76
12,40
5,70
457,28
hM = horas de máquinas gastas para executar a operação, hH = horas de mão-de-obra gastas para executar a operação, Eq = tipo de equipamento utilizado para executar a
operação, Qte = quantidade de insumo necessário em cada operação e un = unidade de medida em que o insumo foi especificado.
* 2,25 % do custo total de implantação do projeto.
Quadro 2A - Rendimento e custo das operações necessárias à manutenção (a partir do ano 1) de 1 ha de clones híbridos de
eucalipto, plantados no espaçamento de 10 x 4 m
Operação
- 1aManutenção (ano 1)
- 1a Capina manual
- 2a Capina manual
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 1 (R$/ha)
116
- 2a Manutenção (ano 2)
- Roçada manual
- 1a Desrama (até 4 m do solo)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 2 (R$/ha)
- 3a Manutenção (ano 3)
- Roçada manual
- 2a Desrama (até 6 m do solo)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 3 (R$/ha)
Eq
17
17
---
17
17
---
17
17
---
Mecanizado
hM/ha R$/hM
0,08
0,08
---
0,08
0,08
---
0,08
0,08
---
39,00
39,00
---
39,00
39,00
---
39,00
39,00
---
R$/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
7,50
7,50
2,40
2,40
18,00
18,00
1,88
2,40
4,51
hH/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
6,00
18,00
18,00
3,12
3,12
10,51
6,00
52,75
6,00
6,00
60,00
3,12
3,12
10,51
6,00
82,75
6,00
6,00
63,00
3,12
3,12
10,51
6,00
85,75
3,12
3,12
6,24
---
---
40,51
2,50
25,00
2,40
2,40
6,00
60,00
1,88
2,40
4,51
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
3,00
---
3,12
3,12
6,24
---
---
70,51
2,50
26,25
2,40
2,40
6,00
63,00
1,88
2,40
4,51
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
3,00
---
3,12
3,12
6,24
---
---
73,51
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
3,00
---
Continua...
Quadro 2A, Cont.
Operação
Eq
Mecanizado
hM/ha R$/hM
R$/ha
117
4a - Manutenção (ano 4)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
5a - Manutenção (ano 5)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
6a - Manutenção (ano 6)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
7a - Manutenção (ano 7)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
Especificação
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Insumo
Qte/ha
2,00
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
R$/un
3,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
R$/ha
Custo
(R$/ha)
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
Continua...
Quadro 2A, Cont.
Operação
Eq
Mecanizado
hM/ha R$/hM
R$/ha
118
8a - Manutenção (ano 8)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
9a - Manutenção (ano 9)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
10a - Manutenção (ano 10)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
11a - Manutenção (ano 11)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
17
17
0,08
0,08
39,00
39,00
3,12
3,12
CUSTO (R$/ha)
---
---
---
6,24
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
1,88
2,40
4,51
---
---
4,51
Especificação
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Insumo
Qte/ha
2,00
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
R$/un
3,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
R$/ha
Custo
(R$/ha)
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
6,00
3,12
3,12
10,51
6,00
16,75
hM = horas de máquinas gastas para executar a operação, hH = horas de mão-de-obra gastas para executar a operação, Eq = tipo de equipamento utilizado para executar a
operação, Qte = quantidade de insumo necessário em cada operação e un = unidade de medida em que o insumo foi especificado.
Quadro 3A - Rendimento e custo das operações necessárias à implantação, condução e colheita de 1 ha de arroz semeado entre
as fileiras de clones híbridos de eucalipto, distanciadas de 10 m
Mecanizado
Operação
Manual
Eq hM/ha
R$/hM
03
0,50
44,00
22,00
- 2 Limpeza de área
05
1,00
13,00
13,00
- Gradagem niveladora
10
0,50
20,00
10,00
- Calagem
06
1,00
13,00
13,00
- Gradagem aradora
a
R$/ha
119
- Tratamento de sementes
- Plantio e adubação
14
0,50
14,00
7,00
hH/ha
R$/hH
Insumo
R$/ha
Especificação
18
1,30
CUSTO TOTAL (R$/ha)
--- ---
30,00
---
R$/un.
R$/ha
5,00
2,40
12,00
25,00
10,00
Calcário Zincal 200 (t)
4,00
3,00
12,00
25,00
0,850
21,00
17,85
18,09
0,10
2,40
0,24
Furazin (litro)
0,50
2,40
1,20
NPK (05-25-15) + Zn (kg)
200,00
0,274
54,80
63,00
50,00
0,68
34,00
34,00
39,00
104,00
(R$/ha)
22,00
Sementes (kg)
- Colheita
Qte/ha
Custo
39,00
---
---
13,44
---
---
---
118,65
236,09
Quadro 4A - Rendimento e custo das operações necessárias à implantação, condução e colheita de 1 ha de soja semeada entre as
fileiras de clones híbridos de eucalipto, distanciadas de 10 m
Operação
Mecanizado
Manual
R$/hM
R$/ha
- Gradagem aradora
03
0,50
44,00
22,00
22,00
- Gradagem niveladora
10
0,50
20,00
10,00
10,00
- Calagem
06
1,00
13,00
13,00
0,75
R$/hH
2,40
R$/ha
1,80
120
- 1a Aplicação de herbicida
13
0,42
14,00
5,88
Especificação
Qte/ha
Custo
Eq hM/ha
-Inoculação+tratamento sementes
hH/ha
Insumo
R$/un.
R$/ha
(R$/ha)
Calcário Zincal 200 (ton)
3,00
3,00
9,00
22,00
Inoculante (dose)
3,00
0,39
1,17
2,97
Açúcar (kg)
0,375
0,33
0,12
0,12
Molibdato de sódio (kg)
0,081
35,00
2,84
2,84
Sulfato de cobalto (kg)
0,025
21,00
0,53
0,53
Sulfato de manganês (kg)
1,50
1,10
1,65
1,65
Fungicida Tecto 100 (kg)
0,09
11,50
1,04
1,04
Herbic.Trifluralina (litro)
1,80
4,20
7,56
13,44
Natural Óleo (litro)
1,00
1,55
1,55
1,55
a
13
0,42
14,00
5,88
Herbicida Classic (kg)
0,05
360,00
18,00
23,88
a
- 3 Aplicação de herbicida
13
0,42
14,00
5,88
Herbicida Cobra (kg)
0,40
31,00
12,40
18,28
- Plantio e adubação
14
0,50
14,00
7,00
NPK (02-20-20) (kg)
300,00
0,255
76,50
84,70
60,00
0,37
22,20
22,20
- 2 Aplicação de herbicida
0,50
2,40
1,20
Sementes (kg)
a
13
0,42
14,00
5,88
Inseticida Pounce (litro)
0,05
39,00
1,95
7,83
a
- 2 Aplicação de inseticida
13
0,42
14,00
5,88
Inseticida Thiodan (kg)
0,50
8,00
4,00
9,88
- Colheita
19
1,30
30,00
39,00
- 1 Aplicação de inseticida
39,00
CUSTO TOTAL (R$/ha)
------120,40
----3,00
------160,51
283,91
hM = horas de máquinas gastas para executar a operação, hH = horas de mão-de-obra gastas para executar a operação, Eq = tipo de equipamento utilizado para executar a
operação, Qte = quantidade de insumo necessário em cada operação, e un = unidade de medida em que o insumo foi especificado.
Quadro 5A - Rendimento e custo das operações necessárias à formação de pastagens (Brachiaria brizantha), à construção de
cercas, à instalação de aguadas e à manutenção de pastagens formadas entre fileiras de clones híbridos de eucalipto,
distanciadas de 10 m
Operação
Mecanizado
Eq hM/ha R$/hM
R$/ha
hH/ha
Manual
R$/hH R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un.
R$/ha
Custo
(R$/ha)
Formação de pastagens (ano 2)
121
- 1a Gradagem aradora
- 2a Gradagem aradora
- Gradagem niveladora
- Plantio a lanço e calagem
03
08
10
06
0,50
0,83
0,50
0,50
44,00
13,00
20,00
13,00
22,00
10,79
10,00
6,50
- Gradagem de incorporação
CUSTO (R$/ha)
10
---
0,50
---
20,00
---
10,00
59,29
06
0,50
13,00
6,50
Semente de braquiária (kg)
Fosfato natural (kg)
Superfosfato simples (kg)
Calcário Zincal 200 (ton)
---
---
---
10,00
400,00
100,00
1,00
---
2,30
0,05
0,17
3,00
---
23,00
20,00
17,00
3,00
63,00
22,00
10,79
10,00
29,50
20,00
17,00
3,00
10,00
122,29
Manutenção de pastagens *
- Mistura de corretivos e adubos
- Distribuição de corretivos
- Aplicação de cupinicida
- Roçada manual
CUSTO (R$/ha)
1,40
---
---
---
6,50
2,40
3,36
0,83
7,50
---
2,40
2,40
---
1,99
18,00
23,35
5,33
2,40
12,79
2,17
3,33
1,80
-----
2,40
2,40
2,40
-----
5,21
7,99
4,32
30,31
Calcário Zincal 200 (ton)
Fosfato natural (kg)
Superfosfato simples (kg)
Cloreto de potássio (kg)
Cupinicida (kg)
---
---
---
77,73
3,36
9,50
15,00
34,00
21,60
6,12
18,00
107,58
160,00
160,00
0,02
20,00
0,04
-----
0,068
0,126
600,00
0,83
150,00
-----
10,88
20,16
12,00
16,60
6,00
65,64
23,67
20,16
17,21
47,09
10,32
118,45
206,37
348,32
1,00
300,00
200,00
80,00
2,50
3,00
0,05
0,17
0,27
1,65
3,00
15,00
34,00
21,60
4,13
Infra-estrutura (ano 3)
Construção de cercas elétricas**
Instalação aguadas (10.600 l; 50 ha)
22
Saleiras
CUSTO (R$/ha)
CUSTO TOTAL (R$/ha)
-----
1,000
-----
22,50
22,50
-----
88,29
22,50
53,66
Arame liso (metro)
Acessórios (m)
Bebedouro (un)
Rede hidráulica (m)
Materiais diversos
-----
* A manutenção de pastagens é feita de 3 em 3 anos.
** Arame fixado nas árvores de eucalipto que ficam nas bordaduras dos talhões. Cálculos com base em piquetes de 25 ha e cerca constituída de dois arames (4 km).
hM = Horas de máquinas gastas para executar a operação e hH = Horas de mão-de-obra gastas para executar a operação.
Quadro 6A - Custos anuais, por hectare, dos insumos, da mão-de-obra e da
aquisição de novilhos para a pecuária de corte
Especificação
Insumos
- Vacina contra aftosa (2 vezes/ano)
- Vacina contra carbúnculo (1 vez/ano)
- Vermífugo (Altec) (2 vezes/ano)
- Sal mineral (Fosbov) (60 g/UA/dia)
- Sal comum
- Carrapaticida e bernicida (Triatox) *
CUSTO (R$/ha)
Unidade
R$/Unidade
Qte/ua
Custo
(R$/ha)
Dose
Dose
ml
kg
kg
Dose
---
0,36
0,10
0,13
0,35
0,10
0,17
---
2,00
1,00
12,00
21,63
9,00
17,00
---
0,72
0,10
1,56
7,57
0,90
2,89
13,74
Mão-de-obra
- Vaqueiro (1 homem/300 animais)
CUSTO (R$/ha)
H
---
500,00
---
0,003
---
1,67
1,67
Animais
Aquisição de novilhos com 5 arrobas **
CUSTO (R$/ha)
@
---
25,00
---
5,00
---
125,00
125,00
CUSTO TOTAL (R$/ha)
---
---
---
140,41
* São 17 aplicações por ano, de 6,63 ml cada uma (dose), ou seja, uma aplicação aos 20 dias.
** O custo de aquisição de bezerros tem periodicidade bianual, uma vez que o prazo considerado para
engorda foi de dois anos. Assim, a cada dois anos os bois gordos são vendidos e é necessário adquirir
mais bezerros para iniciar um novo ciclo de engorda.
UA = Unidade animal.
Quadro 7A - Custos anuais de depreciação, por hectare, relacionados à
atividade de pecuária de corte
Valor Inicial Valor Residual Vida Útil Prazo Área Custo
-------------- (R$) -------------- ----- (anos) ----- (ha) (R$/ha)
36.000,00
7.200,00
25
8
- Moradia p/ vaqueiros (3)
1.000 1,43
10.000,00
2.000,00
25
8
- Depósito
1.000 0,40
10.000,00
1.000,00
25
8
- Curral
1.000 0,46
43.830,00
0,00
8
8
- Eucacercas
1.000 0,00
64.300,00
6.430,00
15
8
- Aguadas
1.000 3,13
10.320,00
2.064,00
15
8
- Saleiras
1.000 0,50
2.400,00
0,00
8
8
- Arreios e acessórios p/ montaria**
1.000 0,00
6.000,00
2.400,00
8
8
- Animais de serviço (cavalos)**
1.000 0,29
CUSTO TOTAL (R$/ha)
----------6,21
Discriminação
* Benfeitorias necessárias para o manejo do gado em 1.000 ha; três casas para vaqueiros; um galpão para depósito.
Animais para manejo (15 cavalos) = R$ 250,00/animal. Considerados apenas a partir do 4o ano. Taxas
anuais de depreciação: usadas pela Receita Federal (COAD, 1995), exceto aguadas e arreatas.
** Valor inicial de um lote de 15 animais ou três arreatas por ano x (prazo considerado/vida útil). Assim,
a vida útil passa a ser igual ao prazo considerado, evitando-se a negativação da depreciação.
122
Quadro 8A - Receitas (R$/ha) resultantes da comercialização de diversos
produtos obtidos no sistema agrossilvipastoril
Discriminação do Produto
- Arroz
- Soja
- Boi gordo *
- Madeira proveniente da destoca de
regeneração de cerrado
- Madeira de Eucalyptus para serraria **
- Madeira de Eucalyptus para energia **
RECEITA TOTAL (R$/ha)
Unidade
(Un)
Sc
Sc
@
Produção
(Un/ha)
23,33
25,00
15,00
Preço de Venda
(R$/Un)
12,00
12,60
25,00
Receita
(R$/ha)
279,96
315,00
375,00
St
50,00
2,00
100,00
St
St
154,00
231,00
12,00
8,00
1.848,00
1.848,00
---
4.765,96
---
---
* A produção de 15 arrobas de carne é obtida a cada dois anos. Para chegar a esse valor, supôs-se que o
sistema produz 5 arrobas de carne por hectare, por ano. Assim, considerando que os novilhos com
um ano de idade são adquiridos com um peso médio de 5 arrobas, em dois anos eles atingem 15
arrobas e estão prontos para abate.
** Considerou-se que a produtividade ou incremento médio anual da floresta é de 35 st/ha/ano e que
60% da madeira produzida é para energia e 40% é para serraria.
Assim, cortando-se o eucalipto com 11 anos de idade, obtém-se uma produção de 385 st/ha, sendo
231 st ( 60% de 385 st ) para energia e 154 st (40% de 385 st) para serraria. Além do mais, o preço de
venda considerado foi o da madeira em pé, ficando os custos de exploração, transporte, carbonização
e serração por conta do comprador.
Quadro 9A - Relação dos tipos de equipamentos utilizados para executar as
diversas operações especificadas nos Quadros de 1A a 5A, com
os respectivos custos de utilização (R$/hM)
No
Identif.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Especificação do Tipo
De equipamento
Trator de esteira D6 com lâmina + correntão
Trator de esteira D6 com lâmina
Trator de esteira D6 + grade Rome 20 x 32”
Trator de esteira D6 + grade Bedding
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta JAN
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + sulcador
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + grade tatu 16 x 26”
Trator de pneu Valmet 248 4 x 4 (120 cv) + grade 12 x 32”
Trator de pneu Valmet 248 4 x 4 (120 cv) + grade 48 x 20”
Trator de pneu Valmet 248 4 x 4 (120 cv) + arado
Trator de pneu Ford 6610 (86 cv) + grade 32 x 18”
Trator de pneu Ford 6610 (86 cv) + pulverizador Jacto Condor
Trator de pneu Ford 6610 (86 cv) + semeadora 6 linhas
Trator de pneu Ford 6610 (86 cv) + semeadora 8 linhas
Trator de pneu Ford 6610 (86 cv) + cultivador 4 linhas
Motoniveladora Caterpillar Patrol 120 B
Colheitadeira com plataforma de arroz
Colheitadeira com plataforma de soja
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta pipa
Caminhão Ford F-11000 dois eixos
Retroescavadeira
* hM = Horas de máquinas gastas para executar a operação.
123
Custo de Utilização
(R$/hM)*
88,00
44,00
44,00
44,00
13,00
13,00
13,00
13,00
20,00
20,00
20,00
14,00
14,00
14,00
14,00
14,00
39,00
30,00
30,00
13,00
10,00
22,50
Quadro 10A - Equipamento usado para operações de plantio por tipo de cultura
Operação
Operações florestais
Construção estradas e aceiros
Desmat. regeneração cerrado
Destoca cepas eucaliptos
Limpeza de área 1
Gradagem Rome
Combate a formigas
Distribuição de corretivos
Gradagem Bedding
Distribuição de adubo na cova
Reforma de aceiros
Transporte de mudas
Irrigação de mudas
Conservação estradas/aceiros 1
Conservação estradas/aceiros 2
Desrama 1
Desrama 2
Operações cultura de arroz
Gradagem aradora pesada
Gradagem niveladora
Limpeza de área 2
Aplicação de defensivos
Plantio e adubação
Calagem
Colheita
Operações cultura de soja
Gradagem aradora pesada
Gradagens niveladoras 1 e 2
Plantio e adubação
Calagem
Aplicação de defensivos
Colheita
Operações cultura de capim
Gradagem aradora pesada 1
Gradagem aradora pesada 2
Gradagens niveladoras 1 e 2
Plantio
Calagem
Aplicação de defensivos
Capina manual
Equipamento Usado
Trator de esteira D6 com lâmina /motoniveladora
Trator de esteira D6 com lâmina + correntão
Trator de esteira D6 com lâmina
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta
Trator de esteira D6 + grade Rome 20 x 32”
Terceirizado (preço de mão-de-obra/ha)
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta Jan
Trator de esteira D6 + grade Bedding
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta Jan
Motoniveladora 120B Caterpillar (patrol)
Caminhão Ford F-11000 dois eixos
Trator de pneu MF 290 (80 cv) + carreta pipa
Motoniveladora 120B Caterpillar (patrol)
Motoniveladora 120B Caterpillar (patrol)
Foice, serrote, motoserra
Serrote, motopoda
Trator de esteira D6 + grade Rome 20 x 32”
Trator Valmet 248 4x4 (120 cv) + grade 48 x 20”
Trator MF 290 (80 cv) + carreta
Trator Ford 6610 (86 cv)+pulverizador Jacto
Trator Ford 6610 (86 cv)+semeadora Jumil 6 linhas
Trator MF 290 (80 cv) + carreta Jan
Terceirizada (Colheitadeira de arroz)
Trator de esteira D6 + grade Rome 20 x 32”
Trator Valmet 248 4x4 (120 cv) + grade 48 x 20”
Trator Ford 6610 (86 cv)+semeadora Jumil 6 linhas
Trator MF 290 (80 cv) + carreta Jan
Trator Ford 6610 (86 cv) + pulverizador Jacto
Terceirizada (Colheitadeira de soja)
Trator de esteira D6 + grade Rome 20 x 32”
Trator MF 290 (80 cv) + grade tatu 16 x 26”
Trator Valmet 248 4x4 (120 cv) + grade 48 x 20”
Trator MF 290 (80 cv) + carreta Jan Lancer
Trator MF 290 (80 cv) + carreta Jan
Trator Ford 6610 (86 cv) + pulverizador Jacto
Foice larga com cabo
124
Quadro 11A - Preço e insumo usado para operações de plantio por tipo de
cultura
Especialização do insumo
Atividade Florestal
Mudas de eucalipto
Formicida granulado Attamex
Fosfato natural
Superfosfato simples
Gesso agrícola
Magnesita - óxido de Mg
Adubo NPK (06-30-06 ) + Bo + Zn
Calcário Zincal 200 MMA
Cupinicida
Cultura do arroz
Furazin 1,7
Adubo NPK (05-25-15) + Zn
Calcário Zincal 200 MMA
Semente de arroz
Cultura da soja
Inseticida Pounce
Inseticida Thiodan
Fungicida Tecto 100
Molibdato de sódio
Sulfato de cobalto
Sulfato de manganês
Açúcar
Adubo NPK (02-20-20)
Calcário Zincal 200 MMA
Inoculante Biagro (pc 200 g)
Herbicida Trifluralina
Herbicida Classic
Herbicida Cobra
Natural Óleo
Semente de soja
Cultura do capim
Fosfato natural
Superfosfato simples
Calcário Zincal 200 MMA
Cloreto de potássio
Cupinicida
Sementes de braquiária
Atividade de pecuária
Arame liso para cerca
Arame liso para cerca elétrica
Bebedouro tipo australiano (10.600 l)
Tubos (pvc 2”) e conexões (1000 m/25 ha)
Vacina contra aftosa
Vacina contra carbúnculo
Vermífugo Altec
Sal mineral Fosbov
Sal comum
Carrapaticida, bernicida, mosquicida Triatox
Unidade
Preço
(R$)*
un.
kg
kg
kg
kg
kg
kg
t
kg
0,20
3,00
0,05
0,17
0,02
0,20
0,275
3,00
1,65
L
kg
t
kg
21,00
0,274
3,00
0,68
L
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
t
dose
L
kg
kg
L
kg
39,00
8,00
11,50
35,00
21,00
1,10
0,33
0,255
3,00
0,39
4,20
360,00
31,00
1,55
0,37
kg
kg
ton
kg
kg
kg
0,05
0,17
3,00
0,27
1,65
2,30
m
m
un
m
dose
dose
ml
kg
kg
ml
0,055
0,068
600,00
0,83
0,36
0,10
0,13
0,35
0,10
0,025
* O preço inclui o valor do transporte até a Unidade Agroflorestal; mão-de-obra = 2,40 R$/hora.
125
Quadro 12A - Relação dos rendimentos (hH/ha e hM/ha) para executar as operações especificadas nos Quadros de 1A a 5A
Serviços Técnicos Especializados
(elaboração do projeto e topografia)
Elaboração de projetos/levantamento/planejamento
Locação de estradas / aceiros e topografia
Rendimento
Base de Cálculo
2,25 % do custo total de implantação do
projeto
CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS E ACEIROS
8% da área total do projeto (10 m de largura)
TRATOR ESTEIRA COM LÂMINA - D6
MOTONIVELADORA
125 m/h - 8 h/ha de aceiros
(1000 m X 10 m) /h
DESMATAMENTO REGENERAÇÃO
2 TRATORES ESTEIRA (D6) + CORRENTÃO
TRATOR ESTEIRA (D6) COM LÂMINA
4,00 ha/h/conjunto
0,33 ha/h
0,50 hM/ha
3,00 hM/ha
DESTOCA DE CEPAS DE EUCALIPTO
T.E D6 COM LÂMINA + CORRENTÃO
0,33 ha/h
3,00 hM/ha
1a L
T. PNEU MF 290 + CARRETA C/ 4 homens (eucalipto)
2a L
T. PNEU MF 290 + CARRETA C/ 4 homens (eucalipto)
4,00 ha/dia/equipe
4,00 ha/dia/máquina
12,85 ha/dia/equipe
12,85 ha/dia/máquina
6,00 ha/dia/equipe
6,00 ha/dia/máquina
7,50 hH/ha
1,50 hM/ha
2,80 hH/ha
0,70 hM/ha
5,00 hH/ha
1,00 hM/ha
Operação
LIMPEZA DA ÁREA
Equipamento
126
T. PNEU MF 290 + CARRETA C/ 4 homens (arroz)
Resumo de
Rendimento
0,64 hM/ha plant.
1,0 hM/ha
GRADAGEM
T.ESTEIRA (D6) + GRADE ROME 20 X 32"
T.ESTEIRA (D6) + GRADE ROME 16 X 32"
T.ESTEIRA - D6 + GRADE 6 X 32" - TRBR
T.VALMET 128 + GRADE 6 X 32" - TRBR
T.VALMET 128 + GRADE 48 X 24" - Niveladora
T.VALMET 148 + GRADE ROME 12 X 32"
2,00 ha/h
1,50 ha/h
8 linhas/h = 0,40 ha/h
6 linhas/h = 0,30 ha/h
2,0 ha/h
1,0 ha/h
0,50 hM/ha
0,67 hM/ha
0,25 hM/ha
0,33 hM/ha
0,50 hM/ha
1,0 hM/ha
ENLEIRAMENTO
T.ESTEIRA (D6) C/ LÂMINA
0,3 ha/hM
3,33 hM/ha
DESENLEIRAMENTO
T.ESTEIRA (D6) C/ LÂMINA
0,69 ha/hM
1,44 hM/ha
ALINHAMENTO DAS QUADRAS
T.PNEU MF 290 + SULCADOR
90 ha/dia
0,10 hM/ha
MISTURA E TRANSPORTE DE INSUMOS
BETONEIRA
(24 kg MgO + 60 kg gesso + 120 kg P2O5)
32,0 ha/ 2 carretas Jan
64 betoneiras
1,17 hH/ha
Continua...
Quadro 12A, Cont.
BALIZAMENTO / ALINHAMENTO
ESPAÇAMENTO - 10 x 4 m (equip. de 4 homens)
Rendimento
Base de Cálculo
4,5 linhas/h/hH = 2,25 ha/h/hH
SULCAMENTO
T. PNEU MF 290 + SULCADOR
4,5 linhas/h = 2,25 ha/h
0,45 hM/ha
CORREÇÃO / ADUBAÇÃO
T. PNEU MF 290 + CARRETA JAN
8,0 linhas/h = 4,00 ha/h
0,25 hM/ha
APLICAÇÃO DE HERBICIDA
T. PNEU MF 290 + PULVERIZADOR C/ 14 BICOS
2,4 ha/h
0,42 hM/ha
COVEAMENTO
MANUAL - c/ enxadão
7,0 linhas/H/dia = 3,5 ha/H/dia
2,14 hH/dia
DISTRIBUIÇÃO DE ADUBO NA COVA
DISTRIBUIÇÃO DE CUPINICIDA NA COVA
T. PNEU MF 290 + CARRETA+Equipe de 8 homens
MANUAL
MANUAL
72 ha/dia = 12,0 ha/hM
16 linhas/H/dia = 8,0 ha/H/dia
18 linhas/H/dia = 9,0 ha/H/dia
0,083 hM/ha
0,94 hH/ha
0,83 hH/ha
MISTURA ADUBO + CUPINICIDA NA COVA
MANUAL
10 linhas/H/dia = 5,0 ha/H/dia
1,50 hH/hA
TRANSPORTE DE MUDAS
CAMINHÃO FORD F-11000
EQUIPE de 4 homens
50 ha/dia
50 ha/4h/dia = 12,50 ha/H/dia
0,15 hM/ha
0,64 hH/ha
DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS
ESPAÇAMENTO 10 X 4 m
12 linhas/H/dia = 6,0 ha/H/dia
1,25 hH/ha
PLANTIO DE MUDAS
ESPAÇAMENTO 10 X 4 m
6,5 linhas/H/dia = 3,25 ha/H/dia
2,31 hH/ha
REPOSIÇÃO DE MUDAS DEFEITUOSAS
MANUAL - 3 homens
50 ha/3H/dia = 2,22 ha/h/H
0,45 hH/ha
REPLANTIO DE MUDAS
T.PNEU MF + CARRETA P/ EQUIPE DE 10 homens
10 - 15%
22,5 ha/dia = 2,5 ha/hM
15 linhas/H/dia = 7,5 ha/H/dia
0,40 hM/ha
1 hH/ha
IRRIGAÇÃO DE MUDAS
T.PNEU + TANQUE C/ 2 MANGUEIRAS P/ 2 homens
ESPAÇAMENTO 10 X 4 m
20 ha/dia = 3,33 ha/h
20 ha/dia/2H = 10,0 ha/dia/H
0,3 hM/ha
0,75 hH/ha
Operação
Equipamento
Resumo de
Rendimento
1,78 hH/ha
127
Continua...
Quadro 12A, Cont.
Operação
Equipamento
Rendimento
Base de Cálculo
200 ha/2H/dia = 13,33 ha/H/h
Resumo de
Rendimento
0,075 hH/ha
1,0 ha/H/dia
5,0 ha/H/dia
8,0 ha/H/dia
4,0 ha/H/dia
7,50 hH/ha
1,50 hH/ha
0,94 hH/ha
1,88 hH/ha
128
MONITORAMENTO DE FORMIGAS
MANUAL - TRABALHO DE DUPLA
COMBATE À FORMIGAS
MANUAL
CONSERVAÇÃO DE ACEIROS/ESTRADAS
(Aprox. 8% da área total do projeto)
T.PNEU MF 290 + GRADE TATU 16 X 26"
MOTONIVELADORA 120 B
0,9 ha/h - (1000 x 10 m) /h
1,0 ha/h - (1000 x 10 m) /h = 1,0 hM/ha de aceiro
ACEIROS DE CERCA
1 homem + enxada - 2 lados, 1m de cada lado
1 homem + foice - 2 lados, 1m de cada lado
1 homem + enxada - Beira de estrada - área total
250 m/H/dia
800 m/H/dia
0,025 ha/H/dia
27,78 m/hH
88,89 m/hH
360 hM/ha
ROÇADA MANUAL
MANUAL - 1 homem + foice
6 becas/H/dia
2,50 hH/ha
CAPINA MANUAL
MANUTENÇÃO da linha de eucalipto
COROAMENTO - Espaçamento 4m entre plantas
2 linhas/H/dia = 0,3 ha/H/dia
2 becas/H/dia = 1,0 ha/H/dia
30 hH/ha
7,5 hH/ha
DESBROTA
1 homem + foice
4 linhas/H/dia = 0,6 ha/H/dia
15 hH/ha
CORTE DE ESTACAS DE EUCALIPTO
1 MOTOSSERRISTA + 1 AJUDANTE
CALAGEM
T. PNEU MF 290 + CARRETA JAN
PLANTIO/ADUBAÇÃO - arroz e soja
T. PNEU MF 290 + PLANTADEIRA JUMIL 6 LINHAS 2 passadas/beca = 2,0 ha/h
0,5 hM/ha
COMBATE A CUPIM DE MONTÍCULO
MANUAL - c/ cupinicida - 2 homens + T. pneu c/ lâmina 11 ha/H/dia
11 ha/H/dia
1o COMBATE - IMPLANTAÇÃO
2o COMBATE - IMPLANTAÇÃO
3o COMBATE - IMPLANTAÇÃO
MÉDIA GERAL P/ MANUTENÇÃO
1,1 hM/ha
0,08 hM/ha plant.
600 estacas/dia
2 passadas/beca e 2 becas/h = 1,0 ha/h
1,0 hM/ha
Continua...
Quadro 12A, Cont.
COLHEITA DE ARROZ
COLHEITADEIRA DE ARROZ
0,77 ha/h
Resumo de
Rendimento
1,3 hM/ha
COLHEITA DE SOJA
COLHEITADEIRA DE SOJA
1,0 ha/h
1,0 hM/ha
- 1a
MANUAL
com foice
com serrote
com motosserra
Enleiramento de galhos
1,5 linhas/H/dia = 0,75 ha/H/dia
2,0 linhas/H/dia = 1,00 ha/H/dia
4,0 linhas/H/dia = 2,00 ha/H/dia
4,0 linhas/H/dia = 2,00 ha/H/dia
10,0 hH/ha
7,50 hH/ha
3,75 hH/ha
3,75 hH/ha
25,00 hH/ha
- 2a
MANUAL
com serrote
com motopoda
Enleiramento de galhos
2,0 linhas/H/dia = 1,00 ha/H/dia
1,0 linhas/H/dia = 0,50 ha/H/dia
4,0 linhas/H/dia = 2,00 ha/H/dia
7,50 hH/ha
15,0 hH/ha
3,75 hH/ha
26,25hH/ha
Operação
DESRAMA DE EUCALIPTO
Rendimento
Base de Cálculo
Equipamento
129
* 1 dia trabalhado = 7,5 horas homem (hH) e 6 horas máquina (hM).
** 1 linha de plantio = 500 m de comprimento.
APÊNDICE B
Quadro 1B - Rendimento e custo das operações necessárias à implantação (ano 0) de 1 ha de clones híbridos de eucalipto,
plantados no espaçamento de 3 x 3,0 m (1.111 árvores/ha)
Operação
Mecanizado
R$/hM
Manual
R$/hH
- Desmatamento regeneração cerrado
- Destoca de cepas de eucalipto
- 1a Limpeza de área
- Gradagem Rome
02
0,64
44,00
28,16
28,16
17
0,08
39,00
3,12
3,12
01
02
05
03
0,25
3,00
1,50
0,50
88,00
44,00
13,00
44,00
22,00
132,00
19,50
22,00
R$/ha
- 1o Combate a formigas
- Alinhamento e balizamento
- Mistura de corretivos
130
- Distribuição de corretivos
- Gradagem Bedding
- Coveamento
- Distribuição de adubo na cova
- Distribuição de cupinicida na cova
- Mistura de adubo / cupinicida
- 2o Combate a formigas
- Reforma de aceiros
- Transporte de mudas
- Distribuição de mudas
- Plantio de mudas
- 3o Combate a formigas
- Replantio
- Irrigação (1/3 da área)
- CUSTO TOTAL (R$/ha)
Custo
(R$/ha)
18,76
hM/ha
hH/ha
- Elaboração do projeto e topografia*
- Construção de estradas e aceiros
Insumo
Qte/ha
Eq
06
04
1,11
1,11
13,00
44,00
14,43
48,84
06
0,24
13,00
3,12
17
21
0,08
0,30
39,00
10,00
3,12
3,00
20
---
0,30
---
13,00
---
3,90
303,19
R$/ha
18,76
7,50
2,40
18,00
7,50
2,67
3,40
2,40
2,40
2,40
18,00
6,41
8,16
8,57
3,16
2,78
4,28
1,50
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
20,57
7,58
6,67
10,27
3,60
0,64
5,00
8,57
0,94
1,00
0,75
---
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
2,40
---
1,54
12,00
20,57
2,26
2,40
1,80
158,58
Especificação
R$/un
R$/ha
22,00
132,00
37,50
22,00
Formicida granulado (kg)
6,00
3,00
18,00
Fosfato natural (kg)
Gesso (kg)
Óxido de magnésio (kg)
400,00
200,00
80,00
0,05
0,02
0,20
20,00
4,00
16,00
Adubo NPK (06-30-06)(kg)
Cupinicida (kg)
111,00
5,55
0,28
1,65
30,53
9,16
Formicida granulado (kg)
0,50
3,00
1,50
Mudas de eucalipto (un)
Mudas de eucalipto (un)
Cupinicida (kg)
Formicida granulado (kg)
Mudas de eucalipto (un)
1.111
111
0,80
0,50
222,00
0,20
0,20
1,65
3,00
0,20
222,20
22,20
1,32
1,50
44,40
---
---
---
390,80
36,00
6,41
28,16
4,00
16,00
14,43
48,84
20,57
41,23
15,83
10,27
5,10
3,12
226,74
34,20
21,89
3,76
46,80
5,70
852,58
hM = Horas de máquinas gastas para executar a operação, hH = horas de mão-de-obra gastas para executar a operação, Eq = tipo de equipamento utilizado para executar a operação, Qte =
quantidade de insumo necessário em cada operação e un = unidade de medida em que o insumo foi especificado.
* 2,25 % do custo total de implantação do projeto.
Quadro 2B - Rendimento e custo das operações necessárias à manutenção (a partir do ano 1) de 1 ha de clones híbridos de
eucalipto, plantados no espaçamento de 3 x 3,0 m (1.111 árvores/ha)
Operação
- 1a Manutenção (ano 1)
Eq
hM/ha
Mecanizado
R$/hM
R$/ha
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
- 1a Capina manual
- Capina mecânica
- 2a Capina manual
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 1 (R$/ha)
- 2a Manutenção (ano 2)
- Capina manual / roçada
- Capina mecânica
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
131
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 2 (R$/ha)
- 3a Manutenção (ano 3)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 3 (R$/ha)
08
0,83
13,00
10,79
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
19,32
08
08
17
08
17
13,00
13,00
39,00
13,00
39,00
10,79
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
19,32
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
---
---
8,53
0,83
0,088
0,08
0,088
0,08
25,00
2,40
60,00
25,00
2,40
60,00
2,25
---
2,40
---
5,40
125,40
8,83
2,40
21,19
2,25
---
2,40
---
5,40
26,59
2,25
---
2,40
---
5,40
5,40
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
6,00
6,00
60,00
10,79
60,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
150,72
6,00
6,00
21,19
10,79
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
51,91
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
- 4a Manutenção (ano 4)
- 1a Conservação estradas e aceiros
Eq
hM/ha
08
17
0,088
0,08
Mecanizado
R$/hM
13,00
39,00
R$/ha
1,14
3,12
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
1,14
3,12
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 4 (R$/ha)
- 5a Manutenção (ano 5)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 5 (R$/ha)
132
- 6a Manutenção (ano 6)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 6 (R$/ha)
08
17
0,088
0,08
---
---
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
---
---
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
---
---
13,00
39,00
1,14
3,12
---
8,53
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
2,25
---
2,25
---
2,25
---
2,40
---
2,40
---
2,40
---
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
6,00
6,00
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
- 7a Manutenção (ano 7)
- 1a Conservação estradas e aceiros
Eq
hM/ha
08
0,088
Mecanizado
R$/hM
13,00
R$/ha
1,14
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
1,14
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 7 (R$/ha)
- 8a Manutenção (ano 8)
- Desbrota / limpeza
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 8 (R$/ha)
133
- 9a Manutenção (ano 9)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 9 (R$/ha)
17
08
17
0,08
0,088
0,08
39,00
13,00
39,00
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
--- ---
2,25
---
2,40
---
5,40
5,40
15,00
2,40
36,00
2,25
---
2,40
---
5,40
41,40
2,25
---
2,40
---
5,40
5,40
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
6,00
6,00
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
36,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
55,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
- 10a Manutenção (ano 10)
Eq
hM/ha
Mecanizado
R$/hM
R$/ha
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 10 (R$/ha)
- 11a Manutenção (ano 11)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 11 (R$/ha)
134
- 12a Manutenção (ano 12)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 12 (R$/ha)
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
--- ---
2,25
---
2,25
---
2,25
---
2,40
---
2,40
---
2,40
---
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
Eq
hM/ha
Mecanizado
R$/hM
R$/ha
hH/ha
Manual
R$/hH
R$/ha
Especificação
Insumo
Qte/ha
R$/un
R$/ha
Custo
(R$/ha)
- 13a Manutenção (ano 13)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 13 (R$/ha)
- 14a Manutenção (ano 14)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 14 (R$/ha)
135
- 15a Manutenção (ano 15)
- Desbrota / limpeza
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 15 (R$/ha)
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
--- ---
2,25
---
2,40
---
5,40
5,40
2,25
---
2,40
---
5,40
5,40
15,00
2,40
36,00
2,25
---
2,40
---
5,40
41,40
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
2,00
---
2,00
---
2,00
---
3,00
---
3,00
---
3,00
---
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
36,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
55,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
Mecanizado
Manual
Insumo
Custo
- 16a Manutenção (ano 16)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 16 (R$/ha)
- 17a Manutenção (ano 17)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
136
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 17 (R$/ha)
- 18a Manutenção (ano 18)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 18 (R$/ha)
Eq
hM/ha
R$/hM
R$/ha
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
--- ---
hH/ha
2,25
---
2,25
---
2,25
---
R$/hH
2,40
---
2,40
---
2,40
---
R$/ha
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
Especificação
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Qte/ha
2,00
---
2,00
---
2,00
---
R$/un
3,00
---
3,00
---
3,00
---
R$/ha
(R$/ha)
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
Continua...
Quadro 2B, Cont.
Operação
- 19a Manutenção (ano 19)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 19 (R$/ha)
- 20a Manutenção (ano 20)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
137
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 20 (R$/ha)
- 21a Manutenção (ano 21)
- 1a Conservação estradas e aceiros
- 2a Conservação estradas e aceiros
- Combate a formigas
CUSTO NO ANO 21 (R$/ha)
Eq
hM/ha
08
17
08
17
0,088
0,08
0,088
0,08
Mecanizado
R$/hM
R$/ha
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
--- ---
---
8,53
08
17
08
17
13,00
39,00
13,00
39,00
1,14
3,12
1,14
3,12
---
8,53
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
0,088
0,08
--- ---
hH/ha
2,25
---
2,25
---
2,25
---
Manual
R$/hH
2,40
---
2,40
---
2,40
---
R$/ha
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
5,40
Especificação
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Formicida granulado (kg)
---
Insumo
Qte/ha
2,00
---
2,00
---
2,00
---
R$/un
3,00
---
3,00
---
3,00
---
R$/ha
Custo
(R$/ha)
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
6,00
6,00
1,14
3,12
1,14
3,12
11,40
19,93
hM = Horas de máquinas gastas para executar a operação, hH = horas de mão-de-obra gastas para executar a operação, Eq = tipo de equipamento utilizado para executar a operação, Qte =
quantidade de insumo necessário em cada operação e un = unidade de medida em que o insumo foi especificado.
Quadro 3B - Receitas (R$/ha) resultantes da comercialização da madeira para serraria e energia (cíclo de 21 anos)
Discriminação do produto
Unidade
Produção
Preço de Venda
Receita
Ano de
(Un)
(Un/ha)
(R$/Un)
(R$/ha)
Ocorrência
St
50,00
2,00
100,00
0
- Madeira de Eucalyptus para serraria *
St
98,00
12,00
1.176,00
7
- Madeira de Eucalyptus para energia *
St
147,00
8,00
1.176,00
7
- Madeira de Eucalyptus para serraria **
St
78,40
12,00
940,80
14
- Madeira de Eucalyptus para energia **
St
117,60
8,00
940,80
14
- Madeira de Eucalyptus para serraria ***
St
65,37
12,00
784,44
21
- Madeira de Eucalyptus para energia ***
St
98,05
8,00
784,40
21
RECEITA TOTAL (R$/Ha)
---
---
---
138
- Madeira proveniente da destoca de regeneração de cerrado
5.902,44
Considerou-se que o incremento médio anual da floresta é de 35 st/ha/ano na primeira rotação, e que cai de 20% na 2a rotação e de 33% na 3a rotação.
* Receita obtida na 1a rotação (7 anos); produção de 245,00 st/ha; 40% para serraria e 60% para energia.
** Receita obtida na 2a rotação (14 anos); produção de 196,00 st/ha; 40% para serraria e 60% para energia.
*** Receita obtida na 3a rotação (21 anos); produção de 163,42 st/ha; 40% para serraria e 60% para energia.
Quadro 4B - Fluxo de caixa para o monocultivo de eucalipto plantado no espaçamento de 3 x 3,0 m
Atividade
Ano
- Implantação de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1
- Venda de madeira de regeneração de cerrado
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
139
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
- Venda de madeira para serraria
- Venda de madeira para energia
Subtotal 2
TOTAL
0
0
0
0
0
1
1
1
1
2
2
2
2
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
5
5
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual
Receita Atual Cus. At. Acum. Rec. At. Acum.
--------------------------------------------------------------- (R$/ha) --------------------------------------------------------------852,58
852,58
-
100,00
100,00
150,72
200,72
-
0,00
51,91
101,91
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
1.176,00
1.176,00
2.352,00
852,58
-
100
182,47
-
0,00
84,22
-
0,00
52,54
-
0,00
47,76
-
0,00
43,42
-
0,00
39,47
-
0,00
35,89
-
1.206,95
-752,58
-200,72
-101,91
-69,93
-69,93
-69,93
-69,93
2.282,07
852,58
1035,05
1.119,28
1.171,82
1.219,58
1.263,00
1.302,47
1.338,36
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
1.306,95
Continua...
Quadro 4B, Cont.
Atividade
Ano
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
140
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
- Venda de madeira para serraria
- Venda de madeira para energia
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
8
8
8
8
9
9
9
9
10
10
10
10
11
11
11
11
12
12
12
12
13
13
13
13
14
14
14
14
14
14
15
15
15
15
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual
Receita Atual Cus. At. Acum. Rec. At. Acum.
--------------------------------------------------------------- (R$/ha) --------------------------------------------------------------55,93
105,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
940,80
940,80
1.881,60
55,93
105,93
-
0,00
49,42
-
0,00
29,66
-
0,00
26,96
-
0,00
24,51
-
0,00
22,28
-
0,00
20,26
-
0,00
18,41
-
495,48
25,36
-
0,00
-105,93
-69,93
-69,93
-69,93
-69,93
-69,93
1.811,67
-105,93
1.387,78
1.417,43
1.444,39
1.468,90
1.491,19
1.511,44
1.529,86
1.555,22
1.306,95
1.306,95
1.306,95
1.306,95
1.306,95
1.306,95
1.802,43
1.802,43
Continua...
Quadro 4B, Cont.
Atividade
Ano
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
141
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção de povoamentos de eucalipto
Subtotal 1 **
- Venda de madeira para serraria
- Venda de madeira para energia
Subtotal 2
TOTAL
16
16
16
16
17
17
17
17
18
18
18
18
19
19
19
19
20
20
20
20
21
21
21
21
21
21
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual
Receita Atual Cus. At. Acum. Rec. At. Acum.
--------------------------------------------------------------- (R$/ha) --------------------------------------------------------------19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
0,00
19,93
69,93
-
784,44
784,40
1.568,84
15,22
-
0,00
13,84
-
0,00
12,58
-
0,00
11,43
-
0,00
10,39
-
0,00
9,45
-
212,00
-69,93
-69,93
-69,93
-69,93
-69,93
** Ao Subtotal 1 foi adicionado o custo anual da terra de R$ 50,00/ha
1.498,91
1.570,43
1.584,27
1.596,85
1.608,28
1.618,68
1.628,13
1.802,43
1.802,43
1.802,43
1.802,43
1.802,43
2.014,43
Quadro 5B - Receitas (R$/ha) resultantes da comercialização dos produtos obtidos no sistema (rotação de 9 anos)
Unidade
Produção
Preço de venda
Receita
(Un)
(Un/ha)
(R$/Un)
(R$/ha)
- Arroz
Sc
23,33
12,00
279,96
- Soja
Sc
25,00
12,60
315,00
- Boi gordo *
@
15,00
25,00
375,00
- Madeira proveniente da destoca de regeneração de cerrado
St
50,00
2,00
100,00
- Madeira de Eucalyptus para serraria **
St
126,00
12,00
1.512,00
- Madeira de Eucalyptus para energia **
St
189,00
8,00
1.512,00
CUSTO TOTAL (R$/ha)
---
---
---
4.093,96
Discriminação do Produto
142
* A produção de 15 arrobas de carne é obtida a cada dois anos. Para chegar a esse valor, supôs-se que o sistema produz 5 arrobas de carne por hectare, por ano. Assim,
considerando que os novilhos com um ano de idade são adquiridos com um peso médio de 5 arrobas, em dois anos eles atingem 15 arrobas e estão prontos para abate.
** Considerou-se que a produtividade ou incremento médio anual da floresta é de 35 st/ha/ano e que 60% da madeira produzida é para energia e 40% é para serraria. Assim,
cortando o eucalipto com nove anos de idade, obtém-se uma produção de 315 st/ha, sendo 189 st (60% de 315 st) para energia e 126 st (40% de 315 st) para serraria.
Quadro 6B - Fluxo de caixa para o sistema agrossilvipastoril (rotação de 9 anos)
143
Atividade
Ano
- Implantação povoamentos de eucalipto
- Plantio, condução e colheita de arroz
Subtotal 1
- Venda de arroz
- Venda de madeira regeneração cerrado
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Plantio, condução e colheita de soja
Subtotal 1 **
- Venda de soja
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Formação de pastagem de braquiária
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Infra-estrutura da pecuária
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Aquisição de novilhos
- Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
Cus. At.
Rec. At.
Tempo Ret.
Acum.
Acum.
Cap.
----------------------------------------------------------------- (R$/ha) ----------------------------------------------------------------457,28
236,09
693,37
693,37
279,96
100,00
379,96
379,96
-313,41
693,37
379,96
-313,41
52,75
283,91
386,66
351,51
315,00
315,00
286,36
-71,66
1.044,88
666,32
-378,56
82,75
122,29
255,04
210,78
0,00
0,00
-255,04
1.255,66
666,32
-589,33
85,75
118,45
13,74
1,67
125,00
6,21
400,82
301,14
0,00
0,00
-400,82
1.556,80
666,32
-890,47
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual Receita Atual
Continua...
Quadro 6B, Cont.
144
Atividade
Ano
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Aquisição de novilhos
- Depreciação *
- Manutenção de pastagens
Subtotal 1 **
- Venda de boi gordo
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Depreciação *
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
Cus. At.
Rec. At.
Tempo Ret.
Acum.
Acum.
Cap.
----------------------------------------------------------------- (R$/ha) ----------------------------------------------------------------16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
60,36
0,00
0,00
-88,37
1.617,16
666,32
-950,83
16,75
13,74
1,67
125,00
6,21
107,58
320,95
199,28
375,00
375,00
232,85
54,05
1.816,44
899,17
-917,27
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
49,88
0,00
0,00
-88,37
1.866,32
899,17
-967,15
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual Receita Atual
Continua...
Quadro 6B, Cont.
145
Atividade
Ano
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Aquisição de novilhos
- Depreciação *
Subtotal 1 **
- Venda de boi gordo
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Depreciação *
- Manutenção de pastagens
Subtotal 1 **
Subtotal 2
TOTAL
- Manutenção povoamentos de eucalipto
- Insumos da pecuária
- Mão-de-obra da pecuária
- Depreciação *
Subtotal 1 **
- Venda de boi gordo
- Venda de madeira para energia
- Venda de madeira para serraria
Subtotal 2
TOTAL
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
Cus. At.
Rec. At.
Tempo Ret.
Acum.
Acum.
Cap.
----------------------------------------------------------------- (R$/ha) ----------------------------------------------------------------16,75
13,74
1,67
125,00
6,21
213,37
109,49
375,00
375,00
192,43
161,63
1.975,82
1.091,60
-884,21
16,75
13,74
1,67
6,21
107,58
195,95
91,41
0,00
0,00
-195,95
2.067,23
1.091,60
-975,62
16,75
13,74
1,67
6,21
88,37
37,48
375,00
1.512,00
1.512,00
3.399,00
1441,51
3.310,63
2.104,71
2.533,11
428,41
Custo
Receita
Saldo
Custo Atual Receita Atual
* casas, curral, depósitos, cavalos, arreios e cercas e ** ao subtotal 1 foi adicionado o custo anual da terra de R$ 50,00/ha.
Quadro 1C - Dados de inventário florestal em sistema agrossilvipastoril
Quadra Parcela
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
1
3
4
5
1
2
3
4
5
1
2
3
4
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
5
6
7
Número
Idade
de Árvores (anos)
18
4,76
18
4,76
16
4,76
18
4,76
17
4,76
18
4,76
18
4,76
18
4,76
18
4,76
17
4,76
18
3,76
17
3,76
17
3,76
18
3,76
18
3,76
18
3,76
15
3,76
18
3,76
18
3,76
18
2,76
17
2,76
18
2,76
18
2,76
18
2,76
17
2,76
18
2,76
18
2,76
18
2,76
18
2,76
18
2,76
17
2,76
18
2,76
18
2,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
17
1,76
18
1,76
15
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
18
1,76
Diâmetro Médio (q) Altura Total Área Basal
(cm)
(m)
(m²)
24,435
23,4
0,0466
22,389
23,3
0,0391
20,891
17,5
0,0327
18,041
23,4
0,0241
23,373
24,3
0,0423
20,614
18,5
0,0320
21,773
19,9
0,0350
20,644
19,7
0,0324
20,837
17,5
0,0333
20,804
18,4
0,0324
19,645
22,6
0,0302
19,576
21,0
0,0299
19,457
18,4
0,0284
20,267
19,1
0,0320
20,628
22,5
0,0333
20,623
15,9
0,0333
19,160
19,6
0,0287
18,276
19,4
0,0263
19,230
17,4
0,0284
15,090
12,6
0,0177
16,384
16,1
0,0211
16,045
13,6
0,0191
17,798
15,1
0,0243
16,855
15,1
0,0222
11,720
12,0
0,0099
11,035
9,7
0,0092
12,230
11,6
0,0109
16,757
13,4
0,0214
13,501
11,2
0,0141
14,128
13,0
0,0156
12,365
11,6
0,0113
13,861
10,8
0,0147
12,515
11,2
0,0108
11,786
10,3
0,0109
12,829
13,1
0,0129
11,846
11,4
0,0109
11,661
9,6
0,0106
11,300
10,9
0,0100
13,080
10,7
0,0131
11,232
10,5
0,0099
12,333
11,9
0,0119
11,844
11,3
0,0109
11,245
11,6
0,0099
11,468
10,9
0,0104
12,536
11,6
0,0121
11,708
11,5
0,0108
10,255
11,3
0,0082
146
Área Basal
(m²/ha)
11,647
9,777
7,263
6,013
9,981
8,012
8,742
8,091
8,332
7,642
7,543
7,051
6,694
8,012
8,332
8,332
5,969
6,576
7,088
4,418
4,988
4,778
6,082
5,542
2,326
2,290
2,734
5,346
3,526
3,904
2,670
3,685
2,688
2,734
3,217
2,734
2,642
2,507
3,267
2,326
2,971
2,278
2,463
2,597
3,019
2,688
2,043
Volume
(m³/ha)
114,416
95,677
53,386
59,098
101,868
62,252
73,063
66,948
61,242
59,056
71,598
62,194
51,735
64,271
78,740
55,643
49,138
53,578
51,801
23,379
33,726
27,294
38,573
35,146
11,724
9,330
13,320
30,085
16,585
21,314
13,010
16,716
12,644
11,827
17,700
13,090
10,653
11,478
14,684
10,258
14,847
10,813
12,000
11,888
14,709
12,982
9,695
Download

PROJETO DE PESQUISA FLORESTAL