GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA E MONOGRAFIA: Orientações Técnicas e Metodológicas Prof. Junior Argôlo (org.) E-mail: [email protected] Maceió 2011 ESTRUTURA DO PROJETO1 DE PESQUISA CIENTÍFICA SEGUINDO A NBR 15287:2011 Os cursos de graduação e pós-graduação, latu-senso e stricto senso, tem exigido que seus alunos envolvam-se com a pesquisa científica de forma cada vez mais direta. Esse envolvimento não requer apenas a prática da pesquisa, mas exige um refletir antecipado: um planejamento. Sabemos que a monografia é precedida do Projeto de Pesquisa Científica, pois este orienta o seu desenvolvimento. Logo, o Projeto de Pesquisa Científica é um planejamento detalhado que se pretende realizar para a construção da monografia. Nesse sentido, planejar nada mais é que decidir antecipadamente o que deve ser feito para a construção do trabalho científico. Por sua vez, a pesquisa científica prevê, no mínimo, duas grandes etapas: a primeira etapa, que antecede a sua execução, é o momento – necessário – de refletir sobre o que se quer conhecer mais, que dúvidas se quer resolver, qual a abrangência daquilo que se vai estudar. Esse é o momento do projeto de pesquisa; a segunda etapa, refere-se à execução da pesquisa em si, com base em tudo aquilo que se planejou. Esse é o momento de construir a obra, ou seja, o desenvolvimento da pesquisa que você se propôs através do projeto. Em análise, segundo as palavras de Santos (2008, p. 22), o projeto de pesquisa científica “[...] traça o caminho intelectual inicial de todo o processo posterior”. Nesse sentido, a elaboração de um projeto de pesquisa facilita o trabalho do próprio executor dessa (o pesquisador), além de permitir que outras pessoas possam entender com clareza aquilo que se pretende estudar em sua obra. Por tais razões, o projeto permite o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões científicos, de forma racional, lógica, criteriosa, com métodos e procedimentos adequados, os quais estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, esse planejamento ajuda a garantir que os resultados sejam mais confiáveis, fruto de um pensamento analítico, crítico e questionador. 1 A Monografia é precedida do Projeto de Pesquisa Científica, pois este orienta o seu desenvolvimento. Quando o Projeto se encontra embasado em referências (teóricas e/ou práticas) consistentes, a sua operacionalização e elaboração do Trabalho Final de Conclusão do Curso (TCC) tornam-se muito mais tranqüilas. Necessário se faz ventilar que muitos pesquisadores iniciantes ao se depararem com a necessidade de elaborar um projeto de pesquisa, sentem-se bastante ansiosos e até mesmo indecisos. Enfim, sendo acometido de uma certa insegurança. Isso pode acontecer não por que o new pesquisador não saiba fazê-lo, mas por que não tem noção clara de como fazê-lo e, às vezes, por não estar familiarizado com a pesquisa e por não ter descoberto nela uma grande aliada. Uma vez conhecendo como fazer um projeto e tendo consciência do quanto ele pode simplificar a trajetória da pesquisa, auxiliando na vida profissional, tudo fica mais fácil. O projeto de pesquisa científica está alicerçado sob as normas técnicas de informação e apresentação, tombado pelo NBR 15287, da ABNT, com última atualização em 30 de dezembro de 2005. Assim, diz a redação da norma em epígrafe que a estrutura de um projeto de pesquisa científica compreende três disposições essenciais e obrigatórias: 1 pré-textuais; 2 textuais; e, 3 pós-textuais. Em razão disso a estrutura pré-textual é composta dos seguintes elementos: capa, folha de rosto (NBR 14724) e sumário (NBR 6027); já na estrutura textual, segundo a ABNT, Os elementos textuais devem ser constituídos de uma parte introdutória, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado e a(s) hipótese(s), quando couber(em), [...] o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s) [ficarão em páginas separadas]. É necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua consecução. (ABNT, NBR 15287, 2005, p. 2, grifo nosso). Em remate, no tocante a estrutura pós-textual, essa será composta dos elementos: Referências (NBR 6023), Anexo(s) e/ou Apêndice(s) (se houver(em)), além da contra-capa (folha em branco). 1 Elementos pré-textuais Os elementos pré-textuais são todos os itens (ou elementos) que antecedem o texto, ou seja, segundo a ABNT, “[...] são elementos que completam o trabalho” (NBR 15287, 2011, p. 1). a) Capa e Folha de rosto A capa e a folha de rosto do Projeto de Pesquisa Científica devem conter todos os elementos elencados na NBR 15287:2011, muito embora a norma em comento disponha a Capa como um elemento opcional, esta Instituição classifica o elemento como obrigatório em sua apresentação. Devendo a Capa conter as seguintes informações transcritas na mesma ordem: a) nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado; b) nome(s) do(s) autor(es); c) título; d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente); e) local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado; f) ano de depósito (entrega). Já a Folha de Rosto,2 elemento obrigatório, apresenta as informações transcritas na seguinte ordem: a) nome(s) do(s) autor(es); b) título; c) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente); d) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido; e) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; f) ano de depósito (entrega). b) Sumário O Sumário deve ser elaborado de acordo a NBR 6027 e deve, ainda, conter a indicação das páginas das diferentes partes do trabalho. Há de salientar que os elementos do pré-texto 2 Se exigido pela entidade, deve ser apresentados dados curriculares do(s) autor(es) em folha(s) distinta(s) após a folha de rosto. não constam no sumário, ou seja, no sumário só serão apresentados os elementos textuais (Introdução, Objetivos, Justificativa, Referencial Teórico, Metodologia, Recursos, Cronograma). Além dos elementos pós-textuais (Referências, Anexos (se houver)). Assim, o Sumário é elemento obrigatório que enumera as principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. EXEMPLOS DE ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS NO PROJETO DE PESQUISA: CAPA, FOLHA DE ROSTO E SUMÁRIO FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Direito Nome do aluno completo, sem abreviatura (se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: Subtítulo (se houver, sem negrito) Maceió 2011 CAPA 3 cm / Superior FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Direito 6 cm Nome do aluno, sem abreviaturas Medianiz 2cm + 1 cm = 3cm / Esquerda 10 cm 2 cm / Direita Espacejamento simples TÍTULO DA OBRA: Subtítulo (se houver) 14 cm Local de depósito (Maceió) ano (2011) 2 cm / Inferior Nome do aluno, sem abreviatura (se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: Subtítulo (se houver, sem negrito) Projeto de pesquisa apresentado como exigência parcial da disciplina Metodologia da Pesquisa sob a orientação do Prof. ... , no 8º período do curso de Direito, noturno, ... da Faculdade Maurício de Nassau. Orientador(a) doutrinário(a): Prof(a) (Título) ... Maceió 2011 FOLHA DE ROSTO Nome do aluno, sem abreviaturas 10 cm TÍTULO DA OBRA: Subtítulo (se houver) 3 cm + 7,5 cm = 10,5 cm Espacejamento simples com fonte tamanho 10 48 pts. antes Espacejamento simples Fonte: 10 Projeto de pesquisa apresentado como exigência parcial da disciplina Metodologia da Pesquisa sob a orientação... Orientador(a) doutrinário(a): Prof.(a) (Título) ... 6 pts. antes Local de depósito ano Espacejamento simples Projeto de Pesquisa Científica apto doutrinariamente a ser depositado: ____________________________________________________________ Prof. ...... (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) Orientador(a) Doutrinário(a) Projeto de Pesquisa Científica apto metodologicamente a ser depositado: ____________________________________________________________ Prof. (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) metodológico Orientador Metodológico Maceió 2011 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 .......................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 2.1 Geral ............................................................................................................................. 2.2 Específicos .................................................................................................................... 3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 4 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 6 CRONOGRAMA ........................................................................................................... REFERÊNCIAS ................................................................................................................ ANEXOS ........................................................................................................................... 3 Na introdução estarão contidos dois elementos: o Problema e a(s) Hipótese(s) de forma discriminada em parágrafos distintos, seguidos. 2 Elementos textuais Os elementos textuais são as partes do trabalho que são expostas à matéria. Ou seja, os elementos textuais são aqueles que constituem o núcleo do trabalho. É a parte onde será apresentado o conteúdo de todo o trabalho, no caso do Projeto de Pesquisa Científica sendo composto por: Introdução, Objetivos, Justificativa, Referencial Teórico, Metodologia, 4 Recursos , Cronograma. a) Introdução A fim de maior clareza, a Introdução (Apresentação) do Projeto de Pesquisa terá em sua redação uma divisão entre a apresentação do tema proposto, levantamento bibliográfico preliminar (síntese), problema a ser abordado e a(s) hipótese(s), quando couber(em), mas sem necessidade desses elementos estarem topificados, dicotomizados, divididos por subseções. Ou seja, os parágrafos serão contínuos, onde cada elemento terá o seu próprio parágrafo, sua própria redação, mas interligados na essência da idéia tratada pelo link de raciocínio. a1) Tema O tema expõe ao leitor o assunto da pesquisa, define a área de interesse a ser pesquisada. A seleção pode partir de uma decisão pessoal ou das exigências do curso que se realiza. Também pode se dar por uma lacuna em nossa formação e o desafio de superar nossas limitações pode nos motivar a realizar uma pesquisa. Pois bem, essa motivação é importante para enfrentarmos as dificuldades que o processo de pesquisa oferece. Na escolha do tema considere o interesse que o mesmo desperta como também o tempo disponível para que a pesquisa se realiza dentro do prazo estabelecido pela coordenação do curso. O tema pode ser delimitado e um problema apontado. O problema vem a ser a questão que norteará todo o seu processo de pesquisa. No que pertine especificamente a escolha do tema, há de ser salientado que existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa: 4 Elemento opcional a ser inserido no Projeto de Pesquisa Científica. Fatores internos a) Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. b) Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. c) O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido. É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área. Fatores externos a) A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais. Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. b) O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho. Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. c) Material de consulta e dados necessários ao pesquisador. Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. a2) Levantamento bibliográfico O levantamento indica o conhecimento que possuímos sobre o tema a partir de leituras que fizemos. Expõe ao leitor como esse assunto já tem sido tratado por outros autores. Esboça uma revisão da bibliografia que o pesquisador já pôde consultar até o momento da elaboração do seu projeto de pesquisa. Não se trata de uma relação de nomes de livros, artigos e/ou autores que você pretende ler. Por seu turno, o tema descreverá o objeto de estudo. Deverá evidenciar qual a pesquisa pretendida, elucidando o assunto a abordar, delimitando-o segundo o desígnio de um curso lato sensu. Além disso, o tema deve ser redigido com objetividade, exprimindo globalmente a proposta. Dessa forma, o tema é mais extenso do que o título pois seu mister é esclarecer a intenção do estudo como sinopse prévia da monografia. Por outro lado, como o título tem a função de convidar ao conhecimento, sua redação pode lançar mão da estética literária, de metáforas, para causar impacto, curiosidade e seduzir o leitor. Por isso, o título é uma das últimas tarefas a cumprir quando se produz um texto acadêmico, pois no decorrer do processo de construção do trabalho muitos insights emergem propiciando nomeações mais pertinentes. Por fim, o levantamento bibliográfico preliminar dá início a revisão da literatura que dará suporte a fundamentação teórica ao seu estudo. a3) Problema5 (também chamado de Problematização ou de Problemática) Problematizar é especificar um ponto para ser resolvido, aquilo que significa contenda, desavença, discussão ou conflito em relação à temática escolhida, portanto, é uma questão, um enunciado que interroga sobre como chegar a uma boa conclusão. Segundo Marconi e Lakatos (2006), o problema para ser considerado aproprieado, deve ser analisado sob os seguintes aspectos: 1. viabilidade – pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa; 2. relevância – está adequado ao estágio atual da evolução científica; 3. novidade – deve ser adequado ao estágio atual da evolução científica; 5 Explicação pertinente: O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. 4. exeqüibilidade – pode chegar a uma conclusão válida; 5. oportunidade – atender a interesses sociais, gerais. A formulação do problema é condição sine qua non, fundamental, da pesquisa científica, pois define e delimita o objeto a ser estudado, fornecendo ao pesquisador o elemento principal para estabelecer o objetivo geral da pesquisa. Por último, a problematização – antônimo da solução – descreve o aspecto negativo que a realidade mostra, e para modificá-lo resolvendo-o ou minorando-o, busca-se respaldo acadêmico através de um aprofundamento teórico. Logo, o problema é apresentado através de uma indagação (pergunta “?”), cuja resposta encontra-se, ainda, fora do alcance do pesquisador. a4) Hipótese(s) A hipótese é a resposta à pergunta da pesquisa (Problema); deve ser apresentada junto com as razões para se acreditar que esta será a resposta a ser encontrada ao executar a pesquisa. Assim, Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada. b) Objetivos A definição dos objetivos de pesquisa é pré-requisito sem o qual não se realiza nenhum trabalho científico. Nesse sentido, ao formular os objetivos de uma pesquisa científica deve-se expressar quais metas estão sendo almejadas para alcançar ao término da investigação. Segundo Costa (1999, p. 23), os objetivos devem “[...] prever intenções que se situam tanto no plano mais geral quanto no mais específico; [e, ainda, devem ser utilizados] verbos no infinitivo”. Objetivo geral: De modo lato, o objetivo geral manifesta o rumo do conhecimento acadêmico desejado, açambarcando pesquisa e monografia como uma proposta ampla. Logo, o objetivo geral determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho. Deveras, objetivo é sinônimo de meta, fim a ser alcançado. Existem verbos específicos para a construção do objetivo geral da pesquisa. Objetivos específicos: Para o cumprimento do objetivo geral, os específicos devem manifestar as etapas previstas para completar a finalidade almejada. Deve-se planejar um objetivo para cada segmento – parte ou seção6 – da monografia. Assim, os objetivos específicos definem determinados aspectos que se pretende estudar/compreender/explicar, levando ao alcance do objetivo geral. Os objetivos específicos tendem a responder a seguinte indagação: “Para que pesquisar?”. Para a construção dos objetivos específicos necessário se faz a utilização de verbos específicos para sua redação. Assim, para formular os objetivos de uma pesquisa, o verbo utilizado deverá ser passível de respostas, por isso é importante a escolha adequada. Geralmente, nas fases iniciais (graduação e pós-graduação lato sensu) os objetivos situam-se no âmbito de estudar, conhecer e compreender.7 c) Justificativa É constituída pela argumentação sobre a relevância do estudo. Destarte, na justificativa retomam-se a problematização e ao objetivo geral, mostrando a importância da abordagem para encontrar o rumo pensado como solução da questão identificada. Para Costa et al. (1999, p. 23), a função da justificativa é “[...] destacar a relevância e o porquê de tal pesquisa ser realizada, apresentando os motivos que a justificam [...]”. 6 7 A palavra capítulo está em desuso nos trabalhos científicos. Quando a pesquisa é descritiva, na maioria das vezes os verbos utilizados são: descrever, caracterizar e traçar; já na pesquisa explicativa utilizam-se os verbos: verificar, explicar, analisar e avaliar; na pesquisa exploratória, os verbos mais utilizados são: identificar, conhecer, levantar e descobrir. Pois bem, na justificativa deve-se responder sempre à pergunta: Porque executar o Projeto? A par disso, deve-se descrever as razões determinantes do Projeto, os fatores de motivação que levaram a abordagem do assunto. Situação atual: diagnóstico do problema que o projeto se propõe a solucionar. Deve-se incluir uma descrição dos antecedentes do problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para resolvê-lo. Situação futura: deverá ser descrita a solução proposta para resolver ou minorar o problema identificado. Demonstrar a importância da execução projeto no contexto social, científico e tecnológico do país. Assim, ao elaborar a justificativa o pesquisador deve, segundo Costa (1999, p. 23): “[...] deixar claro quais contribuições se prevêem para a compreensão, intervenção ou solução do problema; articular a relevância intelectual e prática do problema investigado à experiência do investigador”. Em resumo, é na justificativa que o pesquisador deve defender o porque falar sobre o tema a ser pesquisado, e, ainda, deve destacar em seu convencimento o ponto no qual se encontram as pesquisas científicas sobre o tema escolhido no Brasil, ou, em sua região. d) Referencial teórico8 O Referencial Teórico trata-se do corpo da monografia, da temática segundo vários autores, relacionando-os. Uma revisão bem elaborada mostra as visões das autoridades sobre o assunto, as convergências e divergências dessas visões, como se fosse uma “mesa redonda” – a simulação de um colóquio entre os teóricos aos quais se teve acesso. Nesse sentido, o referencial teórico tem por finalidade definir se a idéia é viável do ponto de vista teórico, conhecendo como o tema encontra-se atualmente explorado através das pesquisas realizadas. É um mapeamento teórico do estudo atual de conhecimento sobre o tema. Finalmente, é no referencial teórico que se deve listar a bibliografia e analisar de forma resumida os estudos concluídos ou em andamento realizados pela unidade executora, 8 Este elemento, também, recebe outras nomenclaturas: Revisão de Literatura, Embasamento Teórico, Fundamentação Teórica, Levantamento Doutrinário, dentre outras. ou seja, pelo pesquisador. Mas, no Projeto de Pesquisa Científica esse Referencial Teórico será apenas um resumo do que será visto no trabalho monográfico. e) Metodologia (ou Procedimentos Metodológicos ou Material e Método) Na metodologia deve-se sempre responder a pergunta: De que forma o projeto será executado? Logo é na Metodologia que se deve abordar mecanismos, procedimentos, processos, técnicas a serem utilizados na execução do projeto. O projeto deve prever antecipadamente o que será medido, observado, analisado para demonstrar o avanço ou progresso obtido. Discriminar as atividades necessárias e estabelecer aquelas que possam constituir indicadores de acompanhamento físico do projeto. Em razão disso, o sentido da metodologia é facilitar o cumprimento dos objetivos. É preciso descrevê-la, esclarecendo quais caminhos escolhidos para o estudo e sua sistematização, ou seja, projetando as possibilidades da travessia pretendida. A opção metodológica decorre do prisma sob o qual se observa o objeto e respalda a pesquisa. Assim, para uma pesquisa de campo, deve-se elucidar, com fundamentação teórica, sobre o universo que lhe é pertinente, os critérios de amostragem, os instrumentos de pesquisa, etc... Uma pesquisa documental deve prever as diversas fontes, categorizando-as segundo autores especificados. 1 Classificação das pesquisas Inicialmente é preciso deixar claro que ao classificar a nossa pesquisa estaremos fazendo uma opção pelos procedimentos técnicos que serão utilizados pelo pesquisador no decurso do estudo. Assim, essa classificação não é meramente ilustrativa ou decorativa no Projeto de Pesquisa Científica, mas uma tomada de decisão, importante que deve ser pensada com o devido cuidado, em virtude de ser assumida se for realmente optada pelo pesquisador. Devemos, ainda, alertar que o pesquisador poderá usar mais de um tipo de pesquisa e que os tipos utilizados não poderão ser excludentes entre si, nem tampouco antagônicos. a) Quanto a variáveis (VI e VD) Por variáveis entendemos causa e/ou efeito de um fenômeno que somaremos aos conceitos de dependente e independente, fazendo uma relação com a terceira Lei de Newton: de que a toda ação resulta uma reação. As variáveis estão para si nessa relação, ou seja, enquanto uma é ação a outra é reação. Mas de que forma isso acontece? Variável Independente (VI) – por VI entendemos a causa geradora do fenômeno. Ela é a ação que resultará numa reação, que denominaremos de variável dependente (VD). Variável Dependente (VD) – por variável dependente entendemos a reação, ou seja, o fato ou o fenômeno (produzido pela variável independente), que se está estudando como produto da existência da causa (VI). Manipulando-se a VI o pesquisador provoca alterações na VD. b) Quanto à classificação com base nas variáveis A primeira classificação dada às pesquisas diz respeito à manipulação ou não da VI. São de dois tipos: b1) Pesquisa Experimental Cumpre salientarmos que nesse tipo de pesquisa, que melhor se presta às ciências naturais, busca-se o maior controle possível da VI a fim de que sejam observáveis os resultados na VD, ou seja, no fenômeno estudado. Trata-se de rigorosa verificação empírica. Em suma, a pesquisa experimental envolve algum tipo de experimento. Exemplo: pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado. b2) Pesquisa Não-Experimental (ou ex post facto) Nesse tipo de pesquisa não há controle da VI, embora se constitua, como a pesquisa experimental, em rigorosa verificação empírica de determinado fato ou fenômeno. A pesquisa não experimental é aquela em que a variável independente é manipulada em seu meio natural, sem interferência do pesquisador. Muitas vezes o fato a ser estudado já ocorreu, verificando-se quais elementos geraram determinado acontecimento, ou quais prováveis caminhos surgirão devido ao ocorrido. Vale lembrar que a pesquisa não-experimental é em geral menos valorizada que a pesquisa experimental, pois sem o controle da variável independente dependerá não só da análise, mas do poder de argumentação do pesquisador. Além do que, a escolha de uma teoria já carrega um “olhar” único que será diferente de outra teoria, criando divergências. Assim, apesar da maior crítica à pesquisa experimental ser o contraste entre o ambiente programado do pesquisador e o meio natural, a pesquisa não-experimental consegue adquirir um grau de cientificidade como da pesquisa experimental. Mesmo assim, sua importância é vital para o andamento das ciências sociais e humanas, já que o empirismo não é muito adaptável a elas. c) Quanto à classificação com base nos objetivos Neste critério estaremos classificando nossa pesquisa segundo intenção exploratória, descritiva ou explicativa do fenômeno a ser observado. c1) Pesquisa exploratória Uma das características da pesquisa exploratória, tal como é geralmente concebida, refere-se à especificidade das perguntas, o que é feito desde o começo da pesquisa, como única maneira de abordagem. A pesquisa exploratória, da maneira proposta neste guia, apóia-se em determinados princípios bastante difundidos: 1) a aprendizagem melhor se realiza quando parte do conhecido; 2) deve-se buscar sempre ampliar o conhecimento e 3) esperar respostas racionais pressupõe formulação de perguntas também racionais. Este tipo de pesquisa tem por finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de uma temática de estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar. Pode-se dizer que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; c) análise de exemplos que estimulem a compreensão do fato estudado. Assim, a pesquisa exploratória trata da abordagem superficial do problema com vista a sua exploração, análise e exame. O objetivo, aqui, é uma maior interação entre o pesquisador e o objeto da pesquisa, uma familiarização deste em relação àquele. c2) Pesquisa descritiva É a exposição minuciosa das características de determinado objeto de estudo. Não se busca uma explicação, mas uma definição deste, ou de suas relações com outros, ou ainda, das relações correntes entre suas variáveis. A pesquisa descritiva procura observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos ou fenômenos (variáveis), sem que o pesquisador interfira neles ou os manipule. Este tipo de pesquisa tem como objetivo fundamental a descrição das características de determinada população ou fenômeno. Ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis, isto é, aquelas que visam estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, e outros. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os outros, sua natureza e características. Deveras, são inúmeros os estudos que podem ser classificados como pesquisa descritiva e uma de suas características mais significativas é a utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados, tais como o questionário e a observação sistemática, e instrumentos como a observação e o formulário. Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, objetivando determinar a natureza dessa relação aproximando-se, assim, da pesquisa explicativa. A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas e, de um modo geral, assume a forma de um levantamento, sendo mais realizada por pesquisadores das áreas de ciências humanas e sociais, preocupados com a atuação prática. É também utilizada por instituições educacionais, partidos políticos, empresas, e outras organizações. Por fim, a pesquisa descritiva usa padrões textuais como, por exemplo, questionários para identificação do conhecimento. Exemplo: o IBGE realiza pesquisas descritivas. A pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenônemos sem, entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do investigador, que apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a freqüência com que o fenômeno acontece. c3) Pesquisa explicativa A pesquisa explicativa é o mais profundo tipo de pesquisa quanto aos objetivos. Busca estabelecer causa para a ocorrência do fenômeno; em outras palavras, a pesquisa explicativa procura explicar o fenômeno em suas minúcias e detalhes. Exige conhecimento profundo dos métodos e técnicas de pesquisa uma vez que vai mais fundo no problema. Assim, a pesquisa explicativa, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados tem como preocupação primordial identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, isto é, suas causas. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão e o porquê das coisas. d) Quanto à classificação com base na tomada e tratamento dos dados Essa classificação é voltada integralmente aos procedimentos técnicos de coleta e tratamento de dados. Não fazemos aqui nenhuma outra distinção entre essas classificações, uma vez que entendemos que três níveis de ordenamento são suficientes para uma qualificação procedimental eficiente. d1) Pesquisa bibliográfica Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Ou seja, voltada à coleta de dados em fontes impressas de modo a crermos que os livros e periódicos se prestem melhor a essa função. Esse tipo de pesquisa contribuirá para obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado; conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram abordados; verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa. d2) Pesquisa documental Assemelha-se, em muito, à pesquisa bibliográfica, mas a fonte, dessa vez, são documentos, mapas, registros e outros tipos impressos – por via mecânica, manual, ou outra – que não os referenciados na classificação anterior. d3) Pesquisa ex-post facto Nesse tipo de pesquisa os dados são coletados após a ocorrência do fenômeno, com isso, o pesquisador não tem controle sobre as variáveis, cabendo-lhe, apenas, verificar as causas e as conseqüências, de modo a não estar em condições de interagir com o processo. Em resumo esse tipo de pesquisa se dá quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. d4) Estudo de caso Fundamentalmente, o “Estudo de caso” constitui a busca de outro(s) fenômeno(s) que apresente(m) semelhanças com aquele que se está pesquisando agora, para que sejam verificadas suas convergências, os métodos adotados e os resultados obtidos e, assim, estabelecer uma procedência desses comportamentos. Assim, quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. d5) Levantamento É a consulta direta a pessoas ou grupos de pessoas envolvidas no objeto de estudo, de modo a se construir uma teoria, com base quantitativa, daquilo que se deseja conhecer. O censo é uma forma de levantamento no qual todos os integrantes do universo pesquisado são investigados. Por fim, o Levantamento se dá quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. d6) Pesquisa-ação A pesquisa-ação se dá quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. d7) Pesquisa participante A pesquisa participante é aquela que se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Logo, a pesquisa participante é, em alguns casos, um tipo de pesquisa baseada numa metodologia de observação participante na qual os pesquisadores estabelecem relações comunicativas com pessoas ou grupos da situação investigada com o intuito de serem mais bem aceitos. Assim, desse modo, devemos entender que, pelo menos em alguns casos, enquanto na pesquisa-ação o pesquisador está imerso no objeto de pesquisa, na pesquisa participante ele também está envolvido, apenas no intuito de aproximar-se do universo pesquisado e participando, compreendê-lo melhor. d8) Pesquisa quantitativa A pesquisa quantitativa baseia-se, fundamentalmente, em dados estatísticos e nas relações significativas entre os fenômenos obtidos nas diversas formas de pesquisa. Está mais relacionada ao tratamento aplicado às informações do que ao modo de obtê-las como tivemos até agora. Na atualidade é o mais usado em pesquisa e, freqüentemente o mais solicitado. d9) Pesquisa qualitativa A pesquisa qualitativa dá ênfase ao fenômeno e não a intensidade do fenômeno, muito embora não despreze a perspectiva quantitativa. É uma forma muito utilizada em pesquisas onde o objeto é o estudo do ser humano tido como muito mais significativo e não sujeito a quantificações. f) Recursos (opcional) No que pertine aos Recursos, normalmente as monografias (graduação e pósgraduação lato sensu) não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa. Assim, os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projeto. g) Cronograma No Cronograma deve-se haver a esquematização das atividades, ou seja, suas atribuições propostas, e, ainda, o desenvolvimento do projeto, segundo um fluxo temporal (com intervalo de tempo de 30 dias). A sua elaboração se dá por representações visuais (gráficos de barra, diagramas e/ou fluxograma). E ao final devem-se assinalar os indicadores de acompanhamento estabelecidos no item anterior. Exemplo: AÇÕES / ATRIBUIÇÕES ANO DE EXECUÇÃO: 2010 J Escolha do tema Contato com o orientador Levantamento de fontes de pesquisa Elaboração do Projeto Entrega do Projeto Leitura, análise e estudo do material coletado Início da redação do trabalho Apresentação da redação ao orientador Revisão final da redação do trabalho: doutrina, metodologia e português Depósito F M A M J J A S O N D Em análise última, o Cronograma deve ser apresentado em forma de quadro, e este elemento consiste no planejamento das etapas de trabalho necessárias à construção do texto monográfico, distribuídas no tempo previsto para o estudo. Assim, é uma previsão do agendamento das tarefas que permitirão alcançar os objetivos propostos, desde a escolha temática até a redação final. O fiel cumprimento deste elemento permite a celeridade das execuções. 3 Elementos pós-textuais a) Referências9 Todos os autores e/ou documentos listados nas Referências devem ter sido evocados no texto; da mesma forma, todos os autores citados no texto devem estar devidamente referenciados, inclusive o material colhido em Internet. Por último, as Referências seguirão especificamente a NBR 6023:2003. A ordem de apresentação será alfabética. O espacejamento será simples, não obedecendo à regra da NBR 14724:2011. b) Anexos Os Anexos só serão incluídos caso haja necessidade de juntar ao Projeto de Pesquisa Científica algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa. Quanto ao processo de inscrição do pesquisador no CNPq, por exigência institucional, o estudioso deverá se cadastrar na Plataforma Lattes 10 e ao final imprimir seu currículo e colocá-lo anexo ao Projeto de Pesquisa Científica como elemento comprobatório. 9 10 Não se utiliza mais a terminologia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ou BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS, cf. NBR-6023:2003. A Plataforma Lattes é à base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciências e Tecnologia. O currículo Lattes deve ser preenchido pelo pesquisador no sítio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) disponível em: <https://wwws.cnpq.br/sigef_imp/owa/cadast_rh>. EXEMPLO DE ELEMENTOS TEXTUAIS NO PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA: INTRODUÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA, REFERENCIAL TEÓRICO E CRONOGRAMA ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS: REFERÊNCIAS E ANEXOS 4 1 INTRODUÇÃO 5 2 OBJETIVOS 6 3 JUSTIFICATIVA 2.1 Geral 2.2 Específicos 7 4 REFERENCIAL TEÓRICO 8 5 METODOLOGIA 9 6 CRONOGRAMA 10 REFERÊNCIAS ATENÇÃO: ANEXOS DEVERÁ DEIXAR UMA FOLHA EM BRANCO AO FINAL DA IMPRESSÃO DO PROJETO INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA DIGITAÇÃO, FORMATAÇÃO E IMPRESSÃO DO PROJETO DE PESQUISA 1 Digitação a) Fonte: Times New Roman / Arial b) Tamanho da fonte: 12 para todo desenvolvimento e para todos os títulos de seção c) Espacejamento entre linhas: 1,5 d) Espacejamento entre parágrafos: 6 pontos antes e 6 pontos depois e) Recuo de parágrafo: 1,25 cm (primeira linha) f) Alinhamento: justificado 2 Impressão a) Papel: Tamanho A4 b) Cor do papel: Branco (ou Reciclável, cf. NBR 14724:2011) c) Gramatura: 75 ou 90 g/cm2 (Preferencialmente) d) Cor da fonte: preta 3 Configuração de página a) Margem Superior: 3cm b) Margem Inferior: 2cm c) Margem Direita: 2cm d) Margem Esquerda: 3cm (2cm + 1cm da Medianiz = 3cm) 4 Layout a) Cabeçalho: 2 cm b) Rodapé: 1,5 CONCLUSÃO Em conclusão, a pesquisa científica é, portanto, a realização concreta de uma investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela metodologia científica. Assim sendo, a Metodologia da Pesquisa científica é entendida como um conjunto de etapas ordenadamente dispostas que o pesquisador deve vencer na investigação de um fenômeno. Deveras, nesse rol de obstáculos a serem vencidos pelo pesquisador devemos incluir a priori a escolha do tema, a problematização, a escolha da(s) hipótese(s), o planejamento da investigação, o desenvolvimento metodológico dentre outros elementos, dispostos no Projeto de Pesquisa estabelecido pela NBR 15287:2011. Por fim, realizar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você escolha um tema e defina um problema para ser investigado, elabore um plano de trabalho e, após a execução operacional desse plano, escreva um relatório final e este seja apresentado de forma planejada, ordenada, lógica e conclusiva obedecendo a NBR 14724:2011 em seus aspectos de apresentação. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: Informação e documentação – Projeto de Pesquisa – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. _____ . NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. _____ . NBR 10520: Informação e documentação – Citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. _____ . NBR 6027: Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Janeiro: ABNT, 2003. Rio de _____ . NBR. 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. COSTA, Ana Rita Firmino. et al. Orientações metodológicas para produção de trabalhos acadêmicos. 4 ed. Maceió: EDUFAL, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006. SANTOS, Antônio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 7 ed., São Paulo: [s.n], 2008. ANEXOS COMO ESCOLHER VERBOS PARA A FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS 1 – De objetivos gerais Abranger Adquirir Ampliar Analisar Aperfeiçoar Aplicar Apreciar Aprender Avaliar Compreender Computar Conduzir Conhecer Considerar Criar Dar Desempenhar Desenvolver Encarar Entender Julgar Melhorar Mostrar Ouvir Pensar Respeitar Saber Sentir Ter 2 – De objetivos específicos a) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Sociais Agradecer Ajudar Argumentar Comunicar Contribuir Conversar Convidar Cooperar Cumprimentar Dançar Desculpar Discutir Elogiar Participar Permitir Responder Rir Sorrir b) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Criativos Alterar Designar Modificar Qualificar Questionar Reconstruir Reelaborar Reorganizar Revisar Simplificar Sintetizar Sistematizar c) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de Linguagem Abreviar Acentuar Articular Assinalar Colocar Descrever Dizer Editar Expressar Falar Ler Murmurar Ordenar Pontuar Pronunciar Recitar Separar Sumariar Traduzir Verbalizar d) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de Estudo Reproduzir Nomear Localizar Registrar Anotar Citar Pesquisar Organizar copiar Selecionar Representar Marcar Planejar Destacar e) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Musicais Assobiar Aplaudir Cantar Cantarolar Compor Apitar Fazer mímica Tocar Bater palma Bater com ritmo Dedilhar Destacar f) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Físicos Alcançar Andar Arquear Carregar Cobrir Correr Empurrar Escalar Esculpir Esquiar Flutuar Golpear Inclinar Lançar-se Marchar Pegar Pular Puxar Saltar Sapatear g) Objetivos específicos relativos a comportamentos artísticos Alisar Colocar Colorir Compor Construir Desenhar Edificar Embrulhar Enrolar Esmagar Ilustrar Juntar Lustrar Modelar Ornamentar Perfurar Pintar Pregar Soprar Traçar h) Objetivos específicos relativos a comportamentos dramáticos Abraçar Atuar Começar Comover Deixar Desempenhar Dirigir Emitir Expressar Mostrar Penetrar Reagir Realizar Sair Sentar Virar i) Objetivos específicos relativos a comportamentos matemáticos Adicionar Calcular Calcular área Comprar Computar Contar Derivar Estimar Fazer gráficos Grupar Integrar Intercalar Medir Multiplicar Numerar Planejar Reduzir Solucionar Subtrair Tabelar Verificar j) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Laborais Aplicar Aumentar Conduzir Controlar Converter Criar Cultivar Demonstrar Diminuir Estabelecer Limitar Manipular Manter Operar Pesar Preparar Recolocar Registrar Regular Remover Transferir l) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de: aparência geral, higiene e segurança Abotoar Amarrar Atar Beber Cobrir Comer Desabotoar Desatar Descobrir Eliminar Encher Esperar Esvaziar Fechar Lavar Limpar Parar Pentear Prever Vestir ESTRUTURA DA MONOGRAFIA11 CONFORME A NBR 14724:2011 Sabe-se que o termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico. Considera-se monografia aquele trabalho que concentra sua abordagem em um assunto específico, em um determinado problema, tendo este, um tratamento pormenorizado e analítico. Os trabalhos científicos serão monográficos na medida em que satisfizerem à exigência da especificação, ou seja, na razão direta de um tratamento estruturado de um único tema, devidamente delimitado. No Brasil a monografia é exigência dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu, conforme resolução do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Superior, sem a qual o aluno não receberá o certificado de conclusão de curso. Para tanto, a monografia tem por finalidade complementar a formação profissional do aluno, bem como propiciar ao aluno a oportunidade de integrar e aplicar os conhecimentos teóricos, práticos e metodológicos obtidos no decorrer do curso. Neste sentido, o trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação do tema, pela profundidade do tratamento, do que por sua eventual extensão, generalidade ou valor didático. A monografia consiste na forma de trabalho científico que é exigida do aluno no momento da obtenção de sua titulação acadêmica de graduação ou pós-graduação lato sensu, ou seja, no instante imediatamente precedente à conclusão de seu curso. Por esse motivo, é possível verificar a notoriedade, a importância, o âmbito do trabalho monográfico enquanto última instância para a formação de um profissional, que em breve estará disposto no mercado de trabalho como mais um elemento constituinte da força motriz em termos profissionais no País. 11 Monografia é um documento investigativo e minucioso que apresenta o resultado de trabalho de atualização de conhecimentos sobre um tema específico e geralmente restrito, mediante revisão de publicações de outros autores e também próprias. O objetivo da monografia é reunir vários trabalhos e analisá-los comparativamente, com o fim de se promover a atualização de um dado tema. Via de regra, a monografia é constituída sob a supervisão de um especialista no assunto (professor ou pesquisador), que será a autoridade acadêmica a validar ou não os argumentos utilizados e a mostrar caminhos bibliográficos para o andamento da pesquisa. Por tais motivos, frente a grandeza e ao peso que tem uma monografia na vida do estudante acadêmico, esse tipo de trabalho freqüentemente causa profunda preocupação no aluno, principalmente no tocante à sua elaboração e boa disposição em consonância com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que delimitam e normatizam a apresentação dos trabalhos científicos no Brasil, muito embora, algumas instituições em outros países (no Mercosul, além da Espanha e Portugal) vêm aceitando de alunos brasileiros trabalhos seguindo as normas técnicas vigentes em seu País. Ademais, a elaboração de uma monografia consiste em todo um processo milimetricamente planejado e desempenhado por partes, para sua fluidez, clareza, e obtenção de uma satisfatória conceituação por parte do orientador (professor) regente, mas essencialmente, para a relevante contribuição no campo científico brasileiro, que é a finalidade máxima do trabalho monográfico. Ao contrário do que comumente se concebe nos campus universitários, uma monografia não representa uma enorme pesquisa, um amontoado de papéis que será descartado em alguns meses, mas um importante documento que muito poderá contribuir na formação de futuros estudantes, e até mesmo no progresso científico, social e tecnológico do País. A seriedade na elaboração do trabalho monográfico, portanto, representa um item de essencial importância em todo o processo de pesquisa, investigação, comparação, tomada de conclusões, disposição normativa e postulação final da monografia. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normatização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do País. Os trabalhos acadêmicos e científicos de modo geral devem seguir suas normas de apresentação, para enquadramento formal, e aceitação nas Universidades e Faculdades brasileiras. Uma monografia enquanto trabalho científico, deve, portanto, ser formulada e disposta de acordo com as especificações ABNT, que deliberam sobre a maioria dos quesitos componentes, desde o estilo de redação, até o ideal espaçamento entre linhas, parágrafos, títulos, subtítulos, sumário, referências bibliográficas, dentre outros. A preparação de uma monografia exige disponibilidade de tempo, emprego de especiais técnicas de pesquisa, estudo, levantamento de bibliografias pertinentes ao tema, delimitação do principal objeto de estudo e disposição de seções em consonância direta com o assunto escolhido que deve ser criteriosamente selecionado, tendo em vista a possibilidade de aprofundamento e levantamento de informações pertinentes. Logo, a monografia não deve ser considerada como uma pesquisa, em seu elementar sentido, mas sim em um estudo que visa levantar uma conclusão pertinente e passível de contribuição teórica nos campos científicos, sociais e tecnológicos relevantes na contemporaneidade. Todo trabalho monográfico deve ser redigido de forma clara e objetiva, de preferência com a utilização da norma culta, ou seja, o nível de língua portuguesa de bom padrão. Evitando o linguajar coloquial (aquele utilizado no cotidiano, e de baixo valor estético), a monografia deve discorrer sobre o tema na terceira pessoa do singular. Seus textos devem ser pautados em seqüência lógica, onde idéias, expressões e colocações devem essencialmente ser dispostos e centrados em torno do tema principal, evitando abordagens extensas acerca de assuntos de pouca ou nenhuma relevância ao tema escolhido. Em suma, uma monografia, diante do importante passo resumido na conclusão do curso acadêmico, deve concentrar técnica, dedicação, responsabilidade e precisão, desde a seleção do tema, até a conclusão e formatação física do trabalho. Muito mais do que a pretensa obtenção do diploma, o trabalho monográfico tem sua significância ligada à proposição científica maior do aluno, enquanto futuro profissional atuante no mercado de trabalho. Deve, portanto, sintetizar a capacidade, a perspicácia, a autonomia, a técnica, o conhecimento obtidos pelo aluno ao longo do seu processo de formação acadêmica. A partir de agora você será apresentado aos elementos que compõem a monografia. TERMINOLOGIA Não obstante o uso de muitos termos concernentes ao tema não ser uniforme entre os pesquisadores, nesta seção pretende-se estabelecer uma padronização do emprego dos vocábulos mais comuns, o que, por certo, será de utilidade geral e para a compreensão deste trabalho. TERMO SIGNIFICADO Projeto de pesquisa Relatório escrito apresentado ao final da disciplina Metodologia Científica ou Metodologia da Pesquisa, no qual o acadêmico especifica o problema que pretende pesquisar, situando-o espacial e temporalmente, expõe qual é o seu marco teórico de referência (impressões iniciais sobre o problema) e indica os meios e os métodos a serem empregados. Narração escrita, ordenada e minuciosa daquilo que foi apurado em um Relatório de trabalho de pesquisa. pesquisa Genericamente, qualquer relatório de pesquisa versando assunto Monografia específico; destarte, opõe-se a manual, que trata de toda uma disciplina ou de assuntos amplos. Qualquer relatório de pesquisa apresentado em disciplinas de cursos de Trabalho graduação e pós-graduação. acadêmico Relatório de pesquisa versando assunto específico como requisito para Monografia de conclusão de curso a conclusão de curso de graduação ou pós-graduação lato sensu. Também conhecido como “trabalho de conclusão de curso” ou “trabalho final de graduação” Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve Dissertação demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, como requisito para a conclusão de curso de mestrado. Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve Tese demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, abordando-o de maneira original e contributiva ao progresso da ciência, como requisito para a conclusão de curso de doutorado. Trabalho monográfico publicado em revista ou jornal e, por isso, Artigo geralmente de pequena extensão. Trabalho de síntese de obra de terceira pessoa. Resenha Abstract ou resumo Síntese da monografia (geralmente teses e dissertações), apresentada em um único parágrafo, inserida logo após o sumário, escrita na língua do texto principal e também traduzida para a língua estrangeira. Professor da instituição encarregado de conduzir a pesquisa dos Orientador acadêmicos na elaboração de monografias. PARTES PRINCIPAIS DA MONOGRAFIA SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA 14724:2011 ESTRUTURA ELEMENTO Capa Lombada PÓS-TEXTUAIS 12 Opcional Obrigatória Ficha Catalográfica Obrigatória Opcional Folha de aprovação Obrigatória Termo de responsabilidade12 Obrigatória Dedicatória(s) Opcional Agradecimento(s) Opcional Epígrafe Opcional Resumo na língua vernácula Obrigatória Resumo em língua estrangeira Obrigatória Lista de ilustrações: a) Quadros b) Figuras c) Gravuras d) Gráficos e) Fotos f) Desenhos Lista de tabelas TEXTUAIS Obrigatória Folha de Rosto Errata PRÉ-TEXTUAIS CONDIÇÃO Opcional Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatória Introdução Obrigatória Desenvolvimento Obrigatória Conclusão Obrigatória Referências Obrigatória Glossário Opcional Apêndice(s) Opcional Anexo(s) Opcional Índice(s) Opcional Elemento incluído pelo professor da disciplina Metodologia da Pesquisa. DEFINIÇAO DOS ELEMENTOS SEGUNDO A NBR 14724:2011 1 Elementos pré-textuais a) Capa Capa é um elemento obrigatório cuja condição se desvela na proteção externa do trabalho, devendo conter os elementos essenciais para que se possa identificar o trabalho, a discriminação da Instituição de Ensino Superior, nome do autor, título da obra, subtítulo, se houver, local de depósito e ano de depósito. b) Lombada A lombada é um elemento opcional, onde as informações devem ser impressas, conforme a NBR 12225: a) nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face voltada para cima; b) título do trabalho impresso da mesma forma que o nome do autor; c) elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v. 2. c) Folha de rosto A folha de rosto, elemento obrigatório, deve permitir maior número de informações sobre a monografia. Assim, devendo conter nessa mesma ordem: nome(s) do(s) autor(es), sem abreviaturas e, se for mais de um, em ordem alfabética. Título da obra,m subtítulo, se houver. Exigência que motivou sua produção (Monografia apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do Título de ... em ... pela ... [colocar por extensão nome da Instituição de Ensino Superior]), após coloca-se o nome do(a) orientador(a) como sua devida titulação [Esp – Especialista; Ms. – Mestre; Dr(a). Doutor(a)]. Todos os elementos da folha de rosto deverão estar centralizados com exceção da descrição do trabalho, que deverá ser colocada à altura dos dois terços, parte inferior, à direita da página, em fonte menor (tamanho 10). d) Ficha catalográfica13 A ficha catalográfica, elemento obrigatório, deverá ser confeccionada, seguindo as normas vigentes da ABNT e, normalmente, as unidades acadêmicas dispõem de um serviço de biblioteca que é encarregado de orientar os usuários em procedimentos técnicos exigidos na produção do trabalho acadêmico. São necessárias três palavras-chave, as quais não deverão constar no título da monografia. Virá no verso da folha de rosto (deverá ser solicitado o modelo à bibliotecária de sua Instituição de Ensino Superior, após a defesa e aprovação perante Banca Examinadora). A impressão será feita no verso da folha de rosto. e) Errata Elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto , constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da seguinte maneira: Exemplo: ERRATA Folha Linha 32 3 Onde se lê Publicacao Leia-se Publicação f) Folha de aprovação Elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora são colocadas após a provação do trabalho. 13 Deverá ser confeccionada, seguindo as normas vigentes da ABNT e normalmente, as unidades acadêmicas dispõem de um serviço de biblioteca que é encarregado de orientar os usuários em procedimentos técnicos exigidos na produção do trabalho acadêmico. São necessárias três palavras-chave, as quais não deverão constar no título da monografia. Virá no verso da folha de rosto. (Confeccionada pela biblioteca). g) Termo de Compromisso de Autenticidade Documento emitido pelo(s) auto(res) no qual declara(m) a idoneidade e originalidade da obra (monografia) apresentada perante Banca Examinadora, devendo ser preenchido, assinado e entregue a coordenação do curso. Não fará parte da encadernação do trabalho. h) Dedicatória(s) É opcional, colocada após a folha de aprovação e deve estar em página própria. Deverá vir alinhada à margem direita, no canto inferior da folha. i) Agradecimento(s) Elemento opcional, colocado após a dedicatória. j) Epígrafe Elemento opcional, colocado após a dedicatória. Deverá vir alinhada à margem direita, a 6 cm da margem inferior. Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura das seções primárias l) Resumo na língua vernácula (português) Trata-se de um resumo do trabalho escrito, apresentando de forma concisa, pontos relevantes e as conclusões do trabalho. Deve ser redigido na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa, compondo-se de uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de enumeração de tópicos Não deve incluir citações bibliográficas. Deve ser escrito em um único parágrafo, em página distinta, contendo no máximo até 250 palavras para monografia de graduação e 300 palavras para monografia de pós-graduação lato sensu. Segue uma norma específica da ABNT, NBR 6028. Concluído o resumo, logo abaixo, deverá haver dois espaços duplos e as palavras-chave, em negrito e apenas a primeira letra em maiúscula (Palavraschave), em no máximo de cinco palavras, as quais não devem constar no título e subtítulo. m) Resumo na língua vernácula (português) Trata-se da tradução técnica do resumo em língua vernácula. Esta Instituição de Ensino Superior utilizará o idioma inglês como idioma oficial do resumo em língua estrangeira. O resumo em inglês, receberá o nome de Abstract. n) Lista de ilustrações Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). o) Lista de tabelas Elemento opcional, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. p) Lista de abreviaturas e siglas Elemento opcional, que consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo. q) Lista de símbolos Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado. r) Sumário Elemento obrigatório, cujas partes (seções) são acompanhadas do(s) respectivo(s) número(s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho, conforme a NBR 6027. O sumário se refere à indicação e enumeração das páginas que contêm as divisões do trabalho. Devem-se listar obrigatoriamente todos os itens que vierem após o sumário e nenhum item que estiver antes do mesmo pode nele constar. 2 Elementos textuais Constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. a) Introdução Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. b) Desenvolvimento14 Parte principal do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. c) Conclusão ou Conclusões15 Parte final do texto, na qual se apresenta(m) a conclusão(ões) correspondente(s) aos objetivos e hipóteses. 14 O Desenvolvimento também chamado de Referencial Teórico, ou Revisão de Literatura, ou Embasamento Teórico, ou Fundamentação Teórica etc. 15 Não utilizar a palavra Considerações Finais para exprimir a Conclusão. 3 Elementos pós-textuais a) Referências Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023. b) Glossário Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. Assim, no Glossário deve constar quando o autor julgar importante a definição da terminologia utilizada no corpo do trabalho. c) Apêndice(s) Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplos dados conforme a NBR 14724:2011: APÊNDICE A - Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos quatro dias de evolução. APÊNDICE B - Avaliação de células musculares presentes nas caudas em regeneração. d) Anexo(s) Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplos dados conforme a NBR 14724:2011: ANEXO A - Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração - Grupo de controle I (Temperatura...) ANEXO B - Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração - Grupo de controle II (Temperatura...) e) Índice(s) Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034:2003. REDAÇÃO DOS ELEMENTOS TEXTUAIS Sabe-se que os elementos textuais, segundo a NBR 14724:2011, são compostos de: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, partes obrigatórias numa monografia. Assim: a) Introdução16: a introdução é uma parte fundamental, importante, obrigatória em qualquer gênero de monografia, assim como de qualquer outro trabalho de pesquisa, pois é o elemento que nos permite iniciá-lo de um modo organizado e gradual. 16 DICA IMPORTANTE: A Introdução de um trabalho acadêmico é como um cartão de visita, que dever ser claro, objetivo, limpo, direcionado à temática eleita. É interessante observar que a introdução deve estar em consonância com o tamanho do trabalho proposto, ou seja, um trabalho de 30 laudas, não pode apresentar uma introdução de 5. O ideal é que conte com 2 laudas, proximadamente, o que será suficiente para expor, de forma sucinta, a natureza da pesquisa elaborada. É mister salientar que uma boa introdução, aborda a natureza do trabalho, a intencionalidade deste, pincelando de forma sutil as informações contidas ao longo da pesquisa, Neste sentido, esta parte pode ser considerada, com propriedade, o elemento que dará suporte técnico e doutrinário a todo trabalho a ser visto a posteriori. Logo, é na introdução que se introduz o tema proposto pelo autor para dar a quem vai ler a idéia do assunto sobre o qual se vai focalizar, mostrando o objetivo principal da monografia. Esta introdução ao tema proposto deve conter uma apresentação clara, os objetivos e a importância do trabalho realizado. Assim, para facilitar a introdução devem-se responder as perguntas: de que assunto trata a sua monografia, porque acha importante tratar este assunto, qual é seu objetivo, o que pretende defender nesta dissertação? Deve-se, ainda, fazer uma breve apresentação das seções (capítulos) de modo objetivo e conciso. E, ao final deve-se finalizar a introdução exarando o que se espera do presente trabalho. b) Desenvolvimento: esta parte visa expor o assunto, mostrar a maneira como pensa sobre o mesmo, fazendo as proposições, considerações, concordando ou não com outros autores, ou expondo uma nova teoria, mas utilizando-se de citações para dar credibilidade as proposições levantadas. O posicionamento de autores sobre o tema é condição sine qua non para credibilidade do que está sendo apresentado, para sua defesa. Esta parte é dividida em seções e subseções. Hodiernamente, não se utiliza mais a terminologia “Capítulo” para designar o assunto que será tratado. Pois bem, quanto ao processo de redação do desenvolvimento, é de bom alvitre salientar que o texto científico por excelência é uma redação dissertativa, de igual forma como são a introdução e a conclusão. Sendo assim, a introdução projeta o que vai ser apresentado; o desenvolvimento apresenta os resultados da pesquisa, enquanto que a conclusão organiza o todo num conjunto de informações coerentes. O desenvolvimento será construído com textos científicos, logo deve sê-lo completo em si mesmo. Portanto, deve cuidar-se para jamais escrever de tal forma que sua presença sem aprofundamento demasiado, e nem distanciamento da temática proposta. E por mais que pareça estranho, é aconselhável que a introdução seja feita após toda a confecção do trabalho, quando efetivamente o aluno estará sintonizado com tudo que abordou, podendo assim, descrever de forma clara e dominante os pontos relevantes, a importância de sua pesquisa, o tipo de abordagem que efetuou. Em suma, sem delongas, a introdução do trabalho acadêmico deve funcionar como um cardápio, que incentiva e motiva a leitura do trabalho acadêmico, de forma a torná-lo interessante e eficiente aos olhos do professor/orientador que fará sua avaliação. deva ser sempre necessária para explicar ao leitor o que é que você quer dizer com aquilo que está expondo. A linguagem deve ser denotativa, nem poética, nem tampouco, ambígua (duplo sentido). O sentido deve ser preciso. Os conceitos de senso comum devem ser obrigatoriamente substituídos por termos científicos. A redação deve ser clara, objetiva e econômica. Por isso, deve escrever de forma simples e precisa, para tanto deve utilizar-se de períodos curtos. Os parágrafos, em média, devem ter entre 5 e 7 linhas. Deve-se evitar o uso indiscriminado de citações. Deve, também, não interromper demasiadamente o fluxo do texto com gráfico, tabelas, figuras. Em virtude de quebrar o raciocínio com a apresentação dessas informações. Posicione-se em seu trabalho. Seja ético. Cuide-se com a imparcialidade, evite o subjetivismo, o preconceito, e, ainda, não coloque posições religiosas para explicar o científico. Indique as fontes dos dados e das teorias. Construa sua redação amparado em assuntos atualizados, por isso antes de catalogar as obras verifique a edição, o ano de publicação. Assuma as limitações do trabalho. Não tente escrever sobre o que não tem conhecimento, domínio. Não escreva sem antes esboçar um esquema texto. Por fim, o desenvolvimento da monografia é a maior parte do trabalho. c) Conclusão ou Conclusões17: é a parte final, onde ocorre a síntese das idéias propostas no corpo do trabalho, isto é, as teorias, considerações, recomendações, sugestões propostas quanto aos principais assuntos tratados. 17 DICA IMPORTANTE: A conclusão é uma das partes mais importantes de um trabalho acadêmico, pois mostra a síntese de todo o conteúdo pesquisado, as informações relevantes, os apontamentos essenciais e as diretrizes para futuras pesquisas sobre o mesmo tema, e/ou evoluções deste. Essa importante etapa da pesquisa científica deve apresentar uma redação direta, clara, relevante, empreendedora, pois dever representar o fechamento de um ciclo de estudo essencial ao progresso do País. Para ter excelência, a conclusão de um trabalho acadêmico não deve discorrer sobre tudo quanto foi examinado durante o processo de pesquisa, mas sim, focar exatamente na proposta, no tema eleito, de forma a apontar sua situação e os caminhos de resolução da problemática levantada. Não deve, a conclusão da monografia destoar do tamanho total da pesquisa, funcionando em proporção exata. Por exemplo, em um trabalho de 40 laudas, duas laudas de conclusão serão o suficiente para salientar os apontamentos pertinentes. Em síntese, uma boa conclusão deve assemelhar-se a uma chave de ouro na pesquisa acadêmica, explicitando sua profundidade, eficiência e contribuição no desenvolvimento científico do País. Por fim, em outras palavras, compreendido o objeto e sua dinâmica, espera-se do autor a síntese de suas descobertas, juízos de fato, inferências, conclusões e, se for o caso, recomendações. Diante de todo o conhecimento adquirido ao longo do curso e perante a pesquisa realizada esta é a oportunidade de o aluno demonstrar sua capacidade de avaliação crítica diante de um problema analisado e da teoria aprendida. CRITÉRIOS TÉCNICOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA Existem alguns critérios importantes os quais o discente (o pesquisador) deve considerar para elaborar sua monografia: a) seguir o projeto18 de pesquisa científica integralmente; b) definir o que se vai estudar; b) rever a literatura existente e outras fontes de consulta; c) catalogar as obras que serão usadas no trabalho; d) fazer fichamento19 de todo material coletado, inclusive de citações; e) criar um sumário provisório para definir o caminho a ser trilhado e após apresentá-lo ao professor-orientador; f) ter disposição, entusiasmo, motivação para se fazer um bom trabalho científico, pois uma monografia exige pesquisa e investigação do interessado, no que se refere ao tema do qual o autor pretende tratar; g) disponibilidade para procurar fazer o melhor, em dar uma contribuição pessoal à classe a qual pertence e à sociedade, é uma atitude fundamental para aquele que pretende escrever uma boa monografia; h) cuidar da correção gramatical, em redigir com simplicidade, falar e escrever em linguagem direta e sem rodeios, resultando em uma exposição precisa, clara, objetiva, de fácil entendimento para todos; 18 19 Ver Guia de Elaboração de Projeto de Pesquisa Científica. Fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de sua formação acadêmico-profissional. i) obedecer aos critérios técnico-metodológicos vigentes (ABNT). Pois bem, o tema de uma monografia é livre, podendo ter como eixo orientador assuntos que foram focalizados durante o curso, onde o aluno deseja aprofundar em sua investigação, isto para o caso de monografias exigidas por instituições educacionais. Assim, em geral, elaboram-se monografias para Trabalhos de Conclusão de Curso objetivando propiciar aos alunos do curso em questão, oportunidades para demonstrar o grau de habilitação adquirido, o nível de conhecimento e aprofundamento temático, estimulando a produção científica, propiciando a consulta e leitura de bibliografia especializada. De outro lado objetiva o aprimoramento da capacidade de interpretação crítica do aluno, aprimorando sua competência, preparando-o para o mercado competitivo e tornando-o mais apto para o exercício profissional. INFORMAÇÕES IMPORTANTES 1 Redação Ao redigir o texto é recomendado não utilizar a primeira pessoa do plural, a linguagem da monografia deve ser clara e expositiva, inclusive no desenvolvimento do texto, onde se apresenta o pensamento do autor sobre o assunto, a opinião emitida deve ter sempre um caráter geral. A impessoalidade deve estar presente na redação. Deve-se escrever de maneira impessoal, na terceira pessoa do singular, seguida do “se”, preferindo palavras simples, usando frases curtas, sendo simples e direto é de grande importância numa monografia. É também importante escrever em português correto, nas dúvidas consultar o dicionário, e, quando possível solicitar a uma outra pessoa para fazer as revisões necessárias e comentar. Ler o que foi escrito e quando necessário, reescrever. No que se refere à redação da conclusão, o pesquisador poderá também informar como o projeto de sua monografia contribuiu para a sua formação, acadêmica e pessoal, e como os conhecimentos adquiridos durante o curso de graduação facilitaram a elaboração da mesma. É solicitado, ainda, que o pesquisador tenha em mente o assunto sobre o qual deseja dissertar, fazendo primeiramente um projeto do tema de sua monografia. Lembrando que o projeto de pesquisa deve ser discutido com o professor orientador, para que este o analise e esclareça as dúvidas com o aluno, dê as orientações básicas e aprove o mesmo. O projeto de pesquisa científica poderá sofrer alterações com o decorrer do tempo da elaboração da monografia. Sobre esta questão veja o “Guia Projeto de Pesquisa Científica”. Caso prefira fazer uma monografia de campo, ou experimental, divida o trabalho em 5 (cinco) partes: Introdução20, Revisão de Literatura21, Material e Métodos22 (metodologia), Resultados e Discussão23, Conclusão(ões)24. 20 A Introdução apresenta o trabalho, desde a delimitação do tema até a determinação de objetivo(s) e de justificativas. Comece a Introdução falando sobre o assunto, deslocando-se para o tema de seu trabalho. Apresente o problema e o(s) objetivo(s) da pesquisa. Exponha a justificativa. Por fim elabore uma introdução informal, isto é, diga em quantas seções (capítulos) o texto foi dividido e apresente os principais elementos que compõem estas seções. Finalize a introdução. 21 A Revisão de Literatura a apresentação dos elementos teóricos de base da pesquisa, bem como a definição de termos e conceitos essenciais. 22 A metodologia, também chama de Material e Método, apresenta os aspectos vinculados aos métodos utilizados. Apresente a hipótese geral, justificando-lhe a origem e pertinência. Descreva minuciosamente a execução de sua pesquisa, comparando o trabalho realizado com o trabalho planejado. Costumam-se discutir Numa monografia bibliográfica a divisão do trabalho se dará como determina a NBR 14724:2011: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, assim: a) Introdução: formula o tema da pesquisa e apresenta o documento. Apresenta assunto e tema delimitado; chega-se ao problema gerador da pesquisa, fazendo rápidas referências a trabalhos anteriores ou elementos antecedentes correlacionados; o justifica-se a execução da pesquisa; e, por fim, descrevam-se as seções que compõem o documento; b) Desenvolvimento: expõe e demonstra os elementos pesquisados. Normalmente é dividido em seções (capítulos), que se constroem conforme o plano de escritura; c) Conclusão: apresenta uma síntese integradora e vem acrescida de comentários do autor e das contribuições da monografia para o avanço do tema abordado, incluindo problemas para futuras pesquisas. Ademais, no que tange a monografia, o aluno antes de começar a redação deve fazer um resumo do que está pesquisando através de fichamentos, ou enquanto estiver fazendo a leitura de um livro. E toda vez que encontrar uma informação ou idéia que for de interesse ao tema em estudo, deve-se anotar a mesma em um caderno reservado para tais observações. 2 Informações técnicas Uma monografia deve ser apresentada, seguindo alguns critérios: a) é importante, antes de iniciar a digitação da monografia fazer o seu planejamento no Programa Word, ou similar, estabelecendo os padrões principais, tais como: tipo de fonte, tamanho do corpo da letra, margens, entrada de parágrafos e espaços entre parágrafos, etc. b) a monografia deve ser digitada e encadernada. A encadernação pode ser feita com uma capa simples, utilizando-se de garras em espiral. Após a defesa e sua aprovação usa-se encadernar com capa dura e letras douradas. assuntos como: população e amostra, técnicas de amostragem realizadas, tratamento experimental, instrumentos de coleta de dados e de medição dos resultados, procedimentos de coleta, tratamento e análise dos dados. 23 Resultados e Discussão (Análise e Interpretação dos dados) apresenta os resultados obtidos pela pesquisa, estuda-os e discute-os sob o crivo dos objetivos, hipóteses ou questão da pesquisa. Assim, a apresentação dos dados é a evidência das conclusões, e a interpretação consiste em contrabalanço dos dados com a teoria ou com as hipóteses. 24 As conclusões, por fim, são um momento de recapitulação dos passos anteriores, onde se atesta a resposta ao problema. Recapitule-o(s) objetivo(s) do trabalho; sintetize a metodologia; reapresente as principais conclusões da análise; ateste condições e limitações das conclusões; apresente sugestões para futuros trabalhos na área e ressalte recomendações de utilização dos resultados. Finalize a redação. c) a tinta deve ser de cor preta, admitem-se outras cores, somente, em tabelas, quadros, molduras de gráficos. • Dados para configuração de página a) Margem Superior: 3 cm. b) Margem Inferior: 2 cm. c) Margem Direita: 2 cm. d) Margem Esquerda: 3 cm. • Dados para o Layout a) Cabeçalho: 2 cm b) Rodapé: 1,5 • Dados para Digitação a) Fonte: Times New Roman (preferencialmente) / Arial b) Tamanho da fonte: 12 para todo desenvolvimento c) Espacejamento entre linhas: 1,5 d) Espacejamento entre parágrafos: 6 pontos antes e 6 pontos depois e) Recuo de parágrafo: 1,25 cm (primeira linha) f) Alinhamento: justificado • Dados para Impressão25 O papel de impressão da monografia deve ter o tamanho 210x297mm (modelo A4), ser branco e apresentar boa qualidade de absorção da tinta. A impressão deve ser feita 25 Não esquecer de configurar a impressora para papel A4 antes da impressão. somente em um dos lados do papel. Ademais, tal impressão do texto principal deve ser feita em tinta preta; outras cores, mormente as mais vivas, devem ser de uso restrito às eventuais ilustrações, fotos e tabelas. Em resumo: a) Papel: Tamanho A4. b) Cor do papel: Branco (ou Reciclável cf. NBR 14724:2011). c) Gramatura: 75 ou 90 g/cm2 d) Cor da fonte: preta. • Encadernação e arquivo digital A encadernação serve para facilitar o manuseio e a conservação das laudas da monografia e deve ser feita, preferencialmente, com mola espiral na cor preta e com o emprego de capas plásticas, sendo a primeira branca e transparente, e a última, preta e opaca. Depois de aprovada a monografia perante Banca Examinadora, o discente deverá depositar um volume da versão no formato Word. Esta versão do trabalho, chamada de final, deve vir com capa dura, cor a ser indicada pela Instituição de Ensino Superior, letras douradas. Ademais, deve ser entregue uma cópia da obra digitalizada, em CD ou DVD, formato pdf.26 Neste sentido sobre a forma de produzir um documento em PDF, o grande trunfo do formato PDF é a consistência obtida em todos os tipos de computadores, ou seja, o documento aparecerá de maneira idêntica, qualquer que seja a plataforma onde ele estiver sendo lido ou impresso. Graças a essa capacidade, o formato PDF tornou-se praticamente um padrão mundial de distribuição de documentos. Assim, há várias formas de se produzir um documento PDF. O mais comum é a aquisição do programa Acrobat. Apesar de ser caro, ele dá mais flexibilidade, autonomia e qualidade na produção. Outra opção é a utilização de editores de texto: as versões mais novas do WordPerfect, Word e Word Pro são capazes de salvar arquivos nesse formato. Há ainda 26 O PDF, Portable Document Format, é uma extensão de arquivo em um formato proprietário pertencente à empresa norte-americana Adobe. uma terceira opção, menos flexível, mas adequada a pequenas produções: é a geração de arquivos PDF on line no site da Adobe. 2 Recursos Utilizados a) Utilização de aspas e dos estilos negrito, itálico e sublinhado No passado indicava-se o uso de aspas e dos estilos de fonte itálico, negrito e sublinhado indistintamente para destacar palavras estrangeiras, títulos das obras, dos capítulos, de palavras não usuais, de transcrições etc. Isso encontrava justificativa no passado, pois não se podia exigir que os acadêmicos dispusessem de máquinas datilográficas com tantos tipos diferenciados. Todavia, não há mais justificativa para tanto, tendo em vista que o programa processador de textos dispõe de todos estes recursos. Assim, recomenda-se o seguinte: a) o emprego de aspas para destacar transcrições de textos; b) o uso do itálico para destacar palavras ou frases em língua estrangeira; c) o emprego do negrito para destacar o nome de uma monografia ou um de uma seção (capítulo), bem como palavras de efeito e expressões principais contidas em um parágrafo; d) o uso do estilo sublinhado somente para destacar links (vínculos) empregados em informática. b) Notas de Rodapé Empregam-se notas de rodapé para a inclusão de textos e explicações de importância não essencial para a compreensão do texto principal, remissões a outras partes do trabalho (referências cruzadas), advertências, bem como para indicações bibliográficas, transcrições e idéias contidas em outros trabalhos. O objetivo da inclusão das notas de rodapé é o de não desviar a atenção do leitor do texto principal para elementos de importância secundária, mantendo-o enxuto. A citação em nota de rodapé terá o formato deste, independentemente do número de linhas, sendo iniciada e encerrada pelas aspas. A apresentação do parágrafo de notas de rodapé deve vir em fonte 10. 3 Banca Examinadora A monografia após ser revisada doutrinária e metodologicamente pelo professor-orientador será entregue (depositada) pelo aluno à coordenação do curso (em três cópias de mesmo teor) para que indique os nomes dos docentes para integrarem a Banca Examinadora, bem como marque data, local e hora para sua defesa. Os membros dessa Banca Examinadora indicarão a aprovação ou não do trabalho final, por meio de nota entre 0,0 (zero) e 10,0 (dez), sendo que o aluno (a) será considerado: a) Aprovado: nota final igual ou superior a 7,0 (sete) b) Aprovado com restrição: nota final igual ou superior a 7,0 (sete), condicionado, no entanto, às correções, complementações ou alterações relacionadas pelos membros da Banca Examinadora. c) Reprovado: nota final inferior a 7,0 (sete) Neste sentido, a Banca Examinadora, no seu julgamento, deverá levar em consideração o texto escrito, sua formatação, obedecendo aos critérios técnicos da ABNT, a exposição oral e a defesa do discente, durante a arguição e os esclarecimentos finais. A Banca Examinadora, por maioria, pode sugerir ao aluno a reformulação integral ou parcial da obra (monografia), em qualquer fase do processo, podendo adiar o julgamento para análise do texto reformulado, ou, aprovar com restrições; cabe a Instituição de Ensino Superior determinar a quantidade de dias letivos para a reformulação da monografia. Havendo plágio na obra averiguada o aluno perderá o direito a defesa perante Banca Examinadora sendo automaticamente reprovado na disciplina responsável pela elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. Por fim, a avaliação final da Banca Examinadora deve ser registrada em documento próprio (Ata), com a assinatura de todos os membros e do secretário. ANEXOS EXEMPLOS DE ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS NA MONOGRAFIA: CAPA, FOLHA DE ROSTO E SUMÁRIO FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Direito Nome do aluno completo, sem abreviatura (se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: Subtítulo (se houver, sem negrito) Maceió 2011 CAPA 3 cm / Superior FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU Curso de Direito 6 cm Nome do aluno, sem abreviaturas Medianiz 2cm + 1 cm = 3cm / Esquerda 10 cm 2 cm / Direita Espacejamento simples TÍTULO DA OBRA: Subtítulo (se houver) 14 cm Local de depósito (Maceió) ano (2011) 2 cm / Inferior Nome do aluno, sem abreviatura (se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: Subtítulo se Houver (sem negrito) Monografia apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade Maurício de Nassau no 10º período do curso de Direito, noturno. Orientador: Prof(a) (Título) ... Maceió 2011 FOLHA DE ROSTO Nome do aluno, sem abreviaturas 10 cm TÍTULO DA OBRA: Subtítulo (se houver) 3 cm + 7,5 cm = 10,5 cm Espacejamento simples com fonte tamanho 10 48 pts. antes Espacejamento simples Fonte: 10 Monografia apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para... Orientador doutrinário: Prof.(a) (Título) ... 6 pts. antes Local de depósito ano Espacejamento simples Monografia apta doutrinariamente a ser depositada: ____________________________________________________________ Prof. ...... (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) Orientador(a) Doutrinário(a) Monografia apta metodologicamente a ser depositada: ____________________________________________________________ Prof. .... (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) Orientador(a) Metodológica Maceió 2011 TERMO DE COMPROMISSO DE AUTENTICIDADE27 Eu, _______________________________________________________________________, Registro Geral n° _______________________________ aluno(a), abaixo-assinado(a), do curso de ___________________________________________, declaro que o conteúdo da monografia intitulada: ________________________________________________________ __________________________________________________________________________, é autêntica, original e de minha autoria exclusiva. Afirmo também que conheço e me submeto às penalidades previstas pela lei nº. 9.610, de 19/02/1998, que regulamenta os direitos autorais no Brasil. Declaro também que o conteúdo dos formatos impresso e digital da obra em análise são do mesmo teor. Ciente dos termos acima expostos, assino o presente TERMO DE COMPROMISSO. Maceió(AL), ......... de ........................................... de 20...... ................................................................................................ Assinatura do(s) Autor(es) 27 Este termo deve ser preenchido, assinado e entregue a coordenação. Não deve ser inserido na estrutura da monografia. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5 1 TÍTULO DA PRIMEIRA SEÇÃO ................................................................................ 1.1 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 1.2 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 1.3 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 2 TÍTULO DA SEGUNDA SEÇÃO ................................................................................. 2.1 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 2.2 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 2.3 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 3 TÍTULO DA TERCEIRA SEÇÃO ................................................................................ 3.1 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 3.2 Subtítulo da seção ......................................................................................................... 3.3 Subtítulo da seção ......................................................................................................... CONCLUSÃO ................................................................................................................... REFERÊNCIAS ................................................................................................................