UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALLITAS CURSO DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS NUTRIÇÃO ANIMAL SEUS PROBLEMAS E BENEFICIOS Gislaine Moretti Baratelli Andradina Junho – 2011 1 GISLAINE MORETTI BARATELLI Aluna do curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais Instituto Quallitas - UCB NUTRIÇÃO ANIMAL SEUS PROBLEMAS E BENEFÍCIOS Monografia apresentada para a conclusão Do curso de especialização Latu sensu em Clínica médica e cirúrgica de pequenos animais Orientadora: Profa. Dra. Carla Renata Silva Baleroni Guerra Andradina - Junho 2001 2 Sumário Lista de tabelas---------------------------------------------------------------------------- 4 Resumo-------------------------------------------------------------------------------------- 5 Abstract-------------------------------------------------------------------------------------- 6 1-Introdução-------------------------------------------------------------------------------- 7 Revisão de Literatura-------------------------------------------------------------------- 8 2-Imunonutrição--------------------------------------------------------------------------- 8 2.1-Má nutrição---------------------------------------------------------------------------- 9 3-Nutrição Parenteral-------------------------------------------------------------------- 11 4-Estimulação do apetite---------------------------------------------------------------- 11 5-Alimentos funcionais------------------------------------------------------------------ 13 6-Nutrientes-------------------------------------------------------------------------------- 13 7-Ingredientes protéicos --------------------------------------------------------------- 15 8-Vitaminas e Minerais------------------------------------------------------------------15 8.1-Vitaminas lipossolúveis----------------------------------------------------------- 16 8.2-Cálcio e fósforo---------------------------------------------------------------------- 17 8.3-Magnésio------------------------------------------------------------------------------ 17 8.4-Ferro------------------------------------------------------------------------------------ 18 8.5-Potássio-------------------------------------------------------------------------------- 18 8.6-Sódio, Cloro e Iodo------------------------------------------------------------------ 18 9-Conclusão-------------------------------------------------------------------------------- 19 Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------- 20 3 Lista de Tabelas Tabela 1. Aminoácidos essenciais e não essenciais para cães e gatos 4 Resumo Como animais de companhia, cães e gatos compartilham com os seres humanos o mesmo ambiente doméstico há séculos e, até recentemente, as necessidades nutricionais de ambas as espécies eram consideradas semelhantes. Com a evolução da nutrição animal, houve uma adequação da composição nutricional da dieta às necessidades de cada espécie, respeitando-se também os requerimentos nutricionais nas diferentes fases da vida. A nutrição estuda as necessidades diárias de todos os nutrientes (proteínas, gordura, carboidratos, vitaminas, minerais e água) sendo que os requerimentos nutricionais variam conforme a idade, o estado físico e o modo de vida do animal. O objetivo é fornecer uma dieta equilibrada para uma necessidade fisiológica individual variável com o estágio da vida e o desempenho animal. Uma nutrição inadequada, excesso ou deficiência de nutrientes pode resultar em alterações fisiológicas, predispondo o organismo animal a sérios problemas, como o mau desenvolvimento corporal e má constituição óssea, obesidade e alterações reprodutivas. Atualmente o mercado brasileiro possui produtos indicados para inúmeros princípios, com tendências a evitar problemas de saúde. A obesidade canina é uma das enfermidades nutricionais mais frequentemente observadas nos animais de companhia e pode provocar sérias influências sobre várias funções orgânicas, limitando a longevidade do animal. A maioria dos proprietários geralmente não reconhecem a obesidade em seus cães, assim como não tem consciência dos malefícios desta desordem nutricional. Por isso, é muito importante identificar e compreender que o acúmulo excessivo de gordura corporal prejudica as funções orgânicas e provoca distúrbios potencialmente sérios à saúde. 5 Abstract As pets, dogs and cats share with humans the same home environment for centuries and, until recently, the nutritional needs of both species were considered similar. With the evolution of animal nutrition, there was an adaptation of the nutritional composition of the diet needs of each species, respecting also the nutritional requirements at different stages of life. Nutrition studies the daily needs of all nutrients (protein, fat, carbohydrates, vitamins, minerals and water) and that nutritional requirements vary according to age, physical status and lifestyle of the animal. The goal is to provide a balanced diet for a physiological need individual variable with the stage of life and animal performance. Inadequate nutrition, excess or deficiency of nutrients can result in physiological changes, predisposing the animal organism to serious problems such as poor body growth and poor bone formation, obesity and reproductive disturbances. Currently the Brazilian market has products suitable for many principles, with tendencies to avoid health problems. Obesity in dogs is one of the most frequently observed nutritional disorders in companion animals and can cause serious influences on various physiological functions, limiting the longevity of the animal. Most owners do not generally recognize obesity in their dogs, nor is aware of the harmful effects of this nutritional disorder. So it is very important to identify and understand that the excessive accumulation of body fat affect physiological functions and cause potentially serious health disorders. 6 1. Introdução Uma vida saudável está intimamente relacionada à nutrição, sendo essencial a alimentação adequada, constituída de uma dieta equilibrada que atenda as exigências nutricionais do organismo. Qualquer consideração a cerca dos componentes de uma ração, para um animal, deve levar em conta a forma e a fase de vida do mesmo, pois esses aspectos determinam diferenças na demanda de nutrientes. A densidade energética da dieta deve ser suficientemente alta para permitir que os cães e os gatos obtenham calorias suficientes para manter o balanço energético, sendo a energia fator principal que determina a quantidade de alimento consumido por dia e, portanto, a ingestão dos demais nutrientes (Defretin, 1994; Munday, 1996). Ao limitar o espaço físico para cães e gatos e as chances desses animais encontrarem seus alimentos naturais, o homem deve se responsabilizar pelo fornecimento, de maneira adequada e balanceada, de dieta para eles (Nunes, 1992). No entanto, para se obter uma ração de qualidade, torna-se necessário avaliar alguns pontos, como: balanceamento dos nutrientes, palatabilidade, digestibilidade e conteúdo de energia metabolizável (Carciofi et al., 1998). 7 Revisão de Literatura 2- Imunonutrição Existe uma relação dinâmica entre doença, nutrição e imunidade. Uma doença primária leva ao aumento do catabolismo e das necessidades nutricionais, estado denominado hipermetabolismo. Esta condição, entretanto, frequentemente é acompanhada por anorexia. A associação destes fatores culmina com um acelerado consumo e perda das reservas nutricionais do organismo, resultando em desnutrição (Tennant B., 1996). Este conhecimento, ainda não faz parte da rotina médica de clínicas e hospitais veterinários, que usualmente não consideram a nutrição uma parte do tratamento médico veterinário (Remiilard, et al.; 2000). A má nutrição de animais internados é mais comum do que usualmente se reconhece. Em estudo, Remiilard et al, (2001) relataram que em apenas 27% dos dias os animais ingeriram alimento suficiente para atingirem balanço calórico positivo. Entre as causas que levaram o balanço energético negativo listaram a recusa do animal em se alimentar ou anorexia (43%), prescrição de jejum (34%) e prescrição dietética incorreta por parte dos médicos veterinários (22%). A aplicação da nutrição clínica em caninos e felinos sob hospitalização visa atender necessidades nutricionais específicas destes pacientes, cujo principal objetivo é prevenir a subnutrição ou desnutrição (Michel, 1998; Veado, 2000). O suporte nutricional adequado favorece o estado metabólico na doença, otimiza a resposta a tratamentos clínicos-cirúrgicos, impede a deterioração da função imune, minimiza a perda de massa corpórea magra, favorece a cicatrização e reparação tecidual, consequentemente, diminuindo o tempo de permanência em ambiente hospitalar (Abood, 1998; Hand et al., 2000). O suporte nutricional terapêutico visa fornecer via enteral ou parenteral, os nutrientes necessários para manutenção e recuperação do paciente hospitalizado (Armstrong e Lippert, 1988; Simpson e Elwood, 1994). A perda de 10% do peso corporal e ou períodos de anorexia superiores a 4 dias são indicativos de uso do suporte nutricional adequado, seja pela via enteral ou parenteral (Remillard e Tatcher, 1989). A assistência nutricional ao paciente hospitalizado tem como objetivos manter ou evitar o decréscimo da imunocompetência, da síntese e reparação tecidual e do metabolismo intermediário de drogas, as três principais conseqüências da desnutrição. Entende-se como desnutrição ou má- nutrição o consumo insuficiente de calorias, proteínas e oligoelementos necessários para o metabolismo tecidual normal, o que 8 prejudica diretamente o manejo médico ou cirúrgico do paciente (Remillard et al, 2001; Battaglia, 2001). 2.1 Má Nutrição Dentre os diversos problemas relacionados à má nutrição de cães e gatos, a obesidade é um dos mais freqüentes e importantes. Os cães e gatos devem ser alimentados com uma dieta adequada que lhes forneça todos os nutrientes essenciais, nas quantidades e proporções corretas, a fim de conservá-los sadios ao longo das fases de sua vida (Case et al., 1998). Uma boa condição corporal relaciona-se com o equilíbrio energético em que se encontra o animal. Quando a energia gasta é igual à ingerida, pode-se dizer que o animal encontra-se em balanço energético, de modo que a quantidade de gordura armazenada não muda, mantendo o mesmo peso. Em condições de balanço energético positivo, o consumo de energia é maior que o gasto, assim, essa energia se acumula como tecido adiposo provocando aumento de peso e, por conseguinte, obesidade. Em condições de balanço energético negativo, o organismo é capaz de degradar seus próprios tecidos para cobrir as necessidades energéticas e, à medida que estes depósitos vão se esgotando, o animal emagrece e seu peso diminui (Burger; Blaza, 1988). Obesidade é um transtorno patológico caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura, em níveis muito superiores ao necessário para o ótimo funcionamento orgânico, em consequência da alteração na ingestão de nutrientes, ou distúrbio dos gastos energéticos, ou ainda, ao desequilíbrio interno dos dois processos. Consideram-se, arbitrariamente, animais obesos aqueles com peso corporal igual ou superior a 10% do ideal. No entanto, é difícil determinar o peso adequado, pois existem diferenças entre animais com relação a massa corporal, além de variações dentro das raças (Wolfsheimer; 1994; Markwell et al., 1991). Numa pesquisa norte americana, comparando doenças de cães com as doenças de humanos, verificou-se a semelhança nos índices de obesidade e de doenças cardíacas. Enquanto as doenças cardíacas acometiam 31,6% das pessoas avaliadas e 30% dos caninos, a obesidade foi observada em 35% de pessoas e 34% de cães (TARDIN & POLLI, 2001). O sobrepeso ou a desnutrição em cães, geralmente, não são difíceis de serem reconhecidos, mas o diagnóstico correto requer a identificação dos níveis de risco, e isto necessita de algumas formas de quantificação para maior exatidão do diagnóstico. 9 Sobretudo, busca-se uma maneira de determinar de fato, quantos quilos o animal necessita perder ou ganhar. Segundo Nelson & Couto (2001), as costelas devem ser facilmente palpáveis, e quando visto de cima o animal deve apresentar forma de ampulheta, o que caracterizaria o porte ideal. Por sua vez, abdômen aumentado a partir da última costela, gradil costal de difícil palpação e depósitos de gorduras evidentes bilateralmente à inserção da cauda, bacia, região inguinal, são indicativos de excesso de peso. Laflamme (1997) registrou um sistema para avaliação de condição corporal em caninos, também baseado na inspeção e palpação do paciente. Laflamme (1997) afirma que um animal está acima do peso quando é impossível palpar as costelas e estas estão situadas sob cobertura muito densa de gordura. Afirma, ainda, que não está no peso ideal quando há pesado depósito de gordura sobre a área lombar e sobre a base da cauda, quando a cintura inexiste e quando não há reentrância abdominal, podendo existir distensão abdominal evidente. Saliola (2001) sugere pegar a pele entre os dedos, na região das costelas. Agarrando uma prega muito grossa, o animal está acima do peso. Segundo este autor, o aumento da massa de gordura ao redor do pescoço do cão também é um parâmetro usado para diagnosticar o acúmulo de adiposidade. Mentzel et al. (2006) sugerem a utilização de uma fita métrica na aferição do perímetro torácico de forma a conscientizar o proprietário do animal, que o cão aumentou ou perdeu peso. Contudo, essa informação apenas serve de acompanhamento para um mesmo indivíduo e não quantifica o excesso ou a falta de massa corporal deste paciente. A ocorrência da obesidade é uma das formas mais importantes e frequentes da má nutrição observada na prática de clínica de pequenos animais. Estima-se que afeta de 6 12% dos gatos, e 25 – 45% dos cães. É bastante comum em animais com idade avançada, podendo estar relacionada com a diminuição do gasto energético, devido a reduzidas atividades e a alterações no metabolismo corporal em função da idade. Animais castrados tem probabilidade em torno de duas vezes maior de se tornarem obesos, em função das alterações hormonais provocadas pela extirpação das gônadas sexuais. Certas raças de cães são mais propensas a tal distúrbio, como o Labrador, Cairn, Shetland Sheepdoogs, Basset Hound, Cocker Spaniel (Wolfsheimer, 1994; Moser 1991a). Dietas para perda de peso, com restrição calórica de 60% e 70% das exigências de energia para mantença de cães e gatos, respectivamente, apresentam considerável sucesso. A necessidade diária total de calorias, para mantença, está em torno de 80% kcal/kg de peso corporal para os cães e 70 kcal/kg de peso corporal para gatos (Gentry, 1993). 10 3- Nutrição parenteral A terapia nutricional parenteral (TNP) consiste na administração de todas ou parte das exigências nutricionais diárias através da via intravenosa (Chan D. L., Freeman L. M, e Lobato. M. A, 2002). A administração de todas as necessidades nutricionais, incluindo calorias, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais é denominada Nutrição Parenteral Total (NTP). A administração de apenas partes das necessidades nutricionais é denominada Nutrição Parenteral Parcial (NPP) (Crowe D.T, 1990). As principais indicações para o uso desta terapia são a obstrução gastrointestinal, hipomotilidade gastroentérica, má-absorção, diarréias profusas, vômitos severos, período pós-operatório de determinados procedimentos cirúrgicos do trato gastrointestinal, pancreatite, peritonite, hepatite, coma, inconsciência ou déficits neurológicos severos, ocasiões em que a colocação de tubos não é possível e outras circunstâncias individuais. Essa via pode ser empregada, também, como forma de suplementação da via enteral (Chan D. L., Freeman L. M, e Lobato. M.A, 2002; Seim III H.B, e Bartges J.W, 2003). As afecções que comprometem as funções de um órgão com atividade metabólica como o fígado, são consideradas entre as mais difíceis de serem tratadas na prática clínica. O fígado normal desempenha cerca de 1500 funções bioquímicas, dentre elas, apresenta papel chave nos processos de digestão e metabolismo dos alimentos e nutrientes. O manejo nutricional é um dos pontos principais na abordagem destes pacientes. Os objetivos são proporcionar condições ótimas para o reparo e regeneração do órgão e evitar ou tratar as complicações da insuficiência hepática, como a encefalopatia ou a ascite. As hepatopatias crônicas comumente levam os cães à desnutrição devido a vários fatores, dentre os principais, pode-se citar: anorexia e náuseas, que resultam em redução no consumo de alimento; prescrições dietéticas incorretas, principalmente com restrição protéica; má digestão e assimilação dos nutrientes (nos casos de cirrose e hipertensão portal); e aumento das necessidades energéticas, condição denominada hipermetabolismo. Acrescentam-se a estes fatores, a disponibilidade anormal dos ácidos biliares, alterações da mucosa intestinal, conseqüentes ao edema, danos capilares e hipertensão portal, que podem refletir-se em redução da absorção de gordura. ( Rutgers C. & Biourge V. 2006). 4- Estimulação do apetite Existem alguns recursos clínicos, de certa simplicidade, dos quais podem-se lançar mão com o objetivo de fazer com que o animal retorne a ingestão oral de alimentos, antes de submetê-lo a técnicas específicas de suporte nutricional (Armstrong 11 E Lippert, 1988; LippertT, 1992; Abood, 1998). O primeiro passo é estabelecer a causa da anorexia e as limitações da alimentação oral, se não houver contra indicações, a estimulação do apetite deve ser iniciada (Lewis et al., 1994). Alguns animais voltam a comer pela simples presença do proprietário, por insistência do clínico, pelo oferecimento de “pratos favoritos” ou alimentos com alta palatabilidade (geralmente aqueles com maiores teores de gordura, proteína e sal). O aquecimento moderado da comida e, algumas vezes, a limpeza das narinas ou a colocação de uma porção do alimento na boca do paciente, podem servir de estímulo para o início da alimentação. Uma vez que o cão ou gato tenha ingerido alimento, comumente, o apetite prossegue voluntariamente (Lippert, 1992; Donoghue E KronfeldD, 1994; Hill, 1994, Lewis et al., 1994; Simpson E Elwood, 1994; Abood, 1998). Os cães constituem entre as espécies animais aquela que maior variação, apresenta no peso adulto, variando desde o pequeno Chihuahua até os grandes Filas, o São Bernardo etc. Esta variação em peso apresenta a primeira dificuldade em se estabelecer a correta necessidade em nutrientes. Grosso modo, pode-se dizer que os animais se alimentam até atingir a satisfação e suas necessidades energéticas, cessando então o apetite. Daí a importância de se conhecer adequadamente a necessidade energética de cada classe, nas quais se dividem os cães do ponto de vista de suas necessidades nutritivas. O estabelecimento das necessidades em energia de um indivíduo está ligado, como já dissemos, primariamente ao seu peso metabólico, isto é, o peso físico elevado à potencia 0,75 e que, multiplicado por um fator constante, 70,5, define o gasto energético mínimo dos processos autônomos do organismo, representados pelas reações endo e exotérmicas, ou seja, do animal em estado de pósabsorção, em repouso e em ambiente termicamente neutro, e representados pela equação: Calorias= 70,5 x Peso 0,75 Enfatize-se, ainda, que a ingestão de alimentos (energia) pode ser influenciada pela apetibilidade da dieta, que, por sua vez, pode ser influenciada pela forma, textura, teor de umidade, densidade e estado de conservação. Sobre os principais nutrientes, certos aspectos devem ser considerados antes da indicação das necessidades nutricionais propriamente ditas. (Andriguetto, 1988). 12 5- Alimentos funcionais Alimento funcional é a denominação dada a todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo sem supervisão profissional. Os alimentos funcionais também são chamados de nutracêuticos, alimentos nutricionais, alimentos hipernutricionais, alimentos terapêuticos, alimentos para longevidade, fitoalimentos (Sá, 2003). 6- Nutrientes Calorias, aminoácidos, vitaminas A, D, E, Piridoxina, cianocobalamina, ácido fólico, Fe, Zn, Cu, Mg e Se, são nutrientes para os quais já se estabeleceu a estreita relação existente entre seu status orgânico e o funcionamento do sistema imune (Sake K. E. 2004). O cão é classificado como um animal carnívoro, caracterizado por apresentar digestão principalmente enzimática, orientada para digerir proteínas e gorduras (Case et al., 1995). As proteínas, são moléculas complexas, grandes compostas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e em sua maioria possuem enxofre, segundo Burger (1988). Quanto aos aminoácidos, são subunidades que formam as proteínas, e podem ser encontradas 20 formas diferentes na natureza, conferindo uma variedade quase que infinita de proteína, segundo Ferreira (2003). Os aminoácidos, de acordo com Burger (1988) são classificados em essenciais e não essenciais, e sua utilização para a formação de novas proteínas essenciais, das quais regulam os processos metabólicos na forma de enzimas, formação estrutural, crescimento e na renovação de tecidos. As proteínas são componentes orgânicos essenciais às células e constituem aproximadamente 18% do peso corpóreo dos animais. São compostos de alto peso molecular formados por unidades básicas de aminoácidos ligadas por ligação peptídica (Beitz, 1996). São importantes nutrientes na alimentação dos cães, sendo fornecidos em maior proporção através dos ingredientes protéicos que podem ser de origem vegetal, animal ou uma combinação de ambos (Case et al., 1995). Para Case (1995), são 10 os aminoácidos essenciais e para os gatos, deve ser incluída a taurina. (tabela 1) 13 Tabela 1. Aminoácidos essenciais e não essenciais para cães e gatos Aminoácidos Essenciais Arginina Histidina Isoleucina Leucina Lisina Metionina Fenilalanina Taurina (somente em gatos) Triptofano Treonina Valina Aminoácidos Não Essenciais Asparagina Alanina Aspartato Cisteína Glutamato Glicina Hidroxilisina Hidroxiprolina Prolina Serina Tirosina Fonte: Linda P. No século XIX, acreditava-se que a contração muscular destruía uma parte do conteúdo protéico dos músculos para proporcionar energia. Recomendava-se uma dieta rica em proteínas para preservar a estrutura muscular e suprir os gastos energéticos. Atualmente, é sabido que o tecido muscular não aumenta simplesmente graças ao consumo de alimentos ricos em proteína. A principal contribuição das proteínas da dieta consiste em fornecer aminoácidos para os vários processos realizados no organismo animal. O organismo animal necessita de aminoácidos diferentes, sendo alguns “nãoessenciais” (produzidos pelo próprio organismo) e os “restantes essenciais” (como não são sintetizados pelo organismo, tem de advir da alimentação); são aminoácidos essenciais: arginina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, metionina, treonina, lisina, triptofano e histidina (McArdle et al., 2003). Os ingredientes protéicos em alimentos industrializados para cães representam em média 30% de sua composição nutricional e acabam por onerar as rações, especialmente quando se considera aspectos relativos à digestibilidade e equilíbrio de aminoácidos dos ingredientes (Carciofi, 2002). Isto ocorre, pois além do aspecto quantitativo deve-se levar em conta o aspecto qualitativo das proteínas, isto é, o seu valor nutritivo. O valor nutritivo de uma proteína depende de sua digestibilidade e de sua composição de aminoácidos essenciais, que devem estar em quantidade e proporções biodisponíveis adequadas (Sgarbieri, 1996). 14 7- Ingredientes Protéicos Os ingredientes protéicos em alimentos industrializados para cães podem ser de origem animal, como a farinha de carne e ossos, farinha de vísceras de frango e farinha de peixe, ou vegetal, como o farelo de soja e o farelo de glúten de milho (Fernandes, 2002), dentre outros. Os ingredientes protéicos de origem vegetal caracterizam-se por apresentarem composição bromatológica com menor variação que os de origem animal, porém em geral são limitantes em aminoácidos sulfurados e triptofano (Lowe, 1989). Já as fontes animais possuem um melhor balanço em aminoácidos essenciais (Sgarbieri, 1996), no entanto sua qualidade nutricional está diretamente relacionada com a origem e o processamento adotado (Bellaver, 2001). As fontes protéicas são relativamente bem digeridas pelos cães (Hand et al., 1994), no entanto alguns fatores podem influenciar o valor nutricional do alimento. Com relação aos ingredientes de origem vegetal o teor de fibra é um fator limitante à sua utilização. O metabolismo protéico do felino é único e se caracteriza pela alta necessidade de proteína na dieta. Como ocorre no cão, a proteína do alimento fornece os aminoácidos essenciais, bem como o nitrogênio adicional para a síntese de aminoácidos não essenciais, quando a quantidade pré-formada é insuficiente (Agar, 2001). Na fase de crescimento, o filhote de felino precisa de 50 % de proteína a mais que o filhote de cão; a alta necessidade protéica está relacionada à maior necessidade basal de nitrogênio. Os gatos adultos precisam do dobro de proteínas, quando comparado aos cães e a principal razão para esse requerimento maior está no fato de que o gato utiliza a proteína para obter energia e para a síntese e manutenção da estrutura orgânica. O alto requerimento protéico não se relaciona à necessidade excepcional de um aminoácido em particular (Kirk et al, 2000). 8- Vitaminas e minerais As vitaminas são moléculas orgânicas (contêm carbono), que funcionam principalmente como catalisadores para as reações dentro do corpo. Os catalisadores são substâncias que permitem que uma reação química ocorra usando menos energia e menos tempo do que precisaria em condições normais. Se estiverem em falta, como no caso de deficiência vitamínica, as funções normais do corpo podem falhar, deixando o animal suscetível a doenças. As vitaminas não podem ser sintetizadas pelos animais e podem ser classificadas como hidrossolúveis (complexo B e vitamina C) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K). Os sinais mais comuns da deficiência de vitaminas do complexo 15 B são: uma seborréia seca e floculenta, acompanhada de alopecia, anorexia e perda de peso. Nesses casos a suplementação é necessária (Andriguetto, 1988). 8.1 Vitaminas Lipossolúveis As lipossolúveis, de acordo com Maskell e Johnson (1993), são absorvidas como os lipídios presentes na dieta, através da combinação com os sais biliares. Está associada aos lipídios, e sua absorção depende da presença destes. Sua absorção ocorre no intestino com a facilitação pela ação emulsificante da bile e após serem absorvidas são transportadas para a circulação e distribuídas para os tecidos sob a forma de um complexo protéico. Não são facilmente excretadas pela urina, devido a sua insolubilidade, sendo assim, são armazenadas no fígado e tecido adiposo, portanto a ingestão excessiva dessas vitaminas pode levar a efeitos indesejáveis no organismo, segundo Ferreira (2003). Em relação às hidrossolúveis (Blaza, 1987), são absorvidas passivamente, podendo haver alguma absorção ativa, no caso da vitamina b12, pode ser absorvida somente após ligar-se ao fator intrínseco, produzido pela mucosa gástrica. Frente ao tipo de aparelho digestivo, os cães estão entre as espécies dependentes de fontes exógenas de vitaminas, pois embora exista síntese microbiana a nível intestinal, para a maioria das vitaminas do complexo B, e vitamina K, a velocidade da digestão nesta espécie parece não permitir uma síntese e utilização efetivas, salvo talvez para a vitamina K . Já os mineiras, na nutrição dos cães têm participação em várias funções do organismo. Cada um destes minerais apresenta uma ação especifica no organismo, bem como apresentam interações metabólicas necessárias para a harmonia dos processos vitais (Andriguetto, 1988). Esses nutrientes não podem ser sintetizados pelo organismo, portanto devem ser obtidos na alimentação, não fornecem calorias, contudo alguns desses nutrientes desempenham funções essenciais, como é o caso do cálcio e fósforo, que será descrito, de acordo com Loiola (2007). São absorvidos na forma ionizada, e são dependentes da necessidade requerida pelo organismo, segundo Maskell e Johnson (1993). Os meios em que são absorvidos variam de acordo com o local, como por exemplo, no jejuno, a captação do sódio está ligada a captação ativa de glicose; no íleo, é um processo ativo, e no intestino grosso, é muito ativo, e depende do movimento de glicose. A absorção depende, também, dos níveis no sangue e de fatores hormonais, de acordo com Blaza (1987). 16 Todos os minerais tem suas funções e são importantes ao organismo, sendo alguns mais conhecidos: 8.2 Cálcio e Fósforo Esses elementos são necessários para a formação e manutenção do esqueleto, e em algumas reações metabólicas, de acordo com Case (1995). O cálcio tem como função a manutenção da rigidez estrutural dos ossos e dentes, é essencial para a coagulação sanguínea e o funcionamento dos nervos e músculos. Quanto ao fósforo está envolvido com muitos sistemas enzimáticos, é componente de compostos fosfatos orgânicos de alta energia, de acordo com Burger (1988). O papel do fósforo (P) no organismo animal é de grande importância para o desenvolvimento do animal jovem e mantença do animal adulto, visto que este elemento participa na geração de moléculas de ATP, fosfolipídeos, fosfoproteínas e é responsável pelo crescimento e fortalecimento dos ossos e tecidos moles (GeorgievskiI, 1982). Quando o nível de P na dieta não supre a necessidade do animal, as células dos tecidos são primeiramente afetadas, uma vez que elas dependem do suprimento de P proveniente dos alimentos. Se a deficiência de P persistir por período prolongado, ocorre o aparecimento dos sintomas clínicos que incluem perda ou depravação do apetite, perda de peso, queda na produção de leite, afetando dessa forma o desempenho do animal (Underwood 1981; McDowell, 1985). 8.3 Magnésio Cerca de 70% do magnésio no organismo está presente, juntamente com o cálcio e fósforo, nos ossos. Nos tecidos moles, o magnésio é o cátion bivalente intracelular mais abundante. Sabe-se que o magnésio é o ativador de muitos sistemas enzimáticos, como o da fosfatase alcalina. Portanto, o magnésio está envolvido em muitas atividades biológicas, como: transporte de membrana, a ativação de aminoácidos, a síntese de proteínas, ácidos nucléicos, lipídeos, ou coenzimas; a geração e transmissão dos impulsos nervosos; e a contração dos músculos e fosforilação oxidativa. (Jones et al p. 815-817). 17 8.4 Ferro Quanto ao ferro, setenta por cento do ferro no organismo animal está sob forma de hemoglobina e 30% encontra-se no fígado, baço e medula óssea. A deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais freqüente no mundo, produzindo anemia. Uma alimentação inadequada, bem como as hemorragias, que provocam uma perda de ferro, levam a uma deficiência que se deve tratar com suplementos do mineral. É provável, que esta deficiência se verifique durante a prenhez devido a necessidade de a fêmea ter de fornecer uma grande quantidade de ferro ao feto em desenvolvimento (Andriguetto,1988). 8.5 Potássio São encontrados dentro das células do organismo, sendo necessária para a transmissão nervosa, manutenção do balanço hídrico e pelo metabolismo celular, segundo Burger (1988). Em relação à deficiência caracteriza pela fraqueza muscular, lesões nos rins e coração, e crescimento lento, isso pode ocorrer através de diarréia crônica, uso de diuréticos, animais que já tenha algum problema renal, de acordo com Burger (1988); quanto à toxicidade, pode ocorrer o hipoadrenocorticismo ou doença de Addison. 8.6 Sódio, Cloro e Iodo O sódio e o cloro Intervêm no equilíbrio da pressão osmótica, no equilíbrio básico e na permeabilidade celular. A relação iônica acima citada, em que participa o sódio, é essencial ao funcionamento do músculo cardíaco. O sódio, juntamente com o potássio, está envolvido na homeostasia dos líquidos e eletrólitos do organismo. Nestes processos o cloro também participa, se bem que indiretamente, através do controle de retenção de sódio no organismo. Já o iodo é necessário à síntese da tiroxina e da triiodotironina que são essenciais ao crescimento, ao desenvolvimento e a maturação físico-mental (Andriguetto, 1988). 18 9- Conclusão A crescente necessidade de conhecer as diferenças nutricionais de cães e gatos levou os especialistas a desenvolverem estudos relacionados a esse tema. Os animais de companhia possuem, não somente diferenças nutricionais, mas também diferenças anatômicas e fisiológicas. As recomendações diárias variam de acordo com o estágio da vida do animal, por exemplo, um animal que está em gestação, lactação ou em fase de crescimento, as necessidades de nutrientes são superiores nessas fases, também variam quanto à raça, atividade física, peso, sexo. As necessidades míninas diárias se definem como a menor quantidade de um determinado nutriente que deve ser ingerido ao dia para manter o metabolismo corporal. A energia é essencial na vida dos animais e tem como função gerar a força necessária para que as células tenham um bom funcionamento, a energia é proveniente da alimentação, através de nutrientes, como o carboidrato, a gordura e a proteína. Contudo, a gordura tem aproximadamente o dobro de energia em relação à proteína ou ao carboidrato, sendo uma fonte muito mais eficiente para o metabolismo, porém, devese controlar a ingestão desse nutriente para não ocorrer desequilíbrio e causar obesidade no animal. 19 Referências Bibliográficas ABOOD, S.K. et al. Cuidados nutricionais de pacientes hospitalizados. In: ABOOD, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 2 ed. São Paulo: Manole, 1998. p. 79 – 104. Agar, S., Small Animal Nutrition. 2001, London: Butterworth- Heinemann. 187. 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