Anos 1980 Caso Coroa Brastel O caso Coroa Brastel é um dos maiores escândalos de corrupção que ocorreu durante a ditadura militar. O caso foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em 1985, abrindo investigações contra o ministro do planejamento Delfim Neto, o ministro da fazendo Emane Galvêas e o dono da empresa Brastel (eletrodomésticos), Assis Paim Cunha. Assis Paim Cunha obteve grande sucesso em sua carreira de empresário, sendo considerado um dos homens mais ricos do país. A Brastel possuía como braço financeiro a holding Coroa, e o Grupo Coroa Brastel era um dos mais bem sucedidos do Brasil, com grande influência no Rio de Janeiro. Em 1981, o empresário afirmou que foi praticamente obrigado por uma imposição do governo a comprar uma corretora, que estava a beira da falência, para que sua empresa ficasse livre de limitações impostas ao financiamento de compras a prazo, tornando o volume de vendas Brastel o maior do país. A situação da corretora era péssima, fazendo-se necessário um empréstimo da Caixa Econômica Federal. Originalmente o dinheiro seria usado para a expansão da empresa Brastel, porém, serviu para o pagamento de dívidas que a corretora tinha com o Banco do Brasil e o Banespa. Para conseguir o empréstimo, a holding Coroa precisou emitir letras de câmbio sem lastro, e seus juros estavam relativamente muito acima do que se praticava no mercado. A situação começou a ficar insustentável. Em junho de 1983, o Banco Central interveio na holding e percebeu-se que os quase 34 mil investidores haviam sido lesados, e judicialmente acertou-se que a Coroa pagaria cerca de 1 Cr$43.442.670,00 aos investidores. Porém, com a falência do Grupo Coroa Brastel, não foi possível efetuar todo pagamento, acarretando na falência de demais empresas ligadas ao grupo. Os ministros Delfim Neto e Emane Galvêas foram acusados de desviar dinheiro da Caixa Econômica Federal ao permitirem o empréstimo irregular ao empresário, mas os dois ministros saíram ilesos do processo, pois a acusação contra Galvêas foi rejeitada e a de Delfim não chegou nem a ser examinada. Em 1998, o Assis Paim foi condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira, com uma pena de 8 anos e 3 meses de prisão, porém cumpriu o regime semiaberto em prisão domiciliar. O empresário sempre se considerou inocente, e culpava sua falência a compra da corretora pela imposição do governo. Assim Paim faleceu em outubro de 2008. Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u459137.shtml http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u10608.shtml http://falandodegestao.wordpress.com/2011/09/27/coroa-brastel-uma-historia-de-sucesso-que-acabo u-mal/ http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL832463-5606,00.html http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/13860_PAIM+RICO+NOVAMENTE Acessados em 6 set 2011. 2