PROCESSO Nº 1084/12 - PROJETO DE LEI Nº 215 INTERESSADO: Vereador Júlio Cesar Pereira de Souza ASSUNTO: Denomina de "Lodovico Agostinho" a rua (viela sanitária) que separa o Santa Angelina do Campus II da "USP" (Universidade do Estado de São Paulo), do Bairro Santa Angelina. -0Senhor Presidente; Senhores (as) Vereadores (as): PROJETO DE LEI De nomina de “Lodovico Agostinho” a rua (vie la s anitária) que s e para o Santa Ange lina do Campus II da “USP” (Unive rsidade do Estado de São Paulo), do B airro Santa Ange lina. O Prefeito Municipal de São Carlos faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele promulga e sanciona a seguinte Lei: Artigo 1º - Fica denominada como “Lodovico Agostinho” , a rua (viela sanitária) que separa o Santa Angelina do Campus II da “USP” do Bairro Santa Angelina. Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. Sala das Sessões, 21 de Maio de 2012. (a) JULIO CESAR PEREIRA DE SOUZA Ve re ador - De mocratas Jus tificativa Lodovico Agostinho HISTÓRICO Lodovico Agostinho nascido em 1° dezembro de 1907, na Fazenda Monte Alegre, atualmente denominada Agrindus S/A Empresa Agrícola Pastoril, localizada no Município de Descalvado. Filho de Gervásio Agostinho e de Maria Grande Agostinho, tendo falecido em São Carlos em data de 22 de Julho de 1994, vítima de uma insuficiência respiratória aguda. Em Maio de 1929, casou-se com Tereza Baldan Agostinho, na época, também moradora daquela Fazenda, com quem ficou casado até 02 de Outubro de 1993, ocasião em que veio a falecer. Portanto, um convívio conjugal de mais de 63 anos. Como fruto desse relacionamento teve os filhos: 1° Maria Domitila Agostinho, (falecida), casada com João Schiabelli; 2° Noêmia Agostinho, casada com José Blanco, (falecido) 3° Palmira Agostinho, casada com Pedro Minetti; 4° Wilma Agostinho, casada com Leidoar Nascimento de Andrade (falecido); 5° Maria Helena Agostinho, casada com Armando Caiado; 6° Maria Aparecida Agostinho, casada com José Fonseca (falecido); 7° José Roberto Agostinho, casado com Márcia Suely Aparecida Cocca; 8° Antônio Francisco Agostinho(falecido), casado com Iracy dos Santos e, 9° Maria das Graças Agostinho, casada com Eduardo Moreira. ATIVIDADE PROFISSIONAL Desde criança conheceu as agruras da vida dura no campo, pois naquela época, á quase um século atrás não existiam maquinários agrícolas que são largamente usados hoje, e que tanto facilita o trabalho da população rural. Ainda de madrugada, sem uma alimentação adequada e descalço, acompanhava o pai para a roça, auxiliando-o nos mais variados serviços empregados na cultura do café, algodão e outros. Passaram-se vários anos sem alterar este quadro, até que resolveu contrair matrimônio. Inicia-se uma nova fase em sua vida, adquirindo mais responsabilidade, agora tem uma esposa e um lar para cuidar. Mas o que não altera é a maneira de ganhar a vida, o pouco que ganha mal dá para sobreviver. A situação tende a piorar com a chegada dos filhos, e é o que acontece. Sem a perspectiva de uma melhora imediata na maneira de viver, ainda que já tivesse alguns filhos em idade de trabalho para ajuda-lo, chegou a conclusão que na roça não daria mais para viver e propiciar um melhor conforto para a família, então resolveu mudar-se. No inicio dos anos 50, mudou-se com a família para São Carlos, com exceção de uma filha, que já havia se casado e permaneceu morando na fazenda. A primeira moradia alugada, foi a Rua Floriano Peixoto, um quarteirão atrás do Colégio Diocesano La Salle na Vila Prado, começando neste momento uma nova aventura em sua vida. Sem qualquer qualificação profissional e com pouca cultura e conhecimento, viu-se obrigado a trabalhar de servente de pedreiro, a sua primeira oportunidade de emprego na Cidade, enquanto algumas filhas já tinham idade para o trabalho empregaram-se como domésticas. Com o decorrer do tempo e sempre trabalhando na Área da Construção Civil, especializou-se como pedreiro, enquanto gradualmente os filhos iam se casando e formando novas famílias. Como pedreiro trabalhou como empreiteiro para vários empreiteiros construtores, um dos maiores orgulhos que tinha, foi como Pedreiro, ter trabalhado nas Obras de Construção da Escola de Engenharia de São Carlos, hoje USP, construção essa que foi um marco histórico em nossa Cidade, além de ajudar a construir os primeiros arranhas céus que surgiram na década de 70 em São Carlos. Cansado de trabalhar como empregado, achando que não era bem remunerado como devia pela sua especialização, e vendo o crescimento da Cidade com a proliferação de novos bairros, a instalação de novas indústrias atraindo novos munícipes, novas escolas e edifícios, tudo isso o influenciou a tomar a decisão de trabalhar por conta própria. Ao longo de sua carreira profissional iniciada aqui em nossa Cidade, acredita-se que tenha construídos mais de cem casas, a maioria delas na região da Vila Prado, onde foi seu principal reduto. Precisou trabalhar de pedreiro até o ano de 1987, com 80 anos de Idade, apesar de aposentado pelo INSS com um salário mínimo, cansado e doente, fazia pequenos serviços a parte para complementar a renda, que parte dela era consumida na compra de remédios para ele e para a esposa. O zelo e o carinho pela esposa, sua fiel companheira de durante 63 longos anos não foram suficiente para evitar sua morte ocorrida no ano de 1992. Ao tornar-se viúvo, dizia que não tinha mais o prazer da vida, pois Deus tirara dele a força de trabalho e seu bem mais querido: a esposa. Seus últimos dias de vida, bem doente, passou ao lado de uma filha que o acolheu, até que no dia 22 de Julho de 1994, quando terminou sua missão no plano terreno. A indicação do nome de “LODOVICO AGOSTINHO” para designar um logradouro público de nossa cidade, será uma justa e merecida homenagem á quem tanto se dedicou e ajudou a construir o progresso da Cidade com a força do seu trabalho. Sala das Sessões, 21 de Maio de 2012. JULIO CESAR PEREIRA DE SOUZA (a) Ve re ador - De mocratas