Senhor Secretário de Estado da Administração Local, Dr. José Junqueiro Senhor Governador Civil de Braga, Dr. Fernando Moniz Senhor Presidente da Assembleia Municipal Senhores Vereadores Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Rossas Senhor Arcipreste, Padre Alcino Xavier Senhor Vice Arcipreste, Padre Albano Costa Demais entidades convidadas Comunicação Social Minhas Senhoras Meus Senhores Esta semana, numa iniciativa do Município: – as Conferências de Vieira, um espaço de reflexão e de divulgação e aprofundamento de conhecimentos –, o professor António Cândido Oliveira falou sabiamente da organização administrativa do Estado. Começou por perguntar o que é Estado, para concluir que o primeiro elemento do Estado é o povo. Ou seja, somos todos nós que habitamos um território com órgãos de soberania legítimos, autónomos e reconhecidos pela comunicadas das Nações. Nós somos parte essencial do Estado. A corrente neoliberal e conservadora que todos os dias ataca o Estado e quer reduzi-lo ao mínimo, no fundo está a pôr em causa o povo e sobretudo os mais carenciados. Querem entregar aos privados:- aos mercados como dizem, a Caixa Geral de Depósitos, os hospitais e a saúde, as escolas, os Caminhos-de-ferro e todos os transportes, a água…querem acabar com os mais diversos serviços públicos, mesmo que eles façam muita falta às pessoas. Dizem que querem emagrecer o Estado. Repetem que é preciso emagrecer o Estado. Mas se o primeiro elemento do Estado é o povo, logo querem emagrecer o povo… querem emagrecer os portugueses. Sabemos que o avanço e afirmação da Europa passou pela construção do Estado Social. Pois é o Estado Social que eles querem destruir. Estou a referir-me, por exemplo, a um Jornal que diz ter feito uma longa investigação para concluir que existem mais de 14 mil institutos públicos em Portugal. Depois, como nos contou na Conferência o professor António Cândido, nunca apresentam a lista e quando se vai estudar o problema, verifica-se que os organismos do Estado rondam os sete mil e neste número estão as 4500 Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais do País. Porque será que anunciaram então mais de 14 mil institutos públicos quando eles rondam os três mil? É a tal corrente conservadora neoliberal que está na moda e passa por toda a sociedade, desde os órgãos de comunicação às organizações políticas. Senhor Secretário de Estado Minhas Senhoras Meus Senhores Tem sentido a reflexão que acabo de fazer. Porque a razão de ser de estarmos aqui é um acto do Estado. É o Estado que vem ajudar Rossas a resolver um problema. Com certeza que um estado magrinho, como alguns querem, nunca poderia ajudar Rossas. Trata-se de um equipamento muito importante para Rossas. Foi prometida por outros. Até a anunciaram em grandes cartazes. Uns prometeram, nós cumprimos e vamos fazer. Permitam-me que vos confesse que sinto uma alegria especial por estar aqui em Rossas. Tenho o dever e procuro cumpri-lo com rigor, de tratar todas as freguesias por igual. Mas também tenho o dever de reconhecer as razões afectivas que me ligam a esta terra. Rossas tem uma longa história. É referida em documentos anteriores à fundação da nacionalidade. Foi sede de Concelho. Teve foral manuelino, os denominados forais novos em 1514. Em 2014 passam 500 anos sobre esta data histórica. Rossas e o Concelho de Vieira do Minho devem comemorar dignamente esta data. Neste momento de grande alegria para todos nós, não posso deixar de felicitar o Sr. Padre Albano, e a todos os que o acompanham, pelo excelente trabalho social que tem vindo a liderar nesta freguesia. Muitos parabéns senhor Padre. Parabéns e coragem para continuar o seu trabalho em mais uma obra que enriquece a freguesia de Rossas e o concelho de Vieira do Minho. Como dizia no inicio, o Estado é o povo. Por isso mesmo, toda a população de Rossas merece o nosso reconhecimento. Se hoje têm aqui mais uma obra é porque o merecem. A segunda maior freguesia do concelho merece este investimento e todos os seus habitantes e instituições estão hoje de parabéns. Senhor Secretário de Estado Quero agradecer-lhe a compreensão e o apoio. O nosso muito obrigado por ter aceite o nosso convite. E… vamos ao trabalho. Garantido o financiamento por parte do Governo e da Câmara Municipal, há que fazer a obra que tão necessária é. Muito obrigado.