TRABALHO FINAL DE PGSII GRUPO 209 B(A3/A4): Bárbara Diniz; Daniela Cásseres; Marcella Severiano; Mayra Sanandres; Natália Ronchi 1. 1ª Parte – Reconhecimento do cenário, identificar e refletir sobre: a. Tipo de unidade ou micro-unidade (serviço) Pediatria da Policlínica Regional de Saúde Dr. Guilherme T. March. b. Missão institucional Atender as crianças da região do Fonseca e Cubango, em Niterói, no que tange aos serviços oferecidos por essa subunidade. c.Principais tipos de serviço que oferece Consulta médica pediátrica; vacinação; teste da orelhinha e teste do olhinho (somente serviço ambulatorial). d. Clientela predominante Crianças que moram na região de Cubango e Fonseca que procuram atendimento pelo SUS, levados por seus responsáveis. e. Categorias profissionais (observando as práticas e os saberes envolvidos) Médicos; enfermeiros; fonoaudiólogos. auxiliares de enfermagem; e f. Funcionamento (fluxo, porta de entrada, protocolos...) As mães que querem que seus filhos sejam atendidos pela pediatria da policlínica têm que levar o comprovante de residência, com isso o prontuário das crianças é aberto. Mas o primeiro contato da criança e sua família com a policlínica é pelo acolhimento, o qual ocorre principalmente com mães de recém-nascidos, assim, no acolhimento as mães são instruídas sobre amamentação e cuidados gerais com os filhos. Após isso, as crianças estão aptas a terem consultas médicas. São 3 pediatras, e as crianças até um ano tem que ser acompanhadas mensalmente, e após isso, trimestralmente ou semestralmente, ou em caso de alguma intercorrência. g. Ambiente: condições físicas, conforto do usuário trabalhadores, limpeza, higienização, conservação etc. e A policlínica tem um ambiente geral aparentemente limpo, conservado e higienizado, confortável aos usuários e aos profissionais, sendo sua higienização mantida pela de terceirizada Nova Rio. Em especial no consultório onde atendemos as crianças há certa falta de higienização, pois temos que solicitar às mães fraldas para forrarmos a maca para ficar apta a criança deitar para ser examinada, já que o que tem lá é um pano que não parece ser bem higienizado. 2. 2ª Parte – No cenário de prática escolhido, com base nos temas e debates realizados na disciplina, reflita sobre: a. Como ocorre a recepção e o fluxo de ingresso do usuário na unidade de saúde, por parte dos profissionais que o atendem? As mães que querem que seus filhos sejam atendidos pela pediatria da policlínica têm que levar o comprovante de residência, com isso o prontuário das crianças é aberto. Mas o primeiro contato da criança e sua família com a policlínica é pelo acolhimento, o qual ocorre principalmente com mães de recém-nascidos, assim, no acolhimento as mães são instruídas sobre amamentação e cuidados gerais com os filhos. Após isso, as crianças estão aptas a terem consultas médicas. São 3 pediatras, e as crianças até um ano tem que ser acompanhadas mensalmente, e após isso, trimestralmente ou semestralmente, ou em caso de alguma intercorrência. b. Como são realizadas as práticas e o uso de tecnologias em saúde pelos profissionais no cuidado ao usuário? As crianças que serão atendidas pela pediatria têm suas consultas marcadas previamente por seu responsável, no dia da consulta e anteriormente a ela há uma préconsulta, na qual a criança é pesada medida. Posteriormente, a criança vai para a consulta com o médico pediatra que já tem os dados da pré-consulta e dará sequência ao exame pediátrico. No caso os testes de olhinho e da orelhinha são feitos no primeiro contato do recém-nascido com os profissionais da policlínica, sendo o primeiro feito somente por 1 das 3 pediatras com o uso do oftalmoscópio, e o segundo feito pela fonoaudiologista. E as vacinas são aplicadas de acordo com a orientação nas cadernetas de vacinação das crianças. Fora essas tecnologias que se caracterizam mais como tecnologias duras, há a questão da tecnologia em saúde feita pela preceptora e seus alunos. Essa se baseia no fato de que os pacientes atendidos por ela recebem um atendimento diferente e mais individualizado, isso devido à presença dos alunos nas consultas. Na verdade as consultas pediátricas são feitas pelos alunos, na qual eles que “interrogam” a mãe a cerca do estado da criança, sendo eles mesmos que fazem o exame físico, isso tudo sendo supervisionado pela preceptora, e no caso de dúvidas a respeito de algum quadro diferente, a preceptora esclarece os alunos assim como as mães, baseando tudo de uma forma em uma troca de aprendizado. c. Como são estabelecidos os projetos terapêuticos propostos ao usuário atendido? A policlínica possui o serviço de farmácia, assim, caso o projeto terapêutico proposto seja regidos por medicamentos que possam ser adquiridos na própria policlínica o receituário é feito em 2 vias, sendo uma para a policlínica, caso não tenha na farmácia da policlínica, o medicamento tem que ser comprado fora do serviço público de saúde. Caso, também seja proposto exames complementares e que estes não são feitos no ambiente da policlínica há um referenciamento com o pedido para um local do serviço público próximo que faça o exame, ou não sendo fornecido pelo SUS há a necessidade de uso particular. Como forma de projeto terapêutico no caso da pediatria também há muita orientação na forma de agir com criança, a exemplo da orientação sobre alimentação da criança. d. Você percebe a construção de redes entre os trabalhadores, e entre Unidades de Saúde para o atendimento aos usuários? Justifique sua resposta. Sim. A relação entre trabalhadores e Unidade de Saúde é a melhor para buscar o atendimento para os usuários. O exemplo do caso aqui relatado que é proveniente da atividade de TCSIII, a preceptora é incluída no serviço da policlínica como professora da Uff e não como médica da Unidade. E mesmo assim a articulação entre a profissional e a policlínca é a melhor possível, já que para o atendimento do usuário pela preceptora é essencial para o serviço da Unidade, sendo que somente ela junto com os alunos são quem fazem o teste de olhinho nas crianças. Sem contar que o atendimento feito pela pediatra e os alunos passou a ser algo bem visto e querido principalmente pelos pacientes devido a formação de um vínculo. e. Você percebe a existência de relações interpessoais entre profissionais e usuários e entre os profissionais? Como elas ocorrem? O que consegue ser relatado no que tange a relações interpessoais, é que a relação dos médicos pediatras com os usuários é bem atenciosa, sendo cada atendimento bem individualizado e focado nas necessidades dos usuários, sejam as necessidades e problemas abordados médicos ou não. Isso principalmente visto nas consultas feitas pela preceptora e seus alunos. O que fez com que esse atendimento fosse bem elogiado pelos pacientes devido a forte formação de um vínculo entre aluno, preceptora, mães e crianças. 3. Instituído e Instituinte: O principal exemplo que pode ser citado na questão da análise institucional é em relação ao processo de implementação do teste de olhinho na Policlínica. O teste do olhinho deveria ser um instituído em todos os serviços de pediatria do SUS, porém isso não acontece por diversos motivos que nos foram apresentados ao nos depararmos com esse serviço, tais como a falta de preparo dos profissionais para manejar o aparelho oftalmoscópio e sua própria falta, já que não é uma tecnologia provida pelo SUS. Sendo assim, o teste do olhinho só deixou de ser um instituído teórico e passou a ser verdadeiro e prático a partir da instituinte que foi a inserção da professora de TCSIII e de seus alunos na Policlínica. Em suas atividades a professora levou consigo a tecnologia do oftalmoscópio e ensinou seus alunos a manejá-lo, com isso o teste do olhinho foi instituído no serviço de pediatria da Policlínica Regional de Saúde Dr. Guilherme T. March atendendo a população infantil coberta pela Policlínica e sendo, inclusive, requisitado para crianças de outras regiões que não possuem esse teste a sua disposição. 4. Auto-análise e Autogestão: Nesse caso analisado a autogestão é bem presente, isso porque o atendimento pediátrico feito pelos alunos e pela professora no TCSIII prestado na Policlínica é bem individual. A inserção da professora e de seus alunos no serviço da unidade de saúde foi realizada pela Uff e não pela prestação pública de serviço, com isso a atuação da professora vai além de sua formação como pediatra e sim como pediatra e professora. Assim, o serviço prestado por ela e a forma como ele se decorre foi estabelecido por ela. Por exemplo, além da professora existem mais 2 médicos pediatras, só que a demanda estabelecida para esse outros pediatras é diferente. A professora estabeleceu que para que seu atendimento ocorresse ele deveria ter menos pacientes agendados que os outros médicos, tendo ela no máximo 4 pacientes por manhã. Essa diferença acontece porque a consulta é feita na verdade pelos alunos sendo supervisionada pela professora, com isso ela tem um tempo mais longo, já que tudo que é feito é explicado, discutido e conversado, assim o paciente de certa forma tem também um atendimento mais individualizado. Em relação a auto-análise, o que pode ser citado é relacionado com a questão da própria auto-gestão, já que o único processo de auto-análise que pode ser visto é em relação a conduta da professora sem ter relações com o ambiente da Policlínica. A auto-análise referida é feita de forma que a preceptora costuma debater com seus alunos a cada consulta, para sempre poder saber se algo pode ser melhorado ou se está tudo bem da forma que tem ocorrido. 5. Conclusão: A conclusão que o grupo pode tirar foi em relação ao atendimento diferenciado oferecido pela pediatra/preceptora e seus alunos. Mesmo de certa forma esse tipo de atendimento ter sido imposto devido à atividade de TCSIII na Policlínica, este veio a acrescentar ao atendimento oferecido por essa Unidade de saúde, especificamente nesse setor, que por se tratar do cuidado de crianças requer um vínculo maior e mais cuidadoso. Assim, o grupo pode ver que a resposta da população atendida à implementação dessa atividade foi bem positiva devido aos vínculos estabelecidos.