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Directora
Graça Franco
Terça-feira, 08-07-2014
Edição às 08h30
Editor
Carla Caixinha
O que querem os médicos
que vão fazer 48 horas de
greve?
Autarca de Sintra põe radares
no IC 19, a estrada mais
perigosa do país
Trabalhadores da
Controlinveste contestam
despedimento colectivo
Papa diz que abusos de
menores são “profanação da
imagem de Deus”
Eurogrupo
Vera e Sarmento
defende menos
pedem explicações impostos sobre o
do Governador
trabalho
sobre o BES
FALAR CLARO
ASAE apanha
militar da GNR em
acção de jogo
ilegal
Duas pessoas
"Lamentamos
Atlético de Madrid
morrem devido a informar": Faro
queda de muro na ficou sem cinemas vai bater cláusula
de Oblak
Guarda
BENFICA
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Terça-feira, 08-07-2014
Papa diz que abusos
de menores são
“profanação da
imagem de Deus”
Francisco pediu perdão pelos abusos
cometidos por membros da Igreja e pela
forma como esses crimes foram encobertos
por membros da hierarquia, durante o seu
encontro com seis vítimas.
Foto: Ansa/EPA
Por Filipe d’Avillez
O Papa Francisco voltou a comparar os abusos sexuais
de menores, praticados por membros do clero, a
sacrilégio, dizendo que representam uma verdadeira
“profanação” da imagem de Deus.
“É como um culto sacrílego, porque estes meninos e
meninas foram confiados ao carisma sacerdotal para
serem conduzidos a Deus. E aquelas pessoas
sacrificaram-nas ao ídolo da sua própria
concupiscência. Profanam a própria imagem de Deus,
na qual fomos criados", disse Francisco às seis vítimas
de abusos sexuais praticados no seio da Igreja, que esta
segunda-feira de manhã se encontraram no Vaticano.
O Papa celebrou uma missa privada para os três
homens e três mulheres e, depois, encontrou-se
durante 30 minutos com cada um em privado.
Durante a sua homilia, referiu várias vezes a
necessidade de a Igreja se deixar prender pelo olhar de
Jesus e chorar os seus pecados, partindo da passagem
dos Evangelhos em que São Pedro vê Cristo, maltratado
pelos romanos, e chora, depois de o ter negado.
"Esta cena vem-me à mente quando olho para vós e
penso em tantos homens e mulheres, rapazes e
raparigas. Sinto o olhar de Jesus e peço a graça das
lágrima, a graça de a Igreja poder chorar e fazer
reparação pelos seus filhos e filhas que traíram a sua
missão, que abusaram de pessoas inocentes", disse
logo no começo da homilia.
O Papa pediu perdão várias vezes em nome da Igreja,
pelos actos em si, mas também pela forma como, em
muitas situações, foram encobertos, “camuflados com
uma cumplicidade que não tem explicação”.
“Diante de Deus e do seu povo, expresso o meu pesar
pelos pecados e graves crimes de abuso sexual
cometido por clérigos contra vós. Humildemente peço
perdão. Peço perdão ainda pelo pecado de omissão por
parte de líderes da Igreja que não responderam de
forma adequada a relatos de abusos apresentados por
familiares e pelas próprias vítimas. Isto conduziu a um
sofrimento ainda maior por parte dos que foram
abusados e colocou em perigo outros jovens que
estavam em situação de risco.”
A coragem das vítimas
O Papa também dissipou qualquer dúvida sobre o facto
de algumas vítimas terem denunciado publicamente os
crimes sofridos: “A coragem que vós, e outros,
revelaram ao falar publicamente e contar a verdade, foi
um serviço de amor, uma vez que lançou luz sobre uma
escuridão terrível na vida da Igreja”.
Elencando as muitas consequências dos abusos,
incluindo a dependência de substâncias, o desespero,
as dificuldades em manter relações de proximidade e
mesmo o suicídio, Francisco foi claro: “A morte destes
filhos tão amados de Deus pesam no coração e na
consciência do Papa e de toda a Igreja”.
Por fim, comprometeu-se, novamente, a fazer os
possíveis para eliminar da Igreja a cultura dos abusos
sexuais: “Não há lugar no ministério da Igreja para
quem comete estes abusos e comprometo-me a não
tolerar os males cometidos contra menores por
qualquer pessoa, seja padre ou não.”
Mas esta é uma responsabilidade que se estende aos
bispos também, disse. “Todos os bispos devem
desempenhar o seu ministério pastoral com o maior
cuidado, de forma a ajudar a fomentar a protecção dos
menores. E eles serão responsabilizados”.
Este foi o primeiro encontro do género entre o Papa e
vítimas de abusos sexuais. Segundo o padre Federico
Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé, as
vítimas ficaram muito comovidas com a missa e o
encontro pessoal com Francisco.
CONSELHO DE DIRECTORES. A reflexão
sobre a actividade política e económica.
Com Graça Franco, Pedro Santos Guerreiro e Henrique
Monteiro, num debate conduzido por José Pedro Frazão.
À quinta-feira, na Edição da Noite, a partir das 23h.
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O que querem os
médicos que vão
fazer 48 horas de
greve?
Há 22 pontos no caderno reivindicativo da
paralisação, convocada pela Federação
Nacional dos Médicos com o apoio da
Ordem. O ministro diz que os médicos não
têm razão e que o processo negocial ainda
está em curso.
Saúde".
Já o SIM, embora apoie todas as reivindicações,
considerou que ainda não está esgotado o tempo do
diálogo com a tutela.
A Federação Nacional dos Médicos disse esperar que a
adesão à greve seja elevada.
As críticas do ministro
O Ministério da Saúde critica a greve, considerando-a
uma violação do acordo assinado há dois anos entre os
representantes dos médicos e a tutela.
"Eu não compreendo a greve. Nos sindicatos aduziram
22 motivos e a Ordem dos Médicos, se não me engano,
56, portanto se eu quiser apresentar 70 motivos posso
sempre apresentar os mais diversos", afirmou Paulo
Macedo esta segunda-feira.
Para o ministro, a greve não surge de uma "perspectiva
credível" e, sobretudo, "construtiva", uma vez que o país
saiu, recentemente, de uma situação de emergência
económica e financeira.
Médicos aconselham utentes
A Ordem dos Médicos apela os utentes a não usarem os
serviços, a não ser em caso de extrema necessidade.
Para quem tem consultas, exames ou outras
intervenções programadas, recomenda que se
verifique se se vão realizar.
O ponto alto das 48 horas de greve vai ser o protesto
marcado para as 15h30 de terça-feira em frente ao
Ministério da Saúde, em Lisboa.
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Paulo Macedo diz que os médicos não têm razão. Foto: Lusa (arquivo)
Por Cristina Nascimento
Os médicos cumprem esta terça e quarta-feira uma
greve de 48 horas. É a segunda vez que o Ministério da
Saúde liderado por Paulo Macedo enfrenta um protesto
deste género.
A paralisação foi convocada pela Federação Nacional
dos Médicos (FNAM), com o apoio da Ordem dos
Médicos, mas não é acompanhada pelo Sindicato
Independente dos Médicos (SIM).
O que está em causa?
Os médicos apresentaram um caderno reivindicativo
que contém 22 pontos. Entre eles estão as revogações
da classificação dos hospitais públicos e da chamada
"lei da rolha" (o Código de Ética) e a reposição de alguns
regimes remuneratórios, uma vez que já terminou o
programa de assistência financeira.
As razões de queixa foram apresentadas durante uma
reunião no início do mês de Junho. No fim do
encontro, os dirigentes sindicais da FNAM decidiram
avançar para a greve por considerarem que havia
questões concretas que ainda não tinham tido
resposta.
“Fizemos uma exigência da revogação da portaria
82/2014, que se refere à classificação dos hospitais e
que, no fundo, destrói muito do Serviço Nacional de
Saúde e nós somos contra isso. O ministro diz que isto
não é para ser aplicado, mas então, nesse caso,
exigimos a sua revogação”, explicou, a 7 de Junho, a
dirigente da FNAM, Pilar Vicente.
A sindicalista criticou também a "lei da rolha", que
bloqueia "toda a possibilidade de denúncia de
situações que poderiam afectar o Serviço Nacional de
Um drama de
civilização
Uns defendem que a pedofilia é algo natural
e normal, sobretudo em adultos homens,
outros tentaram criar um partido própedofilia. O relativismo leva a estas
aberrações.
A Grã-Bretanha está chocada com a descoberta de que
dois célebres apresentadores da BBC (um já morreu, o
outro foi preso) eram pedófilos compulsivos. E fala-se
de um ministro de Thatcher que também o seria.
Mas o jornal Daily Telegraph revelou ontem que numa
conferência na Universidade de Cambridge foi
defendido por ilustres académicos que a pedofilia é
algo natural e normal, sobretudo em adultos homens.
Por isso, disseram, é preciso combater o “preconceito
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contra a pedofila”. E não houve ali preocupação em
defender as vítimas, as crianças e os jovens.
Aliás, na Holanda já se tentou criar um partido própedofilia. O relativismo leva a estas aberrações. E a
outras. Por exemplo, os relativistas rejeitam a noção de
verdade, até no plano científico. Por isso nos EUA está
a diminuir a vacinação das crianças, porque muitos
pais, sem qualquer base científica ou empírica,
acreditam que as vacinas não evitam as doenças e até
fazem mal.
O relativismo não é só um problema filosófico, para
intelectuais. É também um drama social e de
civilização, que nos atinge a todos.
FALAR CLARO
Vera e Sarmento
pedem explicações
do Governador sobre
o BES
A indigitação de Vitor Bento para a liderança
do Banco Espírito Santo (BES) e as
conclusões do Conselho de Estado foram
debatidas pelos ex-ministros no “Falar Claro”.
Por José Pedro Frazão
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, tem
que prestar explicações sobre a sua intervenção na
nomeação de Vitor Bento para o cargo de presidente
executivo do Banco Espírito Santo (BES). A opinião é
partilhada por Vera Jardim e Nuno Morais Sarmento.
“A designação de Vítor Bento não me levanta questões
de competência”, adverte o antigo ministro da Justiça
que, contudo, questiona-se sobre quem nomeou o
conselheiro de Estado para suceder a Ricardo Salgado.
“[Se foi o Banco de Portugal] levanta-me alguns
problemas, porque o Banco de Portugal (BP) não
escolhe administradores. Veta-os, o que é uma coisa
diferente. Houve aqui uma entorse ao processo. É bom
ou mau? Porventura era necessário”, reconhece o
dirigente socialista que reconhece que as questões
justificam o pedido de audiência de António José
Seguro, secretário-geral do PS ao Governador do BP.
“Sendo uma entorse, deve ser explicado obviamente
pelo Banco de Portugal”, apela Vera Jardim.
Nuno Morais Sarmento considera que o que está em
causa no BES é muito mais do que aquilo que
publicamente temos consciência, em termos de
sistemas bancário e financeiro, de economia
portuguesa e até da percepção da situação económica
portuguesa por países e investidores internacionais.
“Este caso é muito mais sério do que a forma como ele
tem sido lido pela generalidade. Levar a sério é não
deixar que uma hipótese avançada de administração,
durante três semanas [Morais Pires] não tenha
comentário do Banco de Portugal. Isto é ‘brincar’ com
as cotações do grupo, com os investidores do grupo,
com a situação frágil que sabemos ser do nosso
sistema bancário.”, critica Sarmento.
O antigo ministro do PSD diz que o Banco de Portugal
arriscou para além do limite. “Já não percebo o BP
desde aí. Como não o percebo agora numa solução
que, se é dele, deve assumi-la. E se é uma solução dos
accionistas, que o BP acompanhou e sancionou, que o
diga claramente”, apela Morais Sarmento, que alerta
ainda para “a falta de experiência de banca comercial e
de investimento” dos novos administradores.
“Isto não se faz à pressa. Isso compensa-se se não
houver um corte demasiado radical. Há uma estrutura
de direcção que tem experiência, conhecimento da
realidade interna e o histórico da instituição na
cabeça”, assinala.
Os papéis do Conselho de Estado
As notícias publicadas após a reunião do Conselho de
Estado indicam falta de consenso sobre a
renegociação da dívida e alterações ao calendário
eleitoral.
Vera Jardim leu a imprensa e conclui que este órgão de
consulta do Presidente da República (PR) está
lentamente a transformar-se “numa espécie de
Parlamento do PR, em que as intervenções que lá são
feitas vêm cá para fora no dia a seguir. Eu não sei se
será muito bom para um órgão daquela natureza. Não
era assim, mas passou a ser assim no último ano”,
lamenta.
Para Morais Sarmento, o Conselho de Estado está a
tornar-se num “órgão de intervenção e opinião politica.
O que é grave porque não é o que está previsto”.
O teor do comunicado do Conselho de Estado, que
exorta as forças políticas e sociais a manterem um
diálogo construtivo, é também menorizado pelo antigo
ministro do PS. “Não é por este ou outro Conselho de
Estado que a situação do país se vai alterar muito. Aliás,
duvido que os comunicados do Conselho de Estado
tenham um valor por aí além. É uma declaração de
intenções, algo que toda a gente diz. Não acrescenta
nada de muito fundamental. Sabemos que de todos os
lados não há condições [para compromissos]”, insiste
Vera Jardim.
Já Morais Sarmento critica a própria existência de
comunicados. “Não percebo porque temos
comunicados se aquilo é um órgão de
aconselhamento, não tem que tomar posições. Não
temos que saber em que pontos houve consenso,
unanimidade, 3-2 ou 24-0. O tema não faz sentido, o
comunicado menos sentido faz. Chegaremos ao ponto
em que um Presidente queixa-se de ter um Conselho
de Estado que tem opiniões. Cada um faz a cama onde
se deita”, avisa o antigo ministro social-democrata que
critica o facto de António José Seguro ter avisado que
ia levantar o tema da dívida. “Não tem que levar tema
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nenhum, ninguém lhe pediu. É não compreender o
papel dele. Quanto muito leva a uma reunião com o
Presidente e aí pede que o tema seja abordado no
Conselho de Estado. É uma subversão completa da
política por razões de partidarite interna”.
Mudança inevitável do calendário eleitoral
Uma alteração das datas previstas para as legislativas
não obteve consenso no Conselho de Estado, mas é
tema para não sair da agenda.
Vera Jardim não concebe sequer a possibilidade das
legislativas de 2015 coincidirem com a apresentação do
Orçamento do Estado a 15 de Outubro. “E ainda por
cima a poucos meses da eleição presidencial,
misturando tudo”, dispara.
Morais Sarmento lembra que já tinha sugerido que
concorda que o calendário de legislativas e
presidenciais como estava previsto é impossível. “É
uma questão política essencial num futuro político
próximo. Vamos chegando à conclusão de que o
calendário é decisivo e que significará inevitavelmente
uma antecipação muito significativa – se as
circunstâncias o pressionarem - ou menos
significativa – se formos para Junho de 2015 – das
eleições legislativas”, conclui.
Felipe VI destaca
combate ao
desemprego como
desafio ibérico
Cavaco Silva não falou dos problemas
económicos e sociais de Portugal e Espanha.
Já o novo rei de Espanha foi directo ao
assunto: "é tempo de vencer a luta contra o
aumento do desemprego que afecta
milhares de cidadãos nos dois países,
sobretudo jovens".
Eurogrupo defende
menos impostos
sobre o trabalho
Portugal é um dos 11 países do euro onde a
medida é mais urgente, dizem os ministros
das Finanças da Zona Euro.
Os ministros das Finanças da Zona Euro querem
menos impostos sobre os salários, mas com
condições. O Eurogrupo aponta a redução da carga
fiscal sobre o trabalho como uma reforma prioritária
para promover o crescimento e a criação de empregos.
As metas orçamentais podem ser flexibilizadas, quando
estão também em curso reformas estruturais. No
entanto, o Eurogrupo também escreve, no comunicado
divulgado no final da reunião, que a redução da receita
fiscal deve ser compensada, de preferência, com cortes
na despesa ou, em alternativa, com o agravamento dos
impostos sobre o consumo, IMI ou ambiente.
Os ministros lembram que os trabalhadores da Zona
Euro estão entre os que pagam mais impostos no
mundo.
Portugal é um dos 11 países do euro onde a medida é
mais urgente, acrescentam.
Cavaco Silva e Felipe VI. Foto: Mário Cruz/EPA
O rei de Espanha Felipe VI destacou esta segunda-feira
as "afinidades e acções comuns" que unem
portugueses e espanhóis, nomeadamente a "superação
da crise económica" e o "desafio" do combate ao
desemprego.
"As sociedades espanhola e portuguesa têm vindo a
acusar nos últimos anos o impacto de uma dura crise
económica que tem provocado um inaceitável
aumento do desemprego que afectou milhões de
cidadãos, muitos deles jovens", declarou o monarca
espanhol numa intervenção no Palácio de Queluz,
onde o Presidente da República de Portugal, Cavaco
Silva, ofereceu um almoço em honra de Felipe VI e
Letizia.
"A plena superação desta crise e, em especial, o desafio
do desemprego, representa um dos principais desafios
colectivos dos nossos dois países que tanto os
cidadãos portugueses como os espanhóis estão a
enfrentar com coragem, esforço e sacrifício", reforçou
o recém-proclamado rei de Espanha, que proferiu o
seu discurso intercalando o espanhol com passagens
em língua portuguesa.
Para o monarca, "é tempo de vencer definitivamente"
os "obstáculos" provocados pela crise nas sociedades
portuguesa e espanhola: "Não tenho dúvida de que o
conseguiremos", vincou.
A união ibérica no papel europeu
Reconhecendo a importância das "afinidades" e
"acções comuns" que existem entre os dois países da
Península Ibérica, Felipe VI destacou o papel do
projecto europeu para a relação entre Portugal e
Espanha.
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Reconhecendo a importância das "afinidades" e
"acções comuns" que existem entre os dois países da
Península Ibérica, Felipe VI destacou o papel do
projecto europeu para a relação entre Portugal e
Espanha.
"A Europa foi um espaço de prosperidade e
desenvolvimento em que os nossos dois países
começaram a tornar realidade uma maior integração
em todos os campos: social, económico, político e de
inclusão cultural", disse.
A União Europeia, de acordo com o rei espanhol, tem
sido para Espanha e Portugal "um imperativo
geopolítico e económico inalienável que está na base"
dos "respectivos projectos nacionais".
"Podemos ir mais longe na nossa cooperação e na
nossa coordenação”
Já no seu discurso, o Presidente da República disse que
a visita do casal real espanhol traz uma "renovada
confirmação da firmeza e profundidade das relações"
entre Portugal e Espanha, "vizinhos e amigos" que
"conhecem hoje um relacionamento que se exprime
no quadro de uma cooperação bilateral que nunca foi
tão vasta e intensa".
"A aproximação e o impulso registados nos últimos
anos a nível das nossas instituições, dos empresários,
dos jovens, dos agentes culturais e científicos, das
universidades e dos parceiros sociais é hoje uma
realidade completamente adquirida. Exemplos
concretos desta cooperação não faltam e a XXVII
Cimeira Luso-Espanhola do passado mês de Junho
demonstrou-o bem, pela diversidade dos temas e pela
ambição dos debates", destacou Cavaco Silva.
O chefe de Estado realçou que as áreas de cooperação
bilateral entre os dois países "são cada vez mais
numerosas, indo desde a investigação e ciência à
cultura, aos transportes, à gestão de recursos hídricos e
às questões energéticas".
Cavaco lembrou ainda que Espanha, "a nível comercial,
constitui o primeiro cliente e fornecedor de bens de
Portugal", e "foi também, nos dois anos mais recentes,
o primeiro investidor externo e um dos principais
receptores do investimento português no exterior".
"Podemos ir mais longe na nossa cooperação e na
nossa coordenação. Manteremos, pela nossa parte, a
ambição e o empenho na construção de um futuro de
relações cada vez mais estreitas e frutuosas", disse.
Foto e cavalos
Antes do almoço no Palácio de Queluz, os reis de
Espanha, acompanhados de Cavaco Silva e Maria
Cavaco Silva, tiraram uma fotografia conjunta e
visitaram os jardins do palácio, onde se exibiram os
cavalos da Escola Portuguesa de Arte Equestre.
Posteriormente, os convidados presentes no almoço de
honra apresentaram cumprimentos ao casal real
espanhol e ao chefe de Estado português e à sua
esposa.
A visita oficial prossegue na tarde esta segunda-feira,
com os reis de Espanha a serem recebidos no
Parlamento pela presidente da Assembleia da
República, Assunção Esteves, e pelo primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, em São Bento.
Autarca de Sintra põe
radares no IC 19, a
estrada mais
perigosa do país
Basílio Horta quer radares, mais vigilância
policial e iluminação, considerada a mais
perigosa do país.
Foto: Lusa (arquivo)
O presidente da Câmara de Sintra quer radares de
velocidade no IC 19 ainda este Verão. É a resposta de
Basílio Horta ao relatório da Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária divulgado esta segunda-feira e
que classifica o IC 19 como a estrada mais perigosa do
país.
"Há excesso de velocidade naquela estrada. O vereador
que tem o pelouro da mobilidade já tem instruções para
colocar radares, que iam para outras estradas, no IC 19.
Espero que estejam ainda este Verão. Não é da nossa
competência, mas a câmara tem que substituir, como
tem feito noutros sectores”, disse Basílio Horta.
No total, a via que liga Lisboa a Sintra tem seis "pontos
negros", ou seja, de acumulação de acidentes, indica o
relatório da ANSR, que analisa os acidentes registados
no ano passado.
O autarca quer ainda maior vigilância policial e mais
iluminação.
ASAE apanha militar
da GNR em acção de
jogo ilegal
Na operação foram identificadas 18 pessoas.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
(ASAE) identificou 18 pessoas, entre as quais um militar
da GNR e dois menores, numa acção de combate ao
jogo ilegal no concelho da Figueira da Foz.
Em comunicado, a ASAE informa que "a acção foi
dirigida a um estabelecimento de restauração e bebidas
em Ferreira-a-Nova, Figueira da Foz, que, numa sala de
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acesso reservado, concentrava algumas pessoas que
jogavam e assistiam a um jogo de ‘poker'".
"A rápida intervenção permitiu surpreender, em
flagrante delito, 16 pessoas, entre eles um militar da
GNR e dois menores, um dos quais se encontrava em
plena prática de jogo", adianta a ASAE, referindo que no
decurso da operação foram apreendidas duas caixas de
fichas de jogo, cartas de jogo e 220 euros em dinheiro.
Segundo a ASAE, a acção, desencadeada no sábado e
só hoje anunciada, foi realizada através da Unidade
Nacional de Informações e Investigação Criminal e
contou com a colaboração do Serviço de Inspecção de
Jogos, do Turismo de Portugal.
Trabalhadores da
Controlinveste
contestam
despedimento
colectivo
Funcionários vão estar em greve na próxima
sexta-feira. Contestam o despedimento
colectivo no grupo de comunicação social.
que "a quebra no pluralismo de informação é um
ataque à democracia".
Com esta redução no número de trabalhadores, os
títulos do grupo e a TSF "não vão ter a mesma qualidade
de informação", uma vez que as redacções já tinham
sido reduzidas com outro despedimento colectivo de
há cerca de cinco anos, e, por isso, "é impossível fazer
o mesmo trabalho com muito menos pessoas",
afirmou.
Para Rosária Rato, os despedimentos vão trazer uma
"partilha de conteúdos" e uma "falta de alternativa", o
que pode fazer cair "ainda mais" as vendas.
Os trabalhadores da Controlinveste vão estar em greve
na próxima sexta-feira e o Sindicato dos Jornalistas
espera que o despedimento colectivo ainda seja
reversível e que sejam discutidas outras alternativas
para que "a empresa possa poupar", como a redução
salarial, admitiu Rosária Rato.
Os deputados do PCP, Bloco de Esquerda e do PEV, mas
também os líderes sindicais da UGT e da CGTP que
marcaram presença na vigília, demonstraram a
solidariedade com os trabalhadores e fizeram apelos à
empresa para que encontre alternativas que
minimizem os impactos nos trabalhadores e elogios à
importância cívica de um jornalismo plural.
MANUEL PINTO
Os jornalistas e o
futuro: sós ou
acompanhados?
É sabido que os jornalistas, no que levamos
de século XXI, devem ser a única profissão de
natureza técnica e cultural que não reflectiu
sobre si mesma. O seu último congresso
remonta já ao século e ao milénio passados,
ou seja, foi há uma eternidade.
(foto: Manuel de Almeida/Lusa)
Dezenas de trabalhadores da Controlinveste
concentraram-se, em Lisboa, para contestarem o
despedimento colectivo no grupo de comunicação
social, alertando para os impactos que a medida terá no
pluralismo da informação e na democracia portuguesa.
Trabalhadores do grupo, jornalistas de outros meios de
comunicação, deputados e sindicalistas juntaram-se
ao final da tarde numa vigília em frente ao Diário de
Notícias (uma das publicações da Controlinveste), em
Lisboa, em solidariedade e contra o despedimento
coletivo de 140 pessoas na Controlinveste, que detém
também o Jornal de Notícias (JN), O Jogo, a TSF e a
Notícias Magazine.
"É o maior despedimento colectivo na comunicação
social. Tem um impacto terrível para os trabalhadores
neste momento de crise, em que não há emprego. Mas
o impacto não é só social, também há uma perda na
qualidade da informação e no pluralismo, o que é
muito importante", afirmou a vice-presidente do
Sindicato dos Jornalistas, Rosária Rato, sublinhando
Por Manuel Pinto
Um Fórum de Jornalistas reuniu-se há dias,
impulsionado pelos sinais de alarme que a recente
decisão de despedimentos da Controlinveste
representa para a profissão e para o sector. Dele nasceu
o apelo à convocação de um congresso dos jornalistas
e a constituição de grupos de trabalho para analisar os
problemas das redacções.
É sabido que os jornalistas, que se têm afadigado a
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noticiar as profundas mudanças na sociedade, no que
levamos de século XXI, devem ser a única profissão de
natureza técnica e cultural que não reflectiu sobre si
mesma. O seu último congresso remonta já ao século e
ao milénio passados, ou seja, foi há uma eternidade.
A pergunta que se deve colocar, no actual contexto, é a
de saber se os problemas e a busca de solução podem
ser enunciados e discutidos da mesma forma que no
passado. Deixo duas ou três sugestões para quem está a
liderar a iniciativa do Fórum, sem querer de todo
interferir com a autonomia do grupo profissional dos
jornalistas.
Quem deve ser chamado a participar? Como se acolhe
e valoriza a diversidade de situações e de interesses
(alguns deles contraditórios) que se movimentam no
terreno da profissão, incluindo precários,
desempregados, estagiários profissionais e
curriculares, jornalistas com carteira activa mas não
exercendo a profissão, (ex-)editores e directores,
docentes e investigadores de jornalismo, (ex-)
provedores, pessoas que não sendo jornalistas realizam
"actos jornalísticos"?
Como devem ser tidos em conta os estudos sobre a
profissão que, sobretudo desde o último congresso,
foram produzidos na academia, incluindo por muitos
jornalistas experientes, nos quais se contam alguns
dispensados das redacções, nem que seja para
identificar as lacunas e limitações existentes?
Deve a anunciada intenção de um novo congresso ser
concretizada contando apenas com jornalistas, sendo
que existem muitas formas – mais ou menos abertas e
participadas - de preparar e organizar uma iniciativa
deste género?
Os valores jornalísticos fundamentais permanecem. As
condições, os contextos e as modalidades do seu
exercício, essas, alteraram-se significativamente. Já
não faz sentido um jornalismo que seja apenas “para” a
sociedade. Ele tem de ser feito em diálogo intenso
“com” ela. Por muito que custe admitir, a hora não é de
“cerrar fileiras”, mas de as abrir, de pensar com outros
os caminhos do futuro.
EM NOME DA LEI. A justiça em debate
com Eurico Reis e Luís Fábrica.
Ao sábado, a partir das 12h, num debate conduzido por
Marina Pimentel.
Duas pessoas
morrem devido a
queda de muro na
Guarda
Acidente aconteceu numa obra particular
junto a um hipermercado.
Foto: Miguel Pereira da Silva/Lusa
Duas pessoas morreram na sequência da queda de um
muro junto a um hipermercado na cidade da Guarda,
nas proximidades do Bairro de São Domingos, no lugar
de Carapito de S. Salvador.
A informação já foi confirmada pela Renascença por
fonte do Comando Distrital de Operações (CDOS) da
Guarda.
Trata-se de dois trabalhadores de uma obra particular
junto ao estabelecimento comercial.
Os dois homens, entre os 50 e os 55 anos de idade,
entraram em paragem cardiorrespiratória e ainda
foram assistidos no local mas não resistiram aos
ferimentos.
A derrocada de um muro em granito, pelas 15h30, foi
fatal para o empreiteiro e o funcionário da obra que
acabaram por ter morte imediata, confirmou o segundo
comandante da Protecção Civil da Guarda, José
Oliveira.
No local estiveram elementos dos bombeiros da
Guarda, com quatro viaturas, PSP e serviços municipais
da Protecção Civil.
CONSELHO DE DIRECTORES. A reflexão
sobre a actividade política e económica.
Com Graça Franco, Pedro Santos Guerreiro e Henrique
Monteiro, num debate conduzido por José Pedro Frazão.
À quinta-feira, na Edição da Noite, a partir das 23h.
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Brigas Afonso, o
nome que vai assinar
a sua nota de
liquidação do IRS
O novo responsável pela Autoridade
Tributária e Aduaneira é considerado um
homem da casa e um funcionário público "à
moda antiga".
Está escolhido o novo responsável pela Autoridade
Tributária e Aduaneira. António Brigas Afonso terá sido
a escolha do Governo para suceder a José Azevedo
Pereira, de acordo com a notícia avançada na edição
desta terça-feira do “Jornal de Negócios”.
Brigas Afonso ocupou até agora o cargo de
subdirector-geral para a área dos impostos especiais
sobre o consumo. Sobe na hierarquia e deixa pra trás
nomes como Abílio Morgado, assessor de Cavaco Silva,
e José Maria Pires.
Ainda de acordo com o “Jornal de Negócios”, diz quem
já se relacionou com ele que Brigas Afonso é um
funcionário público “à moda antiga”, dedicado,
diplomático e com um profundo conhecimento
técnico das matérias.
A estrutura que agora vai liderar é uma das mais
importantes do Estado Central. Além de administrar
cerca de 60% de toda a receita pública, tem ainda de
assegurar um eficiente financiamento das funções
vitais do Estado. É também sobre ele que recai a
responsabilidade de, em última linha, ficar as
imprecisões e as indefinições da lei fiscal.
Até agora um nome desconhecido da esmagadora
maioria dos contribuintes, será ele que vai passar a
assinar a nota de liquidação do IRS dos contribuintes.
Para já, a nomeação de Brigas Afonso não é oficial e
não é conhecida uma data para a sua tomada de posse.
Assembleia da República.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital de
Lisboa (PGDL), produzida toda a prova ao alcance do
Ministério Público, "não foi possível individualizar
responsabilidades ou mesmo recolher vestígios da
prática dos crimes - como foi o caso de rebentamentos
de engenhos pirotécnicos, os quais se desfazem após a
deflagração".
"Em consequência, o Ministério Público determinou o
arquivamento destes dois processos por insuficiência
indiciária", adianta a PGDL.
Na origem dos inquéritos estiveram denúncias por
crimes de resistência e coacção sobre agentes de
autoridade, alegadamente cometidos durante aquela
manifestação promovida por sindicatos e associações
profissionais das forças e serviços de segurança.
A investigação foi efectuada pelo Departamento de
Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
Na altura, a PSP identificou dois guardas prisionais por
desacatos e eventuais infracções no local da
manifestação.
A 6 de Março, milhares de elementos das forças e
serviços de segurança manifestaram-se diante do
Parlamento, numa acção de protesto em que a tensão
foi elevada, com manifestantes a conseguirem invadir
uma parte da escadaria da Assembleia da República, à
semelhança do que tinha acontecido em Novembro de
2013.
O protesto, contra cortes salariais e congelamento das
carreiras, realizou-se entre o Marquês de Pombal e o
largo em frente à Assembleia da República, onde
ocorreram os desacatos diante um forte contingente
policial situado nas escadarias.
Arquivados
inquéritos sobre
manifestação de
polícias no
Parlamento
O protesto ocorreu em Março. Na altura, a
PSP identificou dois guardas prisionais por
desacatos e eventuais infracções no local da
manifestação.
O Ministério Público arquivou os dois inquéritos
relacionados com a manifestação das forças e serviços
de segurança de 6 de Março junto à escadaria da
CONSELHO DE DIRECTORES. A reflexão
sobre a actividade política e económica.
Com Graça Franco, Pedro Santos Guerreiro e Henrique
Monteiro, num debate conduzido por José Pedro Frazão.
À quinta-feira, na Edição da Noite, a partir das 23h.
10
Terça-feira, 08-07-2014
Metro do Porto passa
a circular toda a
noite aos fins-desemana
Projecto “Porto Move” vai estar à experiência
durante quatro meses, mas pode prolongarse. STCP também vai reforçar com
autocarros zonas não cobertas pelo metro.
compromissos eleitorais postos em prática. De acordo
com o autarca, esta foi "a segunda meta dita
impossível" de alcançar.
Com esta iniciativa, realçou, o Porto será "a primeira
cidade portuguesa e uma das poucas no mundo que
possui serviço de metro 24 horas por dia ao fim-desemana".
Para Rui Moreira, o serviço "Move Porto" poderá ser
alargado ao resto do ano, consoante o resultado da
operação nos próximos meses.
Autarquias não vão
gerir salários e
contratação de
professores
Gestão de salários e contratação de
professores continuará a ser feita pela
administração central, garante ministro da
Educação.
Foto: DR
O metro do Porto começa na sexta-feira, dia 11 de
Julho, a funcionar 24 horas diárias nos fins-desemana, ao mesmo tempo em que a Sociedade de
Transportes Colectivos do Porto (STCP) reforça à noite
as zonas não cobertas pelo projecto-piloto.
A informação foi avançada esta segunda-feira em
conferência de imprensa pela empresa, segundo a qual
serviço nocturno nas linhas Amarela (D), entre Santo
Ovídio e o Hospital de São João, e Azul (A), entre o
Estádio do Dragão e a Senhora da Hora, se prolonga até
1 de Novembro, também em véspera de feriado.
Depois destes quatro meses experimentais do projecto
"Move Porto", promovido pela Metro do Porto, pela
STCP e pela Câmara do Porto, estas entidades esperam
prolongar a iniciativa, pioneira em Portugal, e até
exportá-la para outras cidades.
O presidente da Metro do Porto, João Velez Carvalho,
explicou que o projecto "vai dar suporte à revitalização
do centro histórico da cidade", promovendo a
qualidade de vida com a redução da circulação
automóvel e potenciando o desenvolvimento de
actividades ligadas à cultura, ao turismo e ao lazer.
De acordo com a empresa, vai aumentar o número de
vigilantes na rede e disponibilizar equipas de apoio e
de informação para garantir a segurança e a
comodidade dos clientes.
STCP reforça zonas sem metro
Também a STCP, que disponibiliza serviço rodoviário
nocturno durante a semana, vai aumentar a oferta em
locais como Matosinhos ou Gondomar, não servidos
pelo metro.
Os clientes ocasionais que circularem nas linhas do
serviço nocturno pagam 1,20 euros.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira,
descreveu o aumento do horário de funcionamento do
metro aos fins-de-semana como mais um dos seus
Foto: Lusa (arquivo)
O ministro da Educação, Nuno Crato, garantiu esta
segunda-feira que os professores vão continuar a ser
contratados e pagos pelo Ministério da Educação e não
pelos municípios.
Nuno Crato não desmentiu que na proposta enviada às
autarquias conste a possibilidade de as autarquias
poderem despedir ou contratar docentes, mas garantiu
que esse é um cenário que não se vai verificar durante
o seu mandato.
"Eu sei o que vai acontecer no meu mandato e o que
está em causa no meu mandato é que, no próximo ano
lectivo, vai haver uma transferência de competências
para os municípios que não inclui a gestão dos salários
e a contratação de professores, que continuará a ser
feita pela administração central", disse o ministro no
final de um encontro com a Federação Nacional de
Educação (FNE), que se disponibilizou para ser parceiro
nestas negociações.
Nuno Crato desmentiu desta forma a notícia avançada
pelo "Público" na sexta-feira, que dava conta da suposta
intenção do Ministério da Educação de avançar com a
"municipalização" das escolas já no ano lectivo de
2014/2015.
Em causa está a descentralização de competências
11
Terça-feira, 08-07-2014
do Ministério da Educação para as autarquias, com os
municípios a assumir responsabilidades na definição
da oferta curricular e, eventualmente, na gestão dos
próprios docentes.
Segundo o "Público", uma das propostas previa mesmo
uma compensação monetária de municípios que
consigam gerir escolas com menos docentes.
O secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, garante
que há vantagens na transferência de algumas
competências para as comunidades locais,
nomeadamente em "áreas que digam respeito aos
edifícios escolares, a ofertas educativas e
complementos escolares locais", mas não no que
respeita à gestão de professores e respectivos salários.
Falha no “WhatsApp”
permite falsificar o
remetente de
mensagens
Dois piratas informáticos conseguiram
simular o envio de mensagens por pessoas
que nunca as escreveram.
Foto: DR
Dois piratas informáticos espanhóis descobriram uma
falha na aplicação "WhatsApp", usada em
"smartphones" e "tablets" por mais de 500 milhões de
pessoas.
A falha foi detectada por engenheiros informáticos
especializados em segurança, que conseguiram
falsificar o remetente e simular que alguém tinha
enviado mensagens para o telemóvel que estavam a
usar.
Comparado com o correio normal, este problema
equivale à possibilidade de receber cartas de pessoas
que nunca as escreveram.
Uma vez que é possível identificar o número de
telefone através do qual são enviadas mensagens, estas
podem ser admitidas em tribunal como prova de um
crime. Neste caso, se o telefone receptor for pirateado
vai poder receber mensagens identificadas com
números de telemóvel de pessoas que nunca enviaram
nada.
Os dois engenheiros já tinham conseguido descobrir
como espiar conversas, decifrar "passwords" ou enviar
mensagens com vírus na mesma aplicação. Erros que a
empresa tem vindo corrigir.
Todos os dias são trocadas em média 10 mil milhões de
mensagens escritas através do WhatsApp.
"Lamentamos
informar": Faro ficou
sem cinemas
Inauguradas em 2002, as nove salas de
cinema do Fórum Algarve da empresa SBC
estão de portas fechadas. A população da
capital algarvia discorda da decisão.
As nove salas de cinema da empresa SBC no Fórum
Algarve, em Faro, encerraram esta segunda-feira,
informa uma nota afixada à entrada do complexo. Faro
fica sem salas dedicadas à exibição cinematográfica.
"Lamentamos informar o encerramento do cinema
SBC no Fórum Algarve. A partir de hoje [segunda-feira]
encerraremos definitivamente as nossas salas", lê-se
no curto comunicado colocado à entrada para os
cinemas, inaugurados em 2002.
"Acho mal, não por mim, mas pelas pessoas que
frequentam, porque agora ficaram sem o cinema.
Afinal, é a capital do Algarve e fica sem cinema",
confessa à Renascença uma farense.
"Eu acho que isto foi por causa do preço alto. Antes ia
ao cinema e pagava cinco euros mais pipocas. Agora
fomos duas pessoas e pagámos 14 euros", explica outra
habitante de Faro.
As nove salas de cinemas eram exploradas pela
empresa britânica Spean Bridge Cinemas (SBC).
Em Janeiro do ano passado tinham sido encerradas as
salas de cinema da Socorama Castello Lopes no
Algarve Shopping, na Guia (Albufeira) e em Portimão,
que vieram a reabrir mais tarde sob a marca Cineplace.
REVISTA DE IMPRENSA
Greve dos médicos
domina manchetes
Em dia de greve dos médicos, o Governo liberta 300
milhões de euros para os hospitais. Um dado avançado
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Terça-feira, 08-07-2014
pelo "Diário Económico" que cita fonte do Ministério da
Saúde. Greve dos médicos, que coloca em risco 160 mil
consultas e duas mil cirurgias, escreve o "Jornal de
Notícias".
Economistas propõem reestruturação que corta metade
da dívida. Segundo o "Público", quatro economistas –
Ricardo Cabral, Francisco Louçã, Eugénia Pires e Pedro
Nuno Santos – apresentam uma proposta concreta
para reduzir a dívida.
Já o jornal “i” avança que o revisor oficial de contas de
Lisboa tem dúvidas sobre mil milhões nas contas de
2013 da Câmara da capital.
Ricardo Salgado vai ter uma reforma anual superior a
900 mil euros, titula o "Correio da Manhã".
Por último, o "Diário de Notícias" diz que julgamentos
mais curtos vão fazer subir a nota dos juízes.
A greve dos médicos é, certamente, um dos temas do
dia, pelo que está também nos editoriais desta manhã.
O "Diário de Notícias" faz o diagnóstico. Diz que, ou há
um diálogo sério sobre o financiamento adequado da
saúde pública, ou não parece ser possível continuar a
trabalhar nela sem perda grave de qualidade para os
pacientes. Conclui o DN que o Governo vai ter de abrir
um debate profundo sobre as consequências dos
cortes acumulados na saúde.
recursos humanos para fazer o seu trabalho: alertar
para os problemas, prevenir alguns e remediar outros.”
Na última semana, três crianças, entre os cinco e os 14
anos, morreram em acidentes de moto-4.
Entre 2009 e 2013, 45 pessoas morreram em acidentes
com quadriciclos, que incluem as moto-4, indicam
dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
(ANSR). Foram ainda registados 176 feridos graves e
quase 1.500 feridos ligeiros.
Mesmo na sua praia
de sempre tenha
cuidado. O Inverno
mudou a costa
“A ideia de que uma pessoa que nade
mediamente se pode afastar da costa e isso
não tem problema porque é sempre capaz de
voltar, não é verdade", alerta o presidente do
Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Moto-4 não “podem
ser vendidas como se
fossem um chupachupa”
Associação dos Cidadãos Automobilizados
deixa críticas à actuação da Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária.
Na última semana, três crianças, entre os cinco e os 14
anos, morreram em acidentes de moto-4. A Associação
dos Cidadãos Auto-Mobilizados considera que falta
informação sobre este tipo de veículos todo-o-terreno,
devendo ser obrigatória uma preparação adequada.
“É um drama. Pois é vendido um produto e não há
qualquer campanha informativa para chamar a
atenção para o problema que estes veículos colocam:
têm um ponto de gravidade muito elevado, tendência
para capotar e são muito instáveis”, alerta Manuel João
Ramos, da associação, acrescentando que as moto-4
não podem “ser manuseadas de qualquer maneira”,
sobretudo por jovens com menos de 16 anos.
“É um veículo que exige uma aprendizagem muito
específica e não pode ser vendido como se fosse um
gelado ou um chupa-chupa”, defende em declarações
à Renascença.
Após uma “análise cuidada da evolução do uso da
moto-4”, a circulação de crianças devia ser proibida,
defende.
Manuel João Ramos diz ainda que faltam acções de
prevenção e fiscalização. “Infelizmente só temos um
organismo chamado Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária, mas não temos uma entidade
actuante, com motivação, garra, financiamento e
Foto: DR
O presidente do Instituto Português do Mar e da
Atmosfera aconselha os frequentadores das praias a
adaptar-se às características do mar, que podem ter
mudado depois das tempestades do último Inverno, e
ter cuidados redobrados.
"É preciso que o comportamento das pessoas
relativamente ao mar integre esta dinâmica, [e] se
tivermos outros invernos agitados, têm de começar a
perceber que, no verão, todas as praias são diferentes
do que eram antes", explica Jorge Miranda.
Nestas declarações à agência Lusa, o responsável
alertou que "há uma diferença entre mar calmo e mar
seguro" e falou sobre fenómenos de mistura de águas
que não são visíveis, chamados agueiros, no entanto,
"são muito perigosos".
Por isso, é preciso "seguir as regras das autoridades que
estão nas praias, e provavelmente tem de arranjar-se
uma forma qualquer de aumentar o período da
existência de nadadores salvadores", acrescentou.
Como em muitos fenómenos naturais, "a capacidade
de previsão pode melhorar o nosso comportamento, a
engenharia pode mitigar os efeitos, mas vai estar na
13
Terça-feira, 08-07-2014
responsabilidade de cada um ser capaz de viver com
eles", disse o especialista em geofísica.
Alterar comportamentos
As acções de regularização "são importantes, mas mais
importantes são as acções de preparação, é perceber
que os apoios de praia têm de estar preparados para
invernos rigorosos, que as praias, às vezes, podem ser
maiores [outras vezes] mais pequenas", insistiu o
presidente do IPMA.
Aliás, "muitas vezes existe a ideia de que a praia não é
particularmente perigosa, contudo morrem pessoas,
morre muita gente, portanto há aqui comportamentos
que têm de ser alterados, a ideia de que uma pessoa
que nade mediamente se pode afastar da costa e isso
não tem problema porque é sempre capaz de voltar,
não é verdade", alertou.
Depois das tempestades do último Inverno, que
destruíram várias estruturas na costa, nomeadamente
na Costa da Caparica, perto de Lisboa, foram
reportadas mudanças de circulação costeira
"aparentemente induzidas por mudanças da
morfologia".
A situação deveu-se à deslocação de uma massa de ar
polar para cima dos Estados Unidos da América, o que
resultou num frio acentuado no norte da América e fez
tempestades sucessivas que vieram da costa
americana até à costa europeia, atingindo o norte e
centro do país. "As ondas eram muito grandes e, nestes
casos, pode dar-se o transporte sedimentar, o fundo do
mar altera-se e a areia é transportada de um lado para
outro", por vezes, no próprio fundo da praia existem
alterações do relevo da parte imersa e os fenómenos de
rebentação, como todos os fenómenos relacionados
com a dinâmica das ondas perto da praia, são
alterados, explicou Jorge Miranda.
o donativo automaticamente pela internet, porque o
sistema está ligado a um pagamento automático, via
multibanco”, sendo emitido em curto prazo um recibo
do donativo para dedução fiscal.
"Conseguimos permanentemente ter projectos que
estão em curso ou que estão em vias de arrancar e
precisam de apoio. E para funcionar precisam da
partilha da comunidade envolvente", sublinha
Henrique Joaquim.
Actualmente estão disponíveis no "site" da
Comunidade Vida e Paz quatro projectos.
Comunidade Vida e
Paz. Ajudar os semabrigo "online"
Recentemente, a imaginativa indústria do luxo deu à
luz a Cathedral Collection, um par de jóias criadas por
Damien Hirst. Uma das peças é um anel concebido
como um molho de comprimidos, drageias, cápsulas
de medicamentos ou, mais precisamente, uma
compilação dos mais celebrados psicofármacos e
performers libidinais, reproduzidos com precisão, a
assinatura do laboratório incluída.
A outra peça é um terço do Rosário em que produtos
para atenuar a ansiedade, e outros distúrbios
civilizacionais, ocupam o lugar das habituais contas.
Hirst recuperou o sentido de obra anterior, os Medecine
Cabinets, com os quais celebrou a vã glória de lutar
contra o envelhecimento e a futilidade de tentar evitar a
morte a todo o custo. Julgo que Francis Fukuyama deve
ter apreciado a ironia de mostrar, em ouro , brilhantes e
rubis, as receitas que são incessantemente aplicadas
aos peões do mundo afluente em busca de uma,
também vã, felicidade.
Há umas décadas, descrente das possibilidades
universais da democracia à americana, chamou-lhes a
pílula dourada. E, agora, o ouro é rosa, e o objecto
aflitivamente belo, símbolo do melhor dos mundos:
gerações educadas, vestidas e alimentadas com o
esplendor do supérfluo e que parecem só encontrar a
realização nas químicas. Lá se queixava o ideólogo que
o fim da história estava adiado por obra das
A instituição pretende angariar fundos para
necessidades concretas, com a vantagem de
se poder acompanhar a evolução dos
donativos.
Por Ana Lisboa
A partir de agora quem quiser ajudar a Comunidade
Vida e Paz, pode fazê-lo "online".
A ideia “surge de aproveitar as novas plataformas, os
novos meios de comunicação e tentar inovar um
bocadinho o estímulo à partilha da comunidade
envolvente com a própria Comunidade Vida e Paz”,
refere Henrique Joaquim, o presidente da instituição.
“Queremos respeitar um princípio de proximidade que
é ir dando a conhecer às pessoas que queiram
participar nos projectos a evolução quer do
financiamento, quer do próprio projecto, tornando,
assim, uma relação mais estreita com a dádiva que a
pessoa faz”, explica.
Este responsável destaca outras vantagens como “fazer
CRISTINA SÁ CARVALHO
Deus e os
principezinhos
A pílula dourada das
gerações supérfluas, que parecem só
encontrar a realização nas químicas, e
a Primavera do Papa.
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Terça-feira, 08-07-2014
farmacêuticas.
Também é notícia, neste tímido Verão, o matrimónio, o
casamento e o divórcio. Opera nas imaginações a
expectativa do Sínodo sobre as Famílias que o Papa
Francisco convocou. Em Portugal de 2014, uma terça
parte das núpcias são de rito católico e o número total é
cada vez mais baixo. Há muitas, das poucas crianças
que nascem, que o fazem sem os pais terem nenhum
vínculo jurídico ou religioso. “Temos agora uma união
para sempre”, dizem, esperançados e escassamente
conhecedores da laboriosa natureza humana. A media
aposta em gerar expectativas “summerentas” sobre o
resultado do Sínodo. A Primavera do Papa, que pensa
como um jesuíta e sente como um franciscano,
promete «apenas» maior harmonia com a vontade de
Deus e mais fraternidade nas relações com o próximo.
Aguardemos as manchetes, mas o brilho das pílulas
que inspiraram Hirst ameaça continuar presente.
Exupéry dizia, talvez na menor da sua poética, que a
felicidade está onde a pomos, só que nunca a pomos
onde está. Fala um cristão de altos voos. A
hipermodernidade da realização enlatada em fármacos
admiráveis apontar-lhe-ia o gosto pela adrenalina das
viagens nos desertos. Onde estará a coerência,
comentam, pois as estradas já não vão dar aos
homens. Nem às mulheres.
O reduzido número de casamentos também interroga a
razão pela qual a quota de baptizados ainda não
diminuiu: “será que é para terem padrinhos?”, julgo ler
num título matutino. Como, se os pais de hoje viverão
para ser trisavós e depois do Bill Gates não há cool
algum que queira fazer herdar o rebento próprio,
quanto mais o dos compadres? Em contrapartida, é
dado observável que também se mantém estável o
número de pais – casados, recasados, solteiros,
divorciados, crentes, agnósticos, assim-assim – que
pedem educação religiosa para os filhos. Pode ser que
tudo tenha, e merece, justificações, explicações,
complexas e profundas mas, no contacto com a
realidade das pessoas, assemelha-se muito à procura
de ajuda, de enquadramento, de regras, de lei (ups!)
educativa, de um horizonte um pouco mais vasto e
mais válido do que as ofertas habituais da felicidade
química, fuga meditada ao investimento bruto na
criação de necessidades, mais as receitas monstruosas
que geram.
São muitos os pais e as mães que não querem, «nem
dado», o precious de Hirst, mas que, apesar do Verão,
procuram para os filhos e para si mesmos, a verdade de
um Bem maior. Lá está, só vê bem quem vê com o
coração.
FALAR CLARO. O debate político na
Renascença entre Morais Sarmento e Vera
Jardim.
À segunda-feira, na Edição da Noite, a partir das 23h, num
debate conduzido por José Pedro Frazão.
Tufão “Neoguri”
obriga à retirada de
milhares de pessoas
no Japão
Previsões apontam para rajadas de vento na
ordem dos 300 quilómetros por hora e ondas
que podem chegar aos 14 metros de altura.
Foto: Hitoshi Maeshiro/EPA
Alerta máximo nas ilhas japonesas de Miyako e
Okinawa, devido à chegada do tufão “Neoguri”. Mais de
500 mil pessoas já foram obrigadas a abandonar as
suas casas e centenas de ligações aéreas foram
canceladas, devido à chegada ao sul do país daquele
potente tufão, cuja intensidade foi classificada como
muito forte pela Agência de Meteorologia do Japão
(JMA).
Estão previstas rajadas de vento de quase 300
quilómetros por hora e ondas que podem chegar aos 14
metros de altura.
O “Neoguri” vai continuar a manter a sua força, à
medida que vai seguir para norte, em direcção a
Tóquio, onde deverá chegar no final da semana.
"Poder-se-á tratar de um dos tufões mais fortes
registados em Julho", afirmou Satoshi Ebihara, do
departamento de previsões meteorológicas da JMA, em
conferência de imprensa.
Segundo declarações reproduzidas pela agência Kyodo,
o especialista destacou ainda a importância de se
manter a vigilância máxima perante a chegada do
tufão, apelando à população para que se prepare para
"chuvas intensas, fortes ventos e ondas de grande
dimensão".
O "Neoguri", que é o oitavo tufão da temporada, vai
passar por zonas afectadas no passado fim-de-semana
por intensas chuvas, pelo que a JMA alertou para o
risco de deslizamento de terras.
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Terça-feira, 08-07-2014
Novos ataques
aéreos na Faixa de
Gaza
Pelo menos nove civis ficaram feridos.
Exército israelita continua operação contra
elementos do Hamas, alegadamente
responsáveis pela morte de três jovens.
Israel lançou mais um ataque aéreo na Faixa de Gaza,
esta terça-feira, em mais um episódio da operação
contra o Hamas depois da morte de três jovens
israelitas.
Os militares exortaram os cidadãos israelitas a
manterem-se em zonas seguras num raio de 40
quilómetros. Mandaram também encerrar os campos
de Verão como precaução contra respostas com
rockets.
Ao todo, 30 alvos foram atingidos, entre eles habitações
de alegados membros do Hamas.
Pelo menos nove pessoas terão ficado feridas. Os
edifícios foram evacuados o que evitou mais vítimas.
Três adolescentes israelitas, que estavam
desaparecidos desde 12 de Junho, foram encontradas
mortas há quase três semanas na Cisjordânia.
Entretanto, um jovem palestiniano terá sido morto,
queimado vivo, poucos dias depois, como represália.
As quatro mortes fizeram regressar em força a tensão
entre palestinianos e israelitas tanto na Palestina como
em zonas israelitas com grande concentração de
árabes.
"O Real Madrid estende igualmente as suas
condolências a todos os adeptos madridistas
espalhados pelo mundo e a todos os que sentem com
emoção a perda do melhor jogador de todos os
tempos", remata o comunicado emitido pelos novos
campeões europeus.
Uma vida de sucesso Nasceu em Buenos Aires, a 4 de
Julho de 1926, o hispano-argentino [internacional por
ambos os países e ainda pela Colômbia] chegou ao
topo da carreira no Real Madrid, mas a sua formação
foi feita nas escolas do River Plate.
Di Stéfano pisou o continente europeu em 1953, para
assinar pelos "merengues" - depois de ter alinhado
pelos colombianos do Millionarios - e representar a
icónica equipa da capital espanhola nas 11 épocas que
se seguiram. Ao serviço do Real, conquistou oito títulos
de campeão nacional, uma Taça do Rei, cinco Taças
dos Campeões Europeus e ainda uma Taça
Intercontinental.
A nível pessoal, Alfredo Stéfano Di Stéfano Laulhé
conquistou três Bolas de Ouro (1956, 1957, 1959), tendo
arrecadado o "Pichichi" (prémio de melhor marcador
em Espanha), em 1954, 1957, 1958 e 1959.
Com a camisola "merengue", Di Stéfano apontou 357
golos, tendo marcado perto de 600 tentos durante toda
a carreira, em jogos oficiais.
"La saeta rubia", como era igualmente apeldidado, viria
a encerrar a carreira de futebolista em 1966, ao serviço
do Espanhol de Barcelona, tendo orientado, como
treinador, o Real Madrid [venceu apenas uma
Supertaça], Valência [campeão de Espanha e vencedor
da Taça das Taças] e, somente por um jogo, o Sporting.
Atleta de uma era de ouro do futebol, Di Stéfano jogou
perante algumas das principais estrelas do desporto-rei
português, como Eusébio da Silva Ferreira ou Coluna.
Faleceu Di Stéfano
Antiga glória do Real Madrid, da Argentina e
da Espanha tinha 88 anos. Internado em
estado grave desde sábado, "Don Alfredo" não
resistiu às sequelas de uma paragem
cardiorrespiratória.
Faleceu Alfredo Di Stéfano. A antiga glória do Real
Madrid, da Espanha e da Argentina morreu esta
segunda-feira, aos 88 anos, no Hospital Gregorio
Marañon, em Madrid, depois de não ter resistido à
paragem cardiorrespiratória sofrida no fim de semana.
Di Stéfano, presidente honorário dos madrilenos, havia
sido internado em estado grave, no passado sábado, na
sequência de uma paragem cardiorrespiratória perto do
estádio Santiago Bernabéu, tendo sido atendido pelo
pessoal da protecção civil espanhola.
Com prognóstico reservado, "Don Alfredo" não resistiu
às mazelas, tendo o seu óbito sido declarado às 16h15
da tarde desta segunda-feira.
No site oficial, o Real Madrid apresentou as "mais
profundas condolências", endereçando uma
mensagem de "carinho a todos os seus filhos,
familiares e amigos".
PRINCÍPIO E FIM. Um espaço de
informação social e religiosa.
Ao domingo, a partir das 23h30, com Ângela Roque.
16
Terça-feira, 08-07-2014
RIBEIRO CRISTÓVÃO
A morte de uma
lenda
Aos 88 anos, e depois de ter sido vítima no
passado sábado de uma paragem
cardiorrespiratória, Alfredo Di Stéfano
faleceu hoje em Madrid, a cidade que
adpotara com sua e onde conheceu os
maiores sucessos da sua vida desportiva.
no entanto, a sua gratidão para com a modalidade que
o transformou para sempre num ídolo em todo o
mundo.
Uma vistosa bola em mármore pode ser vista à entrada
da sua vivenda em Madrid com uma inscrição simples
mas deveras significativa: “a ti, mi vieja”.
BENFICA
Atlético de Madrid
vai bater cláusula de
Oblak
Bola Branca sabe que os "colchoneros" estão
a preparar uma proposta de 16 milhões de
euros pelo guarda-redes esloveno. Oblak a
caminho dos campeões nacionais de
Espanha.
Por Ribeiro Cristóvão
Depois de Eusébio nos ter deixado em Janeiro,
desapareceu agora outra lenda do futebol mundial.
Aos 88 anos, e depois de ter sido vítima no passado
sábado de uma paragem cardiorrespiratória, Alfredo Di
Stéfano faleceu hoje em Madrid, a cidade que adpotara
com sua e onde conheceu os maiores sucessos da sua
vida desportiva.
Di Stéfano foi um caso singular. Mantendo a
nacionalidade de três países, Colombia, Argentina e
Espanha,“la saeta rúbia” conheceu o apogeu da sua
carreira envergando a camisola do Real Madrid, ao
serviço da qual conquistou vários títulos, com especial
destaque para cinco Taças dos Campeões Europeus e
oito campeonatos de Espanha.
Daí que, reconhecendo a sua dedicação sem limites, o
Real Madrid atribuiu a Don Alfredo, há catorze anos, o
prestigiado título de Presidente Honorário do clube
merengue.
Internacional pela sua Argentina natal, pela sua querida
Espanha e ainda em quatro jogos amigáveis pela
Colômbia, Di Stéfano vivia no entanto com a profunda
mágoa de nunca ter participado num campeonato do
mundo.
Em 1962 ainda ajudou a Espanha a qualificar-se para o
Mundial do Chile, mas uma arreliadora lesão retiroulhe a possibilidade com a qual tanto sonhara.
Sem a colaboração de Di Stéfano, os espanhóis viriam
a tornar-se presa fácil do Brasil, que acabou por
conquistar então a segunda Copa consecutiva.
Di Stéfano, que passou fugazmente como treinador
pelo Sporting na década de setenta, apadrinhou as
entradas de Figo e de Cristiano Ronaldo no Real
Madrid, tendo dedicado sempre um carinho especial
aos dois jogadores portugueses, reconhecendo
repetidas vezes a alta qualidade e o virtuosismo do
futebol de ambos.
Desaparece assim uma lenda do futebol. Permanece,
Jan Oblak vai ser reforço do Atlético de Madrid, estando
o emblema "colchonero" a preparar-se para apresentar,
junto da SAD do Benfica, uma proposta de 16 milhões
de euros, valor que permite accionar a cláusula de
rescisão do guarda-redes esloveno.
Bola Branca sabe que, nas últimas horas, os campeões
espanhóis em título terão contactado os responsáveis
das águias, no sentido de encerrar definitivamente o
processo de compra do guardião de 21 anos.
Desta forma, Oblak poderá vir a oficializar a
transferência para o clube de Madrid nas próximas
horas, faltando apenas detalhes quanto aos termos
finais do acordo entre Benfica e Atlético.
Ausência do Seixal ainda por explicarEntretanto, Jan
Oblak faltou, sem qualquer justificação, ao treino do
Benfica desta segunda-feira.
O guarda-redes esloveno foi colocado em Espanha
pela Cadena COPE, que adiantou que o atleta de 21
anos terá já realizado exames médicos junto do Atlético
de Madrid tendo em vista a sua transferência para o
plantel dos campeões nacionais espanhóis.
Ora, a SAD do Benfica continua a desconhecer, por ora,
o paradeiro de Oblak que, à semelhança de Lazar
Markovic - transferido para o Liverpool -, deveria ter-se
apresentado esta segunda-feira no Seixal. O primeiro
compareceu. O guardião não.
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Terça-feira, 08-07-2014
MERCADO
A hora de Vágner
provocar
"burburinho"
Oblak de saída do Benfica. Rui Patrício em
"modo de espera", no Sporting. Rivais de
Lisboa viram atenções para o Estoril, onde se
encontra um dos melhores guarda-redes das
últimas épocas, em Portugal.
Vágner é, neste momento, uma opção fortemente
ponderada por Benfica e Sporting. Os dois clubes de
Lisboa podem estar prestes a disputar o mesmo
guarda-redes e isto porque, no caso dos encarnados, o
brasileiro do Estoril surge na primeira linha para suprir
a mais que provável saída de Jan Oblak para o Atlético
de Madrid.
No que diz respeito ao Sporting, continua a existir a
convicção de que Rui Patrício pode ser negociado a
qualquer momento. Marcelo Boeck também não está
propriamente satisfeito com a condição de suplente e,
se Patricio continuar, o brasileiro prefere sair e ser
emprestado a outro clube.
É aqui que volta a surgir o nome de Vágner, o preferido
de Marco Silva para a baliza leonina, no caso de
abandono de um dos guarda-redes que tem, neste
momento, ao seu dispor.
Vágner da Silva é um dos nomes do momento no
mercado de jogadores em Portugal. Aos 28 anos, está
no auge das suas capacidades, tendo sido considerado
um dos melhores guarda-redes da Primeira Liga, na
última época.
Bizarro corroboraEssa é, também, a opinião de José
Bizarro, guardião que passou pela formação do FC
Porto e Benfica e que se sagrou campeão do mundo de
Sub-20 em Riade, no ano de 1989.
"[Oblak] é um jogador que conhece bem o nosso
futebol e é um dos melhores guarda-redes que actua
no nosso país. Mas é uma questão de opções. O Vágner
é um belíssimo guarda-redes. Se o Marco Silva estará
interessado nele para o Sporting e se trabalhou com ele,
é lógico que tem valor para jogar no Benfica", sustenta,
em entrevista a Bola Branca.
Para Bizarro, a saída de Oblak seria uma enorme perda
para o Benfica mas, considera, este é o momento certo
para uma transferência do guarda-redes esloveno.
"O Oblak fez uma excelente época e, apesar de jovem,
demonstrou que tem capacidade para jogar ao mais
alto nivel. Para o Benfica, será uma 'baixa' importante. A
prova disso é que o Benfica sofria golos e, desde que
entrou, a equipa estabilizou bastante em termos
defensivos e fez a brilhante época que fez", completa.
SPORTING
Doorwerth acolhe
estágio de pré-época
Sporting anuncia calendário da preparação
para a temporada de 2014/15. Jogo de
apresentação aos sócios e adeptos está
marcado para 1 de Agosto, frente aos
italianos da Lazio.
O Sporting vai realizar o estágio de pré-temporada na
Holanda, entre 22 e 29 de Julho, tendo a localidade de
Doorwerth sido escolhida pelos responsáveis leoninos
para acolher a equipa verde e branca.
O calendário da pré-época, anunciado pelos
vicecampeões nacionais portugueses, esta segundafeira, contempla ainda passagens por Açores, Egipto,
Dinamarca e Espanha.
O jogo de apresentação, frente aos italianos da Lazio e
inserido no Troféu Cinco Violinos, terá lugar em
Alvalade, a 1 de Agosto.
A preparação para a temporada de 2014/15 encerra-se
no fim de semana de 9 e 10 de Agosto, com a
participação da equipa comandada por Marco Silva no
Troféu Teresa Herrera, na Corunha, juntamente com
Deportivo, Sporting Gijón e Nacional de Montevideu.
SportingCalendário da pré-época 2014/15- dia 12 de
Julho, participação no Troféu Pauleta, contra a
Selecção dos Açores, em Ponta Delgada;- de 18 e 20 de
Julho, participação na Taça de Honra da Associação de
Futebol de Lisboa, no estádio do Restelo (com
Belenenses, Benfica e Estoril);- de 22 a 29 de Julho,
estágio em Doorwerth na Holanda, período no qual o
Sporting disputará três jogos amigáveis;- dia 1 de
Agosto, Troféu Cinco Violinos, no Estádio José
Alvalade, contra a S.S. Lazio, jogo que servirá de
apresentação do plantel para a época 2014/2015 aos
Sócios e adeptos;- dia 4 de Agosto, jogo contra o AlIttihad, em Alexandria, Egipto, partida que celebra os
100 anos da referida equipa;- dia 6 de Agosto, jogo
contra o FC Midtjylland, em Copenhaga, Dinamarca,
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Terça-feira, 08-07-2014
em que o Sporting terá uma equipa constituída por
jogadores do plantel A e B;- dias 9 e 10 de Agosto,
participação no Troféu Teresa Herrera, na Corunha,
Espanha. Para além do Sporting, este prestigiado
torneio contará com a participação do Deportivo
Corunha, Sporting Gijón e Nacional Montevideo.
Proença continua no
Mundial
MUNDIAL 2014
Mourinho prevê
Brasil hexacampeão
"Brasil está a jogar com o coração", afirmou o
treinador português do Chelsea, na habitual
crónica no portal "Yahoo".
O árbitro português está entre os 15 que a
FIFA mantém no Brasil para os quatro
derradeiros encontros do Campeonato do
Mundo.
Pedro Proença mantém candidatura aberta à final do
Campeonato do Mundo. O árbitro português e os
membros da sua equipa - Bertino Miranda e Tiago
Trigo - estão entre as 15 equipas de arbitragem que a
FIFA mantém no Brasil como opções para os últimos
quatro jogos da competição.
Marco Rodríguez, do México, já foi nomeado para a
meia-final entre Brasil e Alemanha. Ficam a faltar as
nomeações para a outra meia-final, entre Argentina e
Holanda, o jogo de atribuição de 3º e 4º luares, e para a
final do Campeonato do Mundo.
Além de Proença, a FIFA mantém outros cinco árbitros
europeus: Cuneyt Cakir (Turquia), Jonas Eriksson
(Suécia), Nicola Rizzoli (Itália), Carlos Velasco Carballo
(Espanha) e Howard Webb (Inglaterra).
Da América Sul permanecem Sandro Ricci (Brasil),
Carlos Vera (Equadro) e Enrique Osses (Chile). Da
América do Norte, América Central e Caraíbas continua
Marco Rodríguez (México) e Mark Geiger (EUA). Do
continente africano, Noumandiez Doué (Costa do
Marfim) e Djamel Haimoudi (Argélia). Da Ásia ficam no
Mundial como possibilidades para os últimos jogos
Ravshan Irmatov (Uzbequistão) e Yuichi Nishimura
(Japão).
José Mourinho acredita que o Brasil vai celebrar o sexto
título mundial a 13 de Julho, vencendo o campeonato
do mundo que se tem vindo a desenrolar em solo
"canarinho".
Na habitual crónica sobre o Mundial 2014, no portal
"Yahoo", o treinador português do Chelsea assenta a
sua previsão no facto de que o "escrete" está a "jogar
com o coração".
"Acredito que no final da história o Brasil será campeão
do Mundo, porque está a dar tudo pela competição e
pelo seu país", afirmou "Mou", considerando que o
capitão da equipa comandada por Luiz Felipe Scolari é
a pedra fundamental na estratégia de sucesso que tem
vindo a exibir.
"O Brasil baseia-se na estrutura defensiva e é aí que o
Thiago Silva dá grande estabilidade à equipa",
salientou.
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