Contagem de medalhas: uma polêmica nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos Qual deve ser o jeito mais apropriado para o ranqueamento em grandes competições mundiais? Jogos Pan-Americanos De acordo com os veículos de comunicação, o país conquistou 141 medalhas. 304 foi o número de atletas brasileiros que conquistaram medalhas. Como alguns atletas receberam mais de uma medalha, 364 foi o total de medalhas conquistadas pelo país. Jogos Parapan-Americanos De acordo com os veículos de comunicação, o Brasil conquistou 257 medalhas. Afinal, qual é a maneira correta de contar títulos, medalhas e ranquear países em eventos como os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos? Ninguém sabe ao certo e não existe, formalmente, uma maneira exata que possa regulamentar essa contagem. 212 foi o número de atletas brasileiros que conquistaram medalhas. Como alguns atletas receberam mais de uma medalha, 360 foi o total de medalhas conquistadas pelo país. Atualmente, o ranking é baseado na quantidade de medalhas de ouro por país. Seria essa a melhor maneira de dizer qual foi o país mais bem-sucedido? Acredita-se que esse tipo de contagem acaba por supervalorizar a medalha de ouro e discrimina os esportes coletivos. Que tal instituir um novo critério no Brasil? Será que um país que conquista, por exemplo, cinco medalhas de ouro deve ser mais valorizado e estar no topo da classificação do que um país que tenha conquistado 10 medalhas, sendo cinco de prata e quatro de bronze e uma de ouro? Para o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber [CREF 000002-G/RJ], já é hora de mudar esse tipo de contagem e divulgação de ranking. Esse tipo de divulgação do ranking de medalhas é o adotado pela mídia internacional, mas nada impede que a mídia brasileira adote independência em relação a isso. Inclusive, esse formato de ranqueamento não encontra respaldo nem na Carta Olímpica Internacional, que estabelece que as conquistas de medalhas sejam pertencentes aos atletas e não às modalidades. “O ranqueamento de países é importante, mas creio que, para que fosse um pouco mais justo e democrático, ele deveria fazer o somatório das medalhas de ouro, prata e bronze, a fim de não ser injusto com os esportes coletivos. Por que, no esporte coletivo, a mídia considera apenas uma medalha para o ranqueamento quando você tem, por exemplo, no voleibol, vários atletas que recebem as medalhas? Se esses atletas recebem medalhas e a Carta Olímpica estabelece que o que vale é o atleta, eu entendo que devam ser consideradas as medalhas recebidas por eles, separadamente”, argumentou. Não parece justo, portanto, que os esportes coletivos sejam contabilizados apenas com uma medalha no quadro de classificação dos países quando, na realidade, diversos atletas conquistaram aquele mérito através da superação e de muito treinamento, tornando-os qualificados e vencedores. Logo, a divulgação desse quadro de medalhas deveria ser de acordo com o número de atletas que ganharam medalhas em cada país e, também, com o número total de medalhas conquistadas (uma vez que alguns atletas conquistam mais de uma medalha). A diferença nessa divulgação é enorme como se pode ver nos quadros a seguir sobre os Jogos Pan e Para Pan, realizados neste ano, em Toronto. Para saber mais sobre esse novo critério, acesse confef.com/267. Avalie esta seção em confef.com/277 12