A fama praticamente virou sinônimo de infâmia. É como se houvesse uma disputa para ver quem diz a maior barbárie. Nem Hitler foi tão infame quanto o deputado Laerte Bessa. O fascismo vai indo, com as pessoas livres para serem preconceituosas, até descambar para a violência. Não está tudo bem quando se amarra alguém a um poste para linchar até a morte. Neste vale-tudo em que vivemos, com boatos espalhando-se a todo instante, o jornalismo é ainda mais importante. Eu diria que não há democracia possível, hoje, sem bom jornalismo. Minha preocupação é fazer filmes que tenham durabilidade, que não sejam esquecidos logo depois de vistos. Não sou contra o entretenimento, mas meu objetivo é apresentar algo que tenha uma vida útil maior. Quando um filme ensina, ele é bom. Quando delicia, também. Quando faz as duas coisas, aí é perfeito.