Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e
como tinham reconhecido Jesus ao partir do
pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentouSe no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja
convosco». Espantados e cheios de medo,
julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus:
«Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés:
sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito
não tem carne nem ossos, como vedes que
Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e
os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou
-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que
Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras
que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o
entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que
o Messias havia de sofrer e de ressuscitar
dos mortos ao terceiro dia, e que havia de
ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as
testemunhas de todas estas coisas». Lc 24,35-48
Quando Jesus apareceu aos apóstolos, estando fechadas as portas, e veio pôr-Se ao
meio deles, eles ficaram dominados pelo es-
panto e cheios de medo, julgando ver um
espírito (Jo 20, 19; Lc 24, 37). Mas, quando
soprou sobre eles dizendo: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20, 22), e mais tarde, quando
lhes enviou do céu esse mesmo Espírito como novo dom, esse dom foi uma prova indubitável da sua ressurreição e da sua nova vida. Com efeito, é o Espírito que dá testemunho no coração dos santos, e em seguida
pela sua boca, de que Cristo é a verdade, a
verdadeira ressurreição e a vida. É por isso
que os apóstolos, que inicialmente tinham
duvidado, mesmo à vista do seu corpo vivo,
«davam testemunho da ressurreição com
grande poder» (Act 4, 33) depois de terem
experimentado esse Espírito que dá a vida. É
-nos muito mais proveitoso acolher Jesus no
coração do que vê-Lo com os olhos e ouvi-Lo
falar. A acção do Espírito Santo sobre os nossos sentidos interiores é muito mais poderosa do que a impressão dos objectos materiais sobre os nossos sentidos exteriores. […]
Muito bem, irmãos, qual é o testemunho que a alegria do vosso coração presta
ao vosso amor por Cristo? […] Quando hoje,
na Igreja, tantos mensageiros proclamam a
ressurreição, o vosso coração exulta e exclama: «Jesus, o meu Deus, está vivo; eles anunciaram-mo! Perante esta boa nova, o meu
espírito desalentado, tíbio e entorpecido pela dor, recuperou a vida. A voz que proclama
esta boa nova desperta da morte os mais
culpados.» [...] Irmão, o sinal que te permitirá reconhecer que o teu espírito recuperou a
vida em Cristo é se ele disser: «Se Jesus está
vivo, tanto me basta!» Oh, palavra de fé e
bem, digna dos amigos de Jesus! «Se Jesus
está vivo, tanto me basta!» Beato Guerric de Igny (c.
1080-1157), abade cisterciense, I Sermão para a ressurreição do
Senhor, 4
Encontraste, minha alma, o que buscavas? Buscavas a Deus
e verificaste que Ele está acima de todas as coisas e nada melhor que Ele se pode pensar; que Ele é a vida, a luz, a sabedoria,
a bondade, a eterna felicidade e a feliz eternidade; e que Ele é
tudo isto em toda a parte e sempre.
Senhor meu Deus, meu Criador e Redentor, dizei à minha
alma, sedenta de Vós, que outra coisa sois além do que viu, para que veja claramente o que deseja. Ela esforça-se por ver
sempre mais, mas além do que já viu nada vê senão trevas. Melhor: não vê trevas, porque em Vós não há trevas; mas vê que
nada mais pode ver por causa das trevas que há em si mesma.
Essa é verdadeiramente, Senhor, a luz inacessível em que
habitais, e nessa luz ninguém pode entrar para ver-Vos claramente tal como sois. Eu não vejo essa luz, porque é excessiva
para mim; e, no entanto, tudo o que vejo, é por meio dela que o
vejo: como a nossa vista humana que, pela sua fraqueza, só pode ver por meio da luz do sol e contudo não pode olhar directamente para o sol.
A minha inteligência é incapaz de ver essa luz, demasiado
refulgente para ser compreendida; os olhos da minha alma não
suportam fixar-se nela muito tempo, porque são encandeados
pelo seu esplendor, vencidos pela sua imensidade, confundidos
pela sua grandeza.
Oh luz suprema e inacessível! Oh verdade plena e bemaventurada! Como estás longe de mim, estando eu tão perto de
ti! Como estás longe dos meus olhos, estando eu tão presente
ao teu olhar!
Estás presente em toda a parte e eu não te vejo. Em ti me
movo, em ti existo, e não posso alcançar-te. Estás dentro de
mim e à volta de mim, e não te sinto.
Peço-Vos, meu Deus: fazei que eu Vos conheça e Vos ame,
para encontrar em Vós a minha alegria. E se não o posso alcançar plenamente nesta vida, que ao menos me vá aproximando,
dia após dia, dessa plenitude; cresça agora em mim o conhecimento de Vós, para que chegue um dia ao conhecimento perfeito; cresça agora em mim o amor por Vós, até que chegue um
dia à plenitude do amor; seja agora a minha alegria grande em
esperança, para que um dia seja plena mediante a posse da
realidade.
Senhor, por meio do vosso Filho nos mandais, ou melhor,
aconselhais a pedir, e prometeis que obteremos, para que a
nossa alegria seja completa. Por isso Vos peço, Senhor, o que
aconselhais por meio do nosso Admirável Conselheiro: possa
eu receber o que em vossa fidelidade prometeis, para que a
minha alegria seja completa. Deus fiel, eu Vo-lo peço: fazei que
o receba, para que a minha alegria seja completa.
Entretanto, nisto medite o meu espírito e fale a minha língua; isto ame o meu coração e proclame a minha boca. Dessa
felicidade prometida tenha fome a minha alma e sede a minha
carne. Todo o meu ser a deseje, até que chegue um dia a entrar
na alegria do meu Senhor, que é Deus trino e uno, Deus bendito por todos os séculos. Amen. Do «Proslógion» de Santo Anselmo.
DOMINGO III DA PÁSCOA, 19 de
Abril
 18h30, Ofício de vésperas cantadas, na Igreja de São Nicolau
 Livro do mês: "O Rosto da Misericórdia". Bula de Proclamação do
Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Papa Francisco.
 O 3º Guião preparatório do Sínodo de Lisboa 2016, sob o tema "O
anúncio do Evangelho" está disponível para quem o desejar levar
para ler e reflectir.
 A Preparação para o Crisma realizar-se-á às 2ªs ou 4ªs feiras com
início no dia 18 de Maio e termo
no dia 24 de Junho. A Celebração
do Crisma será no Sábado dia 4
de Julho às 17h, em Missa presidida pelo Senhor Bispo D. Joaquim
Mendes. As Inscrições podem ser
feitas no acolhimento ou através
do site da Paróquia.
Segunda-feira, 20 de Abril
 20h30, Reunião da Equipa de Santo Agostinho, no Salão João Paulo
II
Terça-feira, 21 de Abril
 Memória Litúrgica de Santo Anselmo
Quarta-feira, 22 de Abril
 12h30 Missa em São Nicolau com
a ACEGE, seguida de reunião no
Salão João Paulo II
 20h30, ensaio do coro Scherzo na
Biblioteca, em São Nicolau
Quinta-feira, 23 de Abril
 13h, reunião da Direcção da Associação de Juristas Católicos, no
salão João Paulo II
Sábado, 25 de Abril
 Festa Litúrgica de São Marcos,
Evangelista
 10h, Missa em rito Romano, na
forma extraordinária, na Igreja de
São Nicolau.
DOMINGO IV DA PÁSCOA, 26 de
Abril
 12h15, Missa com a comunidade
Angolana, na Igreja da Madalena
 16h, Concerto coral, Coro Scherzo, na Igreja de São Nicolau
Download

Naquele tempo, os discípulos de Emaús con