QUARTA-FEIRA 20 FEVEREIRO 2013 www.imobiliario.publico.pt
SUPLEMENTO COMERCIAL
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DR
Freeport investe
em centro de
congressos
com 20 salas
O Freeport Outlet de
Alcochete inaugura
hoje um centro
de congressos
que resultou da
adaptação do
complexo de
cinemas p03
Amadora
tem plano
integrado para
reabilitação e
requalificação
urbana
Lisboa é a cidade do país onde o congelamento das rendas teve mais efeito na degradação dos prédios.
“Julgo que será inteligente,
da parte dos proprietários,
contemplar os cuidados que
a sensibilidade social exige”
Luís Lima é presidente da APEMIP - Associação dos Profissionais
e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal p04
Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
A autarquia dispõe,
há vários anos,
de ferramentas
de apoio aos
proprietários
para reabilitarem
os prédios onde
habitam p06/07
02 Opinião IMOBILIÁRIO 20 FEVEREIRO 2013
Reabilitação urbana
tem de adotar novos
paradigmas
Luís Lima
J
á confessei, neste mesmo
espaço, acreditar na possibilidade de 2013 poder vir
a ser ano 1 do arrendamento urbano e da reabilitação.
Continuo a apostar na requalificação do nosso património construído, pela reabilitação dos degradados centros urbanos das nossas
principais cidades como um dos
caminhos mais seguros para o futuro do sector, mas começo a admitir que talvez seja necessário repensar os modelos que adotamos
para fazer cumprir esta estratégia.
Este ano – que é também ano de
eleições autárquicas – é, pelo próprio calendário eleitoral, um ano
adequado a essa reflexão em torno
dos modelos para a dinamização da
reabilitação urbana. Esta, como se
compreende, passa e tem mesmo
de passar pelo poder local. Além
de que a reabilitação do construído
continua a ser um imperativo ético
para com as gerações vindouras,
num quadro realista de um desejado desenvolvimento sustentado.
Tudo isto é também uma solução
para a própria situação económica, pois o comboio da reabilitação urbana, desde que avance e
não fique parado longamente nas
estações, como tem acontecido,
pode e deve contribuir para a recuperação de milhares de postos
de trabalho perdidos neste sector, alguns dos quais referentes a
portugueses de formação profissional estreita e em idade difícil
para adquirir novas formações.
A nova oportunidade que a construção e o imobiliário portugueses
precisam – para bem da própria
economia de Portugal e no aproveitamento das capacidades que
muitas das empresas portuguesas
deste setor possuem - passa pela
manutenção da actividade dessas
mesmas empresas, a estancar um
desemprego que tende a ser de lon-
ga duração e de dificil inversão, sendo mais concretizável na necessária
reabiltação urbana dos centros das
nossas principais cidades.
Este caminho também ajudará
Portugal a “vender-se” melhor no
exterior como destino turístico de
eleição que é. Esta é, aliás, uma
consciência crescente entre os autarcas portugueses, nomeadamente entre aqueles que reconhecem
a dimensão do imobiliário como
vetor para um desenvolvimento
sustentado das cidades, mesmo
em momentos de crise, e quando,
como é o caso, o nosso mercado
imobiliário não carece de suportar
os maus efeitos das bolhas geradas
pelo incremento de preços especulativos.
Na verdade, e como já tenho referido, em Portugal, o imobiliário
pode ser um dos pilares de uma
projeção do país pela via da promoção internacional das cidades,
com efeitos positivos na dinamização do turismo, nomeadamente
do turismo residencial. Um sector
imobiliário com espaço de crescimento na reabilitação urbana capaz de atrair investimentos que a
crise internacional tornou órfãos,
um sector imobiliário como o nosso
merece que a reabilitação seja mais
dinâmica.
As cidades têm de reclamar, para
si, esse dinamismo. Algumas, como por exemplo Lisboa, para apenas citar a mais emblemática, já o
fazem, interna e externamente. E
terão, crescentemente, de continuar a fazê-lo, mesmo que isto implique uma mudança de paradigma
na dinamização da reabilitação
urbana.
Presidente da APEMIP
e Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção
e do Imobiliário de Língua
Oficial Portuguesa
[email protected]
Futuro pós-“troika”
depende da manutenção
e criação de emprego
Reis Campos
É
cada vez mais frequente
ouvir dizer que começam
a estar reunidas as condições para Portugal começar a pensar e a preparar
o futuro pós-“troika”. Porém, há
que ter presente que de nada serve
falar num hipotético fim da crise ou
do programa acordado com as instâncias internacionais, se Portugal
não for capaz de preservar as empresas e o emprego. Acredito que
só com uma inversão da atual política, adotando no nosso país algumas das recomendações que têm
sido apresentadas pela Comissão
Europeia, será possível inverter o
atual ciclo recessivo.
O Governo não se pode manifestar
surpreendido com os atuais níveis do
desemprego. Aliás, este foi um dos
aspetos para o qual sucessivamente alertei e que exigia do executivo
uma resposta imediata. Uma taxa de
desemprego superior a 20%, falências em cadeia, o colapso do sistema
financeiro e uma explosão social incontrolável eram e, se nada for feito,
continuam a ser, os ingredientes de
uma crise sem precedentes.
Veja-se que nos últimos 90 dias de
2012, perderam-se 46.300 postos de
trabalho no setor. Desde o início do
ano, a perda total de emprego ascende aos 113.600, o que corresponde a
55,8% do total registado em Portugal.
São 397 mil trabalhadores que deixaram esta atividade desde o início da
crise, em 2002. Neste momento, todos os dias são destruídos 514 postos
de trabalho, o que é insustentável.
Acredito que o Governo está, finalmente, sensibilizado para a gravidade da situação que as empresas
e os nossos trabalhadores enfrentam.
É o próprio Primeiro-Ministro que
reconhece que o reajustamento do
tecido empresarial está concluído,
mas se nada for feito, o processo de
destruição das empresas não irá ficar
por aqui e tudo será posto em causa.
Não é possível esperar mais. Este é
o momento de apoiar as empresas e
de olhar para os setores de atividade
com maior capacidade para induzir
o crescimento. O futuro de Portugal não se constrói retrocedendo
no tempo. Não podemos continuar
com indicadores económicos que
nos colocam décadas atrás, como é
o caso paradigmático de um peso do
Investimento no PIB, sem paralelo
desde a década de 50.
O nosso país não pode continuar a
remar em sentido contrário à Europa
Comunitária, que vê na reabilitação
urbana, no mercado do arrendamento, na internacionalização e no investimento público nos equipamentos e
infraestruturas de proximidade, com
elevado alcance económico e social
de que o país carece, apostas essenciais para garantir o futuro.
Não nos podemos resumir a uma
ideia de reindustrialização, descurando tudo o resto, mesmo o que é
essencial para alcançar esse novo
paradigma. Exige-se uma política
equilibrada, de crescimento sustentado, assente numa estratégia global,
para a qual sempre continuará a ser
indispensável o contributo da Construção e do Imobiliário. É por esta
atividade e pelas suas empresas que
terá de passar a reestruturação do
parque industrial, a adequação da
rede viária e ferroviária e dos portos,
imprescindíveis para dar resposta às
necessidades de crescimento.
Ora, quando mais se torna necessário um crescimento inclusivo e sustentável de todas as regiões e tanto
se fala de empreendedorismo, é inaceitável que não sejamos capazes de
aproveitar todos os recursos que estão ao dispor dos agentes económicos. É essencial não repetir os erros
do passado, voltando as costas aos
nossos principais ativos estratégicos.
Presidente da Confederação
Portuguesa da Construção
e do Imobiliário
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Cuidamos do nosso património
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IMOBILIÁRIO 20 FEVEREIRO 2013 Atualidade 03
K&A
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Real Estate
Freeport investe em centro
de congressos com 20 salas
DR
Elisabete Soares
O novo centro
de congressos
vai aumentar
a capacidade
de congressos
em Lisboa
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funcionalidades que uma infraestrutura desse tipo requer.
“As obras de adaptação permitiram manter a imagem atual do edifício, requalificando e criando espaços multifacetados, com a maisvalia de, para além dos congressos,
seminários, conferências, poderem
ser realizados também, espetáculos, concertos e eventos sociais”.
O valor estimado do ativo do centro de congressos é de três milhões
de euros, que seria o valor necessário para criar um equipamento com
esta dimensão e características.
O centro de congressos conta ainda com uma vasta área comercial e
dispõe de um estacionamento interior e exterior com capacidade para
2.475 lugares.
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O Freeport Outlet de Alcochete
inaugura hoje um centro de congressos que resultou da adaptação
do complexo de cinemas que funcionou no espaço comercial até alguns meses atrás. A adaptação do
espaço, num investimento de 300
mil euros, permitiu criar um dos
maiores centros de congressos em
Portugal, mesmo a nível ibérico,
localizado a cerca de 20 minutos
do aeroporto de Lisboa. De acordo
com fonte do Freeport, “o centro
de congressos apresenta uma oferta invulgar de 20 salas e auditórios
com capacidades entre os 96 e os
800 lugares. No total o centro permitirá assegurar eventos até 3000
participantes.
O Centro de Congressos Freeport
nasceu depois de um conjunto de
obras de adaptação dos auditórios,
foyers, salas multiusos e espaços
de circulação que visaram adaptar
o espaço às exigências de áreas e
QUINTA NO DOURO
04 Atualidade IMOBILIÁRIO 20 FEVEREIRO 2013
“Julgo que será inteligente, da parte dos
proprietários, contemplar os cuidados
que a sensibilidade social exige”
Luís Lima é presidente da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas
de Mediação Imobiliária de Portugal.
DR
Entrevista
Elisabete Soares
A atualização das rendas feita
pelos senhorios está a provocar
grande polémica e grande agitação no país. Como interpreta
esta situação?
A distorção que vários e longos períodos de congelamento das rendas nas principais cidades provocou no mercado do arrendamento
urbano, explica esta urgente vontade em aumentar o valor das chamadas rendas antigas que a nova
lei do arrendamento urbano permite com as limitações transitórias
nela previstas. Esta situação, que
se refere a uma percentagem do
mercado imobiliário que rondará,
na pior das hipóteses 15%, está a
ganhar o estatuto de uma “guerra”
entre inquilinos e proprietários,
indesejável para todos, como aliás
há muito previa, alertando publicamente para esta possibilidade.
Numa economia de mercado, o
mercado do arrendamento urbano deve ser livre, obrigando-se o
Estado a prestar cuidados sociais
aos elos mais fracos, no caso, tradicionalmente os inquilinos que
possuem menos rendimentos e
que são, muitas vezes, cidadãos
em situações precárias. Acontece,
como se sabe, que, no presente
momento o Estado está com dificuldades em prestar esses cuidados sociais... Tudo isto se conjuga
para que se crie condições que
ampliam essa desnecessária “guerra”, apresentando-a como um perverso efeito de uma liberalização
das rendas que sempre deveria ter
existido nos quadros jurídicos em
que vivemos, na clara manutenção
da transferência para os proprietários das obrigações sociais que ao
Estado compete nesta matéria.
Considera que a nova lei, com
está redigida, é a responsável
pelas situações injustas denunciadas pelos inquilinos, ou são
os proprietários que estão a
aproveitar-se da situação?
A linguagem que normalmente
utilizamos ao abordarmos este tema facilita, emocionalmente a que
façamos um retrato do inquilino
como vítima da insensibilidade social do senhorio. Isto não é neces-
sariamente assim, nem tampouco
nos 15% de arrendamentos onde
ainda vigoram rendas antigas. Esta
lei, se não queria ser igual a tantas
outras que não enfrentaram o problema, teria de dar alguns passos
no sentido da liberalização inevitável, como aconteceu, e teria, por
questões de natureza política e de
sensibilidade social, de acautelar
os casos em que a respetiva aplicação resultasse numa violência para
quem terá de a suportar. Pessoalmente julgo que será inteligente,
da parte dos proprietários, contemplar também os cuidados que a
sensibilidade social exige, mesmo
tendo em conta que isso é competência do Estado. É-o, de facto e de
direito, mas os proprietários também podem considerar essa situação, em nome de uma paz social
que também interessa aos proprietários e em nome de um caminho
que, dadas as circunstâncias históricas tem de ser trilhado com passos pequenos. Não posso considerar a lei, que vai no caminho certo,
responsável por situações injustas,
nem posso dizer que um proprie-
tário que quer aumentar a renda
da respetiva propriedade está a
aproveitar-se da situação. Posso e
devo apelar à inteligência de todos
na abordagem desta questão que,
repito, apenas atinge 15%, no máximo, do universo do arrendamento
urbano.
Na sua opinião que mecanismos deveriam estar previstos
na lei de forma a evitar esta
“guerra” entre inquilinos e proprietários?
Uma lei, por definição, não deve
gerar guerras. Em princípio deve
ser elaborada e promulgada em
nome da Justiça. É suposto que o
seja e a Lei do Arrendamento Urbano não deve ser exceção. Os únicos mecanismos justos para evitar
essa “guerra” são os que se prendem com os cuidados sociais que o
Estado deve assumir na defesa dos
cidadãos mais vulneráveis, no caso
de alguns inquilinos. Poder-se-á
admitir que o momento possa não
ter sido o mais adequado face às
dificuldades que o Estado enfrenta
em matéria de gastos sociais, no
âmbito do papel social do Estado,
mas esta é outra discussão que não
pode por em causa a justeza de
uma legislação que começa a corrigir distorções de dezenas de anos
neste campo. Distorções que também são responsáveis pela degradação do património construído.
Com está a funcionar o Balcão
Nacional do Arrendamento?
Não tenho elementos suficientes
para responder a essa pergunta e
julgo que pouca gente os terá. É
natural que o Balcão Nacional do
Arrendamento ainda não esteja a
funcionar em pleno, dado a sua
recente criação e as situações complexas que tem de gerir neste contexto da nova Lei do Arrendamento Urbano. Uma avaliação deste
desempenho terá de ser feita, mas
a seu tempo e claramente mais
para diante.
Numa altura de grandes dificuldades esta agitação está a provocar ainda mais incertezas e
desconfiança no mercado imobiliário?
Está, seguramente, a distorcer
a própria realidade do mercado
do arrendamento urbano cuja dinamização é indispensável para
relançar o sector e para reabilitar
a reabilitação urbana. As questões
que se colocam ao funcionamento
de um mercado de arrendamento
digno desse nome e útil à economia do país são outras e dizem
respeito à necessidade de fazer
baixar as rendas, dos chamados
arrendamentos novos, para valores competitivos face aos de uma
prestação bancária de um crédito
habitacional. Na minha opinião
essa diminuição, no segmento
médio e médio baixo, que é um
segmento fundamental para este
mercado deve chegar aos 30 ou
mesmo aos 40 %. Sob pena de não
haver mercado. A fatia do mercado de arrendamento onde estas
questões devem ser equacionadas
com realismo é a fatia das casas
com rendas entre 300 e 500 euros,
rendas que, de uma maneira geral,
só encontrarão uma procura que
não entre em incumprimento, se
baixarem significativamente para
valores competitivos. Não basta
que uma renda baixe dos 500 para
os 485 euros. Estas é que são as
questões centrais da dinamização
do mercado de arrendamento urbano.
Projeto do Ikea
em Loulé é
viabilizado
A Assembleia Municipal de Loulé
aprovou recentemente o Plano de
Urbanização Caliços-Esteval, que
viabiliza a utilização das áreas envolvidas e a conversão de terrenos
para construção de um novo Ikea.
De acordo com o presidente da
Câmara de Loulé, Seruca Emídio,
trata-se de “um momento histórico
para o concelho conseguir captar
e aprovar um empreendimento de
grande dimensão que espera que
contribua, juntamente com o Estádio Algarve e o futuro Hospital Central do Algarve, para impulsionar
o projeto do Parque das Cidades”.
Este projeto representa um investimento de, aproximadamente, 200
milhões de euros, incluindo a construção de uma loja Ikea, um centro
comercial e o retail park inter da Ikea,
que deverá criar 3.000 postos de trabalho. A discussão sobre a localização do projeto, até agora integrados
na Reserva Agrícola Nacional, tem
estado acesa, pois os deputados municipais da oposição receiam que o
projeto possa ser um falso argumento para alterar a utilização dos solos.
C&W reforça
aposta na
reabilitação
urbana
A Cushman & Wakefield (C&W) apresentou recentemente os seus novos
serviços na área de reabilitação urbana. Esta área de atividade está inserida no departamento de investimento
da consultora, mas conta com uma
equipa multidisciplinar constituída
por colaboradores de gestão de projetos e de agência. O principal objetivo desta equipa é a elaboração de
planos viáveis para a reabilitação
de edifícios, acompanhando todas
as fases do processo e oferecendo
soluções através da experiência e
conhecimento de vários serviços
integrados da C&W. De acordo com
Paulo Rebelo, responsável pela área
de reabilitação urbana da C&W, “é
preciso dar vida ao parque imobiliário existente e isso passa por revitalizar edifícios que perderam, num
determinado tempo, a utilidade para
a qual foram construídos. A construção evoluiu e a reabilitação de um
imóvel não tem de passar pela destruição do mesmo, mas sim adaptá-lo
às tendências atuais de futuros ocupantes e aos níveis de conforto e eficiência exigidos, quer se trate de uma
habitação, hotel, loja ou escritório”.
06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 20 FEVEREIRO 2013
Amadora tem plano integrado para
reabilitação e requalificação urbana
A câmara da Amadora dispõe, há vários anos, de ferramentas de apoio aos proprietários para reabilitarem
os prédios onde habitam, sendo que a reabilitação tem um plano integrado de atuação
IMAGEM CEDIDA PELA C. M. DA AMADORA
Cidade em análise
Elisabete Soares
O projeto “Amadora 2025 – Estratégia Municipal de Reabilitação Urbana”, que vai ser apresentado ainda
este ano, é, na opinião, de Joaquim
Raposo, presidente da autarquia,
“um plano que tem em conta uma
visão integrada do município e que
se traduz na indicação de eixos de
intervenção”. Assim, nas suas palavras “revitalizar, estruturar, conservar, reutilizar, incluir e valorizar
são os objetivos estratégicos deste
plano que tem como desígnio único
a qualificação do edificado de modo
a construir mais e melhor cidade”.
Na verdade, a Câmara Municipal
da Amadora que dispõe, há vários
anos, de ferramentas de apoio aos
proprietários para reabilitarem os
prédios onde habitam, está, também, a intervir diretamente na reabilitação do edificado. Um dos projetos
integrantes do plano estratégico vai
avançar, em breve, com a reparação
e manutenção das fachadas dos edifícios número 4 ao 10 H da Rua Elias
Garcia, na freguesia da Venda Nova,
conferindo uma imagem positiva,
coerente e harmoniosa daquela zona nobre da cidade. A obra terá um
investimento municipal a 100%, de
cerca de 74 mil euros, acrescidos de
IVA à taxa legal em vigor.
Aliás, nos últimos anos a autarquia
tem posto em prática uma estratégia
de reabilitação urbana, investindo
financeiramente em zonas vitais do
concelho. Assim, de acordo com Joaquim Raposo, “há pouco mais de
um ano, a autarquia investiu cerca
de meio milhão de euros numa intervenção ao edificado da Avenida Santos Mattos, no coração da cidade”.
A intervenção incidiu em nove edifícios da avenida que, em tempos, foi
uma das principais ruas comerciais
da cidade. Com este investimento “a
câmara pretendeu dar o exemplo de
como é possível requalificar o centro da cidade, produzindo um efeito
disseminador noutras zonas. Uma
solução simples, moderna e eficaz
que pode ser facilmente reproduzida
noutras ruas da Amadora”.
Esta iniciativa foi, na opinião do
responsável autárquico, um exemplo
visível daquilo que, um pouco por
todo o concelho, e com apoios municipais, pode ser feito pelos muníci-
pes com recurso a métodos simples,
de rápida aplicação, de uma forma
sustentável, amiga do ambiente e que
respeite a traça original dos edifícios.
Apoios aos proprietários
O concelho da Amadora está dotado de vários parques urbanos, como é o caso do Parque Aventura
Aposta na criação de parques urbanos inovadores
Atualmente o concelho da
Amadora está dotado de um
vasto número de parques
urbanos, como o Parque
Aventura, o Parque Fantasia
e a Ilha Mágica do Lido, entre
outros. Assim, bem no coração
da cidade, e depois de um
investimento de 3,5 milhões de
euros, a autarquia inaugurou,
em junho de 2010, o Parque
Central da Amadora. Com uma
área de 65 mil m2, o parque tem
no requalificado e ampliado
lago a sua peça central, onde
miúdos e graúdos podem andar
de gaivota, canoas e jangadas.
Os jogos de água embelezam
ainda o lago, permitindo
usufruir da frescura do parque
nos dias mais quentes. Mas há
outras novidades. Através da
alameda pedonal, os jovens
visitantes têm acesso a parques
infantis inovadores e em todo
o seu redor existem circuitos
4000
Oferta de casas para venda,
sendo mais de metade usadas
pedonais onde se podem fazer
caminhadas e andar de patins.
A requalificação do espaço
público é um desafio constante
e, por isso, a autarquia lançou
há três anos o orçamento
participativo, um instrumento da
democracia participativa que se
caracteriza por ser universal e
direto, permitindo aos cidadãos
participar na discussão das
políticas públicas locais. Só
para os anos de 2013 e 2014 a
autarquia reservou a verba de
um milhão de euros (repartida
pelos dois anos) para levar
avante as propostas sugeridas e
votadas pelos munícipes.
De iniciativa municipal, o programa
PH+ (Programa Municipal de Apoio
à Realização de Obras) destina-se a
comparticipar obras nas partes comuns dos edifícios em propriedade
horizontal e que tenha administração de condomínio constituída, que
possua pelo menos, duas frações,
podendo 50% das frações serem afetas ao exercício de uma atividade de
comércio ou a serviços, que possua
licença de utilização com 26 anos,
inclusive. As obras efetuadas ao abrigo do programa PH + beneficiam de
uma comparticipação de 20% do
montante total das obras a realizar,
pela Câmara Municipal da Amadora.
“Queremos, no entanto, referir que
o apoio financeiro da autarquia não
se limita à subvenção direta. Com
efeito, nos termos dos Estatutos dos
Benefícios Fiscais existem vantagens
fiscais designadamente em termos
de possibilidade de isenção de IMI,
redução do IVA, assim como em relação ao IMT e IRS para os imóveis que
sejam objeto de reabilitação e caso
a intervenção reponha o edifício à
situação inicial de construção”.
Para além destas ferramentas, a
Câmara Municipal da Amadora criou
ainda duas bolsas de profissionais,
de projetistas e empreiteiros, para
que a população possa agilizar os
processos de consulta e seleção de
prestadores de serviço para a realização de projetos de arquitetura e
de especialidades, bem como de empreitadas de reabilitação de edifícios
de propriedade privada localizados
na área do concelho.
Mais recentemente, a autarquia
assinou um protocolo com a empresa CIN de forma a criar um incentivo aos particulares no sentido
da reabilitação dos seus imóveis.
Assim, aos projetos levados a cabo
diretamente por particulares, a CIN
conceder-lhes-á, após informação
validada pela CMA, um desconto
de 60% sobre a tabela de preços de
venda ao público em vigor à data da
aquisição na compra dos produtos
de construção civil que fabrica, exceto no fornecimentos de acessórios
de pintura, como rolos, fitas, etc.,
que serão fornecidos com um desconto de 10%.
IMOBILIÁRIO 20 FEVEREIRO 2013 Oportunidades 07
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Amadora
Índice confidencial imobiliário
Apartamento T2
(Ref. 55133)
Base de licitação: 59.000 euros
(leilão do dia UON - 20 março)
Freguesia de Alfornelos
105
100
Apartamento T2, com área de
78 m2. Fica localizado na Rua
Damião de Góis 13, 4º Direito.
95
90
1.º T 2005
3.º T 2012
Perfil demográfico
Concelho da Amadora
Perfil sociodemográfico
Valor
Ranking nacional
24
275º
175.135
9º
7.364
1º
Área (km2)
População (n.º)
Densidade populacional (n.º/km2)
Famílias (n.º)
73.457
7º
N.º de fogos
88.034
8º
Valor médio de oferta/m2
Total 3.º T de 2012
Loja
(Ref. 4161)
Preço: 150.000 euros
Freguesia da Brandoa
Loja de 1992 com 220 m2,
localizada na Rua António José de
Almeida, nº1,R/C.
A
J
B
Preço: 96.000 euros
Freguesia da Mina
H
D
C
Loja
(Ref. 37639)
K
I
E
F
Loja de 2007 com 84 m2, situada
na Quinta das Aguas Livres,
Urbanização do Alto da Mira, lote
26, R/C Esquerdo.
G
A São Brás
H Venda Nova
1350€ - 1550€
B Mina
I
Falagueira
1550€ - 1750€
C Venteira
J
Brandoa
1750€ - 1950€
D Reboleira
K
Alfornelos
1950€ - 2100€
E Damaia
F Alfragide
Escritório
(Ref. 15074)
G Buraca
Preço: 75.000 euros
Freguesia da Reboleira
Licenciamento de novas habitações
Dinâmica de promoção nova
Valor
Ranking nacional
N.º novos fogos licenciados (acum. 2007-09)
720
40º
N.º fogos com DCR emitido (acum. 2009-10 )
1.003
15º
% De 1 quarto ou inferior
7%
% De 2 quartos
30%
% De 3 quartos
42%
% De 4 quartos ou superior
21%
% Com certificação A ou A+
95%
Fonte: INE; Estatísticas Ci/ADENE; LardoceLar.com
Escritório com 113 m2, localizado
na Rua Correia Teles, 3 - 7º
Esquerdo.
SINTRA, ARMAZÉM
CAMINHA-1ª LINHA RIO
LISBOA, APARTAMENTO
SEIXAL, APARTAMENTO
FARO, APARTAMENTO
MOITA, APARTAMENTO
Armazém, lisboa.
logradouro murado e
vedado com acesso a carros
pesados. preço 695.000€.
Moradia unifamiliar t3, de
r/c, logradouro e jardim,
como nova, para venda.
preço 285.000€.
Apartamento t2, usado, 2
quartos, mobilado e
cozinha equipada. 80 m²
brutos. renda 600€.
Apartamento t3, novo, 3
quartos, 4 assoalhadas e
cozinha equipada. 125 m²
úteis. preço 165.000€.
Apartamento t3, com 3
quartos e 161 m² brutos.
preço 170.000€.
Apartamento t2, 2 quartos,
1 wc e 1 sala. 83 m² brutos.
3 assoalhadas. preço
35.000€.
T. 214300097
CAPUCHINHOS 1863-AMI
T. 229399510
FORMAL 1600-AMI
T. 917819946
MERCALAR 70-AMI
T. 212105430
J. BARBOSA 821-AMI
T. 289828095
AREA B 8495-AMI
T. 934442710
JOÃO PINHO 1973-AMI
PONTA DELGADA
GONDOMAR, APART.
MACHICO, APART.
PORTO, APARTAMENTO
BEJA, APARTAMENTO
PORTO, APARTAMENTO
Terreno rústico, (ilha de
são miguel). vista
panorâmica sobre o mar.
5.840 m² brutos. preço
20.000€.
T. 296302650
A MACHADO 622-AMI
Apartamento t2, usado, 2
quartos, 1 wc, 1 sala. 90 m²
úteis. preço 72.000€.
Apartamento t2, ilha da
madeira. usado e com 2
quartos. renda 600€.
Apartamento t2, usado, 2
quartos e lugar de
garagem. 90 m² brutos.
preço 37.000€.
Apartamento t3, usado, 3
quartos e 1 sala. 109 m²
brutos. preço 144.000€.
Apartamento t1, como
novo, 1 quarto, 1 wc,
equipado e mobilado. 80
m² brutos. renda 700€.
T. 224664740
R.G.R. 5299-AMI
T. 291200200
ILHOCASA 1244-AMI
T. 222444226
PREDIMARTINS 8454-AMI
T. 284329235
VASCO M. REIS 5188-AMI
T. 917504582
UM SEIS UM 9309-AMI
LOULÉ, APARTAMENTO
CASCAIS, APART.
Apartamento t0, mobilado
e equipado. com piscinas,
jardins e parque infantil. 36
m² úteis. preço 77.000€.
Apartamento t2, com 2
quartos e vista desafogada.
160 m² brutos. renda
1.300€.
T. 289389393
REALVILLA 789-AMI
T. 918704120
LUISA RODRIGUES 3384-AMI
LISBOA, APARTAMENTO
LISBOA, APARTAMENTO
Apartamento t1, usado, 1
quarto e 1 wc. cozinha c/
marquise. renda 500€.
Apartamento t1, novo, 1
quarto e 1 sala. 86 m²
brutos. preço 345.000€.
T. 213887441
MEDIAR 2172-AMI
T. 217994830
PREDITUR 232-AMI
MAIA, APARTAMENTO
LEIRIA, MORADIA
LOULÉ, MORADIA
MEALHADA, APART.
PORTO, APARTAMENTO
FIGUEIRA DA FOZ
Apartamento t1, novo, 1
quarto, 1 wc e 1 sala. 78
m² brutos. preço 77.700€.
Moradia geminada t3,
usado, 3 quartos, 3 wc´s, 1
sala e cozinha equipada.
renda 550€.
Moradia isolada t3,
recuperado, com 3 quartos,
1.134 m² brutos. preço
150.000€.
Apartamento t3, com 3
quartos, 1 sala e
condomínio fechado. preço
107.500€.
Apartamento t0, mobilado
e equipado. 50 m² úteis.
lugar de garagem. renda
400€.
Apartamento t2, cozinha
equipada, aquecimento
central, e garagem. renda
400€.
T. 919802853
G.S.A 2538-AMI
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ÁREAS DE LUZ 6839-AMI
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QUADRATURA 8478-AMI
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IMPERIO QUADRADO 8323-AMI
SESIMBRA, MORADIA
LISBOA, APARTAMENTO
LEIRIA, MORADIA
PORTO, APARTAMENTO
ANADIA, ESCRITÓRIO
VILA VELHA DE RODÃO
Moradia geminada t3, 3
quartos e 4 wc´s. 4
assoalhadas. 165 m² brutos.
preço 265.000€.
Apartamento t2, usado, 2
quartos e 1 sala. cozinha
equipada. 84 m² úteis.
preço 183.000€.
Moradia em banda t5, 5
quartos, 6 wc´s e 1 sala.
180 m² úteis. preço
225.000€.
Apartamento t1, com 1
quarto, varanda, terraço e
garagem. 72 m² brutos.
preço 129.000€.
Escritório, novo e com 13
m² de área bruta. situado
na curia. arrendamento
75€.
Moradia isolada t3, usado, 3
quartos e 99 m² brutos.
preço 17.000€.
T. 210855222
CASAS NO MECO 7317-AMI
T. 219348470 / 917411908
OBJECTIVOS P. 8496-AMI
T. 244837718 / 919527772
DECISÕES D. 8741-AMI
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PINHAL RURAL 6432-AMI
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“Julgo que será inteligente, da parte dos