Violência contra a Mulher Margarida Araújo – ATSM/SESAU-TO Gênero Margarida A. Barbosa SEXO Diferenças dadas biologicamente GÊNERO Diferenças construídas culturalmente Margarida A. Barbosa Gênero é construção histórica e cultural Se refere ao conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem ser homem ou ser mulher em cada sociedade. Margarida A. Barbosa Gênero Forma de significação de poder Margarida A. Barbosa Violência de Gênero “Qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto privada” (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Viol. Contra a Mulher – Convenção de Belém do Pará, 1994) Margarida A. Barbosa Lei Maria da Penha 11.340/06 Margarida A. Barbosa Formas de Violência Doméstica e Familiar Margarida A. Barbosa Violência Física Qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal 9 Margarida A. Barbosa Violência Psicológica Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante: Ameaças - manipulação Constrangimentos - Isolamento Humilhação - Perseguição Vigilância constante - Insulto Chantagem - Exploração limitação do direito de ir e vir Margarida A. Barbosa Violência Patrimonial Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos a recursos econômicos, incluindo ao destinado a satisfazer suas necessidades Margarida A. Barbosa Violência Moral Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria Margarida A. Barbosa Violência Sexual • Qualquer conduta que constranja a presenciar ou manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer meio contraceptivo ou que a force ao matrimônio, `a gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. Margarida A. Barbosa Violência Institucional É aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços públicos como hospitais, postos de saúde, escolas, delegacias, judiciário. Incluir dados Perceu e Liana Guimarães Margarida A. Barbosa Violência Institucional no Parto Uma em cada quatro mulheres sofreu algum tipo de violência no pré-parto ou no parto. (Fundação Perseu Abramo, 2010) Das 56 mulheres entrevistadas, 49 (87,5%) relataram ter sofrido violência pelos profissionais de saúde durante a internação em trabalho de parto e parto (GUIMARÃES, 2014). Estudo realizado em 14 maternidades públicas das oito regiões de saúde do Estado do Tocantins. Margarida A. Barbosa Violência Institucional no Parto “Me senti muito desrespeitada quando tive meu filho, lá no hospital, me deixavam pelada, assim sem necessidade; toda hora, vinha uma pessoa diferente pra me tocar, sabe assim, sem falar nada [...] não tinha necessidade de me deixarem exposta daquele jeito, sabe, era o meu corpo, minha dignidade .” Margarida A. Barbosa Mitos sobre a violência doméstica A violência doméstica ocorre muito esporadicamente A cada 15 segundos uma mulher é agredida A violência doméstica é um problema exclusivamente familiar: roupa suja se lava em casa Problema social - segurança - saúde pública. A violência só acontece entre as famílias de baixa renda e pouca instrução Não faz quaisquer distinções de classe econômica/racial ou cultural porque depende dos estereótipos de gênero. A violência só acontece nas famílias problemáticas as famílias afetadas pela violência aparentam funcionalidade; não há uma só pesquisa comprovando que tais famílias difiram de outras. Os agressores não sabem controlar suas emoções No caso da violência doméstica há uma clara situação em que o agressor aproveita-se de uma ‘relação de poder’ que ele imagina possuir em casa, sobre a mulher e os filhos. Se a situação fosse realmente tão grave, as vítimas abandonariam logo seus agressores A maior parte dos femicídios ocorre na fase em que a mulher está tentando abandonar a relação e apartar-se do agressor. É fácil identificar o tipo de mulher que apanha É muito comum que o agressor obrigue a vítima não só ao silêncio, mas como a externar felicidade e tranquilidade. A violência doméstica vem de problemas com o álcool, drogas ou doenças mentais Muitos agressores cometem esse crime sem apresentar quaisquer desses fatores. Para acabar com a violência basta proteger as vítimas e punir os agressores É necessário medidas de promoção/prevenção, desconstruir alguns valores culturais, acompanhamento do agressor, entres outros aspectos. Magnitude do Problema PANORAMA GLOBAL Margarida A. Barbosa Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - 25% dias de trabalho perdido pelas mulheres têm como causa a violência o que reduz seu ganho entre 3 e 20% - Filhos/as de mães que sofrem violência têm três vezes mais chances de adoecer e 63% dessas crianças repetem a escola, abandonando estudos por volta dos 9 anos. Margarida A. Barbosa Margarida A. Barbosa • 33% das brasileiras já foram agredidas, sendo que 57% destas agressões foram praticadas pelos próprios parceiros. (F. Perseu-Abramo,em: www.patriciagalvao.org.br, em Timm, F. 2008;) Margarida A. Barbosa Repercussões da violência sobre a saúde da mulher Distúrbios do sono, pesadelos, assusta-se com facilidade Irritabilidade, agitação, constantes lembranças do evento traumático Necessidade compulsiva de falar sobre o evento ou impossibilidade de falar sobre o evento Dificuldade de memória e concentração, de tomar decisões Chora sem motivo aparente, depressão, isolamento emocional, falta de interesse em pessoas e eventos à volta Dificuldade de planejar o futuro, de relacionamento sexual Compulsividade (com comida, cigarro, bebida etc) Dores não localizadas Margarida A. Barbosa O QUE TORNA TÃO DIFÍCIL DEIXAR UMA RELAÇÃO EM QUE OCORRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA? • O comportamento do homem violento: o aumento da violência em cada episódio; perseguições na rua, no trabalho, ameaças às crianças e à família; • O sentir-se paralisada pelo trauma físico e psicológico da violência; • A falta de opções de moradia, trabalho; • Difícil acesso a educação e informações; • Ambivalência da mulher diante das promessas de mudança do companheiro; • A esperança , o afeto, a lealdade, o apreço pelas qualidades positivas da relação; • A falta de apoio da comunidade (culpando a mulher); • Pressões familiares e dos filhos; • Valores religiosos, valores culturais; Violência Sexual Margarida A. Barbosa Margarida A. Barbosa Margarida A. Barbosa Estupro Coletivo Ficção Brasil Mundo Margarida A. Barbosa Margarida A. Barbosa Margarida A. Barbosa “Mais que o corpo, a violência machuca a alma, destrói os sonhos e acaba com a dignidade da mulher.” Marília Gabriela Margarida A. Barbosa Obrigada! Margarida Araújo - ATSM/SESAU-TO João Maciel Markus Winnícyus Olga Maria [email protected] (63) 3218-2732