CONTRIBUIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA
MUSICADO: relação de peças (1883-1936)
AO
TEATRO
Por Edinha Diniz*
1883 — VIAGEM AO PARNASO de Artur Azevedo (1855-1908).
Consta que houve recusa do empresário em montar a peça por ser
musicada por uma mulher. Com este título o autor estreou a
revista do ano de 1890 em 3 atos no dia 10/3/1891, no Teatro
Apolo. Segundo Aluízio Azevedo, filho de Artur, esta era uma
comédia no 1.º e 3.º atos, enquanto a revista de 1883 era
mantida no 2º ato. Em 1904, Artur Azevedo fundiu a peça
transformando-a em “A Fonte Castalha”1. Material musical: parte
incompleta de piano e canto, total de 8 músicas, (MS) autógrafo.
1884 — FESTA DE SÃO JOÃO de Chiquinha Gonzaga. Opereta em
1 ato e 2 quadros, ou peça de costumes campestres. O libreto
estava escrito desde 1880. Material: parte completa de piano e
canto, total de 15 músicas, (MS) autógrafo.
1885 — 17 de janeiro. Estreia de A CORTE NA ROÇA de Palhares
Ribeiro. Opereta em 1 ato. Teatro Príncipe Imperial. Companhia
Sousa Bastos. Música original de Francisca Gonzaga. Material:
partes de orquestra, completa, total de 8 músicas, (MS) cópia.
1885 — 23 de maio. Estreia de A FILHA DO GUEDES de Augusto
de Castro (1833-1906), adaptação de comédia francesa em 3 atos.
Teatro Recreio Dramático. Música original de Francisca Gonzaga.
Material: parte completa de piano e canto, total de 9 músicas,
(MS) autógrafo.
1886 — 12 de janeiro. Estreia de A MULHER HOMEM de Valentim
Magalhães (1859-1903) e Filinto de Almeida (1857-1945). Revista
cômico-fantástica dos acontecimentos de 1885, em 1 prólogo, 3
atos e 11 quadros. Teatro Santana. Empresa Heller. Música de
Francisca Gonzaga, Henrique Alves de Mesquita, Carlos Cavalier,
Miguel Cardoso e Henrique Magalhães. Nota: ainda estava em
cartaz em 21 de junho. Material: parte de piano e canto, total de 7
músicas, (MS) autógrafo.
1886 — 15 de abril. Apresentação de HÁ ALGUMA NOVIDADE?
Nota: A única notícia deste trabalho vem no anúncio do Jornal do
Commercio deste dia: “Teatro Lucinda — cançoneta cômica, letra
do espirituoso escritor Dr. Moreira Sampaio, música da distinta
maestrina brasileira D. Francisca Gonzaga, escrita expressamente
para o beneficiado, que a desempenhará no quadro da caixa do T.
S. Pedro de Alcântara, da própria peça — O Bilontra — por ocasião
de apresentar o tipo de um conhecido barbeiro desta corte”.
Tratava-se do ator Peixoto. (V. Catálogo de músicas.)
1886 — O DESTINO (O QUE É O DESTINO!) Comédia em 1 ato de
José Bento D’Araújo Assis. Nota: Consta como tendo sido
representada em Sapucaia. O único material existente restringe-se
a uma cópia manuscrita do texto onde há anotação de que é
propriedade de L. Gil (Lopo Gil Ribeiro) e Olympia (atores da
peça). Oferecida por D. Augusta. Sapucaia, 27 de abril de 1886.
1887 — 29 de janeiro. Estreia de ZÉ CAIPORA de Oscar
Pederneiras (1860-1890). Revista cômica dos acontecimentos de
1886, em 1 prólogo, 3 atos e 9 quadros. Teatro Príncipe Imperial.
Companhia de Operetas, direção do ator Machado. Música “das
mais afamadas operetas, dos mais festejados maestros e trechos
originais sobre motivos populares”. Grande orquestra sob a
direção do maestro Francisco Gomes de Carvalho. Música ensaiada
pelos maestros Francisco Gomes Carvalho e J. Pinto. Grande
banda de música. Dia 12 de fevereiro: “14ª representação da
aparatosa revista”, inauguração do novo cenário “representando a
Rua Sete de Setembro vendo-se ao mesmo tempo o Clube dos
Fenianos por ocasião do incêndio, com grande efeito”. (Gazeta de
Notícias.) A peça ainda era representada em 27/3/1887. Material:
parte de piano e canto, total de 5 músicas, (MS) autógrafo.
1889 — 18 de janeiro. Estreia de ABOLINDEMREPCOCHINDEGO!
de Valentim Magalhães (1859-1903) e Filinto de Almeida (18571945). Revista do ano de 1888. Teatro Lucinda. Música original de
Francisca Gonzaga. Material: parte completa de piano e canto,
total de 6 músicas, (MS) autógrafo.
1889 — 26 de janeiro. Reapresentação de A MULHER-HOMEM no
Teatro Fênix.
1890 — De 13 DE MAIO A 15 DE NOVEMBRO de Furtado Coelho
(1831-1900). Comédia em 3 atos. Teatro Lucinda. Nota:
Encontramos notícia da peça na Gazeta de Notícias, 1/3/1890 a
16/3/1890, sem referência explícita à maestrina. Talvez tenha
participado com a inclusão da música “Caramuru” (V. Catálogo de
músicas).
1890 — 24 de abril. Estreia de O CRIME DO PADRE AMARO,
extraído do romance de Eça de Queiroz por Augusto Fábregas
(1859-1893). “Peça anticlerical” em 6 atos e 7 quadros. Teatro
Lucinda. Em cartaz até 22 de junho (41ª representação). “O Crime
do Padre Amaro. Peça de escândalo ou de combate ultrarealista ou
disparatada, como quiserem. O Crime do Padre Amaro veio sacudir
os nervos frouxos e pudibundos da crítica imparcial, que por um
triz não pediu para o Sr. Fábregas o 23. E diante de tanta
celeuma, o público com o seu bom senso quer julgar por si, e vai
enchendo o Lucinda, onde hoje se representa a amaldiçoada
peça”. (Gazeta de Notícias, 28/4/1890.) Foi, a principio, proibida
pelo Conservatório Dramático2. Tinha dois números de música,
compostos expressamente para a peça por Chiquinha Gonzaga:
1.º) “Como em sonho!” — barcarola; e 2.º) “Meditação” para
piano.
1890 — OS MISTÉRIOS DO CONVENTO de Navarro de Andrade
(1835-1891). Drama em 3 atos. Teatro Lucinda. Notas: 1) O Jornal
do Commercio anuncia a peça de 29/7/1890 a 10 de agosto, sem
referência explícita à maestrina; 2) Segundo Galante de Souza, o
drama era em 5 atos e este mesmo autor fez representar no
Teatro Lucinda em 1890 a paródia “A Prisão do Padre Amaro”3.
1890 — 14 de outubro. Estreia de A DAMA DE OUROS arranjada
por Soares de Souza Junior (1851-1893). Zarzuela em 3 atos.
Teatro Variedades. Música dos maestros Chueca, Valverde e
Francisca Gonzaga.
1890 — 14 a 23 de novembro. Reapresentação de O CRIME DO
PADRE AMARO.
1891 — 23 a 28 de setembro. Representação de A DAMA DE
OUROS no Teatro Variedades.
1891 — 22, 27 e 31 de dezembro. Reapresentação de O CRIME
DO PADRE AMARO no Teatro Lucinda. Companhia Dramática.
Empresa da atriz Amelia da Silveira. Direção do ator Eugenio de
Magalhães.
1891(?) — CORA de Furtado Coelho (1831-1900). Ópera cômica
em 3 atos. Listada por J. Gonzaga como inédita. Material: Uma
única música para piano e canto, (MS) autógrafo.
1892 — 5 de janeiro. Reapresentação de O CRIME DO PADRE
AMARO. Em 25/4/1892, o Teatro Recreio Dramático apresentava a
paródia A PRISÃO DO PADRE AMARO.
1892 — 1.º de outubro. Estreia de CÉU E INFERNO de Luiz de
Castro, filho (1863-1920). Peça fantástica em 1 prólogo, 4 atos, 12
quadros e 2 apoteoses. Teatro Santana. Inauguração dos
trabalhos da nova companhia com direção do ator Mattos. “Música
dos mais notáveis compositores”, ensaiada pelos maestros Achiles
Capitani (regente da orquestra da companhia) e R. Domenech.
Mise-en-scène do artista Mattos. Notas: 1) Estava ainda em cartaz
em 23/10/1892; 2) Talvez a maestrina tenha participado com a
música “Candomblé” (V. Catálogo de músicas).
1892 — 19 de novembro. Estreia de A BICHA DE SETE CABEÇAS,
“deslumbrante e espirituosíssima mágica acomodada à cena
brasileira” em 3 atos, 15 quadros e 1 “ofuscante” apoteose. Teatro
Santana. Sociedade Empresária, direção cênica do ator Mattos,
regente da orquestra o maestro A. Capitani. Música de diversos
autores estrangeiros e dos maestros Henrique Alves de Mesquita,
Francisca Gonzaga, R. Domenech e Luiz Moreira. Total de números
musicais da peça: 33. Nota: Consta, na listagem de J. Gonzaga,
como sendo de autoria de Moreira Sampaio (1851-1901). Nenhum
material no arquivo.
1893 — 19 de março. Reapresentação de A DAMA DE OUROS no
Teatro Variedades.
1893 — 15 de agosto. Estreia de ABACAXI! de Moreira Sampaio
(1851-1901) e Vicente Reis (1870-1947). “Espetaculosa revista
fluminense, em 3 atos e 12 quadros, original dos espirituosos
escritores brasileiros”... Teatro Apolo. Sociedade Empresária
Garrido & C. — Direção cênica do artista Heller. “52 números de
música dos maestros F. Colás, Henrique Alves de Mesquita, Chico
Carvalho, Luiz Moreira, Dr. Souza Fontes, Nicolino Milano,
Francisca Gonzaga, Cesario Villela, Chapi, Hervê, Rogel Lecocq, O.
Metra e outros compositores nacionais e estrangeiros”. Música
ensaiada pelos maestros Henrique Alves de Mesquita e Francisco
Carvalho. Os compadres da revista eram Rosa Villiot e Brandão, “o
originalíssimo”. Sobressaindo-se entre os atores, Xisto Bahia. A
peça atravessou toda a Revolta da Armada e ficou em cartaz até
maio de 1894.
1893(?) — OS CIGANOS de Furtado Coelho (1831-1900). Drama
em 3 atos. Teatro Lucinda. Nota: listada por J. Gonzaga, única
referência. Nenhum material no arquivo.
1894 — Maio e junho. Reapresentação de A DAMA DE OUROS no
Teatro Variedades. Empresa da atriz Ismênia dos Santos. Direção
cênica do ator Machado. Regente da orquestra Maestro Simões
Junior. O anúncio de 2/6/1894 especifica que a ação se passa em
uma aldeia nos arredores de Sevilha. Vestuários espanhóis.
“Terminará a zarzuela com um grande FLAMENGO dançado por
toda a companhia. Grandes e suntuosos bailados pelos notáveis
primeiros bailarinos Signora Theresina e Signor Vitulli. Os coros
são cantados pelo bem disciplinado corpo de coros”... (Jornal do
Commercio) Múcio da Paixão informa que esta peça deu fortuna à
Companhia, que sofreu um intervalo de oito meses durante a
Revolta da Armada, retornando sob a direção do ator Machado
com a reapresentação de “A Dama de Ouros” 4. Material: parte
incompleta de piano e canto, total de 9 músicas, (MS) autógrafo.
1894 — 17 de outubro. Reapresentação de ABACAXI! Teatro
Apolo. Companhia Adolfo Faria.5
1894 — 1.º de novembro. Ainda em cartaz ABACAXI!
Apresentação de despedida da companhia que embarca para São
Paulo no dia 5 de novembro. (O País)
1894 — 26 de setembro. Reapresentação de A DAMA DE OUROS.
1894 — 1.º de dezembro. Reapresentação de A DAMA DE OUROS.
1894 — 14 de dezembro. Reapresentação de A DAMA DE OUROS.
“Brinde ao High-Life Fluminense. Alta novidade. O Beijinho das
Zarzuelas. Terminará o espetáculo com o maior acontecimento
deste ano no Rio, A Dança Serpentina. Durante a dança o palco
será iluminado por 5 lâmpadas elétricas equivalente a 1.000 bicos
de velas”. (O País)
1894 — 18 de dezembro. Reapresentação de A DAMA DE OUROS.
1895 — 20 de agosto. Estréia de ZIZINHA MAXIXE. “Opereta
burlesca de costumes nacionais, imitada do francês por xxx,
música original da maestrina Francisca Gonzaga”. Teatro Eden
Lavradio. Grande Companhia de operetas, mágicas e revistas.
Direção da atriz Pepa Ruiz. Maestro regente Adolpho Lindner.
Mise-en-scène do ator Machado. “23 números de música! — todos
os coros foram ensaiados pelo distinto maestro Adolpho Lindner e
os artistas pela festejada maestrina autora de partitura, D.
Francisca Gonzaga. A instrumentação do 1.º ato é devida ao
inteligente maestro Sr. Stichini, o 2.º e o 3.º atos ao hábil maestro
Adolpho Lindner”. Nota: o autor do texto (ou da imitação) era o
ator Machado — José Machado Pinheiro e Costa (1850-1920).
Ficou em cartaz até o dia 23 de agosto. Material: parte completa
de piano e canto, (MS) autógrafo. Obs.: Há uma anotação
manuscrita feita pela maestrina: “Rio de Janeiro, 14 de agosto de
1897”. Seguramente houve engano quanto ao ano, o que fez com
que se datasse a música Corta-Jaca (originalmente escrita para a
peça) a partir daí. Os jornais registram a peça em agosto de 1895.
(V. Gazeta de Notícias)
1895 — 4 de setembro. Reapresentação de ABACAXI! Teatro
Santana. Companhia do Teatro Apolo.6
1895 — 21 de dezembro. Estreia de O BURRO DE CARGA de
Eduardo Vitorino (1869?-1949). Revista em 3 atos. Teatro Lucinda.
Notas: 1) A música parece ter sido de vários compositores e a
maestrina teria participado com “Eis a Sedutora”. (V. Catálogo de
músicas); 2) Augusto F. L. Gonçalves confunde os autores,
enquanto Galante de Souza credita a peça a Eduardo Vitorino e
Cardoso da Mota. 7 Material: uma única música para piano, (MS)
autógrafo.
1896 — 14 de agosto. Reapresentação de O CRIME DO PADRE
AMARO. Teatro Recreio Dramático. Direção: Jacinto Heller.8
1896 — 28 de outubro. Reapresentação de A DAMA DE OUROS.
Teatro Santana. Companhia Ismênia dos Santos.9
1896 — 14 de novembro. Estreia de AMAPÁ de Moreira de
Vasconcelos (1859-1900). “Vibrante e festejadíssima revista
fantástica, de grande espetáculo, dividida em 4 atos e 19 quadros,
ornada de bailados, evoluções, marchas, quatro esplêndidas
apoteoses, complicados maquinismos, 56 números de música
expressamente escritos pelos maestros Cavallier, Costa Junior, L.
Moreira, Manoel Passos, Elia Pompilio, A. Gama e outros, e das
distintas maestrinas Luiza Leonardo e F. Gonzaga”. Teatro
Santana. Companhia de operetas, mágicas e revistas dirigida pela
atriz Ismênia dos Santos. Regente da orquestra maestro Capitani.
Música ensaiada e instrumentada pelo maestro Capitani. Direção
do ator Machado. Material: uma única música para piano, (MS)
autógrafo. (V. Catálogo de músicas)
1897 — 14 de agosto a 2 de setembro (em dias alternados).
Reapresentação de ABACAXI!
1900 — O CONTO DO VIGÁRIO de Ernesto de Souza (1864-1928).
Burleta em 3 atos. Nota: parece ter sido representada em teatro
particular.10 Material: apenas uma música para piano e canto, (MS)
autógrafo.
1901 — O PERDÃO de Avelino de Andrade (1866-1937). Dramalírico em 3 atos. Nota: Listada por J. Gonzaga como inédita.
Material: uma única música para piano e canto, (MS) autógrafo,
com dedicatória: À ilustre e laureada artista cantora D. AC.
1903 (?) — 4 de maio (?). OS AMORES DE UM TABERNEIRO de
Cardozo Monteiro (?). Peça de costumes brasileiros. Clube de Vila
Isabel. Nota: Listada por J. Gonzaga. Com este título foi vendida
uma opereta ao editor Manuel Antonio Guimarães em 23/4/1903,
Livro 2, fl. 96. Material: parte completa de piano e canto, total de
7 músicas, (MS) cópia.
1903 — 14 de agosto. Apresentação de FFF e RRR de Bartolomeu
Magalhães. Comédia em 1 ato. Nota: Integrava a 3ª parte do
programa de récita mensal do Grêmio Resplendente por grupo de
teatro amador. Material: nenhum.
1903 — 20 de novembro. Estreia de O ESFOLADO de Raul
Pederneiras (1874-1953) e Vicente Reis (1870-1947). Revista em 3
atos e 11 quadros. Teatro Apolo. Companhia de operetas, mágicas
e revistas. Direção do ator Brandão. Em 24 de dezembro de 1903
é apresentado pela primeira vez um novo quadro: A Confraria do
Avança. A peça é alterada também em vários quadros, onde foram
intercaladas novas cenas. O anúncio descreve os números
musicais: Curacuçu — Ora vai tu —Rebola a bola — Que é dele, o
cofre? — Psit, psit! — UI, ui, ui! — A mulatinha (O País,
24/12/1903). Nota: Música de Assis Pacheco, Luis Moreira, Hallier,
Paulino Sacramento, Francisca Gonzaga, Luis Amabile, Nicolino
Milano e compositores estrangeiros.11
1904 — 8 de janeiro. Estreia de NÃO VENHAS! (paródia do drama
Quo Vadis? de Batista Coelho (João Foca) — (1877-1916). Peça de
costumes cariocas em 3 atos e 10 quadros. Teatro Apolo.
Companhia de operetas, mágicas e revistas. Direção do ator
Brandão. Música original de Francisca Gonzaga. Destaque no
anúncio da estréia: “Um cordão carnavalesco fantasiado em cena!
Um grande maxixe no cordão! (...) Música em cena, danças
características, modinhas ao violão, o fado português. Os versos
da peça são da lavra do brilhante poeta Cardoso Junior. Mise-enscène a capricho do ator Brandão”. (Jornal do Commercio). Notas:
1) Trata-se da estreia teatral do jornalista Batista Coelho. 2) Em
artigo na imprensa, assinado pelo autor, ele declara ter procurado
na peça ser fotógrafo e fonógrafo. Diz que Chiquinha Gonzaga
adiou, a pedido seu, a viagem que tinha marcada para a Europa e
em 8 dias compôs 27 músicas. Arremata dizendo: “Dessa música
pode-se dizer que é escrita em gíria”. Material: parte completa de
piano e canto, total de 27 músicas (MS) autógrafo.
1904 — 28 de janeiro a 7 de fevereiro. Reapresentação de
ABACAXI! no Teatro Apolo. Início das soirées carnavalescas. “A
revista mais popular do Brasil” (Correio da Manhã, 28/1/1904).
1904 — 9 de fevereiro. Reapresentação de O ESFOLADO no Teatro
Apolo.
1904 — 13 de fevereiro. Reapresentação de O ESFOLADO no
Teatro Apolo integrando o Baile à Fantasia e Espetáculo.
1904 — 15 de março. Estreia de CÁ E LÁ de Tito Martins e
Bandeira de Gouvêa (1860-1932). Revista de costumes e fatos
nacionais e estrangeiros, original, em 3 atos, 11 quadros e 3
apoteoses. Teatro Recreio Dramático. Companhia Dias Braga,
fundada em 20 de novembro de 1883. Música: 48 números, assim
distribuídos: Francisca Gonzaga — 1; Cinira Polonio —7; Luiz
Moreira —2; Raul Saldanha — 1; José Nunes — 14; Carlos Gomes
— 1; Alfredo Keil — 1; os demais autores estrangeiros. Mise-enscène do autor Tito Martins. “A orquestra consideravelmente
aumentada será regida pelo proficiente maestro deste teatro, Sr.
José Nunes, autor de parte da música e da instrumentação.
Grande corpo de coros especialmente contratado para esta peça”.
Nota: A música de Chiquinha que integrava a peça era a quarta a
ser apresentada e tratava-se de “Coplas da Jaca”, o já famoso
tango Corta-jaca. Foi deixado também pela maestrina em seu
arquivo um tango em pasta de músicas inéditas, com o título “Cá e
Lá Café de São Paulo”, provavelmente composto para a montagem
portuguesa alguns anos depois.
1904 — 1.º de dezembro. Reapresentação de O ESFOLADO.
Teatro Apolo. Companhia Brandão.12
1904(?) — A TROMBETA MÁGICA de Frederico Cardoso de
Menezes. Mágica em 1 prólogo e 3 atos. Nota: Parece ter ficada
inédita. Material: parte de piano e canto, total de 16 músicas, (MS)
autógrafo.
1905 (?) — 29 de julho (?). Apresentação de QUEBRA PRIMAS de
Antonio Quintiliano (1882 — ?). Comédia em 1 ato. Teatro Vila
Isabel. Nota: Listada por J. Gonzaga. Material: Nenhum.
1906 — 2 de fevereiro. Reapresentação de CÁ E LÁ. Teatro
Recreio Dramático. Companhia Dias Braga.13
1906 — 24 de agosto. Reapresentação de CÁ E LÁ. Teatro
Lucinda. Companhia Dias Braga.14
1906 — 4 de outubro. Estreia de NU E CRU de Antonio Quintiliano
(1882 — ?). Revista fantástica em 3 atos, 14 quadros e 2
apoteoses. Teatro Apolo. Música compilada pela maestrina
Francisca Gonzaga e maestros Costa Júnior e Luiz Amabile. Notas:
1) Parece que o maestro regente foi Vicente Marsicano, maestro
de canto diplomado pelo Conservatório de Parma. 2) A peça ficou
em cartaz até 18 de outubro. 3) Foram incluídas algumas músicas
de Chiquinha já conhecidas: “O Namoro”, cançoneta; “Em
Guarda”, marcha; e “Soberano”, tango. Material: partes de piano e
canto e orquestra de 40 das 60 músicas anunciadas, (MS)
autógrafo e (MS) cópia.
1906 — 24 de novembro. Reapresentação de O ESFOLADO. Teatro
Apolo. Companhia Mesquita.15
1907 — 20 de julho. Reapresentação da CÁ E LÁ. Teatro Recreio
Dramático. Companhia Dias Braga.16
1908 — 29 de janeiro. Apresentação de SALÃO DO TESOURO
VELHO de André Brun (1881-1926). Revista animatógrafa em 1
prólogo e 1 ato. Teatro D. Amélia (Lisboa). Música coordenada por
Thomaz de Lima. Segundo o programa, a música “Maxixe” cantada
no final “pela atriz Herminia Adelaide, é original da ilustre
compositora brasileira, D. Francisca Gonzaga”. Encabeçava o
elenco o ator Chaby Pinheiro. Nota: O Teatro D. Amélia passou
depois a chamar-se República e depois São Luís. Material:
nenhum.
1908 — A BATOTA de Baptista Dinis (1859-1913). Revista em 1
ato e 4 quadros. Teatro Trindade (Lisboa). Música original de
Francisca Gonzaga. Material: partes de piano e canto, violoncelo e
contrabaixo. (MS) autógrafo e (MS) cópia, total de 22 músicas.
1908 — Novembro. Reapresentação de CÁ E LÁ de Tito Martins.
Revista em 3 atos. Teatro Carlos Alberto, cidade do Porto,
Portugal. Empresa Miranda e Cia. (Alfredo Miranda e Juca de
Carvalho.) Nota: A revista foi alterada por Tito Martins e adaptada
ao meio português. Chiquinha encarregou-se da música,
aproveitando só uma parte da original. Material: parte completa de
piano e canto e orquestra, total de 42 músicas, (MS) autógrafo e
(MS) cópia.
1908 — 7 de novembro. Reapresentação de CÁ E LÁ. Teatro
Recreio Dramático. Companhia Dias Braga.17
1908 — 21 de novembro. Reapresentação de O CRIME DO PADRE
AMARO. Teatro Carlos Gomes. Companhia Dramática Artur
Azevedo do Teatro da Exposição. Direção de Álvaro Peres.18
1908 — Apresentação de AS TRÊS GRAÇAS de Augusto de Castro
e Luis Aquino (pseudônimo de Luis Galhardo) — (1874-1929).
Ópera-cômica em 3 atos. Teatro Águia d’Ouro, cidade do Porto,
Portugal. Companhia do Teatro Avenida de Lisboa. Material: partes
de piano e canto, total de 15 músicas, (MS) autógrafo e (MS)
cópia.
1908 — 18 de dezembro. Estreia de A BOTA DO DIABO de Avelino
de Andrade (1866-1937). Peça fantástica em 3 atos, 10 quadros e
3 apoteoses. Teatro Avenida (Lisboa). Música original de Francisca
Gonzaga, inclusive a instrumentação, escrita ainda em 1907. Nota:
A direção musical esteve a cargo de Assis Pacheco, maestro
brasileiro. Mise-en-scène: ator A. Gomes. Material: partitura
completa para orquestra, total de 34 músicas, (MS) autógrafo.
1911 — 8 de julho. Estreia de CASEI COM TITIA de Frederico
Cardoso de Menezes. Opereta em 1 ato. Teatro São Pedro de
Alcântara. Companhia de operetas, vaudevilles, mágicas e revistas.
Música original de Francisca Gonzaga. Nota: O anúncio acrescenta:
Cinematógrafo e teatro. Espetáculo por sessões! Espetáculo da
moda. Material: partes de piano, canto e orquestra, completa,
total de 8 músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia.
1911 — 18 de outubro. Estreia de MANOBRAS DO AMOR de Osório
Duque Estrada (1870-1927). Opereta de costumes em 3 atos.
Teatro São José. Empresa Paschoal Segreto. Companhia de
Operetas, vaudevilles, comédias, burletas, mágicas e revistas.
Direção cênica do ator Domingos Braga. Direção da orquestra
maestro José Nunes. Música original de Francisca Gonzaga. Notas:
1) No elenco destacavam-se Laura Godinho e Alfredo Silva; 2)
Disciplinado corpo de ensemblistas, isto é, coristas; 3) Aviso no
anúncio: “Espetáculos da mais rigorosa moralidade”; 4)
Interessante a observar é que o cinema, arte nascida da revolução
burguesa, estabelecia preço único e, consequentemente, nivelava
o público. Deste aviso no anúncio podemos depreender as
alterações que se processavam no que diz respeito à estratificação
social: “Os espetáculos começarão por sessões de cinematógrafo
com programa variado. PREÇOS: Cadeiras de 1ª classe, 1$;
Galeria geral, $500; — A empresa, a título de experiência, resolveu
estabelecer não só algumas filas de lugares distintos e de
poltronas numeradas respectivamente, a $2: e 1$000; como
também frisas e camarotes ao preço de 6$000, podendo ser esses
bilhetes vendidos com antecedência, para qualquer espetáculo, e
sendo aceitas encomendas para eles” (A Estação Teatral,
21/10/1911). Material: parte de piano e canto e orquestra,
completa, total de 9 músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia.
1912 — 21 de maio. Estreia de COLÉGIO DE SENHORITAS de
Frederico Cardoso de Menezes. Opereta em 3 atos. Teatro São
José. Empresa Paschoal Segreto. Companhia do Teatro. Música
original de Francisca Gonzaga. Direção-cênica: Domingos Braga.
Maestro diretor da orquestra: José Nunes. Notas: 1) No elenco,
com destaque, Cinira Polonio e Alfredo Silva; 2) Estava em 31ª
representação no dia 30 de maio. Material: partes de piano e
canto e orquestra, completa, total de 18 músicas, (MS) autógrafo
e (MS) cópia.
1912 — 11 de junho. Estreia de FORROBODÓ de Carlos
Bettencourt (1890-1941) e Luiz Peixoto (1889-1973). Burleta de
costumes cariocas em 3 atos. Teatro São José. Empresa Paschoal
Segreto. Companhia de operetas, mágicas e revistas. Música
original de Francisca Gonzaga. Direção cênica do ator Domingos
Braga. Maestro diretor da orquestra José Nunes. Distribuição dos
principais papéis: Madame Petit Pois — Cinira Polonio; O guarda
noturno da zona — Alfredo Silva; Rita, criada — Pepa Delgado;
Zeferina, porta estandarte da Sociedade — Cecília Porto;
Escandanhas da Purificação, secretário da Sociedade — Asdrubal;
Figueiredo Melodias Sustenido, maestro — Franklin d’Almeida; Lulu
Gostoso, chapa 46 do bonde Lapa-Carceller — Mattos; Barradas,
presidente da Sociedade e comendador do Papa — Machado;
Praxedes de Maçada, porteiro — Magalhães, e outros. Material:
parte de piano e canto, completa, total de 13 músicas, (MS) cópia.
Nota: Esta peça teve inúmeras representações e montagens
diversas. Ao longo do catálogo enumeramos algumas
reapresentações das quais tivemos notícia através do nosso
material de pesquisa, mas que estão longe de representar a
totalidade de apresentações.
1912 — 2 de agosto. Estreia de POMADAS E FAROFAS de
Frederico Cardoso de Menezes. Revista em 3 atos e 2 apoteoses.
Teatro São José. Empresa Paschoal Segreto. Companhia de
operetas, mágicas e revistas. Música original de Francisca
Gonzaga. Direção cênica do ator Domingos Braga. Maestro diretor
da orquestra José Nunes. Nota: a peça atingiu pelo menos 60
representações. Material: parte de piano e canto, completa, total
de 28 músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia.
1912 — 23 de agosto a 9 de setembro. Reapresentação de
FORROBODÓ no Teatro São José.
1912 — 27 e 28 de setembro. Reapresentação de FORROBODÓ no
Teatro São José.
1912 — 6 a 13 de novembro. Reapresentação de FORROBODÓ no
Teatro São José.
1912 — 31 de dezembro. Estreia de PUDESSE ESTA PAIXÃO de
Álvaro Colás. Burleta de costumes nacionais em 3 atos e 6
quadros. Teatro Apolo. Empresa Teatral Fluminense. Direção de
José Loureiro. Música original de Francisca Gonzaga. Mise-enscène de Rego Barros. Regência do maestro Capitani. Notas: 1)
Foi originalmente escrita para a companhia do teatro São José,
mas terminou no Apolo porque a partitura requeria grande
orquestra e novos instrumentos; 2) O anúncio destacava: Preços
de cinema — Grande corpo de coros de senhoritas; 3) Um crítico
observa que os dois primeiros atos são de burleta e o 3.º é um ato
de opereta, com numerosos coros e números de música. Material:
partes de piano e canto e orquestra, completa, total de 26
músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia. Anotação manuscrita da
maestrina na parte do condutor: “Ao ilustre Maestro Capitani e aos
professores da orquestra dedico este humilde trabalho. Rio,
2/1/1913”.
1913 — Janeiro. Apresentação de ABRE ALAS! de Armando Rego e
Rego Barros. Revista carnavalesca. Teatro Apolo. Empresa José
Loureiro. Música de Luz Junior e Francisca Gonzaga. Nota: Não há
nenhuma referência a esta peça no arquivo. Ela foi registrada por
Mário Nunes.19 Também foi registrada por Augusto F. L. Gonçalves
como revista em 3 atos e 4 quadros, estreia em 10/1/1913, de
Luiz Peixoto e João Rego Barros. 20
1913 (?) — Janeiro (?). Apresentação de VOCÊ ME CONHECE? de
Irmãos Quintiliano (Antonio e Otávio). Revista (carnavalesca?) em
3 atos. Teatro Apolo. Companhia José Loureiro. Material: 3
músicas para piano e canto, (MS) autógrafo: 1º) Dobrado
carnavalesco — coro Pierot e Colombina; 2º) Bisnaga e 3º) Lança
Perfume-chula.
1913 — 18 de agosto. Estreia de DEPOIS DO FORROBODÓ de
Carlos Bettencourt (1890-1941). Burleta em 3 atos. Teatro São
José. Música original de Francisca Gonzaga. Nota: Há na partitura
um número de música denominado “Fado de Roda”, com a
seguinte anotação: dançam formando roda — batem palmas. Há
também uma chula intitulada “Chora na Macumba”. Material: parte
de piano e canto, completa, total de 21 músicas, (MS) autógrafo e
(MS) cópia.
1914 — 29 de outubro. Reapresentação de FORROBODÓ no
Teatro São José.
1914 — 5 a 7 de dezembro. Reapresentação de FORROBODÓ no
Teatro São José.
1915 — 30 de abril. Estreia de É ELE!... de Álvaro Colás. Revista
em 2 atos, 9 quadros e 2 apoteoses. Teatro República. Companhia
de operetas e revistas. Direção de Álvaro Colás. Diretor de cenaensaiador: ator João Colás. Música original de Francisca Gonzaga.
Maestros ensaiadores e concertador: Francisco Nunes e Agostinho
de Gouveia. Notas: 1) Peça de estréia da companhia; 2) Os
compadres (compères) foram Asdrubal Miranda e Francisco
Marzullo; 3) Preços de cinema; 4) Tratava-se de uma “fina e
elegante charge política do momento”. Comentários sobre a
música: 1) “Toda a música de Chiquinha Gonzaga é maravilhosa.
Há talvez o abuso do maxixe; mas este é, sabe-se, condimento
indispensável ao sucesso completo das nossas revistas”... (Correio
da Manhã, 1/5/1915); 2) “Não é exagero dizer que o trabalho da
compositora patrícia pela originalidade, pela sua beleza, pela
harmonia que mantém com a letra do poema, está colocado num
nível muito elevado do que aquele em que se têm mantido as
partituras dos compositores habituais dos nossos teatros. Esses se
repetem
constantemente,
escrevem,
por
vezes,
com
impropriedades, sem inspiração. Com Francisca Gonzaga não
sucedeu o mesmo. E por isso a sua música é de um encanto
irresistível. O espectador, ouvindo-a, vibra de emoção estética”. (O
Imparcial, s. d.); 3) É um estilo “que o ouvido guarda como uma
carícia e que todos não tardam em trautear com delícia”. (O País,
1/5/1915); 4) Não é “exagero afirmar que é a música de revista
mais nacional que tem sido composta ultimamente”. (Jornal do
Brasil, 2/5/1915); 5) Sendo Chiquinha Gonzaga a autora da música
“é desnecessário outra recomendação”. (A Rua, 13/3/1915).
Material: apenas uma música para piano, exatamente a entrada,
(MS) cópia. A imprensa fala, no entanto, em 40 músicas.
1915 — 28 de outubro. Estreia de A SERTANEJA de Viriato Corrêa
(1884-1967). Burleta de costumes nacionais em 3 atos. Teatro São
José. Empresa Paschoal Segreto. Companhia Nacional, fundada
em 1.º de julho de 1911. Direção cênica: ator Eduardo Vieira.
Maestro diretor da orquestra: José Nunes. Música original de
Francisca Gonzaga. Notas: 1) Estréia do autor em teatro; 2) O
título original era “A Mulata”; 2) No elenco o corista Vicente
Celestino teve sua primeira grande oportunidade em teatro ao
interpretar o personagem Jandaia; 3) Além dele, integravam o
elenco: Pepa Delgado, Alfredo Silva, João de Deus, Júlia Martins,
Laura Godinho e outros; 4) Mera curiosidade: preços das
localidades — camarotes e frisas 8$000; lugares distintos 2$000;
poltronas 1$500; cadeiras 1$000; galerias $500. Comentários à
música: 1) “No São José se afirma que Chiquinha Gonzaga nunca
escreveu música mais brilhante, mais viva, mais graciosa e
brasileira”. (A Rua, 22/10/1915); 2) Partitura digna de francos
encômios (A Ordem, 29/10/1915; 3) Das 23 músicas, as melhores:
a barcarola do 1.º ato, a serenata e a valsa do 2.º, o samba do 3.º
ato, embora todos sejam inspirados. (Gazeta de Notícias,
29/10/1915); 4) Chiquinha Gonzaga, a compositora “que alia o
maior talento musical ao mais profundo conhecimento da alma
pátria”. (Cidade do Rio, 7/6/1915). Material: partes de piano e
canto e orquestra, completa, total de 23 músicas, (MS) autógrafo
e (MS) cópia. Anotação manuscrita da maestrina: “Dedico esta
Partitura a São Benedito pelos muitos milagres e esmolas que me
fez”. Junho de 1915. Anotação na última página: “Que Jesus,
Maria e José e São Benedito nos proteja/Final/11 1/2 da noite/vou
tomar chazinho, e dormir com Deus”.
1915 — Compõe A DESFILADA DOS MORTOS de Paulo Silva
Araújo (1883-1918). Tragédia fantástica (em verso) em 3 atos.
Inédita. Notas: 1) Tratava-se de um poema trágico sobre a guerra
(1ª Guerra Mundial); 2) A maestrina escreveu para o
encerramento um Hino à Bandeira; 3) As músicas do final do 1.º e
do 2.º ato foram tocadas por grande orquestra na missa de 30.º
dia da morte de Chiquinha Gonzaga. Material: parte de piano e
canto e orquestra, completa, total de 9 músicas, (MS) autógrafo e
(MS) cópia. Dedicatória manuscrita: “Ao senhor do Bonfim e Nossa
Senhora das Dores”.
1916 — Janeiro. Reapresentação de A SERTANEJA no Teatro São
José.
1916 — 8 de fevereiro. Reapresentação de DEPOIS DO
FORROBODÓ. Teatro São José.21
1916 — Maio. Reapresentação de PUDESSE ESTA PAIXÃO no
Teatro de Parque em Recife. Direção cênica: ator Mazullo. Direção
musical: maestro Luz Junior.
1916 — Maio. Reapresentação de A SERTANEJA pela Companhia
de Teatro São José, em Porto Alegre.
1916 — Junho. Apresentação de A DESFILADA DOS MORTOS no
Teatro da Natureza22. Também João do Rio dá notícia de leitura da
peça em O País, 7/6/1916.
1917 — 1.º de janeiro. Estreia de ORDEM E PROGRESSO de
Avelino de Andrade (1866-1937). Revista de costumes nacionais
em 2 atos e 9 quadros. Teatro São José. Empresa Pascoal Segreto.
Companhia Nacional do Teatro. Música original de Francisca
Gonzaga. Mise-en-scène: ator Eduardo Vieira. Maestro diretor da
orquestra: José Nunes. Nota: A “comperágem” ficou a cargo do
ator Alfredo Silva. No elenco: João de Deus, Carlos Torres, Júlia
Martins, Asdrubal Miranda, Vicente Celestino, Pepa Delgado, Laura
Godinho e outros. Comentários à música: 1)... “Tudo isso a par da
linda música, saltittante e leve da inspirada maestrina brasileira
Francisca Gonzaga”. (A Rua, 2/1/1917); 2) “Devemos salientar
como um dos principais elementos para o sucesso da revista
Ordem e Progresso a linda música da Sra. Francisca Gonzaga. Nela
se encontra sentimento, propriedade e principalmente o calor
tropical, o cunho nacionalista”. (Jornal do Brasil, 2/1/1917); 3)...
“e bastava o nome de D. Francisca Gonzaga como sua
colaboradora, para que o público possa desde já julgar da
excelência desse trabalho (...) Dizem-se maravilhas da música. O
melhor elogio que se pode fazer é escrever o nome da sua autora.
D. Francisca Gonzaga é tão caprichosa nos seus trabalhos, tão
exigente consigo mesmo, as suas produções têm sempre um tal
cunho de boa inspiração nacional — que a música é sempre
brasileira e da boa!” (Comédia; Jornal de Teatros, Ano 1, n.º 4,
Rio de Janeiro, 30/12/1916). Material: parte de piano e canto
completo, total de 23 músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia.
Anotação manuscrita: “Dedico ao Glorioso São José esta partitura”.
Data da composição: 8/11/1916. Há maxixe, valsa, schottisch,
modinha, um alegro marcial, um “Choro” para ser dançado ao
ritmo de polca e um cordão carnopolítico (!).
1917 — IDALIO de Francisco Vieira Cardoso (?) — (1889-1917).
Fantasia cômica em 3 atos e 5 quadros. Partitura incompleta.
Material: 3 músicas para piano e canto (MS) autógrafo, data
14/6/1917.
1917 — 6 de julho. Estreia de A AVOZINHA de Mario Monteiro.
Opereta de costumes portugueses em 2 atos. Teatro São José.
Empresa Paschoal Segreto. Companhia Nacional do Teatro. Miseen-scène: ator Eduardo Vieira. Maestro da orquestra: José Nunes.
Música original de Francisca Gonzaga. Notas: 1) A ação
desenrolava-se em Coimbra; 2) No elenco Laura Godinho (a
avozinha), Alfredo Silva, Asdrubal Miranda, Carlos Torres, Vicente
Celestino e outros; 3) A crítica fez restrições ao desempenho e ao
fato da companhia não dispor no seu elenco de uma só voz, daí
ter apresentado um simulacro de canto. “Quem prendeu por
instantes a atenção da platéia “cantando” foi o Sr. Vicente
Celestino o “tenor” da companhia, mas, assim mesmo...”
(Lanterna, 7/7/1917). Comentários à música: 1)... “tem o sabor
regional que o poema requer. Alguns números, como os fados, as
guitarradas, as cantigas, os bailados, as serenatas, possuem a
autêntica poesia dessa linda música que, em noites de plenilúnio,
anda pelo ar, nas margens do Mondego, em plangências lânguidas
e queixumes doridos”. (O País, 7/7/19 17); 2) “A nossa patrícia D.
Francisca Gonzaga, que conhece perfeitamente Portugal e as suas
músicas características, é a autora da partitura d’ “A avozinha”. A
inteligente maestrina escreve uns deliciosos números de música,
que primam pela sua delicada inspiração e pela sua perfeita
instrumentação. Entre eles, merece um especial destaque a
serenata à margem do Mondego, com que finaliza a peça, que é
de uma delicadeza admirável e o final do 1.º ato, o “Angelus”,
cantado pelo coro, de grande efeito e originalidade pelos
empregos dos instrumentos na orquestra em que as trompas e os
pratos imitam o sino da igreja”. (A Razão, 7/7/1917); 3) “A música
de Francisca Gonzaga é deliciosa e sobretudo popular. Trechos
destes que se guardam facilmente. Justo é, porém, salientar a
“serenata” do último ato”. (Época, 7/7/1917). O áutor “teve na
Srª. Francisca Gonzaga uma colaboradora de grande mérito. De
fato, a música é de uma suavidade, de um sentimentalismo que
encanta”. (Jornal do Brasil, 7/7/1917). Material: parte completa de
piano e canto, total de 20 músicas, (MS) autógrafo e (MS) cópia.
1919 — Janeiro. Compõe partitura de O MINHO EM FESTA de
Cândido Costa (1885 ? — 1930). Opereta de costumes
portugueses e brasileiros em 3 atos. Inédita. Material: parte
completa de piano e canto, total de 21 músicas, (MS) autógrafo
dedicado a Santo Antonio de Lisboa. Data: 6/1/1919.
1919 — 16 de julho. Estreia de JURITI de Viriato Corrêa (18841967). Peça de costumes sertanejos em 3 atos. Teatro São Pedro
de Alcântara. Grande Companhia de Operetas e Melodramas
(gênero do teatro Chatelet, de Paris). Música original de Francisca
Gonzaga. Mise-en-scène: Eduardo Vieira. Regente: maestro Luiz
Moreira. Notas: 1) Esta peça teve inúmeras representações
(atingiu o 2.º centenário, quando foi vista por mais de 2.800
pessoas) e constituiu o maior sucesso no gênero; 2) Nos papéis
principais Vicente Celestino e Abigail Maia (Juriti); 3) Firmou o
nome do ator Procópio Ferreira. Comentários à música: 1) “Agora,
para que nós sentíssemos toda a empolgante e arrebatadora
necessidade da magnífica peça de Viriato Corrêa, certo muito
concorreu a maneira inspirada por que a festejada maestrina
Chiquinha Gonzaga a musicou, compondo essa partitura repassada
de dengue, da meiguice, dessa sensualidade acariciante,
envolvente, ultimamente dominadora que vivem nas melodias
genuinamente nossas”. (A Tribuna, 17/7/1919); 2) “A música da
Srª. Francisca Gonzaga é excelente. A conhecida compositora
patrícia compartilhou, com justiça, das glórias obtidas. Os números
de música da “Juriti” são inspirados, graciosos e leves. Eles têm,
sobretudo, um delicioso sabor sertanejo”. (Jornal do Commercio,
17/7/1919). Material: parte de piano e canto e partitura completa,
total de 29 músicas, (MS) cópia.
1919 — 19 de julho. Reapresentação de FORROBODÓ no Teatro
São José.
1919 — 31 de julho. Reapresentação de A SERTANEJA para
festival do ator Alfredo Silva.
1920 — 19 de março. Estreia de ESTRELA D’ALVA de Mario
Monteiro. Opereta-pastoral em 2 atos. Teatro Recreio. Empresa
Ruas Filho e Companhia. Música original de Francisca Gonzaga.
Mise-en-scène: Pedro Cabral. Orquestra: maestro Paschoal
Pereira. Comentários à música: 1)... “Para essa obra regional,
característica, a maestrina brasileira Srª. Francisca Gonzaga
escreveu uma partitura que ninguém dirá que não seja
genuinamente portuguesa. O talento, aliás conhecido de sobejo,
de nossa patrícia ali se estadeia magnificamente”. (Jornal do
Brasil, 20/3/1920 — coluna Palcos e Salões assinada por Mário
Nunes). 2) “Se Mario Monteiro soube fazer uma peça na qual deixa
expandir-se todo o seu poético sentimentalismo português, nada
ficou a dever ao autor a inspirada compositora patrícia que
compôs com grande talento aquela partitura que os próprios
portugueses não duvidariam feita por alguém que tivesse nascido
nas lindas margens do Douro ou do Mondego. (...) Foi por isto que
a Estrela D’Alva agradou em cheio”. (A Notícia, 20/3/1920); 3) A
platéia mostrou-se “encantada com a música, da inspirada
maestrina D. Francisca Gonzaga, uma das nossas maiores glórias
musicais”. (A Razão, 21/3/1920); 4) “uma excelente colaboradora
teve Mario Monteiro na maestrina Francisca Gonzaga, que muito
conhecedora de Portugal, compôs uma música interessante,
agradável e de caráter muito português, tanto nos cantares ao
desafio, como no descritivo, e ainda quando, a maiores alturas vai,
como no concertante final do 1.º ato no prelúdio e na cena da
tempestade desse mesmo ato”. (O País, 20/3/1920); 5) “A música,
de inspiração perene, simples e delicada, foi mais um florão de
glória da consagrada maestrina Srª. Francisca Gonzaga, que na
“Juriti” e tantas outras revistas e peças ligeiras, de caráter
nacional, revelou-se uma compositora genuinamente nacional,
mostrando-se na “Estrela d’Alva” uma compositora portuguesa,
sendo prodigiosa a sua adaptação, onde mais uma vez desvendou
todo o seu talento. E o público, compreendendo isso, no fim do 1.º
ato fe-la vir à cena seis vezes”... (A Tribuna, 20/3/1920). Material:
partes de piano, canto e orquestra, completa, total de 22 músicas,
(MS) autógrafo e (MS) cópia. Dedicada “Ao Senhor dos Passos da
Graça”.
1920 — 29 de abril. Estreia de CONSPIRAÇÃO DO AMOR de
Avelino de Andrade (1866-1937). Fantasia burlesca em 3 atos.
Teatro São Pedro de Alcântara. Grande Companhia Nacional de
Operetas e Melodramas, gênero do Teatro Chatelet, de Paris.
Música original de Francisca Gonzaga. Mise-en-scène: Francisco
Marzullo. Regente: maestro Luiz Moreira. Nota: O gênero que o
teatro vinha explorando dava margem “a apresentação de grandes
cenas, avultados e brilhantes guarda-roupas e desenvolvimento de
copiosas massas corais e de comparsaria”. (A Noite, 2/5/1920).
Material: partes de piano, canto e orquestra, completa, total de 28
músicas, (MS) cópia.
1921 — 2 de março. Estreia de JANDIRA de Alfredo Bréda (1889
—?) e Ruben Gill (1899— ?). Opereta sertaneja em 3 atos. Teatro
Recreio. Grande Companhia Nacional de Revistas. Empresa Rangel
e Companhia. Música original de Francisca Gonzaga. Comentários
à música: 1) “A maestrina Francisca Gonzaga já conquistou
reputação suficientemente lisonjeira pelas suas composições
musicais de inspiração delicada, a par de qualidades técnicas que
a colocam entre os nossos melhores musicistas. ‘Jandira’ (...) veio
mais uma vez confirmar brilhantemente esse conceito. Possui
números cheios de suavidade, que chegam mesmo a enternecer”.
(Correio, 4/3/1921); 2) “O valor principal de ‘Jandira’ está na
música da maestrina D. Francisca Gonzaga, música suave e
sentida, que nos cai nos ouvidos como uma caricia”. (O País,
4/3/1921); 3) “A partitura da peça foi escrita pela ilustrada
maestrina Francisca Gonzaga, e é, como aliás todas as suas
músicas, verdadeiramente encantadora. Há números que põem
bem em relevo o seu alto valor e os seus profundos
conhecimentos da grande arte de Wagner”. (Tribuna, 3/3/1921).
Material: parte de piano e canto, completa, total de 20 músicas,
(MS) autógrafo e (MS) cópia. Dedicada “A Santa Apolonia”.
1921 — ALBA de Alfredo Miranda e Severino Cavalcante. Opereta
em 3 atos. Partitura incompleta. Material: 4 músicas para piano e
canto, (MS) autógrafo dedicada “A Santa Rosa — santa do nome
da minha querida Mãe —“.
1921 — Compõe partitura de REDES AO MAR de Mario Monteiro.
Opereta (de costumes portugueses) em 2 atos. Inédita. Nota: A
peça foi proibida por contrariar interesses governamentais. Estava
em plena execução uma lei destinada a nacionalizar a pesca,
atividade dominada por pescadores portugueses chamados de
“poveiros” — eram em geral procedentes de Póvoa do Varzim, a
mesma região de Eça de Queiroz. A campanha estava no auge
quando surgiu esta peça, que acreditava-se tomar partido a favor
dos trabalhadores portugueses. O texto foi submetido a uma
comissão nomeada pela SBAT e o caso terminou por custar um
desentendimento entre o autor, o jornalista português Mario
Monteiro, e seu patrão Marinho, dono do jornal A Noite. Material:
partes de piano, canto e orquestra, completa, total de 10 músicas,
dedicada “A Nossa Senhora da Assunção”, (MS) autógrafo e (MS)
cópia.
1921 — Compõe ROMEU E JULIETA de Renato Vianna (1894-195
3). Símbolo em 2 atos. Inédita. Encontramos a seguinte nota no
Rio Jornal de 6/8/1921: Chiquinha Gonzaga acaba de ultimar um
trabalho de responsabilidade: “Acostumada a escrever músicas
ligeiras, a popular maestrina entendeu de apresentar trabalho de
maior vulto e que melhor revele a sua individualidade artística. E
com esse propósito escreveu a partitura da opereta ‘Romeu e
Julieta’, libreto do conhecido escritor teatral Renato Vianna”.
Material: partes de piano, canto e orquestra, completa, total de 28
músicas; (MS) autógrafo e (MS) cópia.
1922 — DE VOLTA À PÁTRIA de Cândido Costa (1855 ? — 1930).
Opereta de costumes portugueses e brasileiros em 3 atos. Inédita.
Nota: 1) Trata-se da mesma peça escrita anteriormente com o
nome de “O Minho em Festa”. Teve o título alterado para
homenagear o presidente português em visita ao Brasil por
ocasião das comemorações do Centenário da Independência; 2)
(MS) cópia com dedicatória: “Ao Exmo. Sr. Antonio José de
Almeida, Presidente da República Portuguesa”. Material: parte de
piano e canto, completa, (MS) cópia, total de 21 músicas.
1924 — 24 de novembro. Reapresentação de JURITI no Teatro do
Parque (São Paulo).
1925 — 20 de abril. Apresentação de MANTO DE ARLEQUIM no
Teatro São José por ocasião da festa artística da atriz Pepita de
Abreu. Segundo o programa, era a “Primeira representação da
revista em 1 ato e muitos quadros “Manto de Arlequim”, escrita
por todos os autores do cartaz do S. José. Música composta
especialmente por Francisca Gonzaga, Assis Pacheco, Eduardo
Souto, Sá Pereira, Freire Junior e Paulino Sacramento”. Material:
nenhum.
1926 — Março. Reapresentação de A SERTANEJA no Cine-Teatro
Iris.
1926 — 9 de abril. Reapresentação da ESTRELA D’ALVA. Teatro
República. Companhia Vicente Celestino-Ari Nogueira.23
1926 — O SARGENTO DE MILÍCIAS de Antonio Guimarães (?).
Opereta de costumes coloniais em 3 atos. Partitura incompleta.
Material: apenas 2 músicas para piano e canto, (MS) autógrafo.
1927 — 26 de maio. Estréia de ESTRELA D’ALVA em Lisboa.
Teatro Maria Vitória. Companhia Parceira Teatral Limitada.
1928 — Reapresentação de JURITI no Teatro João Caetano.
Empresa M. Pinto. Companhia Margarida Max.
1928 — 12 de abril. Reapresentação de ESTRELA D’ALVA. Teatro
República. Companhia de Revistas e Feerie.24
1928 — Reapresentação de A SERTANEJA no Teatro João
Caetano. Empresa M. Pinto. Companhia Margarida Max.
1928 — 24 de julho. Reapresentação de JURITI no Teatro Cassino
(São Paulo) pela Companhia Margarida Max.
1929 — 24 de julho. Reapresentação de JURITI no Teatro Cassino
Antarctica (São Paulo) pela Companhia Margarida Max.
1933 — 11 de agosto. Estreia de MARIA de Viriato Corrêa (18841967). Peça rude em 3 atos. Teatro Recreio. Empresa M. Pinto.
Maestro regente: Bernardino Vivas. Música original de Francisca
Gonzaga. Diretor de cena: Eduardo Vieira. Notas: 1) No elenco
Vicente Celestino, Gilda de Abreu, Margot Louro, Brandão Filho e
outros; 2) Houve acusações de que a música não era original, e
sim compilada. Até carta anônima neste sentido foi enviada a J.
Gonzaga. Parece que desconfiavam que com a idade de 85 anos a
maestrina não compusesse mais. De fato ela lançou mão de cinco
composições suas já utilizadas em outras peças, mas não era a
primeira vez que fazia isso. Material: partes de piano, canto e
orquestra, completa, total de 21 músicas, (MS) cópia.
1933 — 24 de novembro. Reapresentação de JURITI no Teatro
Recreio. Empresa M. Pinto. No elenco Vicente Celestino (Graúna),
Gilda de Abreu (Juriti), Rodolfo Arena, Brandão Filho e outros.
Maestro: Bernardino Vivas. Maestro auxiliar: Henrique Vogeler.
1935 — 21 de março. Reapresentação de JURITI no Teatro Santa
Isabel, Recife.
1936 — 15 de dezembro. Reapresentação de JURITI no Teatro
João Caetano.
______________
* Relação das peças teatrais musicadas integral ou parcialmente
pela maestrina, elaborada por Edinha Diniz para a primeira edição
do livro Chiquinha Gonzaga, uma história de vida, e mantida como
Anexo nas edições sucessivas. Esta relação complementa
informações sobre o assunto constantes no texto do livro e ordena
cronologicamente a participação de Chiquinha Gonzaga no teatro
musicado brasileiro, acrescentando o levantamento do material
existente no Acervo Chiquinha Gonzaga SBAT / Instituto Moreira
Salles.
Notas:
1. Depoimento de Aluízio Azevedo à autora.
2. GAMA, A. C. Chichorro da. Através do teatro brasileiro;
resenha de autores e de peças. Rio de Janeiro: Lusobrasileira, 1907, p. 74.
3. SOUSA, J. Galante de. O teatro no Brasil. 2 vols. Rio de
Janeiro: MEC/INC, 1960. Tomo II, p. 51.
4. PAIXÃO, Múcio da. O teatro no Brasil. Rio de Janeiro:
Moderna, s.d., p. 252.
5. GONÇALVES, Augusto de Freitas Lopes. Dicionário histórico e
literário do teatro no Brasil. Rio de Janeiro: Cátedra, vol. 1:
1975; vol. 2: 1976; vol. 3: 1979; vol. 4: 1982, v. 1, p. 2.
6. Idem, Ibidem, v. 1, p, 2.
7. SOUSA, J. Galante de. Op. cit., tomo II, pp. 573-4.
8. GONÇALVES, Augusto de Freitas Lopes. Op. cit., v. 3, p. 387.
9. Idem, Ibidem, v. 4, p. 10.
10. GAMA, A. C. Chichorro da. Op. cit, p. 88.
11. GONÇALVES, Augusto de Freitas Lopes. Op. cit. v. 4, p. 280.
12. Idem, Ibidem, v. 4, p. 281.
13. Idem, Ibidem, v. 3, p. 26.
14. Idem, Ibidem, v. 3, p. 26.
15. Idem, Ibidem, v. 4, p. 281.
16. Idem, Ibidem, v. 3, p. 26.
17. Idem, Ibidem, v. 3, p. 26.
18. Idem, Ibidem, v. 4, p. 387.
19. NUNES, Mário. 40 anos de teatro. 4 vols. Rio de Janeiro:
Serviço Nacional do Teatro, 1956, v. 1, p. 50.
20. GONÇALVES, Augusto de Freitas Lopes. Op. cit., v. 1, p. 11.
21. Idem, Ibidem, v. 4, p. 58.
22. Idem, Ibidem, v. 4, p. 66.
23. Idem, Ibidem, v. 4, p. 304.
24. Idem, Ibidem, v. 4, p. 304.
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CONTRIBUIÇÃO DE CHIQUINHA GONZAGA AO TEATRO