UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Jander Aparecido Carpinete Lima
Lucas de Souza Nascimento
Mirian Carla Soares Bittencourt
ESTUDO E COMPARATIVO ENTRE TUBOS CIRCULARES RÍGIDOS DE
CONCRETO E TUBOS CIRCULARES FLEXÍVEIS DE PVC RIB LOC PARA
ÁGUAS PLUVIAIS
Governador Valadares
2010
Jander Aparecido Carpinete Lima
Lucas de Souza Nascimento
Mirian Carla Soares Bittencourt
ESTUDO E COMPARATIVO ENTRE TUBOS CIRCULARES RÍGIDOS DE
CONCRETO E TUBOS CIRCULARES FLEXÍVEIS DE PVC RIB LOC PARA
ÁGUAS PLUVIAIS
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção
do título em Engenharia Civil, apresentado a
Faculdade de Engenharia da Universidade Vale
do Rio Doce.
Orientadora: Soraya Couto Grossi Terra
Governador Valadares
2010
Jander Aparecido Carpinete Lima
Lucas de Souza Nascimento
Mirian Carla Soares Bittencourt
ESTUDO E COMPARATIVO ENTRE TUBOS CIRCULARES RÍGIDOS DE
CONCRETO E TUBOS CIRCULARES FLEXÍVEIS DE PVC RIB LOC PARA
ÁGUAS PLUVIAIS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como requisito para obtenção do
título em Engenharia Civil pela Faculdade de
Engenharia da Universidade Vale do Rio
Doce.
Governador Valadares, _____de ________________ de 2010.
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________
Prof. Marle José Ferrari Júnior
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________
Prof. Wilber Feliciano C. Tapahuasco
Universidade Vale do Rio Doce
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................. 1
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 2
1.3 ESCOPO ............................................................................................................ 2
2 OBJETIVO .............................................................................................................3
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................4
3.1 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO................................................................. 5
3.1.1 Coeficiente de Manning .................................................................................6
3.2 TUBO DE CONCRETO ..................................................................................... 7
3.2.1 Projeto Estrutural ...........................................................................................7
3.2.2 Fabricação ....................................................................................................15
3.2.3 Juntas ............................................................................................................18
3.2.4 Execução da rede .........................................................................................19
3.3 TUBO DE PVC (RIB LOC)............................................................................... 21
3.3.1 Projeto estrutural .........................................................................................21
3.3.1.1 Deformação do Diâmetro ............................................................................24
3.3.2 Fabricação ....................................................................................................26
3.3.3 Juntas ............................................................................................................27
3.3.4 Execução na rede .........................................................................................29
4 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................36
4.1 DIMENSIONAMENTO ..................................................................................... 36
4.1.1 Dimensionamento da Sarjeta.......................................................................36
4.1.2 Dimensionamento da Rede com Tubo de Concreto ..................................40
4.1.3 Dimensionamento da Rede com tubo de PVC Rib Loc ............................44
4.2 CÁLCULO DE QUANTITATIVOS .....................................................................49
4.2.1 Quantitativos de Tubo de Concreto ...........................................................49
4.2.1.1 Escavação ..................................................................................................49
4.2.1.2 Execução de berço e contra berço de concreto .........................................50
4.2.1.3 Reaterro compactado de valas ...................................................................51
4.2.2 Quantitativos de tubo PVC Rib Loc ...........................................................52
4.2.2.1 Escavação ..................................................................................................52
4.2.2.2 Execução do berço e contra-berço de areia ...............................................52
4.2.2.3 Reaterro Compactado de valas ..................................................................53
4.3 PLANILHAS DE ORÇAMENTO ........................................................................54
4.3.1 Rede de drenagem com a utilização de tubo de Concreto ......................54
4.3.2 Rede de drenagem com a utilização de tubos de PVC Rib Loc ..............55
5 COMPARATIVO ..................................................................................................56
5.1 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO ...............................................................56
5.2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL............................................................... 56
5.3 FABRICAÇÃO ...................................................................................................57
5.4 JUNTAS ........................................................................................................... 58
5.5 FUNDAÇÃO E BERÇO.................................................................................... 58
5.6 DESCIDA DO TUBO NA VALA........................................................................ 59
5.7 ORÇAMENTO ...................................................................................................59
6 CONCLUSÃO ......................................................................................................61
7 REFERÊNCIAS ....................................................................................................62
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Instalação em vala ....................................................................................08
Figura 2 Instalação em aterro com projeção positiva .............................................09
Figura 3 Instalação em aterro com projeção negativa ............................................09
Figura 4 Conduto em Vala ......................................................................................10
Figura 5 Largura correspondente ao nível da geratriz superior do tubo .................11
Figura 6 Largura correspondente ao plano horizontal .......................................... 11
Figura 7 Largura correspondente ao plano horizontal .......................................... 11
Figura 8 Tubos instalados em vala com largura variável ...................................... 12
Figura 9 Desenho esquemático das cargas móveis ............................................. 14
Figura 10 Colocação da armadura circular simples ............................................. 16
Figura 11 Moldagem do tubo ................................................................................ 16
Figura 12 Vista geral do local de moldagem ......................................................... 17
Figura 13 Tubo de concreto moldado e vista da armadura de tela soldada utilizada
............................................................................................................................... 17
Figura 14 Juntas de tubos de concreto ................................................................ 18
Figura 15 Abertura da vala ................................................................................... 19
Figura 16 Assentamento dos tubos de concreto .................................................. 20
Figura 17 Aumento do diâmetro horizontal do tubo .............................................. 22
Figura 18 Arqueamento das tensões, mostrando a migração das cargas para o
solo.......................................................................................................................... 22
Figura 19 Desenho esquemático da carga vertical aplicada sobre um sistema
composto por molas (analogia) .............................................................................. 23
Figura 20 Processo de fabricação do tubo PVC Rib Loc ...................................... 26
Figura 21 Desenho esquemático do Rib Loc Steel .................................................27
Figura 22 Juntas do tubo de PVC Rib Loc ..............................................................28
Figura 23 Opções de descida do tubo na vala ........................................................31
Figura 24 Opções de descida do tubo na vala ........................................................32
Figura 25 Compactação do material envolvente .....................................................33
Figura 26 Tubo envolvido com o material envoltório compactado ..........................33
Figura 27 Reaterro da vala ......................................................................................34
Figura 28 Desenho esquemático do reaterro da vala .............................................34
Figura 29 Carga sobre os tubos enterrados ...........................................................57
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Valores do coeficientes de Manning ..................................................... 06
Tabela 2 Valores de E’ para cálculos................................................................... 25
Tabela 3 Critério de Deformação ......................................................................... 30
RESUMO
Diversos foram os motivos que levaram a escolha do projeto de Estudo e
Comparativo Entre Tubos Circulares Rígidos de Concreto e Tubos Circulares
Flexíveis de PVC Rib Loc Para Águas Pluviais. Entre eles o fato de dar mais
opções de materiais para o engenheiro nesse tipo de obra.
O trabalho consiste no comparativo entre o tubo de manilha de Concreto e PVC
(Rib Loc), onde mostraremos as vantagens de cada um através de projetos
estruturais, modo de fabricação, modo de aplicação, tempo de execução e
orçamentos. O tubo de concreto sempre foi mais utilizado, pois sua fácil obtenção e
seu preço mostram-se vantajosos aos olhos do construtor, fora que já se tem
tradição e confiança no seu uso no escoamento de águas pluviais. Mas agora o
tubo de PVC Rib Loc já vem mostrando que há outra opção, já que em algumas
obras com aplicação deste material estão sendo bem aceitas, pelo fato de sua
aplicação e execução serem mais rápidos, principalmente pelo fato de não ter que
propriamente utilizar o concreto.
Palavras-chave: Drenagem. Tubos. Concreto. PVC Rib Loc.
ABSTRACT
There were several reasons why the choice of project and Comparative Study
Between Circular Tubes Rigid Circular Concrete Pipe and Flexible PVC Rib Loc
Drainage. Among them the fact of giving more choice of materials for the engineer
in this type of work.
The work consists in comparing the tube shackle Concrete and PVC (Rib Loc),
which show the advantages of each one through structural design, the
manufacturing process, application method, time of execution and budgets. The
concrete pipe has always been more used, because it’s easy to obtain and its price
appear to be advantageous in the eyes of the builder, who already had tradition and
has confidence in its use in storm water drainage. But now the PVC pipe Rib Loc is
showing that there is another option, since in some works with application of this
material are being well accepted, because implementation and enforcement are
more rapids, mainly because of not having to use properly concrete.
Key-words: Drainage. Tubes. Concrete. PVC Rib Loc.
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O Brasil tem uma longa tradição na utilização de tubos de concreto em obras
de canalização de águas pluviais. Atualmente, há tecnologia capaz de produzir
variados diâmetros. A tubulação rígida de concreto é feita com armaduras ou sem
armaduras, porém em obras para drenagem pluvial utilizam-se apenas os tubos
com concreto armado.
Os tubos de concreto apresentam-se como um ótimo produto em relação à
sua durabilidade, resistência mecânica (segundo a ABTC - Associação Brasileira
dos Fabricantes de Tubos de Concreto - esses tubos quando submetidos à
compressão diametral sofrem deformações de até 0,1% em seu diâmetro) e
disponibilidade de fornecimento no mercado - devido às fábricas se localizarem
próximas aos locais das obras.
No tubo de PVC Rib Loc usa-se tecnologia de fabricação de tubulações
plásticas, de grandes diâmetros, pelo processo de enrolamento helicoidal de um
perfil de PVC, que de acordo com o Manual Técnico da Vettore Engenharia é
soldado quimicamente pela ação de adesivo, sendo disponibilizados em diâmetros
de 300 a 1.200 mm.
Esta tecnologia surgiu na Austrália, há mais de 20 anos, e está presente hoje
em mais de 40 países, onde vem sendo aplicado com grande sucesso, sendo um
ótimo produto em relação à leveza, desempenho hidráulico, menor número de
juntas, processo de fabricação realizado na própria obra, e à sua fácil aplicação. O
tubo de PVC, quando submetido à compressão diametral sofre deformações de 5%
em média no diâmetro.
Sendo assim, é importante fazer um comparativo entre os dois tipos de tubo –
concreto e PVC - analisando os princípios de funcionamento e comportamento na
aplicação em obras de drenagem pluvial, destacando os parâmetros de projeto e
recomendações práticas para a instalação dos mesmos.
2
Atualmente existem poucas informações e estudos científicos sobre o
desempenho dos tubos para drenagem, incluindo estudos comparativos técnicos e
econômicos, além dos manuais dos fabricantes que sempre se mostram
tendenciosos. Este trabalho propõe auxiliar na escolha entre os dois materiais para
aplicação nas obras de drenagem pluvial.
1.2 JUSTIFICATIVA
Este trabalho é importante por se tratar de um estudo comparativo entre dois
diferentes tipos de tubos para drenagem pluvial, visando auxiliar o projetista na
escolha
do
material
a
ser
utilizado,
observando
suas
vantagens
e
o
desenvolvimento de cada tubo na execução da obra.
1.3 ESCOPO
Inicialmente, foram realizadas pesquisas através de sites relacionados ao
tema para a coleta das características de cada um dos tubos (Concreto e PVC),
além da pesquisa em bibliografias das vantagens do uso dos mesmos.
Posteriormente, foram feitas visitas a empresas para observação dos
processos de fabricação dos tubos e também para a obtenção de informações
sobre dados técnicos, especificações dos serviços e custos unitários junto aos
profissionais que trabalham diretamente na produção.
3
2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é comparar as características positivas e negativas
dos dois tipos de material para tubulações de drenagem pluvial: Tubo de PVC (Rib
Loc) e Tubo de Concreto.
4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Um marco na engenharia urbana nacional foi a inauguração da cidade de
Belo Horizonte (1897), que segundo o Professor Carlos Fernandes (2002) no
capítulo 1 de “Microdrenagem – Um estudo Inicial”, obedecia a um traçado
urbanístico predefinido, e servida com serviços de água e esgotos projetados por
Saturnino de Brito (1864-1929), Engenheiro Civil que foi um dos mais notáveis
sanitaristas do Brasil.
Outro grande feito de Brito foi a inauguração dos primeiros canais de
drenagem dos terrenos alagados, próximos ao centro da cidade de Santos (1912).
A abertura desses canais destinava-se a drenagem das águas estagnadas dentro
do perímetro urbano.
Com a adoção no Brasil do sistema separador absoluto (1912), onde os
sistemas de esgotos sanitários foram obrigados a serem projetados e construídos
separados dos sistemas de drenagem pluvial, a drenagem tornou-se um elemento
obrigatório dos projetos de urbanização. Hoje, quanto a sua extensão, não se
dispõe de dados confiáveis em relação à drenagem urbana, porém se sabe que o
planejamento, a elaboração de projetos, assim como a execução de obras em
macro e microdrenagem das áreas urbanas e adjacentes, têm sido seriamente
comprometidas devido à falta de recursos e escassez de mão de obra qualificada
em todos os níveis, para a realização de uma infra-estrutura necessária a evitar a
perda de bens e vidas humanas. Estima-se, entretanto, que a cobertura deste
serviço, em especial a microdrenagem, seja superior ao da coleta de esgotos
sanitários.
Quanto à macrodrenagem, são conhecidas as situações ocasionadas por
cheias urbanas, agravadas pelo crescimento desordenado das cidades. De um
modo geral nas cidades brasileiras, a infra-estrutura pública em relação à
drenagem,
como
em
outros
serviços
básicos,
caracteriza-se
como
insuficiente. Logicamente um sistema de drenagem urbana adequado não significa
que tenha condições de absorver enchentes extraordinárias, cuja ocorrência está
fora da normalidade.
5
3.1 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
No dimensionamento Hidráulico deve-se tomar cuidado com vários requisitos
como inundação, assoreamento, entupimento e outros fatores que possam levar ao
colapso na rede tubular.
O regime de escoamento é livre e sua rugosidade e declividade são
constantes, que permitem uma uniformidade para um bom trabalho da rede.
A fórmula utilizada para o cálculo da vazão no projeto hidráulico é a formula
de Manning;
𝑸=
𝟏
𝑨 𝒙 𝑹𝒉
𝒏
𝟐
𝟑
𝟏
𝒙 𝑰𝟐
Fórmula nº1
Onde:

Q = vazão, em m3/s

A = área molhada, em m²

I = declividade

Rh = raio hidráulico, em m

n = coeficiente de Rugosidade de Manning
No caso dos tubos de concreto o coeficiente de Rugosidade de Manning mais
usado é de 0,013. A velocidade mínima e máxima recomendada é de 0,5m/s e
5,0m/s respectivamente, dessa forma evita-se assoreamento devido à baixa
velocidade de escoamento e o surgimento de trincas nas paredes do tubo caso a
velocidade seja muito alta.
Segundo o Manual Técnico da Vettore Engenharia, empresa de construção
civil localizada na cidade de Bauru – SP, ensaios realizados pela FCTH –
(Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica localizada na cidade de São Paulo
que atua na área de engenharia hidráulica, em pesquisas, desenvolvimento
tecnológico e capacitação de pessoal), chegaram a um valor para o coeficiente de
Manning de 0,00922 para os tubos de PVC Rib Loc, acarretando em várias
6
vantagens em relação a outros materiais, posteriormente relacionadas no Capítulo
5 de comparativo.
3.1.1 Coeficiente de Manning
A escolha do coeficiente de rugosidade de um determinado tipo de tubo é
muito importante para a avaliação da sua capacidade de vazão. Um valor que seja
alto resulta na determinação errada do tubo, além de ficar economicamente mais
caro enquanto, um valor mais baixo pode resultar num tubo hidraulicamente inapto
para ser utilizado.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto
(ABTC), em 1980 testes com tubos de concreto e tubos de plástico realizados pelo
Laboratório Hidráulico T. Brench do Departamento de Engenharia Civil da
Universidade de Alberta avaliaram os tubos de concreto com diâmetros comerciais
de 200, 250 e 375 mm e tubos de plásticos PVC de 200, 450 e 500 mm. Obtendose um valor médio de 0,010 para o coeficiente de Manning em tubos de concreto e
0,009 para os tubos de PVC, apresentados abaixo:
Resultado de testes do Coeficiente de Manning
Tipo e seção do
tubo
200 mm PVC
250 mm PVC
450 mm PVC
200 mm Concreto
250 mm Concreto
375 mm Concreto
Máximo
0,0115
0,0104
0,0096
0,0138
0,0136
0,0116
Valores de Manning
Mínimo
0,008
0,0077
0.0073
0,0092
0,0087
0,0076
Média
0,0088
0,0089
0.0091
0,0101
0,0098
0,0097
Tabela 1: Valores dos coeficientes de Manning de diferentes diâmetros de Tubos de Concreto e de
Tubos de PVC Rib Loc.
Fonte: ABTC
7
Porém, de acordo com o Boletim Técnico ABTC/ABCP de Avaliação
Comparativa de Desempenho entre Tubos Rígidos e Flexíveis para Utilização em
Obras de Drenagem de Águas Pluviais, para valores de cálculo de projeto do
número de Manning, usa-se em média para tubos de concreto n igual a 0,013 e
para tubos de PVC Rib Loc n igual a 0,009.
3.2 TUBO DE CONCRETO
O tubo feito de concreto é notoriamente hoje o mais empregado em obras de
drenagem pluvial, principalmente devido a sua resistência mecânica e a sua
disponibilidade de fornecimento.
Hoje, os fabricantes de tubos de concreto são representados pela ABTC
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto), que entre outras
atividades fornece assistência técnica a projetistas, construtores e outros órgãos.
3.2.1 Projeto Estrutural
O projeto estrutural de tubos de concreto, assim como qualquer outro, visa
primeiramente em atender aos estados limites de serviços a partir dos esforços
solicitantes.
Mas existem dificuldades em relação aos seus cálculos dos esforços
solicitantes devido à complexidade para definir as pressões do solo contra suas
paredes. Para isso, precisam-se determinar os carregamentos e sua devida
instalação.
8
•Instalação
A instalação é uma das principais etapas da obra. Segundo a ABTC, em
Projeto Estrutural de Tubos Circulares de Concreto Armado, existem três tipos
básicos de instalações para se observar o comportamento estrutural de tubos de
concreto:
 Tubos em vala: é instalado em uma vala aberta no terreno natural e
posteriormente aterrado até o nível original.
 Tubos em aterro com projeção positiva: é instalado sobre a base e aterrado
de forma que a sua geratriz superior esteja acima do nível natural do solo.
 Tubos em aterro com projeção negativa: é instalado em vala estreita e
pouco profunda, com sua geratriz superior abaixo do nível natural do
terreno.
Figura 1 – Instalação em Vala
Fonte: ABTC
9
Figura 2 – Instalação em aterro com projeção positiva.
Fonte: ABTC
Figura 3 – Instalação em aterro com projeção negativa.
Fonte: ABTC
10
Contudo, os estudos contidos nesse trabalho se baseiam somente em
instalações feitas em vala. Nos tubos instalados em vala, a tendência de
deslocamento do solo da vala mobiliza forças de atrito que reduzem a carga que
atua sobre o topo do tubo, o que corresponde a desviar a carga sobre o conduto
para as suas laterais.
Figura 4 – Conduto em Vala.
Fonte: ABTC
A partir da inclinação do talude, a largura da vala vai crescendo à medida que
se distância do plano horizontal acima do topo do tubo. Considerando-se o valor da
largura da vala igual a bv para cálculo, a largura da vala se corresponde à geratriz
superior do tubo (Figura 5). Porém, quando a inclinação do terreno se inicia ao
nível da geratriz superior do tubo (Figuras 6 e 7), a largura bv para cálculo é igual à
largura da vala correspondente ao plano horizontal.
11
Figura 5 – Largura correspondente ao nível da geratriz superior do tubo.
Fonte: ABTC
Figura 6 – Largura correspondente ao plano horizontal.
Fonte: ABTC
Figura 7 – Largura correspondente ao plano horizontal.
Fonte: ABTC
12
Segundo a ABTC, a resultante das cargas aumenta com a largura da vala bv.
Caso esta largura aumente muito, pode-se atingir uma situação em que a
formulação apresentada deixará de ser válida, pois o comportamento não irá se
corresponder mais a uma situação de vala, e sim de aterro.
Figura 8 – Tubos instalados em vala com largura variável.
Fonte: ABTC
•Cargas do solo
Na condição de vala, usa-se a seguinte fórmula:
𝑷 = 𝑪𝒗 𝒙 𝝋 𝒙 𝑩²
Fórmula nº2
Onde:

P = carga sobre o tubo por unidade de comprimento (N/m²);

B = largura da vala no plano da geratriz superior do tubo (m);
13

Cv = coeficiente de carga para tubos instalados em vala, que depende do
tipo de solo, da profundidade da instalação e da largura de vala;

φ = peso especifico do solo de reaterro.
•Cargas móveis
São resultantes das cargas sofridas na superfície devido ao tráfego, junto à
pressão que o solo sofre, tendo as seguintes fórmulas para cálculo:
𝑴 = 𝑪𝒕 𝒙
𝑷𝒙𝑭
𝑳
Fórmula nº3 – para cargas concentradas
𝑴 = 𝑪𝒕 𝒙 𝒒 𝒙 𝑭 𝒙 𝑫𝒆
Fórmula nº4 – para cargas distribuídas
Onde:

M = Pressão resultante no solo (Pa);

P = Carga concentrada (por exemplo, a roda do veículo) aplicada na
superfície do solo segundo a vertical do centro do tubo (N);

q = Carga uniformemente distribuída (N/m²);

L = comprimento do tubo (m);

De = diâmetro externo da tubulação (mm);

Ct = coeficiente de Marston, que depende dos valeres adquiridos em L / 2h e
D / h;

F = Coeficiente de impacto, sendo: F = 1,50 para rodovias; F = 1,75 para
ferrovias; F = 1,00 a 1,50 para aeroportos.
14
Figura 9 - Desenho esquemático das cargas móveis.
Fonte: Revista Techne
•Carga total
Carga total = Cargas do solo + Cargas móveis
Realizando todos esses procedimentos, é importante determinar o tipo de
base para assentar as tubulações, obtendo assim o fator de equivalência (Fe),
onde:
Assentamento diretamente sobre o solo local: Fe = 1,1
Assentamento diretamente sobre o solo local com acomodação da bolsa ou
sobre base de rachão (brita 3 e 4): Fe = 1,5
Assentamento sobre brita graduada ou material granular Fe = 1,9
Assentamento sobre berço de concreto: Fe = 2,25 a 3,4
Determina-se, assim, a carga que efetivamente atua sobre os tubos, e
consequentemente a resistência do tubo.
15
Carga atuante sobre o tubo de concreto = Carga Total / Fe
Onde:

Fe = Fator de Equivalência
Segundo a ABTC, as classes de resistência previstos na NBR 8890/03 para
tubos de concreto destinados a condução de águas pluviais, são:
PS1 e PS2 – para tubos de concreto simples (diâmetro de 200 a 600 mm)
PA1, PA2, PA3 e PA4 – para tubos de concreto armado (diâmetro de 300 a
2000 mm).
3.2.2 Fabricação
Para a fabricação dos tubos de concreto, segundo a ABTC, deve-se
considerar principalmente a sua durabilidade em função das suas condições de
uso, estabelecendo-se que a relação água/cimento não ultrapasse 0,50 para tubos
em águas pluviais, onde o valor mínimo da resistência do concreto é de 25MPa.
De acordo com a ABTC, para a fabricação do tubo pode-se usar qualquer tipo
de cimento, assim como na armadura pode-se utilizar barras de aço ou telas
soldadas, estando tudo de acordo com as normas da ABNT - NBR 9794 (Tubo de
concreto armado de seção circular para águas pluviais); e NBR 8890 (Tubo de
concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e
métodos de ensaio).
Nas imagens podem-se observar melhor as etapas de sua fabricação. Na
Figura 10 podemos observar a colocação da armadura circular simples no
equipamento de moldagem; na Figura 11 nota-se que a armadura já está sendo
devidamente moldada com a massa de concreto. Enfim, nas Figuras 12 e 13 temos
a vista geral do local de moldagem e o tubo de concreto já moldado ao lado da
armadura de tela soldada utilizada na fabricação respectivamente.
16
Figura 10 - Colocação da armadura circular simples.
Fonte: ABTC.
Figura 11 - Moldagem do tubo.
Fonte: ABTC
17
Figura 12 - Vista geral do local de moldagem.
Fonte: ABTC.
Figura 13 - Tubo de concreto moldado e vista da armadura de tela soldada utilizada.
Fonte: ABTC
18
3.2.3 Juntas
Segundo especificações da ABTC, há no mercado, basicamente, dois tipos de
juntas de tubulações feitas de concreto, as rígidas e as elásticas, se diferenciando
por suas finalidades, classes de resistência e seção.
Nos tubos com juntas rígidas, que podem ser usados em praticamente todas
as obras relacionadas à drenagem de água pluvial, o método de encaixe, que pode
ser tanto macho e fêmea quanto ponta e bolsa, acaba-se fazendo rejuntados com
argamassa feita de cimento e areia, de traço mínimo 1:3. A argamassa que não for
devidamente empregada em até 45 minutos após a preparação deve ser
descartada.
Nos tubos feitos com junta elástica utilizam-se anéis de borracha, em suas
extremidades, garantindo assim uma melhor estanqueidade no transporte da água,
sendo consequentemente mais caras. O método de encaixe também pode ser
tanto macho e fêmea como tipo ponta e bolsa.
Figura 14 - Juntas de tubos de concreto. a) Tubo de concreto com junta rígida; b) Tubo de
concreto com junta elástica.
Fonte: Grupo Artsul.
19
3.2.4 Execução da rede
Ao se iniciar uma obra de redes de água pluvial, determina-se a locação da
rede através de equipamentos apropriados, seguindo as seguintes etapas de
execução:
•Escavação da vala
As valas devem ser abertas de acordo com o projeto e devem ter sua largura
de acordo com o diâmetro do tubo e profundidade de acordo com o perfil do terreno
e declividade da rede, sendo abertas de jusante para montante.
Os estudos técnicos irão determinar a necessidade de escoramento, porém é
obrigatório para valas com profundidade superior a 1,25 m, conforme Portaria n°.
18 do Ministério do Trabalho.
Figura 15 - Abertura da vala.
Fonte: Revista Techne
20
•Assentamento dos tubos
Para assentar as tubulações, após a escavação e devidamente feito o berço
ao fundo da vala, devem-se descer os tubos cuidadosamente, manualmente ou
com equipamentos mecânicos, sendo suspenso por cabos.
É importante observar certos cuidados devido o tubo ser pesado,
principalmente com os extremos dos tubos, observando sempre as juntas e suas
aplicações como, por exemplo, o rejunte com a argamassa caso as juntas forem
rígidas. Os operários, assim como em qualquer outra etapa da obra, devem sempre
estar utilizando equipamentos adequados de segurança.
Figura 16 - Assentamento dos tubos de concreto.
Fonte: Revista Techne
•Reaterro da vala
O material deve ser apropriado para reaterro, sempre tomando cuidado com
as laterais da vala que são de difícil acesso. Esse material deve ser aplicado em
21
camadas de no máximo 20 cm, compactado com equipamento manual, observando
a umidade ótima do solo, atingindo altura mínima de 80 cm sobre a geratriz
superior do tubo, e assim compactar com equipamento autopropulssor. Quando se
inicia a compactação mecânica com maquinário pesado deve-se observar se o
tubo foi dimensionado para suportar as cargas que serão solicitadas.
3.3TUBOS DE PVC (RIB LOC)
Surgido na Austrália há mais de 20 anos, o tubo de PVC Rib Loc destina a
drenar efluentes no regime de escoamento livre com temperatura menor a 40°C,
trabalhando sob a ação da gravidade, sem pressão interna, tanto em rodovias,
quanto em galerias urbanas.
3.3.1 Projeto estrutural
Chamado de flexível, o tubo de PVC Rib Loc forma, juntamente com a vala já
aterrada, um sistema único estrutural, que por sua vez tem que ser bem estudado.
Para que esse sistema funcione, as tensões horizontais efetivas do solo deve
ser maiores que a ocasionada pelo achatamento do tubo que é exercida pelas
cargas verticais, deformando o perfil do tubo da forma circular para elíptica,
acarretando em uma diminuição do diâmetro vertical e conseqüentemente
aumentando o diâmetro horizontal. Essas tensões que limitam o deslocamento do
tubo na horizontal podem ser chamadas de empuxo passivo.
22
Figura 17 - Aumento do diâmetro horizontal do tubo.
Fonte: Vettore
Figura 18 - Arqueamento das tensões, mostrando a migração das cargas para o solo.
Fonte: Vettore.
23
Uma forma simples de representar a repartição das cargas mostrando que o
solo nas laterais trabalha mais as cargas que o tubo, é representando com molas,
sendo que as molas laterais seriam o solo e a mola central o tubo. Pode se
perceber que as molas laterais (solo) são mais rígidas, portanto suportando maior
carga que a mola central (tubo).
Figura 19 - Desenho esquemático da carga vertical aplicada sobre um sistema composto por
molas (analogia).
Fonte: Vettore.
•Cargas do solo
Segundo o Manual Técnico da Vettore Engenharia, recomenda-se para
cálculo das cargas do solo, o método da carga prismática, que corresponde ao
peso do prisma vertical de terra sobre a tubulação:
𝒑= 𝝋𝒙𝑯
Fórmula nº5
Onde:

p = tensão vertical devida ao peso de solo na profundidade H (N/m²);

φ = peso específico aparente do solo;

H = altura do recobrimento sobre a geratriz superior do tubo (m).
24
•Cargas móveis
Costuma-se usar, para a determinação da máxima tensão vertical, a
expressão de Boussinesq:
𝒒=
𝟑 𝒙 𝑸 𝒙 𝑯𝟑
𝟐 𝒙 𝝅 𝒙 𝒓𝟓
Fórmula nº6
Onde:

q = tensão vertical atuante sobre o tubo devida às cargas móveis (N/m²);

Q = carga pontual atuante sobre a superfície (N);

H = altura de recobrimento da tubulação (m);

r = distância entre a geratriz superior do tubo e o ponto de aplicação da
carga (m).
3.3.1.1 Deformação do Diâmetro
A deformação diametral, segundo o manual técnico da Vettore Engenharia,
tem sido calculada pela fórmula de Spangler, modificada por Watkins, denominada
fórmula de lowa-modificada:
∆𝒚
𝑲 𝒑+𝒒
=
𝑫
𝟖 𝒙 𝑹𝑨 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏 𝒙 𝑬′
Fórmula nº7
Onde:

∆y = deformação diametral (m);

D = diâmetro da tubulação (m);

K = constante de assentamento, normalmente igual a 0,1;

p = carga permanente (N/m2);

q = carga móvel (N/m2);
25

RA = rigidez anular da tubulação (N/m2), para fins de caçulo, seu valor será:
900 (DN = 300 a 600), 700 (DN = 700 a 900) ou 500 (DN = 1000 a 1200);

E’ = módulo de reação do solo de envolvimento (Pa)
De acordo com o manual técnico, o valor do Módulo Reativo do Solo E’ é o
que consta na tabela abaixo, que por sua vez, é baseada em resultados obtidos do
convênio entre a Tigre e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Conforme a compactação do material para os tipos de solo, temos:
USCS = Sistema Unificado de Classificação de Solos
GW = Pedregulho bem Graduado
GP = Pedregulho Pobremente Graduado
SW = Areia bem Graduada
SP = Areia Pobremente Graduada
GM = Pedregulho Siltoso
GC = Pedregulho Argiloso
SM = Areia Siltosa
SC = Areia Argilosa
Tabela 2: Valores de E’ para cálculos.
Fonte: Vettore.
26
3.3.2 Fabricação
Os perfis de PVC são produzidos por um processo de extrusão e possuem
em suas bordas encaixes macho-fêmea que propiciam o seu intertravamento
durante o processo de enrolamento helicoidal. Além do intertravamento mecânico,
os perfis são também soldados quimicamente, através da aplicação de um adesivo
naquele encaixe, o que garante a estanqueidade da junta helicoidal assim formada.
Os perfis são fornecidos em forma de bobinas e, segundo o manual técnico
da Vettore Engenharia, ela é desenrolada e o perfil é colocado em um dispositivo
que o empurra em direção a um conjunto de roletes de aço, juntamente com o
adesivo de pega rápida no encaixe macho-fêmea, assim a tubulação vai saindo e
sendo apoiada em cavaletes de sustentação.
Figura 20 - Processo de fabricação do tubo PVC Rib Loc.
Fonte: Ápia.
Esse enrolamento dos perfis de PVC é efetuado por intermédio de um
equipamento de pequeno porte, capaz de fabricar tubos de diferentes diâmetros e
comprimentos. Essa simplicidade e versatilidade do equipamento permitem que a
27
fabricação dos tubos seja efetuada na própria obra, sendo também possível o
fornecimento dos tubos já confeccionados. As bobinas são consequentemente
transportadas ate o local da obra junto com a máquina para a produção dos tubos.
•Rib Loc Steel
Segundo o Manual Técnico, para diâmetros maiores ou iguais a 1500 mm é
combinado, junto com o perfil PVC, o aço galvanizado, que por sua vez mantém a
rigidez dos tubos de diâmetros maiores, iguais aos tubos de diâmetros menores.
As nervuras existentes nos perfis em forma de "T" servem como elementos
de reforço da parede do tubo, aumentando a sua inércia e, consequentemente, a
rigidez diametral da tubulação.
Figura 21 - Desenho esquemático do Rib Loc Steel.
Fonte: Vettore.
3.3.3 Juntas
A conjunção entre dois tubos é intermediada por um perfil de PVC liso,
colocado em uma das extremidades do tubo (macho) através de uma cola adesiva,
em seguida é encaixado na extremidade de outro tubo (fêmea) e novamente colado
pelo mesmo adesivo; simples e rápida essa ação. Segundo o Manual Técnico,
alguns cuidados devem ser previstos para o bom funcionamento da junção:
28
1- Manter as superfícies limpas, tanto do tubo quanto da emenda;
2- Passar o adesivo na parte interna do tubo e na parte externa da emenda,
lembrando sempre que existe uma cola adesiva própria para usar no tubo Rib Loc
(fornecida junto com os perfis de PVC e o equipamento);
3- Efetuar bem o encaixe entre os tubos evitando folgas e defeitos nas
juntas;
4- Na união dos tubos, antes de encaixar as emendas, deve-se ter muita
atenção com o assentamento, nivelamento e alinhamento dos mesmos, para
evitar transtornos futuros;
5- Na hora do encaixe deixar uma folga entre os tubos de 5 mm.
Figura 22 - Juntas do tubo de PVC Rib Loc. a) Aplicação do adesivo na parte externa do tubo;
b) Aplicação do adesivo na parte interna do tubo; c) Encaixe do tubo (macho e fêmea).
Fonte: Vettore.
29
3.3.4 Execução na rede
•Escavação da vala
As valas para assentamento do sistema de drenagem Rib Loc requerem
menores declividades devido à baixa rugosidade interna do PVC que confere ao
Rib Loc maior vazão hidráulica do que de outros materiais. A escavação da vala vai
depender de vários fatores preponderantes que podem diferenciar sua largura
conforme o diâmetro. Alguns deles são: disposição de equipamentos, qualidade do
terreno, tipos de escoramentos, exigências do contratante.
Mas, segundo o manual técnico, existe uma fórmula para calcular a largura
mínima da escavação, escolhendo o maior dos valores obtidos:
𝑳 ≥ 𝟏, 𝟐𝟓 𝒙 𝑫𝑬 + 𝟎, 𝟑𝟎
Fórmula nº8
𝑳 ≥ 𝑫𝑬 + 𝟎, 𝟒𝟎
Fórmula nº9
onde:

L = largura mínima da vala na altura da geratriz superior do tubo (m)

DE = diâmetro externo do tubo (m)
No caso da profundidade da vala, o projeto hidráulico junto com a topografia
define uma altura máxima e mínima que cada diâmetro aceita, pois envolve
diferença de carga e também a carga móvel.
Não se respeitando a profundidade mínima, podem ocorrer fissuras e no caso
da profundidade máxima, excesso de carga podendo também acarretar em
fissuras.
A tabela a seguir apresenta as profundidades mínimas e máximas
admissíveis para o critério de deformação vertical excessiva (7,5%), e com carga
de roda de 60KN para os diversos tipos de solo de envolvimento.
30
Profundidades (m)
E'=0,7MPa
E'=1,4MPa
E'=2,8MPa
E'=7MPa
E'=14MPa
mín.
máx
mín
Max
mín
máx
Min
máx
mín
máx
300
N.R.
N.R.
0,95
3,45
0,70
6,30
0,5
7,5
0,5
7,5
400
N.R.
N.R.
0,95
3,45
0,70
6,30
0,5
7,5
0,5
7,5
500
N.R.
N.R.
0,95
3,45
0,70
6,30
0,5
7,5
0,5
7,5
600
N.R.
N.R.
0,95
3,45
0,70
6,30
0,5
7,5
0,5
7,5
700
N.R.
N.R.
0,95
3,40
0,70
5,50
0,6
7,5
0,5
7,5
800
N.R.
N.R.
0,95
3,40
0,70
5,50
0,6
7,5
0,5
7,5
900
N.R.
N.R.
0,95
3,40
0,70
5,50
0,6
7,5
0,5
7,5
1000
N.R.
N.R.
1,00
3,10
0,80
4,65
0,6
7,5
0,5
7,5
1100
N.R.
N.R.
1,00
3,10
0,80
4,65
0,6
7,5
0,5
7,5
1200
N.R.
N.R.
1,00
3,10
0,80
4,65
0,6
7,5
0,5
7,5
Diâmetro
*E’ = Valor do Módulo Reativo do Solo.
*N.R – Não recomendado.
Tabela 3 – Critério de Deformação.
Fonte: Vettore.
•Fundação e berço
A regularização do fundo de vala é essencial para manter a uniformidade do
terreno e evitar calos ou deformidades que possam afetar o bom trabalho do
sistema de drenagem. O solo deve ter resistência para suportar os esforços
solicitantes, em caso de solos muito moles, expansivos ou saturados, há
necessidade de algum tipo de auxilio para suportar as cargas, como por exemplo,
31
uma camada de brita ou cascalho de 15 cm compactada, ou uma espécie de anteberço de concreto.
Já o berço deverá ser feito de material granular com granulometria regular e
com o grau de compactação maior ou igual de 95% do ensaio Proctor Normal,
depois que espalhado o material no fundo da vala e compactado. O material
também dever ser regularizado para servir de “cama” para a tubulação.
•Descida do tubo na vala
Os tubos podem ser descidos na vala manualmente dependendo do tamanho
da vala e também do diâmetro, para casos especiais usa-se cordas para descer a
tubulação ou em casos extremos pode-se usar máquinas como escavadeiras ou
carregadeiras. É bem simples e fácil devido à leveza do material.
Figura 23 - Opções de descida do tubo na vala.
Fonte: Vettore.
32
Figura 24 - Opções de descida do tubo na vala.
Fonte: Vettore.
•Envolvimento do tubo
O material envoltório deve ser bem selecionado para fazer com que o sistema
de drenagem funcione; recomenda-se que esse material seja granular e bem
graduado como, por exemplo, brita graduada (pó de pedra), areia ou solos naturais
bem estudados e ensaiados.
Ao despejar o material na vala deve ser usada a concha da retro escavadeira,
em quantidade adequada para realizar a compactação em camadas do mesmo,
tendo cuidado com o escoramento do tubo evitando o seu deslocamento no ato do
despejo, espalhando o material de envolvimento com enxadas e pás.
•Compactação do material envolvente
A compactação do material que envolve o tubo é feita simultaneamente ou
alternado nos dois lados para que não haja deslocamentos, podendo ser feita
hidraulicamente com soquetes tanto mecânicos (sapo mecânico) quanto manuais.
33
As espessuras das camadas e os procedimentos usados na compactação
devem ser especificados no projeto ou definidos pelo engenheiro. Caso ao
contrário, o Manual Técnico recomenda utilizar espessuras de camada entre 10 a
20 cm. Esse material envoltório não pode ser lançado em uma única camada, tem
que ter um rígido controle de grau de compactação.
Deve-se ter um cuidado maior com a geratriz superior do tubo, nessa região
só é regularizado o material envoltório, pois se ela for compactada pode afetar o
tubo. O grau de compactação deve ser atingido para atender os requisitos do
projeto estrutural.
Figura 25 - Compactação do material envolvente.
Fonte: Vettore.
Figura 26 - Tubo envolvido com o material envoltório compactado.
Fonte: Vettore.
34
•Reaterro da vala
Após o tubo estar coberto pelo material envoltório, deve se cobrir o restante
da vala com argila de alta coesão compactando-a nas primeiras camadas com
soquetes, posteriormente com maquinas leves, evitando danos na tubulação. Nas
ultimas camadas pode-se usar maquinário pesado.
Figura 27 - Reaterro da vala.
Fonte: Vettore.
Figura 28 - Desenho esquemático do reaterro da vala.
Fonte: Vettore.
35
•Teste de deformação
Segundo o manual técnico, após 10 dias dos serviços executados e
finalizados, deverão ser realizados testes com medidas para apurar a deformação
do tubo, essa medida deve ser diametralmente vertical e horizontal. A deformação
máxima permitida é de 5% do diâmetro interno.
36
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Nesse capítulo vamos dimensionar um coletor de água pluvial utilizando um
projeto aleatório com algumas dimensões pré-definidas assim como será feito o
orçamento e apresentação dos cálculos de quantitativos; esse projeto está situado
em uma área essencialmente comercial e seu gráfico de equação de chuva está
representada no Anexo VI deste trabalho. Sendo assim para fins de comparação
serão utilizados os dois tipos de tubulação, Concreto e PVC Rib Loc.
4.1 DIMENSIONAMENTO
4.1.1 Dimensionamento da Sarjeta
Dados para o cálculo da sarjeta em estudo:
Área de contribuição: A = 0, 786 ha
Coeficiente de escoamento: C = 0,80
Extensão: L = 170 m
Declividade: I = 1,4%
Período de retorno: T = 5 anos
n=0, 016 (coeficiente para sarjeta)
Tempo de concentração: tc = 12 min.
Intensidade de precipitação: i = 1,74 mm/min.
Inverso da declividade transversal: z = 20
Fator de redução: F = 0,80
Vazão Teórica - Definida pela fórmula:
Q0 = 166,67 x C x i x A
Fórmula nº10
37
onde:
Q0 = vazão em litros por segundo
C = coeficiente de escoamento
i = Intensidade de precipitação em milímetro por minuto
Sendo assim:
Q0 = 166,67x0,80x1,74x0,786
Q0 = 182,36 l/s
Vazão de projeto – Definida pela fórmula:
Q=
Q0
F
Fórmula nº11
No dimensionamento das sarjetas deve-se considerar uma certa margem de
segurança na sua capacidade. Essa margem de segurança é conseguida pelo
emprego do "fator de redução F".
Sendo assim:
Q=
182,36
0,80
Q = 227,95 m³/s
 Sarjeta em Canal Triangular
Definindo como:
yo- altura máxima de água na guia (m),
z - inverso da declividade transversal (m),
I - declividade longitudinal da sarjeta (do greide da rua) (m),
38
n - coeficiente de Rugosidade de Manning de revestimento de asfalto com textura
áspera (n = 0,016),
Q - (= v/A) equação da continuidade,
R - raio hidráulico (m).
Então: dQ = v x dA
Sarjeta em canal triangular
Onde:
dx
• R = y x dx = y
• dA = y x dx
2
• v = R 3x
1
I2
n
2
= y3 x
1
I2
n
e
dx
dy
= z ou dx z. dy
Logo:
2
1
dQ = y 3 x I 2 x y x dx
Fórmula nº12
ou
5
3
1
I2
dQ = z x y x n x dy
Fórmula nº13
39
Integrando a equação de dQ/dy para "y" variando de zero a yo, temos:
z
Ix x
n
Q0 =
y
5
y 3 x dy
0
Fórmula nº14
de onde:
5
z
y1+3 y0
Ix x [
]
n 1+5 0
3
Q0 =
Fórmula nº14.1
Resultando na fórmula:
1
Q0 = 375 x I2 x
8
z
x y03
n
Fórmula nº14.2
Onde Q0 é a vazão máxima teórica transportada por uma sarjeta com
declividade longitudinal "I".
Com a fórmula nº14.2 descobriremos o valor da lâmina d’água na sarjeta:
1
Q0 = 375xI 2 x
8
z
xY03
n
Fórmula nº14.2
3
8
Ymáx =
227,95
1
375x20x0,0142
0,016
Fórmula nº14.2.1
Ymáx = 0,127m < 13𝑐𝑚 !
Ou seja, a lâmina d’água está dentro da margem.
40
4.1.2 Dimensionamento da Rede com Tubo de Concreto
- Trecho 1-2
Dados para cálculo:
Área de contribuição: A = 2,27 ha
Coeficiente de escoamento: C = 0,80
Intensidade de precipitação: i = 1,74 mm/min
Declividade: I = 1,4%
Vazão de dimensionamento - utilizando a fórmula nº10 temos:
Q = 166,67 x 0,80 x 1,74 x 2,27
Q = 526,65 l/s

Cálculo do diâmetro - utilizando a fórmula nº1 de Manning temos:
Q=
1
A x Rh
n
2
3
1
x I2
Fórmula nº1
πD2
Q=
4
D
4
2
3
1
I2
Fórmula nº1.2
D = 1,55. Q.
n
1
I2
Fórmula nº1.3
3
8
41
Sendo:
D = diâmetro (mm)
Q = vazão (l/s)
n = coeficiente de Rugosidade de Manning do tubo de concreto (n = 0,013)
I = declividade (%)
Substituindo os valores temos:
D = 1,55
0,52665x0,013
3
8
1
0,01742
D = 0,511m adotando D = 600 mm

Cálculo da velocidade de escoamento:
Q= VxA
Fórmula nº15
V=
Q
A
Fórmula nº15.1
Onde:
Q= vazão de projeto (l/s)
V=velocidade de escoamento (m/s)
A=área da seção (tubo) (m²)
42
Substituindo os valores temos:
V=
0,52665
0,283
V = 1,86 m/s
A velocidade está de acordo com o recomendado (mínima de 0,5 m/s e
máxima de 5,0 m/s)
- Trecho 2-3
Dados para cálculos:
Acréscimo da área de contribuição: A = 1,36 ha
Acréscimo de vazão – utilizando a fórmula nº10 temos:
Q = 166,67 x 0,80 x 1,74 x 1,36
Q = 315,53 l/s
Q = 315,53 + 526,65
Q = 842,18 l/s
43

Cálculo do diâmetro - utilizando a fórmula nº1 de Manning temos:
Q=
1
A x Rh
n
2
3
1
x I2
Fórmula nº1
πD2
Q=
4
D
4
2
3
1
I2
Fórmula nº1.2
D = 1,55. Q.
n
3
8
1
I2
Fórmula nº1.3
Sendo:
D = diâmetro (mm)
Q = vazão (l/s)
n = coeficiente de Rugosidade de Manning do tubo de concreto (n = 0,013)
I = declividade (%)
Substituindo os valores temos:
𝐷 = 1,55
0,84218𝑥0,013
3
8
1
0,01742
𝐷 = 0,610𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷 = 800 𝑚𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙
44

Cálculo da velocidade de escoamento:
Q= VxA
Fórmula nº15
V=
Q
A
Fórmula nº15.1
Onde:
Q= vazão de projeto (l/s)
V=velocidade de escoamento (m/s)
A=área da seção (tubo) (m²)
Substituindo os valores temos:
𝑉=
0,84218
0,503
𝑉 = 1,67 m/s
A velocidade está de acordo com o recomendado (mínima de 0,5 m/s e
máxima de 5,0 m/s)
4.1.3 Dimensionamento da Rede com tubo de PVC Rib Loc
- Trecho 1-2
Dados para cálculo:
Área de contribuição: A = 2,27 ha
45
Coeficiente de escoamento: C = 0,80
Intensidade de precipitação: i = 1,74 mm/min
Declividade: I = 1,4%
Vazão de dimensionamento - utilizando a fórmula nº10 temos:
Q = 166,67 x 0,80 x 1,74 x 2,27
Q = 526,65 l/s

Cálculo do diâmetro - utilizando a fórmula nº1 de Manning temos:
Q=
1
A x Rh
n
2
3
1
x I2
Fórmula nº1
πD2
Q=
4
D
4
2
3
1
I2
Fórmula nº1.2
D = 1,55. Q.
n
3
8
1
I2
Fórmula nº1.3
Sendo:
D = diâmetro (mm)
Q = vazão (l/s)
n = coeficiente de Rugosidade de Mannning do tubo de PVC Rib Loc (n = 0,009)
I = declividade (%)
46
Substituindo os valores temos:
𝐷 = 1,55
0,52665𝑥0,009
3
8
1
0,01742
D = 0,445m, adotando D = 600mm
Observação: Observa-se pelos cálculos que o diâmetro encontrado com o
tubo de PVC Rib Loc é menor se comparado com o do tubo de Concreto, porém foi
adotado o diâmetro de 600mm, pois de acordo com a Norma DNIT 030/2004-ES –
Drenagem - Dispositivos de drenagem pluvial urbana - Especificação de serviço,
esse é o menor diâmetro que pode ser utilizado em obras de drenagem pluvial.

Cálculo da velocidade de escoamento:
Q= VxA
Fórmula nº15
V=
Q
A
Fórmula nº15.1
Onde:
Q= vazão de projeto (l/s)
V=velocidade de escoamento (m/s)
A=área da seção (tubo) (m²)
47
Substituindo os valores temos:
𝑉=
0,52665
0,283
𝑉 = 1,86 m/s
- Trecho 2-3
Dados para cálculos:
Acréscimo da área de contribuição: A = 1,36 ha
Acréscimo de vazão – utilizando a fórmula nº10 temos:
Q = 166,67 x 0,80 x 1,74 x 1,36
Q = 315,53 l/s
Q = 315,53 + 526,65
Q = 842,18 l/s

Cálculo do diâmetro - utilizando a fórmula nº1 de Manning temos:
Q=
1
A x Rh
n
2
3
Fórmula nº1
1
x I2
48
πD2
Q=
4
D
4
2
3
1
I2
Fórmula nº1.2
n
D = 1,55. Q.
3
8
1
I2
Fórmula nº1.3
Sendo:
D = diâmetro (mm)
Q = vazão (l/s)
n = coeficiente de Rugosidade de Manning do tubo de PVC Rib Loc (n = 0,009)
I = declividade (%)
Substituindo os valores temos:
D = 1,55
0,84218x0,009
3
8
1
0,01742
D = 0,531m adotando D = 600 mm

Cálculo da velocidade de escoamento:
Q= VxA
Fórmula nº15
49
V=
Q
A
Fórmula nº15.1
Onde:
Q= vazão de projeto (l/s)
V=velocidade de escoamento (m/s)
A=área da seção (tubo) (m²)
Substituindo os valores temos:
𝑉=
0,84218
0,283
𝑉 = 2,98 m/s
A velocidade está de acordo com o recomendado (mínima de 0,5 m/s e
máxima de 5,0 m/s)
4.2 CÁLCULO DE QUANTITATIVOS
4.2.1 Quantitativos de Tubo de Concreto
4.2.1.1 Escavação

Rede de 600 mm
Largura média da vala = 0,96m
Altura média de acordo com o diâmetro do tubo = 1,70m
50
Comprimento da vala = 100 m
100 x 1,70 x 0,96 = 163,20 m³

Rede de 800 mm
Largura média da vala = 1,20 m
Altura média de acordo com o diâmetro do tubo = 1,90 m
Comprimento da vala = 70 m
70 x 1,90 x 1,20 = 159,60 m ³

Total de Escavação
322,80 m ³
4.2.1.2 Execução de berço e contra berço de concreto

Rede de 600 mm
0,225 m³ por metro linear
100,0 x 0,225 = 22,5 m³

Rede de 800 mm
0,308 m³ por metro linear
70,0 x 0,308 = 21,56 m³
51

Total de concreto utilizado
44,06 m³
4.2.1.3 Reaterro compactado de valas

Rede de 600 mm
-Retirando o Volume do tubo e berço e contra berço
0,347 + 0,225 = 0,572
100,0 x 0,572 = 57,20 m³

Rede de 800 mm
-Retirando o Volume do tubo e berço e contra berço
0,608 + 0,308 = 0,916
70,0 x 0,916 = 64,12 m³

Total de reaterro
(163,20 – 57,20) + (159,60 – 64,12) = 201,48 m³
52
4.2.2 Quantitativos de tubo PVC Rib Loc
4.2.2.1 Escavação
Largura média da vala =1,00 m
Altura média de acordo com o diâmetro do tubo =1,50m
Comprimento da vala = 170 m
170 x 1,50 x 1,00 = 255,00 m³
4.2.2.2 Execução do berço e contra-berço de areia
Largura média da vala = 1,00 m
Altura média de acordo com o diÂmetro do tubo = 0,96 m
170 x 0,96 x 1,00 = 163,20 m³
-Retirando o volume do tubo
0,2941 m² x 170 m = 50,00m³

Total de areia utilizada no berço e contra-berço
113,20 m³
53
4.2.2.3 Reaterro Compactado de valas
Largura média = 1,00 m
Altura média = 1,50 – 0,96 = 0,54 m
170 x 0,54 x 1,00 = 91,80 m³
Todos os processos do cálculo foram baseados em projetos de execução de
rede para ambos os tubos.
Obs.: O prazo para execução da obra referente a rede tubular de tubo de
concreto armado com 170 m de comprimento é de 50 dias com o maquinário
trabalhando durante 10 horas por dia; já o prazo para execução da obra referente a
rede tubular de tubo PVC Rib Loc com 170 m de comprimento é de 25 dias com o
maquinário trabalhando durante 8 horas por dia; de acordo com pesquisas feitas
em campo nas empresas executoras.
54
4.3 PLANILHAS DE ORÇAMENTO
4.3.1 Rede de drenagem com a utilização de tubo de Concreto
55
4.3.2 Rede de drenagem com a utilização de tubos de PVC Rib Loc
56
5 COMPARATIVO
Este capítulo é um estudo comparativo das vantagens e desvantagens de
cada tubo, para se chegar em uma conclusão dos itens estudados na revisão
bibliográfica no Capítulo 3 desse trabalho.
5.1 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
Em relação ao Dimensionamento Hidráulico a maior diferença está
relacionada ao número de Manning.
MATERIAL
COEFICIENTE DE MANNING
PVC
0,009
Concreto
0,013
Como o material do tubo Rib Loc é o PVC, cujo número de Manning é 0,009,
mostra a facilidade do escoamento da água nesse tubo devido sua rugosidade ser
menor em relação ao concreto, possibilitando a utilização de menores declividades
de projeto, acarretando em menor volume de escavação e também menor diâmetro
das tubulações.
5.2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
No Comportamento Estrutural, em ambos os casos, os cálculos dos esforços
solicitantes são bem complexos devido ao uso de diferentes fórmulas para
identificação das cargas do solo e das cargas móveis
57
Porém o tubo de concreto é mais vantajoso por ocorrer uma deformação
diametral máxima de 0,1% sem que haja fissuras prejudiciais (de acordo com a
ABTC), já o Rib Loc pode sofrer uma deformação máxima de 5% diametralmente
(pelo fato de ser flexível) causando assim a “ovalização” do tubo, além de depender
de um solo mais firme e mais compactado, pois seu projeto estrutural é um sistema
unificado de tubo-solo (de acordo com o Manual Técnico da Vettore Engenharia).
O modo como cada um dos dois tubos reage quando são submetidos a essas
cargas e também às diferentes formas que o solo compactado reage nas
tubulações pode ser analisado na Figura 29 abaixo:
Figura 29 - Carga sobre os tubos enterrados.
Fonte: ABTC.
5.3 FABRICAÇÃO
Em relação à fabricação, o tubo de PVC Rib Loc é mais vantajoso pelo fato de
ser rapidamente fabricado no local da obra, o que reduz o custo com transporte,
por um equipamento leve e portátil através de um sistema de desenrolamento do
perfil fornecido em forma de bobina.
Por sua vez, o tubo de concreto exige um lugar específico para sua
fabricação, com processos de dosagem de cimento, areia e água,
e
58
consequentemente sua demora na moldagem e secagem do concreto, que requer
sete dias, perdendo assim a vantagem tanto em relação ao tempo quanto no custo
com o transporte. A sua vantagem em relação ao tubo de PVC Rib Loc seria a sua
disponibilidade, sendo mais acessível devido às fábricas se localizarem próximas
ou na própria região em que está sendo executada a obra.
5.4 JUNTAS
Em relação às juntas, não há quase diferença alguma quando se analisa em
tempo de execução. Observando o lado técnico, o encaixe da manilha é mais fácil
de ser executado, porém o fato do material de rejunte ser a argamassa tem que se
levar em conta a sua produção e obviamente seu tempo de secagem. Já a junção
dos tubos de Rib Loc é um pouco mais complexa, pois se utiliza uma cola adesiva
especial (fornecida juntamente com o material) com certos cuidados na aplicação
da mesma, como já citados no item 3.3.3 de Juntas de tubos de PVC no Capítulo 3.
Porém, o tubo de PVC é mais vantajoso quando se leva em consideração o
número de juntas, que é menor em relação ao concreto - devido o fato de serem
produzidos tubos de PVC com grandes comprimentos, que em tese não há limites
a não ser pelo seu transporte até as valas - facilitando assim a instalação e
reduzindo a ocorrência de problemas.
5.5 FUNDAÇÃO E BERÇO
Em ambos os casos se o solo em que for feita a obra não possuir resistência
suficiente, ou qualquer outro problema, terá que ser feitas obras reparadoras para
amenizá-los; sendo a vala normal, basta nivelar sua base para manter a
declividade necessária.
Porém em relação ao berço há uma grande vantagem para o tubo de PVC
Rib Loc, onde a tubulação é apoiada somente sobre um berço de areia, pedra
59
britada ou cascalho, não precisando do berço feito de concreto, que é o caso da
tubulação de concreto, que é mais demorado, pois precisa do tempo de cura para
secagem completa do berço e contra-berço, para assim ser assentada a manilha.
5.6 DESCIDA DO TUBO NA VALA
Mais uma grande vantagem para o tubo PVC Rib Loc é a descida do tubo na
vala, pois ele é muito leve sendo facilmente transportado até as valas, em alguns
casos podendo ser alçado manualmente para vala dependendo do diâmetro e da
profundidade, permitindo sua instalação em locais de difícil acesso e eliminando a
necessidade de equipamentos especiais para sua movimentação, ou usando até
materiais alternativos como cordas ou caminhão munck. Para diâmetros maiores é
necessário o uso de máquinas que irão descer o tubo até a vala sem lhe causar
nenhum dano.
Já o tubo de concreto qualquer que seja o diâmetro é necessário o uso de
máquinas, por ser um material rígido e também muito pesado, havendo assim a
necessidade de tomar cuidados para não haver danos na tubulação, como trincas
ou até mesmo sua queda, demorando mais para ser assentado e podendo causar
acidentes.
5.7 ORÇAMENTO
O orçamento foi feito através dos cálculos do capítulo 4 desse trabalho. Na
diferença dos preços finais dos serviços executados, observa-se que o tempo de
execução com o tubo de Concreto é maior quando comparado com a utilização do
tubo de PVC Rib Loc.
O número de Manning do tubo PVC Rib Loc é menor que o do Tudo de
Concreto, onde se faz a diferença nos cálculos, tornando o diâmetro do PVC Rib
60
Loc menor que o de Concreto, influindo diretamente no orçamento, pois o volume
de escavação, de material envoltório e tempo de execução se torna menor.
Analisando pontos entre as duas tubulações, como, execuções dos berços,
assentamentos dos tubos, leveza do material, conclui-se que o preço de custo final
do tubo de PVC Rib Loc fica com um menor custo.
61
6 CONCLUSÃO
O presente trabalho foi feito para que se possam comparar dois tipos de
tubulações e mostrar que é possível executar uma obra com ambos os tubos,
apontando as vantagens de que cada um, tanto no seu comportamento quando
submetidos a esforços, na execução e na diferença de preços.
Com as pesquisas feitas para esse projeto, concluí-se ainda que o tubo de
concreto é o mais utilizado, pois passa mais confiança para o construtor
principalmente pelo seu histórico, além da facilidade de se encontrar uma fábrica
em quase todas as localidades.
Mas a cada dia o tubo de PVC Rib Loc vem ganhando mais espaço nas obras
com uma série de vantagens, como leveza, rapidez de fabricação e mobilidade.
Apesar de já estar a 20 anos no mercado o Rib Loc está sendo mais explorado na
última década, trazendo consigo a evolução e dinamismo que as obras atuais
exigem.
Com as visitas feitas em obras, percebe-se que o Rib Loc é mais utilizado em
obras como rede esgoto e rede pluvial dentro de municípios. Já o tubo de concreto,
é mais utilizado em rodovias, pois o excesso de carga é freqüente.
Por fim, esse projeto mostrou que mesmo com muita tecnologia o engenheiro
é o fator mais importante na elaboração, orçamentação e execução do projeto, pois
cabe a ele decidir qual tipo de tubulação usar para cada tipo de obra.
62
7 REFERÊNCIAS
DEBS, Mounir Khalil El. Projeto Estrutural de Tubos Circulares de Concreto
Armado. São Paulo, 2003.
CHAMA NETO, PEDRO JORGE e RELVAS, FERNANDO JOSÉ Avaliação
Comparativa de Desempenho entre Tubos Rígidos e Flexíveis para Utilização
em Obras de Drenagem de Águas Pluviais, Boletim Técnico ABTC / ABCP, São
Paulo, 2003.
RELVAS, Fernando J., GIMENEZ, Alírio Brasil, SEGNINI, Marco Aurélio W. Como
Construir: Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto.
Disponível em:
<http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/93/artigo32845-1.asp>. Acesso
em 17 set 2009.
DEBS, Mounir Khalil El. Projeto Estrutural de Tubos Circulares de Concreto
Armado, São Paulo, 2003.
ABTC, Associação Brasileira Dos Fabricantes de Tubos de Concreto.
Disponível em:
<http://www.abtc.com.br/index_br.asp>. Acesso em 20 set 2009
ÁPIA, Grupo. Drenar Produtos. Disponível em:
<http://www.grupoapia.com.br/grupo/drenar_produto.asp>. Acesso em 26 set 2009.
RIB LOC, Manual Técnico de Tubos Estruturados de PVC. Drenartec Comércio
de Tubos LTDA. Disponível em:
<http://www.drenartec.com.br/manual%20tecnico%20RIB%20LOC.htm>. Acesso
em 26 set 2009.
RIB LOC, Manual Técnico, A solução mais ágil e flexível em drenagem pluvial.
Vettore Engenharia. Disponível em:
<http://www.vettore.com.br/manual_tecnico_rib_loc.pdf>. Acesso em 06 out 2009.
ABTC, História da Pesquisa dos Valores do Coeficiente de Manning.
Disponível em:
<http://www.abtc.com.br/pdf/2.pdf>. Acesso em 26 out 2009.
63
PCRJ SCO, Sistema de Custos de Obras e Serviços de Engenharia FGV.
Relação de Itens Elementares Por Descrição. Itens de materiais e serviços.
Disponível em:
<http://www7.rio.rj.gov.br/cgm/tabelas/arquivos/elementares/materiais/2003_07.pdf>.
Acesso em: 15 dez 2009.
FERNANDES, Carlos. Microdrenagem, um estudo inicial. Disponível em:
<http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/HDren_13.html>. Acesso em 07 fev 2010
I
Anexo I
Laudo técnico
Ensaio de resistência à compressão de tubos de concreto armado de seção
circular.
II
III
IV
I
Anexo II
Laudo técnico de vistoria em obra com a utilização de tubos estruturados de PVC
Rib Loc.
II
I
Anexo III
Especificação técnica
Berço de concreto para tubos de concreto armado.
II
I
Anexo IV
Especificação técnica
Berço para assentamento de tubo de PVC Rib Loc
II
I
Anexo V
Norma técnica
Fabricação de tubos de PVC (Rib Loc)
TIGRE S.A. – TUBOS CONEXÕES
NT-0607 - 01
13/06/2001
RIB LOC - TUBOS
Especificação
Corporativa
1 - OBJETIVO
Esta Norma fixa as condições exigíveis para os tubos de parede estruturada, formados
pelo enrolamento helicoidal de uma tira de PVC perfilada (perfil Rib Loc), utilizados para a
condução de águas .
2 - DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
2.1 - NT-0113 - Inspeção Visual em produtos extrudados.
II
2.2 - NT-0164 - Verificação Dimensional em produtos extrudados.
2.3 - NT-0349 – Rib Loc – Perfis
2.4 - NT-0547 – Tubos Rib Loc - Determinação da Resistência ao Impacto Queda Livre.
2.5 - NT-0598 – Tubos Rib Loc – Determinação da Rigidez Anular.
2.6 - NT-0599 – Tubos Rib Loc – Determinação da Resistência ao achatamento.
2.7 - NT-0600 – Tubos Rib Loc – Determinação da Resistência à Tração da Costura.
3 - DEFINIÇÕES
3.1 - Espessura de parede interna – Valor da espessura da parede em contato direto
com o efluente, medida em qualquer ponto ao longo da circunferência, entre duas
nervuras de reforço ou entre a superfície interna do tubo e um dos vazios internos da
parede do tubo, arredondado para o décimo de milímetro mais próximo.
3.2 – Altura total da parede – Medida da distância radial entre as superfícies interna e
externa da parede do tubo ou entre a superfície interna e o topo das nervuras do tubo,
arredondada para o décimo de milímetro mais próximo.
3.3 - Corpo-de-prova - Parte do produto com dimensões e formas especificadas, que é
submetida ao ensaio.
3.4 – Costura – Junta formada nas arestas laterais de um perfil de PVC (tira de PVC
perfilada), pela união de seus encaixes macho e fêmea, quando este é enrolado
helicoidalmente para conformar um tubo.
III
3.5 – Tira de PVC perfilada – Tira de PVC estruturada, possuindo superfície interna lisa e
superfície externa reforçada com nervuras ou ainda possuindo ambas as superfícies lisas
interligadas por nervuras.
3.6 – Diâmetro interno médio – Relação entre o perímetro interno do tubo e o número
 (3,1416), aproximada para o décimo de milímetro mais próximo.
3.7 – Diâmetro Nominal – Número inteiro convenientemente escolhido, que serve como
designação para projeto e para classificar, em dimensões, os elementos de tubulação
(tubos, conexões, dispositivos e acessórios) e que corresponde, aproximadamente, ao
diâmetro de fabricação dos tubos em milímetros. O diâmetro nominal (DN) não deve ser
objeto de medição e nem deve ser utilizado para fins de cálculos.
3.8 – Ovalização – A ovalização máxima, medida logo após a produção do tubo, é dada
pela diferença entre o diâmetro interno máximo e o diâmetro interno mínimo, dividido
pelo diâmetro interno médio.
4 - CONDIÇÕES GERAIS
4.1 – Perfil Rib Loc
4.1.1 - Os perfis Rib Loc devem atender aos requisitos especificados na NT-0349.
4.2 – Tubos Rib Loc
4.2.1 - Os Tubos Rib Loc são obtidos através do enrolamento helicoidal dos perfis Rib
Loc, que de acordo com seu tipo, podem dar origem as bitolas, conforme tabela 1.
IV
Tabela 1 – Tipo de perfil X Bitola
Tipo de Perfil
Bitolas
112 BR 1
300  DN  400
140 BR 1
400  DN  600
140 BR 2
700  DN  800
168 BR1
900  DN  1200
168 BR 2
900  DN  1200
4.2.2 - Os tubos devem ser isentos de quinas ou arestas vivas e devem apresentar a
superfície interna lisa (suave), limpa e isenta de corpos estranhos, bolhas, rachaduras,
furos, ou outros defeitos visuais que possam prejudicar o desempenho do produto quando
em serviço. Pequenas ranhuras helicoidais, correspondentes à costura do tubo e
intrínsecas ao processo de produção, são admitidas.
Nota: Pontas ou rebarbas originadas no processo de corte dos tubos, devem ser
convenientemente aparadas ou recobertas com outro material, de modo a minimizar o
risco de virem a causar ferimentos a quem os manipula durante as operações de transporte
e assentamento.
4.2.3 - Os tubos podem ter comprimento conforme solicitação do cliente.
4.2.4- Os tubos devem ter o seu diâmetro interno médio e ovalização máxima, conforme
tabela 2.
V
Tabela 2 – Diâmetro interno médio e ovalização
Diâmetro Nominal
Diâmetro Interno
Ovalização
DN
Médio
Máxima
(mm)
(mm)
Mínimo
Máximo
300
299
302
7,6
400
398
402
10,1
500
498
503
12,6
600
597
603
15,1
700
697
704
17,6
800
796
804
20,1
900
896
905
22,6
1000
995
1005
25,1
1100
1095
1106
27,7
1200
1194
1206
30,2
4.3 - Juntas
4.3.1 - Os tubos devem ser constituídos, em uma de suas extremidades, de uma luva
interna a ser soldada. Esta luva interna é obtida a partir do perfil de emenda, que deve
atender aos requisitos especificados na NT-0349.
5 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1 - Ensaios Durante a Fabricação
5.1.1 - Visual
VI
5.1.1.1 - Os tubos devem atender os requisitos especificados no item 4.2.2.
5.1.1.2 - O ensaio deve ser realizado de acordo com a norma NT-0113.
5.1.2 - Dimensional
5.1.2.1 - Os tubos devem ter diâmetro interno médio e ovalização de acordo com os
valores especificados na tabela 2.
5.1.2.2 - O ensaio deve ser realizado de acordo com a Norma NT-0164.
5.2 - Ensaios de Desempenho
5.2.1 - Resistência ao Achatamento
5.2.1.1 - Os corpos de prova ao sofrerem uma deformação de 60% do seu diâmetro
interno, devem atingir a sua força máxima com uma deformação superior a 25%.
5.2.1.2 – Ao atingir os 60% de deformação, os corpos de prova não devem apresentar
trincas, rachaduras, quebras, escamações ou separação da costura. Rasgos iniciados nas
extremidades cortadas dos perfis não devem ser consideradas falhas.
5.2.1.3 - O ensaio deve ser realizado à 20 (+3,-2)C, de acordo com a norma NT-0599.
Nota: Este ensaio não se aplica para a bitola de 1200 mm.
5.2.2 - Resistência à Tração da Costura
5.2.2.1 - Os corpos de prova, quando submetidos ao ensaio de tração, a sua costura
deverá apresentar uma tensão mínima 4 N/mm2.
VII
5.2.2.2 - O ensaio deve ser realizado à temperatura de 20 (+3,-2)C, de acordo com a
norma NT-0600.
5.2.3 – Rigidez Anular
5.2.3.1 - Os corpos de prova, ao sofrerem uma deformação de 3%, devem apresentar
uma rigidez anular conforme tabela 3.
Tabela 3 – Rigidez anular X bitola
Bitola
Rigidez anular (Pa)
300  DN  600
900
700  DN  900
700
1000  DN  1200
500
5.2.3.2 - O ensaio deve ser realizado de acordo com a NT-0598.
Nota: Este ensaio não se aplica para a bitola de 1200 mm.
5.2.4 - Resistência ao Impacto Queda Livre
5.2.4.1 - Os corpos de prova de tubos, quando acondicionados na temperatura de 20
(+3,-2)C, devem resistir aos impactos de um percussor metálico, com ponta de impacto
semi-esférica de raio de 50,8 mm, sem apresentar fissuras, trincas furos ou quebra, visíveis
na parede interna. Amassamentos e quebra dos “Tês” são aceitos.
5.2.4.2 – São apresentados na tabela 4 , os valores da massa do percussor, altura de
quedas e números de impactos, que devem ser resistidos pelos corpos de prova de tubos
de acordo com a sua bitola.
VIII
Tabela 4 – Massa e altura X número de impactos
DN
Massa (kg)
Altura (m)
Nº de impactos
300
7,5
2,0
4
400
7,5
2,0
4
500
7,5
2,0
4
600
7,5
3,0
6
700
7,5
3,0
6
800
9,0
3,5
8
900
9,0
3,5
8
1000
9,0
4,2
12
1100
9,0
4,2
12
1200
9,0
4,2
12
5.2.4.3 - O ensaio deverá ser realizado de acordo com a norma NT-0547.
6 - ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
6.1 - Os ensaios de desempenho; resistência ao impacto, resistência ao achatamento,
rigidez anular e resistência à tração da costura; devem ser realizados em 3 corpos de prova
cada, com periodicidade anual.
6.2 - O ensaio visual deve ser realizado continuamente.
6.3 - Os tubos devem atender dimensionalmente a um nível de qualidade aceitável de
1%, cujo tamanho da amostra é definido pela tabela de amostragem atenuada simples,
com nível de inspeção geral 1. Os lotes isolados devem ser submetidos à um plano de
amostragem simples, normal e com um nível de inspeção II, conforme NBR 5426. A critério
do fabricante, poderá ser realizada a inspeção 100% para a segregação do material não
conforme.
I
Anexo VI
Gráfico de equação de chuva.
II
Ábaco para determinação do tempo de concentração.
Download

Capitulo 1: INTRODUÇÃO