SERIE DOUTRINAS IGREJA ADVENTISTA CENTRAL DE CURITIBA Quarta, 02 de dezembro de 2015 Pr. Paulo Eduardo Iglesias Bravo O RETORNO DE CRISTO "A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da Igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia, bem como a condição atual do mundo, indica que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos portanto exortados a estar preparados em todo o tempo.” – Crenças Fundamentais, 24 Messias Sofredor e Messias Triunfante A Bíblia toda fala da vinda do Messias. Os judeus aguardavam ansiosamente que Ele viesse. Cada judeu que nascia esperava que o Messias viesse em seus dias. Cada mulher que entrava em idade fértil imaginava se seria ela a mãe do tão esperado salvador. Mas havia um ponto importantíssimo nas escrituras que foi completamente esquecido pelo povo de Deus: “como” viria esse Messias? A Bíblia fala sobre “dois" Messias. De fato não temos dois, mas apenas um Salvador. Mas Cristo viria duas vezes à Terra. Primeiro era necessário que viesse o Messias (Isaias 53). Ele haveria de revelar o caráter de Deus (João 12:44-45), provar que era possível ao homem criado (Adão) resistir ao pecado (Hebreus 4:15), e finalmente sofrer e morrer pela humanidade (Mateus 20:28). Esse “primeiro” Messias abriria uma nova etapa na história mundial e do grande conflito. Só depois dessa etapa que a Terra e o Universo estariam prontos para receber o Reino de Deus e a sua justiça. Só então poderia acontecer a segunda vinda do Messias, não mais como um humano carregando o peso do pecado do mundo, mas agora como um Rei cheio de glória e majestade, o esperado Messias triunfante. "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória” (Mateus 25:31). Muitos judeus rejeitaram a Cristo porque havia muita ênfase no Messias Triunfante e quando Jesus veio “sofredor" os filhos de Deus não estavam preparados para recebê-Lo. O tempo todo Jesus precisa enfatizar o Reino Celestial. “Meu reino não é deste mundo…” (João 18:36). Até os discípulos que eram íntimos de Jesus tinham dificuldade de entender isso, e mesmo perto da morte de Cristo ainda esperavam por um reino físico e terreno (Mateus 20:20-21). Passada a morte e ressurreição de Cristo, Ele apareceu várias vezes explicando os fatos e as profecias que apontavam para essa fase sofredora de Seu ministério (Lucas 24:13-27). Então Ele se despediu dos discípulos e retornou ao céu para iniciar o ministério de intercessão. Nesta ocasião Ele fez duas promessas: 1. enviaria o Espírito Santo (João 15:26; 16:7). 2. Viria outra vez. "Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.” (João 14:3). “Como" Cristo virá Na primeira vinda de Cristo muitos não O reconheceram porque não sabiam como seria esse evento. Não podemos correr o risco de cair no mesmo engano em Seu retorno à Terra. Jesus avisou várias vezes que surgiriam muitos falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios que enganariam a muitos, se possível, os próprios escolhidos (Mateus 24:24). Retorno Literal e Pessoal: Quando Jesus ascendeu numa nuvem, dois anjos dirigiram-se aos discípulos, que ainda contemplavam, pasmados, o Salvador que acabara de desaparecer lá no alto, dizendo-lhes: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu virá do modo como O vistes subir” (Atos 1:11). Em outras palavras, disseram que o mesmo Senhor que naquele momento os havia deixado – um ser pessoal, de carne e osso, e não uma entidade meramente espiritual (Lucas 24:36-43) – haveria de retornar à Terra. Seu Segundo Advento será tão literal e pessoal quanto o foi Sua partida. Retorno Visível: A vinda de Cristo não será uma experiência interior, invisível, mas um real encontro com uma Pessoa visível. Jesus advertiu Seus discípulos contra o risco de imaginarem um retorno secreto, ao comparar Sua volta com a luminosidade e visibilidade do relâmpago (Mateus 24:27). A Escritura declara positivamente que tanto os justos quanto os ímpios testemunharão simultaneamente Sua vinda. João escreveu: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram” (Apocalipse1:7). E Cristo mencionou a reação dos ímpios: “Todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória” (Mateus 24:30). Retorno Audível: Acrescentando informações ao quadro de um reconhecimento universal do retorno de Cristo, a Bíblia afirma que Sua vinda também se caracterizará por sons muito audíveis: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus” (I Tess. 4:6). O “grande som de trombetas” acompanha a reunião de Seu povo. Nada há de secreto aqui. Retorno Glorioso: Ao Cristo retornar, vem Ele como um conquistador, com poder e “na glória de Seu Pai, com os Seus anjos” (Mateus 16:27). O apóstolo João retrata a glória do retorno de Cristo de modo mais dramático. Ele traça o quadro de Cristo cavalgando um cavalo branco e conduzindo inumeráveis exércitos celestiais. O esplendor sobrenatural do Cristo glorificado é evidente (Apoc. 19:11-16). Retorno Súbito e Inesperado: Os crentes em Cristo, tendo almejado e aguardado por tanto tempo o retorno de seu Senhor, saberão quando Ele Se aproximar (I Tess. 5:4-6). Mas em relação aos habitantes da Terra em geral o apóstolo Paulo escreveu: “O dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores do parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (I Tess. 5:2 e 3; cf. Mat. 24:43). Sua vinda também foi comparada com a repentina destruição do mundo antediluviano pelas águas. “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mat. 24:38 e 39). Embora Noé tenha pregado durante tantos anos a respeito do dilúvio vindouro, a maioria das pessoas foi apanhada de surpresa pelo evento. Havia duas classes de pessoas sobre a Terra. Uma cria nas palavras de Noé e assim entrou na arca e escapou da destruição; a outra – a imensa maioria – decidiu ficar do lado de fora da arca e assim “veio o dilúvio e os levou a todos” (Mat. 24:39). A Volta de Cristo e a Raça Humana Na segunda vinda de Cristo haverá basicamente duas classes de pessoas: A Reunião dos Filhos do Senhor Um aspecto importante do estabelecimento do reino eterno de Cristo é o ajuntamento de todos os redimidos (Mat. 24:31; 25:32-34; Mar. 13:27), que serão levados para o lar celestial preparado por Cristo (João 14:3). Dois eventos tornarão possível reunir todos os filhos do Senhor para conduzi-los à vida eterna: 1. A ressurreição dos que morreram em Cristo: Ao soar a trombeta que anuncia o retorno de Cristo, os justos falecidos ressuscitarão incorruptíveis e imortais (I Cor. 15:52 e 53). Naquele momento, “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tess. 4:16). Em outras palavras, eles ressuscitarão antes que os justos vivos sejam elevados aos ares para o encontro com o Senhor. Neste momento eles exultam grandemente: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Cor. 15:55). Esse evento magnífico não devolverá os corpos enfermos, envelhecidos ou mutilados que desceram à sepultura. Ao contrário, os filhos do Senhor receberão corpos novos, imortais, perfeitos, não mais revelando as marcas do pecado (I Cor. 15:42-43). 2. A transformação dos justos vivos: Logo depois da ressurreição, ocorre a transformação dos justos que estiverem vivos sobre a face da Terra por ocasião da volta de Cristo. “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade” (I Cor. 15:53). No momento em que todos os filhos do Senhor estiverem reunidos (mortos ressuscitados e vivos transformados) seremos então arrebatados "entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (I Tess. 4:17; cf. Heb. 11:39 e 40). A Morte dos Ímpios Para os salvos o Segundo Advento representará uma oportunidade de alegria e libertação, mas para os que rejeitaram a salvação será um tempo de angústia. Eles resistiram ao amor de Cristo e aos Seus convites de salvação durante tanto tempo que se deixaram enfeitiçar pelas ilusões enganadoras (II Tess. 2:9-12; Rom. 28-32). Quando virem Aquele a quem rejeitaram, vindo sobre as nuvens como Rei dos reis e Senhor dos senhores, saberão que terá chegado a hora de sua própria destruição. Esmagados pelo terror e desespero, clamarão às rochas inanimadas que os protejam (Apoc. 6:16 e 17). Nessa oportunidade, Deus destruirá Babilônia, a união de todas as religiões apóstatas. Ela “será consumida no fogo” (Apoc. 18:8). O líder dessa confederação – o mistério da iniqüidade, o homem do pecado – a este “o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca e o destruirá pela manifestação de Sua vinda” (II Tess. 2:8). Os poderes responsáveis pela imposição da marca da besta (veja o capítulo 12 deste livro) serão “lançados no lago de fogo e enxofre”. O restante dos maus serão “mortos com a espada que saía da boca dAquele que estava montado no cavalo” – Jesus Cristo o Senhor (Apoc. 119:20 e 21). Sinais da Volta de Cristo Falando sobre sua vinda, Cristo nos deixou sinais para nossa orientação. Podemos dividir os sinais por áreas: Sinais no Mundo Natural: Jesus predisse: “Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas” (Luc. 21:25), especificando que “o Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, verão o Filho do homem vir nas nuvens, com grande poder e glória” (Mar. 13:24-26). Adicionalmente, João viu um grande terremoto que precederia a manifestação dos sinais no Céu (Apoc. 6:12). Todos esses sinais haveriam de assinalar o inicio do período que a Bíblia chama de “tempo do fim” ou “últimos dias” (Daniel 12; Atos 2:17; II Tim. 3). Terremotos - Em cumprimento a essa profecia, “o maior de todos os terremotos conhecidos” ocorreu em 1º de novembro de 1755. Conhecido como o terremoto de Lisboa, seus efeitos foram observados na Europa, África e América, cobrindo uma área de mais de 46 milhões de quilômetros quadrados. Seu poder destruidor centralizou-se em Lisboa, Portugal, onde, em questão de minutos, arrasou edifícios públicos e residenciais, causando milhares de mortes. Muitos reconheceram isso como sendo um sinal do fim e passaram a dar séria consideração ao julgamento de Deus e aos últimos dias, e a consequência disso foi que muitos começaram a estudar as profecias. O sol e as estrelas - Vinte e cinco anos mais tarde, ocorreu o próximo sinal mencionado na profecia – o escurecimento do Sol e da Lua. Em cumprimento à profecia de Cristo, o dia 19 de maio de 1780 testemunhou uma extraordinária escuridão na porção nordeste do continente norte-americano. Rememorando esse evento, Timothy Dwight, presidente da Universidade de Yale, disse: “O dia 19 de maio de 1780 foi memorável. Candeeiros foram acesos em muitas casas; os pássaros silenciaram e desapareceram, e as galinhas retiraram- se para os poleiros. ... A opinião geral prevalecente era de que o dia do juízo havia chegado.” (Timothy, Dwight, citado in Connecticut Historical Collections, compilação de John W. Barber, 2a edição (New Haven, CT: Durrie e Peck e J. W. Barber, 1836), pág. 403; citado em Source Book, pág. 316.) Samuel Williams, de Harvard, relatou que a escuridão “aproximou-se com as nuvens do sudoeste ‘entre as 10 e as 11 horas da manhã e prosseguiu até a meia- noite seguinte’, variando de intensidade e duração em diferentes lugares. Em algumas localidades ‘as pessoas não conseguiam enxergar o suficiente como para ler escrita comum ao ar livre’”. Na opinião de Samuel Tenny, “a escuridão daquela noite foi provavelmente a maior jamais observada desde que o Todo- poderoso deu origem à luz. ... Se todos os corpos celestes luminosos do Universo tivessem sido envoltos em nuvens impenetráveis, ou eliminados da existência, a escuridão não poderia ter sido mais completa”. (Samuel Williams, “An Account of a Very Uncommon Darkness in the State of New-England, May 19, 1780”, in Memoirs of the American Academy of Arts and Sciences: to the End of the Year 1783 (Boston, MA: Adams e Nourse, 1785), vol. 1, págs. 234 e 235; Cf. Source Book, pág. 315 e Carta a Samuel Tenny, Exeter [NH], dezembro de 1785, in Collections of the Massachusetts Historical Society for theYear 1792 (Boston, MA: Belknap e Hall, 1792), vol. 1, pág. 97) Às 9 horas da noite ergueu-se a Lua, mas a escuridão persistiu até à meia- noite. Quando a Lua se tornou visível, sua aparência era como de sangue. João, o revelador, profetizara os extraordinários eventos deste dia. Depois do terremoto, escreveu ele, o Sol tornar-se-ia “negro como saco de crina, a Lua... como sangue” (Apoc. 6:12). A queda das estrelas - Tanto Cristo quanto João profetizaram a queda das estrelas, indicando o evento como um outro sinal do breve aparecimento de Cristo (Apoc. 6:13; cf. Mat. 24:29). O grande chuveiro de meteoros ocorrido em 13 de novembro de 1833 – o mais extraordinário espetáculo de estrelas cadentes de que há registro – cumpriu essa profecia. Estimou-se que um observador isolado poderia haver contado em média cerca de 60.000 meteoros por hora. O fenômeno foi observado desde o Canadá até o México, e do meio do Atlântico até o Pacífico; muitos cristãos reconheceram nele o cumprimento da profecia bíblica. Uma testemunha ocular disse que “dificilmente se poderia perceber no céu um espaço que não estivesse instantaneamente ocupado por essas estrelas cadentes, tampouco se poderia perceber entre elas qualquer diferença particular no tocante à aparência, embora por vezes elas se projetassem em grupos – trazendo à memória a ‘figueira que lança de si os seus frutos, quando sacudida por forte vento’”. (Fenômenos conforme observados em Bowling Green, relatados no Salt River Journal de 20 de novembro de 1780, segundo citação de American Journal of Science and Arts, edição de Benjamin Silliman, 25 (1834), pág. 382) Jesus disse: “Ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” E acrescentou: “Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus” (Luc. 21:28-31). Sinais no mundo religioso: A profecia alertou que acontecimentos no ambiente religioso também marcariam Sua vinda. Um grande despertamento religioso - ao terminar de escrever seu livro, Daniel recebeu a ordem de selar seu livro até o “tempo do fim” (Daniel 12:4), ou seja, quando as profecias de Daniel começaram a ser estudadas e compreendidas indicava que já estávamos nos “últimos dias”. O livro de Apocalipse também revela que surgiria um grande movimento religioso de extensão mundial, ocorrendo antes do Segundo Advento. Na visão dada a João, um anjo que anuncia a volta de Cristo simboliza este movimento: “Vi outro anjo voando pelo meio do Céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc. 14:6 e 7). A própria mensagem indica quando ela deveria ser pregada. O evangelho eterno tem sido pregado ao longo dos séculos. Mas esta mensagem, enfatizando o aspecto do juízo dentro do evangelho, somente poderia ser pregada no tempo do fim, pois seria então verdade que “é chegada a hora do Seu juízo” Pregação do Evangelho - Cristo disse que “este evangelho do reino será pregado por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mat. 24:14). E Pedro estimula os crentes: “esperando e apressando a vinda do Dia de Deus” (II Ped. 3:12). As estatísticas referentes à tradução e distribuição da Bíblia nos dão conta do crescimento do testemunho do evangelho. Em 1900, a Bíblia achava-se disponível em 537 idiomas. Os dados atuais contam que já está traduzida – no todo ou em parte – para 2.544 idiomas, representando aproximadamente 97 por cento da população do mundo. Semelhantemente, a distribuição anual das Escrituras passou de 5,4 milhões de exemplares em 1900 para cerca de 83 milhões de Bíblias e aproximadamente meio bilhão de porções da Bíblia hoje. O cristianismo também conta com uma variedade enorme de recursos para utilizar em sua missão: agências de serviços, instituições médicas e educacionais, obreiros nacionais e estrangeiros, emissoras de rádio e televisão, sites de internet, aplicativos para tablets e smartphones, e vultosos meios financeiros. Utilizados sob a orientação do Espírito Santo, esses recursos jamais igualados poderão tornar realidade o alvo de evangelizar todo o mundo em nossos dias. O Espírito Santo tem abençoado grandemente o impulso missionário da Igreja Adventista e de todas pessoas sinceras envolvidas nessa obra. Declínio religioso - Ao mesmo tempo que vemos tantos recursos e esforços evangelísticos, também assistimos uma crescente apatia religiosa nos dias atuais. A exaltação do “eu”, o individualismo, a ganância, o apego ao dinheiro e o materialismo nunca foram tão evidentes como nos dias atuais. Mas tudo isso já estava profetizado pelo Senhor, "nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (II Tim. 3:1-5). Jesus também já havia avisado que "por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mat. 24:12). Ressurgimento da fera de Apocalipse 13 - Segundo a profecia, o poder religioso que recebeu “ferida mortal" no final dos 1.260 dias seria curado (Apocalipse 11 e 12) e passaria a operar “com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (II Tess. 2:9) e então “toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta” (Apoc. 13:3). Esse poder então, se uniria ao dragão e ao falso profeta e “enganaria a muitos” (Apoc. 16:13-14; 13:13-14). Somente aqueles cuja orientação provém da Bíblia e que “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apoc.14:12) poderão resistir com êxito a essa arrasadora e enganosa confederação. Declínio da liberdade religiosa - O ressurgimento desse poder aliado a essa tríplice união afetará drasticamente o cristianismo. A liberdade religiosa, obtida a grande custo, assegurada pela separação entre Igreja e Estado, será solapada e finalmente abolida. Com o apoio de poderosos governantes civis, este poder apóstata tentará impor a sua forma de adoração a todas as pessoas. Todos terão de decidir entre a lealdade a Deus e Seus mandamentos e a lealdade à besta e sua imagem (Apoc. 14:6-12). A pressão para que a pessoa se adapte a estas imposições, incluirá coerção econômica: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome” (Apoc. 13:17). Com o decorrer do tempo aqueles que se recusarem à submisão defrontarse-ão com a pena de morte (Apoc. 13:15). Durante esse tempo de provação final Deus intervirá em favor de; Seu povo e livrará todo aquele que tiver seu nome escrito no livro da vida (Dan. 12:1; cf. Apoc. 3:5; 20:15). Sinais entre as nações - Jesus apresentou ainda o seguinte quadro, que ocorreria antes de Sua volta: “Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino; haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu” (Luc. 21:10 e 11; cf. Mar. 13:7 e S; Mat. 24:7). À medida que o fim se aproxima e se intensifica o conflito entre as forças divinas e as satânicas, essas calamidades também se tornarão mais severas e freqüentes, o que hoje pode ser visto como nunca dantes. Guerras - Embora as guerras sempre tenham desgraçado a humanidade, nunca antes na História foram elas tão globais e destrutivas. As duas guerras mundiais causaram maior número de baixas e sofrimentos do que todas as guerras anteriores combinadas. Muitos vêem hoje a perspectiva de um novo conflito de extensão mundial. Sempre que temos a impressão que haverá paz afinal, surgem noticias de novas guerra. Falando sobre os conflitos em aberto no mundo hoje, o Papa Francisco declarou essa semana que estamos vivendo a terceira guerra mundial. Desastres naturais - Parece que os desastres sofreram acentuado aumento nos últimos anos. Cataclismas recentes da Terra e da atmosfera, sobrepondo-se um ao outro, têm levado alguns a perguntar-se se a natureza perdeu o controle – e se o mundo está experimentando alterações climáticas e estruturais profundas, as quais se intensificarão no futuro. Fomes - Já ocorreram muitas fomes no passado, mas nunca haviam se manifestado na escala presenciada durante o presente século. Nunca dantes tivera o mundo milhões de pessoas sofrendo tanto de inanição quanto de subnutrição. A extensão sem precedentes da inanição assinala claramente que o retorno de Cristo é iminente. Enquanto muitos pregam que a humanidade está evoluindo, não é isso que vemos no dia a dia. Embora a ciência esteja se desenvolvendo e trazendo conforto e soluções para os problemas da vida, os relacionamentos vão de mal a pior. As famílias estão se desfazendo, os pais já não se sentem mais tão responsáveis por seus filhos, os filhos por outro lado também não têm o mesmo respeito e a mesma dedicação aos pais, os recursos naturais estão se esgotando, o clima está visivelmente desequilibrado, o planeta dá evidentes sinais de cansaço. Com certeza caminhamos para o fim. Estas coisas não devem nos alarmar nem desesperar. Lembre-se das palavras de Cristo, "Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” Lucas 21:28. A vinda de Cristo será o evento mais glorioso e mais magnifico já visto por olhos humanos. Será também o momento da redenção final dos filhos de Deus, marcando o fim do pecado e o início de uma eternidade de paz e justiça. O apóstolo João conta que viu "novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.” Apoc. 21:1-3. Mas ele ainda completa que Deus "enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Apoc. 21:4. Este deve ser o evento mais aguardado por todos os filhos do Senhor. "Quando" Cristo virá? A Bíblia nos dá a certeza de que Cristo virá, mas não diz nada se será daqui um, cinco, dez, cinquenta ou cem anos. Deus sabe o quanto somos ansiosos e ao mesmo tempo relapsos, e que um ano de espera, para muitos, seria motivo de desânimo enquanto para outros de desespero. Os discípulos já esperavam que Cristo voltasse em seus dias, mas dormiram no Senhor sem ver o cumprimento dessa promessa. Muitos falam em desistir por entender que demora muito, mas ela acontecerá no tempo certo. "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” II Pedro 3:9. Foi para nos poupar de sofrimento que Jesus declarou que “a respeito daquele dia e hora ninguém sabe… senão o Pai” (Mateus 24:36). Por isso não podemos fazer alarde demais a cada sinal que se cumpre para não criar desespero vazio nas outras pessoas e levá-los a desistirem da jornada. Por outro lado, devemos estar atentos aos acontecimentos para não sermos pegos de surpresa. Jesus ilustrou isso com a parábola das dez virgens. Cinco delas mantiveram uma fé pura de que o noivo viria, estiveram alertas, tinham óleo de reserva e cuidavam para que suas lamparinas estivessem sempre acesas. As outra cinco entenderam que iria demorar e que estavam perdendo tempo, assim deitaram e dormiram. Suas lamparinas apagaram e quando o noivo chegou não tinham mais óleo para as lâmpadas. Perderam as bodas. Esse óleo represento o Espírito Santo. Precisamos recebê-Lo a cada dia de nossa vida, precisamos estar todos os dias preparados para a vinda do Senhor. Antes do dilúvio, Deus enviou Noé para que pregasse ao mundo. Ele o fez durante cerca de 100 anos, mas ninguém deu ouvidos, só acordaram para a realidade quando chegaram as chuvas. Assim também Deus tem enviado Seus filhos a pregar ao mundo sobre as coisas que hão de acontecer. Não podemos deixar passar despercebidos. Cristo está voltando, enfim se aproxima nossa redenção. É o momento de nossa libertação. Por isso com brados de alegria devemos dizer "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.” Isaías 25:9