Quinta-feira, 13 de outubro de 2011
27ª Semana do Tempo Comum, Ano Impar, 4ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica verde
Hoje: Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional
Santos: Celidônia, Geraldo de Aurilac, Venâncio, Teófilo (séc. II, bispo, Antioquia), Fausto, Januário, Marcial, Florêncio
(Tessalônica, mártir), Geraldo (909), Colmano (1012, Áustria), Serafim de Montegranaro (1604, Marcas, Itália,
franciscano da primeira ordem).
Antífona: Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão,
Deus de Israel. (Sl 129, 3-4)
Oração: Ó Deus, sempre nos proceda e acompanhe a vossa graça para que estejamos sempre atentos ao bem que
devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura: Romanos (Rm 3, 21-30)
Julgamos que o homem é justificado pela fé
21
Irmãos, agora, sem depender do regime da lei, a justiça de Deus se manifestou, atestada pela
lei e pelos profetas; 22justiça de Deus essa, que se realiza mediante a fé em Jesus Cristo, para
todos os que têm a fé. Pois diante desta justiça não há distinção: 23todos pecaram e estão
privados da glória de Deus, 24e a justificação se dá gratuitamente, por sua graça, realizada em
Jesus Cristo.
25
Deus destinou Jesus Cristo a ser, por seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a
realidade da fé. Assim Deus mostrou sua justiça em ter deixado sem castigo os pecados
cometidos outrora, 26no tempo de sua tolerância. Assim ainda ele demonstra sua justiça no
tempo presente, para ser ele mesmo justo, e tornar justo aquele que vive a partir da fé em
Jesus. 27Onde estaria, então, o direito de alguém se gloriar? – Foi excluído. Por qual lei? Pela lei
das obras? – Absolutamente não, mas, sim, pela lei da fé. 28Com efeito, julgamos que o homem é
justificado pela fé, sem a prática da lei judaica. 29Acaso Deus é só dos judeus? Não é também
Deus dos pagãos? Sim, é também Deus dos pagãos. 30Pois Deus é um só. Palavra do Senhor!
Comentário
O homem é justificado pela fé, sem a prática da lei judaica
A "justiça" de Deus manifesta-se na justificação. Com uma ação maravilhosamente fecunda, em
Cristo3 o Pai "leva o homem a superar-se a si mesmo, aos próprios limites e alienações, o pecado
e a morte". É um imenso e contínuo processo de valorização que Cristo desenvolve, apresentando
ao Pai, especialmente na Eucaristia, toda a nossa atividade. Em Cristo, nó universal da
comunicação humana e divina, a vida de todos os homens de boa vontade assume seu verdadeiro
sentido; adquire valor diante do Pai. Participando da Eucaristia, não abrimos um parêntese na
atividade cotidiana. Desenvolvemos com Cristo e em Cristo o trabalho fundamental de dar um
sentido acabado a todos os outros trabalhos do homem. [MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]
Salmo: 129(130), 1-2.3-4ab.4c-6 (R/.7)
No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem
atentos ao clamor da minha prece!
Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero.
No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora.
Evangelho do Dia
13/10/11
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Pg.1
Evangelho: Lucas (Lc 11, 47-54)
Jesus condena o autoritarismo intelectual dos doutores da lei
Naquele tempo, disse o Senhor: 47"Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no
entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as
obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos.
49
É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles
matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de
todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue
de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas
disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós
mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar".
53
Quando Jesus saiu daí, os mestres da lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal e a provocá-lo
sobre muitos pontos. 54Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que
saísse de sua boca. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas: Mt 12, 38-42; Jo 6, 30-31.
Comentário o Evangelho
O sangue dos profetas
A franqueza usada por Jesus no confronto com os seus adversários permitia-lhe entrever o que se
passava no coração deles. Recusava-se a pactuar com sua hipocrisia, denunciando o modo como
pretendiam agradar a Deus. Essa liberdade de Jesus em denunciar o comportamento dos seus
adversários só podia torná-lo alvo de ódio feroz.
A experiência do Mestre estava em perfeita consonância com a dos profetas do passado. Também
eles foram perseguidos e mortos, sem que o povo desse ouvido à apelos. Em outras palavras,
preferiu-se calar a voz de Deus a acolhê-la com humildade e desejo de conversão.
Mais que todos os profetas e mensageiros do passado, Jesus era a voz privilegiada de Deus na
história humana. Na condição de Filho, fora enviado para proclamar o caminho da salvação.
Todas as suas palavras e suas ações deveriam levar as pessoas a se converterem para o Reino.
No entanto, por parte de um grupo de escribas e fariseus, só encontrou fechamento e recusa de
acolher o caminho que ele lhes propunha.
O Pai pedirá contas a esse grupo de pessoas, como pediu aos que derramaram o sangue dos
profetas, desde a criação do mundo. Tamanha insensibilidade clama aos céus! Sua punição
manifesta a rejeição divina de pactuar com a maldade. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório.
©Paulinas, 1998]
Preces dos Fiéis (Deus Conosco Dia a Dia)
Neste instante tão bonito desta celebração, apresentamos ao Senhor Deus nossos pedidos,
suplicando-lhe: Ó Deus, atendei-nos, por vossa bondade!
 Pela Igreja, para que anuncie com fidelidade o evangelho de Cristo ao mundo, rezemos ao
bom Deus.
 Para que as Comunidades cristãs se abram para o anúncio missionário, e se tornem de
verdade sinais do Reino, rezemos ao bom Deus.
 Por todos os missionários espalhados pelo mundo, que se esforçam para tornar viva a
mensagem de Cristo no coração das pessoas, rezemos ao bom Deus.
 Pra que Deus faça nascer em nossas famílias e em nossas Comunidades muitas vocações
sacerdotais e religiosas, rezemos ao bom Deus.
 (Intenções próprias da Comunidade)
Oração sobre as Oferendas:
Acolhei, ó Deus, com estas oferendas, as preces dos vossos fiéis, para que o nosso culto filial nos
Evangelho do Dia
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leve à glória do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada. (Sl 33,11)
Oração Depois da Comunhão:
Ó Deus todo-poderoso, nós vos pedimos humildemente que, alimentando-nos com o Corpo e o
Sangue de Cristo, possamos participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Para sua reflexão: O profeta que denuncia crimes e anuncia desgraças é eliminado; depois se
constrói para ele um mausoléu como homenagem póstuma. Profeta morto não fala. O esquema
pode abranger várias gerações: uma elimina o profeta, outra lhe dedica o mausoléu. Todas são
membros da mesma família. Remontando a Abel, não o converte em profeta, mas denuncia os
assassinos de profetas como fratricidas; herdeiros do pecado original contra a fraternidade.
Zacarias (=Azarias) encerra a série histórica com a agravante do lugar onde se cometeu o
assassinato. Falta ainda uma série Jesus, mas sua sorte fica apontada de obra para os leitores de
Lucas. O “saber” no v.52 é provavelmente a compreensão da Escritura. Os letrados se arrogam o
monopólio da sua compreensão; eles possuem a chave, e ninguém mais. A batalha próxima
escolhe como campo a dialética, na qual os letrados se sentem fortes. Se o caçam em alguma
palavra delituosa, apresentarão outra batalha mais grave. (Bíblia do Peregrino)
São Daniel e Companheiros
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são devidos
a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a
carta de um certo Mariano de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o
destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os
acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.
O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos
viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde
pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas
jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano
anterior.
O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de
ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo,
Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a
cidade de Ceuta, no Marrocos.
Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido
qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos
inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos
primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.
Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local,
anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades
mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como
loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as
maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os
sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram
decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.
Todavia os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos
cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha.
Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal
Evangelho do Dia
13/10/11
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Pg.3
e da Itália.
O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos, Daniel e cada um dos seis companheiros,
autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas mortes. [www.paulinas.org.br]
Paciência na tribulação
Dom Genival Saraiva, Bispo de Palmares - PE
“Dai-nos força para resistir à tentação, paciência na tribulação, e sentimentos de gratidão na
prosperidade.” Essa é uma prece da Igreja, na Liturgia das Horas. Desde que tenha atingido a
idade do “uso da razão”, independentemente de condição social e cultural, o ser humano precisa
ter motivação, convicção e persistência, em tudo que faz. Em todas as situações da vida, essas
qualidades são imprescindíveis; são, particularmente, necessárias em situações adversas, em
vista de sua superação. Além dessas qualidades humanas, a paciência, quando exercitada como
virtude, contribui, de uma forma muito efetiva, para o enfrentamento de tribulações. Todas as
pessoas estão sujeitas a essas tribulações e é muito comum que se prostrem, física e
psicologicamente, diante dessa experiência porque nem sempre a razão age na linha da confiança
e o sentimento contém a linguagem da esperança. Daí a necessidade da virtude da paciência que
tem a propriedade de deixar a pessoa no comando da situação, animada pela esperança e
sustentada pela confiança.
Na Sagrada Escritura, há exemplos edificantes de pessoas que enfrentaram as tribulações com
plena confiança em Deus, a ponto de relativizarem as consequências da perseguição e do
martírio. “Judas, cognominado „Macabeu‟ (martelo) por sua tenacidade na guerra, era o terceiro
filho de Matatias. Seu glorioso cognome passou a ser aplicado indistintamente a seus irmãos e a
todos que impugnavam o pacto com os pagãos, como os „sete irmãos Macabeus‟, martirizados
diante de sua mãe.” Os irmãos macabeus são um exemplo eloquente de quem enfrenta a
tribulação, ativa e pacientemente. (cf 2Mac 7). São Paulo é outro exemplo de determinação e
coragem, diante das tribulações: “Estou cheio de consolação e transbordo de alegria, em todas as
aflições.” (2Cor 7,4) “Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição,
fome, nudez, perigo, espada? (...) Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele
que nos amou.” (Rm 8,35.37)
Santo Agostinho (séc. V), numa de suas homilias a respeito das provações e tribulações, ensina
que os seres humanos se comportam de modo diverso. “Há alguns que, ouvindo falar de futuras
tribulações, se armam ainda mais e têm sede delas como de bebida. Julgam fraco o remédio dos
fiéis e buscam a glória dos mártires.” Na história da Igreja, os mártires, em todos os tempos e
lugares, confirmam a palavra do Bispo de Hipona. São Lourenço é um deles. “O ano 257, o
imperador Valeriano publicou o decreto de perseguição contra os cristãos e, ao ano seguinte, foi
detido e decapitado o Papa São Sixto II, São Lourenço o acompanhou no martírio quatro dias
depois. Segundo as tradições quando o Papa São Sixto se dirigia ao local da execução, São
Lourenço ia junto a ele e chorava. „Aonde vai sem seu diácono, meu pai?‟, perguntava-lhe. O
Pontífice respondeu: „Não pense que te abandono, meu filho, pois dentro de três dias me
seguirá‟.” Ainda segundo santo Agostinho, “Há outros, porém, que com o anúncio das futuras e
necessárias provações, que precisamente devem vir ao cristão e não atingem senão ao que
quiser ser sinceramente cristão, na iminência delas, ficam alquebrados e vacilam.” O medo do
sofrimento e a falta de firmeza na fé levaram muitos cristãos a fugir das tribulações e do martírio.
Exercitando a paciência diante das tribulações, qualquer pessoa sabe que pode contar com a ação
da graça de Deu, para enfrentá-las e superá-las. [CNBB]
A partilha do pão leva a entender melhor a Eucaristia, e esta leva a partilhar o pão. (Dom Eugênio Rixen)
Evangelho do Dia
13/10/11
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Segunda-feira, 3 de março de 2003