Ano VII - Número 77 - Junho de 2013 www.paroquiasantateresinha.com.br Querem que o Senhor lhes dê muitas graças? Visitem-no com frequência (Dom Bosco) Eu Sou Igreja Maria José fala sobre a experiência no Apostolado da Oração pág. 2 Palavra do Pároco Pe. Camilo fala sobre um Deus paciente e misericordioso pág. 3 Entrevista Pe. Ladislau explica porque e para que serve a devoção ao Sagrado Coração de Jesus pág. 16 2 Santa Teresinha em Ação Eu Sou Igreja Coração de Jesus, eu confio em Vós Caro Leitor, certamente você já percebeu que uma das maiores preocupações de nossa Pastoral da Comunicação é oferecer a nossos paroquianos e todas as outras pessoas atingidas por nossas publicações, sejam digitais ou impressas, um trabalho de qualidade pastoral e evangelizadora. Mas uma dúvida constantemente nos assalta: Estamos acertando em nosso trabalho, estamos atendendo aos anseios e expectativas de nosso público? De vez em quando então, somos surpreendidos por alguns retornos que nos indicam um caminho a seguir, alterando a rota ou permanecendo nela. Esse é o caso de uma simpática carta recebida por nosso pároco, a qual transcrevo (sic) a seguir: Ave Maria! Barra do Garça, 25/04/13 Estimado Sr. Padre Camilo! Paz de Cristo! Saudações para o Senhor e seus paroquianos. Faz anos tenho recebido o jornal da Paróquia Sta Teresinha e agradeço de coração. Ultimamente estou no novo lugar Paroquia Sto Antonio, Cx. P.84 na cidade de Barra do Garças – MT; Cep 78600-000. Por favor o Senhor poderia de mudar o meu endereço e mandar diretamente o jornal da Paroquia para Barra do Garças. Mais uma vez agradeço pelas valiosas notícias deste jornal “Santa Teresinha” e espero recebe-lo no novo endereço. Grato em Dom Bosco Pe. Clemente Deja sdb Nem é preciso dizer quanto nos agradou receber tal correspondência, pois ela demonstra de forma inequívoca que nosso trabalho está sendo apreciado até mesmo em longínquos rincões de nosso Brasil, já que enviamos a todas as paróquias salesianas dois exemplares de nosso jornal, e desta vez, então, a pergunta é outra: Será que você não desejaria também expressar sua opinião a respeito de nosso trabalho? Ela pode ser um elogio e também uma crítica que nos permita corrigir rotas ou investir mais nos caminhos certos. Faça isso pelo e-mail [email protected]. Teremos prazer e alegria em receber sua opinião. Desta vez, neste espaço que ocupei com o relato da simpática carta recebida, não recomendarei em especial nenhuma leitura, mas desejo sinceramente de coração que você faça, de todo o jornal, uma boa leitura, em especial o senhor, Pe. Clemente Deja. SC Carlos R. Minozzi [email protected] Expediente Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal Santana Distribuição interna, sem fins lucrativos. Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140, Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 – São Paulo – SP Tel.: (11) 2979-8161 Site: www.paroquiasantateresinha.com.br Diretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDB Jornalista responsável: Daya Lima - MTb - 48.108 Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124 Colaborador: Rafael Carreira Arte e diagramação: Toy Box Ideas Pesquisa: PASCOM Revisão: PASCOM Fotos: PASCOM e Banco de Imagens Impressão: Gráfica Atlântica Tel. (11) 4615-4680 Tiragem: 3.000 exemplares email:[email protected] Capa: O pequeno Pedro B. V. B. Cruz, assíduo nas Adorações ao Senhor. O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores. “Fui criada por Salesianos, minha mãe Hilda Rocha era ativa na Igreja e meu tio era o Padre Salesiano Edgard Rocha. Trabalhei nas Paróquias Santo Antonio do Lausane com Pe. Vitor e Santa Teresinha com Pe. Chico. Hoje eles são amigos muito queridos. No Apostolado da Oração sempre trabalhei para trazer novos participantes. O verdadeiro Apostolado da Oração significa fazer oração. É oração! Para mim, isso é Igreja! Quando recebemos a fita do Apostolado da Oração é para a vida toda. Hoje não posso ir muito à Igreja, mas pratico o Apostolado dentro de minha casa, cuidando do meu marido que precisa de mim. Sinto falta da Paróquia e dos amigos que tenho lá. Sou devota de Nossa Senhora Auxiliadora e, no dia Dela, peço que traga mais jovens para o Apostolado da Oração. Muitos jovens na Santa Teresinha que receberam a Fita hoje são Ministros. Por isso, gostaria de fazer um convite como ex-presidente do Apostolado da Oração. Jovens, convido todos vocês - venham para o Apostolado da Oração! E deixo a mensagem para todos - Coração de Jesus, eu confio em Vós!” Maria José Alves de Rezende, ex-presidente do Apostolado da Oração de 1999 a 2010 Indicamos Vidas de Jovens Neste livro, escrito de próprio punho por Dom Bosco, as biografias de três rapazes, com personalidades e história de vida diferentes, mas que perceberam por meio do Oratório que era possível ter a santidade como meta de vida. O livro é uma oportunidade de conhecer com profundidade as verdadeiras características do sistema educativo criado por Dom Bosco. A edição original foi preparada e anotada por Aldo Giraudo, um dos maiores especialistas sobre a espiritualidade salesiana. O livro pode ser adquirido no portal http://www.edbbrasil.org. br/salesianidade/vidas-de-jovens por 25 reais. Santa Teresinha em Ação 3 A Voz do Pastor Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8) E stamos nos preparando para o grande evento da juventude de 2013: a Jornada Mundial da Juventude. A Jornada não será um simples acontecimento de um caminho da Igreja com os jovens, mas será a grande celebração dos jovens que são Igreja, discípulos-missionários de Jesus Cristo, que juntos com o Vigário de Cristo, o Santo Padre, renovarão a fé no Ressuscitado, na certeza da presença amiga do Senhor no dia a dia. A Jornada não está apenas no futuro, mas desde já é a grande celebração de todos nós, Igreja do Senhor, que temos um “compromisso sério com a formação das novas gerações, que pressionadas por tantas propostas de vida, necessitam de discernimento, de coragem, de verdadeiros caminhos e, principalmente, de nossa presença amiga” (CNBB, Doc. 85, p. 5). Neste tempo em preparação à Jornada vemos nossas Comunidades comprometidas através de ações concretas para levar nossos jovens ao Rio de Janeiro e dar-lhes a alegria de partilhar a fé com uma imensa multidão de outros jovens e em comunhão com o Santo Padre: celebrações, encontros de preparação dos jovens, ação entre amigos, feiras, pessoas que se tornaram padrinhos de um jovem, famílias que colocaram sua casa à disposição para acolher um peregrino etc. Antes de ir para o Rio de Janeiro, porém, acontecerá a Pré-Jornada ou Semana Missionária, fato que induz as Comunidades a que se organizem a fim de realizá-la. A Semana Missionária tem por objetivo acolher os peregrinos que vêm de outros países para uma experiência missionária em nossa Igreja com NOSSOS JOVENS MISSIONÁRIOS. Não se trata apenas de preparar a acolhida dos jovens que vêm de fora, mas de preparar as forças vivas das Comunidades para que os jovens do mundo e os nossos partilhem conosco a própria experiência de fé no Senhor da Vida, Missionário do Pai. Para a Semana Missionária, ninguém pode ficar de fora, pois não é uma opção de participar ou não, uma vez que a missão faz parte essencial do ser Igreja, do ser batizado. Por isso, convocamos as forças eclesiais – presbíteros, diáconos, religiosos e leigos, paróquias, comunidades, pastorais, movimentos, associações e novas comunidades – a se empenharem na acolhida dos peregrinos e no apoio efetivo aos jovens na realização da Semana Missionária. Ao convite do Sacerdote, da Religiosa, do Coordenador ou da Equipe Paroquial, responda: Eis-me aqui. A escuta, a acolhida, a resposta positiva e efetiva à vontade de Deus são a síntese cristã do discipulado e da missionariedade (CF 2013, p. 75). Diga: Eis-me aqui. Seja um voluntário na cozinha, na preparação do ambiente, na orientação dos jovens, na acolhida na casa. A Semana Missionária será um momento de mostrar que a Igreja de São Paulo, que a Paróquia, que você católico, aposta no jovem e que a CF 2013 tocou profundamente o coração: Eis-me aqui, envia-me. Não podemos fazer “corpo mole”; é a hora propícia de uma entrega solícita e sincera dos dons, talentos, recursos para o projeto de Deus na Comunidade em favor da juventude. Dom Sergio de Deus Borges Bispo Auxiliar de São Paulo Vigário Episcopal para a Região Santana Palavra do Pároco Um Deus paciente e misericordioso “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor”: estas palavras o Sagrado Coração de Jesus dirigiu a santa Margarida Maria Alacoque, que as transmitiu a todo o povo cristão, para que conhecessem e amassem sempre mais o Senhor, rico em misericórdia. A tarefa de anunciar a misericórdia de Deus foi assumida também pelo Papa Francisco, desde o início do seu pontificado. Nas alocuções que ele dirige ao povo no Ângelus cada domingo ele o tem demonstrado com grande simpatia e profundidade. É assim que, logo após a sua eleição, ele recorda a todos: “Irmãos e irmãs, o rosto de Deus é o de um pai misericordioso, que sempre tem paciência. Já pensastes na paciência de Deus, na paciência que Ele tem com cada um de nós? É a sua misericórdia. Sempre tem paci- ência, tanta paciência conosco: compreende-nos, está à nossa espera; não se cansa de nos perdoar, se soubermos voltar para Ele com o coração contrito. «Grande é a misericórdia do Senhor», diz o Salmo”. E completa: “Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Precisamos de compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência. Bem, o problema está em nós que nos cansamos e não queremos, cansamo-nos de pedir perdão. Ele nunca se cansa de perdoar, mas nós às vezes cansamo-nos de pedir perdão. Não nos cansemos jamais, nunca nos cansemos! Ele é o Pai amoroso que sempre perdoa, cujo coração é cheio de misericórdia por todos nós”. Sempre preocupado em que compreendamos o mistério do amor de Deus, ele exorta: “A graça contida nos Sacramentos pascais é uma potencialidade de renovação enorme para a existência pessoal, para a vida das famílias, para as relações sociais. Mas tudo passa através do coração humano: se eu me deixar alcançar pela graça de Cristo ressuscitado, se lhe permitir que transforme aquele meu aspecto que não é bom, que me pode fazer mal, a mim e ao próximo, permitirei que a vitória de Cristo se consolide na minha vida, ampliando a sua ação benéfica. Este é o poder da graça! Sem a graça nada podemos! Sem a graça nada podemos! E com a graça do Ba tismo e da Comunhão eucarística posso tornar-me instrumento da misericórdia de Deus, da bonita misericórdia de Deus”. Por isso, “em todos os tempos e em todos os lugares, são bem-aventurados aqueles que, através da Palavra de Deus, proclamada na Igreja e testemunhada pelos cristãos, acreditam que Jesus Cristo é o amor de Deus encarnado, a Misericórdia encarnada. E isto é válido para cada um de nós”! A missão de cada cristão, a missão da Igreja, é anunciar a misericórdia: “Devemos ter a coragem de ir e anunciar Cristo Ressuscitado, porque Ele é a nossa paz, Ele construiu a paz com o seu amor, com o ser perdão, com o seu sangue e com a sua misericórdia. . Oremos juntos à Virgem Maria, a fim de que nos ajude, Bispo e Povo, a caminhar na fé e na caridade, sempre confiantes na misericórdia do Senhor: Ele está sempre à nossa espera, ama-nos, perdoou-nos com o seu sangue e perdoa-nos cada vez que nos dirigimos a Ele para pedir o perdão. Tenhamos confiança na sua misericórdia”! Aprendamos então com o Papa Francisco a amar e a manifestar o amor: “Pensar que Deus é amor é muito positivo para nós, porque nos ensina a amar, a doar-nos ao próximo como Jesus se doou a nós, e caminha conosco. Jesus caminha conosco pelas veredas da vida”. Um abraço carinhoso a todos. Pe. Camilo, Pároco 4 Santa Teresinha em Ação Família Salesiana Estou de volta! F ico feliz em voltar a escrever no “Santa Teresinha em Ação”. Em 2010 pude relatar um pouco da realidade do Oratório Festivo Santa Teresinha; a partir de hoje falarei sobre uma realidade mais abrangente: a Família Salesiana. Em 1971, o Capítulo Geral Especial dos Salesianos (estância máxima de governo da Congregação Salesiana) assim a caracterizava: “a Família Salesiana é uma realidade eclesial que se torna sinal e testemunho da vocação de seus membros para uma missão particular, segundo e espírito de Dom Bosco” em outro momento afirma também “a Família Salesiana desenvolve uma espiritualidade original de natureza carismática que enriquece todo o Corpo da Igreja e se torna modelo pedagógico cristão todo particular”. Vemos, portanto, que Dom Bosco, continua presente na Igreja atendendo os jovens através daqueles que seguem a Jesus com o seu carisma. Sozinho, nosso santo fundador não iria longe, precisou articular forças, pessoas com dons diversos para salvação da juventude. Pergunto a você: já pensou em participar dessa família? Ser Dom Bosco vivo hoje para os jovens de hoje? Se sim digo, que nossa família tem espaço para todos, basta abrir-se a ação do Espírito Santo e juntamente conosco encontrar Jesus na face de cada jovem que se apresenta necessitado de ajuda. Saiba que contará também com a intercessão de Maria Auxiliadora, cuja festa acabamos de celebrar em 24 de maio. A bem-aventurada Maria Romero, salesiana da Nicarágua, nos ensina com sua devoção a seguinte jaculatória por ela repetida inúmeras vezes: “Ó minha Mãe, minha Rainha! Põe tua mão antes da minha!” Ela é um dos inúmeros exemplos de cristãos que souberam a seu modo viver esse lindo carisma da Igreja. Nesse espaço partilharei figuras de ontem e de hoje que poderão nos inspirar na nossa missão de evangelizadores da Juventude, ainda mais nesse ano de Jornada Mundial da Juventude que realizar-se-á mês que vem no Rio de Janeiro. Juntemo-nos à multidão de fiéis ansiosos por uma sociedade melhor, onde a juventude possa ser feliz com Deus. maneira que “vimos a sua glória” (Jo 1) Jesus é um com o Pai e o Espírito Santo, três pessoas, mas um em natureza divina, o Criador de tudo, mas por ninguém criado, imutável, todo-poderoso e eterno, sem princípio ou fim. É o que nasceu da Virgem, sem perder sua divindade, mas unindo-a à vida humana, de forma que, em uma pessoa, possa ser o verdadeiro Filho de Deus e Filho da Virgem. Embora tenha morrido na humanidade e na carne que assumiu Jesus continuou a existir na sua natureza divina, sendo um só Deus com o Pai e o Espírito Santo. Jesus ressuscitou dos mortos e subiu ao Céu, e que agora fala conosco por seu Espírito. Rafael Galvão Barbosa, sdb [email protected] Formação Quem é Jesus? T odos os evangelistas falam sobre o mistério e as obras de Jesus. Cada um deles tem sua didática e estilo próprio na apresentação em anunciar a Boa Nova, porém, fica claro que os sinóticos se preocupam em mostrar que Jesus é o Messias aguardado por gerações e gerações, enquanto o evangelista João está mais preocupado em anunciar o mistério de Jesus, Filho de Deus. Jesus é a Palavra de Deus, reveladora, criadora, libertadora, salvadora que se faz carne e isto João quer mostrar enfaticamente desde o preâmbulo de seus escritos. Jesus é “verdadeiro Deus e verdadeiro homem,” como afirma o dogma da dualidade nas naturezas e a unidade da pessoa de Jesus Cristo (União Hipostática) no Concilio de Calcedonia. (451) João nos comunica o mistério da Palavra Divina, relacionando-o de modo mais estreito com o próprio mistério de Jesus, Filho de Deus: enquanto Filho, Jesus é a Palavra subsistente, o Verbo de Deus. É, portanto, dele que deriva em ultima analise toda manifestação da Palavra divina, na criação, na historia, na realização final da salvação. É assim que se pode também compreender a palavra da epistola aos Hebreus: “Depois de ter falado a nossos pais pelos profetas, Deus nos falou por seu Filho” (Hb 1,1s) Enquanto Verbo Jesus existia desde o começo em Deus e ele próprio é Deus. Ele era a Palavra criadora na qual tudo foi feito. A Palavra iluminadora que luzia nas trevas do mundo para trazer aos homens a “revelação de Deus”. Desde o Antigo Testamento era já ele que se manifestava secretamente sob as aparências da Palavra operante e reveladora. Mas finalmente, no fim dos tempos, esse Verbo entrou abertamente na historia fazendo-se carne. Tornou-se então para os homens objeto de experiência concreta, de Paulo Henriques [email protected] Santa Teresinha em Ação 5 Igreja em Ação 6a Urgência: A Igreja e a evangelização dos jovens D e fato uma preocupação ímpar da Igreja Católica é a juventude. Fazer com que os jovens descubram seu papel na sociedade e na Igreja. Que superem os desafios próprios de nosso tempo como a alienação com “doutrinas não tão sadias” que os levam a uma visão hedonista do ser humano. “Os jovens têm direito de receber da Igreja o Evangelho e de ser introduzidos na experiência religiosa, no encontro com Deus e no contato com as riquezas da fé cristã” (Doc. 85 CNBB 5p) Muitos jovens se perdem por força da ausência da transmissão da fé. A fé precisa ser apresentada aos jovens como um encontro amoroso. Um Deus que ajuda, os ajuda a encontrar o sentido de suas vidas, que promove em seus corações um discernimento serio da vocação para vida! A grande problemática que cerca os dias atuais são as drogas, o desemprego, a sexualidade vivida de forma desenfreada, a total falta de perspectiva da vida e a completa ausência da vocação para a vida! A resposta da Igreja, enquanto sinal de Salvação é motivar suas paróquias e novas comunidades fortalecendo os laços que já existem e buscando outros momentos de entrosamento com os jovens. Certamente a Jornada Mundial da Juventude trará uma grande luz para a juventude do Brasil. Não basta unir-se em grupos de jovens como no passado, hoje é preciso fazer uso das redes sociais O fato de se reunirem com o sucessor de Pedro, Papa Francisco, trará novo estimulo à juventude. Mesmo os jovens que não tem ação com a Igreja Católica sentir-se-ão parte deste rebanho do Senhor! Não basta unir-se em grupos de jovens como no passado, hoje é preciso fazer uso das redes sociais, bem como dar aos jovens desafios próprios para o seu tempo criando uma consciência católica inserida na realidade para ser um sinal do Reino de Deus. O tempo da “juventude” deve ser marcado pela aquisição do conhecimento maduro e sadio, pela reflexão sistemática da vocação à vida, no respeito aos direitos humanos e na formação da fé, na integralidade da pessoa humana. Deixo para o final o maior desafio para as nossas comunidades: formar uma espiritualidade autentica e católica visando à edificação da pessoa humana na comunidade de fé. Este processo é lento e demorado, mas não deve ser adormecido, nem sequer nossas comunidades devem se sentir de- sestimuladas, imaginando que a juventude é inflexível. Esse pensamento descarta a possibilidade do agir do Espírito Santo na comunidade de fé. Em nossa realidade regional os Encontros de Jovens com Cristo (EJC) trazem para perto de si muitos jovens. Outras iniciativas ainda podem ser criadas para dar uma resposta e alimentar a fé da juventude. Mas não basta fazer com que eles venham à Igreja, é preciso ir ao seu encontro. Isso pode acontecer quando motivamos nossos jovens a que tragam outros jovens. Uma realidade é certa: somente saberemos atrair os jovens a Cristo e a sua Igreja se conhecermos bem a realidade que os cerca. Não com discursos apologéticos, mas oferecendo uma fé viva, límpida e transparente: a fé que da Igreja recebemos e sinceramente professamos! do, a ideia de deixar de contribuir para a formação dos jovens não passa pela cabeça do colaborador de longa data. Segundo ele, embora não possa dedicar tanto tempo quanto gostaria ao Oratório, tenta com- pensar com carinho e dedicação e diz que enquanto tiver forças e gosto para realizar este trabalho estará todo domingo auxiliando e levando os ensinamentos de Dom Bosco para os jovens oratorianos. Padre Zacarias José de Carvalho Paiva, [email protected] Assessor da Pastora l Familiar da Arquidiocese de São Paulo Nosso Oratório Uma vida inteira no Oratório Há mais de 30 anos no Oratório, Egídio não se vê longe dele O Oratório é onde Dom Bosco iniciou a história dos salesianos e em Santa Teresinha ele é atuante há muito tempo. Antes mesmo da capela ou da escola, o Oratório já estava presente no bairro. Em boa parte deste tempo um nome faz parte do dia a dia dos oratorianos. Egídio de Oliveira atua na obra de Dom Bosco desde 1975 e está há 34 anos ininterruptos participando do cotidiano seja como oratoriano, seja como colaborador. Diversos fatores contribuíram para motivá-lo a ficar tanto tempo atuante. “A princípio, foi a acolhida que recebi que me motivou. Cheguei muito pequeno e ser um oratoriano contribuiu para minha formação pessoal, espiritual e até mesmo profissional” indica Egídio. Alem disso, os princípios ensinados por Dom Bosco e o ambiente familiar são combustíveis para mantê-lo sempre ativo no Oratório. Como colaborador, Egidio conta com o auxilio da esposa Ana Matilde, atuante há 29 anos, e do filho Fernando que frequenta o Oratório desde quando ainda estava na barriga da mãe. “É importante para os jovens com histórias de vida tão sofridas, ter um exemplo a seguir. Tentamos ser este exemplo e fazemos o que está ao nosso alcance para contribuir”, conta ele. Ao longo do tempo, Egídio notou as diferenças entre os frequentadores e a estrutura do Oratório de antigamente e de hoje. “Antes o Oratório contava com uma maior participação da paróquia e as crianças viviam mais em comunidade. Hoje a maior parte dos frequentadores vêm de bairros mais distantes”, alerta Egídio. Apesar de estar a mais de 30 anos atuan- 6 Santa Teresinha em Ação Estreia O relançamento do “...Bom Cristão”! ‘Não separa o homem o que Deus uniu’ costumamos com frequência repetir quando pensamos especialmente na fidelidade conjugal Esta belíssima expressão tem, no entanto, uma vastíssima amplitude que, ao longo dos séculos nem sempre foi compreendida suficientemente. Consequências constrangedoras surgiram, então, no campo da moral, dos costumes, da espiritualidade... Separações indevidas se fizeram notar entre os planos humano e divino, entre natureza e graça, entre cidadania e empenho cristão... A pessoa, o ser humano, dividido em si mesmo, estava e, por vezes, ainda está, sujeito a muitas ambiguidades. É preciso sim, distinguir as várias dimensões do ser humano, os planos diversos nos quais está mergulhado! Distinguir para melhor aprofundar a grandeza do mistério do homem, a infinitude do mistério de Deus. Distinguir para perceber o alcance do mistério da Encarnação que estabeleceu ponte indestrutível entre humano e divino. Distinguir, porém, não é separar! Assim, vindo à Estreia 2013, nosso Reitor Mor, propõe, em uma admirável síntese humano-cristã o relançamento do “honesto cidadão e bom cristão”. Nossa conversa de hoje – focando especialmente, a formação do bom cristão – quer ser, pois, uma continuidade do artigo anterior que traçou algumas considerações sobre “o honesto cidadão”. Não dois temas separados mas dois enfoques de um mesmo tema! Dois termos não paralelos mas interativos como vasos comunicantes, interrelacionais, interdependentes. Conceber o “bom cristão” apenas como um fiel orante, praticante de alguns deveres religiosos, voltado para a caridade considerada somente como auxílio emergencial significa, diz a estreia 2013 “correr o risco de mover-se no âmbito de um falso samaritanismo”. Aprofundamentos filosófico-antropológicos, teológicos, científicos, históricos e metodológicos se fazem necessários para que a meta – “a formação de jovens “novos”, do século XXI, chamados a confrontar-se com uma vastíssima e inédita gama de situações e problemas, em tempos decididamente alterados, nos quais as próprias ciências humanas estão em fase de reflexão crítica” – passe da situação de sonho para o mundo da realidade. Na trilha pedagógico-pastoral de Dom Bosco o Reitor Mor, herdeiro privilegiado de seu carisma, lança para a grande Família da qual é o pai, e o sucessor de Dom Bosco, uma série de profundos questionamentos que pretendem chegar a nós como provocações para a busca pessoal e comunitária de respostas! Dom Bosco, que na sua época, incomodou bastante os circunstantes pela contestação aos pressupostos da situação vigente... Dom Bosco que movido pela paixão educativa-pastoral quebrou paradigmas próprios de seu tempo e encontrou formas novas de chegar aos jovens, de propor-lhes de modo simpático a acolhida e a prática do bem, continua hoje a nos provocar a fim de sabermos motivar os jovens para que assumam viver na liberdade de filhos de Deus a ‘vocação plena do homem’. Esta vocação não se esgota na dimensão horizontal da natureza mas é chamada a conjugar-se com a dimensão transcendental – somos filhos no Filho – na construção do ‘homem novo’ à semelhança do Verbo Encarnado. Ele, de fato, veio, diz o Concílio Vaticano-II para revelar ao homem o que é o homem (cfr L.G.) O bom cristão, portanto, é aquele honesto cidadão que vive de modo alargado e atuante a sua vocação na Igreja e na sociedade. Não se trata portanto, de alternar atuações: tudo que é feito em âmbito de Igreja tem repercussão social e toda ação social, profissional, cultural, política é reveladora do mistério da Igreja, corpo místico de Cristo. Alegremo-nos! Nossos chamados ‘pequenos atos’ nossas ‘pequenas ações’ nunca são pequenas. Elas podem ter e têm de fato a dimensão que nosso amor cristão lhes imprime. É este ser unitário “humano-cristão” que a Estreia 2013 quer relançar! Ir. Célia Apparecida da Silva, FMA Diretora do Instituto Mazzarello Para refletir! Como, porém, atualizar o “bom cristão” de Dom Bosco? Como salvaguardar hoje a totalidade humano-cristã do projeto em iniciativas formal ou prevalentemente religiosas e pastorais,contra os perigos de antigos e novos integrismos e exclusivismos? Em qual direção estamos trabalhando? Santa Teresinha em Ação Campanha da Fraternidade Siga nossa paróquia: facebook.com/pascomst Cultura Midiática - 2 Nesta edição de junho, desejo continuar nossa conversa sobre juventude e cultura midiática, visto que este é um dos temas mais fortes do universo juvenil em nossos dias. Proponho para nossa reflexão o tema do “relacionamento juvenil e cultura midiática”. O texto da CF 2013 nos propõe que “o relacionamento para os jovens da cultura midiática refere-se ao novo modo de comunicar-se”. É interessante perceber que os novos meios de comunicação e, particularmente, as redes sociais criaram um modo novo e totalmente inusitado de relacionamento – um relacionamento todo focado em comunicação - e comunicação pensada em suas mais variadas vertentes. Os jovens não mais se relacionam apenas com familiares, vizinhos e colegas (de escola, clube, comunidade paroquial); os relacionamentos também não mais se limitam a interações a partir de interesses comuns como estudo, fé, esporte. Hoje os jovens possuem “verdadeiros amigos” e talvez até se digam íntimos (“melhores amigos”) de pessoas que nunca viram, pessoas que vivem em outros países ou continentes, que falam outras línguas e vivem outras culturas; por vezes os interesses básicos são bastante diferentes e, até mesmo por curiosidade, acabam se tornando muito “próximos”. Os antigos padrões de relacionamento já não são tão importantes e deram espaço a novas formas, a partir também das novas formas de comunicação. As redes sociais e as modernas formas de interação midiática abriram novas possibilidades de relacionamento – por exemplo, existem fortes amizades baseadas tão somente na troca de mensagens, sem que os tais amigos sequer conheçam o rosto um do outro – em algumas situações e para algumas pessoas a imagem não é importante, somente o pensamento, as ideias. Por outro lado, em outras situações, existe uma supervalorização da imagem – veremos então poucas ideias, pouca reflexão e muita troca de fotos, vídeos e, quem sabe, imagens trabalhadas que pouco contem de realidade; este falsear da realidade não constitui um problema, ele faz parte desta nova 7 maneira de comunicar e de relacionar. Qual deve ser a nossa postura? Como agir/reagir? Como pais, educadores, evangelizadores ou jovens cristãos, conscientes de sua missão entre seus coetâneos, somos chamados a habitar este mundo midiático, este “continente digital”, e levarmos a estas novas formas de comunicação e relaciona- mento os valores fundamentais e essenciais dos relacionamentos sadios, verdadeiros e capazes de conduzir os jovens a uma vida adulta madura e feliz. Não condenar, não afastar... conhecer, amar e ajudar! Pe. André Cunha de Figueiredo Torres, SDB Assessor arquidiocesano do Setor Juventude Papa Francisco usa twitter para se comunicar com toda juventude; Facebook também é ferramenta para jovens do mundo inteiro interagir 8 Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação 9 Destaque Apostolado da Oração: uma doação para o bem de todos Presente na Igreja há dois séculos, a rede é direcionada pelo Papa e tem a reza como mecanismo para ajudar na resolução dos problemas da humanidade; na paróquia Santa Teresinha existe desde 1941 F oi para responder aos desafios da humanidade de acordo com a missão da Igreja, que surgiu, há quase dois séculos, o Apostolado da Oração (A.O), uma rede mundial de oração que, confiada ao Papa, forma homens e mulheres esclarecidos na própria fé e disponíveis para servir a Igreja no dia a dia. Para quem não sabe, o Apostolado da Oração na sua longa tradição é uma obra confiada pela Santa Sé à Companhia de Jesus, que tem como missão principal a formação de cristãos atentos e comprometidos com as necessidades da Igreja e do Mundo. Para se ter uma ideia, atualmente, são mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo que fazem parte da rede e unem-se para rezar pelas intenções que o Santo Padre pede à Igreja. Isso faz com que o A.O seja uma enorme família de pessoas que, todos os dias, oferecem o seu dia, no silêncio da oração e na profundidade espiritual das atividades. Além disso, tem como base a santificação da própria vida, através da relação pessoal com Jesus, que leva a uma atitude cristã de alegria e esperança no meio onde se vive. Apesar de tradicionalmente ser organizado em grupos presentes nas paróquias, o Apostolado da Oração não é um movimento eclesial, nem pretende ser um organismo que exija uma filiação ou compromissos particulares. É, antes de mais nada, uma proposta de espiritualidade, transversal a qualquer idade, cultura, estado social ou pertença a movimentos católicos. Ou seja, qualquer cidadão pode fazer parte do Apostolado da Oração, basta desejar viver uma estreita relação em Cristo. A fita O mês de Junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e a fita é um símbolo que significa a pertença ao Apostolado da Oração. Os membros do Apostolado além de orar, também precisam trabalhar com caridade, humildade e mansidão. Os novatos recebem a fita mais fina, mostrando que estão sendo iniciados. Já os veteranos usam a fita mais larga, pessoas que têm a função de zelar por essa devoção e difundi-la, através de suas palavras e atitudes. Como viver o Apostolado da Oração? Para quem quer fazer parte do movimento... •Precisa gostar de rezar e oferecer um momento do dia para isso; •Precisa participar das reuniões para alinhamento de foco; •Tem que querer ser íntimo de Deus, aprendendo a rezar conforme todo o grupo; •Precisa se doar para o objetivo macro da Igreja Para viver, de fato, o Apostolada da Oração, a Igreja propõe algumas práticas. Uma delas é oferecer, todos os dias, logo pela manhã, o dia que começa, pondo-se à disposição para que o Espírito Santo atue em cada momento do dia e leve à realização concreta dos valores do Evangelho. Também faz parte aprender a rezar, a criar intimidade com Deus, a viver no silêncio do coração a inspiração e a novidade do Evangelho para cada dia. Juntamente com isso, procura-se ainda formar a própria Apostolado da Oração – Paróquia Santa Teresinha. Quero participar, como faço? As reuniões acontecem sempre após as missas de sábado, que vem depois da primeira sextafeira do mês. As consagrações a novo membro são feitas durante a festa, que só acontece no mês de junho. É preciso participar das reuniões e preencher alguns requisitos básicos. Os interessados devem procurar a Tânia, presidente do movimento na paróquia, durante as reuniões do Apostolado da Oração. Mais informações podem ser obtidas pelo email: [email protected] fé, tendo capacidade de dialogar com as interrogações e desafios que hoje são postos à Igreja. Além disso, alimentar uma profunda devoção à celebração da Eucaristia, como o Sacramento que resume e inspira a vida cristã, descobrindo nele a presença amorosa de Deus, na pessoa de Jesus e do seu Coração. E, para finalizar, têm que viver unidos ao Santo Padre, na oração pelas intenções que pede mensalmente a todos os cristãos, saindo dos horizontes cotidianos e abrindo-se aos problemas de todo o mundo. Na paróquia Na paróquia Santa Teresinha, o grupo do Apostolado da Oração é presidido por Tânia Pille Giuliano e conta com quase 70 membros. Eles se reúnem todos os sábados, depois da primeira sexta-feira do mês, sempre depois da missa. “São nesses encontros que a gente alinha os objetivos. Trago recados e direcionamentos das reuniões que temos com a região e definimos os próximos passos”, conta Tânia. O Apostolado da Oração da paróquia Santa Teresinha existe, de acordo com Tânia, desde 1941. Ela preside o A.O desde 2009. “Não me vejo longe do Apostolado e me sinto privilegiada por estar a frente deste trabalho tão bonito e tradicional. Faz parte da minha vida rezar pelo objetivo macro da Igreja”. Tânia diz ainda que os novos membros são empossados sempre no mês de junho, no dia da festa do Apostolado da Oração. Entretanto, é preciso participar das reuniões do grupo e manifestar o interesse. “Para ser membro é preciso se doar, não é uma tarefa fácil, tem que estar focado”, finaliza. 10 Santa Teresinha em Ação Salesianidade Dom Bosco e a alegria de viver: Pedagogia da Bondade Iniciamos o mês de junho, lembrando com alegria de Santo Antônio, São João e São Pedro, “responsáveis” pelos populares festejos juninos Dando prosseguimento à reflexão sobre a Pedagogia de Dom Bosco, resgato a sua convicção de viver em plenitude essa alegria. Depois de entendermos como Dom Bosco se sentiu enviado por Deus aos jovens – que eram para ele a sua razão de ser, a sua missão, a sua mais preciosa herança –, devemos redescobrir,o quanto se ofereceu a eles, por meio do Evangelho da alegria e da pedagogia da bondade. Assim Dom Bosco apresenta seu projeto de vida: “Sou conhecido em todo o mundo como um santo que semeou muita alegria. Antes, como escreveu alguém que me conhecia pessoalmente, fiz da alegria cristã ‘o undécimo mandamento’. Convenceu-me a experiência que não é possível um trabalho educativo sem esse maravilhoso impulso, sem essa estupenda marcha a mais, que é a alegria. Estou a lhe falar da alegria verdadeira, da que nasce do coração de quem se deixa guiar por Deus. A risada fragorosa, a algazarra importuna, duram um momento; a alegria de que lhe falo vem de dentro, e permanece, porque vem de Jesus Cristo, quando O acolhemos sem reservas. Eu costumava dizer: ‘Seja alegre, mas sua alegria seja aquela de uma consciência limpa de pecado’. E para que os meus meninos se persuadissem disso, acrescentava: ‘Se quiserem que sua vida seja alegre e tranquila, devem cuidar em permanecer na graça de Que também saibamos aumentar a nossa fé e a nossa alegria de viver, algo que Dom Bosco sempre incentivou Pe. Aramis Francisco Biaggi Deus, porque o coração do jovem que está em pecado é como um mar em contínua agitação’. Eis por que lembrava sempre que ‘a alegria nasce da paz do coração’. E insistia: ‘Eu não desejo outra coisa dos jovens senão que sejam bons e estejam sempre alegres’. Sei que alguém também disse: ‘Se São Francisco de Assis santificou a natureza e a pobreza, Dom Bosco santificou o trabalho e a alegria. Ele é o santo da vida cristã laboriosa e alegre’. Esta frase me agrada! E por dois motivos: primeiro porque me coloca perto de um santo simpático e sempre atual como é o estupendo jovem de Assis; segundo, porque o autor da frase captou o segredo da minha santidade: o trabalho e a alegria. Quero agora contar-lhes um segredo: eu nunca me considerei um educador-padre; eu era sim um padre (que havia chegado ao sacerdócio depois de anos de lutas e dores, de privações e paixão!), um padre que exercia, vivia e testemunhava o seu sacerdócio educando. Melhor ainda: tornei-me educador dos jovens porque era um padre para eles. Agora compreenderás por que àquele jovenzinho que é Domingos Sávio, eu lhe tivesse indicado a alegria como um caminho de autêntica santidade. E ele o havia compreendido quando explicava a um colega recém-chegado a Valdocco e que se via ainda totalmente desorientado: ‘Saiba que nós aqui fazemos consistir a santidade em estar muito alegres. Procuramos apenas evitar o pecado como um grande inimigo que nos rouba a graça de Deus e a paz do coração; e cumprir exatamente os nossos deveres’. Esse estupendo adolescente, tão rico de graça e de bondade, nada mais fazia do que apresentar ao seu novo amigo, Camilo Gávio, a mesma caminhada de santidade juvenil que eu lhe havia proposto a ele alguns meses antes. Assim, tenhamos a coragem de testemunhar a alegria de viver, como Jesus estimulou seus apóstolos a sempre fazerem o bem e com isso, serem testemunhas da ressurreição”. irmãs, de modo que a ação desenvolvida acaba abrangendo ainda mais pessoas. que estão presentes em situações de maior dificuldade. Esta comunidade apresenta índices altos de violência, de pobreza? Não. Mas o nosso entorno é bastante carente e estamos voltados para atuar neste contexto. Como disse, também procuramos agir em sintonia com as Conferências irmãs Você pode conferir a íntegra da entrevista em http://goo.gl/7VrMm Um abraço. Pe. Aramis Francisco Biaggi, SDB Espaço Vicentino Conferências e Comunidades Paroquiais, uma relação de confiança e motivação Pe. Camilo Profiro da Silva, salesiano há mais de 30 anos e pároco da paróquia Santa Teresinha, no bairro de mesmo nome, em São Paulo, é considerado grande amigo e incentivador das atividades da Conferência Santa Margarida Maria Alacoque, concedeu entrevista à Revista Vicentina “Voz de Ozanam” de Maio/Junho 2013, da qual reproduzimos um trecho aqui: Que benefícios o senhor poderia destacar em relação à atuação da Conferência Santa Margarida Maria Alacoque na Paróquia Santa Teresinha? Na minha opinião, toda e qualquer paró- quia fica muito enriquecida quando conta com a atuação de uma Conferência Vicentina. No caso da nossa comunidade, a organização do atendimento às famílias assistidas, a animação da solidariedade na comunidade e o testemunho de um trabalho sério, feito com amor, são pontos a destacar. Que aspectos podem ser reavaliados e melhorados para um melhor atendimento às famílias? Acredito que talvez pudéssemos ampliar ainda um pouco mais o atendimento; entretanto, um outro grande mérito da nossa Conferência é a atenção às necessidades das Conferências Enio Elias Vicentino da Conferência Santa Margarida Maria Alacoque Santa Teresinha em Ação 11 Pastoral Familiar Salve Jorge A novela terminou, mas não vamos comentar o drama do casal central, e sim a mensagem subliminar que vemos nas novelas diariamente, seja das 6, das 7 ou das 9 horas. A família é desnudada de forma bastante realista. Um exemplo: no último capítulo de Salve Jorge, a personagem de Nicete Bruno descobre a traição do marido e diz: “A gente acredita em tanta coisa que não é verdade”. E completa dizendo que se sentia tão bem acreditando que o casamento dela tinha sido perfeito, o mais feliz. Na vida de casados enfrentamos muitos desafios. Começam com os ajustes de personalidades e jeitos de ser nos primeiros tempos. Depois, sem uma ordem, as dificuldades financeiras, a educação dos filhos, os relacionamentos familiares íntimos e próximos (sogros, cunhados, etc.), as provocações e traições, quem sabe a morte. Há uma verdadeira batalha a ser vencida diariamen- te, capítulo após capitulo de nossas vidas. Nestes momentos então é bom lembrar o que ouvimos no curso de noivos, pelo menos aqui da paróquia: chame Deus para fazer parte de seu casamento. Faça o seu casamento a três (esposa, marido e Deus). Ou ainda: sem Deus o seu casamento não dará certo. Na hora de maior provação, quando o marido ou a mulher se sentem cansados e desanimados, precisam pedir ajuda a Deus. Pedir ao Espírito Santo que conduza seus pensamentos e suas ações. A maneira de resolver os problemas brota do coração. Os gritos e palavras impensadas e inapropriadas dever dar lugar ao diálogo sincero. As mágoas, ressentimentos, decepções, desapontamentos vão dando nova chance àquele casamento que ia acabar. Ele só voltará a ser forte e feliz também no dia a dia. O perdão será resultado de outras ações iluminadas e verdadeiras em lugar de palavras ao vento. Assim, somente com Deus em nossos la- res poderemos testemunhar a palavra que diz “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso, não é arrogante, nem escandaloso. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Cor 13, 4-7). nição das pessoas sujeitas a esta legislação específica. Vejamos então o artigo 103 que determina: Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Por sua vez, o artigo 112 fala das medidas que podem ser aplicadas a atos infracionais, inclusive, crimes cometidos, as quais vão desde a advertência até a internação em estabelecimentos educacionais. Assim como vem sendo noticiado em toda a mídia os adolescentes que cometem atos, considerados por esta legislação como infração não podem ser presos, devem, como medida máxima, ser internados em estabelecimento educacional, o que em São Paulo é a Fundação CASA, ou seja, a antiga FEBEM. Outro ponto que deve ser abordado é a questão da capacidade civil, presente no Código Civil Brasileiro, segundo o qual os menores de dezesseis anos são absoluta- mente incapazes para praticar atos da vida civil. Já os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos devem ser assistidos ao praticar tais atos. Por fim, o artigo 5º do diploma legal define que: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Por atos da vida civil, podemos entender a capacidade de praticar atos privados tais como firmar contratos de compra e venda de quaisquer produtos, contratar um advogado para defender seus interesses etc. É fácil perceber que, embora sejam bem diferentes as disposições de ordem penal e de ordem civil, guardam certa proporcionalidade, porque a criança e o adolescente são socialmente vistos como necessitando de proteção. Ana Filomena e Luiz Fernando Pastoral Familiar Direito O assunto é Maioridade Penal Vamos começar neste mês a tratar de um assunto que está em bastante evidência e que tem provocado grandes discussões entre especialistas e até mesmo entre o público em geral: a maioridade penal. Vamos iniciar pelos aspectos constitucionais do tema. A Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 228 expressamente determina: Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Mas o que significa a expressão “penalmente inimputáveis”? Significa que, segundo a constituição Federal as pessoas menores de dezoito anos não podem ser punidas segundo as normas de direito penal, ou seja, à elas não se aplica o código penal brasileiro. Então não existe punição penal para pessoas menores de dezoito anos? Na verdade, segundo a Constituição à estas pessoas deve ser aplicado normas da legislação especial. A legislação especial aqui é o Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado pela Lei 8069 de 13/07/1990, que dispõe sobre diversas normas de proteção e de pu- Aloisio Oliveira é Advogado [email protected] 12 Santa Teresinha em Ação Juventude Salesiana JMJ: Paroquianos de Santa Teresinha estão com os preparativos a todo vapor Venda de doces, rifas e almoços estão sendo feitos para angariar recursos para a ida ao Rio A Jornada Mundial da Juventude está chegando! Faltando pouco mais de um mês para o grande evento as expectativas dos salesianos de Santa Teresinha que irão para o Rio de Janeiro está crescendo e mexendo com o sentimento e o cotidiano de toda comunidade. Rebecca Fraga, uma das jovens que estará presente no encontro, diz que a chegada da JMJ deixou o dia-a-dia muito mais agitado. “Estou me organizando para ficar duas semanas no Rio, então tenho corrido com o trabalho, além de buscar notícias sobre os preparativos todos os dias”, disse Rebecca. Além de mexer com cotidiano, a JMJ também tem despertado uma grande torcida e patriotismo. A esperança de realizar bons trabalhos e receber bem os irmãos estrangeiros tem motivado muitos participantes. “Peço a Deus todos os dias que ilumine meu trabalho em prol da juventude católica que se reunirá no Rio de Janeiro” diz Thassia Mesquita, outra paroquiana de Santa Teresinha presente no evento carioca. Para ir à JMJ, os jovens organizaram eventos, rifas e vendas diversas com o intuito de angariar fundos. “A venda de doces deu bastante resultado, liquidamos os doces em apenas duas missas e tivemos que comprar mais para as missas da noite”, conta Rebecca. Uma camisa original do Corinthians será rifada e uma feijoada foi realizada no dia 02 de junho. Esta Jornada é a 13ª da história que ocorre internacionalmente. Poucos sabem, mas além da grande celebração que acontece a cada dois ou três anos em uma cidade sede, a JMJ é celebrada anualmente nas dioceses. A Jornada, mais do que um encontro de jovens é uma oportunidade de buscar conhecimento interior, conhecer a fundo a palavra de Cristo e celebrar a paz e a união dos povos. Feijoada Rifa Santa Teresinha em Ação Tá Ligado? Papo de Criança Frio! Minha mãe, minha rainha, põe sua mão antes da minha! Fiquei pensando: Como Maria me ajuda a dizer sim para as coisas de Deus? E u tinha por volta de 16 anos quando a minha família decidiu fazer uma viagem para a Europa para passarmos o Natal e o Ano Novo. Mais precisamente, Portugal e Itália. Uma amiga da minha mãe estava morando por lá e iria nos hospedar em sua casa. Maravilha! Realizar o sonho de conhecer países lindos! Quem sabe até conhecer a neve do inverno europeu? E fomos! Lembro exatamente de uma manhã dessas na viagem. Tínhamos acabado de acordar, e minha mãe ajudava a amiga dela a dar uma geral na casa, que estava quentinha graças aos aquecedores, apesar do frio congelante lá de fora. Não havia nevado, mas fazia muito frio. Já no fim da arrumação, a amiga da minha mãe pede para que eu leve o lixo lá pra fora. O prédio era antigo, e a lixeira principal ficava do lado de fora do prédio. Eu estava só de camiseta e com uma calça de moletom. Vai ser rapidinho, então vou assim mesmo. Não vai dar nem tempo de sentir frio. Peguei o saco cheio de lixo e fui. Não sei dizer quantos graus estava fazendo, mas eu posso dizer com certeza que essa caminhada até a lixeira foi um dos dias em que eu mais senti frio na minha vida. Meu lábio ficou roxo, eu não sentia a ponta dos dedos, quase nem conseguia respirar direito. Quando cheguei ao apartamento, minha mãe até se assustou com o estado que eu fiquei. Ao contrário do pessoal lá da casa, na hora eu não achei graça nenhuma. Hoje é engraçado lembrar o episódio, mas contei isso porque na verdade queria falar sobre algo que tive que sentir na pele (literalmente) para ter noção. Todos nós somos extremamente abençoados por termos um lar quentinho e um agasalho gostoso pra nos esquentar. Mas todos nós sabemos que muita gente não tem nada disso. Você por acaso não tem nenhum agasalho encostado na sua casa que você não usa mais? Pode ser aquele que você comprou há algum tempo, mas que hoje já não acha tão bonito assim. Eu tenho certeza que quem está passando frio hoje por aí não vai se importar com a cor ou com o estilo dele. Que tal fazer essa boa ação? Com o inverno chegando, existem várias iniciativas bacanas de doação de agasalhos, roupas e cobertores rolando por aí. Você com certeza já cruzou com uma delas! Reserve uns minutinhos algum dia desses, abra o seu armário e veja se você pode ajudar. Nessa época do ano, eu lembro exatamente do frio que passei naquele dia, e penso que tem gente que passa a noite toda sentindo aquilo que senti por alguns minutos. Crianças, velhinhos, mães, pais... E eu não desejo isso pra ninguém! Um agasalho a mais ou a menos no seu armário pode não fazer tanta diferença pra você, mas, às vezes, pode ser tudo o que alguém mais precisa! Vamos doar e ajudar! Caio Zaplana facebook.com/caiozaplana Bom, Maria mãe de Jesus, Mãe da Igreja nos guarda e protege. Desde pequenos ouvimos falar de Maria que foi uma moça como todas as outras: pertencia a uma família simples da cidade de Nazaré. Bondosa e humilde ao receber a visita do anjo Gabriel disse SIM. Como Maria, temos que aprender a dizer SIM ao chamado de Deus, dizer SIM às coisas boas. A Bíblia não fala muito de Maria, nem muito sobre o que ela falou, mas ela disse uma palavra que mudou toda a História. Maria disse SIM e com esse SIM nasceu a esperança. Essa pequena palavra veio do coração puro de uma simples mulher que poderia ter dito não, mas ela aceitou ser a mãe de Jesus, nosso Salvador. Como falar de Jesus e não se lembrar Dela? Ela se tornou Mãe de Deus e como toda mãe ensinou seu Filho a caminhar e a falar, e sofreu com a morte Dele na Cruz. Eu também sei que terei que passar por momentos difíceis, mas sei que posso contar com Ela, com a sua mão antes da minha a me proteger, a me guiar. Quando faço uma oração sei que de qual- 13 quer forma Ela vai me ajudar a resolver o problema, vai me dar uma luz porque desde o momento que nasci, estava do meu lado me ajudado e me protegendo de todo o mal. Exemplo de muitas mães, Maria sempre nos acolhe em seu manto protetor, e assim nos ajuda a dizer SIM para as coisas de Deus, e com isso nos tornamos pessoas melhores. Ela também me ajudou a dizer SIM. A partir do momento que entrei para o grupo dos coroinhas, Ela se tornou cada vez mais presente na minha vida, se tornou minha melhor amiga, Amiga com quem converso todas as noites antes de dormir, Ela me consola, me protege, me ajuda a seguir em frente e enfrentar todos os obstáculos. Obrigada Mãezinha por estar sempre ao meu lado, me proteger de todos os males e de todo perigo, e também proteger as pessoas que eu amo. Sei que a Senhora vai estar na minha frente para me guiar nos ensinamentos de Deus. Proteja e dê força aos meus irmãos que mais sofrem. Que eles sejam acolhidos em seu manto, que tenham Fé, e nunca desistam dos seus sonhos, pois com a sua ajuda e nossa Fé um dia realizaremos todos eles. Amém. Luana Cruz Gomes, tem 14 anos e é coroinha 14 Santa Teresinha em Ação Espaço Pet Pombos da paz, será?! O pombo simboliza o Espírito Santo, foram utilizados como mensageiros e são conhecidos como símbolo da Paz. Na Primeira Guerra Mundial, um pombo mensageiro chamado Cher Ami, “Querido Amigo”, em Francês, salvou vidas de soldados americanos. Aves inteligentes com visão aguçada e fiéis escolhem um único parceiro para passar o resto de suas vidas. O pombo doméstico não é nativo das Américas, originou-se da Europa, África, e Ásia, onde foram domesticados e disseminados. A disseminação se tornou um problema principalmente em centros urbanos e hoje são vistos como praga urbana. Os prejuízos causados pela superpopulação são vários, as fezes ácidas sujam e provocam danos à pintura de veículos e ao patrimônio histórico, matam plantas e gramados. O acúmulo de penas, fezes e restos de ninhos entopem calhas e tubulações. Em mercados ou depósitos, podem promover a contaminação de alimentos, pois transportam bactérias em seus pés. Além disso, pombos desempenham um importante papel na transmissão de doenças que acometem humanos e animais domésticos. Porém, são importantes na natureza contribuindo com o equilíbrio do ecossistema. Alimentam-se de insetos, ajudando no controle, e de frutos disseminando sementes em suas fezes contribuindo para o nascimento de novas plantas e árvores. Amparados pela legislação de proteção à fauna, o controle deve ser feito por pessoas autorizadas e a eliminação só pode ser realizada quando todas as medidas de controle ambiental forem esgotadas. A matança indevida dos pombos pode ser considerada crime. A mais eficiente medida de controle ambiental é: Não alimente os pombos! E não deixe alimentos expostos no lixo. Outras medidas são restringir o pouso dos pombos em parapeitos, grades de janelas, marquises, etc, usando fios de nylon ou armações com hastes pontiagudas ou em espiral e impedir o acesso a abrigos vedando a entrada de telhados com telas. Além do uso de repelentes químicos de pombos disponíveis nos mercados. Raquel Fraga Raimondo é veterinária Saúde Um simples ronco pode representar algo mais sério A apneia obstrutiva do sono é uma doença extremamente comum, mas ainda pouco conhecida. O paciente que sofre de apneia para de respirar várias vezes durante o sono, raramente se dando conta disto. A apneia é devida a uma garganta (ou faringe) estreita. Ao dormir, existe um relaxamento natural e esperado da musculatura do corpo, inclusive dos músculos da garganta. Este relaxamento pode causar uma obstrução da passagem do ar, levando a um episódio de sufocamento. O paciente só sai dessa encrenca com um micro despertar, quando o tônus da musculatura se restabelece e ele volta a respirar. Esses despertares, em geral, são muito breves, o paciente não se dá conta e volta imediatamente a dormir. Esse ciclo de dormir, engasgar, acordar, voltar a dormir se repete muitas vezes durante a noite, levando a um sono fragmentado e não reparador. A manifestação clínica mais evidente é o ronco, que indica uma vibração da garganta quando o ar passa nessa região. Nem todo mundo que ronca tem apneia, mas quando o ronco é alto e irregular, a probabilidade é grande. As manifestações clínicas podem ser múltiplas, incluindo sonolência diurna, cansaço, sono não reparador, sintomas depressivos, risco de disfunção sexual, diminuição da memória, perda da qualidade de vida e risco aumentado de doenças cardíacas incluindo hipertensão arterial sistêmica, aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e derrame cerebral. A apneia é mais comum em homens de meia idade, mas pode acometer qualquer um, incluindo crianças (em geral por causa de aumento de amídalas e adenóides) e mulheres (principalmente depois da me- nopausa). Estudos recentes mostram que a apneia é extremamente comum, acometendo cerca de 30% da população adulta da cidade de São Paulo. O diagnóstico é feito através da monitorização noturna do sono, a polissonografia. Os tratamentos vão desde atitudes simples (nos casos leves) como dormir de lado (de barriga para cima a língua cai para trás e fecha a garganta), evitar álcool à noite (que relaxa a musculatura), fazer exercício físico e perder peso (engordamos não só na barriga mas também no pescoço, contribuindo portanto para o fechamento da garganta). O Brasil é pioneiro em trabalhos com a fonoaudiologia de exercícios da musculatura da garganta, que funciona bem para casos leves. Outro tratamento é o uso noturno de uma plaquinha nos dentes que traciona o queixo para frente na hora de dormir. Nos casos de apneia modera- da a grave, o melhor tratamento é o uso, durante o sono, de uma mascara ligada a um compressor de ar conhecido como CPAP, cuja sigla vem do inglês e significa pressão positiva continua em vias aéreas. O CPAP funciona como uma tala de ar que impede o fechamento da garganta e elimina imediatamente o problema, com grande melhora dos sintomas. Os efeitos benéficos do CPAP incluem melhora não só dos sintomas, mas também do coração. Se alguém comentar que você está roncando, não tome isso como uma ofensa pessoal. Procure ajuda, talvez você esteja sofrendo de apneia. E apneia tem tratamento! Dr. Geraldo Lorenzi Filho Diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração - Incor [email protected] Santa Teresinha em Ação Aconteceu Celebração de Nossa Senhora Auxiliadora Iniciada no dia 15 de maio de 2013, a Novena em homenagem à Nossa Senhora Auxiliadora, começou sem muita participação da comunidade, mas ao longo dos dias a participação foi crescendo. Já na sétima celebração, no dia 21 de maio, a paroquiana Márcia Carbonari deu um testemunho sobre a ajuda real de Maria Auxiliadora em nossas vidas e no dia seguinte, no oitavo dia, os membros da Associação dos Salesianos Cooperadores renovaram o compromisso apostólico vocacional. Na ocasião, Pe. Aramis F. Biaggi lembrou a 51ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil, que teve como tema “Paróquia, comunidade de comunidades” e,finalizando a novena, a Ir. Célia Apparecida da Silva, FMA, diretora do Instituto Mazzarello, deu um relato da importância de seguir o modelo de fé que é Nossa Senhora Auxiliadora para a Família Salesiana. No dia da festa maior a igreja ficou lotada de fiéis que prestaram homenagem à Mãe Salesiana. A festa começou com a queima das cartinhas de pedidos de intercessão à Nossa Senhora, seguida da procissão ao redor da praça. Ao fim da procissão ocorreu a coroação da imagem de Auxiliadora. Maria Auxiliadora é celebrada na paróquia e por todos da Família Salesiana no seu dia, 24 de maio Inovação na celebração de Corpus Christi Em 30 de maio, a comunidade paroquial de Santa Teresinha resolveu inovar a tradicional decoração do feriado de Corpus Christi. Ao invés de produzir o tradicional tapete na praça para a procissão do Santíssimo Sacramento, a comunidade produziu um “corredor” ao redor da praça, por onde passou o Corpo de Cristo, conduzido pelo pároco, Pe. Camilo P. da Silva, acompanhado da procissão de coroinhas, ministros e anjinhos. Conforme a procissão ia passando, os fiéis iam também se juntando à procissão entrando, pelo “corredor” que terminou na porta da igreja. Durante as missas realizadas pelo Pe. Camilo, a homilia lembrou que o dia do Corpo de Cristo (Corpus Christi) é o dia em que especialmente nos comprometemos com a perseverança de nossa fé. Confira a íntegra das notícias no site www.paroquiasantateresinha.com.br 15 16 Santa Teresinha em Ação Entrevista Por Pe. Aramis de Biaggi Edição: Daya Lima Devoção ao Sagrado Coração de Jesus: uma das devoções mais amada e seguida pela Igreja Pe. Ladislau Kliniski, profundo conhecer da devoção, fala sobre como e para que praticar P e. Ladislau Kliniski acaba de completar 99 anos e é um profundo estudioso e conhecedor da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ele, que viveu em campo de concentração durante a 2a Guerra Mundial, tinha tudo para se revoltar, mas, dá o seu testemunho de quanto Deus é misericordioso e nos ama. Dom Bosco ensina que “O Senhor colocou-nos no mundo para os outros“, e é isso que vemos na vida do Pe. Ladislau, toda ela a serviço do Reino e das pessoas que conviveram e convivem com ele no dia-a-dia. No mês em que se comemora o Apostolado da Oração, nada melhor que Pe. Ladislau para falar sobre o assunto. STA – De onde vem o culto ao Sagrado Coração de Jesus Misericordioso? Pe. Ladislau - Substancialmente remonta aos Santos Padres, especialmente a São Bernardo, e delineou-se por obra de Santa Matilde, de Santa Gertrudes e de São Boaventura; em seguida, por obra dos Jesuítas, do B. Suso, de São Bernardino de Sena e sobretudo de São João Eudes (1601-1680), que obteve do Bispo de Remnes a celebração da festa. Após as revelações do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque, a festa, aprovada por Clemente XIII em 1765 para algumas dioceses, foi estendida a toda a Igreja por Pio IX em 1856. No começo do século 20, Leão XIII consagrou todo o gênero humano ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Em 1928, Pio XI definiu a festa do Sagrado Coração como a característica de nossos tempos. Como consequuência das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incre- mento notável e adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja como esta. Não é por acaso que as aparições a Santa Margarida Maria deram-se num momento crucial em que se pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram à descristianização da sociedade moderna. STA - Qualquer pessoa pode se tornar um devoto ou precisa fazer parte de algum movimento? Pe. Ladislau - Sim, todos podem se tornar um devoto do Coração de Jesus. Basta ter a sua espiritualidade, uma devoção especial ao Coração de Jesus. Não necessita estar em algum movimento específico, mas pode ser do Apostolado da Oração, ou de outro movimento e seguir as orientações da devoção. STA - Qual o objetivo de quem faz parte do Sagrado Coração de Jesus? Como é essa devoção? Pe. Ladislau - Ao longo das aparições, o divino Coração prometeu aos seus devotos conceder bençãos sobre as casas onde sua imagem for exposta e venerada. Dessas bênçãos, graças especiais, paz nas famílias, a consolação nas aflições, o refúgio durante a vida e, principalmente, no momento da morte, abençoar todos trabalhos e empreendimentos, etc. Prometeu também que aqueles que propagarem a devoção a Ele terão seus nomes inscritos em Seu Coração. Esses são os principais objetivos da devoção e por isso é tão bem aceito na Igreja. STA - Existe alguma metodologia para fazer parte da devoção como, por exemplo, dias específicos para a reza? Pe. Ladislau - Sim. É necessário que as as primeiras nove sextas-feiras do ano, depois da oitava do Santíssimo Sacramento, seja dedicada a uma festa particular, para honrar seu Coração, comungando, neste dia, e fazendo-lhe reparação de honra, por um pedido de desculpas, para reparar as indignidades que ele recebeu durante o tempo em que ficou exposto nos altares. É na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes que a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial. As formas de devoção ao Coração do Salvador são muito numerosas. Para se ter uma ideia, algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Fé Apostólica. Entre elas devem ser lembradas a Consagração pessoal que, segundo Pio XI, “entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal”; a Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação; a prática das Nove Primeiras Sextas- feiras. Horários das Missas Segundas-feiras, às 16h30 e 19h30 De terça a sexta, às 8h e 19h30 Aos sábados, às 8h e às 16h Aos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30 Apoiaram esta edição: Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30 Recolast Ambiental - 3437-7450 Horário da secretaria: De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30 Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18h Tel. (11) 2979-8161 Bolos da Guria - 2978-8581 e outros 6 apoiadores