Ano VII - Número 77 - Junho de 2013
www.paroquiasantateresinha.com.br
Querem que
o Senhor lhes
dê muitas
graças?
Visitem-no
com frequência
(Dom Bosco)
Eu Sou Igreja
Maria José fala sobre a
experiência no Apostolado
da Oração
pág. 2
Palavra do
Pároco
Pe. Camilo fala sobre um Deus
paciente e misericordioso
pág. 3
Entrevista
Pe. Ladislau explica porque e
para que serve a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus
pág. 16
2
Santa Teresinha em Ação
Eu Sou Igreja
Coração de Jesus, eu confio em Vós
Caro Leitor,
certamente você
já percebeu que uma das maiores preocupações de nossa Pastoral da Comunicação é oferecer a
nossos paroquianos e todas as outras pessoas atingidas por nossas publicações, sejam digitais ou
impressas, um trabalho de qualidade pastoral e evangelizadora. Mas uma dúvida constantemente
nos assalta: Estamos acertando em nosso trabalho, estamos atendendo aos anseios e expectativas de nosso público? De vez em quando então, somos surpreendidos por alguns retornos que
nos indicam um caminho a seguir, alterando a rota ou permanecendo nela. Esse é o caso de uma
simpática carta recebida por nosso pároco, a qual transcrevo (sic) a seguir:
Ave Maria! Barra do Garça, 25/04/13
Estimado Sr. Padre Camilo!
Paz de Cristo!
Saudações para o Senhor e seus paroquianos.
Faz anos tenho recebido o jornal da Paróquia Sta
Teresinha e agradeço de coração. Ultimamente estou no novo lugar Paroquia Sto Antonio,
Cx. P.84 na cidade de Barra do Garças – MT;
Cep 78600-000. Por favor o Senhor poderia de
mudar o meu endereço e mandar diretamente
o jornal da Paroquia para Barra do Garças.
Mais uma vez agradeço pelas valiosas notícias
deste jornal “Santa Teresinha” e espero recebe-lo no novo endereço.
Grato em Dom Bosco
Pe. Clemente Deja sdb
Nem é preciso dizer quanto nos agradou receber tal correspondência, pois ela demonstra
de forma inequívoca que nosso trabalho está sendo apreciado até mesmo em longínquos rincões de nosso Brasil, já que enviamos a todas as paróquias salesianas dois exemplares de nosso
jornal, e desta vez, então, a pergunta é outra: Será que você não desejaria também expressar
sua opinião a respeito de nosso trabalho? Ela pode ser um elogio e também uma crítica que
nos permita corrigir rotas ou investir mais nos caminhos certos. Faça isso pelo e-mail [email protected]. Teremos prazer e alegria em receber sua opinião.
Desta vez, neste espaço que ocupei com o relato da simpática carta recebida, não recomendarei em especial nenhuma leitura, mas desejo sinceramente de coração que você faça, de
todo o jornal, uma boa leitura, em especial o senhor, Pe. Clemente Deja.
SC Carlos R. Minozzi
[email protected]
Expediente
Santa Teresinha Em Ação
Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal Santana Distribuição interna, sem
fins lucrativos.
Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,
Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 2979-8161
Site: www.paroquiasantateresinha.com.br
Diretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDB
Jornalista responsável: Daya Lima - MTb - 48.108
Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124
Colaborador: Rafael Carreira
Arte e diagramação: Toy Box Ideas
Pesquisa: PASCOM
Revisão: PASCOM
Fotos: PASCOM e Banco de Imagens
Impressão: Gráfica Atlântica
Tel. (11) 4615-4680
Tiragem: 3.000 exemplares
email:[email protected]
Capa: O pequeno Pedro B. V. B. Cruz, assíduo nas Adorações ao Senhor.
O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem
necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.
“Fui criada por Salesianos, minha mãe Hilda Rocha era ativa na
Igreja e meu tio era o Padre Salesiano Edgard Rocha. Trabalhei nas
Paróquias Santo Antonio do Lausane com Pe. Vitor e Santa Teresinha com Pe. Chico. Hoje eles são amigos muito queridos. No Apostolado da Oração sempre trabalhei para trazer novos participantes.
O verdadeiro Apostolado da Oração significa fazer oração. É oração!
Para mim, isso é Igreja! Quando recebemos a fita do Apostolado da
Oração é para a vida toda. Hoje não posso ir muito à Igreja, mas pratico o Apostolado dentro de minha casa, cuidando do meu marido
que precisa de mim. Sinto falta da Paróquia e dos amigos que tenho
lá. Sou devota de Nossa Senhora Auxiliadora e, no dia Dela, peço
que traga mais jovens para o Apostolado da Oração. Muitos jovens na
Santa Teresinha que receberam a Fita hoje são Ministros. Por isso,
gostaria de fazer um convite como ex-presidente do Apostolado da
Oração. Jovens, convido todos vocês - venham para o Apostolado da
Oração! E deixo a mensagem para todos - Coração de Jesus, eu confio em Vós!”
Maria José Alves de Rezende, ex-presidente
do Apostolado da Oração de 1999 a 2010
Indicamos
Vidas de Jovens
Neste livro, escrito de próprio punho por Dom Bosco,
as biografias de três rapazes, com personalidades e história de vida diferentes, mas que perceberam por meio
do Oratório que era possível ter a santidade como meta
de vida. O livro é uma oportunidade de conhecer com
profundidade as verdadeiras características do sistema
educativo criado por Dom Bosco. A edição original foi
preparada e anotada por Aldo Giraudo, um dos maiores
especialistas sobre a espiritualidade salesiana. O livro
pode ser adquirido no portal http://www.edbbrasil.org.
br/salesianidade/vidas-de-jovens por 25 reais.
Santa Teresinha em Ação
3
A Voz do Pastor
Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)
E
stamos nos preparando para o
grande evento da juventude de
2013: a Jornada Mundial da Juventude. A Jornada não será um
simples acontecimento de um caminho da
Igreja com os jovens, mas será a grande
celebração dos jovens que são Igreja, discípulos-missionários de Jesus Cristo, que
juntos com o Vigário de Cristo, o Santo
Padre, renovarão a fé no Ressuscitado, na
certeza da presença amiga do Senhor no
dia a dia.
A Jornada não está apenas no futuro,
mas desde já é a grande celebração de todos nós, Igreja do Senhor, que temos um
“compromisso sério com a formação das
novas gerações, que pressionadas por tantas propostas de vida, necessitam de discernimento, de coragem, de verdadeiros
caminhos e, principalmente, de nossa presença amiga” (CNBB, Doc. 85, p. 5).
Neste tempo em preparação à Jornada
vemos nossas Comunidades comprometidas através de ações concretas para levar
nossos jovens ao Rio de Janeiro e dar-lhes
a alegria de partilhar a fé com uma imensa
multidão de outros jovens e em comunhão
com o Santo Padre: celebrações, encontros
de preparação dos jovens, ação entre amigos, feiras, pessoas que se tornaram padrinhos de um jovem, famílias que colocaram
sua casa à disposição para acolher um peregrino etc.
Antes de ir para o Rio de Janeiro, porém, acontecerá a Pré-Jornada ou Semana
Missionária, fato que induz as Comunidades a que se organizem a fim de realizá-la.
A Semana Missionária tem por objetivo
acolher os peregrinos que vêm de outros
países para uma experiência missionária
em nossa Igreja com NOSSOS JOVENS
MISSIONÁRIOS. Não se trata apenas de
preparar a acolhida dos jovens que vêm de
fora, mas de preparar as forças vivas das
Comunidades para que os jovens do mundo e os nossos partilhem conosco a própria
experiência de fé no Senhor da Vida, Missionário do Pai.
Para a Semana Missionária, ninguém
pode ficar de fora, pois não é uma opção de
participar ou não, uma vez que a missão faz
parte essencial do ser Igreja, do ser batizado. Por isso, convocamos as forças eclesiais – presbíteros, diáconos, religiosos e
leigos, paróquias, comunidades, pastorais,
movimentos, associações e novas comunidades – a se empenharem na acolhida dos
peregrinos e no apoio efetivo aos jovens na
realização da Semana Missionária.
Ao convite do Sacerdote, da Religiosa,
do Coordenador ou da Equipe Paroquial,
responda: Eis-me aqui. A escuta, a acolhida, a resposta positiva e efetiva à vontade
de Deus são a síntese cristã do discipulado e da missionariedade (CF 2013, p. 75).
Diga: Eis-me aqui. Seja um voluntário na
cozinha, na preparação do ambiente, na
orientação dos jovens, na acolhida na casa.
A Semana Missionária será um momento
de mostrar que a Igreja de São Paulo, que a
Paróquia, que você católico, aposta no jovem e que a CF 2013 tocou profundamente
o coração: Eis-me aqui, envia-me. Não podemos fazer “corpo mole”; é a hora propícia
de uma entrega solícita e sincera dos dons,
talentos, recursos para o projeto de Deus na
Comunidade em favor da juventude.
Dom Sergio de Deus Borges
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Santana
Palavra do Pároco
Um Deus paciente e misericordioso
“Eis o Coração que tanto amou
os homens, que nada poupou,
até se esgotar e se consumir para
lhes testemunhar seu amor”: estas
palavras o Sagrado Coração de
Jesus dirigiu a santa Margarida
Maria Alacoque, que as transmitiu
a todo o povo cristão, para
que conhecessem e amassem
sempre mais o Senhor, rico em
misericórdia.
A tarefa de anunciar a misericórdia de
Deus foi assumida também pelo Papa Francisco, desde o início do seu pontificado. Nas
alocuções que ele dirige ao povo no Ângelus
cada domingo ele o tem demonstrado com
grande simpatia e profundidade. É assim
que, logo após a sua eleição, ele recorda a
todos: “Irmãos e irmãs, o rosto de Deus é o
de um pai misericordioso, que sempre tem
paciência. Já pensastes na paciência de Deus,
na paciência que Ele tem com cada um de
nós? É a sua misericórdia. Sempre tem paci-
ência, tanta paciência conosco: compreende-nos, está à nossa espera; não se cansa de nos
perdoar, se soubermos voltar para Ele com o
coração contrito. «Grande é a misericórdia
do Senhor», diz o Salmo”. E completa: “Um
pouco de misericórdia torna o mundo menos
frio e mais justo. Precisamos de compreender
bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência. Bem,
o problema está em nós que nos cansamos
e não queremos, cansamo-nos de pedir perdão. Ele nunca se cansa de perdoar, mas nós
às vezes cansamo-nos de pedir perdão. Não
nos cansemos jamais, nunca nos cansemos!
Ele é o Pai amoroso que sempre perdoa, cujo
coração é cheio de misericórdia por todos
nós”.
Sempre preocupado em que compreendamos o mistério do amor de Deus, ele exorta:
“A graça contida nos Sacramentos pascais é
uma potencialidade de renovação enorme
para a existência pessoal, para a vida das famílias, para as relações sociais. Mas tudo
passa através do coração humano: se eu me
deixar alcançar pela graça de Cristo ressuscitado, se lhe permitir que transforme aquele
meu aspecto que não é bom, que me pode
fazer mal, a mim e ao próximo, permitirei
que a vitória de Cristo se consolide na minha
vida, ampliando a sua ação benéfica. Este é o
poder da graça! Sem a graça nada podemos!
Sem a graça nada podemos! E com a graça
do Ba tismo e da Comunhão eucarística posso tornar-me instrumento da misericórdia
de Deus, da bonita misericórdia de Deus”.
Por isso, “em todos os tempos e em todos os
lugares, são bem-aventurados aqueles que,
através da Palavra de Deus, proclamada na
Igreja e testemunhada pelos cristãos, acreditam que Jesus Cristo é o amor de Deus encarnado, a Misericórdia encarnada. E isto é
válido para cada um de nós”!
A missão de cada cristão, a missão da Igreja, é anunciar a misericórdia: “Devemos ter a
coragem de ir e anunciar Cristo Ressuscitado, porque Ele é a nossa paz, Ele construiu
a paz com o seu amor, com o ser perdão,
com o seu sangue e com a sua misericórdia. .
Oremos juntos à Virgem Maria, a fim de que
nos ajude, Bispo e Povo, a caminhar na fé e na
caridade, sempre confiantes na misericórdia
do Senhor: Ele está sempre à nossa espera,
ama-nos, perdoou-nos com o seu sangue e
perdoa-nos cada vez que nos dirigimos a Ele
para pedir o perdão. Tenhamos confiança na
sua misericórdia”!
Aprendamos então com o Papa Francisco
a amar e a manifestar o amor: “Pensar que
Deus é amor é muito positivo para nós, porque nos ensina a amar, a doar-nos ao próximo
como Jesus se doou a nós, e caminha conosco. Jesus caminha conosco pelas veredas da
vida”.
Um abraço carinhoso a todos.
Pe. Camilo, Pároco
4
Santa Teresinha em Ação
Família Salesiana
Estou de volta!
F
ico feliz em voltar a escrever no
“Santa Teresinha em Ação”. Em
2010 pude relatar um pouco da realidade do Oratório Festivo Santa
Teresinha; a partir de hoje falarei sobre uma
realidade mais abrangente: a Família Salesiana. Em 1971, o Capítulo Geral Especial
dos Salesianos (estância máxima de governo
da Congregação Salesiana) assim a caracterizava: “a Família Salesiana é uma realidade
eclesial que se torna sinal e testemunho da vocação de seus membros para uma missão particular, segundo e espírito de Dom Bosco”
em outro momento afirma também “a Família
Salesiana desenvolve uma espiritualidade original de natureza carismática que enriquece
todo o Corpo da Igreja e se torna modelo
pedagógico cristão todo particular”. Vemos,
portanto, que Dom Bosco, continua presente
na Igreja atendendo os jovens através daqueles que seguem a Jesus com o seu carisma. Sozinho, nosso santo fundador não iria longe,
precisou articular forças, pessoas com dons
diversos para salvação da juventude.
Pergunto a você: já pensou em participar
dessa família? Ser Dom Bosco vivo hoje para
os jovens de hoje? Se sim digo, que nossa família tem espaço para todos, basta abrir-se a
ação do Espírito Santo e juntamente conosco encontrar Jesus na face de cada jovem que
se apresenta necessitado de ajuda. Saiba que
contará também com a intercessão de Maria
Auxiliadora, cuja festa acabamos de celebrar
em 24 de maio. A bem-aventurada Maria
Romero, salesiana da Nicarágua, nos ensina
com sua devoção a seguinte jaculatória por
ela repetida inúmeras vezes: “Ó minha Mãe,
minha Rainha! Põe tua mão antes da minha!”
Ela é um dos inúmeros exemplos de cristãos
que souberam a seu modo viver esse lindo
carisma da Igreja. Nesse espaço partilharei
figuras de ontem e de hoje que poderão nos
inspirar na nossa missão de evangelizadores
da Juventude, ainda mais nesse ano de Jornada Mundial da Juventude que realizar-se-á
mês que vem no Rio de Janeiro. Juntemo-nos à multidão de fiéis ansiosos por uma
sociedade melhor, onde a juventude possa
ser feliz com Deus.
maneira que “vimos a sua glória” (Jo 1)
Jesus é um com o Pai e o Espírito Santo, três
pessoas, mas um em natureza divina, o Criador de tudo, mas por ninguém criado, imutável, todo-poderoso e eterno, sem princípio ou
fim. É o que nasceu da Virgem, sem perder
sua divindade, mas unindo-a à vida humana,
de forma que, em uma pessoa, possa ser o verdadeiro Filho de Deus e Filho da Virgem.
Embora tenha morrido na humanidade
e na carne que assumiu Jesus continuou a
existir na sua natureza divina, sendo um só
Deus com o Pai e o Espírito Santo. Jesus
ressuscitou dos mortos e subiu ao Céu, e
que agora fala conosco por seu Espírito.
Rafael Galvão Barbosa, sdb
[email protected]
Formação
Quem é Jesus?
T
odos os evangelistas falam sobre
o mistério e as obras de Jesus.
Cada um deles tem sua didática
e estilo próprio na apresentação
em anunciar a Boa Nova, porém, fica claro
que os sinóticos se preocupam em mostrar
que Jesus é o Messias aguardado por gerações e gerações, enquanto o evangelista
João está mais preocupado em anunciar o
mistério de Jesus, Filho de Deus.
Jesus é a Palavra de Deus, reveladora, criadora, libertadora, salvadora que se faz carne
e isto João quer mostrar enfaticamente desde
o preâmbulo de seus escritos. Jesus é “verdadeiro Deus e verdadeiro homem,” como afirma o dogma da dualidade nas naturezas e a
unidade da pessoa de Jesus Cristo (União Hipostática) no Concilio de Calcedonia. (451)
João nos comunica o mistério da Palavra Divina, relacionando-o de modo mais
estreito com o próprio mistério de Jesus,
Filho de Deus: enquanto Filho, Jesus é a Palavra subsistente, o Verbo de Deus. É, portanto, dele que deriva em ultima analise toda
manifestação da Palavra divina, na criação,
na historia, na realização final da salvação. É
assim que se pode também compreender a
palavra da epistola aos Hebreus: “Depois de
ter falado a nossos pais pelos profetas, Deus
nos falou por seu Filho” (Hb 1,1s)
Enquanto Verbo Jesus existia desde o começo em Deus e ele próprio é Deus. Ele era
a Palavra criadora na qual tudo foi feito. A
Palavra iluminadora que luzia nas trevas do
mundo para trazer aos homens a “revelação
de Deus”. Desde o Antigo Testamento era
já ele que se manifestava secretamente sob
as aparências da Palavra operante e reveladora. Mas finalmente, no fim dos tempos,
esse Verbo entrou abertamente na historia
fazendo-se carne. Tornou-se então para os
homens objeto de experiência concreta, de
Paulo Henriques
[email protected]
Santa Teresinha em Ação
5
Igreja em Ação
6a Urgência: A Igreja e a evangelização dos jovens
D
e fato uma preocupação ímpar
da Igreja Católica é a juventude. Fazer com que os jovens
descubram seu papel na sociedade e na Igreja. Que superem os desafios
próprios de nosso tempo como a alienação
com “doutrinas não tão sadias” que os levam a uma visão hedonista do ser humano.
“Os jovens têm direito de receber da Igreja
o Evangelho e de ser introduzidos na experiência religiosa, no encontro com Deus
e no contato com as riquezas da fé cristã”
(Doc. 85 CNBB 5p)
Muitos jovens se perdem por força da ausência da transmissão da fé. A fé precisa ser
apresentada aos jovens como um encontro
amoroso. Um Deus que ajuda, os ajuda a
encontrar o sentido de suas vidas, que promove em seus corações um discernimento
serio da vocação para vida!
A grande problemática que cerca os dias
atuais são as drogas, o desemprego, a sexualidade vivida de forma desenfreada, a total
falta de perspectiva da vida e a completa
ausência da vocação para a vida!
A resposta da Igreja, enquanto sinal de
Salvação é motivar suas paróquias e novas
comunidades fortalecendo os laços que já
existem e buscando outros momentos de
entrosamento com os jovens. Certamente a Jornada Mundial da Juventude trará
uma grande luz para a juventude do Brasil.
Não basta unir-se em grupos de jovens
como no passado, hoje é preciso
fazer uso das redes sociais
O fato de se reunirem com o sucessor de
Pedro, Papa Francisco, trará novo estimulo à juventude. Mesmo os jovens que não
tem ação com a Igreja Católica sentir-se-ão
parte deste rebanho do Senhor!
Não basta unir-se em grupos de jovens
como no passado, hoje é preciso fazer uso
das redes sociais, bem como dar aos jovens
desafios próprios para o seu tempo criando
uma consciência católica inserida na realidade para ser um sinal do Reino de Deus.
O tempo da “juventude” deve ser marcado pela aquisição do conhecimento maduro e sadio, pela reflexão sistemática da
vocação à vida, no respeito aos direitos
humanos e na formação da fé, na integralidade da pessoa humana.
Deixo para o final o maior desafio para
as nossas comunidades: formar uma espiritualidade autentica e católica visando à
edificação da pessoa humana na comunidade de fé. Este processo é lento e demorado,
mas não deve ser adormecido, nem sequer
nossas comunidades devem se sentir de-
sestimuladas, imaginando que a juventude
é inflexível. Esse pensamento descarta a
possibilidade do agir do Espírito Santo na
comunidade de fé. Em nossa realidade regional os Encontros de Jovens com Cristo
(EJC) trazem para perto de si muitos jovens. Outras iniciativas ainda podem ser
criadas para dar uma resposta e alimentar
a fé da juventude. Mas não basta fazer com
que eles venham à Igreja, é preciso ir ao
seu encontro. Isso pode acontecer quando
motivamos nossos jovens a que tragam outros jovens. Uma realidade é certa: somente saberemos atrair os jovens a Cristo e a
sua Igreja se conhecermos bem a realidade
que os cerca. Não com discursos apologéticos, mas oferecendo uma fé viva, límpida
e transparente: a fé que da Igreja recebemos e sinceramente professamos!
do, a ideia de deixar de contribuir para a
formação dos jovens não passa pela cabeça do colaborador de longa data. Segundo
ele, embora não possa dedicar tanto tempo
quanto gostaria ao Oratório, tenta com-
pensar com carinho e dedicação e diz que
enquanto tiver forças e gosto para realizar
este trabalho estará todo domingo auxiliando e levando os ensinamentos de Dom
Bosco para os jovens oratorianos.
Padre Zacarias José de Carvalho Paiva,
[email protected]
Assessor da Pastora l Familiar da
Arquidiocese de São Paulo
Nosso Oratório
Uma vida inteira no Oratório
Há mais de 30 anos no Oratório,
Egídio não se vê longe dele
O Oratório é onde Dom Bosco iniciou
a história dos salesianos e em Santa Teresinha ele é atuante há muito tempo. Antes
mesmo da capela ou da escola, o Oratório
já estava presente no bairro. Em boa parte
deste tempo um nome faz parte do dia a dia
dos oratorianos. Egídio de Oliveira atua
na obra de Dom Bosco desde 1975 e está
há 34 anos ininterruptos participando do
cotidiano seja como oratoriano, seja como
colaborador.
Diversos fatores contribuíram para
motivá-lo a ficar tanto tempo atuante. “A
princípio, foi a acolhida que recebi que
me motivou. Cheguei muito pequeno e
ser um oratoriano contribuiu para minha
formação pessoal, espiritual e até mesmo
profissional” indica Egídio. Alem disso,
os princípios ensinados por Dom Bosco e
o ambiente familiar são combustíveis para
mantê-lo sempre ativo no Oratório.
Como colaborador, Egidio conta com o
auxilio da esposa Ana Matilde, atuante há
29 anos, e do filho Fernando que frequenta o Oratório desde quando ainda estava
na barriga da mãe. “É importante para os
jovens com histórias de vida tão sofridas,
ter um exemplo a seguir. Tentamos ser este
exemplo e fazemos o que está ao nosso alcance para contribuir”, conta ele.
Ao longo do tempo, Egídio notou as diferenças entre os frequentadores e a estrutura do Oratório de antigamente e de hoje.
“Antes o Oratório contava com uma maior
participação da paróquia e as crianças viviam mais em comunidade. Hoje a maior
parte dos frequentadores vêm de bairros
mais distantes”, alerta Egídio.
Apesar de estar a mais de 30 anos atuan-
6
Santa Teresinha em Ação
Estreia
O relançamento do “...Bom Cristão”!
‘Não separa o homem o que Deus
uniu’ costumamos com frequência
repetir quando pensamos
especialmente na fidelidade
conjugal
Esta belíssima expressão tem, no entanto,
uma vastíssima amplitude que, ao longo dos
séculos nem sempre foi compreendida suficientemente. Consequências constrangedoras surgiram, então, no campo da moral, dos
costumes, da espiritualidade... Separações
indevidas se fizeram notar entre os planos
humano e divino, entre natureza e graça, entre cidadania e empenho cristão... A pessoa,
o ser humano, dividido em si mesmo, estava
e, por vezes, ainda está, sujeito a muitas ambiguidades.
É preciso sim, distinguir as várias dimensões do ser humano, os planos diversos nos
quais está mergulhado! Distinguir para melhor aprofundar a grandeza do mistério do
homem, a infinitude do mistério de Deus.
Distinguir para perceber o alcance do mistério da Encarnação que estabeleceu ponte
indestrutível entre humano e divino.
Distinguir, porém, não é separar! Assim,
vindo à Estreia 2013, nosso Reitor Mor,
propõe, em uma admirável síntese humano-cristã o relançamento do “honesto cidadão
e bom cristão”.
Nossa conversa de hoje – focando especialmente, a formação do bom cristão – quer ser,
pois, uma continuidade do artigo anterior
que traçou algumas considerações sobre “o
honesto cidadão”. Não dois temas separados
mas dois enfoques de um mesmo tema! Dois
termos não paralelos mas interativos como
vasos comunicantes, interrelacionais, interdependentes.
Conceber o “bom cristão” apenas como
um fiel orante, praticante de alguns deveres
religiosos, voltado para a caridade considerada somente como auxílio emergencial
significa, diz a estreia 2013 “correr o risco
de mover-se no âmbito de um falso samaritanismo”.
Aprofundamentos filosófico-antropológicos, teológicos, científicos, históricos e
metodológicos se fazem necessários para
que a meta – “a formação de jovens “novos”,
do século XXI, chamados a confrontar-se
com uma vastíssima e inédita gama de situações e problemas, em tempos decididamente alterados, nos quais as próprias ciências
humanas estão em fase de reflexão crítica”
– passe da situação de sonho para o mundo
da realidade.
Na trilha pedagógico-pastoral de Dom
Bosco o Reitor Mor, herdeiro privilegiado de
seu carisma, lança para a grande Família da
qual é o pai, e o sucessor de Dom Bosco, uma
série de profundos questionamentos que pretendem chegar a nós como provocações para
a busca pessoal e comunitária de respostas!
Dom Bosco, que na sua época, incomodou bastante os circunstantes pela contestação aos pressupostos da situação vigente... Dom Bosco que movido pela paixão
educativa-pastoral quebrou paradigmas
próprios de seu tempo e encontrou formas
novas de chegar aos jovens, de propor-lhes
de modo simpático a acolhida e a prática do
bem, continua hoje a nos provocar a fim de
sabermos motivar os jovens para que assumam viver na liberdade de filhos de Deus a
‘vocação plena do homem’.
Esta vocação não se esgota na dimensão
horizontal da natureza mas é chamada a
conjugar-se com a dimensão transcendental – somos filhos no Filho – na construção
do ‘homem novo’ à semelhança do Verbo
Encarnado. Ele, de fato, veio, diz o Concílio
Vaticano-II para revelar ao homem o que é o
homem (cfr L.G.)
O bom cristão, portanto, é aquele honesto
cidadão que vive de modo alargado e atuante
a sua vocação na Igreja e na sociedade. Não
se trata portanto, de alternar atuações: tudo
que é feito em âmbito de Igreja tem repercussão social e toda ação social, profissional,
cultural, política é reveladora do mistério da
Igreja, corpo místico de Cristo.
Alegremo-nos! Nossos chamados ‘pequenos atos’ nossas ‘pequenas ações’ nunca
são pequenas. Elas podem ter e têm de fato
a dimensão que nosso amor cristão lhes imprime.
É este ser unitário “humano-cristão” que a
Estreia 2013 quer relançar!
Ir. Célia Apparecida da Silva, FMA
Diretora do Instituto Mazzarello
Para refletir!
Como, porém, atualizar o “bom cristão” de Dom Bosco?
Como salvaguardar hoje a totalidade humano-cristã do
projeto em iniciativas formal ou prevalentemente religiosas e
pastorais,contra os perigos de antigos e novos integrismos e
exclusivismos? Em qual direção estamos trabalhando?
Santa Teresinha em Ação
Campanha da Fraternidade
Siga nossa paróquia:
facebook.com/pascomst
Cultura Midiática - 2
Nesta edição de junho, desejo
continuar nossa conversa sobre
juventude e cultura midiática,
visto que este é um dos temas
mais fortes do universo juvenil
em nossos dias. Proponho
para nossa reflexão o tema
do “relacionamento juvenil e
cultura midiática”.
O texto da CF 2013 nos propõe que “o
relacionamento para os jovens da cultura
midiática refere-se ao novo modo de comunicar-se”.
É interessante perceber que os novos
meios de comunicação e, particularmente,
as redes sociais criaram um modo novo e
totalmente inusitado de relacionamento –
um relacionamento todo focado em comunicação - e comunicação pensada em suas
mais variadas vertentes.
Os jovens não mais se relacionam apenas com familiares, vizinhos e colegas (de
escola, clube, comunidade paroquial); os
relacionamentos também não mais se limitam a interações a partir de interesses
comuns como estudo, fé, esporte. Hoje
os jovens possuem “verdadeiros amigos”
e talvez até se digam íntimos (“melhores
amigos”) de pessoas que nunca viram, pessoas que vivem em outros países ou continentes, que falam outras línguas e vivem
outras culturas; por vezes os interesses básicos são bastante diferentes e, até mesmo
por curiosidade, acabam se tornando muito “próximos”.
Os antigos padrões de relacionamento
já não são tão importantes e deram espaço
a novas formas, a partir também das novas
formas de comunicação. As redes sociais e
as modernas formas de interação midiática
abriram novas possibilidades de relacionamento – por exemplo, existem fortes
amizades baseadas tão somente na troca
de mensagens, sem que os tais amigos sequer conheçam o rosto um do outro – em
algumas situações e para algumas pessoas a
imagem não é importante, somente o pensamento, as ideias.
Por outro lado, em outras situações, existe uma supervalorização da imagem – veremos então poucas ideias, pouca reflexão e
muita troca de fotos, vídeos e, quem sabe,
imagens trabalhadas que pouco contem de
realidade; este falsear da realidade não constitui um problema, ele faz parte desta nova
7
maneira de comunicar e de relacionar.
Qual deve ser a nossa postura? Como
agir/reagir?
Como pais, educadores, evangelizadores ou jovens cristãos, conscientes de sua
missão entre seus coetâneos, somos chamados a habitar este mundo midiático, este
“continente digital”, e levarmos a estas
novas formas de comunicação e relaciona-
mento os valores fundamentais e essenciais
dos relacionamentos sadios, verdadeiros e
capazes de conduzir os jovens a uma vida
adulta madura e feliz.
Não condenar, não afastar... conhecer,
amar e ajudar!
Pe. André Cunha de Figueiredo Torres, SDB
Assessor arquidiocesano do Setor Juventude
Papa Francisco usa
twitter para se
comunicar com toda
juventude; Facebook
também é ferramenta
para jovens do mundo
inteiro interagir
8
Santa Teresinha em Ação
Santa Teresinha em Ação
9
Destaque
Apostolado da Oração:
uma doação para o bem de todos
Presente na Igreja há dois séculos, a rede é direcionada pelo Papa e
tem a reza como mecanismo para ajudar na resolução dos problemas
da humanidade; na paróquia Santa Teresinha existe desde 1941
F
oi para responder aos desafios
da humanidade de acordo com
a missão da Igreja, que surgiu,
há quase dois séculos, o Apostolado da Oração (A.O), uma rede mundial de oração que, confiada ao Papa,
forma homens e mulheres esclarecidos
na própria fé e disponíveis para servir a
Igreja no dia a dia.
Para quem não sabe, o Apostolado da
Oração na sua longa tradição é uma obra
confiada pela Santa Sé à Companhia de
Jesus, que tem como missão principal a
formação de cristãos atentos e comprometidos com as necessidades da Igreja e
do Mundo.
Para se ter uma ideia, atualmente,
são mais de 40 milhões de pessoas em
todo o mundo que fazem parte da rede
e unem-se para rezar pelas intenções
que o Santo Padre pede à Igreja. Isso faz
com que o A.O seja uma enorme família
de pessoas que, todos os dias, oferecem
o seu dia, no silêncio da oração e na
profundidade espiritual das atividades.
Além disso, tem como base a santificação da própria vida, através da relação
pessoal com Jesus, que leva a uma atitude cristã de alegria e esperança no meio
onde se vive.
Apesar de tradicionalmente ser organizado em grupos presentes nas paróquias, o Apostolado da Oração não é
um movimento eclesial, nem pretende
ser um organismo que exija uma filiação
ou compromissos particulares. É, antes
de mais nada, uma proposta de espiritualidade, transversal a qualquer idade,
cultura, estado social ou pertença a movimentos católicos. Ou seja, qualquer
cidadão pode fazer parte do Apostolado
da Oração, basta desejar viver uma estreita relação em Cristo.
A fita
O mês de Junho é dedicado ao Sagrado
Coração de Jesus e a fita é um símbolo que
significa a pertença ao Apostolado da Oração. Os membros do Apostolado além de
orar, também precisam trabalhar com caridade, humildade e mansidão. Os novatos recebem a fita mais fina, mostrando que estão
sendo iniciados. Já os veteranos usam a fita
mais larga, pessoas que têm a função de zelar
por essa devoção e difundi-la, através de suas
palavras e atitudes.
Como viver o Apostolado
da Oração?
Para quem quer fazer parte do movimento...
•Precisa gostar de rezar e oferecer um momento do dia para isso;
•Precisa participar das reuniões para alinhamento de foco;
•Tem que querer ser íntimo de Deus, aprendendo a rezar conforme todo o grupo;
•Precisa se doar para o objetivo macro da Igreja
Para viver, de fato, o Apostolada da Oração,
a Igreja propõe algumas práticas. Uma delas
é oferecer, todos os dias, logo pela manhã, o
dia que começa, pondo-se à disposição para
que o Espírito Santo atue em cada momento
do dia e leve à realização concreta dos valores
do Evangelho. Também faz parte aprender a
rezar, a criar intimidade com Deus, a viver no
silêncio do coração a inspiração e a novidade do Evangelho para cada dia. Juntamente
com isso, procura-se ainda formar a própria
Apostolado da Oração – Paróquia Santa Teresinha.
Quero participar, como faço?
As reuniões acontecem sempre após as missas de sábado, que vem depois da primeira sextafeira do mês. As consagrações a novo membro são feitas durante a festa, que só acontece
no mês de junho. É preciso participar das reuniões e preencher alguns requisitos básicos.
Os interessados devem procurar a Tânia, presidente do movimento na paróquia, durante
as reuniões do Apostolado da Oração. Mais informações podem ser obtidas pelo email:
[email protected]
fé, tendo capacidade de dialogar com as interrogações e desafios que hoje são postos à
Igreja. Além disso, alimentar uma profunda
devoção à celebração da Eucaristia, como o
Sacramento que resume e inspira a vida cristã, descobrindo nele a presença amorosa de
Deus, na pessoa de Jesus e do seu Coração.
E, para finalizar, têm que viver unidos ao Santo Padre, na oração pelas intenções que pede
mensalmente a todos os cristãos, saindo dos
horizontes cotidianos e abrindo-se aos problemas de todo o mundo.
Na paróquia
Na paróquia Santa Teresinha, o grupo do
Apostolado da Oração é presidido por Tânia
Pille Giuliano e conta com quase 70 membros.
Eles se reúnem todos os sábados, depois da
primeira sexta-feira do mês, sempre depois
da missa. “São nesses encontros que a gente
alinha os objetivos. Trago recados e direcionamentos das reuniões que temos com a região e
definimos os próximos passos”, conta Tânia.
O Apostolado da Oração da paróquia Santa
Teresinha existe, de acordo com Tânia, desde
1941. Ela preside o A.O desde 2009. “Não
me vejo longe do Apostolado e me sinto privilegiada por estar a frente deste trabalho tão
bonito e tradicional. Faz parte da minha vida
rezar pelo objetivo macro da Igreja”.
Tânia diz ainda que os novos membros são
empossados sempre no mês de junho, no dia
da festa do Apostolado da Oração. Entretanto,
é preciso participar das reuniões do grupo e
manifestar o interesse. “Para ser membro é
preciso se doar, não é uma tarefa fácil, tem que
estar focado”, finaliza.
10
Santa Teresinha em Ação
Salesianidade
Dom Bosco e a alegria de viver:
Pedagogia da Bondade
Iniciamos o mês de junho,
lembrando com alegria de Santo
Antônio, São João e São Pedro,
“responsáveis” pelos populares
festejos juninos
Dando prosseguimento à reflexão sobre
a Pedagogia de Dom Bosco, resgato a sua
convicção de viver em plenitude essa alegria. Depois de entendermos como Dom
Bosco se sentiu enviado por Deus aos jovens – que eram para ele a sua razão de ser,
a sua missão, a sua mais preciosa herança –,
devemos redescobrir,o quanto se ofereceu a
eles, por meio do Evangelho da alegria e da
pedagogia da bondade. Assim Dom Bosco
apresenta seu projeto de vida:
“Sou conhecido em todo o mundo como
um santo que semeou muita alegria. Antes,
como escreveu alguém que me conhecia
pessoalmente, fiz da alegria cristã ‘o undécimo mandamento’. Convenceu-me a
experiência que não é possível um trabalho
educativo sem esse maravilhoso impulso,
sem essa estupenda marcha a mais, que é a
alegria. Estou a lhe falar da alegria verdadeira, da que nasce do coração de quem se
deixa guiar por Deus. A risada fragorosa,
a algazarra importuna, duram um momento; a alegria de que lhe falo vem de dentro,
e permanece, porque vem de Jesus Cristo,
quando O acolhemos sem reservas. Eu costumava dizer: ‘Seja alegre, mas sua alegria
seja aquela de uma consciência limpa de
pecado’. E para que os meus meninos se
persuadissem disso, acrescentava: ‘Se quiserem que sua vida seja alegre e tranquila,
devem cuidar em permanecer na graça de
Que também saibamos aumentar a nossa fé
e a nossa alegria de viver, algo que
Dom Bosco sempre incentivou
Pe. Aramis Francisco Biaggi
Deus, porque o coração do jovem que está
em pecado é como um mar em contínua agitação’. Eis por que lembrava sempre que ‘a
alegria nasce da paz do coração’. E insistia:
‘Eu não desejo outra coisa dos jovens senão
que sejam bons e estejam sempre alegres’.
Sei que alguém também disse: ‘Se São Francisco de Assis santificou a natureza e a pobreza, Dom Bosco santificou o trabalho e a
alegria. Ele é o santo da vida cristã laboriosa
e alegre’. Esta frase me agrada! E por dois
motivos: primeiro porque me coloca perto
de um santo simpático e sempre atual como
é o estupendo jovem de Assis; segundo,
porque o autor da frase captou o segredo da
minha santidade: o trabalho e a alegria.
Quero agora contar-lhes um segredo: eu
nunca me considerei um educador-padre;
eu era sim um padre (que havia chegado ao
sacerdócio depois de anos de lutas e dores, de privações e paixão!), um padre que
exercia, vivia e testemunhava o seu sacerdócio educando. Melhor ainda: tornei-me
educador dos jovens porque era um padre
para eles.
Agora compreenderás por que àquele
jovenzinho que é Domingos Sávio, eu lhe
tivesse indicado a alegria como um caminho
de autêntica santidade. E ele o havia compreendido quando explicava a um colega
recém-chegado a Valdocco e que se via ainda totalmente desorientado: ‘Saiba que nós
aqui fazemos consistir a santidade em estar
muito alegres. Procuramos apenas evitar o
pecado como um grande inimigo que nos
rouba a graça de Deus e a paz do coração;
e cumprir exatamente os nossos deveres’.
Esse estupendo adolescente, tão rico de
graça e de bondade, nada mais fazia do que
apresentar ao seu novo amigo, Camilo Gávio, a mesma caminhada de santidade juvenil que eu lhe havia proposto a ele alguns
meses antes.
Assim, tenhamos a coragem de testemunhar a alegria de viver, como Jesus estimulou seus apóstolos a sempre fazerem o bem
e com isso, serem testemunhas da ressurreição”.
irmãs, de modo que a ação desenvolvida acaba
abrangendo ainda mais pessoas.
que estão presentes em situações de maior
dificuldade.
Esta comunidade apresenta índices altos de violência, de pobreza?
Não. Mas o nosso entorno é bastante carente e estamos voltados para atuar neste
contexto. Como disse, também procuramos
agir em sintonia com as Conferências irmãs
Você pode conferir a íntegra da entrevista
em http://goo.gl/7VrMm
Um abraço.
Pe. Aramis Francisco Biaggi, SDB
Espaço Vicentino
Conferências e Comunidades Paroquiais,
uma relação de confiança e motivação
Pe. Camilo Profiro da Silva, salesiano há
mais de 30 anos e pároco da paróquia Santa
Teresinha, no bairro de mesmo nome, em
São Paulo, é considerado grande amigo e
incentivador das atividades da Conferência
Santa Margarida Maria Alacoque, concedeu
entrevista à Revista Vicentina “Voz de Ozanam” de Maio/Junho 2013, da qual reproduzimos um trecho aqui:
Que benefícios o senhor poderia destacar em relação à atuação da Conferência
Santa Margarida Maria Alacoque na Paróquia Santa Teresinha?
Na minha opinião, toda e qualquer paró-
quia fica muito enriquecida quando conta
com a atuação de uma Conferência Vicentina. No caso da nossa comunidade, a organização do atendimento às famílias assistidas,
a animação da solidariedade na comunidade
e o testemunho de um trabalho sério, feito
com amor, são pontos a destacar.
Que aspectos podem ser reavaliados e
melhorados para um melhor atendimento às famílias?
Acredito que talvez pudéssemos ampliar ainda um pouco mais o atendimento; entretanto,
um outro grande mérito da nossa Conferência
é a atenção às necessidades das Conferências
Enio Elias
Vicentino da Conferência Santa Margarida
Maria Alacoque
Santa Teresinha em Ação
11
Pastoral Familiar
Salve Jorge
A
novela terminou, mas não vamos
comentar o drama do casal central, e sim a mensagem subliminar que vemos nas novelas diariamente, seja das 6, das 7 ou das 9 horas.
A família é desnudada de forma bastante
realista.
Um exemplo: no último capítulo de Salve
Jorge, a personagem de Nicete Bruno descobre a traição do marido e diz: “A gente
acredita em tanta coisa que não é verdade”.
E completa dizendo que se sentia tão bem
acreditando que o casamento dela tinha sido
perfeito, o mais feliz.
Na vida de casados enfrentamos muitos
desafios. Começam com os ajustes de personalidades e jeitos de ser nos primeiros
tempos. Depois, sem uma ordem, as dificuldades financeiras, a educação dos filhos, os
relacionamentos familiares íntimos e próximos (sogros, cunhados, etc.), as provocações e traições, quem sabe a morte. Há uma
verdadeira batalha a ser vencida diariamen-
te, capítulo após capitulo de nossas vidas.
Nestes momentos então é bom lembrar
o que ouvimos no curso de noivos, pelo
menos aqui da paróquia: chame Deus para
fazer parte de seu casamento. Faça o seu casamento a três (esposa, marido e Deus). Ou
ainda: sem Deus o seu casamento não dará
certo. Na hora de maior provação, quando
o marido ou a mulher se sentem cansados e
desanimados, precisam pedir ajuda a Deus.
Pedir ao Espírito Santo que conduza seus
pensamentos e suas ações. A maneira de
resolver os problemas brota do coração. Os
gritos e palavras impensadas e inapropriadas dever dar lugar ao diálogo sincero.
As mágoas, ressentimentos, decepções,
desapontamentos vão dando nova chance
àquele casamento que ia acabar. Ele só voltará a ser forte e feliz também no dia a dia.
O perdão será resultado de outras ações iluminadas e verdadeiras em lugar de palavras
ao vento.
Assim, somente com Deus em nossos la-
res poderemos testemunhar a palavra que
diz “o amor é paciente, o amor é bondoso.
Não tem inveja. O amor não é orgulhoso,
não é arrogante, nem escandaloso. Não
busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com
a injustiça, mas se rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta. (1Cor 13, 4-7).
nição das pessoas sujeitas a esta legislação
específica.
Vejamos então o artigo 103 que determina:
Art. 103. Considera-se ato infracional a
conduta descrita como crime ou contravenção penal.
Por sua vez, o artigo 112 fala das medidas
que podem ser aplicadas a atos infracionais, inclusive, crimes cometidos, as quais
vão desde a advertência até a internação em
estabelecimentos educacionais.
Assim como vem sendo noticiado em
toda a mídia os adolescentes que cometem atos, considerados por esta legislação
como infração não podem ser presos, devem, como medida máxima, ser internados
em estabelecimento educacional, o que em
São Paulo é a Fundação CASA, ou seja, a
antiga FEBEM.
Outro ponto que deve ser abordado é a
questão da capacidade civil, presente no
Código Civil Brasileiro, segundo o qual os
menores de dezesseis anos são absoluta-
mente incapazes para praticar atos da vida
civil.
Já os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos devem ser assistidos ao
praticar tais atos. Por fim, o artigo 5º do
diploma legal define que:
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito
anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Por atos da vida civil, podemos entender
a capacidade de praticar atos privados tais
como firmar contratos de compra e venda
de quaisquer produtos, contratar um advogado para defender seus interesses etc.
É fácil perceber que, embora sejam bem
diferentes as disposições de ordem penal e
de ordem civil, guardam certa proporcionalidade, porque a criança e o adolescente
são socialmente vistos como necessitando
de proteção.
Ana Filomena e Luiz Fernando
Pastoral Familiar
Direito
O assunto é Maioridade Penal
Vamos começar neste mês a
tratar de um assunto que está
em bastante evidência e que tem
provocado grandes discussões
entre especialistas e até mesmo
entre o público em geral: a
maioridade penal.
Vamos iniciar pelos aspectos constitucionais do tema. A Constituição Federal de
1988, que em seu artigo 228 expressamente determina:
Art. 228. São penalmente inimputáveis
os menores de dezoito anos, sujeitos às
normas da legislação especial.
Mas o que significa a expressão “penalmente inimputáveis”? Significa que, segundo a constituição Federal as pessoas
menores de dezoito anos não podem ser
punidas segundo as normas de direito penal, ou seja, à elas não se aplica o código
penal brasileiro.
Então não existe punição penal para pessoas menores de dezoito anos? Na verdade,
segundo a Constituição à estas pessoas
deve ser aplicado normas da legislação especial.
A legislação especial aqui é o Estatuto
da Criança e do Adolescente, aprovado
pela Lei 8069 de 13/07/1990, que dispõe
sobre diversas normas de proteção e de pu-
Aloisio Oliveira é Advogado
[email protected]
12
Santa Teresinha em Ação
Juventude Salesiana
JMJ: Paroquianos de Santa Teresinha
estão com os preparativos a todo vapor
Venda de doces, rifas e almoços
estão sendo feitos para angariar
recursos para a ida ao Rio
A
Jornada Mundial da Juventude
está chegando! Faltando pouco
mais de um mês para o grande
evento as expectativas dos salesianos de Santa Teresinha que irão para o
Rio de Janeiro está crescendo e mexendo
com o sentimento e o cotidiano de toda
comunidade. Rebecca Fraga, uma das
jovens que estará presente no encontro,
diz que a chegada da JMJ deixou o dia-a-dia muito mais agitado. “Estou me organizando para ficar duas semanas no Rio,
então tenho corrido com o trabalho, além
de buscar notícias sobre os preparativos
todos os dias”, disse Rebecca.
Além de mexer com cotidiano, a JMJ
também tem despertado uma grande
torcida e patriotismo. A esperança de
realizar bons trabalhos e receber bem os
irmãos estrangeiros tem motivado muitos
participantes. “Peço a Deus todos os dias
que ilumine meu trabalho em prol da juventude católica que se reunirá no Rio de
Janeiro” diz Thassia Mesquita, outra paroquiana de Santa Teresinha presente no
evento carioca.
Para ir à JMJ, os jovens organizaram
eventos, rifas e vendas diversas com o
intuito de angariar fundos. “A venda de
doces deu bastante resultado, liquidamos
os doces em apenas duas missas e tivemos
que comprar mais para as missas da noite”, conta Rebecca. Uma camisa original
do Corinthians será rifada e uma feijoada
foi realizada no dia 02 de junho.
Esta Jornada é a 13ª da história que
ocorre internacionalmente. Poucos sabem, mas além da grande celebração que
acontece a cada dois ou três anos em uma
cidade sede, a JMJ é celebrada anualmente
nas dioceses. A Jornada, mais do que um
encontro de jovens é uma oportunidade
de buscar conhecimento interior, conhecer a fundo a palavra de Cristo e celebrar
a paz e a união dos povos.
Feijoada
Rifa
Santa Teresinha em Ação
Tá Ligado?
Papo de Criança
Frio!
Minha mãe, minha rainha, põe
sua mão antes da minha!
Fiquei pensando: Como Maria
me ajuda a dizer sim para as
coisas de Deus?
E
u tinha por volta de 16 anos quando a minha família decidiu fazer
uma viagem para a Europa para
passarmos o Natal e o Ano Novo.
Mais precisamente, Portugal e Itália. Uma
amiga da minha mãe estava morando por lá
e iria nos hospedar em sua casa. Maravilha!
Realizar o sonho de conhecer países lindos!
Quem sabe até conhecer a neve do inverno
europeu? E fomos!
Lembro exatamente de uma manhã dessas
na viagem. Tínhamos acabado de acordar, e
minha mãe ajudava a amiga dela a dar uma
geral na casa, que estava quentinha graças
aos aquecedores, apesar do frio congelante
lá de fora. Não havia nevado, mas fazia muito
frio.
Já no fim da arrumação, a amiga da minha
mãe pede para que eu leve o lixo lá pra fora.
O prédio era antigo, e a lixeira principal ficava do lado de fora do prédio.
Eu estava só de camiseta e com uma calça
de moletom. Vai ser rapidinho, então vou
assim mesmo. Não vai dar nem tempo de
sentir frio. Peguei o saco cheio de lixo e fui.
Não sei dizer quantos graus estava fazendo, mas eu posso dizer com certeza que essa
caminhada até a lixeira foi um dos dias em
que eu mais senti frio na minha vida. Meu
lábio ficou roxo, eu não sentia a ponta dos
dedos, quase nem conseguia respirar direito. Quando cheguei ao apartamento, minha
mãe até se assustou com o estado que eu
fiquei. Ao contrário do pessoal lá da casa,
na hora eu não achei graça nenhuma. Hoje
é engraçado lembrar o episódio, mas contei
isso porque na verdade queria falar sobre
algo que tive que sentir na pele (literalmente) para ter noção.
Todos nós somos extremamente abençoados por termos um lar quentinho e um agasalho gostoso pra nos esquentar. Mas todos
nós sabemos que muita gente não tem nada
disso.
Você por acaso não tem nenhum agasalho encostado na sua casa que você não usa
mais? Pode ser aquele que você comprou há
algum tempo, mas que hoje já não acha tão
bonito assim. Eu tenho certeza que quem
está passando frio hoje por aí não vai se importar com a cor ou com o estilo dele. Que
tal fazer essa boa ação?
Com o inverno chegando, existem várias
iniciativas bacanas de doação de agasalhos,
roupas e cobertores rolando por aí. Você
com certeza já cruzou com uma delas!
Reserve uns minutinhos algum dia desses, abra o seu armário e veja se você pode
ajudar.
Nessa época do ano, eu lembro exatamente do frio que passei naquele dia, e penso
que tem gente que passa a noite toda sentindo aquilo que senti por alguns minutos.
Crianças, velhinhos, mães, pais... E eu não
desejo isso pra ninguém!
Um agasalho a mais ou a menos no seu
armário pode não fazer tanta diferença pra
você, mas, às vezes, pode ser tudo o que
alguém mais precisa! Vamos doar e ajudar!
Caio Zaplana
facebook.com/caiozaplana
Bom, Maria mãe de Jesus, Mãe da Igreja
nos guarda e protege. Desde pequenos ouvimos falar de Maria que foi uma moça como
todas as outras: pertencia a uma família simples da cidade de Nazaré. Bondosa e humilde ao receber a visita do anjo Gabriel disse
SIM. Como Maria, temos que aprender a
dizer SIM ao chamado de Deus, dizer SIM
às coisas boas.
A Bíblia não fala muito de Maria, nem
muito sobre o que ela falou, mas ela disse
uma palavra que mudou toda a História. Maria disse SIM e com esse SIM nasceu a esperança. Essa pequena palavra veio do coração
puro de uma simples mulher que poderia ter
dito não, mas ela aceitou ser a mãe de Jesus,
nosso Salvador.
Como falar de Jesus e não se lembrar
Dela? Ela se tornou Mãe de Deus e como
toda mãe ensinou seu Filho a caminhar e a
falar, e sofreu com a morte Dele na Cruz.
Eu também sei que terei que passar por
momentos difíceis, mas sei que posso contar com Ela, com a sua mão antes da minha a
me proteger, a me guiar.
Quando faço uma oração sei que de qual-
13
quer forma Ela vai me ajudar a resolver o
problema, vai me dar uma luz porque desde
o momento que nasci, estava do meu lado
me ajudado e me protegendo de todo o mal.
Exemplo de muitas mães, Maria sempre
nos acolhe em seu manto protetor, e assim
nos ajuda a dizer SIM para as coisas de
Deus, e com isso nos tornamos pessoas melhores. Ela também me ajudou a dizer SIM.
A partir do momento que entrei para o
grupo dos coroinhas, Ela se tornou cada
vez mais presente na minha vida, se tornou
minha melhor amiga, Amiga com quem converso todas as noites antes de dormir, Ela
me consola, me protege, me ajuda a seguir
em frente e enfrentar todos os obstáculos.
Obrigada Mãezinha por estar sempre ao
meu lado, me proteger de todos os males e
de todo perigo, e também proteger as pessoas que eu amo. Sei que a Senhora vai estar
na minha frente para me guiar nos ensinamentos de Deus. Proteja e dê força aos meus
irmãos que mais sofrem. Que eles sejam
acolhidos em seu manto, que tenham Fé, e
nunca desistam dos seus sonhos, pois com
a sua ajuda e nossa Fé um dia realizaremos
todos eles. Amém.
Luana Cruz Gomes, tem 14 anos e
é coroinha
14
Santa Teresinha em Ação
Espaço Pet
Pombos da paz, será?!
O
pombo simboliza o Espírito
Santo, foram utilizados como
mensageiros e são conhecidos
como símbolo da Paz. Na Primeira Guerra Mundial, um pombo mensageiro chamado Cher Ami, “Querido Amigo”,
em Francês, salvou vidas de soldados americanos. Aves inteligentes com visão aguçada e
fiéis escolhem um único parceiro para passar
o resto de suas vidas. O pombo doméstico
não é nativo das Américas, originou-se da
Europa, África, e Ásia, onde foram domesticados e disseminados. A disseminação se
tornou um problema principalmente em
centros urbanos e hoje são vistos como praga
urbana. Os prejuízos causados pela superpopulação são vários, as fezes ácidas sujam
e provocam danos à pintura de veículos e ao
patrimônio histórico, matam plantas e gramados. O acúmulo de penas, fezes e restos
de ninhos entopem calhas e tubulações. Em
mercados ou depósitos, podem promover
a contaminação de alimentos, pois transportam bactérias em seus pés. Além disso,
pombos desempenham um importante papel
na transmissão de doenças que acometem
humanos e animais domésticos. Porém, são
importantes na natureza contribuindo com
o equilíbrio do ecossistema. Alimentam-se
de insetos, ajudando no controle, e de frutos
disseminando sementes em suas fezes contribuindo para o nascimento de novas plantas e
árvores. Amparados pela legislação de proteção à fauna, o controle deve ser feito por pessoas autorizadas e a eliminação só pode ser
realizada quando todas as medidas de controle ambiental forem esgotadas. A matança
indevida dos pombos pode ser considerada
crime. A mais eficiente medida de controle
ambiental é: Não alimente os pombos! E não
deixe alimentos expostos no lixo. Outras medidas são restringir o pouso dos pombos em
parapeitos, grades de janelas, marquises, etc,
usando fios de nylon ou armações com hastes
pontiagudas ou em espiral e impedir o acesso
a abrigos vedando a entrada de telhados com
telas. Além do uso de repelentes químicos de
pombos disponíveis nos mercados.
Raquel Fraga Raimondo é veterinária
Saúde
Um simples ronco pode representar algo mais sério
A
apneia obstrutiva do sono é
uma doença extremamente
comum, mas ainda pouco conhecida. O paciente que sofre
de apneia para de respirar várias vezes
durante o sono, raramente se dando conta
disto. A apneia é devida a uma garganta
(ou faringe) estreita. Ao dormir, existe um relaxamento natural e esperado
da musculatura do corpo, inclusive dos
músculos da garganta. Este relaxamento
pode causar uma obstrução da passagem
do ar, levando a um episódio de sufocamento. O paciente só sai dessa encrenca
com um micro despertar, quando o tônus
da musculatura se restabelece e ele volta
a respirar.
Esses despertares, em geral, são muito
breves, o paciente não se dá conta e volta imediatamente a dormir. Esse ciclo de
dormir, engasgar, acordar, voltar a dormir
se repete muitas vezes durante a noite, levando a um sono fragmentado e não reparador. A manifestação clínica mais evidente é o ronco, que indica uma vibração da
garganta quando o ar passa nessa região.
Nem todo mundo que ronca tem apneia,
mas quando o ronco é alto e irregular, a
probabilidade é grande. As manifestações
clínicas podem ser múltiplas, incluindo sonolência diurna, cansaço, sono não reparador, sintomas depressivos, risco de disfunção sexual, diminuição da memória, perda
da qualidade de vida e risco aumentado de
doenças cardíacas incluindo hipertensão
arterial sistêmica, aterosclerose, infarto
agudo do miocárdio e derrame cerebral.
A apneia é mais comum em homens de
meia idade, mas pode acometer qualquer
um, incluindo crianças (em geral por causa de aumento de amídalas e adenóides) e
mulheres (principalmente depois da me-
nopausa). Estudos recentes mostram que
a apneia é extremamente comum, acometendo cerca de 30% da população adulta
da cidade de São Paulo. O diagnóstico é
feito através da monitorização noturna do
sono, a polissonografia. Os tratamentos
vão desde atitudes simples (nos casos leves) como dormir de lado (de barriga para
cima a língua cai para trás e fecha a garganta), evitar álcool à noite (que relaxa a
musculatura), fazer exercício físico e perder peso (engordamos não só na barriga
mas também no pescoço, contribuindo
portanto para o fechamento da garganta).
O Brasil é pioneiro em trabalhos com
a fonoaudiologia de exercícios da musculatura da garganta, que funciona bem
para casos leves. Outro tratamento é o
uso noturno de uma plaquinha nos dentes
que traciona o queixo para frente na hora
de dormir. Nos casos de apneia modera-
da a grave, o melhor tratamento é o uso,
durante o sono, de uma mascara ligada
a um compressor de ar conhecido como
CPAP, cuja sigla vem do inglês e significa
pressão positiva continua em vias aéreas. O CPAP funciona como uma tala de
ar que impede o fechamento da garganta
e elimina imediatamente o problema, com
grande melhora dos sintomas. Os efeitos
benéficos do CPAP incluem melhora não
só dos sintomas, mas também do coração.
Se alguém comentar que você está roncando, não tome isso como uma ofensa
pessoal. Procure ajuda, talvez você esteja
sofrendo de apneia. E apneia tem tratamento!
Dr. Geraldo Lorenzi Filho
Diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração - Incor
[email protected]
Santa Teresinha em Ação
Aconteceu
Celebração de Nossa
Senhora Auxiliadora
Iniciada no dia 15 de maio de 2013, a Novena em homenagem à Nossa Senhora Auxiliadora, começou sem muita participação da
comunidade, mas ao longo dos dias a participação foi crescendo. Já na sétima celebração,
no dia 21 de maio, a paroquiana Márcia Carbonari deu um testemunho sobre a ajuda real
de Maria Auxiliadora em nossas vidas e no dia
seguinte, no oitavo dia, os membros da Associação dos Salesianos Cooperadores renovaram o compromisso apostólico vocacional.
Na ocasião, Pe. Aramis F. Biaggi lembrou a
51ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil,
que teve como tema “Paróquia, comunidade
de comunidades” e,finalizando a novena, a Ir.
Célia Apparecida da Silva, FMA, diretora do
Instituto Mazzarello, deu um relato da importância de seguir o modelo de fé que é Nossa
Senhora Auxiliadora para a Família Salesiana.
No dia da festa maior a igreja ficou lotada
de fiéis que prestaram homenagem à Mãe
Salesiana. A festa começou com a queima das
cartinhas de pedidos de intercessão à Nossa
Senhora, seguida da procissão ao redor da
praça. Ao fim da procissão ocorreu a coroação da imagem de Auxiliadora.
Maria Auxiliadora é
celebrada na paróquia e por
todos da Família Salesiana
no seu dia, 24 de maio
Inovação na celebração de Corpus Christi
Em 30 de maio, a comunidade paroquial de
Santa Teresinha resolveu inovar a tradicional
decoração do feriado de Corpus Christi. Ao
invés de produzir o tradicional tapete na praça para a procissão do Santíssimo Sacramento, a comunidade produziu um “corredor”
ao redor da praça, por onde passou o Corpo
de Cristo, conduzido pelo pároco, Pe. Camilo P. da Silva, acompanhado da procissão de
coroinhas, ministros e anjinhos. Conforme
a procissão ia passando, os fiéis iam também
se juntando à procissão entrando, pelo “corredor” que terminou na porta da igreja.
Durante as missas realizadas pelo Pe. Camilo, a homilia lembrou que o dia do Corpo
de Cristo (Corpus Christi) é o dia em que
especialmente nos comprometemos com a
perseverança de nossa fé.
Confira a íntegra das notícias no site
www.paroquiasantateresinha.com.br
15
16
Santa Teresinha em Ação
Entrevista
Por Pe. Aramis de Biaggi
Edição: Daya Lima
Devoção ao Sagrado Coração de Jesus: uma das
devoções mais amada e seguida pela Igreja
Pe. Ladislau Kliniski, profundo
conhecer da devoção, fala sobre
como e para que praticar
P
e. Ladislau Kliniski acaba de
completar 99 anos e é um profundo estudioso e conhecedor
da devoção ao Sagrado Coração
de Jesus. Ele, que viveu em campo de concentração durante a 2a Guerra Mundial,
tinha tudo para se revoltar, mas, dá o seu
testemunho de quanto Deus é misericordioso e nos ama. Dom Bosco ensina que
“O Senhor colocou-nos no mundo para
os outros“, e é isso que vemos na vida do
Pe. Ladislau, toda ela a serviço do Reino
e das pessoas que conviveram e convivem
com ele no dia-a-dia. No mês em que se
comemora o Apostolado da Oração, nada
melhor que Pe. Ladislau para falar sobre
o assunto.
STA – De onde vem o culto ao Sagrado Coração de Jesus Misericordioso?
Pe. Ladislau - Substancialmente remonta aos Santos Padres, especialmente
a São Bernardo, e delineou-se por obra
de Santa Matilde, de Santa Gertrudes e
de São Boaventura; em seguida, por obra
dos Jesuítas, do B. Suso, de São Bernardino de Sena e sobretudo de São João
Eudes (1601-1680), que obteve do Bispo
de Remnes a celebração da festa. Após
as revelações do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque, a festa,
aprovada por Clemente XIII em 1765 para
algumas dioceses, foi estendida a toda
a Igreja por Pio IX em 1856. No começo
do século 20, Leão XIII consagrou
todo o gênero humano ao Sacratíssimo
Coração de Jesus. Em 1928, Pio XI definiu a festa do Sagrado Coração como a
característica de nossos tempos. Como
consequuência das aparições de Nosso
Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a
partir de 1673, este culto teve um incre-
mento notável e adquiriu a sua feição hoje
conhecida. Nenhuma outra comunicação
divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos
da parte do Magistério da Igreja como
esta. Não é por acaso que as aparições
a Santa Margarida Maria deram-se num
momento crucial em que se pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o
mais característico de todos os movimentos que resistiram à descristianização da
sociedade moderna.
STA - Qualquer pessoa pode se tornar um devoto ou precisa fazer parte de algum movimento?
Pe. Ladislau - Sim, todos podem se
tornar um devoto do Coração de Jesus.
Basta ter a sua espiritualidade, uma
devoção especial ao Coração de Jesus.
Não necessita estar em algum movimento
específico, mas pode ser do Apostolado
da Oração, ou de outro movimento e seguir as orientações da devoção.
STA - Qual o objetivo de quem faz
parte do Sagrado Coração de Jesus? Como é essa devoção?
Pe. Ladislau - Ao longo das aparições,
o divino Coração prometeu aos seus devotos conceder bençãos sobre as casas
onde sua imagem for exposta e venerada.
Dessas bênçãos, graças especiais, paz
nas famílias, a consolação nas aflições,
o refúgio durante a vida e, principalmente, no momento da morte, abençoar
todos trabalhos e empreendimentos, etc.
Prometeu também que aqueles que propagarem a devoção a Ele terão seus nomes inscritos em Seu Coração. Esses são
os principais objetivos da devoção e por
isso é tão bem aceito na Igreja.
STA - Existe alguma metodologia
para fazer parte da devoção como, por
exemplo, dias específicos para a reza?
Pe. Ladislau - Sim. É necessário que as
as primeiras nove sextas-feiras do ano, depois da oitava do Santíssimo Sacramento,
seja dedicada a uma festa particular, para
honrar seu Coração, comungando, neste
dia, e fazendo-lhe reparação de honra,
por um pedido de desculpas, para reparar
as indignidades que ele recebeu durante
o tempo em que ficou exposto nos altares.
É na sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes que a Igreja
celebra a solenidade do Sagrado Coração
de Jesus. Além da celebração litúrgica,
muitas outras expressões de piedade têm
por objeto o Coração de Cristo. Não tem
dúvida de que a devoção ao Coração do
Salvador tem sido, e continua a ser, uma
das expressões mais difundidas e amadas
da piedade eclesiástica. Entendida à luz da
Sagrada Escritura, a expressão “Coração
de Cristo” designa o mesmo mistério de
Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa
considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial. As formas de devoção ao Coração
do Salvador são muito numerosas. Para se
ter uma ideia, algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Fé
Apostólica. Entre elas devem ser lembradas
a Consagração pessoal que, segundo Pio
XI, “entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal”;
a Consagração da família; as Ladainhas
do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de
Reparação; a prática das Nove Primeiras
Sextas- feiras.
Horários das Missas
Segundas-feiras, às 16h30 e 19h30
De terça a sexta, às 8h e 19h30
Aos sábados, às 8h e às 16h
Aos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30
Apoiaram
esta edição:
Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e,
nas primeiras sextas do mês, às 7h30
Recolast Ambiental - 3437-7450
Horário da secretaria:
De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30
Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18h
Tel. (11) 2979-8161
Bolos da Guria - 2978-8581
e outros 6 apoiadores
Download

Querem que o Senhor lhes dê muitas graças? Visitem