“Se plantarmos para um ano,
devemos plantar cereais.
Se plantarmos para uma década,
devemos plantar árvores.
Se planejarmos, entretanto, para uma existência,
“devemos educar os homens.”
(SUN TZU – 500 a.c.)
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU
MANTENEDORES
Aloísio Teixeira Garcia
Ricardo Reis Cordeiro
Thales Reis Hannas
DIRETOR EXECUTIVO
Thales Reis Hannas
DIRETORA ACADÊMICA
Rita de Cássia Martins de Oliveira Ventura
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 5
1. Histórico de Implantação e Desenvolvimento da Instituição:.......................... 8
1.1 Responsabilidade Social:........................................................................ 16
1.2 Inserção Regional: .................................................................................. 19
1.2.1 Formação Administrativa: ................................................................. 20
1.2.2 Transferências de sede: ................................................................... 24
1.2.3. Ratificação de grafia: ....................................................................... 24
2. Princípios filosóficos e teórico-metodológicos da FACIG: ............................ 34
3. Objetivos Institucionais:................................................................................ 36
4. Componente Pedagógico da práxis e da produção do conhecimento: ........ 39
5. Políticas e Diretrizes que norteiam a prática acadêmica da Instituição:....... 41
6. Considerações Finais: .................................................................................. 51
7. Referências Bibliográficas: ........................................................................... 53
8. Glossário ...................................................................................................... 54
5
APRESENTAÇÃO
Atenta ao ambiente externo, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu possui
consciência do seu papel como formadora de profissionais do ensino superior em
condições de atender ética e profissionalmente às demandas da sociedade.
Nestes termos, a instituição apresenta à comunidade acadêmica seu Projeto
Pedagógico Institucional (PPI), projetando suas ações futuras com o objetivo de ser
reconhecida como instituição de ensino de excelência.
O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Faculdade de Ciências Gerenciais de
Manhuaçu (FACIG), aprovado pelo Conselho de Administração, órgão superior de
direção acadêmica e disciplinar da FACIG, é o plano institucional global para o
desenvolvimento das suas funções como Instituição de Ensino Superior (IES) que é a
educação, incentivando a pesquisa e a extensão. É um instrumento definido de forma
horizontal buscando materializar as reflexões cotidianas sobre as ações acadêmicas
definindo a missão, os objetivos, as políticas e as diretrizes estabelecidas para a
gestão acadêmica. Apesar de ser um documento formal, a FACIG tem o PPI como um
instrumento político, filosófico e teórico-metodológico, articulado e participativo que,
em sua construção, pautou-se em uma compreensão dinâmica do processo de
educação que subsidia todo o percurso das práticas acadêmicas da IES e que,
necessariamente, permitirá, ao longo de seu período de vigência, ajustes que
porventura se tornarem necessários.
Um dos principais esteios da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu é o
compromisso em oferecer uma educação qualificada, ética e crítica, capaz de
contribuir para as transformações e avanços da sociedade brasileira. Alicerçados por
esse compromisso, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu é uma
instituição que busca permanentemente estimular o progresso econômico e social por
meio da formação de cidadãos, valendo-se da educação para a construção de uma
sociedade justa, na qual os valores humanos e as oportunidades de ascensão social e
profissional sejam direitos de todos.
6
O objetivo de implementar o desenvolvimento educacional e sócio-econômico regional,
motivaram a FACIG a se expandir dentro de uma realidade possível, visando
melhorias contínuas, inserida em uma perspectiva de uma instituição de ensino
superior contemporânea e moderna, respeitando as especificidades e características
de cada curso e do ambiente no qual a instituição está situada.
Thales Reis Hannas
Diretor
7
O Projeto Pedagógico Institucional da Faculdade de Ciências Gerenciais de
Manhuaçu, FACIG, está organizado com base na seguinte legislação:
I - na Portaria nº 262, de 30 de Janeiro de 2002, que credenciou a Faculdade
de Ciências Gerenciais de Manhuaçu;
II - na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei 9.394/96;
III – no Regimento da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu;
IV - nas Diretrizes Curriculares dos cursos autorizados pelo Ministério da
Educação.
8
1. Histórico de Implantação e Desenvolvimento da Instituição:
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu é mantida pelo Centro
Superior de Estudos de Manhuaçu Ltda, entidade privada, com fins lucrativos,
inscrita no CNPJ / MF sob o número 03.752.343/0001-09. A instituição possui
dois campi:
* Campus Ilha de Excelência
Avenida Getúlio Vargas, 733
Bairro Coqueiro
Manhuaçu / MG
CEP 36900-000
* Campus Alfa Sul
Rua Darcy César de Oliveira Leite, 600
Bairro Alfa Sul
Manhuaçu / MG
CEP 36900-000
Sediada em Manhuaçu, município mineiro estrategicamente localizado na
interseção de duas importantes rodovias federais, BR 262 e BR 116, além de
ser cortada também pela rodovia estadual MG 111, a Faculdade de Ciências
Gerenciais de Manhuaçu com a qualidade do seu ensino atrai estudantes de
diversas cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Manhuaçu é
uma cidade pólo para comércio, comercialização e produção de café, saúde e,
tornou-se nos últimos anos, também referência em educação para toda a
região de influência de Manhuaçu, sendo inclusive referenciada pelo Ministério
da Saúde como tal.
9
Fundada no ano de 2000, quando teve início o processo de instalação da sua
sede e quando foi elaborado o seu primeiro Plano de Desenvolvimento
Institucional, com a especificação dos primeiros cursos superiores a serem
implantados.
Sua fundação foi motivada pelo fato do município ser, na ocasião, o único
município de tal porte em todo o Estado de Minas Gerais a não contar com
instituição de ensino superior. A constatação veio de uma pesquisa realizada
pelo Centro Universitário UNA de Belo Horizonte, cujos mantenedores foram
convidados a se instalar no município em parceria com um empresário local.
O convite ao Centro Universitário UNA é um indicativo da estratégia da
instituição: ser referência de qualidade no ensino superior no país. Esta
instituição foi à primeira instituição de ensino superior da América Latina a
obter o certificado de qualidade ISO 9000.
10
O credenciamento da instituição ocorreu no ano de 2001, sendo oficializado
pela Portaria Ministerial de número 262 de 30 de janeiro de 2002. Juntamente
com este credenciamento, foi autorizado pelo Ministério da Educação o
funcionamento do primeiro curso superior, Administração, cujas aulas foram
iniciadas em 2002.
Cursos oferecidos pela instituição:
CURSO
ATO LEGAL
Administração
Reconhecido pela portaria 3.831 de 8
de novembro de 2005
Administração
formação
com
em
linha
Gestão
de Reconhecido pela portaria 3.831 de 8
do de novembro de 2005
Agronegócio
Análise
e
Desenvolvimento
de Reconhecido pela portaria 214 de 7
Sistemas
de março de 2007
Gestão de Turismo
Reconhecido pela portaria 276 de 15
de dezembro de 2006
Marketing
Reconhecido pela portaria 471 de 22
de novembro de 2011
Construção de Edifícios
Reconhecido pela portaria 470 de 22
de novembro de 2011
Gestão Ambiental
Reconhecido pela portaria 491 de 20
de dezembro de 2011
Ciências Contábeis
Reconhecido pela portaria 467 de 27
de junho de 2008
Serviço Social
Autorizado pela portaria 1.119 de 18
de dezembro de 2008
11
Autorizado pela portaria 1.617 de 12
Matemática
de novembro de 2009
Autorizado pela portaria 786 de 30 de
História
junho de 2010
Autorizado pela portaria 1.791 de 27
Engenharia Civil
de outubro de 2010
Autorizado pela portaria 2.354 de 22
Arquitetura e Urbanismo
de dezembro de 2010
Autorizado pela portaria 54 de 01 de
Direito
junho de 2011
Evolução da quantidade de cursos em oferta:
Novos
cursos
estão
com
os
projetos
pedagógicos
prontos
ou
em
desenvolvimento para serem implantados nos próximos anos, conforme o PDI
da instituição.
12
Além destes cursos de graduação, a instituição oferece pós-graduação lato
sensu em Gestão Empresarial.
Desde sua fundação, a instituição tem contribuído para o crescimento de
Manhuaçu e sua região de entorno, sendo confirmado pelo Censo 2010 que o
município foi um dos que mais cresceu em todo o Estado de Minas Gerais no
período de 2000 a 2010. Novos negócios foram implantados no município para
atender aos jovens que cessaram de migrar, aos professores contratados de
outras regiões do país que se estabeleceram no município e aos estudantes de
outras cidades da região de influência de Manhuaçu – há turmas em que
apenas 10% dos alunos são residentes de Manhuaçu.
Diversos dos seus ex-alunos foram aprovados em concursos públicos,
conseguiram promoções e expandiram seus negócios próprios ou de
familiares, motivo de orgulho e comprovação da contribuição da instituição ao
país.
A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – Facig – tem como lema
“exigente, como a vida!”. Objetiva, com isso, cultivar nos jovens a superação
aos obstáculos impostos pela vida, bem como transmitir a seriedade de suas
atividades acadêmicas.
Por seu posicionamento de mercado, pela qualidade das suas práticas
educacionais e pelo amplo emprego de novas tecnologias, em um curto
período de tempo, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu se
consolidou como a mais conceituada instituição de ensino da região. A
confirmação é atestada pelo IGC 2009 – Índice Geral de Cursos, calculado pelo
Ministério da Educação, onde a FACIG não é apenas a melhor instituição de
ensino superior da região, mas superior a 88% das instituições de ensino
superior de todo o país.
13
No ENADE de Administração de 2006, a FACIG obteve o mesmo conceito que
a Universidade Federal de Viçosa – UFV.
No IGC 2009, a instituição obteve a classificação de terceira melhor instituição
privada de todo o Estado de Minas Gerais entre aquelas com mais de um
curso, atrás somente da PUC de Belo Horizonte e do IBMEC. A FACIG foi
classificada como superior a todas as instituições privadas dos Estados do Rio
de Janeiro e do Espírito Santo.
Em 2010, mais um indicador do Ministério da Educação que comprova a
excelência do ensino da instituição: o Curso Superior de Tecnologia em
Marketing da instituição é o melhor de todo o Estado de Minas Gerais.
Instituição
Sigla
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE
MANHUAÇU
FACIG
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA
IZABELA HENDRIX
IMIH
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO
HORIZONTE
UNI-BH
FACULDADE POLITÉCNICA DE
UBERLÂNDIA
FPU
FACULDADE UNA DE CONTAGEM
FUNAC
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO
CARLOS
UNIPAC
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE BELO
HORIZONTE
FESBH
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E
DA SAÚDE
FACISA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA
UNA
INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO
SUPERIOR
IBHES
CPC
3,126977
2,991703
2,944301
2,589387
2,554674
2,352281
2,211803
2,189171
2,176189
1,724699
Desde 2009 cursos da instituição constam entre os cursos “estrelados” do Guia
do Estudante.
Em 2010, a instituição obteve duas grandes conquistas, que lhe conferiram
projeção nacional. A FACIG foi a vencedora do Prêmio Nacional de Gestão
Educacional na categoria Gestão Administrativa Financeira, prêmio concedido
14
pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior
– ABMES - e com a Associação Nacional dos Centros Universitários –
ANACEU. O prêmio visa estimular a divulgação e a disseminação de boas
práticas relacionadas à gestão educacional. A relevância do prêmio pode ser
constatada pelas instituições vencedoras. Na categoria Responsabilidade
Social, a agraciada foi a Fundação Torino, empresa vinculada à FIAT
Automóveis localizado em Belo Horizonte / MG.
Outra relevante conquista da instituição foi ser finalista do concurso Choque de
Gestão promovido pela Revista Exame PME da Editora Abril, onde após
concorrer com cerca de 200 empresas de todo o país, dos mais diversos
setores, a FACIG se classificou entre as quatro finalistas, tendo sido
apresentada na edição da revista do mês de setembro de 2010.
Em 2011, mais uma vez dados do Ministério da Educação confirmaram a
qualidade do ensino da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu.
Conforme o resultado do ENADE, o curso de Gestão Ambiental da Facig está
no seleto grupo dos 10% melhores do país, junto às renomadas instituições,
como a Universidade Federal de Viçosa:
15
CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI BLUMENAU
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO
GROSSO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
CEARÁ
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA
FONSECA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS
FACULDADE PORTAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO NORTE
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIOGRANDENSE
FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU
Merece destaque, ainda, de que a instituição é uma das três únicas instituições
de ensino superior de todo o Estado de Minas Gerais a possuir parceria com a
Microsoft, maior empresa de software do mundo, estando seus produtos
instalados em mais de 90% dos computadores utilizados em todo o planeta, o
que lhe proporciona o título de instituição Microsoft IT Academy e o acesso por
toda a sua comunidade acadêmica ao currículo oficial dos cursos da Microsoft.
16
A visão direcionada à vanguarda do conhecimento foi retratada com a
inauguração do Campus “Ilha de Excelência”, quando a instituição passou a
oferecer uma estrutura ímpar, com sete laboratórios, salas de aula com
excelente iluminação e ventilação, auditório, salas de estudos, sala de áudiovisual, biblioteca, sala de reunião, sala de professores, sala dos coordenadores
de cursos, sala do NDE, secretaria, tesouraria, cantina, central de cópias e
quadra poli-esportiva. Todas as instalações estão preparadas para atender aos
portadores de necessidades especiais, inclusive banheiros.
Em 2011, novo marco para a instituição, com a inauguração do novo campus,
Campus Alfa Sul, sede própria, cujo projeto foi desenvolvido a partir de
técnicas que aliam modernidade, conforto e funcionalidade, fruto da
experiência trazida pelos mantenedores da instituição após a visita a
instituições de ensino superior da Europa, evento organizado pelo SEMESP –
Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior do Estado de São Paulo.
Mais um atestado de qualidade foi obtido no início do ano de 2012, quando o
Conselho Federal de Contabilidade divulgou os resultados do Exame de
Suficiência, tendo a Facig aprovado 90% dos seus alunos.
Contando com número de professores em tempo integral e com titulação que
lhe permitem ascender ao patamar de Centro Universitário, a FACIG reafirma
seu propósito de contribuir para a consolidação de uma educação que prepare
efetivamente para os desafios dos tempos atuais, ensinando a aprender,
preparando para a vida, para a carreira e para o exercício da cidadania e da
democracia.
1.1 Responsabilidade Social:
* Que país queremos ser?
* O que desejamos para nosso próprio futuro e para o futuro das próximas
gerações?
17
* Onde queremos estar em dez, vinte ou trinta anos?
Apesar do Brasil ser um candidato natural a protagonista da economia de baixo
carbono devido à abundância de fontes renováveis de energia, água, sol,
florestas nativas e uma das mais exuberantes biodiversidades do planeta,
estas características naturais não garantem esta posição.
Apenas com ações concretas das instituições e dos indivíduos conseguiremos
passar do discurso à prática e preservar e preparar o nosso planeta para o
futuro.
Nossas ações são orientadas por nossa missão e por nossos valores que
ressaltam nossa responsabilidade social. Na prática, isso também se traduz em
produzir mais com menos recursos e atentar para o desenvolvimento
sustentável do país. Temos compromisso com a qualidade, segurança, ética e
com o meio ambiente onde estamos inseridos.
A
população
economicamente
ativa
brasileira
vem
crescendo
significativamente nos últimos anos – de 89 milhões em 2003 para 101 milhões
em 2009. Durante esse mesmo período, o número de estabelecimentos
comerciais cresceu 50,0% e foram criados mais de 12,5 milhões de novos
postos com carteira de trabalho assinada (empregos formais). Apesar desses
avanços, o país ainda enfrenta sérios problemas na área trabalhista. Dos seus
92 milhões de trabalhadores inseridos no mercado de trabalho em 2009, cerca
de 50% são informais e não usufruem de muitos de seus direitos trabalhistas
constitucionais, tornando o trabalho uma atividade arriscada e incerta. Alguns
dos empregadores informais, que deveriam pagar impostos, não o fazem,
diminuindo a base de arrecadação do Estado de maneira importante.
Finalmente, a despeito dos avanços constatados em termos do combate ao
trabalho análogo ao de escravo e ao trabalho infantil, estes ainda persistem no
país (Organização Internacional do Trabalho – OIT, 2010).
18
Todos os nossos funcionários são contratados seguindo rigorosamente a
legislação brasileira. Além disso, oferecemos aos mesmos estacionamento,
seguro de vida, auxílio funeral, plano de saúde, descontos para estudar
extensivo aos dependentes e lanche pela manhã, à tarde e à noite.
Procuramos contratar serviços e produtos de empresas com valores próximos
aos nossos.
Uma ação de destaque foi realizada pela empresa em 2010 com a troca do
software ERP, onde, devido à nossa exigência, uma funcionalidade no novo
sistema permitiu a redução de 67% da emissão de papel com os boletos
bancários das mensalidades.
Instalamos torneiras de fechamento automático em nossos banheiros e
implantamos lixeiras para a coleta seletiva de lixo por todo o campus.
A aceitação da diversidade, deixada de lado por grande número de
organizações, é marco da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu.
Todas as coordenações de cursos da instituição estão a cargo de mulheres!
Aplicamos há alguns anos a Olimpíada do Conhecimento, que tem por objetivo
enriquecer o acervo bibliográfico das escolas públicas, bem como oferecer
bolsas de estudos aos melhores alunos destas escolas, que sem este
benefício, dificilmente encontrariam condições de ingressar no ensino superior.
Nosso maior compromisso com o desenvolvimento sustentável é a oferta do
Curso Superior em Gestão Ambiental, formando profissionais que irão estudar
o funcionamento do meio ambiente e das diferentes formas de organismos
vivos e sua relação com o ser humano, visando gerir, planejar, desenvolver e
executar projetos objetivando a preservação do meio ambiente.
Estas são algumas de nossas ações para contribuir visando transformar o
mundo em um lugar melhor para se viver!
19
a. Missão da Instituição:
Com base em seus elementos históricos constitutivos de sua vocação
educativa institucional a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu
estabeleceu como missão:
Ensinar com excelência, formando profissionais comprometidos com a
ética, competentes e conscientes do seu papel social, visando contribuir para o
desenvolvimento do país.
1.2 Inserção Regional:
O município de Manhuaçu situa-se na porção leste do Estado de Minas Gerais,
próximo à divisa do Estado do Espírito Santo. No contexto da divisão macroregião mineira Manhuaçu insere-se na Região 11, correspondente à Zona da
Mata, na micro-região que recebe seu nome e sob sua respectiva influência,
sendo constituída por 20 municípios vizinhos.
Acredita-se que os primeiros habitantes do atual município de Manhuaçu
tenham sido os índios tupis, posteriormente cognominados puris, pioneiros da
região. O topônimo originou-se de mayguaçu palavra indígena que significa Rio
Grande, usada pelos índios para designar o rio local. Mais tarde, a região ficou
conhecida por Sertão do Manhuaçu. Os primeiros desbravadores procedentes
do litoral, à procura de ouro e poáia - erva da família das rubiáceas que fornece
a ementina - penetram o vale do Manhuaçu através dos rios Doce e Manhuaçu.
Na primeira década do século XXI, Domingos Fernandes de Lana, juntamente
com índios, estabeleceu comércio de ipecacuanha e abriu caminhos para
diversos pontos, recebendo o título de Desbravador de Manhuaçu.
Ficando às margens do rio São Luiz, afluente do Rio Manhuaçu, o Guarda-Mor
Nunes de Carvalho e o Alferes José Rodrigues de Siqueira Bueno, vindos de
20
Ponte Nova e de Abre Campo, implantaram os primeiros estabelecimentos
agrícolas. Em Manhuaçu, contrataram os índios para a abertura das primeiras
estradas da região, beneficiando a criação de suínos e o cultivo de café. De
1860 a 1874, a localidade se desenvolveu da colônia de Nova Friburgo e do
Vale de Cannã – ES. Como centro de convergência para os posseiros
dispersos, havia três povoados: o Arraial de Santa Margarida e as povoações
de São Simão e São Lourenço. Em 1872, surgiram os primeiros movimentos de
emancipação político-administrativa em São Lourenço, tendo sido criado o
distrito de Manhuaçu, com sede no povoado de São Simão. Em 1877, foi
estabelecido o município, desmembrando-se de Ponte Nova, ao qual pertencia.
Três anos depois, sua sede foi transferida para a Vila de São Lourenço,
recebendo foros da cidade em 1871. Os habitantes do município foram
envolvidos em questões políticas com o Coronel Serafim Tibúrcio, provocando
uma revolta, na qual se fez necessário a interferência dos governadores
estadual e federal. O Distrito foi criado em 1º de fevereiro de 1873, pela lei nº
2042, e o Município em 05 de novembro de 1877, pela lei Provincial nº 2662.
Gentílico: manhuaçuense
1.2.1 Formação Administrativa:
Distrito criado com a denominação de São Lourenço do Manhuassu, pela lei
estadual nº 2165, de 20-11-1875, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Simão, pela lei
provincial nº 2407, de 05-11-1877, desmembrado de Ponte Nova. Sede na
povoação de São Simão. Constituído de 4 distritos: São Simão, São Lourenço,
Santa Helena e Santa Margarida.
Pela lei provincial nº 2463, de 21-10-1878, e pela lei estadual nº 2, de 14-091891, é criado o distrito de São Sebastião do Sacramento e anexado a vila de
São Simão.
Pela lei provincial nº 2557, de 03-01-1880, transfere a sede da povoação de
São Simão para a de São Lourenço. Instalado em 30-10-1880.
21
Elevado à condição de cidade com a denominação de Manhuassu, pela lei
provincial de nº 2766, de 30-09-1881.
Pelo decreto estadual nº 78, de 22-05-1890, e pela lei estadual nº 2, de 14-091891, são criados os distritos de Santana do Manhuassu e São João do
Manhuassu e anexados ao município de Manhuassu.
Pela lei municipal nº 26, de 24 ou 25-10-1901, é criado o distrito de São Luís e
anexado ao município de Manhuassu.
Pela lei estadual nº 391, de 18-02-1891, o distrito de São Sebastião do Alto
Carangola deixa de pertenecer ao município de Manhuassu para ser anexado
ao município de Carangola.
Pelo decreto estadual nº 418, de 11-03-1891, o município de Manhuassu
adquiriu do município de Caratinga o distrito de Santo Antônio do Rio José
Pedro.
Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembra do município de
Manhuassu os distritos de Santo Antônio do Rio José Pedro. Elevado à
categoria de município. Pela lei supracitada são criados os distritos de Alegria e
Passagem do Manhuassu e Santana do Rio José Pedro e anexados ao
município de Manhuassu.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído
de 13 distritos: São Lourenço do Manhuassu (sede), Alegria, Dores do Rio José
Pedro, Passagem do Manhuassu, Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida,
Santana do Rio José Pedro, São João do Manhuassu, São Luís, São Sebastião
do Sacramento e São Simão.
Pela lei estadual nº 590, de 03-09-1912, o distrito de Passagem (ex-Passagem
do Munhuassu) deixa de pertencer ao município de Manhuassu para ser
22
anexado ao município de Rio José Pedro (ex-Santo Antônio do Rio José
Pedro).
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município
é constituído de 10 distritos: Manhuassu, Alegria, Dores do Rio José Pedro,
Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São
Luís, São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento, São Simão.
Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de São Lourenço passou a
denominar-se Manhuassu. Pela lei supracitada desmembra do município de
Manhuassu os distritos de Pirapetinga e Dores do Rio José Pedro, para formar
o novo município com a denominação de Manhumirim (ex-Pirapetinga). E,
ainda o distrito de São Luís passou a chamar-se Luisburgo e o distrito de Santa
Helena tomou a denominação de Amazonita.
Pela lei estadual nº 948, de 29-08-1927, o distrito de Amazonita volta a
denominar-se Santa Helena.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído
de 9 distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo (ex-São Luís), Santa Helena (exAmazonita), Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São João do
Manhuassu, São Sebastião do Sacramento e São Simão.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de
Manhuassu os distritos de Santa Helena e Santa Margarida, para formar o
novo município de Matipó.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é
constituído de 7 distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo, Santana do
Manhuassu, São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento e São
Simão.
23
Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de
Manhuassu, os distritos de São Simão, Alegria e Santana do Manhuassu, para
formar o novo município com a denominação de Simonésia (ex-São Simão).
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é
constituído de 4 distritos: Manhuassu, Luisburgo, São João do Manhuassu e
São Sebastião do Sacramento.
Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, o município de Manhuassu passa a
ser grafado Manhuaçu. Sob a mesma lei acima citado são criados os distritos
de Reduto e São Pedro do Avaí e anexados ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6
distritos:
Manhuaçu ex-Manhuassu,
Luisburgo,
Reduto,
São
João do
Manhuaçu, São Pedro do Avaí e São Sebastião do Sacramento.
Assim permanecendo em divisão territorial datada 1991.
Pela lei estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município Manhuaçu
o distrito de São João do Manhuaçu. Elevado a categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído de 5 distritos:
Manhuaçu, Luisburgo, Reduto, São Pedro do Avaí e São Sebastião do
Sacramento.
Pela lei municipal nº 1923, de 26-04-1995, é criado o distrito de Realeza e
anexado ao município de Manhuaçu.
Pela lei municipal nº 1928, de 23-05-1995, é criado o distrito de Palmeiras do
Manhuaçu (ex-povoado de Palmeira) e anexado ao município de Manhuaçu.
Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra do município Manhuaçu
os distritos de Luisburgo e Reduto, ambos elevados á categoria de município.
24
Pela lei municipal nº 1982, de 25-03-1996, é criado o distrito de Dom Corrêa e
anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 6 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do Avaí
e São Sebastião do Sacramento.
É criado o distrito de Vilanova e anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 7 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do
Avaí, São Sebastião do Sacramento e Vilanova.
É criado o distrito de Ponte do Silva e anexado ao município de Manhuaçu.
Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 8 distritos:
Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Ponte do Silva, Realeza,
São Pedro do Avaí, ao Sebastião do Sacramento e Vilanova.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
1.2.2 Transferências de sede:
Pela lei provincial nº 2557, de 03-10-1880, transfere a sede da vila da vila de
São Simão para a de São Lourenço.
Pela lei provincial nº 2766, de 30-09-1881, transfere novamente a sede da vila
de São Lourenço para o município de Manhuassu.
1.2.3. Ratificação de grafia:
Manhuassu para manhuaçu teve sua grafia alterada, pela nº 336, de 27-121948.
25
Manhuaçu localiza-se na micro-região da Vertente Ocidental do Caparaó, no
Leste de Minas Gerais. A extensão territorial do município é de 628,43
quilômetros quadrados, sendo a cidade pólo de uma região que abriga vinte e
sete municípios do Estado de Minas Gerais, com influência em outros quatro
municípios do Estado do Espírito Santo. Esta polarização sócio-econômica da
região da Vertente Ocidental do Caparaó deve-se à localização privilegiada,
estando na interseção de duas importantes rodovias federais (BR-262 e BR116), além de uma rodovia estadual (MG-111) e intensa comercialização de
café, serviços prestados no setor de saúde, comércio, educação e serviços
públicos.
No município, encontram-se atualmente as seguintes repartições públicas:
Superintendência Regional de Ensino; Agência Regional do INSS; 11º Batalhão
da Polícia Militar MG; Agência Regional da Receita Federal; Agência
Fazendária Regional Estadual; Agência Regional do IPSEMG; Agência
Regional do Instituto Estadual de Florestas – IEF; Agência Regional do Instituto
Mineiro de Agropecuária – IMA; Junta de Conciliação e Julgamento – Justiça
do Trabalho; Fórum da Justiça de 1ª Instância; Ministério Público do Estado de
Minas Gerais; Emater; Delegacia de Alistamento Militar e Batalhão do Corpo de
Bombeiro.
O perfil industrial de Manhuaçu volta-se para indústrias do segmento de café
visando ao aproveitamento da matéria prima abundante. Ainda neste
segmento, existe um grande mercado para máquinas e implementos agrícolas.
O Município de Manhuaçu produz aproximadamente 4,1 milhões de sacas de
café por ano, através de 5.893 propriedades agrícolas, conforme registro do
Sindicato Rural Patronal. A infra-estrutura de saúde no município é constituída
por uma Policlínica, dois Pronto-socorros, um Hemocentro, doze Postos de
Saúde, dois Centros de Saúde (vinculados ao Serviço Único de Saúde – SUS),
o Hospital César Leite com 220 leitos e os serviços especializados de
Hemodiálise, realizados pela Renalclin Ltda.
26
No município de Manhuaçu/MG, a população concentrada é de 79.635
habitantes (IBGE, 2010).
Há um baixo índice de escolaridade, em razão da dificuldade de acesso e
permanência das crianças em idade regular na escola, além da verificação de
uma cultura que se reproduz por gerações e que se refere à freqüência na
escola somente até a 4ª série do Ensino Fundamental, haja vista que a maior
alternativa de trabalho nesta região é no âmbito rural, que não exige
escolarização.
Entretanto, a questão da qualificação para o trabalho e a
necessidade de estudo sempre aparecem para esses sujeitos como projetos
para o futuro de seus filhos, o que se apresenta como requisito para melhores
condições de vida, ascensão social e a abertura de novas possibilidades.
Outro ponto a ser considerado é que a cidade de Manhuaçu, no estado de
Minas Gerais, classifica-se, na análise de Batella e Diniz (2006), como uma
cidade de porte médio, considerada centro emergente o que exige uma infraestrutura melhor e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida. A tudo
isto soma-se o fato de que, segundo os autores, em Minas está havendo um
fluxo migratório que “antes eram mais intensos em direção aos grandes
centros” e atualmente “se caracterizam pela movimentação intra-regional e de
curta distância, principalmente em direção às cidades médias”.
Todos esses aspectos denotam uma demanda por uma estrutura educacional,
dentre outras questões, mais sólida e de qualidade melhor, uma vez que o
aumento da qualidade de vida passa, necessariamente, por um processo
educacional mais rigoroso e atualizado com as particularidades da sociedade.
Para confirmar essas informações temos que o índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDH-M) de Manhuaçu cresceu 4,64%, passando de 0,776
em 2000 para 0,812 em 2006 (Dados PNUD/2006) o que caracteriza uma
melhoria da qualidade de vida da população de uma forma geral.
A distribuição da população segundo a faixa etária está contida no quadro
abaixo e demonstra que a maioria da população concentra-se na faxia etária de
27
20 a 39 anos o que caracteriza um número expressivo de jovens na respectiva
micro-região.
População residente por sexo segundo faixa etária Micro-região,
Manhuaçu, Minas Gerais 2006.
Masculino
Feminino
Faixa Etária
Total
nº
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
%
nº
16365
15912
9,8
9,5
16312
15756
9,7
9,4
17666
17135
10,5
10,2
18428
17263
11,0
10,3
28333
27041
16,9
16,1
23205
22784
13,8
13,6
18003
17489
10,7
10,4
%
32277
32068
34801
35691
55374
45989
35492
28
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
80 anos e mais
Total
11299
11572
6,7
6,9
8550
8885
5,1
5,3
4724
5119
2,8
3,1
1775
2237
1,1
1,3
164660
161193
98,1
96,1
22871
17435
9843
4012
325853
Fonte: IBGE - MS/ DATASUS/ CMDE/SE/SESMG/SUS
Pirâmide populacional (IBGE / 2010):
A rede de educação é composta por 39 Escolas Públicas Municipais; 15
Escolas Públicas Estaduais e 22 Escolas Particulares. O total de alunos
matriculados é de 22.347, sendo que, na rede pública municipal, estão 5.395
no ensino fundamental; na rede pública estadual, estão 10.350 alunos no
29
ensino fundamental; na rede pública municipal, estão 2.308 alunos no ensino
médio; 3.116 alunos na rede pública estadual de ensino médio e 1.178 alunos
na rede particular. No campo da educação superior, segundo os dados do
IBGE/2007, temos 843 matrículas na rede, todas em instituições particulares, o
que denota um gap considerável entre o número de pessoas aptas a cursarem
esse nível de estudo e as matrículas efetivas no mesmo.
Outro fato que precisa ser lembrado é em relação ao Plano Nacional da
Educação (PDE) que possui como meta ter, até 2011, 30% dos jovens, faixa
etária de 18 a 24 anos, matriculados no ensino superior. Este fato torna-se
desafiador para as instituições que atuam na área do ensino superior. Seja pela
quantidade expressiva de egressos do ensino médio ou pela meta do PDE o
momento é de expansão do ensino superior. Expansão esta que deverá ser
feita com qualidade e com responsabilidade.
De uma forma geral, as metas do Plano Nacional de Educação voltam-se para
a implantação de um novo modelo educacional no País. Modelo este que
propicie a formação de um profissional capaz de gerar um crescimento
econômico ao país que o leve a um patamar competitivo dentro da economia
mundial. Para tanto, precisa-se oferecer uma educação moderna e atualizada
capaz de formar profissionais críticos e sabedores de sua responsabilidade em
uma sociedade cada vez mais desafiadora.
O novo Plano Nacional de Educação para o novo decênio (PNE 2011-2020)
reduz o número de metas para 20. Mais realista que o anterior que tinha mais
de 200. Há ênfase na valorização e capacitação dos professores. Entre as
metas está também a elaboração de plano de carreira em dois anos e a
formação superior para a totalidade dos professores de ensino básico. Está
prevista licença para qualificação. Há metas realistas. O aumento do
investimento na Educação para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) já é visto
por alguns como irreal, mas não há outro caminho: é necessário aumentar
muito o investimento. Caso contrário, as metas se tornam irreais. O PNE
vigente de 2000 a 2010 não conseguiu atingir todas as suas metas. No ensino
superior, a meta para a década passada era ter 30% dos jovens entre 18 anos
30
e 24 anos matriculados. Esse percentual é inferior a 15%. O PNE agora prevê
33% até 2020. Existe a possibilidade de legislação permitindo ao Ministério
Público acionar prefeitos e governadores que não cumpram as metas
educacionais.
O fato é que, reduzindo-se as metas, mas não seus objetivos mais amplos, o
País pode aplicar o PNE em toda a sua totalidade. Perder mais uma década
traria grandes prejuízos ao país.
As vinte metas para o PNE 2011-2020 são:
• Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de
quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de
forma a atender a 50% da população de até três anos;
• Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada
estudante do ensino fundamental;
• Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de
matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária;
• Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o
atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular
de ensino;
• Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de
idade;
• Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas
públicas de educação básica;
• Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE);
• Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de
modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do
31
campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais
pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não
negros, com vistas à redução da desigualdade educacional;
• Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou
mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional;
• Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de
jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos
finais do ensino fundamental e no ensino médio;
• Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de
nível médio, assegurando a qualidade da oferta;
• Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para
50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos,
assegurando a qualidade da oferta;
• Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da
atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior
para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do
total, 35% doutores.
• Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pósgraduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil
mestres e 25 mil doutores;
• Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados,
o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida
em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam;
• Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de
pós-graduação lato e stricto sensu, e garantir a todos formação
continuada em sua área de atuação;
32
• Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de
aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais
de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais
profissionais com escolaridade equivalente;
• Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de
carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de
ensino;
• Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos
estados,
do
Distrito
Federal
e
dos
municípios,
a
nomeação
comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de
mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar;
• Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação
até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB)
do país.
Sabedores desta realidade é que a proposta curricular dos nossos cursos é
formar profissionais aptos a atuarem, de maneira ética e justa, neste mercado
de trabalho cada vez mais acirrado.
Com sede no município de Manhuaçu, tendo como cidades vizinhas os
municípios de Caputira, Matipó, São João do Manhuaçu, Luisburgo,
Manhumirim, Reduto, Santana do Manhuaçu e Simonésia. Entretanto, a área
de atuação da FACIG já se expandiu para outros municípios, conseguindo
alcançar toda a região da Vertente Ocidental do Caparaó, no leste do Estado
de Minas Gerais e também cidades do Estado do Espírito Santo. Como
Manhuaçu é uma cidade pólo, para ela convergem cerca de 460.000 habitantes
das cidades vizinhas, entre elas Manhumirim, Martins Soares, Mutum,
Carangola, Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá, Simonésia, Conceição de
Ipanema, Ipanema, Taparuba, São João do Manhuaçu, Lajinha, Divino,
Durandé, Espera Feliz, Brejetuba /ES, Irupi / ES, Iúna / ES e Ibatiba / ES.
IBGE 2010
Urbano
População Homens Mulheres
%
33
Minas Gerais
Alto Jequitibá
Alto Caparaó
Caparaó
Caputira
Chalé
Conceição de
Ipanema
Divino
Durandé
Espera Feliz
Ipanema
Lajinha
Luisburgo
Manhuaçu
Manhumirim
Martins Soares
Matipó
Mutum
Orizânia
Pocrane
Raul Soares
Reduto
Santa Margarida
Santana do
Manhuaçu
São João do
Manhuaçu
Simonésia
Taparuba
Vermelho Novo
Sub-total
8.323
5.297
5.209
9.033
5.647
4.252
2.726
2.743
4.641
2.868
4.071
2.571
2.466
4.392
2.779
51,69
74,99
38,51
41,87
49,28
4.467
19.131
7.402
22.859
18.169
19.616
6.236
79.635
21.366
7.173
17.639
26.672
7.284
8.998
23.818
6.561
15.011
2.248
9.684
3.761
11.506
8.806
9.830
3.223
39.214
10.509
3.655
8.727
13.477
3.697
4.520
11.732
3.359
7.583
2.219
9.447
3.641
11.353
9.363
9.786
3.013
40.421
10.857
3.518
8.912
13.195
3.587
4.478
12.086
3.202
7.428
34,34
56,43
47,69
62,02
78,18
62,47
29,47
81,45
79,70
40,76
78,42
51,73
30,49
60,10
65,01
55,48
50,80
8.603
4.403
4.200
48,29
10.245
18.302
3.137
4.689
5.214
9.460
1.616
2.428
5.031
8.842
1.521
2.261
46,91
38,87
44,79
39,50
6.217
11.293
6.032
13.649
5.704
11.053
5.697
13.691
28,66
59,78
37,85
57,21
390.522
Espírito Santo
Brejetuba
Ibatiba
Irupi
Iúna
11.921
22.346
11.729
27.340
Sub-total
73.336
População sob
influência
463.858
34
Devido a essa abrangência, a FACIG conseguiu se consolidar na região,
apresentando um ensino modelar em sua prática pedagógica e promovendo o
bem-estar da população do município de Manhuaçu e de seu entorno. Tudo
isso se faz presente por meio do oferecimento de oportunidades para o
desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem inovador e do
estímulo às práticas de extensão acadêmicas, realizadas, conjuntamente, por
professores, discentes e empresas conveniadas.
2. Princípios filosóficos e teórico-metodológicos da FACIG:
Consolidar uma identidade acadêmica de excelência demanda um árduo
trabalho. O desenvolvimento da educação com princípios sólidos e formativos
leva-nos a ter o cuidado de subsidiar qualquer ação em diretrizes
epistemológicas claramente delineadas, sem esquecer que os valores de uma
IES possuem alcance além da educação formal, pautando-se em aspectos
sociais, éticos e políticos que devem ser assimilados pelos seus egressos.
Para tanto, a FACIG estabeleceu como valores: (1) administrar com
transparência e respeito à diversidade; (2) ter compromisso com a excelência;
(3) primar pela inovação e criatividade na construção do conhecimento; (4) ter
integridade e seriedade; e (5) trabalhar pautada na responsabilidade social.
A sociedade contemporânea é afetada por uma revolução tecnológica de
velocidade e abrangência cada vez maior, e não podemos deixar que as
camadas menos favorecidas sejam excluídas dos benefícios por ela gerados.
Tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, vemos profissionais cada
vez mais qualificados tecnicamente, mas com pouca ou nenhuma preocupação
com os aspectos sócio-ambientais, não enxergando claramente o seu papel na
sociedade.
35
Todos esses aspectos subsidiam a implantação e a gestão dos cursos, bem
como do desenvolvimento da prática educacional instalada na IES. Busca-se,
então, organizar e desenvolver o currículo de cada curso oportunizando
condições para uma efetiva contribuição cidadã, ancorada nos pilares de um
processo educacional ativo onde os corpos docente e discente sejam sujeitos
aprendentes. Para tanto, criou-se um contexto educacional baseado em uma
preocupação constante com a formação humana de seus profissionais,
articulado com a realidade regional.
Neste cenário, a FACIG tem como principal eixo filosófico a crença de que a
educação é o ponto central da construção de uma vida mais digna e, que a
mesma propicia a condução do ser humano para o caminho do bem,
solidificando o ser social e moral. Adotam-se, então, práticas metodológicas em
que o respeito ao saber é utilizado como meio de transformação dos hábitos
educacionais tradicionais em momentos de aprendizagem ativa em que a
realidade regional é colocada como base para o desenvolvimento do ensino. O
ensino e o incentivo à pesquisa e à extensão, parte do compromisso social da
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu, são cumpridos de forma a
enfrentar as barreiras da desigualdade e da injustiça que caracterizaram o país
por longo período.
Desta forma, pratica-se, em todos os quatro cantos da IES, uma educação
inclusiva que, na perspectiva de Sassaki (2003), se traduz no fortalecimento
das ações implementadas e efetivadas no atendimento à diversidade nos
diferentes níveis de acessibilidade colocados em prática. Baseando-se no
referido autor, temos o cumprimento deste aspecto nos diferentes âmbitos: (1)
arquitetônico que pode ser comprovado com a preocupação dos dirigentes
institucionais em criar ambientes que atendam a todos os requisitos legais de
acessibilidade e, principalmente, como contribuição à valorização da educação
para todos; (2) atitudinal que centra-se na prevenção e eliminação de
quaisquer atos de preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações; (3)
metodológicos que se encerra no comprometimento do corpo dirigente e
docente na adequação de técnicas e abordagens metodológicas que priorizem
a aprendizagem; e (4) comunicacional e instrumental que é a adaptação de
36
códigos, equipamentos, materiais que objetivam facilitar a convivência dentro
do ambiente educacional.
Então pode-se dizer que a educação atuante e desenvolvida na FACIG está
contida em dois pontos principais da vida das pessoas que por aqui passam. O
primeiro ponto é no transcorrer do desenvolvimento curricular do curso, que é
quando o discente é estimulado a realizar ações que corroboram para o fazer
profissional e para a formação de um cidadão consciente de seu papel na
sociedade. E o segundo ponto inicia-se quando o mesmo conclui o curso
superior, passando a ter a capacidade de assumir o seu papel dentro de uma
esfera social de posse das habilidades desenvolvidas dentro do espaço
educacional e do conhecimento tácito, valorizado durante a sua formação na
IES.
3. Objetivos Institucionais:
O Centro Superior de Estudos de Manhuaçu Ltda, mantenedor da Faculdade
de Ciências Gerenciais de Manhuaçu - FACIG - tem como objetivo precípuo
fornecer recursos humanos, materiais, metodológicos e científicos visando
aprimorar o SER HUMANO por meio de sua formação universitária,
incentivando-o a manter-se atualizado via educação permanente.
Nessa direção, é preciso ter a consciência da necessidade de se manter atento
às realidades do momento e cientes do dever para com os objetivos traçados.
Diante do seu compromisso com a excelência, o Centro Superior de Estudos
de Manhuaçu Ltda sabe que terá que possuir capacidade para autoanálise, o
que irá requerer autodisciplina para superar possíveis dificuldades. Rever os
conceitos, quebrar paradigmas, reexaminar os ideais selecionando tãosomente aqueles que possam ser transformados em realidade, é o caminho
para ativar potencialidades. Pretende-se, assim, implantar um processo de
reforma estrutural e funcional, com o propósito de manter a instituição em um
nível de desempenho consoante com sua missão educacional.
37
Vale ressaltar que o Projeto Pedagógico da FACIG fundamenta-se:
I - numa função política, capaz de colocar a educação como fator de inovação
e mudanças na região de Manhuaçu e seu entorno;
II - numa função ética, de forma que, ao desenvolver a sua missão, a
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu observe e dissemine os
valores positivos que dignificam o homem e a sua vida em sociedade;
III - numa proposta de transformação social, voltada para a comunidade;
IV - no comprometimento da comunidade acadêmica com o desenvolvimento
do País e, em especial, da região em que a Faculdade de Ciências Gerenciais
de Manhuaçu está inserida, sua principal área de atuação;
V - num modelo de gestão que tem como metas: a relevância da educação, a
busca constante da qualidade da educação ofertada e a construção de uma
sociedade justa e solidária.
Assim, a FACIG concebe o sistema educacional como instrumento eficaz na
transformação de ideais e aptidões em realidade. Seus objetivos então, são:
(a) estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do
pensamento reflexivo;
(b) formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
(c) promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações e de outras formas de comunicação;
(d) suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
38
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão
sendo
adquiridos
numa
estrutura
intelectual
sistematizadora
do
conhecimento de cada geração;
(e) estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular
os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e
estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; e
(f) promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão
das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural geradas na
Instituição.
Para a consecução de seus objetivos, a Faculdade de Ciências Gerenciais de
Manhuaçu buscará:
(a) identificar temas que compõem a modernização de seus projetos
pedagógicos;
(b) enfatizar e incentivar a gerência da qualidade;
(c) viabilizar meios para avaliação e aperfeiçoamento de sistemas gerenciais
implementados;
(d) promover a formação, educando o discente como HOMEM integral;
(e) destacar os valores éticos, sociais e ecológicos relacionados com o
exercício da profissão;
(f) sublinhar que o exercício de qualquer profissão sem a ética profissional é
uma exploração do homem pelo homem;
(g) enfatizar que a atualização dos estudos deve ser feita pelo professor, porém
com a ajuda dos discentes, aos quais cabe identificar o que é significativo,
depois do ato reflexivo;
39
(h) promover a conscientização por parte dos discentes de que eles são
agentes ativo do processo de aprendizagem e que a participação efetiva é
critério essencial a esse processo; e
(i)
valer-se das mais modernas metodologias educacionais e dos avanços
tecnológicos para educação com excelência.
Com essas atitudes buscar-se-á oferecer à sociedade recursos humanos com
o mais recente pensamento em liderança, gestão, inovação e responsabilidade
social, garantindo atualização constante dos projetos pedagógicos dos cursos
ofertados,
visando
levar
o
estudante
a
realizar-se
responsável
e
profissionalmente a partir da sua iniciativa na busca do novo e do
aprofundamento da verdade e da solidariedade com as pessoas e com a
comunidade a qual pertence.
4. Componente Pedagógico da práxis e da produção do
conhecimento:
Uma das principais missões do Ensino Superior é contribuir para o
desvelamento dos fenômenos do mundo real. Para entendermos melhor este
desvelamento apropriar-se-á do conceito de desigualdade apontado por Tilly
(2006) que tem a desigualdade definida como uma relação entre pessoas ou
conjunto de pessoas em que a interação entre elas gera mais vantagens para
um dos lados. Ainda na análise do autor um dos critérios que mais contribui
para a produção e reprodução dessa desigualdade é o “[...] conhecimento
técnico-científico, especialmente o conhecimento que permite intervir, para o
bem ou para o mal, no bem-estar humano.” (IBIDEN, p. 53)
É baseando-se neste processo que a FACIG estabeleceu como sua práxis
pedagógica a educação ativa centrada em atributos ontológicos que ressalte e
valorize o sujeito aprendente reconhecendo suas habilidades e competências.
Nesse jogo a IES tem como pressuposto pedagógico a busca por desenvolver
40
em seus egressos os seguintes níveis de intelectualidade, que na leitura de
Heilborn e Lacombe (2009) centra-se em:
(a) Conhecimento cognitivo (ou saber o que): é a busca por desenvolver o
domínio básico de uma disciplina. Entendendo aqui que uma disciplina
não concentra em um ponto isolado, mas justamente ter a capacidade
de criar um elo constitutivo de um saber conjunto;
(b) Habilidades avançadas (saber como): é a tradução do aprendizado na
execução efetiva. A habilidade para aplicar as regras de uma disciplina
aos problemas complexos do mundo real. Reforçando esse aspecto
Pereira e Hannas (2001, p. 14) argumentam que é necessário “[...] fazer
uma ponte entre o teórico e o prático, procurar dar significado à
aprendizagem, mostrar que a formação humana e a cidadania não é
privilégio nem responsabilidade apenas de determinadas disciplinas,
mas dever de todos os professores, de modo a associar a aprendizagem
à vida cotidiana”.
(c) Compreensão dos sistemas (saber por que): é o conhecimento mais
profundo a respeito das relações de causa e efeito que formam as bases
de uma disciplina. Segundo Heilborn e Lacombe (2009) a expressão
maior deste nível de conhecimento é a intuição altamente treinada, por
exemplo, o insight.
(d) Criatividade auto-motivada (importar-se por que): este nível da
intelectualidade centra-se na motivação e adaptabilidade para o sucesso
e para a alta performance.
Decorrentes desta postura, a instituição estabeleceu como espinha dorsal de
suas decisões pedagógicas o conhecimento como uma construção em que os
atores protagonistas são os professores e os discentes, sujeitos ativos do
processo de aprendizagem.
O tratamento do conhecimento na FACIG pauta-se na valorização do espiral do
conhecimento adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997), conforme mostrado
abaixo:
41
A postura, então, adotada e praticada no espaço acadêmico da instituição é
buscar entrelaçar o conhecimento tácito – decorrente do conhecimento pessoal
e incorporado à experiência individual – e o conhecimento explícito – fruto dos
aspectos formais do conhecimento que pode ser articulado na linguagem
formal.
Sendo assim, busca-se criar e manter constantemente um ambiente de
aprendizagem em que o conhecimento é valorizado em sua forma total tendo
como critério a construção de caminhos interdisciplinares que são combinados
com fomento, estímulos e reconstruções constantes do fazer ciência.
5. Políticas e Diretrizes que norteiam a prática acadêmica da
Instituição:
O ensino é, na leitura de vários autores, uma das formas que possibilita a
democratização do conhecimento explícito transformando-o em ações práticas
(como o universo do conhecimento tácito) em uma interação constante. Torna-
42
se necessário, porém, considerar que a abordagem do conhecimento dentro
desse foco exige uma mudança de postura de educação tradicional em uma
educação ativa fundamentada em pontos de aprendizagem em que, de uma
forma geral, leva ao aprendizado contínuo.
Para tanto, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu estabeleceu
como políticas e diretrizes de ensino os seguintes pontos:
a. Igualdade de acesso;
b. Práticas pedagógicas expandidas;
c. Processo de educação continuado; e
d. Formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel social.
a. Igualdade de Acesso:
Se nos detivermos no processo histórico de nosso país estaremos constatando
uma dura realidade: o ensino superior durante todo o seu desenvolvimento foi
altamente excludente e, se não lutarmos de forma acirrada pouco ou nada
conseguiremos mudar esta realidade histórica. O novo Plano Nacional da
Educação (2011- 2020) traz em seu bojo as metas 12, 13 e 14 voltadas para a
ampliação das matrículas no ensino superior e, a tão necessária, melhoria da
qualidade no âmbito da educação superior. Como forma de contribuir para tais
metas a FACIG estabeleceu como uma de suas políticas ampliar e/ou facilitar
as formas de acesso à Instituição. Para tanto, adotou-se o pensar sobre novas
formas de inclusão e práticas pedagógicas que estimulem e fixem os discentes
na instituição diminuindo a evasão. Realiza-se então, uma criteriosa seleção
das práticas pedagógicas instaladas na FACIG, haja vista, que os ingressantes
em nossa instituição, são em sua maioria, provenientes de escola públicas e
que, tradicionalmente, trabalham durante todo o dia e, em alguns casos,
possuem famílias. Com esse perfil de discentes a Faculdade de Ciências
Gerenciais de Manhuaçu trabalha pautada no respeito à diversidade e na nãodiscriminação das pessoas que nela ingressam, e privilegia a interação entre
os níveis de ensino básico e superior.
43
Todas essas ações são decorrentes da crença de que a desigualdade em
nosso País tem vínculos com a dificuldade de acesso à educação. Esta análise
se faz mais sólida quando realizamos uma releitura do pensamento de Pedro
Demo sobre o saber pensar. Segundo o autor
“irremediavelmente pobre é quem sequer consegue
saber que é pobre. Falta-lhe consciência crítica
para, primeiro, “ler” sua realidade, como diria Paulo
Freire, e, depois, para enfrentá-la dentro de projeto
político alternativo. Faltando-lhe esta consciência
crítica, não consegue fazer-se sujeito capaz de
história própria, esperando, pois, a solução dos
outros”. (DEMO, 2007, p. 147-148)
Para colocar em prática essa política estabeleceu-se como diretrizes: (1) a
admissão à educação superior da FACIG está baseada em mérito, capacidade,
esforços, perseverança e determinação, mostrados pelos jovens que buscam o
acesso à educação superior, adquiridos anteriormente no ensino médio via
processo seletivo e, também, via ENEM; e (2) o acesso à IES não permite
qualquer discriminação com base em raça, sexo, idioma, religião ou em
considerações
econômicas,
culturais
e
sociais,
nem
tampouco
em
incapacidade física.
Para a operacionalização da referida política as práticas adotadas são:
a. Consolidar e fomentar o projeto da Olimpíada do Conhecimento que visa
oferecer bolsa de até 100% para estudantes de escolas da rede pública
e municipal tendo em contrapartida a doação dos livros arrecadados na
referida Olimpíada para as escolas participantes. Vale ressaltar que as
bolsas distribuídas valem até o final do curso escolhido pelo aluno.
b. A FACIG realizou e realiza convênios com diversas empresas da cidade
de Manhuaçu objetivando oferecer descontos para os diversos
funcionários das mesmas buscando tornar acessível o ingresso ao
Ensino Superior a um número maior de pessoas;
c. Firmou Termo de Adesão com os programas de Políticas Afirmativas do
Governo Federal tais como o PROUNI e o FIES que se destinam a
incluir o maior número possível de pessoas com limitações financeiras;
44
d. Estabeleceu parceria com a Prefeitura Municipal de Manhuaçu para que
pudesse ser viabilizado um convênio de descontos para alunos que a
Secretaria de Assistência Social do município selecionasse baseados
em critérios específicos da mesma procurando aumentar o fluxo de
alunos menos favorecidos ao ambiente escolar;
e. A criação e consolidação da Assessoria Pedagógica que visa
acompanhar e auxiliar os discentes com dificuldades diversas em seu
cotidiano acadêmico. Na impossibilidade de resolução de alguns casos,
a FACIG por meio de sua assessora pedagógica faz o encaminhamento
do discente para um profissional que seja requerido no caso específico.
Esse programa também é extensivo aos docentes no desenvolvimento
de seu trabalho;
f. O acesso à FACIG ocorre pelo vestibular (em que se valoriza, também o
resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)), pela
transferência externa ou, quando da existência de vagas, pela admissão
de portadores de diploma de graduação. Regulamentado pelo Conselho
de Graduação, em articulação com o ensino médio e de acordo com os
órgãos normativos dos sistemas de ensino, o processo seletivo destinase a avaliar a formação recebida pelos candidatos para o ingresso no
nível superior de ensino, no limite das vagas fixadas para cada curso,
em consonância com a legislação vigente. O processo seletivo, nos
cursos de bacharelado, de Tecnologia e de Licenciatura é aberto a
candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; e
g. O Campus Ilha de Excelência, bem como o Campus Alfa Sul possui uma
estrutura invejável que permite total acesso aos portadores de
necessidades especiais (PNE) em todos os sentidos. Possuímos
elevadores amplos que permitem a utilização dos mesmos pelos
cadeirantes, banheiros e corredores dentro das normas estabelecidas
pela legislação.
b. Práticas pedagógicas expandidas:
45
Considerar a educação como um processo engessado e unilateral em que a
figura do professor é o centro principal dos ditames do saber é na perspectiva
de Pereira e Hannas (2001, p. 23) ter uma visão
“de mundo e de pessoa mecanicista, racionalista e fragmentada
que nos adveio do século XVII com as teorias de Newton e
Descartes e outras subseqüentes, nossa educação tornou-se
excessivamente acadêmica, um processo pesado, cansativo,
gerador de tensão”.
Buscando gerar um olhar inovador sobre estas questões é que a FACIG
estabeleceu como política de sua prática pedagógica adotar métodos que
possibilitem um pensar renovador, um pensar e um repensar constantemente
sobre os espaços de aprendizagem e sobre o conteúdo a ser construído. Assim
sendo, a Instituição procura e procurará sempre desenvolver uma nova visão e
um novo paradigma de educação que tenha foco centrado no discente.
Procurar-se-á então, levar os estudantes a aprender para o futuro, dentro de
um processo de aprendizagem continuada, organizando a aprendizagem em
torno de quatro aprendizagens fundamentais: (a) aprender a conhecer, (b)
aprender a fazer, (c) aprender a viver juntos, (d) aprender a viver com os
outros, e (e) aprender a ser. Em síntese, não se pode perder o entendimento
de que a FACIG tem como papel fundamental formar, baseando-se nos mais
altos conceitos de qualidade, educar seus discentes para que sejam cidadãos
bem informados, capazes de pensar criticamente e de analisar problemas da
sociedade, de procurar soluções aos seus problemas e, sobretudo, de assumir
responsabilidade sociais.
Para que o cumprimento destas perspectivas sejam factíveis necessário se faz
desenvolver uma cultura institucional que conceba o
“O sistema de organização e gestão, que é
integrante da cultura da escola, constitui-se de um
espaço não apenas de relações de poder, mas,
também, de todas as relações que derivam das
características do grupo social que atua nela. Isso
quer dizer que, nas escolas, há uma estrutura
administrativas e pedagógica que é visível e outra
estrutura não formalizada, não visível, que é o
46
conjunto das relações sociais, maneiras de pensar
e agir, interesses, experiências subjetivas etc,
obviamente articuladas com a cultura da
comunidade e da sociedade como um todo”.
(LIBÂNEO, 2008, p. 233)
Para que essa cultura seja desenvolvida e consolidada trabalha-se com os
todos os funcionários da IES objetivando criar um espaço que se interliguem
todos os campos do saber. Os coordenadores, responsáveis pela gestão dos
cursos, juntamente com o corpo docente da IES nas reuniões de colegiado de
curso e do Núcleo Docente Estruturante estimulam o (re)pensar e a
(re)construção do saber que já está consolidado objetivando a adoção de
práticas que permita, a cada dia mais, a participação efetiva dos discentes.
As ações estabelecidas para a consecução desta política são:
a. Organização de um currículo que privilegie o cumprimento de todos os
requisitos legais exigidos que facilitem o desenvolvimento dos discentes
no curso. Torna-se necessário então que se debruce um olhar crítico
sobre os resultados gerados pelos relatórios da autoavaliação, dos
relatórios das avaliações externas e pelo ENADE para que sempre seja
(re)pensado processos pedagógicos que viabilizem um fazer educação
dinâmico e atual concernente às necessidades e vivências de nossos
alunos. Diante disto sempre são revisados os projetos pedagógicos de
todos os cursos procurando criar um curso atual e significativo para os
seus participantes ancorados em metodologias que levem em conta não
somente a memorização, mas principalmente, as faculdades de
compreensão, a habilidade para o trabalho prático (projetos), a
criatividade e o trabalho individual e em equipe;
b. Outro ponto que merece atenção nos diversos currículos dos cursos são
as
atividades
complementares,
os
projetos
integradores
e
interdisciplinares, as atividades de estágios, monografias, trabalhos de
conclusão de cursos, as práticas como componente curricular, projetos
de extensão aliados às demandas da comunidade local e do entorno, e
o estímulo constante à consolidação da Empresa Junior e da Iniciação
Científica. O cuidado é de orientar para uma prática que favoreça a
47
aplicação da teoria na prática vivenciada além, é claro, de sempre
buscar uma reflexão crítica da prática vivenciada objetivando o reciclar
constante da teoria apreendida e um fazer ciência no espaço acadêmico
conscientes de que a atividade pedagógica não se concretiza apenas no
espaço intra-muros da faculdade mas, também, nos mais diferentes
momentos de inserção social promovidos para esta atividade;
c. Orientar os coordenadores dos diversos cursos da instituição a buscar
informações pertinentes à atualização dos currículos é encontrarem
dados que aliem academia e mundo do trabalho propiciando uma
interação engajada do perfil do egresso e as demandas ensejadas pelo
espaço organizacional no qual o mesmo irá se fixar. Para tanto, a FACIG
estimula a participação dos coordenadores e de todo o seu corpo
institucional em congressos, seminários e simpósios que evocam o
debate e a discussão do campo acadêmico e do trabalho;
d. Buscando certificar-se de que estas ações são o caminho para o
aumento da empregabilidade e da renda familiar e, também, de como as
habilidades desenvolvidas subsidiam as atividades dos egressos é que a
FACIG busca acompanhar os seus egressos por meio de um survey
aplicado pela CPA com os empregadores e com os egressos para que
se possa conhecer mais dos resultados dos profissionais que a mesma
formou;
e. Para tornar mais efetivo uma produção comum entre docentes e
discentes a FACIG busca estimular, cada vez mais, a publicação dos
trabalhos realizados por sua comunidade acadêmica objetivando um
envolvimento dos mesmos com as várias áreas de conhecimento de
seus cursos. Assim, consolidou a publicação da Revista Pens@r
Acadêmico, da Noite Acadêmica e do Simpósio de Ciências Gerenciais
que são espaços para a difusão do conhecimento e desenvolvimento do
que é aprendido no espaço educacional. Tais eventos a cada dia
crescem em qualidade e em número de participação dos discentes o
que demonstra que estamos no caminho certo.
f. A
FACIG
deve
buscar,
de
forma
constante,
se
atualizar
permanentemente em relação à infra-estrutura de laboratórios (de
informática e de uso específico dos cursos), equipamentos e o acervo da
48
biblioteca. Esta ação é concretizada de forma arrojada pelos
mantenedores o que pode ser comprovado pelas políticas de
atualização dos setores de informática e de biblioteca. Exemplo destas
ações são a aquisição da Lousa Eletrônica, do sistema Lanschool
implantado nos laboratórios de informática e do novo sistema de gestão
educacional adquirido pela Instituição;
g. Procurando atender a Meta 13 do Plano Nacional de Educação a IES
buscará atingir a excelência acadêmica aumentando o número de
professores em tempo integral e parcial e, aumentando, paulatinamente,
a titulação dos mesmos. Sendo assim, a FACIG estimula seu corpo
docente a buscarem titulação cada vez mais por meio de convênios que
são assinados com Instituições de ensino (nacionais e internacionais) e
da criação de horários alternativos para que os docentes possam se
dedicar de forma integral aos seus estudos.
c. Processo de Educação Continuada:
Decorrente da preocupação com o desenvolvimento da aprendizagem centrado
nas figuras do docente e do discente a FACIG estabeleceu também como
política pedagógica o processo de educação continuado. O fundamento
pedagógico é de que uma comunidade que se preocupa permanentemente
com o ciclo de atualização e renovação de seus conhecimentos tende a ser
uma comunidade de excelência.
Para o corpo docente a preocupação de se ter a cultura de uma educação
continuada é engendrar esforços para uma revisão permanente de suas ações.
Na perspectiva de Libâneo (2008, p. 228) “a formação continuada pode
possibilitar a reflexividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os
professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as
e elaborando formas de enfrentá-las”.
Para os egressos da instituição a confirmação de que o aprendizado
apreendido na instituição foi merecedor de sua volta o que confirmará todas as
ações que foram vivenciadas durante a graduação.
49
Para a Instituição o processo de educação continuada oferecida aos seus
egressos favorece o compartilhamento de experiências que irão renovar as
perspectivas de formação profissional e humana dos participantes do processo.
Cientes deste papel, a FACIG estabeleceu como ações balizadoras desta
política:
a. A criação e implantação de cursos de pós-graduação lato sensu que
propicie o retorno de seus egressos e favoreça a construção de
processos formadores mais consolidados. Como a excelência é o eixo
norteador da FACIG a mesma implantou no ano de 2005 um Curso de
pós-graduação lato sensu em Gestão Empresarial e em 2010 o curso foi
totalmente reformulado passando a ter a denominação de Curso de pósgraduação lato sensu MBA em Gestão Empresarial. Almeja-se o
desenvolvimento de mais cursos em áreas específicas de atuação da
Instituição;
b. A consolidação e a assinatura de convênios que favoreçam o acesso
dos docentes a estas instituições com o propósito de aumentar a
titulação do corpo docente atuante na FACIG;
c. Realização de convênio com a UNIP (Universidade Paulista) que
oferece cursos de graduação e de pós-graduação à distância. O
convênio permite desconto para todos os funcionários da instituição e
seus familiares; e
d. Estimular, de forma constante, a importância do processo de educação
continuada como forma de aumentar a empregabilidade dos diversos
profissionais formados pela instituição.
d. Formação de um Cidadão Crítico e Consciente de seu Papel Social.
Toda a política institucional da FACIG objetiva desenvolver egressos
preparados para atuarem em sua área de conhecimento como um bom
profissional e como um cidadão crítico e capaz de refletir sobre a sua situação.
50
Tem-se como fundamento a assertiva de Demo (2007, p. 23) “por trás do
pensar está à idéia da compreensão do que se diz e faz. Por isso, dizemos
“saber” pensar”. Decorrente desta perspectiva a Instituição tem a preocupação
de pautar por atitudes que favorecem o envolvimento do discente como
participante ativo de sua aprendizagem em que são valorizadas suas
potencialidades dentro de um processo de pluralidade cultural.
Para possibilitar esta política, a IES estabeleceu como ações:
a. Estimular o desenvolvimento de uma política pedagógica em que exista
a valorização dos discentes;
b. Consolidar e estimular as visitas a Assessoria Pedagógica, tanto dos
docentes como dos discentes, objetivando realizar um processo de
melhoria constante via o debate das metodologias adotadas;
c. Favorecer nas reuniões as participações dos docentes visando o debate
das práticas pedagógicas a serem desenvolvidas em cada disciplina; e
d. Fortalecer a importância do Núcleo Docente Estruturante como peça
fundamental na construção de um Projeto Pedagógico de qualidade e no
debate das metodologias adotadas no curso.
Para viabilizar a consecução das políticas estabelecidas neste Projeto
Pedagógico estabeleceram-se como parte integrante do processo educacional
na FACIG os processos de avaliação que buscam consolidar e apontar
possíveis lacunas existentes na prática de todo o Projeto Pedagógico
Institucional. Partidários da concepção de que os processos avaliativos é o
instrumento que propicia conhecer a realidade e buscar formas de intervir
objetivando contribuir para uma melhoria constante das ações que norteiam o
fazer educação da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu.
Sendo assim, os processos avaliativos que balizarão as práticas pedagógicas
da IES são:
a. A avaliação escolar dos discentes conforme está prevista no Regimento
Interno da FACIG. A análise pelos coordenadores do rendimento escolar
51
dos discentes oportunizará um diagnóstico de como está sendo a
atuação do professor e dos alunos na respectiva disciplina o que
possibilitará um agir anterior ao final de cada semestre. Para a
efetivação desse trabalho os coordenadores contam com a assessoria
da pedagógica da Instituição;
b. Os processos de ouvidoria da IES que são realizados por cada
coordenador, pela Diretora Acadêmica e pela assessoria pedagógica.
Os relatos dos discentes e, também, dos docentes são parâmetros para
conhecer a prática que está sendo desenvolvida em sala de aula e o
que, exatamente, está sendo produzido em sala de aula e no curso;
c. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) que realiza a cada semestre
suas atividades de pesquisa buscando avaliar a IES. Na perspectiva de
Libâneo (2008, p 239) tal avaliação “visa à produção de informações
sobre
os
resultados
da
aprendizagem
escolar
em
função
do
acompanhamento e revisão das políticas educacionais, do sistema
escolar e das escolas, tendo em vista formular indicadores de qualidade
dos resultados do ensino”. Vale ressaltar que o processo autoavaliação
da IES é feita dentro da concepção 360º graus o que significa dizer que
todos os participantes da comunidade FACIG participam do processo
inclusive a sociedade civil. Todo esse processo é compreendido como
parte inerente do caminhar da Instituição e que todas as informações
obtidas em tal processo são utilizadas para a melhoria das ações que
são realizadas na instituição; e
d. O Centro Superior de Estudos de Manhuaçu, mantenedora da FACIG,
reavaliará, com freqüência, a eficiência financeira, administrativa,
gerencial e patrimonial da IES, visando seu melhoramento e
aperfeiçoamento. A modernização de métodos e processos de trabalho
deve levar a um controle de custos e resultados e a uma eficiência no
uso dos recursos.
6. Considerações Finais:
52
O processo educacional exige de seus atores consciência suprema que a
formação do cidadão necessariamente é fruto de todo o conhecimento
adquirido pelo mesmo.
Sendo assim, tomar para si a responsabilidade por formar um profissional
enseja traçar objetivos e metas que facilitem o desenrolar das atividades
acadêmicas de maneira ética e com qualidade. A construção do PPI da
Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu (FACIG) foi marcada por
momentos de reflexões sobre a educação, sobre as novas formas de educar e,
principalmente, sobre o perfil do egresso que desejamos lançar na sociedade.
Como resultado destes embates tem-se o PPI construído dentro de uma
realidade necessária ao município e ao seu entorno viabilizando a formação de
um profissional qualificado, atuante e consciente de seu papel na sociedade.
53
7. Referências Bibliográficas:
DEMO, Pedro. Saber pensar. 5 ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire,
2007.
HEILBORN, Gilberto; LACOMBE, Francisco. Administração: princípios e
tendências. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5 ed.
Revista e ampliada. Goiânia: MF Livros, 2008.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o
pensamento. 16ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na
Empresa. Tradução de Ana Beatriz Rodrigues, Priscila Martins Celeste. Rio de
Janeiro: Editora Campus, 1997
PEREIRA, I. L. L.; HANNAS, M. L. Pedagogia na prática: propostas para uma
educação integral. São Paulo: Editora Gente, 2001.
TILLY, C. O acesso desigual ao conhecimento científico. In: Tempo social:
Revista de Sociologia da USP. São Paulo: volume 18, número 2, novembro
2006.
54
8. Glossário
FACIG – Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu.
PDI – Projeto Pedagógico Institucional.
IES – Instituição de Ensino Superior.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
IGC – Índice Geral de Cursos.
UFV – Universidade Federal de Viçosa.
PUC – Pontifícia Universidade Católica.
IBMEC – Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais.
CONFENEN - Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.
ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.
ANACEU - Associação Nacional dos Centros Universitários.
Revista Exame PME – Revista Exame Pequenas e Médias Empresas
ENADE – Exame Nacional de Desempenho do Estudante.
NDE – Núcleo Docente Estruturante.
SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de
Ensino Superior do Estado de São Paulo.
OIT – Organização Internacional do Trabalho.
ERP - Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais)
INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social.
IPSEMG – Instituto de Presidência de Social do Estado de Minas Gerais.
IEF – Instituto Estadual de Florestas.
IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária.
EMATER – Empresa Brasileira de Extensão Rural.
SUS – Serviço Único de Saúde.
RENALCLIN – Clínica de Doenças Renais.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH – M – Índice Desenvolvimento Humano Municipal
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
PNE – Plano Nacional da Educação.
PIB – Produto Interno Bruto
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.
55
PROUNI – Programa Universidade para Todos.
FIES – Financiamento Estudantil.
MBA – Master in Business Administration.
UNIP – Universidade Paulista.
CPA – Comissão Própria de Avaliação.
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PPI 2012