ESCOLA SUPERIOR DE MARKERTING Projeto Pedagógico Institucional PPI PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 1. HISTÓRICO ............................................................................................ - 05 2. INSERÇÃO REGIONAL ........................................................................... - 06 3. MISSÃO .................................................................................................. - 09 4. VISÃO ..................................................................................................... - 09 5. ÂMBITO DE ATUAÇÃO .......................................................................... - 09 6. OBJETIVOS DA ESM ............................................................................. - 10 7. PRINCÍPIOS ........................................................................................... - 11 8. POLÍTICAS DE GESTÃO ........................................................................ - 13 9. POLÍTICA DE ENSINO ........................................................................... - 15 10. POLÍTICA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA ................................................ - 17 11. POLÍTICA DE EXTENSÃO ................................................................... - 19 12. PERFIL HUMANO E PROFISSIONAL .................................................. - 21 12.1 PERFIL DO DOCENTE ....................................................................... - 21 12.2 PERFIL DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS ........... - 22 12.3 PERFIL DO DISCENTE ..................................................................... - 23 12.4 PERFIL DO EGRESSO ....................................................................... - 24 13. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM E CURRÍCULO 24 14. CONCEPÇÃO E POLÍTICA DE AVALIAÇÃO ....................................... - 30 15. CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO ................................................... - 33 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... - 34 2 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com APRESENTAÇÃO O planejamento deve ser um ato constante na vida do ser humano. Porque sempre buscamos determinados fins e relacionamos alguns meios necessários para atingi-los. Trata-se de uma forma de relação desenvolvida entre o pensar e o fazer, que depende de ações individuais e se concretiza numa ação coletiva e compartilhada. Partindo deste princípio de que todo planejamento é uma práxis, um processo dialético que deve contemplar tanto o horizonte — ideal a atingir — como a prática para um determinado tempo — ações a realizar — elaboramos o Projeto Pedagógico Institucional - ESM documento básico que servirá como instrumento orientador dos Projetos Pedagógicos dos cursos a ela integrados. Trata-se de uma atividade intencional, ideologicamente comprometida com valores assumidos pela instituição,na qual se projetam fins e se estabelecem meios para que a Instituição cumpra sua missão e atinja seus objetivos. Dentro da conjuntura atual onde os governos pós aprovação da Lei 9.394/96 tem procurado dar um novo rumo á educação no Brasil é chegado o momento em que se exige que seja definido o que deve ser rompido, mantido e/ou resgatado dentro de uma instituição de ensino. Há que se romper o pensar, o sentir e o agir descompromissados, pois não se pode estagnar no genérico ou no dogmático. Não se trata de simples troca de nomenclatura, como pode parecer à primeira vista, mas de alteração paradigmática extensiva e intensiva. Conferimos um novo significado, amplo e abrangente, ao conceito de gestão, unindo, em um único processo, o planejamento educacional, a formulação de políticas educacionais e sua implementação. A postura adotada é integradora e holística, importando imediata ruptura do pensamento conservador, de acordo com o qual o planejamento e a implementação não fazia parte da idéia de gestão. Na perspectiva da ruptura da prática tradicional a gestão estratégica da educação é o processo que orienta e direciona o trabalho educativo para atingir seu alvo, formular objetivos coerentes com a missão da instituição ou do sistema; adaptar-se ao contexto social global para conquistar melhores condições, oportunidades e vantagens na produção de bens e serviços; gerenciar segundo parâmetros econômicos de eficiência e eficácia, mas, sobretudo, baseados em 3 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com análises sociais, políticas, culturais em que o raciocínio lógico representa função importante, mas que também se associa à percepção e às sensações individuais, emoções, sentimentos e intuições. Pensar estrategicamente a educação leva a repensar a missão educacional, rompendo com o que estiver obsoleto, modernizando-se o substantivo (o quê e para quê) e não apenas a racionalidade (o como e o onde). Muitas vezes os componentes do modelo burocrático organizacional se mantêm devido à ausência de coragem para assumir riscos provenientes da ruptura e do compartilhamento de trabalhos em equipe. A gestão estratégica da educação introduz na instituição novas formas de aprendizado organizacional. Por se alicerçar em ideologia de conflito e ruptura, cria e recria onde se instala um espaço permanente de aprendizagem composta por constantes questionamentos do cotidiano, das práticas usuais desenvolvidas rotineiramente, um clima saudável de diálogo, de troca de idéias, vontades, sentimentos e emoções. Na ótica estratégica, a gestão da educação produz uma nova visão de futuro. Embora enraizada no presente, preocupa-se e atua voltada para o futuro, não podendo ignorar o passado, ou seja, a pro ação substitui a reação, necessitando, no mínimo, da reformulação de visões estereotipadas e rotineiras e a configuração de cenários ou opções futuras para a definição de novas perspectivas gerenciais, provocando o surgimento ou a expansão de mentalidade antecipatória, capaz de promover avaliação realista, possibilitando correr riscos que conduzam, com segurança, a inovações qualitativas. A postura gerencial adotada pela ESM pressupõe novos instrumentos de análise e previsão, outras formas de definição de prioridades e práticas inovadoras de direção das atividades educacionais. A interação humana provavelmente se modificará: novas formas de relacionamento serão buscadas, novos padrões de comportamento serão adotados e novas bases de contratos psicológicos surgirão ou serão criadas e o Projeto Pedagógico Institucional, aliado ao Plano de Desenvolvimento Institucional e aos Projetos Pedagógicos dos vários cursos nele inspirados, certamente contribuirá para a manutenção da unidade de propósitos na diversidade que os tempos atuais impõem ás instituições de ensino em nosso país. 4 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Desta forma apresentamos nosso Projeto Pedagógico Institucional como um instrumento do planejamento estratégico que irá nos proporcionar a orientação necessária para que os cursos que fazem ás ESM possam alcançar o cumprimento com êxito das suas missões e objetivos levando a toda comunidade a oportunidade de poder transformar em realidade um país mais justo onde a democracia no seu sentido mais completo possa de uma por toda se consolidar. 1. HISTÓRICO A Sociedade Recifense de Estudos de Ciências Humanas – SORECH é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 23 de dezembro de 1974, na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil. Sua primeira unidade foi a Escola de Marketing, uma escola de curso livre, pioneira no ensino de Marketing no Norte e Nordeste do Brasil. Em seus 29 anos de atividades, formou 53 turmas de mercadólogos que, em sua maioria, ocupam destacadas posições no mercado de trabalho nordestino e nacional. A partir de 13/04/1999, foi criada a Escola Superior de Marketing, credenciada como Instituição de Ensino Superior pelo Ministério da Educação, que autorizou o Curso de Administração com Habilitação em Marketing e, posteriormente, em 2000, os Cursos de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda, Turismo e Hotelaria. Com a experiência acumulada com a administração da Escola de Marketing e da Escola Superior de Marketing e buscando manter a sintonia com as peculiaridades do mercado, num contexto profundamente marcado pela velocidade e abrangência de informações, a SORECH, num contínuo e crescente processo de adequação a essa realidade procura responder às demandas externas do mercado na contemporaneidade. Assim, além dos cursos de bacharelado, em 2004 iniciou os cursos de graduação de 2 anos (tecnólogos) através da criação da FACULDADE DE TECNOLOGIA FAMA, com os cursos de 5 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Representação Comercial (curso este devidamente apoiado e reconhecido pelo Conselho Regional dos Representantes Comerciais de Pernambuco – CORE, com o intuito de fortalecer a profissão e a categoria da classe) e o curso de Gestão em Recursos Humanos, ambos autorizados pelo MEC. A FACULDADE DE TECNOLOGIA FAMA vem atender especificamente às necessidades das áreas profissionais de Gestão e Comércio. Áreas que requerem informações, conhecimentos de natureza sócio-econômica para a qualidade da prestação de serviços organizacionais e funciona na Av. Benfica, 352, M adalena. 2. INSERÇÃO REGIONAL Considerações preliminares O Ministério da Educação, mentor do Sistema Federal de Educação está na iminência de editar novas diretrizes curriculares dos cursos de graduação. Encerra, assim, uma parte da recente história da educação brasileira, conteúdista, que se baseou não injustificadamente, nos chamados currículos mínimos, que trataram anos a fio, contingentes e contingentes de educandos com quase as mesmas fórmulas, ingredientes e grades, como se a sociedade se mantivesse inalterada. A realidade resolveu intervir, e, de fora para dentro, tornou imperiosa, uma adequação dos modelos vigentes ao conhecimento que vem sendo vertiginosamente produzido. Dentre os princípios das novas diretrizes curriculares, que primam pela educação continuada (o aluno fica menos tempo na graduação, mas nunca mais pode sair do processo) três merecem destaque. Assim, as diretrizes estão voltadas para: 1) evitar o prolongamento desnecessário da duração dos cursos de graduação; 2) Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um mesmo programa; 3) estimular práticas de estudo independentes, visando a uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno. 6 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Enfim, as diretrizes curriculares querem estimular, encorajar o aproveitamento do conhecimento, habilidades e competências adquiridas fora do ambiente escolar, inclusive as que se referiram à experiência profissional julgada relevante para a área de formação considerada. Visto dessa forma o conhecimento altera, amplia sua importância: além de meio, ainda constitui um fim – para ser um componente (o mais significativo) da força de trabalho. Daí, sociedade do conhecimento. Num texto singular e conciso, José Luiz Rossi, Presidente da PRICEWATERHOUSECOOPERS, abordou o tema na Revista Classe nº 90. “Nos últimos meses, verificou-se que a nova economia não substituirá de todo a velha economia, mas, sim, conviverá com ela, transformando-a por meio de profunda integração entre as empresas e de disseminação quase infinita do conhecimento. Entretanto, dois outros fenômenos também influenciarão nosso meio de vida. Estamos falando das transformações que ocorrerão em virtude das maiores mudanças demográficas ocorridas desde que o homem começou a se organizar em sociedades. A diminuição da população jovem em todos os países desenvolvidos, e também em países como o Brasil e a China, onde a taxa de natalidade já está abaixo da de reposição de 2,2 por mulher em idade reprodutiva, é um fenômeno que mudará o perfil da população mundial nos próximos anos. Em 2050, em países como a Alemanha e o Japão, as pessoas acima de 65 anos constituirão a metade de toda a população e, em razão de taxas de natalidade abaixo do mínimo de reposição, a população total também será menor que a de hoje. O aumento da expectativa de vida é um fenômeno que já vem ocorrendo nos últimos 300 anos, mas a redução da população jovem é um fato relativamente novo, cujas conseqüências socioeconômicas ainda não foram totalmente exploradas. A outra transformação é nas características da força de trabalho. Até o início deste século, a maior parte dos trabalhos era manual. Cinqüenta anos depois, e com pico nos anos 70, a indústria foi o grande empregador“. 7 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com “Hoje, a força de trabalho que mais cresce e que já é a maior em números absolutos, é a dos "trabalhadores com conhecimento”, valorizados mais pelo conhecimento especializado do que por qualquer outra característica. Essa sociedade do conhecimento gerou então duas necessidades básicas: primeiro, a educação formal, necessária para a especialização do trabalhador; em segundo, a educação contínua, fundamental para mantê-lo atualizado no competitivo mercado de trabalho.” “Se juntarmos, portanto, essas duas tendências - o envelhecimento da população e a afluência da sociedade do conhecimento - veremos que a maior demanda no campo da educação nos próximos anos será de ensino continuado para adultos. Em virtude da maior expectativa de vida, do encolhimento da parcela jovem da população e das necessidades dos sistemas previdenciários, é de se esperar que em 2050 a vida produtiva média do trabalhador aumente dos atuais 30-35 anos para até os 50 anos. Conhecimento especializado é um ativo que rapidamente torna-se obsoleto e 50 anos de vida produtiva demandarão cada vez mais novas opções de formação complementar, hoje não existentes no mercado nas próximas décadas, a criação de instituições de ensino especializadas na educação para adultos será o maior desafio que as sociedades terão no campo educacional”. Indicadores de inserção regional: Demografia e Educação O Brasil apresenta as maiores taxas de retorno no investimento em capital humano no mundo. De acordo com a literatura científica especializada, cada ano de educação no Brasil representa um retorno de 12% a 15% na renda do trabalhador, mesmo quando outros fatores sócio-econômicos são levados em consideração (Haller e Saraiva, 1992; Neves, 1997). As altas taxas de retorno são explicadas em parte pela própria escassez e má distribuição da educação. Afinal, reza a cartilha econômica que a carência de uma determinada mercadoria faz elevar o seu preço no mercado. De acordo com estudos feitos pelo Banco Mundial (Psacharopoulos, 1975), em países em desenvolvimento, que 8 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com apresentam níveis educacionais baixos, o retorno do investimento feito em educação formal deveria existir apenas para os primeiros anos de educação obtidos e deveria ser decrescente à medida que os anos de educação acumulados fossem aumentando. Entretanto, o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento no qual o retorno do investimento em educação é alto em qualquer nível educacional. Há indicações de que estas taxas de retorno sejam mais altas na região Nordeste (Haller e Saraiva, 1992). Ou seja, investir em educação dá ao trabalhador brasileiro um dos maiores retornos salariais do mundo, não importando o nível educacional e este retorno é mais elevado na região Nordeste. Da mesma forma, a educação tem um enorme efeito sobre a empregabilidade da mão-de-obra no Brasil como um todo e no Nordeste em particular. Cada ano adicional de escolaridade eleva em pouco mais de 12% as chances de um membro da População Economicamente Ativa do Brasil conseguir um emprego ou posição ocupacional formal, ao passo que na região Nordeste este efeito é de mais de 30% (ver Neves, Dourado e Fernandes, 1999). Neste mesmo artigo, Neves, Dourado e Fernandes (1999) revelam, a partir de pesquisas empíricas com grandes empresas da região Nordeste, que as companhias mais modernas da região buscam cada vez mais mão-de-obra com formação universitária. De modo geral, as empresas mais competitivas do Nordeste recrutam entre jovens universitários e recém formados todos os seus futuros gerentes. Esta realidade pressiona todos aqueles que ambicionam empregos de melhor qualidade a procurar obter uma vaga em uma instituição de ensino superior. Nos últimos trinta anos, o Brasil foi um dos países que mais cresceram no mundo. Na década de 1970, o país viveu o chamado milagre econômico, quando se crescia a taxas nunca antes vistas e o trabalhador era absorvido com pouca ou nenhuma educação. O país crescia sob Modelo de Produção Fordista. Pela própria característica deste tipo de desenvolvimento, não se fazia indispensável uma grande oferta de mão-de-obra altamente qualificada, pois todo o controle 9 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com intelectual sobre o processo de trabalho concentrava-se na mão de pouquíssimos especialistas. Hoje, ao contrário, caminha-se velozmente para um Modelo Econômico Flexível, no qual muitos passam a ter uma participação cada vez maior na concepção do processo de trabalho e exige-se da mão-de-obra uma grande capacidade de adaptação e de absorção de novas tecnologias. Alguns importantes estudos recentes (Murnane e Levy, 1996; Pryor e Schaffer, 1999) têm demonstrado que, para o caso dos E.U.A, as empresas têm exigido dos seus empregados habilidades cognitivas e profissionais que vêm, historicamente, sido formadas através do ensino universitário. Em outras palavras, tomando o caso americano como parâmetro, podemos concluir que pelo lado das empresas há cada vez uma maior demanda pelos profissionais com formação superior. Este cenário representa um grande desafio para o Brasil e, em particular, para a região Nordeste. A baixa escolaridade da força de trabalho e o reduzido número de trabalhadores com acesso à educação superior representam uma grande desvantagem competitiva para um país ou uma região. Países que competem diretamente com o Brasil têm uma proporção bem mais elevada de jovens cursando faculdades e universidades. 3. MISSÃO “Servir com elevada qualidade, orientada por princípios éticos e democráticos, de modo que o resultado da ação educativa tenha impacto na comunidade e contribua para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e para o desenvolvimento regional." 4. VISÃO “Ser reconhecida como a melhor faculdade da área de negócio e comunicação do Norte e Nordeste.” 5. ÂMBITO DE ATUAÇÃO 10 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com A ESM, Considerando o contexto das mudanças estruturais que tem ocorrido na sociedade e na educação brasileira, empreende um Projeto Acadêmico que busca na flexibilidade pedagógica da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a consolidação do exercício da cidadania qualitativa. Nessa perspectiva, a organização do ensino na ESM abrange a oferta de Cursos Superiores de Graduação e Pós Graduação: Educação Superior de Graduação – Cursos Superiores na diversas áreas do conhecimento que integram às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência, enfim, em setores profissionais nos quais os egressos irão atuar. Pós-graduação Lato Sensu - A ESM promoverá a oferta de cursos de pósgraduação Lato Sensu, nas suas diversas áreas, com a finalidade de oferecer formação continuada ao profissional cidadão, oportunizar atividades de iniciação á pesquisa cientifica e atender a demanda social por especialistas nas mesmas. Pós-graduação Strictu Sensu - A ESM promoverá a oferta de cursos de pósgraduação Strictu Sensu, nas suas diversas áreas, com a finalidade de incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive. 6. OBJETIVOS DA ESM A ESM tem por objetivo o disposto em seu Regimento: I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; 11 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimentos, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; 7. PRINCÍPIOS A ESM adota o princípio de que a formação em nível superior é uma atividade complexa que se desenvolve em diferentes cenários, claramente determinados pelo contexto, com resultados muitas vezes imprevisíveis e carregados de conflitos de valor que requerem opções éticas e justas. Neste enfoque, a formação acadêmica em geral visa à autonomia profissional, desenvolvendo o conhecimento técnico-científico ao longo do processo de construção e reconstrução de reflexões sobre situações práticas reais que tenham como ponto de referência as competências que se encontram subjacentes à prática dos bons profissionais. Os projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação têm nas competências o eixo articulador das propostas curriculares. A constituição das competências necessárias para ser um bom profissional deve ser estabelecida na relação entre a teoria e a prática e na reflexão e sistematização sobre a prática, em um processo permanente de aplicação dos conhecimentos especializados, no 12 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com qual as diferentes e múltiplas linguagens contemporâneas intervêm como recurso para organizar, registrar e expressar procedimentos e competências. Antes mesmo do domínio de teorias e conceitos científicos, deseja-se que os alunos desenvolvam competências atitudinais (saber-ser) que os preparem para atuar, enfrentar e modificar as várias contradições que encontrarão nos diferentes tipos de atividades, e com os diferentes tipos de pessoas com quem irão conviver. Deste modo, a organização dos currículos dos cursos garante o estudo contextualizado das ciências que dão suporte ao eterno processo inacabado da formação humana – filosofia, sociologia, antropologia, ética e política. As atividades de formação regem-se pela concepção pedagógica de que a construção do conhecimento científico, tecnológico e cultural é um processo sócio-histórico desenvolvido no ser humano por suas experiências tácitas e por experiências regularmente organizadas (âmbito acadêmico). Nesse caso, os cursos oferecidos, coerentes com o compromisso de formar um profissional socialmente pró-ativo, fundam suas ações a partir da singularidade desse sujeito, planejando-se em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do aluno e da relação desse com o mundo e com seu campo de trabalho. Essa concepção de profissional como sujeito cultural e político requer do currículo dos cursos uma articulação consistente e coerente entre conhecimentos científicos, competências cognitivas e motivações. Mais do que apenas apresentar conteúdos das disciplinas, as estratégias metodológicas objetivam levar o futuro profissional a aprender a conhecer, aprender a ser e aprender a fazer por intermédio da construção de outros paradigmas educacionais. Nesta perspectiva, a interdisciplinaridade, como elemento de inter-relação entre as disciplinas e considerando seus objetivos e metodologias próprias para a estruturação de um conhecimento compartilhado, é o caminho adequado à conquista de uma formação mais crítica, integral e transformadora. O tempo de formação desse aluno configura-se como um momento propício para que necessidades, interesses, curiosidades e saberes diversos confrontem-se com os saberes sistematizados, produzindo aprendizagens socialmente e subjetivamente significativas. Num processo de profissionalização 13 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com centrado no sujeito e na sua relação com o meio, os cursos devem abranger, portanto, todas as dimensões da vida em sociedade, possibilitando o desenvolvimento pleno da formação do acadêmico. E ainda, no atual estágio de construção do conhecimento pela humanidade, a dicotomia entre conhecimento geral e específico, entre ciência e técnica, entre profissionalização distanciada do campo real de ação ou mesmo a visão de tecnologia como mera aplicação da ciência deve ser superada, de tal forma que a Faculdade incorpora a cultura técnica e a cultura geral na formação plena dos sujeitos e na produção contínua de conhecimentos. 7.1 Princípios teórico-metodológicos gerais Muito embora os cursos de graduação tenham como função precípua a formação profissional, o que os caracteriza como curso de nível superior é justamente o compromisso com a construção do conhecimento e não apenas a sua transmissão. Neste sentido, a metodologia de ensino, por paradoxal que possa parecer, requer do professor que evite a utilização de procedimentos metodológicos que fazem da ação educativa uma mera rotina pedagógica. Desta forma, o método de ensino não pode ser considerado como um simples instrumento de estruturação pedagógica. Na realidade, o método de ensino deve proporcionar ao educando, sujeito cognoscente, uma forma significativa de construção e de assimilação crítica do conhecimento. Tal abordagem do conhecimento exige que se amplie o espaço da sala de aula como locus privilegiado de construção do conhecimento; que a pesquisa e a extensão constituam-se em atividades cotidianas para a maioria dos alunos; que os processos avaliativos possam fornecer parâmetros de reconstrução permanente da esfera educativa. Assim, além dos recursos de exposição didáticas, dos estudos práticos em sala de aula, estudos dirigidos e independentes, seminários, entre outros, os planos de cursos adotam procedimentos metodológicos que asseguram a articulação da vida acadêmica com a realidade concreta da sociedade e com os avanços tecnológicos, incluindo projetos de pesquisa, e fortalecimento no uso de recursos diversificados, como a televisão, multimídia, 14 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com internet, visitas técnicas etc., considerando, entretanto, que esses recursos tecnológicos não podem se configurar como um fim em si mesmo, mas como um instrumento facilitador do processo de construção e assimilação do conhecimento, um mecanismo capaz de desenvolver no aluno a cultura investigativa, metodológica e uma postura criativa que lhe permita avançar frente ao desconhecido. Além dessas orientações gerais, a equipe docente tem liberdade para utilizar outras metodologias de ensino, sempre percebendo o sujeito-aluno como o ponto de partida de toda ação didática. 8. POLÍTICAS DE GESTÃO Durante muito tempo as políticas de gestão nas Instituições de Ensino Superior têm sido caracterizadas por sua estrutura burocrática, onde os superiores contam com instrumentos de coerção que garantem que seus subordinados obedeçam as normas estabelecidas. Este modelo de gestão faz com que os funcionários encarregados das atividades meios e fins de uma IES desempenhe sua funções em razão da coerção e não de uma verdadeira paixão pelo seu trabalho. Neste modelo fica claro a desmotivação, falta de compromisso com os fins da Instituição. No final do século XX as empresas capitalistas desenvolveram formas de gestão mais consentâneas e participativas com a finalidade de propor aos funcionários o papel de sujeitos de seus próprios destinos, o papel de sujeitos que transformam suas realidades para atingir fins próprios e coletivos. A política de gestão da Escola superior de Marketing aplica estes mesmos conceitos como uma nova forma de gestão. Assim, a gestão da ESM empenha-se pela valorização da pessoa humana, entendida esta como um ser em relação com o mundo sócio-cultural e com o seu semelhante, tendo como base o diálogo livre, fraterno, crítico-criativo e formador, com vistas um ensino de excelência que permita colaborar com a promoção de uma sociedade mais justa e solidária. Neste diapasão a ESM desenvolve uma visão crítica, participativa, propositiva e global, tanto dos processos de aprendizagem quanto dos processos de gestão. Estas políticas têm como objetivo consolidar práticas institucionais 15 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com qualitativas e rever, ampliar e inovar no campo da gestão já que esta é diretamente articulada com o processo acadêmico. Esta articulação engloba, ainda, a inerência do compromisso social da ESM à política gestora. A gestão da ESM assume, ainda, o papel de orientadora do funcionamento institucional, viabilizando a co-responsabilidade dos sujeitos envolvidos mediante a participação ativa nos processos de planejamento e execução do projeto institucional. Estas políticas, compreendem os seguintes compromissos: - promoção da descentralização de decisões e estímulo a participação da comunidade acadêmica de forma sugestiva e contributiva na gestão; - fortalecimento dos órgãos colegiados; - orientação da ação das diversas setores a serviço das atividades fins; - Consolidação de um processo comunicativo eficiente que proporcione a participação de toda comunidade interna nas ações gestoras. - aprimoramento profissional do quadro funcional como forma de atualização e valorização do ser humano. 9. POLÍTICA DE ENSINO A política de ensino da ESM intenciona a construção de conhecimentos acadêmico-profissionais com qualidade social, articulando os contextos local, regional e nacional, focando a formação ética e humanizadora. Esta política parte do pressuposto que tanto as realidades como os conhecimentos são socialmente construídos, portanto, não estão prontos e acabados, também considera que os conhecimentos são contingentes constituídos pelos diversos interesses que tecem os complexos contextos. Assim, o ensino deixa de ser visto também como um produto, algo pronto, estático e inflexível. Passa a ser compreendido como processo dinâmico e complexo, interessado e comprometido com as aprendizagens dos aprendentes e 16 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com com a desconstrução e a reconstrução dos conhecimentos acadêmicoprofissionais. O ensino também é o locus de disseminação de saberes e de culturas, consequentemente, de construção de identidades pessoais e institucionais. Com isso, a sala de aula é o lugar de vivências educativas, motivadoras, instigantes, tanto para o(a) professor(a)-formador(a) como para seus aprendentes. A sala de aula, no seu conceito ampliado, não se restringe às paredes da faculdade. Assim, a aula é vista como espaço-tempo de aprendizagens encarnadas, de práticas acadêmicas, profissionais e culturais. O ensino é uma construção pessoal e coletiva. Pessoal porque depende do ideário do sujeito que o planeja e o vivencia. Coletiva porque não se dá nem isoladamente e nem no vazio, materializando-se na interação com o outro em espaços sócio-educativos. Por isso da importância dos colegiados de curso enquanto uma das ações da política de ensino, nestes espaços o planejamento de ensino é foco da discussão, visando a otimização das aprendizagens. Nesta perspectiva, uma das principais características da política de ensino é o incentivo às dinâmicas didático-pedagógicas planejadas individual e coletivamente que visem a problematizarão dos desafios da realidade em vista da construção nos aprendentes da curiosidade epistemológica para que possam construir identidades críticas, criativas e comprometidas socialmente. A política de ensino objetiva garantir as condições para a relação teoria e prática com o intuito de desenvolver dinâmicas curriculares integradoras entre as disciplinas e entre os cursos, favorecendo as trajetórias de aprendizagem tanto dos aprendentes como dos professores. As dinâmicas curriculares, enquanto materializações das políticas de ensino, caracterizam-se pela busca de inovações metodológicas e de práticas avaliativas contínuas que possibilitem a qualidade dos percursos de aprendizagem dos agentes educacionais da faculdade. A política de ensino compromete-se em: • garantir uma educação de qualidade social e comprometida com a formação do cidadão; • aumentar e dinamizar as atividades da ESM nos diversos espaços que atua; 17 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com • fortalecer os cursos atuais como também abrir possibilidades de implantação de novos cursos de graduação e de pós-graduação lato e strictu sensu, aperfeiçoamento com o humano objetivo e de atender profissional e às de demandas de desenvolvimento sustentável da região; • implementar programa de educação à distância e semi-presencial; • criar as condições necessárias para a prática docente interdisciplinar com vista ás práticas curriculares integradas; • incentivar as atividades extra-curriculares, objetivando uma relação dialógica entre a vivência acadêmica e vivência profissional; • investir na modernização dos processos didático-pedagógicos para a inserção da faculdade e de seus sujeitos no mundo das novas linguagens; • engajar-se com projetos que favoreçam a inserção social da faculdade e de seus sujeitos na realidade local e regional. A política de ensino se compromete também com uma avaliação do ensino e da aprendizagem vista como processos de acompanhamento da construção de conhecimentos e do desenvolvimento de competências necessárias para a atuação profissional e cidadã dos aprendentes, como também um acompanhamento da prática pedagógica do(a) professor(a)-formador(a). Este acompanhamento visa a compreensão dos processos pedagógicos para uma melhor intervenção do(a) docente-formador(a), objetivando a melhoria da qualidade sociopedagógicas das dinâmicas formativas. A avaliação, assim, é compreendida sendo constituinte e estruturante da práxis pedagógica. A sua intenção é acompanhar se certos objetivos pedagógicos foram atingidos durante as dinâmicas de ensino-aprendizagem para possibilitar regulações interativas e integradoras sobre as situações didáticas. Tais regulações visam articular a relação entre o planejamento, o ensino e a aprendizagem e a própria avaliação para qualificar o trabalho pedagógico. Para tanto, é fonte de informações descritivas e interpretativas dos percursos e dos conteúdos de aprendizagens dos aprendentes e das situações didáticas e da relação entre ambos. 18 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Neste prisma, o fazer avaliativo concretiza-se em função dos objetivos do trabalho pedagógico, isto é, a intencionalidade da avaliação depende da intenção da ação docente como um todo. Portanto, a avaliação não é um processo em si mesmo, não é um fim, por isso não se dá aula para se avaliar ao final, mas se vivencia a aula avaliando-a para melhor criar situações didáticas. Desta maneira, a avaliação não pode ser praticada como algo terminal e fragmentado, como ações estanques voltadas para si mesmas numa dinâmica de classificação, de punição e de exclusão. É fundamental que o fazer avaliativo chegue a tempo de favorecer as correções e ajustes necessários na relação dialógica entre o ensino e a aprendizagem, subsidiando novos planejamentos dentro dos tempos pedagógicos institucionais. Por conta da complexidade das situações didáticas, exige-se que a materialização dos processos avaliativos seja vivenciada através de uma diversidade de instrumentos em função de se decifrar as singularidades dos contextos e dos agentes educacionais. Quanto maiores e diversificadas forem as informações coletadas pela avaliação, maior também será a possibilidade de intervenções didáticas que dialoguem com as aprendizagens encontradas. A razão de ser dos processos avaliativos é descrever e interpretar o que se passa na interação entre o quê e como se ensina e o quê e como se aprende para uma ação pedagógica consciente e melhorada do(a) professor(a)formador(a). Este entendimento favorece o replanejamento contínuo do ensino para criar situações didáticas em que o aprendente tome consciência também de seu percurso de aprendizagem e possa criar suas próprias estratégias de superação dos desafios e obstáculos epistemológicos e cognitivos. Os princípios orientadores do processo avaliativo desta instituição são: § educativo – o processo avaliativo deve objetivar ser um espaço-tempo formativo, que contribua tanto para o(a) aprendente como o(a) professor(a) formador(a) repensar suas práticas, conhecimentos e competências, tendo em vista a formação cidadã e profissional; § sistemático – a avaliação precisa ser desenvolvida a partir do planejamento didático do(a) professor(a), sendo vivenciada através de atividades previamente planejadas e negociadas com os(as) aprendentes; 19 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com § processual – a dinâmica avaliativa não poderá ser vivida em momentos estanques ou eventuais, precisará acompanhar toda a atividade pedagógica desenvolvida entre os(as) professores(as) formadores(as) e os(as) aprendentes; § diversificado – o processo avaliativo, que perpassará as atividades pedagógicas como um todo, será materializado por uma variedade de procedimentos e instrumentos avaliativos que atendam às especificidades dos conteúdos curriculares e às singularidades sociocognitivas dos aprendentes; § qualitativo – os registros avaliativos devem ser fontes de interpretação da produção docente e discente, subsidiando os sujeitos do processo educativo na compreensão das práticas pedagógicas vividas. Por isso, as dinâmicas qualitativas devem prevalecer sobre as questões quantitativas. Assim, a avaliação assume um papel mediador e regulador da prática educativa, intencionando a melhoria da qualidade sociopedagógica dos processos de ensino e de aprendizagem. 10. POLÍTICA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA A ESM parte do principio de que a interligação entre Ensino, Iniciação Científica e Extensão resulta da superação da visão dicotômica que predomina nas leituras sobre a relação entre teoria e prática no processo educativo, o que, por seu turno, implica perceber que há uma relação de identidade e de diferença entre ambas, não sendo uma mais importante que a outra, mas ao contrário, teoria e prática constituem partes integrantes do esforço de docentes e de discentes na consecução – construção, reconstrução e aprimoramento - da aprendizagem. Sendo assim,entende-se que a iniciação científica compreende todas as ações que utilizam o método científico investigativo como instrumento de descoberta e diálogo com a realidade e que ocorrem também no cotidiano do processo de ensino. 20 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Desta forma as política de iniciação cientifica da ESM configuram-se da seguinte forma: • Incentivo ao interesse das comunidades docente e discente para a iniciação científica; • Estimulo á elaboração do conhecimento cientifico-profissional produzido no âmbito da IES com vistas a formação continuado dos aprendentes; • Estimulo aos docentes para o desenvolvimento da criatividade e da produtividade a partir da sua área de competência, conduzindo até a sala de aula uma ação inovadora, transformando a ação pedagógica em problematizadora; • Promoção do intercambio da produção cientifica em âmbito local e regional; • Criação de oportunidade de acesso aos novos paradigmas das ciências; • Fornecimento do espaço-tempo necessário as orientações para a iniciação cientifica. A articulação entre esses compromissos fortalecera a identidade institucional junto a sociedade e ao mercado de trabalho. Entre as políticas que a ESM implementa, a iniciação científica reveste-se de relevância, uma vez que é uma oportunidade privilegiada para os aprendentes construírem o conhecimento sob orientação, fortalecendo desta maneira a relação entre os corpos docente e discente da Instituição. 11. POLÍTICA DE EXTENSÃO A política de extensão da ESM é entendida como um processo educativo, sóciocultural que visa a articular o ensino e a iniciação cientifica numa perspectiva transformadora e interativa entre a comunidade interna e externa, buscando alternativas capazes de atender as demandas oriundas da sociedade na qual esta inserida, numa ação reflexiva de difusão do conhecimento produzido no âmbito da IES. 21 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Em conseqüência disso, tem-se por princípio que para a formação do Profissional Cidadão é imprescindível sua efetiva interação com a Sociedade, seja para se situar historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação com os problemas que um dia terá de enfrentar. A Extensão, entendida como prática acadêmica que interliga a IES com as demandas da maioria da população, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes. A consolidação da prática da Extensão possibilita a constante busca do equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico. A extensão é, assim, um recurso de retroalimentação da Instituição, capaz de viabilizar o desenvolvimento da IES e da comunidade por ela servida. Afigurase, também, como um dos fatores de grande importância no processo de mudança vivido, simultaneamente, pela instituição e pela sociedade. Neste contexto as políticas de extensão da ESM dar-se-ão da seguinte forma: • Inserção da instituição no contexto regional, como instrumento ativo no processo de construção e desenvolvimento sócio-econômico, político e cultural do Estado de Pernambuco, em especial da região da Mata Centro; • Integração com empresas e instituições comunitárias de produção de conhecimento e tecnologia da região • Apoio às ações do desenvolvimento comunitário • Apoio ás ações de desenvolvimento cultural. • Oferta de cursos à sociedade nas diversas áreas da IES. • Realização de eventos acadêmicos, científicos e culturais com vistas ao atendimento às demandas sociais. 12. PERFIL HUMANO E PROFISSIONAL 22 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com A comunidade universitária é formada pelo corpo docente, corpo técnicoadministrativo e corpo discente. Representantes dos três segmentos da comunidade participam da gestão da Faculdade, ou, no caso dos docentes e servidores técnico-administrativos, ocupando cargos de gestão universitária. O principal alvo da ação da comunidade universitária é formar cidadãos capazes de implementar soluções que promovam o desenvolvimento humano e sustentável. 12.1 Perfil do Docente O corpo docente da ESM é o principal agente gerador e disseminador de conhecimentos da Faculdade. Sua ação deverá estar voltada para a busca, produção e socialização de conhecimentos técnicos, científicos, artísticos e culturais. Cada um dos seus membros deve possuir perfil que valorize o seu papel e que permita exercê-lo na plenitude. O Docente da ESM deve: • interagir com a comunidade interna e externa com respeito, ética e efetividade, promovendo a cidadania e inclusão social; • ter pleno domínio do conhecimento, mantendo-se atualizado sobre os avanços nas áreas do saber nas quais atua; • Disseminar o conhecimento por meio do ensino, da pesquisa (Iniciação cientifica) e da extensão; • estimular a criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e crítico, e do pensamento reflexivo nos alunos; • buscar atender as necessidades dos diversos setores da sociedade e estabelecer, com essa, uma relação de reciprocidade; • discutir com os alunos os problemas contemporâneos, em particular, os nacionais e regionais; • contribuir para a gestão da Faculdade; • contribuir para o desenvolvimento humano sustentável; • investir permanentemente na sua formação didático-pedagógica. 23 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com 12.2 Perfil dos Servidores Técnico-Administrativos O servidor técnico-administrativo é o agente responsável pelas atividades/funções técnico-administrativas relacionadas ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa(Iniciação Cientifica) e da extensão. Os Servidores Técnico-Administrativos devem: • interagir com a comunidade interna e externa com respeito, ética e efetividade; • contribuir para a gestão da Faculdade; • ter pleno domínio do conhecimento, mantendo-se atualizado sobre os avanços nas áreas nas quais atua; • contribuir para a disseminação do conhecimento por meio do ensino,e da extensão; • contribuir para a criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e crítico, e do pensamento reflexivo nos discentes; • buscar atender às necessidades dos diversos setores da sociedade e estabelecer com essa uma relação de reciprocidade; • buscar permanentemente o aperfeiçoamento cultural e profissional; • contribuir para ações de extensão, visando à difusão das conquistas e aos benefícios resultantes da criação cultural e das pesquisas científica e tecnológica geradas na instituição; • contribuir para as ações na direção do permanente aperfeiçoamento cultural e profissional de todos os membros da comunidade universitária. 12.3 Perfil do Discente A formação dos discentes é o principal objetivo das ações da ESM. O discente deve aproveitar ao máximo a sua permanência na Faculdade para o seu 24 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com desenvolvimento pessoal, da sociedade e da Instituição, cabendo à mesma proporcionar as melhores condições para tal. O Discente da ESM deve: • Interagir com a comunidade interna e externa com respeito, ética e efetividade, promovendo a cidadania; • Investir no seu aperfeiçoamento intelectual, cultural, profissional e pessoal, integrando os conhecimentos; • Buscar continuamente desenvolver o seu espírito científico, crítico, humanístico e reflexivo; • Buscar soluções para os problemas contemporâneos, em particular, os nacionais e regionais; • Participar de atividades extracurriculares de ensino, pesquisa, extensão, assistência e gestão, contribuindo para a sustentabilidade da Faculdade e da sociedade. 12.4 Perfil do Egresso O egresso da ESM deverá pautar-se por atitudes éticas, políticas e humanistas, com o conhecimento e reflexão crítica suficientes para contribuir para a transformação da sociedade. O Egresso deve: • Estar apto a se inserir nos setores profissionais, e ser capaz de promover a sustentabilidade da sociedade e sua formação continuada; • Ser um cidadão cônscio de seus direitos e deveres para com a sociedade; • Buscar permanentemente o aperfeiçoamento cultural e profissional; • Ter interesse em conhecer e atuar na solução de problemas, em particular, os nacionais e regionais; 25 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com • Manter permanente relação com a Faculdade, contribuindo para o crescimento, aperfeiçoamento e desenvolvimento recíprocos. 13. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM E CURRÍCULO O ensino da ESM se pautará por princípios os quais visa, mais do que uma discussão filosófica. Mas principalmente orientar a prática pedagógica o corpo docente, seja para a elaboração dos currículos, dos planos de ensino e dos contratos didáticos, que seriam em particular: da Autonomia, do Multiculturalismo e, os princípios pedagógicos da Andragogia. Os Princípios da Andragogia voltam-se para educação com adultos, os quais sugerem que essa necessita ser pensada a partir das características desse sujeito. Segundo Cavalcanti (2007), os princípios da Andragogia são: I. A aprendizagem centrada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem. II. Pessoas aprendem o que realmente precisam saber. III. A experiência é rica fonte de aprendizagem, através da discussão e da solução de problemas em grupo. IV. Aprendizagem baseada em problemas, exigindo ampla gama de conhecimentos para se chegar a solução. A partir desses princípios, os papéis de professores e alunos ficam redimensionados para uma relação de cooperação no processo de ensinoaprendizagem, pois a compreensão é de que, ao incluir a experiência do aluno, os professores também entram num processo de aprendizagem tanto quanto seus alunos. Resguardadas as funções de cada um no processo, a Andragogia permite uma democratização das relações. Se o “fazer pedagógico” se pauta pela centralidade do processo no aluno, tendo a experiência problematizada como núcleo de organização dos conteúdos, 26 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com significa que o discente no processo necessariamente deve ser um sujeito ativo, com autonomia de pensamento e de ação. Nesse sentido, Paulo Freire (2001) ajuda na construção do conceito de Autonomia. Ainda que não tenha sido tratado de forma direta pelo autor, considera-se que a compreensão que Freire (2001) traz do processo ensino-aprendizagem carrega na sua essência o pressuposto da autonomia. Não há possibilidade de um ensinar e de um aprender na concepção apresentada por Freire (2001) se não considerar que esse processo caminha de mãos dadas com a busca pela autonomia. Tanto professores quanto alunos, nessa perspectiva, são sujeitos pensantes que interagem no mundo com consciência, cada qual de uma forma distinta, mas ambos com igual importância. Nesse sentido, Freire(2001) coloca em relevo o conhecimento que os alunosadultos trazem para o processo, como um dos pilares da ação pedagógica e não só o conhecimento sistematizado que o sujeito-professor adquiriu. Com isso, em relação àquele que se coloca na função de professor, ou para o sujeito que ensina, diz Freire (2001). “O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza a ensinar o que não sabe. A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática.(Freire, 2001, p.259) “ Nesse sentido, o compromisso com sua formação (profissional, cultural etc) requer do corpo docente da ESM um posicionamento marcadamente 27 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com diferenciado em relação aos alunos, ao conhecimento, finalmente, ao próprio processo do qual é sujeito. Quanto aos sujeitos que aprendem, nossa inspiração em Freire (2001), resulta numa construção cotidiana de um sujeito-leitor, que interaja com o conhecimento de forma autônoma e crítica. Para Freire (2001). “(...) estudar é, em primeiro lugar, um que-fazer crítico, criador, recriador, não importa que eu nele me engaje através da leitura de um texto que trata ou discute um certo conteúdo que me foi proposto pela escola ou se o realizo partindo de uma reflexão crítica sobre um certo acontecimento social ou natural e que, como necessidade da própria reflexão, me conduz à leitura de textos que minha curiosidade e minha experiência intelectual me sugerem ou que me são sugeridos por outros. Assim, (...) o ato de estudar implica sempre o de ler, mesmo que nesse não se esgote. De ler o mundo, de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. Mas ler não é puro entretenimento nem tampouco um exercício de memorização mecânica de certos trechos do texto.(...) Ler é operação inteligente, difícil, exigente, uma mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido(...).(Freire, 2001, p.260)” A prática de leitura, do texto, da vida, de si, são estimuladas na articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. É a articulação entre os saberes formalmente estabelecidos pela ciência e aqueles adquiridos pela experiência da vida, fornecem a linha-mestre para pensar a formação da ESM. Esse eixo orientador da prática pedagógica é o princípio organizador dos currículos. Nesse sentido, a experiência que os alunos trazem devem ser valorizadas, pois 28 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com “(...) a experiência da compreensão será tão mais profunda quanto sejamos nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os conceitos emergentes da experiência escolar aos que resultam do mundo da cotidianidade. Um exercício crítico sempre exigido pela leitura e necessariamente pela escuta é o de como nos darmos facilmente à passagem da experiência sensorial que caracteriza a cotidianidade à generalização que se opera na linguagem escolar e desta ao concreto tangível. (Freire, 2001, p.261)” Essa concepção é um exercício cotidiano que a ESM procura construir com o corpo docente e discente, num processo de reflexão para que a prática dos alunos em relação ao estudo se altere significativamente. A utopia da ESM é aquela que Freire expõe: “Se estudar, para nós, não fosse quase sempre um fardo, se ler não fosse uma obrigação amarga a cumprir, se, pelo contrário, estudar e ler fossem fontes de alegria e de prazer, de que resulta também o indispensável conhecimento com que nos movemos melhor no mundo, teríamos índices melhor reveladores da qualidade de nossa educação. (Freire, 2001, p.267)” Essa inspiração leva a buscar na dimensão da cultura o outro elemento conceitual com o qual o projeto pedagógico foi proposto. Tomou-se para essa conceituação Barbosa e Candau (2003) no texto em que tratam do currículo e cultura e trazem o conceito de multiculturalismo. O Princípio do Multiculturalismo parte da concepção de que “não há educação que não esteja imersa na cultura da humanidade e, particularmente, do momento histórico em que se situa. A Reflexão sobre esta temática é co-extensiva ao 29 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com próprio desenvolvimento do pensamento pedagógico. Não se pode conceber uma experiência pedagógica “desculturizada”, em que a referência cultural não esteja presente. (Moreira e Candau, 2003, p. 159)” A diversidade cultural, para além das diferenças do ponto de vista das heranças que traz, diz respeito à necessária compreensão da diversidade como um bem em si. O direito à diversidade, presente na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948), dispõe que Artigo II “Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.(1948)” E, no Artigo XXVI “1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível à todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.” “2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e o fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.(1948)” 30 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com O respeito às diferenças é hoje uma necessidade para a construção de uma sociedade melhor. A falta de compreensão e tolerância leva ao preconceito, e esse à violência. No núcleo da desestabilização das relações sociais está o preconceito, por isso, a ESM entende que uma educação que traga a diversidade como um bem, e não como uma “disfunção” social, promove uma formação que privilegie relações pautadas pela tolerância. Mas, também o projeto foi conduzido na perspectiva do multiculturalismo, entendendo que esse também se manifesta sob a forma das diferentes etnias com as quais se contracena no espaço social. Esse aspecto é bastante peculiar para a ESM, uma vez que esta se encontra numa região em que o encontro das culturas é imensamente privilegiado. Convive na região com grupos oriundos de culturas distintas (japoneses, eslavos, italianos, afro-descendentes etc), e que integram uma mesma comunidade. Se por um lado, o avanço dos meios de comunicação tem trazido grandes benefícios à população residente fora dos grandes centros urbanos, por outro lado, tem feito com que a influência de certos padrões culturais leve algumas culturas condição de “antiquadas”. Sem entrar na discussão em torno do “velho X novo”, do “antigo X moderno”, considera que uma valorização das culturas, ressaltando suas diferenças, contribui sobremaneira para uma educação de tolerância, para o reconhecimento e valorização do outro, de suas diferenças que não signifiquem uma relação de subserviência de um sobre o outro. Nesse sentido, concorda com Moreira e Candau (2003) de que, “(...) a formulação de um currículo multiculturalmente orientado não envolve unicamente introduzir determinadas práticas ou agregar alguns conteúdos, o que corresponderia apenas a uma abordagem que Banks (1999) intitula de “aditiva”. Não basta acrescentar temas, autores, celebrações etc. É necessária uma releitura da própria visão de educação. É indispensável desenvolver um novo olhar, uma 31 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com nova ótica, uma sensibilidade diferente. O caráter monocultural está muito arraigado na educação escolar, parecendo ser inerente a ela. Assim, questionar, desnaturalizar e desestabilizar essa realidade constitui um passo fundamental. Contudo, favorecer o processo de reinventar a cultura escolar não é tarefa fácil. Como afirmam os(as) educadores(as), exige persistência, vontade política, assim como aposta no horizonte de sentido: a construção de uma sociedade e uma educação verdadeiramente democráticas, construídas na articulação entre igualdade e diferença, na perspectiva do ulticulturalismo mancipatório. (Moreira e Candau, 2003, p.166)” Com isso, organizar um currículo a partir desse princípio vem significando para a ESM inserir a cultura como princípio educativo, que significa “(...) questionar os lugares comuns, as leituras hegemônicas da nossa cultura e de suas características, assim como das relações entre os diferentes grupos sociais e étnicos (...)” (Moreira e Candau, 2003, p.167).” A incorporação deste princípio visa “(...) propiciar uma interação reflexiva, que incorpore uma sensibilidade antropológica e estimule a entrada no mundo do “outro”. Consideramos que todos esses aspectos são importantes, na formação docente, para que melhor se analisem as questões curriculares e a dinâmica interna da escola. O principal propósito, acrescentamos, é que o docente venha a descobrir outra perspectiva, 32 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com assentada na centralidade da cultura, no reconhecimento da diferença e na construção da igualdade. Esperamos, assim, formar educadores que atuem como agentes sociais e culturais a serviço da construção de sociedades mais democráticas e justas. (Moreira e Candau, 2003, p.167) “ A valorização da cultura também significa para a ESM colocar em relevo suas qualidades, tanto do ponto de vista institucional, quanto social e ambiental. Convive com uma imagem socialmente construída na localidade de que o “outro” – a instituição, o mercado, o produto – é melhor do que é produzido localmente. Existe uma cultura da desqualificação de si próprios e do que possuem. A ESM, nesse sentido, assumiu como um dos eixos de discussão cultural uma valorização da cultura local, da produção local, das instituições locais, do meio ambiente procurando fazer com que a população passe a olhar para seu entorno e ver nele a si próprio e os valores que carregam. A perspectiva de uma organização curricular a partir destes conceitos, tem como intencionalidade a promoção de uma educação voltada para a construção de uma sociedade mais democrática, justa, igualitária e responsável ambientalmente. 14. CONCEPÇÃO E POLÍTICA DE AVALIAÇÃO A política de avaliação da ESM parte da compreensão de que avaliação caracteriza-se por ser formativa, cooperativa, reguladora e emancipadora: • Formativa por sua natureza educativa, visando contribuir nos processos de melhoria da qualidade das ações da faculdade em nível institucional, de curso e de ensino-aprendizagem; • Cooperativa por incentivar a qualidade das interações dos sujeitos da comunidade acadêmica nos processos avaliativos em função do Projeto Institucional; 33 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com • Reguladora por objetivar processos de transformação, pois avaliar parte da premissa da mudança qualificada, subsidiando, assim, os ajustes necessários; • Emancipadora por sua razão de ser política, de tomada de decisões em função da melhoria da qualidade de vida dos sujeitos desta instituição como também da comunidade que a circunda. Esta política se constitui em ser sistemática, contínua, diversificada e pertinente. Sistemática por precisar de programas institucionais elaborados a partir de objetivos e de critérios claros e negociados no seio da instituição através da mediação entre as orientações legais e as necessidades locais. Contínua por desenvolver-se em uma dinâmica que objetiva coletar o maior número de dados necessários para compreender a instituição na sua dimensão global, de curso e de ensino-aprendizagem em vários momentos. Diversificada no que se refere aos meios de coleta de informações pertinentes a cada momento da avaliação, possibilitando ações mais precisas aos interesses institucionais. Desta maneira, a política de avaliação se materializa através de programas integrados e permanentes com intuito de melhorar os serviços oferecidos pela instituição como também aperfeiçoar a sua própria natureza, tendo como referência os fundamentos filosóficos instituídos que dão consistência a sua identidade e a sua missão. A política de avaliação está alicerçada na compreensão de que os sujeitos e a realidade da comunidade acadêmica são inconclusos, por isso, a necessidade de se desenvolver dinâmicas avaliativas que dêem clareza desta inconclusão para impulsionar as ações na busca de motivar mudanças qualitativas para atender às transformações contínuas da realidade e dos sujeitos. 34 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com Nesta perspectiva, esta política tem duas dimensões: axiológica e pedagógica. A dimensão axiológica leva em conta valores, crenças, costumes e hábitos que constituem a cultura institucional. Esta dimensão é importante para a consolidação de alguns elementos necessários a sua renovação e é indispensável porque não se pode avaliar sendo indiferente à realidade institucional. A dimensão pedagógica requer que o processo avaliativo seja formativo, objetivando o desenvolvimento humano dos membros da comunidade e o aperfeiçoamento de suas funções. Ao ser pedagógica, a avaliação tem como referência valores como justiça e eqüidade social, cidadania e democracia, respeito e diálogo com as diferenças (sociais, étnicas, políticas, religiosas, gênero entre outros). Esta política desenvolver-se-á em três modalidades: • avaliação da instituição – trata de acompanhar a qualidade dos serviços da biblioteca, das coordenações, das diretorias, dos departamentos; como também a qualidade da estrutura física: salas de aula, laboratórios, banheiros, cantina, etc.; • avaliação de curso – foca a dinâmica de cada curso a partir de sua especificidade, avaliando os seus profissionais (coordenador, secretária, professores); a estrutura física e os serviços oferecidos; • avaliação do ensino-aprendizagem – centra-se no acompanhamento da qualidade do trabalho didático nas disciplinas, na relação de reciprocidade pedagógica entre aprendente e professor-formador. A política de avaliação tem como meta criar as condições fundamentais para a integralidade dos sujeitos e das ações institucionais para consolidar a participação da comunidade acadêmica e a cultura de avaliação de instituição. Para tanto, esta política precisa ser impulsionadora, possibilitando a construção 35 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com dos valores, dos hábitos e das atitudes que afirmem a sua missão institucional através das ações dos seus sujeitos. 15. CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO O planejamento para a ESM não pode ser entendido como atividade burocrática, executável por comissões ou grupos de planejamento, mas é de responsabilidade de todos os níveis hierárquicos da instituição, pois tem por objetivo o alcance de resultados, através de um processo sistemático de antecipação de ações futuras. Destarte, é importante destacar algumas premissas relevantes para um bom planejamento. As organizações normalmente tendem, com o passar do tempo, a se estabilizar excessivamente, a se preocupar exclusivamente com sua sobrevivência e com a manutenção de seu status quo. O planejamento é importante no processo de induzir a organização a aceitar a mudança, as inovações e a se preocupar com seu crescimento e ajustamento ao ambiente; As decisões estratégicas transcendem os limites da organização, ao contrário de outras decisões administrativas; O planejamento não retira da tomada de decisões o risco e a incerteza, mas, aprimorando o conhecimento interno da instituição e também o conhecimento sobre os fatores externos não controláveis, constitui um instrumento valioso para que os dirigentes possam melhor distinguir as alternativas que se apresentam; A universidade está inserida no macrossistema nação, e sua missão (ou finalidade) irá depender dos objetivos nacionais, recursos disponíveis, políticas industriais, tecnológicas, culturais e educacionais do país e da região; 36 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com O processo de planejamento e administração das mudanças deve ter por base o modelo participativo. Além disso, é um engano considerar o planejamento como um processo que tem seu ponto final na formulação de um plano formal e estruturado. O planejamento é muito mais que isso, pois envolve diversas fases interligadas e integradas de formulação, execução, acompanhamento, controle e avaliação dos resultados gerados. É crescente a diversidade de novas situações com que as Universidades se deparam, exigindo que se preocupem com o planejamento a curto, médio e longo prazos, de modo a absorver inovações e atender novas demandas. Portanto, o planejamento é uma ferramenta de trabalho utilizada para tomar decisões e organizar as ações de forma lógica e racional, de modo a garantir os melhores resultados e a concretização dos objetivos de uma sociedade, com os menores custos e no menor prazo possíveis. Ademais, entende-se que o planejamento incorpora e combina uma dimensão técnica e política, constituindo uma síntese técnica-política. Técnico, porque ordenado e sistemático e porque deve utilizar instrumentos de organização, sistematização e hierarquização da realidade e das variáveis do processo e um esforço de produção e organização de informações sobre o objeto e os instrumentos de intervenção. Político porque toda decisão e definição de objetivos passa por interesses e negociações entre atores sociais. Essa concepção de planejamento requer uma reformulação dos processos de definição de prioridades institucionais e requer também uma estrutura de participação e mobilização da sociedade para a tomada de decisão. Apenas assim o planejamento pode construir um projeto coletivo reconhecido pela comunidade universitária. 16. Referências Bibliográficas CAVALCANTI, Roberto de Albuquerque, Andragogia: A Aprendizagem nos Adultos. Disponível em http://www.rau-tu.unicamp.br/nou- rau/ead/document/?view=2 37 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. Disponível http://www.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. em: Retirado: 10.10.2006 DEWEY, John. Vida e Educação. 5ª ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965. ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de janeiro: Jorge Zahar ed., 1994. FREIRE, Paulo. Carta de Paulo Freire aos professores. Estudos Avançados, n.15(42), 2001. p. 259-268. HARVEY, David. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 4ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 1994. MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa e CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, n. 23, Maio/Jun/Jul/Ago, 2003. p. 156-168. MOREIRA, Antonio Flávio. Propostas curriculares alternativas: Limites e avanços. Educação & Sociedade, ano XXI, no 73, Dez. 2000. p. 109138.RENAUT, Alain. Reflexões acerca da filosofia do sujeito. 2ª ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2004. Coleção enfoques. Filosofia. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. 3ª ed. São Paulo: Hucitec, 1999. 38 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com 39 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com